ELETROFORESE DE PROTEÍNAS

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1 ELETROFORESE DE PROTEÍNAS A eletroforese refere-se à migração de solutos ou partículas carregadas em um meio líquido sob a influência de um campo elétrico. As distâncias percorridas pelas proteínas variam, formando bandas, essas são denominadas albumina, alfa-1-globulina, alfa-2-globulina, betaglobulina e gamaglobulina. É utilizada para auxiliar o diagnóstico de disproteinemias, gamopatias e processos inflamatórios. Os resultados devem ser dados sempre em valor percentual, da concentração das diversas frações e na forma gráfica. Albumina A albumina é a proteína mais abundante do plasma, a sua principal função é a manutenção da pressão coloidosmótica e o transporte de diversas substâncias. A hipoalbuminemia pode estar presente em inúmeras doenças e é altamente inespecífica. Em algumas condições pode-se observar a redução dessa proteína: inflamação aguda ou crônica, doença hepática, glomerulopatias, lesão tubular, enteropatia perdedora de proteínas, doença inflamatória intestinal, linfomas, leucemia, desnutrição protéica, hipertireoidismo e uso de corticóides. Perfil eletroforético em que há perda de albumina.

2 Alfa-1-globulinas A principal proteína é a alfa-1-antitripsina. O aumento desta geralmente ocorre quando há processos inflamatórios agudos ou crônicos, infecciosos e imunes, neoplasias e após traumas e cirurgias. Já a redução dessas proteínas ocorre na hepatite viral aguda, má absorção, enfisema pulmonar, jejum prolongado, síndrome nefrótica. Alfa-2-globulinas Perfil eletroforético em que há perda de alfa-1antitripsina. As proteínas presentes nesta banda são a haptoglobina, a alfa-2-macroglobulina e a ceruloplasmina. Raramente é observada alteração nessa banda, uma vez que quando há diminuição de uma há aumento das outras para compensar. A elevação da alfa-2-macroglobulina associada a redução da albumina ocorre na síndrome nefrótica. A haptoglobina sofre uma redução em sua concentração quando há uma hepatopatia grave, hemólise e durante terapias com corticóides e estrógenos. A ceruloplasmina aumenta durante uma terapia com estrógenos e sofre uma queda quando há desnutrição, síndrome nefrótica e em enteropatias com perda de proteínas. Betaglobulinas Perfil eletroforético das proteínas de fase aguda. São compostas pelas seguintes proteínas: transferrina, betalipoproteínas (LDL), C3 e outros componentes do complemento, antitrombina III e beta-2-microglobulina. O aumento das betalipoproteínas geralmente ocorre quando há hipotireoidismo, icterícia obstrutiva, nefroses e diabetes mellitus, pois nesses casos pode ocorrer aumento do colesterol. Já a anemia por deficiência de ferro leva a um aumento da transferrina. Quando há hepatite grave pode haver sobreposição ou fusão das bandas beta e gama pelo aumento de IgA, presentes nas cirroses hepáticas, infecções do trato respiratório e de pele e na artrite reumatóide. Quando há elevações dos complementos, pode estar presente um

3 carcinoma ou síndrome de Cushing. A queda do C3 está relacionada a doenças glomerulares. Gamaglobulinas São os anticorpos produzidos pelos plasmócitos quando estimulados por antígenos. As gamaglobulinas são formadas por duas cadeias pesadas (G, A, M, D e E) e duas cadeias leves (kappa ou lambda). Algumas características importantes das imunoglobulinas (Igs) são: IgG, migra por toda a fração gama, representa a maior parte das Igs normais e age contra antígenos bacterianos; IgA, migração na junção das frações beta e gama, proteção de mucosas e fluidos corporais; IgM, migração na junção das frações beta e gama, age na fase aguda de doenças infecciosas; IgD, função desconhecida; IgE, reação de hipersensibilidade. Padrão eletroforético de proteínas séricas A fração gama tem dois principais padrões eletroforéticos, um pico policlonal e um monoclonal. O pico policlonal ocorre quando há uma resposta imunológica simultânea de vários clones plasmocitários devido a um estímulo antigênico. Esses estímulos podem ser inflamatório, imune ou infeccioso, como por exemplo em sarcoides, lúpus eritematoso sistêmico entre outros. Há um aumento difuso do padrão gama, em que há uma curva de base larga, pois há produção de todas as classes das Igs. Padrão eletroforético de pico policlonal O pico monoclonal ocorre quando há produção homogênea de um único clone plasmocitário de um tipo específico de imunoglobulina. Como são moléculas idênticas entre si apresentam a mesma mobilidade forética, o que produz uma curva de base estreita, é o padrão que ocorre na Leishmaniose Visceral Canina.

4 Padrão eletroforético de pico monoclonal Hipogamaglobulinemia/ agamaglobulinemia Consiste na redução do nível das gamaglobulinas, geralmente sem alteração pronunciada nas outras regiões da globulina. Esse padrão está presente nas hipo ou agamaglobulinemias congênitas ou secundárias, em que há ausência de um ou mais anticorpos específicos, que resulta em infecções freqüentes algumas vezes fatais. Conclusão Esquema ilustrativo de hipoglobulinemia/ agamaglobulinemia. Para que um resultado de eletroforese de proteínas seja interpretado da forma correta, é importante saber o que leva às alterações em cada banda das frações protéicas. A banda de albumina sofre alteração quando há alteração direta ou indireta em sua produção, pode ser pela redução na ingesta ou perda pela via enteral ou proteinúria. Já as alfaglobulinas aumentam em todos os processos inflamatórios, infecciosos e imunológicos. As betaglobulinas aumentam quando há alteração no metabolismo dos lipídeos ou quando há colestase. Também há aumento nos casos de anemia ferropriva, quando não há síntese de transferrina. Mas a queda dessa fração pode ocorrer quando está em fase crônica. A fração gamaglobulina aumentará todas as vezes que houver processo infeccioso, inflamatório ou imunológico. Esse aumento ocorre de forma policlonal. Em doenças linfoproliferativas, haverá um aumento monoclonal. É importante que o médico veterinário saiba interpretar de forma correta este exame, pois auxilia no diagnóstico de algumas patologias, possui um custo acessível e fornece os componentes principais de cada fração protéica facilitando e guiando o raciocínio clínico para as doenças que apresentam padrões eletroforéticos característicos. Referência: Eletroforese de proteínas séricas: interpretação e correlação clínica. Paula e Silva, Roberta Oliveira, Lopes, Aline de Freitas e Faria, Rosa Malena Delbone , Belo Horizonte : Revista Médica de Minas Gerais, 2008, Vol. 18 (2). MATERIAL COD/EXAMES PRAZO DIAS Sangue total (2,0 ml) colhido em tubo de tampa vermelha ou 1,0 ml de soro sem hemólise. 264 / ELETROFORESE DE PROTEINAS 4 Sangue em tubo tampa vermelha 311 / TRANSFERRINA 2 Sangue em tubo tampa roxa 39 / HEMOGRAMA COMPLETO - PET E ANIMAIS SILVESTRES 1

5 EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da América Latina. Credenciado no MAPA. PABX: (31) ou FAX: (31) tecsa@tecsa.com.br RT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708 Facebook: Tecsa Laboratorios ''Atendemos todo Brasil, resultados via internet, FAÇA SEU CONVENIO E PARTICIPE DA JORNADA DO CONHECIMENTO TECSA" INDIQUE ESTA DICA TECSA PARA UM AMIGO Você recebeu este Informativo Técnico, pois acreditamos ser de seu interesse. Caso queira cancelar o envio de futuros s das DICAS TECSA ( Boletim de Informações e Dicas ), por favor responda a esta mensagem com a palavra CANCELAMENTO no campo ASSUNTO do .

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