Histórico. Imunização. Tipos de Imunização. Imunização ativa 14/09/2009
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- Liliana Bonilha Neiva
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1 Histórico Variolação: 1796 Vacina anti-rábica: 1885 Vacina anti-pólio (Salk): 1954 Vacina anti-pólio (Sabin): 1956 Primeira vacina recombinante: 1986 Vacina contra rotavírus: Imunização Objetivos: No indivíduo: prevenir a doença Nas populações: erradicar a doença Ex. Varíola foi erradicada em 1977 Tipos de Imunização Ativa: quando administra-se o Ag (que leva a produção ativa de imunidade Passiva: Administração de soro contendo anticorpos pré-formados que confere proteção passiva ao receptor (ex. Soro antitétano, anti-rh, anti-botulismo, anti-ofídico) 3 4 TIPOS - IMUNIDADES ESPECÍFICAS IMUNIDADE ATIVA NATURAL (DOENÇA ) ARTIFICIAL (VACINA ) Imunização ativa Objetivos: Provocar uma imunidade protetora Criar uma memória imunológica IMUNIDADE PASSIVA NATURAL (TRANSPLACENTÁRIA) ARTIFICIAL (SOROS HETERÓLOGOS e HOMÓLOGOS) 5 Pode ser obtida por infecção natural com o microorganismo ou através de VACINAS 6 1
2 Imunidade Específica Resposta Primária e Secundária Programa Nacional de Imunizações - PNI Programa do Ministério da Saúde que estabeleceu como prioridade a prevenção na infância das seguintes doenças:. Tuberculose Hepatite B Poliomielite Tétano Difteria Coqueluche Infecção pelo Haemophilus influenza tipo B Sarampo Caxumba Rubéola Febre Amarela Rotavírus 7 8 Tipos de vacina Vírus atenuados (vírus do sarampo e rubéola) Bactérias atenuadas (BCG) Microorganismos mortos (Vibrio cholerae) Produto bacteriano inativado (toxóide tetânico) Componente específico de bactérias DNA recombinante (hepatite B) 9 Vacinas segundo Tipo de Antígeno Agente Atenuado Agentes Inativados Fracionadas de base protéica (subunidades) Fracionada de base polissacarídica BCG Pólio (Salk) Hepatite B Haemophilus influenzae Pólio (Sabin) Pertussis (coqueluche) Toxóide diftérico Sarampo Raiva, Toxóide tetânico Caxumba Hepatite A Influenza Rubéola, Febre amarela Varicela Febre tifóide oral Pertussis acelular Pneumococo Meningococo. Resposta vacinal depende de fatores: Inerentes ao próprio organismo Idade (extremos) Estado imunológico do indivíduo Inerentes às vacinas Tipo de agente Efetividade diretamente relacionada a conservação Vacinas são lábeis a variação de temperatura, luminosidade e tempo de validade. 11 Vacinação Imunidade de Rebanho Alguns indivíduos irão responder pobremente e não ficarão protegidos No entanto, como a maior parte dos seus contatos está protegido a um agente infeccioso, a chance dele contrair o patógeno diminui Fenômeno conhecido como Imunidade de multidões ou de Rebanho 12 2
3 Adjuvante vacinal Finalidade: aumentar o potencial antigênico do microorganismo, melhorar a exposição do Ag ao sistema imunológico favorecer a fagocitose do Ag pelas células de defesa Ex: Alumínio e conjugados proteicos. Vacinação Contra-indicações gerais Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida Pessoas acometidas por neoplasias malignas Pessoas em tratamento com corticóides (em doses imunossupressoras), outros imunossupressores ou radioterapia Pacientes submetidas a transfusão de sangue ou plasma nos últimos 3 meses Gravidez Doenças agudas febris graves Recém-nascidos menores de 2.000g Hipertermia FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES: Doenças febris brandas História de doenças anteriores Desnutrição Uso de antimicrobiano Doença neurológica estável Imunossupressores (dose baixa) Alergias não relacionadas com as vacinas Prematuridade ou baixo peso (exceto BCG) Internação hospitalar Riscos das vacinas com agentes vivos Não devem ser administradas à grávidas pelo risco de infecção fetal Indivíduos imunodeprimidos podem desenvolver doenças graves e até fatais (indivíduos usando imunossupressores, corticóides, radiação, leucemias, Aids, etc) Riscos das vacinas com agentes vivos Mesmo em indivíduos imunocompetentes podem causar desconfortos e efeitos adversos, eventualmente provocar a doença Podem conter agentes contaminantes não detectados e indesejáveis (geralmente decorrentes do processo de fabricação das vacinas) 17 Vacinas de vírus inativadas Podem ser administradas em indivíduos imunodeprimidos No entanto, não são tão eficientes em promover uma resposta imunológica adequadamente protetora Vacina Sabin vírus vivo Vacina Salk vírus atenuado 18 3
4 Vacinas vírus-vivos x vírus mortos Em geral, a imunização com microorganismos vivos é superior à proporcionada por microorganismos mortos Característica Vacina atenuada Vacina inativada Produção Necessidade de reforço Estabilidade (refrigeração) Microrganismo é manipulado para diminuir a virulência Geralmente apenas 1 reforço Menos estável Microorganismo é inativado por substâncias químicas Múltiplos reforços Mais estável Tipo de imunidade produzida Reversão Humoral e celular Pode reverter para a forma virulenta Humoral Não consegue reverter para forma virulenta Outros efeitos adversos Reações alérgicas às proteínas do ovo, que está envolvido na produção de vacinas contra sarampo, caxumba, influenza..) Reações à conservantes como thimerosal e mercúrio. Dificuldades para vacina eficiente Vacinas que funcionam em testes com animais e não funcionam em humanos Efeitos colaterais inaceitáveis Vacinas mal produzidas podem causar doenças Imunização passiva Administração de anticorpos na forma de soro total ou imunoglobulina fracionada concentrada (gamaglobulina) Obtida de doadores humanos ou de animais Importante para imunodeprimidos, pessoas não imunizadas por vacina IMUNIZAÇÃO PASSIVA Proteção transferida de uma pessoa (ou animal) para outras, ou seja, de outro organismo para outro. Ex.: Mãe filho (8 mês de gestação quando a mãe toma vacina DT) Proteção temporária Ex.: Leite materno como anticorpo natural até o 6º mês de vida
5 Imunização passiva Normalmente não ativa sistema imune Não produz célula de memória Proteção imediata, porém transitória Imunoglobulina humana Quase totalmente IgG Apresentada na forma IM, IV Administração dolorosa Não é útil em pessoas sem imunodeficiência, mas que tem infecções recorrentes Soros e antitoxinas animais Geralmente procedente de cavalos e coelhos Exposição prévia aos soros desses animais aumenta a possibilidade de reação anafilática CUIDADOS COM IMUNOBIOLÓGICOS Prazo de validade Conservação (Temperatura) Transporte Armazenamento Dose Coloração da Vacina Diluição Tempo de Validade após diluição Cuidados com a conservação Todos os materiais de imunização devem ser adequadamente conservados para que mantenham a sua eficácia Historicamente, as falhas graves na imunização contra doenças como varíola e sarampo resultaram de refrigeração inadequada das vacinas antes de seu uso
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