AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FIGADO Silvia Regina Ricci Lucas
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- Aline Paranhos Conceição
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1 AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FIGADO Silvia Regina Ricci Lucas Funções do Fígado FMVZ-USP Regulação metabólica Reserva de carboidratos Regulação do metabolismo lipídico Produção de proteínas plasmáticas Detoxificação e eliminação de drogas Indicações dos testes de avaliação hepática Diagnóstico e prognóstico de doenças hepáticas primárias e secundárias Diagnóstico diferencial das icterícias Prognóstico em relação à terapia instituída Avaliação da toxicidade de drogas Testes Hepáticos Testes que avaliam a capacidade de transporte (captação, conjugação e excreção) de ânions orgânicos: Bilirrubinas Ácidos biliares
2 Testes Hepáticos Testes dependentes de atividade enzimática sérica: Transaminases (ALT, AST) Fosfatase Alcalina (FA) Gamaglutamiltransferase (GGT) outras enzimas (SDH, LDH, Arginase, Colinesterase) Testes dependentes de funções bioquímicas específicas Testes Hepáticos Proteínas Carboidratos Lipídios
3 METABOLISMO DE BILIRRUBINAS Globina Hemoglobina Heme hemácias (85%) eritropoiese inefetiva mioglobina SMF Biliverdina e ferro hemeoxigenase biliverdina redutase Bilirrubina Indireta (BI) - lipossolúvel + albumina captação: membrana do hepatócito Hepatócito Sistema Biliar Intestino BI + Ác. Glicurônico BD - hidrossolúvel BD + bactérias Urobilinogênio 10 a 20% reabsorvido circulação porta Fígado reexcreção Rim filtração Estercobilinogênio fezes
4 Classificação das icterícias Pré - hepática Hepática Pós hepática Cães e Gatos Níveis séricos normais de bilirrubinas: abaixo de 0,5 mg/dl Predomínio de BI - processos hemolíticos. BD > 50% - processos hepáticos e/ou colestáticos Bilirrubinúria precede hiperbilirrubinemia. Bilirrubina direta hidrossolúvel Pigmentos biliares na urina cães: pode ser detectada em pequenas quantidades em cães normais gatos: bilirrubinúria = doença hepática Urobilinogênio Urinário Urubilinogenúria Achado normal em consequência do metabolismo de bilirrubinas Aumento em processos hemolíticos ou obstrução intestinal baixa. Ausência de urobilinogenúria Normal Colestase extra-hepática
5 1 b) Ácidos Biliares Derivados do colesterol ácido cólico e chenodeoxicólico (primários) Conjugação com taurina ou glicina ácido deoxicólico e litocólico (secundários) produzidos no intestino Recirculação entero-hepática (98%). Ácidos Biliares Determinação pré e pós-prandial CUIDADO!!! Dieta, velocidade de trânsito intestinal, mal-absorção e digestão, contração da vesícula biliar entre as refeições Indicações: doença hepatobiliar e desvios porto-sistêmicos (cirrose) Atividade enzimática sérica Condições para que a enzima seja um bom marcador de lesão orgânica Presença da enzima nos tecidos Concentração nos tecidos Local onde é eliminada após lesão tecidual Meia vida Enzimas de vazamento 2 a) Transaminases Alanina Aminotransferase (ALT) Citoplasma do hepatócito
6 Cães, gatos e primatas Aspartato aminotransferase (AST) Citoplasma e mitocôndrias Ruminantes e equinos Marcadores de alteração de permeabilidade celular e necrose de hepatócitos Alterações relacionadas a ALT Necrose hepática - 24 a 48 h: pico de 100 vezes o valor normal. Declínio em 2 a 3 semanas Colestase extra-hepática: aumento gradual Indução: aumento discreto Fenobarbital (cão) Glicocorticóides Alterações relacionadas à AST Semelhante à ALT em relação ao fígado Grandes concentrações na musculatura esquelética e dentro das hemácias Hemólise, lesões musculares e cardíacas levam a aumento da atividade sérica Diferenciar lesões musculares com determinação de CK 2 b) Enzimas de Indução Fosfatase Alcalina Cães: alta sensibilidade / baixa especificidade (meia vida 72hs) Gatos: baixa sensibilidade / alta especificidade (meia vida 6 hs)
7 Colestase intra e extra- hepática Relação com níveis de GGT Gamaglutamil Transferase 2 b) Enzimas de Indução Altas concentrações no fígado e nos rins Atividade sérica GGT hepática Mais sensível e específica como marcador de colestase em eqüinos e ruminantes Proteínas séricas totais Albumina Globulinas 3) Proteínas séricas relação A/G Proteínas totais - eletroforese Meia vida: 7 a 10 dias Hipoalbuminemia Albumina Hepatopatias crônicas difusas (cirrose) Evento tardio = processo crônico
8 Eletroforese Globulinas Alfa e beta globulinas: aumentadas em traumatismo, febre e PI agudos Gama globulinas: aumentadas em hepatite, cirrose e carcinoma hepático Amônia Gerada pelo catabolismo proteico no colon. 80 a 90% da amônia é convertida em uréia no fígado. Em condições normais o fígado opera com 60% da capacidade do ciclo da uréia. Desvio porto-sistêmico ou redução da massa hepática funcional: acúmulo de amônia na circulação. Amônia é neurotóxica. Determinação da amônia plasmática Amônia Separar rapidamente o plasma dos eritrócitos Realizar a determinação em 30 minutos Pode ser realizada pré e pós prandial Amônia Teste de tolerância à amônia Animais com suspeita de desvio PS e níveis baixos de amônia plasmática Administração de cloreto de amônio. Amostras plasmáticas colhidas antes e 30 minutos após a administração. Limitações técnicas tornam a determinação de ácidos biliares mais recomendável.
9 Insuficiência hepática Colesterol lecitina colesterol aciltransferase e esterificação do colesterol sérico Diminuição do colesterol total sérico Na presença de icterícia obstrutiva há hipercolesterolemia por ausência do feedback promovido pela liberação de quilomícrons remanescentes. Outros testes alterados em casos de insuficiência hepática Uréia Fatores de coagulação (TP) Provas hepáticas no diagnóstico de diferentes processos Hepatopatias com lesão hepatocelular ALT (cão e gato) AST (cão e gato) Aumento posterior de FA Provas de função hepática no diagnóstico de diferentes processos Processos colestáticos Bilirrubinúria (cão) Fosfatase Alcalina (cão e gato) Gamaglutamiltransferase (cão e gato) Urubilinogênio urinário (ausente)
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