Glomerulonefrite Crescêntica

Documentos relacionados
Glomerulonefrite pós infecciosa

Proteinúrias Hereditárias: Nefropatia Finlandesa e. Esclerose Mesangial Difusa

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

Glomerulopatias Visão do Nefropatologista

Etiologia: Etiologia:

GLOMERULOPATIAS. 5º ano médico. André Balbi

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

GLOMERULONEFRITES PÓS INFECCIOSAS. Juliana Toniato de Rezende

Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulonefrites Bacterianas

Caso Clínico. (abordagem de Glomerulopatias pós-transplante)

Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária. (Nefropatia por IgA [Doença de Berger])

Seminário de Biopatologia. Glomerulonefrites. Leccionada por: Prof. Clara Sambade Desgravada por: Pedro Carvalho e Petra Gouveia

Glomerulopatia do Transplante. C4d - Transplante Renal

Clique para editar o título mestre

Doença de Fabry. Alterações Morfológicas

Glomerulonefrites Secundárias

Biópsia Renal Microscopia Luz Imunofluorescência Eletrônica

Tabela 1- Dados demográficos e histológicos.

Caso Clínico #3. Identificação: JHM, 18 anos, sexo masculino, estudante, natural e procedente de São Paulo/SP

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

1º Curso de Nefropatologia e Osteodistrofia Renal

COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO

Glomerulopatias Síndrome nefrótica

QUESTÕES COMENTADAS INTRODUÇÃO À NEFROLOGIA

3/15/2013 HIPERSENSIBILIDADE É UMA RESPOSTA IMUNOLÓGICA EXAGERADA A DETERMINADO ANTÍGENO. O OBJETIVO IMUNOLÓGICO É DESTRUIR O ANTÍGENO.

Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo

Alunos. Para as atividades práticas nos laboratórios e na sala de microscopia, teremos os grupos abaixo

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Eduardo Henrique Costa Tibaldi 1) Introdução

Prevalência clínica e epidemiológica de glomerulopatias em idosos na cidade de Uberaba - MG

PRINCIPAIS SÍNDROMES EM NEFROLOGIA

Hematúria 1. DEFINIÇÕES 2. ETIOLOGIA. Revisão. Aprovação. Elaboração Joana Campos Dina Cirino Clara Gomes A Jorge Correia Data: Maio 2007

Larissa Dias Biolcati Rodrigues INTRODUÇÃO

Síndromes glomerulares

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier

QUESTÕES NEFROLOGIA 2ª UNIDADE Assinale a alternativa correta em relação ao transplante renal.

Forum de Debates INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM. Rui Toledo Barros Nefrologia - HCFMUSP rbarros@usp.br

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal

Caio Abner. 3 de Junho de 2009

Caso Clínico 1. HD: Síndrome Retroviral Recente

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

CAUSAS GENÉTICAS DE HEMATÚRIA

GLOMERULOPATIAS NEFRITE E NEFROSE. Ms. Roberpaulo Anacleto

AB0 HLA-A HLA-B HLA-DR Paciente A 1,11 8,35 3,11 Pai O 1,2 8,44 3,15 Irmão 1 B 1,11 8,35 3,11 Irmão 2 O 2,24 44,51 8,15

Doenças renais em pacientes idosos submetidos à biópsia percutânea de rins nativos

A ÉDIC A M IC LOGIA CLÍN CSI NEFRO

SÍNDROME NEFRÍTICA E SÍNDROME NEFRÓTICA LIGANTES: JILSON LEÃO FTC TÂMARA NUNES FTC

Atualização do tratamento das vasculites ANCA associadas

Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Síndromes Nefrológicas. Síndrome infecciosa: Infecciosa

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso

Identificação:SBR, 48 anos, feminino, parda, casada, funcionária administrativa, natural de Campos dos Goytacazes.

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL

Histopatologia renal na Nefrite Lúpica

Identificação: FTG, feminino, 34 anos, branca, odontóloga. Natural e procedente de São Paulo Data da Primeira consulta: 13/04/2018

GESF no Transplante. Introdução

Edema OBJECTIVOS. Definir edema. Compreender os principais mecanismos de formação do edema. Compreender a abordagem clínica do edema

SÍNDROME NEFRÍTICA AGUDA

1. Paciente com síndrome nefrótica que apresenta dor lombar, hematúria e varicocele à esquerda sugere o diagnóstico de:

OBJETIVO Diagnosticar os pacientes com quadro clínico suspeito e propor tratamento adequado revisado por literatura recente.

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS NEFROLOGIA

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

Comunicações Breves Short Communication

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas.

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza RESPOSTAS DAS QUESTÕES:

AULA #3 IMUNOGLOBULINAS E SISTEMA COMPLEMENTO BMI0255

Principais temas para provas. Nefrologia SIC CLÍNICA MÉDICA

Glomerulopatias em pacientes idosos: aspectos clínicos e histológicos Glomerular diseases in the elderly: clinical and hystological features

Artigo de Revisão Review Article

Principais temas para provas. Nefrologia SIC CLÍNICA MÉDICA

EXAME 2018 PRÉ-REQUISITO: NEFROLOGIA. Instruções

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia).

Artigo Original Original Article

SÍNDROME NEFRÓTICA. proteínas pela membrana glomerular, e qualquer perturbação dessa célula repercutiria na proteinúria.

Lesoes Glomerulares. Nefropatia Diabética

O Sistema Complemento e Glomerulopatias Introdução

UrináliseSedimentoscopia

Transplante Renal. Marlene Antônia dos Reis

Relato de Caso Case Report

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO

Lúpus Eritematoso Sistêmico - sinais e sintomas

Sistema Urinário. Patrícia Dupim

Síndrome nefrótica. Síndrome Nefrótica. Síndrome nefrótica. Síndrome nefrótica. Georges Canguilhem

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação.

Caso Clínico #5. Identificação: MFS, feminina, parda, 35 anos; natural e procedente de Boa Vista - Roraima

TRANSPLANTE RENAL. Quem pode fazer transplante renal?

Nefropatia por IgA: análise histológica e correlação clínicomorfológica em pacientes do Estado de Minas Gerais

Relato do Caso Clínico

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS NEFROLOGIA. 22. A glomerulopatia mais comumente associada ao HIV (vírus da imunodeficiência humana) é:

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia).

Importância do sistema do complemento em Nefrologia

Principais temas para provas. Nefrologia SIC CLÍNICA MÉDICA

Glomerulopatias com crescentes: estudo de 108 casos

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS

Profa. Carolina G. P. Beyrodt

Transcrição:

Glomerulonefrite pós/per infecciosa Glomerulonefrite Crescêntica Marlene Antônia dos Reis - mareispatologia@gmail.com Serviço de Nefropatologia Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM Uberaba, MG 1

Biópsia Renal

2 µm

Vascular Compartimentos Intersticial Tubular Glomerular 4

Espaço urinário 5

PEC epitélio parietal Espaço urinário 6

Podócitos Espaço urinário 7

Cel endoteliais Espaço urinário 8

Cel mesangiais Espaço urinário 9

Urinary polo Mesangial matrix Masson Trichrome

Urinary polo Mesangial matrix PAMS Methenamine Silver

Urinary polo Basement membrane PAMS Methenamine Silver

Número glomérulos Focal < 50% No glomérulo Segmentar Difuso 50% Global Células Matriz Mesangial Membrana Basal

Caso 01 BR170967-68-69 Gênero masculino, 7 anos de idade

Caso 01 BR170967-68-69 Gênero masculino, 7 anos de idade Odinofagia há 3 semanas - não usou antibióticos

Caso 01 BR170967-68-69 Gênero masculino, 7 anos de idade Odinofagia há 3 semanas - não usou antibióticos

Caso 01 BR170967-68-69 Gênero masculino, 7 anos de idade Odinofagia há 3 semanas - não usou antibióticos

Caso 01 BR170967-68-69 Gênero masculino, 7 anos de idade Odinofagia há 3 semanas - não usou antibióticos Diminuição de C3 mais intensa do que C4

Manifestações Clínicas - Glomerulopatias 1. Alt urinárias assintomáticas a) hematúria glomerular isolada b) Proteinúria isolada 2. síndrome nefrótica 3. síndrome nefrítica 4. IRA (insuficiência aguda rapidamente progressiva) 5. Doença Renal Crônica

Biópsia Renal ML-21 gl 2 esclerosados

21

Caso 01 BR170967-68-69 22

23

24

25

26

Biópsia Renal ML-21 gl 2 esclerosados

Pesquisa de Imunocomplexos / complementos Imunofluorescência Direta 16 glomérulos - IgA - IgG - IgM - Kappa - Lambda - C1q - C3 - Fibrinogênio - Controle negativo

IgA IgM C1q Fibr 29

IgG 30

Imunofluorescência IgG

kappa 32

Lambda 33

C3 34

Biópsia Renal IgG C3 ML-21 gl 2 escl ML-16 gl

Biópsia Renal IgG C3 ML-21 gl 2 escl ML-16 gl

37

38

39

Biópsia Renal ML-13 gl IgG C3 ML-21 gl 2 escl ML-16 gl GNpós-estreptocócica = GNPE

Se não houve crescêntica, por que esse paciente evoluiu gravemente, necessitando de diálise?

Caso 01 Evolução Gênero masculino, 7 anos de idade GNPE Tratamento dialítico - 3 semanas Tudo normal

Prognóstico Recuperação Síndrome nefrítica < 2 semanas C3 normaliza 6 a 8 semanas se persistir baixo >2-3meses = biópsia Hematúria resolve 6 meses Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 44

45

Glomerulonefrite pós infecciosa

Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 48

Antígenos - Produzido pelo Estreptococo - Induz produção de anticorpos altos títulos em pacientes com GN Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 49

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B - SPE-B Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 50

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 51

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 52

GNDA - Patogenia Doença do soro aguda - Von Pirket soro albumina-bovina injetou em coelho

Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 58

Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 59

SPE B - nos imunocomplexos no glomérulo humps Herlitz LC Renal Course Columbia University USA - 2015 60

Via Clássica IgG C3 61

62

63

Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 - Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 64

Via Clássica C1q C1r C1s

Via Clássica C4 C1 C4a C4b

Via Comum C1 C5b 6 7 8 9 C4b2b3b

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 68

Via Clássica IgG C3 C3 dominante > IgG 69

Herlitz LC Renal Course Columbia University USA - 2015 70

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B SPE-B C3 > IgG Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018

Alternativa Herlitz LC Renal Course Columbia University Medical Center USA - 2015 72

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B SPE-B C3 > IgG Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 - Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 73

Caso 01 BR170967-68-69 Gênero masculino, 7 anos de idade Odinofagia há 3 semanas - não usou antibióticos Diminuição de C3 mais intensa do que C4

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B SPE-B C3 > IgG Diminuição de C3 sangue mais intenso que C4 Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B SPE-B C3 > IgG Diminuição C3 sangue mais intenso que C4 Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 - Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 76

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B - SPE-B explicam muitos casos GNPE Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 77

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B - SPE-B explica muitos casos GNPE Mas - Algumas cepas faltam SPE-B Brasil leite Streptococcus zooepidemicus - SPE-B é produzido por cepas não nefritogênicas Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 78

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B - SPE-B explica muitos casos GNPE Mas - Algumas cepas faltam SPE-B Brasil leite Streptococcus zooepidemicus - SPE-B é produzido por cepas não nefritogênicas Fatores do hospedeiro são também importantes Herlitz LC Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 Niaudet P - Uptodate Março 2018 79

Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 Couser WG J Bras Nefrol 2016, 38(1):107-122 80

Biópsia Renal ML-13 gl IgG C3 ML-21 gl 2 escl ML-16 gl GNpós-estreptocócica = GNPE

Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas B SPE-B C3 > IgG Diminuição C3 sangue mais intenso que C4 Couser WG J Am Soc Nephrol 2012, 23:381-99 - Couser WG J Bras Nefrol 2016; 38(1):107-122 82

83

Caso 02 BR140915-16-17 Gênero feminino, 10 anos de idade

Caso 02 BR140915-16-17 Gênero feminino, 10 anos de idade Há 20 dias - Internada: Pneumonia Hematúria, proteinúria e leucocitúria

Caso 02 BR140915-16-17 Gênero feminino, 10 anos de idade Há 20 dias - Internada: Pneumonia Hematúria, proteinúria e leucocitúria Há 5 dias - reinternada: - Febre e Síndrome nefrítico nefrótica

Caso 02 Exames Laboratoriais 03/09/14 05/09/14 07/09/14 12/09/14 14/09/14 15/09/14 16/09/14 U: 22 U: 106 U: 98 U: 95 U: 92 C: 0,6 C: 0,7 C: 2,3 C: 2,65 C: 3,2 Hb: 12,1 Hb:12,8 Clcr: 52 Hb:10,8 Ht: 35% Ht: 38,9% Ht:32% L: 13.270 L: 9.340 L: 16.340 P:407.000 P:467.000 P: 750.000 Na: 144 PCR: 4,2 PT:5/ A:2,2 K: 4,5 03/09/14 05/09/14 11/09/14 U1/EAS: L: 161.000 H: 10.607.000 U1/EAS: L: 2.787.000 H: 12.482.000 U1/EAS: L: incontáveis H: incontáveis Prot: 150 mg/dl Prot: 150mg/dL Prot: 50mg/dL Urocultura: negativo

Caso 02 Exames Laboratoriais 03/09/14 05/09/14 07/09/14 12/09/14 14/09/14 15/09/14 16/09/14 U: 22 U: 106 U: 98 U: 95 U: 92 C: 0,6 C: 0,7 C: 2,3 C: 2,65 C: 3,2 Hb: 12,1 Hb:12,8 Clcr: 52 Hb:10,8 Ht: 35% Ht: 38,9% Ht:32% L: 13.270 L: 9.340 L: 16.340 P:407.000 P:467.000 P: 750.000 N: 144 PCR: 4,2 PT:5/ A:2,2 K: 4,5 03/09/14 05/09/14 11/09/14 U1/EAS: L: 161.000 H: 10.607.000 U1/EAS: L: 2.787.000 H: 12.482.000 U1/EAS: L: incontáveis H: incontáveis Prot: 150 mg/dl Prot: 150mg/dL Prot: 50mg/dL Urocultura: negativo FAN, C3 e C4 em andamento

Biópsia Renal

ML-21 gl crescentes

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos

Biópsia Renal ML-23 glomérulos 21 gl - crescentes

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos Tipo I linear - ac anti MBG 10%

Linear = membrana basal

Linear = membrana basal IgG

Glomerulonefrite crescêntica > 50% dos glomérulos - Tipo I - ac anti MBG - Síndrome de Goodpasture com hemorragia pulmonar - GN anti MBG sem hemorragia pulmonar

Síndrome de Goodpasture

3. Nefrite Nefrotóxica - Landerman (início século) - 1934 - Masugi - Nefrite de Masugi macerado de rim de rato (MBG)

3. Nefrite Nefrotóxica - Landerman (início século) - 1934 - Masugi - Nefrite de Masugi macerado de rim de rato (MBG) injetou em coelho

3. Nefrite Nefrotóxica - Landerman (início século) - 1934 - Masugi - Nefrite de Masugi macerado de rim de rato (MBG) injeta em coelho soro do coelho (ac anti MBG do rato) injeta no rato GN anti membrana basal glomerular

IgG Hipercelularidade ac na MBG - padrão linear GN anti MBG

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos Tipo I linear - ac anti MBG 10%

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos Tipo I linear - ac anti MBG -10% Tipo II 40% não linear depósito IC/C

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos Tipo I linear - ac anti MBG -10% Tipo III - pauci-imune 50% 90% - ANCA Tipo II 40% não linear depósito IC/C

Biópsia Renal ML-23 glomérulos IF-22gl Meio de transporte 21 gl - crescentes

Pesquisa de Imunocomplexos / complementos Imunofluorescência Direta 22 glomérulos - IgA - IgG - IgM - Kappa - Lambda - C1q - C3 - Fibrinogênio - Controle negativo

IgA IgG IgM Kappa Lambda 109

Fibrinogênio

C3

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos Tipo I linear - ac anti MBG -10% Tipo III - pauci-imune 50% 90% - ANCA Tipo II-40% não linear depósito IC/C

Biópsia Renal ME-8gl ML-23 glomérulos IF-22glomérulos Meio de transporte C3 21 gl - crescentes C3

114

115

DDD 116

Glomerulonefrite crescêntica 50% dos glomérulos Tipo I linear - ac anti MBG -10% Tipo III - pauci-imune 50% 90% - ANCA Tipo II-40% não linear depósito IC/C DDD

Biópsia Renal ME-8gl ML-23 glomérulos IF-22glomérulos Meio de transporte IgA IgG IgM C3 21 gl - crescentes C3 Crescêntica II Doença Depósito Denso - DDD

Caso 02 Evolução Gênero feminino, 10 anos de idade DDD Doença do depósito denso Tratamento dialítico - 2 anos e 8 meses Transplante renal doador cadáver

Doença do Depósito Denso DDD - Glomerulonefrite rara 2 a 3 / 1.000.000 pessoas - Crianças e adultos jovens - Hiperativação da via Alternativa do complemento - Prognóstico ruim Smith RJ, Am Soc Nephrol 2007 Kopel T & Salant D - Uptodate Março 2018 120

121

122

123

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 124

Via Alternativa IgA, IgG, IgM C3 125

126

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 127

Via Clássica IgG C3 128

Via Clássica IgG Via Alternativa IgA, IgG, IgM C3 C3 129

130

Bomback, 2014 131

Bomback A Renal Course Columbia University USA - 2015 132

Bomback A Renal Course Columbia University USA - 2015 133

134

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 135

Herlitz LC Renal Course Columbia University USA - 2015 136

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 137

Couser WG Renal Course Columbia University USA - 2015 138

Biópsia Renal ME-8gl ML-23 glomérulos IF-22glomérulos Meio de transporte IgA IgG IgM C3 21 gl - crescentes Crescêntica II Doença Depósito Denso - DDD

140

Biópsia Renal ML-13 gl IgG C3 ML-21 gl 2 escl ML-16 gl GNpós-estreptocócica = GNPE

Biópsia Renal ME-8gl ML-23 glomérulos IF-22glomérulos Meio de transporte IgA IgG IgM C3 21 gl - crescentes Crescêntica II Doença Depósito Denso - DDD

GNPE DDD

Vernon KA et al, C3 Feminino, 7 anos 144

Vernon KA et al, C3 Feminino, 7 anos 145

Vernon KA et al, Mãe e irmã - mesma mutação heterozigota Sem doença renal C3 sérico normal 146

Vernon KA et al, Mãe e irmã - mesma mutação heterozigota Sem doença renal C3 sérico normal Infecção estreptocócica gatilho para DDD 147

Feminino 7 anos Infecção estreptocócica recorrente orofaringe Primeira biópsia 148

Feminino 7 anos Persistência proteinúria e C3 baixo Segunda biópsia - 6 meses após 149

Feminino 6 anos Infecção estreptocócica TRS 150

Dois casos: - C3Nefs fortemente associado a DDD - Teste genético: variante de risco CFH gene Antígenos NAPlr / SpeB ativação incontrolada - via alternativa Complemento Autoanticorpos C3Nefs 151

GNPE Bomback Renal Course Columbia University USA 2015 Couser WG, 2016 152

Couser WG J Bras Nefrol 2016;38(1):107-122 153

infecção estreptocócica gatilho em individuo geneticamente predisposto DDD doença do depósito denso

Glomerulonefrite pós/per infecciosa Glomerulonefrite Crescêntica Marlene Antônia dos Reis - mareispatologia@gmail.com Serviço de Nefropatologia Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM Uberaba, MG 155