FERNANDA MARIA ABILIO INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NO CRESCIMENTO EM ALTURA E NA INTENSIDADE DA FERRUGEM EM MONOPROGÊNIES E CLONES DE EUCALIPTO

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Transcrição:

FERNANDA MARIA ABILIO INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NO CRESCIMENTO EM ALTURA E NA INTENSIDADE DA FERRUGEM EM MONOPROGÊNIES E CLONES DE EUCALIPTO Botuctu 2017

FERNANDA MARIA ABILIO INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NO CRESCIMENTO EM ALTURA E NA INTENSIDADE DA FERRUGEM EM MONOPROGÊNIES E CLONES DE EUCALIPTO Dissertção presentd à Fculdde de Ciêncis Agronômics d Unesp Cmpus de Botuctu, pr obtenção do título de Mestre em Ciênci Florestl. Orientdor: Edson Luiz Furtdo Coorientdor: Cristino Bueno Mores Botuctu 2017

Aos meus pis, Cmilo e Mrild, dedico

AGRADECIMENTOS Primeirmente gostri de grdecer Deus, por Teus plnos pr minh vid serem sempre miores do que os meus sonhos. Aos meus pis, que sempre estiverm presentes em minh vid, fiéis compnheiros, que trnsmitem confinç e crinho incondicionis. Ao Prof. Dr. Cristino Bueno de Mores, UFT - Cmpus de Gurupi, pelo grnde incentivo, colborção e mizde por tntos nos. Aos professores d Fculdde de Ciêncis Agronômics - FCA/UNESP - Cmpus de Botuctu, em especil os Professores Dr. Edson Luiz Furtdo e Dr. José Rimundo Pssos, pel receptividde, tenção e orientção. À Empres Euctex, pel estrutur e áre concedid pr relizção deste estudo, em especil o Eng. Florestl Hernon José Ferreir pelo poio os estudos, o migo Mrcos Sndro Felipe pel convivênci e uxílio n nálise dos resultdos e o Alexndre Aprecido Felipe e demis colbordores n condução dos experimentos. Às querids migs, em especil Julin e An Pul, pelos 20 nos de mizde verddeir, sincer e etern. E finlmente, àquels pessos que trouxerm lgum dificuldde em minh vid, obrigd, pois me incentivrm buscr o equilíbrio, felicidde e liberdde.

RESUMO As plntções de euclipto estão em crescente expnsão e representtividde n economi ncionl e com o umento d áre de plntios florestis, s doençs de plnts são um dos ftores de mior risco que podem fetr disponibilidde de mdeir e os custos de produção. Os fungos estão entre os principis gentes ptogênicos que cusm doençs no euclipto e entre eles ferrugem, cusd pelo fungo Puccini psidii, que pode implicr em grves dnos econômicos os plntios comerciis. O melhormento genético do euclipto pr resistênci à ferrugem e o estudo do crescimento ds plnts em distints épocs de plntio e locis são estrtégis silviculturis que podem gregr pr o sucesso ds plntções. O objetivo deste estudo foi vlir resistênci à ferrugem e o crescimento inicil em ltur de monoprogênies e clones de euclipto por método de propgção e genótipo em diferentes épocs de plntio. Form instldos dois experimentos em cmpo no município de Avré no Estdo de São Pulo - Brsil em diferentes estções do no (verão e inverno), pr prâmetro comprtivo entre s incidêncis d infecção e severidde d ferrugem ns plnts té 18 meses de idde. O crescimento inicil em ltur foi medido os 150 e 360 dis pós o plntio e clculdo o incremento em ltur e coeficiente de vrição em cd trtmento. O delinemento esttístico utilizdo foi o de blocos csulisdos, com dus monoprogênies e dois clones híbridos de E. grndis x E. urophyll, qutro repetições e 300 plnts por prcel. Os mteriis genéticos plntdos no inverno com crcterístics climátics do tipo Cw presentrm s menores incidêncis d infecção de ferrugem e percentul 31,17% mior em ltur d plnt comprdo o verão, podendo o plntio de inverno ser um prátic de mnejo pr escpe d ferrugem e potencil pr tingir um melhor crescimento inicil do euclipto. Já os métodos de propgção clonl e monoprogênie não presentrm diferençs esttístics n incidênci médi de ferrugem, ms pr ltur os 360 dis monoprogênie presentou médi de -13,62% em relção o clonl. Os genótipos não presentrm heterose pr suscetibilidde o fungo e não houve diferençs significtivs pr ltur os 360 dis. Plvrs-chve: Crescimento inicil, Puccini psidii, monoprogênie, clone, Euclyptus spp.

ABSTRACT The euclyptus plnttions hve been growing nd expnding in the ntionl economy representtiveness nd considering the forest plnting re increse, plnt diseses re one of the highest risk fctors which my ffect the wood vilbility nd production cost. Fungi re the min pthogens which cuse euclyptus disese nd mong them there is the rust cused by Puccini psidii, which my result in serious economic dmge to forest plnting. The euclyptus genetics improvement resistnt to rust nd the plnt growth study in different plnting sesons nd sites re silviculturl strtegies which my fully succeed the out-plnting. The im of the present study ws to evlute the resistnt to rust nd the initil height growth of euclyptus monoprogenies nd clones by breeding method nd genotype in different plnting seson. Two experiments were estblished in field in the county of Avre, in So Pulo Stte - Brzil in different sesons (Summer nd Winter) to evlute the infection incidence nd rust severity in plnts up to 18 months old. The initil growing in plnt height ws mesured on the 150 th nd 360 th dy fter plnting nd clculted the height increment nd the coefficient of vrition per tretment. The sttisticl design ws of rndomized blocks with two monoprogenies nd two hybrid clones of E. grndis x E. urophyll, four replictions nd 300 plnts per plot. The genetic mteril plnted in the Winter in Cw wether condition presented the lowest incidence to rust infection nd 31.17% higher compred to Summer, being the Winter plnting the mngement prctice for escping to rust nd potentilly to chieve better initil growth of euclyptus. However the monoprogenies nd clones by breeding method did not present sttisticl differences in the men incidence to rust, but the monoprogenie men height on the 360 th dy ws - 13.62% compred to clonl. The genotypes did not present heterosis for susceptibility to fungus nd there were no significnt differences in height on the 360 th dy. Keywords: Initil growth, Puccini psidii, monoprogenie, clone, Euclyptus spp.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 15 2 REVISÃO DE LITERATURA... 17 3 MATERIAL E MÉTODOS... 22 3.1 Instlção dos experimentos... 22 3.1.1 Loclizção e crcterizção... 22 3.1.2 Delinemento experimentl... 23 3.2 Epidemi d ferrugem... 25 3.2.1 Índice de infecção... 25 3.2.2 Intensidde d ferrugem... 26 3.3 Crescimento em ltur ds plnts... 26 3.4 Blnço Hídrico... 27 3.5 Análise esttístic... 27 3.5.1 Incidênci de infecção mensl... 27 3.5.2 Modelgem d incidênci de infecção cumuld no tempo... 28 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 30 4.1 Epidemiologi d ferrugem... 30 4.1.1 Índice de infecção... 30 4.1.2 Intensidde d ferrugem... 31 4.1.2.1 Incidênci mensl... 31 4.1.2.2 Incidênci cumuld... 35 4.1.2.3 Severidde... 41 4.2 Crescimento em ltur ds plnts... 42 4.3 Blnço Hídrico... 48 5 CONCLUSÕES... 50 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 51 REFERÊNCIAS... 52

15 1 INTRODUÇÃO A indústri de bse florestl é um importnte contribuinte d economi e d sociedde brsileir n gerção de produtos, tributos e empregos, tendo um mpl diversidde de serviços que brngem tod su cdei produtiv. Em 2015 o setor de árvores plntds representou 1,2% do PIB brsileiro com um áre totl de 7,8 milhões de hectres de florests, sendo 72% correspondentes o plntio do gênero Euclyptus, que obteve crescimento de 2,8%.. nos últimos cinco nos (IBÁ, 2016). Com o umento d áre de reflorestmentos e representtividde do setor n economi ncionl, determinds intercorrêncis podem gerr grndes impctos finnceiros n indústri, sendo s doençs de plnts um dos ftores de mior risco que fetm disponibilidde de mdeir e os custos de produção. No mnejo silviculturl torn-se fundmentl o estudo d snidde ds plnts pr monitormento e identificção ds possíveis ocorrêncis ds doençs e seus dnos econômicos, pois podem comprometer significtivmente produção em tods s fses d cultur (FURTADO et l., 2009; FONSECA et l., 2010, AMORIM et l., 2011). Os fungos estão entre os principis gentes ptogênicos que cusm doençs no euclipto e entre eles ferrugem, cusd pelo fungo Puccini psidii, mplmente distribuíd no Brsil (KRUGNER; AUER, 2005; ALFENAS et l., 2009), cujos dnos podem ser limitntes os plntios e chegr reduzir em 30% o incremento nul d florest (FURTADO et l., 2009). Dentre s lterntivs de mnejo, progrms de melhormento genético do euclipto vêm sendo conduzidos pr obtenção não somente de crcterístics silviculturis e industriis desejds, ms tmbém pr resistênci genétic doençs (FONSECA et l., 2010). Pr seleção de mteril genético resistente à ferrugem, s condições mbientis regionis de cd locl de seleção devem ser nlisds (SILVA et l., 2013), isto porque ocorrênci d doenç é distribuíd em função d fvorbilidde climátic por regiões e épocs do no (MORAES, 2013) e zon climátic fvorável

16 à ferrugem mostr-se dinâmic e com lt vribilidde temporl e espcil no Brsil (ALVARES et l., 2016). As condições mbientis são ftores importntes serem considerdos, já que vrições climátics influencim tmbém no crescimento do euclipto (SETTE JR et t., 2010). Cmpoe et l. (2016) verificrm que diverss espécies responderm vriáveis climátics, como tempertur do r e disponibilidde de águ. Dest form, s hipóteses deste trblho são: ) A époc de plntio ds muds em cmpo influenci n intensidde d ferrugem e n ltur ds plnts; b) Monoprogênies de euclipto presentm heterose pr resistênci à ferrugem; c) O crescimento inicil em ltur é mior ns monoprogênies comprdo os seus progenitores clonis, sendo um importnte estrtégi de propgção no melhormento genético pr o euclipto. Assim, os objetivos do presente estudo form crcterizr áre de implntção dos experimentos qunto à fvorbilidde climátic pr ferrugem trvés do índice de infecção d doenç, relizr nálise temporl d intensidde do fungo, clculr o blnço hídrico pr s épocs de plntio e determinr o crescimento inicil em ltur em monoprogênies e clones de euclipto, por método de propgção e genótipos em diferentes épocs de plntio.

17 2 REVISÃO DE LITERATURA As ferrugens compõem o numeroso e diversificdo grupo dos fungos que fetm fmíli ds Mirtáces e estão entre os principis ptógenos cusdores de doençs em euclipto (AMORIM et l., 2011). No Brsil cus prejuízos os plntios de euclipto desde décd de 80 e é considerd um risco econômico no pís (SILVA et l., 2013; SILVA et l., 2015). A produtividde médi do euclipto é de 40m³h - ¹no - ¹ (GONÇALVES et l., 2013) e os dnos cusdos pel ferrugem podem chegr reduzir em 30% o incremento nul d florest (FURTADO et l., 2009). A ferrugem do euclipto tem como gente cusl o fungo Puccini psidii (RUIZ et l., 1989), ntivo d Améric do Sul e Améric Centrl (ALFENAS et l., 2005). O fungo pode ser identificdo pels esporulções de colorção mrel presentes ns folhs ds plnts, sendo os esporos su estrutur básic de reprodução e o vento um de seus principis gentes de dispersão (AMORIM et l., 2011). Os esporos do fungo, chmdos urediniósporos, são formdos n fse fvorável o seu desenvolvimento e incidem em tecidos jovens, folhs e cules ds plnts. A emergênci ds pústuls rompe cmd d epiderme do hospedeiro provocndo lesões que fetm fotossíntese ds plnts, grvd pel bsorção de nutrientes nos tecidos vegetis pelo fungo. Em condições severs de tque, os cules e folhs podem secr e deformr-se por não completrem seu desenvolvimento (KRUGNER; AUER, 2005; AMORIM et l., 2011), podendo cusr perd de dominânci picl, necroses e morte de brotções (ALFENAS et l., 2009). O ptógeno pode ser encontrdo em plnts jovens em cmpo. Em condições de mbiente fvorável, o fungo infect plnts em estágio fenológico B, com órgãos tenros n prte ére em muds no viveiro e té dois nos de idde em cmpo e qundo tingem o estágio fenológico C, ocorrem lterções morfológics ns folhs ds plnts s deixndo resistentes à ferrugem (FERREIRA, 1989). Nos viveiros, o mbiente úmido e sombredo dos jrdins clonis é fvorável su ocorrênci (FURTADO et l., 2009) e em cmpo os tques mis severos ocorrem em plntios jovens de 3 12 meses (KRUGNER; AUER, 2005). A incidênci em cmpo diminui conforme mior ltur d mud, não presentndo

18 ocorrênci de ferrugem prtir dos 3 metros, pois o microclim interfere no período de molhmento folir e o número de urediniósporos em suspensão no r ess ltur é reduzido (ZAUZA, 2007). Ferreir (1983) cit que plnts com rápido crescimento são fvorecids o escpe d doenç por tingirem rpidmente miores lturs, sendo um form de controle d ferrugem em cmpo, que diminui o tempo de exposição à doenç e prejuízos o desenvolvimento ds plnts. O progresso e intensidde d ferrugem vrim conforme período estcionl do no, o qul estbelece condições mbientis dequds à infecção do fungo (RUIZ et l., 1989). As condições fvoráveis à su ocorrênci consistem em temperturs moderds entre 15 e 25 C, elevdos índices de umidde reltiv do r e períodos noturnos de molhmento folir superior 8 hors (FURTADO et l., 2009). Aprecido (2001) cit que germinção dos urediniósporos do P. psidii é fvorecid qundo umidde reltiv do r está cim de 70% e Ruiz et l. (1989) consider como idel igul ou superior 90%. A ferrugem present dois ciclos de vid, em épocs fvoráveis à ocorrênci seu ciclo é ssexudo, pel mitose ger esporos com pouc vribilidde genétic grntindo dispersão dos propágulos dptdos às condições presentes. Em mbientes desfvoráveis, o fungo se reproduz pelo ciclo sexudo e os esporos são produzidos pel meiose, que conferem lt vribilidde genétic e dest form, miores são s chnces de dptbilidde e quebr d resistênci do hospedeiro (AMORIM et l., 2011). Est crcterístic de constnte dptbilidde d ferrugem demonstr dificuldde em mnter estrtégis de controle o fungo, representndo um desfio os métodos de mnejo, como exemplo pr o melhormento genético, cujo desenvolvimento de genótipos demnd tempo. Os mnejos silviculturis mis utilizdos pr o controle d ferrugem consistem em plicções de produtos químicos fungicids, no desenvolvimento de mteriis genéticos resistentes o fungo e no zonemento regionl de áres fvoráveis à incidênci lido o plnejmento do plntio do euclipto.

19 O desenvolvimento de cultivres resistentes doençs e possibilidde de implntção ds culturs em novs áres estão entre s miores contribuições do melhormento genético e ind têm muito ser explordo (BUENO et l., 2006). N condução de progrms de melhormento genético, hibridção é um ds forms mis usuis e rápids pr obter indivíduos superiores (ASSIS; MAFIA, 2007; SILVA et l., 2015) e o desenvolvimento ds espécies é relizdo trvés do melhormento ds crcterístics hereditáris ds plnts (BUENO et l., 2006). Entre s estrtégis mis empregds está hibridção intr e interespecífic por cruzmentos de polinizção bert ou controld, resultndo em gnho ditivo pel ocorrênci d heterose ou vigor híbrido, com o qul é possível obter mteriis genéticos com crcterístics complementres como resistênci doençs e qulidde d mdeir (PALUDZYSZYN FILHO; SANTOS, 2011). Assis (1986) observou heterose em híbridos espontâneos de cruzmentos o cso e Gonçlves et l. (2013) mencionm que clones de híbridos presentm vntgens comprds mteriis de um espécie, já que combinm crcterístics silviculturis e dptbilidde. No Brsil s espécies de euclipto comumente utilizds pr este fim são o E. grndis e E. urophyll, dndo origem o híbrido conhecido como urogrndis. A espécie E. grndis é tid como suscetível à ferrugem e o E. urophyll resistente, pesr de mbos possuírem mpl vribilidde genétic. O híbrido urogrndis present resistênci prcil, s espécies E. tereticornis, E. pellit e E. cmldulensis são considerds resistentes e o E. globulus, E. nitens, E. obliqu, E. pilulris, E. slign e E. cloezin suscetíveis (CARVALHO et l., 1998; APARECIDO, 2001; FONSECA et l., 2010; ZAUZA, 2010; SILVA et l., 2014). A seleção de espécies e procedêncis é relizd pel seleção individul dentro de populções bse, utilizndo vribilidde genétic nturl existente entre populções e indivíduos. A recombinção destes mteriis genéticos pode ser feit trvés de Áres de Colet e Produção de Sementes, Pomres de Sementes por Muds e Clonis (FERREIRA, 1992). Progênies de polinizção bert podem ser oriunds de Pomr de Sementes Clonl e qundo ests sementes são coletds em mtrizes de mesmo progenitor clonl feminino, são chmds de monoprogênies. Estes progenitores femininos

20 gerlmente são clones comerciis, cujs crcterístics de resistênci prgs e doençs e qulidde d mdeir são conhecids, produzindo sementes com um gru de melhormento mis vnçdo que quels coletds em Áres de Produção de Sementes. Monoprogênies de E. grndis podem lcnçr lts produtividdes volumétrics e muits vezes plntios seminis tingem vlores miores que os clonis (SOUZA, 2016). Teixeir et l. (2009) notrm em seus estudos com cruzmentos entre genitores resistentes e suscetíveis e utofecundções, que s progênies segregm pr resistênci ferrugem. Silv et l. (2013) verificrm que mesmo em locis com elevd ocorrênci d doenç, há trtmentos suscetíveis com indivíduos tolerntes. Morin et l. (2012) consttrm que podem ser encontrds exceções, genótipos resistentes entre espécies suscetíveis e entre s resistentes, indivíduos suscetíveis. Estes indivíduos tolerntes ou resistentes podem ser seleciondos pr clongem e posterior uso em plntio clonl comercil, como estrtégi pr controle d ferrugem. Um importnte psso no desenvolvimento dos progrms de melhormento é o estudo ds interções entre o genótipo e os mbientes nos quis cultivr está implntd, dependendo ds condições o fenótipo pode expressr-se de forms distints (NASS et l., 2001) e seus efeitos podem interferir nos gnhos de seleção (MORI et l., 1988). Sbendo que os resultdos podem ser diferentes, os estudos devem brnger interção entre os genótipos do hospedeiro e do ptógeno combindo com vrições mbientis, est relção poderá revelr rzão d existênci de níveis de resistênci ds plnts às doençs (AMORIM et l., 2011). Pr Amorim et l. (2011) há dois tipos de resistênci, qulittiv que confere crcterístic ds plnts presentrem ou não doenç, considerd monogênic, e quntittiv qundo doenç está presente e é medid em vários níveis, clssificd como poligênic. A resistênci monogênic é considerd mis fácil de ser quebrd, há mior probbilidde de ocorrer mutção de um único gene do que de vários n evolução do ptógeno. Todvi, resistênci genétic às doençs não é inlterável, pode ser quebrd ou presentd em vários níveis, cusd pel cpcidde de evolução e vribilidde do ptógeno (NASS et l., 2001).

21 Silv et l. (2013) mencionm que devem ser considerds s condições mbientis específics de cd região pr seleção de mteril genético com resistênci à ferrugem e bom desenvolvimento silviculturl. A ocorrênci d ferrugem é distribuíd por regiões e épocs do no e de modo gerl, no Brsil s estções de outono e verão são s mis fvoráveis o fungo (MORAES, 2013). O estudo dos genótipos e sus interções mbientis estão relciondos o desenvolvimento do mnejo silviculturl e o umento d produtividde dos plntios de euclipto (MARTINS et l., 2001). Há poucs pesquiss sobre os processos fisiológicos que regulm o crescimento ds plnts (STAPE et l., 2004) e o estudo dests interções é importnte pr determinção de estrtégis e seleção de genótipos (OTTO et l., 2013). O zonemento groclimático lido o plnejmento silviculturl deve ser incorpordo como prátic pr lcnçr o potencil produtivo d cultur (RIBEIRO et l., 2011). Pr Gonçlves et l. (2013), o lcnce de lts produtividdes depende de pesquiss que vinculem estresse mbientl e crescimento, melhorndo interção entre locis, genótipos e silvicultur. Alvres et l. (2016) citm importânci de se definir s estções climátics mis dequds pr implntção do euclipto e locis de ocorrênci d ferrugem, sendo um importnte ferrment de gestão pr diminuição de riscos às florests plntds.

22 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Instlção dos experimentos 3.1.1 Loclizção e crcterizção Os experimentos form instldos no no de 2014 em fzends d Empres Euctex, loclizds no município de Avré no sudoeste do Estdo de São Pulo, Brsil. O plntio foi relizdo em diferentes épocs climátics do no, o primeiro implntdo durnte o verão (jneiro) e o segundo no inverno (gosto). A distânci em linh ret entre os dois locis é de 27 quilômetros e mbos estão em ltossolo vermelho distrófico típico textur rgilos ou muito rgilos, com crcterístics edfoclimátics do tipo Cw (temperdo úmido com inverno seco e verão quente) segundo clssificção de Koppen, loclizdos em região conhecid como fvorável à ocorrênci d ferrugem (Qudro 1 e Figur 1). Qudro 1 Crcterizção dos locis de implntção dos experimentos Coordends Geográfics Dtum WGS84 Altitude Époc de plntio Dt de plntio Longitude Ltitude 49 09'15.8"W 23 11'00.3"S 638 m Verão 16/01/2014 48 53'04.5"W 23 12'06.7"S 660 m Inverno 06/08/2014

Precipitção (mm) Tempertur ( C) 23 Figur 1 Médis de tempertur mínim, máxim e de precipitção cumuld por mês, com bse em 30 nos de ddos observdos pr Avré/SP 250,0 35 200,0 30 25 150,0 20 100,0 15 10 50,0 5 0,0 Jn Fev Mr Abr Mi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Precipitção 206,0 182,0 158,0 87,0 106,0 85,0 46,0 51,0 84,0 137,0 131,0 180,0 Temp. mín 18 19 18 16 14 12 12 13 14 15 16 18 Temp. máx 28 29 28 26 24 23 23 24 25 27 27 28 Fonte: Climtempo (2016) 0 3.1.2 Delinemento experimentl O estudo foi implntdo em dus épocs de plntio correspondentes o verão e inverno pr prâmetro comprtivo d intensidde d ferrugem e do crescimento inicil em ltur ds plnts nos mteriis genéticos estuddos. Os experimentos form compostos por mteriis genéticos provenientes de dois métodos de propgção em dois clones distintos. Form utilizdos clones comerciis híbridos de E. urophyll x E. grndis, tidos como clone 1 resistente e clone 2 suscetível à ferrugem, obtidos por seleção mssl em plntio seminl comercil formdo por sementes oriunds de Áres Produtors de Sementes de polinizção bert. Estes clones form submetidos os métodos de propgção clonl e seminl. Pr propgção clonl foi dotd clongem ds árvores dos clones 1 e 2 por meio d multiplicção vegettiv por miniestqui, pr produção ds muds necessáris pr implntção deste trtmento. O método de propgção seminl foi denomindo neste estudo como monoprogênie pr melhor qulificção do mteril genético utilizdo. As mtrizes selecionds pr colet ds sementes form propositlmente dos clones 1 e 2 contidos em Pomr de Sementes Clonl de polinizção bert, circunddos por um

24 único clone d espécie E. urophyll resistente à ferrugem. Pr produção ds muds deste trtmento foi relizd semedur ds então denominds monoprogênies 1 e 2, como um gerção seguinte de seu respectivo clone progenitor. As muds form produzids e disponibilizds pelo viveiro próprio d Empres e pr fins de confidencilidde não foi utilizdo o nome de registro ds cultivres. A idde ds muds pr expedição e plntio em cmpo foi de proximdmente 105 dis, com ltur médi entre 20 e 40 cm e mínimo de 3 mm de diâmetro de colo. Form produzids em tubete com volume de 56cm³ em substrto composto por 48% de turf Sphgno, 28% de vermiculit expndid, 24% de csc de rroz e densidde de 155 kg m - ³. Os experimentos form instldos no verão e inverno no delinemento esttístico em blocos csulisdos, compostos por dois clones comerciis e dus monoprogênies, qutro repetições, 300 plnts por prcel, totlizndo 4.800 plnts por experimento. O espçmento dotdo foi o de 3,0 x 2,0 m e cd áre experimentl representou 2,88 hectres. Pr nálise e discussão dos resultdos, os mteriis form qulificdos por époc de plntio, método de propgção e genótipos (Qudro 2). Em que, s épocs de plntio são composts pelo conjunto de todos os mteriis genéticos plntdos em cd estção, o método de propgção clonl é composto pelos mteriis respectivos todos os clones e o método de monoprogênie reltivo às monoprogênies, independente do genótipo ou d époc de plntio, e o genótipo é resultdo do grupmento por genótipo 1 e 2 independente do método de propgção ou d époc de plntio. Qudro 2 Ftores utilizdos pr nálise dos resultdos por époc de plntio, método de propgção e genótipo pr o estudo Époc de plntio Método de propgção Genótipo Verão (jneiro/2014) Clonl 1 Inverno (gosto/2014) Monoprogênie 2 O sistem de plntio em cmpo foi o de cultivo mínimo com plntdeir mnul e irrigção pós-plntio com 3 litros de águ e 0,21g de hidrogel por plnt. As

25 dubções form bseds em nálise de solo pré-corte e recomendds conforme pdrão de nálise dotdo pel Empres (Qudro 3). Qudro 3 Recomendção de dubção pr s áres de instlção dos experimentos Formulção Quntidde (kg h -1 ) Przo pr plicção 32%CO + 18%MgO 2.000 Pré-plntio N P K 10 30 10 + 2%S + 1%Cu + 1%Zn 200 Prepro de solo Super Simples 330 Prepro de solo N P K 11 00 24 + 12%S + 0,7%B 275 45 dis pós plntio N P K 11 00 24 + 12%S + 0,7%B 300 5 meses pós plntio KCl + 1%B 175 11 meses pós plntio 3.2 Epidemi d ferrugem 3.2.1 Índice de infecção O índice de infecção d ferrugem foi determindo pr mbos os períodos de estudo pr nálise d fvorbilidde climátic e progressão d infecção d doenç em cd époc de plntio. A prtir de ddos climáticos diários obtidos d Estção Meteorológic Automátic de Avré/SP - INMET, cd 60 minutos form medids tempertur máxim e umidde reltiv do r pr cálculo do índice de infecção d ferrugem diário consoliddo em médis mensis pr crcterizção ds áres do estudo. O cálculo foi bsedo no modelo proposto por Ruiz et l. (1989b) em câmrs úmids em condições controlds, no qul estbelece pel equção um relção entre tempertur máxim e o período de molhmento folir (umidde reltiv do r mior ou igul 90%) (1): - - - - (1) Onde II é o índice de infecção, T tempertur máxim ( C) e H o período de molhmento folir (hors).

26 3.2.2 Intensidde d ferrugem A intensidde d ferrugem foi determind pr nálise d influenci d époc de plntio n ocorrênci d doenç e pr o estudo d resistênci o fungo e escpe ds plnts entre métodos de propgção e genótipos. As vlições começrm 30 dis pós o plntio e repetids menslmente té os experimentos completrem 18 meses de idde. Form vlids tods s plnts de monoprogênies, sendo 300 plnts por repetição, e 50 plnts por repetição nos trtmentos clonis. A severidde do tque d ferrugem foi medid pelo método bsedo n escl de nots (Sn) de Zmprogno et l. (2008) (Figur 2), no qul cd plnt é vlid e tribuíd um not de cordo com o nível de severidde dos dnos cusdos pelo fungo n plnt. Figur 2 Escl digrmátic de ferrugem por Zmprogno et l. (2008) modificdo de Tkhshi (2002) S0 - isent de esporulções e sintoms; S1 - poucs pústuls de ferrugem; S2 - pústuls de ferrugem esprss ou em gregdos bundntes, nos limbos e folhs novs; S3 - pústuls bundntes, podendo existir necrose ns porções tcds e em estágios mis vnçdos, lém de pústuls nos limbos, tmbém em pecíolos de folhs novs e nos terminis de glhos e hste principl, com possível perd de dominânci picl. 3.3 Crescimento em ltur ds plnts As lturs form mensurds pr nálise d influenci d époc de plntio no crescimento inicil ds plnts e estudo comprtivo entre métodos de propgção e genótipos.

27 Form medids s lturs ds plnts os 150 e 360 dis pós o plntio por método de propgção e genótipo em cd époc de plntio, tendo sido vlids tods s plnts de monoprogênies, sendo 300 plnts por repetição, e 50 plnts por repetição nos trtmentos clonis. As lturs form mensurds prtir d bse d plnt o nível do solo té o último pr de folíolos, os 150 dis utilizndo um régu grdud e os 360 dis o prelho clinômetro. Com estes ddos foi clculdo o incremento médio diário em ltur subtrindose os vlores d ltur médi entre 360 e 150 dis dividido pelo número de dis, podendo ssim comprr diferenç diári entre crescimentos iniciis em ltur. 3.4 Blnço Hídrico Pr interpretção d dinâmic entre disponibilidde hídric no solo e o crescimento inicil em ltur ds plnts em cd époc de plntio, foi clculdo o blnço hídrico pelo método de Thornthwite; Mther (1955) com bse ns informções de tempertur médi e precipitção do período, dotndo-se um cpcidde de águ disponível de 75mm. O blnço hídrico é determindo pel entrd e síd de águ do solo, em que entrd é precipitção e síd evpotrnspirção potencil, permitindo identificr condições de excedente ou deficiênci de águ no solo (AMORIM NETO, 1989). 3.5 Análise esttístic 3.5.1 Incidênci de infecção mensl N modelgem esttístic pr incidênci d infecção de ferrugem foi clculd relção percentul entre o número de plnts infectds pelo número de plnts sobreviventes, contbilizndo pens plnts sdis e doentes, desconsiderndo neste cso níveis de severidde d doenç. Foi justdo um modelo liner generlizdo misto pr incidênci d ferrugem e pr ltur médi ds plnts por linh, com distribuição gm e função de ligção logrítmic, considerndo os ftores époc de plntio, método de

28 propgção, genótipo e sus interções (dupls e tripl), e interção bloco e método de propgção como efeito letório. Pr comprção ds médis d interção époc de plntio, método de propgção e genótipo foi plicdo o teste de Tukey-Krmer o nível de 5% de significânci (WESTFALL et l., 1999). 3.5.2 Modelgem d incidênci de infecção cumuld no tempo Pr modelgem d incidênci de infecção cumuld no tempo form justdos modelos Gompertz pr époc de plntio, método de propgção e genótipo (2): (- ( ( - ))) (2) Onde é incidênci de infecção cumuld, é ssíntot d curv, é o tempo pr velocidde máxim d incidênci de infecção cumuld, é velocidde máxim d incidênci de infecção cumuld, é o componente letório norml com médi zero e vriânci constnte, são os índices ssocidos respectivmente os efeitos de époc de plntio, método de propgção e genótipo e é bse dos logritmos Neperinos. Est etp foi necessári pr juste ds curvs médis cumulds. Pr modelgem d incidênci de infecção cumuld no tempo form justdos modelos Gompertz pr époc de plntio, método de propgção, genótipo e bloco (necessário pr gerr repetições de e ) (3): (- ( ( - ))) (3) Onde é incidênci de infecção cumuld, é ssíntot d curv, é o tempo pr velocidde máxim d incidênci de infecção cumuld, é

29 velocidde máxim d incidênci de infecção cumuld, é o componente letório norml com médi zero e vriânci constnte, são os índices ssocidos respectivmente os efeitos de époc de plntio, método de propgção, genótipo e bloco e é bse dos logritmos Neperinos. Pr o estudo dos efeitos de époc de plntio, método de propgção e genótipo ns ssíntots ( ) e nos tempos pr velociddes máxims d incidênci de infecção cumuld ( ), form justdos modelos lineres generlizdos com distribuição gm e funções de ligção logrítmics (MCCULLAGH; NELDER, 1989). A qulidde dos justes foi feit pel nálise dos desvios por grus de liberdde e pelos gráficos de resíduos. Ns comprções entre os efeitos foi utilizdo o teste de Tukey-Krmer (WESTFALL et l., 1999) do procedimento Genmod do progrm esttístico SAS Free Sttisticl Softwre, SAS, University Editon.

30 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Epidemiologi d ferrugem 4.1.1 Índice de infecção A prtir dos ddos climáticos d Estção Meteorológic Automátic de Avré/SP INMET, verificou-se que o índice de infecção pr os experimentos foi positivo durnte todo o período do estudo, tingindo vlores máximos nos meses de mio de 2014 e mrço, mio e novembro de 2015, com índices de 7,9, 8,1, 7,9 e 8,3 respectivmente (Figur 3). De cordo com Ruiz et l. (1989), os índices de infecção vrim com tempertur e período de molhmento folir, os períodos críticos d ferrugem ocorrem qundo umidde reltiv do r está igul ou cim de 90% por um tempo superior 8h e temperturs entre 18 25 C. Pr áre em estudo, pesr ds temperturs estrem dentro dos prâmetros estimdos como ideis, o período de molhmento folir pode ser um ftor limitnte pr um epidemi de ferrugem, já que n miori dos meses esteve bixo do dequdo. Qundo s temperturs estvm fvoráveis (18 25 C) e o tempo de molhmento folir (UR 90%) mior que 8h, correspondem com os meses de mior índice de infecção e ocorreu qundo o índice foi igul ou superior 7,5, que sucedeu nos meses de mio (outono) de 2014 e 2015 e fevereiro/ mrço (verão/outono) e novembro/dezembro (primver/verão) de 2015. Tkhshi (2002) slient em seu estudo sobre índices de infecção pr dus regiões no Estdo de São Pulo, que ocorrênci d ferrugem no euclipto pode estr vinculd períodos climáticos fvoráveis o fungo enqunto s plnts presentrem brotções jovens, ms o plntio em diferentes épocs ou com distints procedêncis podem interferir nos períodos de exposição d plnt à doenç. Sendo ssim, embor tenh hvido no presente estudo meses com ltos índices de infecção, podem não estr relciondos o período jovem ds plnts, ocorrendo o chmdo escpe.

31 Figur 3 Índice de ferrugem, flutução mensl ds médis de tempertur máxim e hors de molhmento folir pr o período em estudo 30,0 Índice de infecção Molhm. folir (h) Temp. máx. (T C) 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F 2014 2015 2016 Índice de infecção 5,2 4,6 5,8 7,4 7,9 6,8 6,4 6,2 7,0 4,5 6,7 6,6 4,0 7,5 8,1 7,4 7,9 6,2 7,1 6,1 5,8 6,5 8,3 7,5 6,7 5,9 Molhm. folir (h) 4,2 4,5 3,1 7,1 9,4 6,0 7,4 4,5 5,5 1,9 4,5 6,0 3,4 8,0 8,7 5,5 8,7 4,3 7,6 2,8 5,3 5,4 10,0 8,3 6,0 5,9 Temp. máx. (T C) 25,0 25,2 23,4 22,5 20,0 18,5 17,2 19,4 20,9 22,9 22,3 23,3 25,5 23,3 22,5 21,2 18,6 18,2 17,9 20,8 21,8 22,6 22,4 23,4 23,3 24,6 Fonte: Ddos d Rede do INMET (2016) 4.1.2 Intensidde d ferrugem 4.1.2.1 Incidênci mensl N nálise dos efeitos de époc de plntio, método de propgção e genótipo n incidênci de ferrugem, só form significtivos os efeitos principis, não hvendo interções significtivs. N comprção d influenci d époc de plntio n ocorrênci d ferrugem, os mteriis genéticos plntdos no verão (jneiro/2014) presentrm s miores incidêncis d doenç. A prtir dos meses de bril e mio de 2014 com elevdos índices de infecção fvoráveis o fungo, o verão presentou primeir ocorrênci os 90 dis de vlição e obteve s miores incidêncis d doenç pós 180 dis (Figur 4). A máxim infecção foi tingid em julho de 2014 com 17,50% de plnts com ferrugem sendo decrescente nos meses posteriores, coincidindo com o período pós lto índice de infecção (mio/2014). O plntio no inverno (gosto/2014) presentou primeir ocorrênci e pico de incidênci os 60 dis com 11,57% de plnts infectds em outubro de 2014, ms não coincidiu com ltos índices de infecção e períodos de molhmento folir fvoráveis, provvelmente em função disto, seus percentuis de incidênci tenhm sido menores nos meses seguintes, hvendo qued nos vlores e compnhndo

32 tendênci d infecção do plntio de verão considerndo os mesmos meses de vlição, ms em percentuis miores, possivelmente devido à idde fenológic mis jovem ds plnts. Mores (2013) verificou que estção do no com mior fvorbilidde climátic pr ferrugem no Estdo de São Pulo é o verão, sendo o inverno menor. No presente estudo o plntio relizdo durnte o verão coincidiu com o período fvorável à ocorrênci do fungo e o relizdo no inverno presentou os menores percentuis de plnts infectds. Deste modo, o plntio de inverno pode representr um estrtégi de escpe dotd pr o uso de mteriis genéticos suscetíveis à ferrugem que tenhm demis crcterístics de interesse.

jn fev mr br mi jun jul go set out nov dez jn fev mr br mi jun jul go set out nov dez jn fev Incidênci Incidênci 33 Figur 4 Incidênci médi de ferrugem mensl () e incidênci de ferrugem por mês vlido (b) por époc de plntio 0,30 0,25 Verão Inverno 0,20 0,15 0,10 ) 0,05 0,00 0,30 0,25 0,20 b b b b 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Dis b b Verão Inverno Tempertur e Molhmento ideis 0,15 0,10 0,05 0,00 b) plntio verão 2014 plntio 2015 2016 inverno Percentuis de plnts infectds seguids de mesm letr no correspondente di não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer. As brrs representm o erro pdrão d médi. Os métodos de propgção clonl e monoprogênie não presentrm diferençs esttístics n incidênci médi de ferrugem, com exceção os 210 dis (Figur 5). Em mbos primeir ocorrênci foi os 60 dis pós o plntio, monoprogênie presentou nest idde su máxim incidênci com 7,89% de plnts com ferrugem, enqunto o clonl tingiu 3,67% e os 180 dis um créscimo máximo pr 14,74%, que grdtivmente reduziu nos meses seguintes. A prtir dos 390 dis mbos os métodos reduzirm seus percentuis de plnts infectds bixo de 1%.

Incidênci 34 Silv et l. (2013) verificrm que progênies de polinizção bert presentrm comportmento estável pr suscetibilidde à ferrugem e lt herdbilidde, tendendo os mesmos resultdos do presente estudo. Embor não hj diferençs entre s incidêncis, s monoprogênies conferem vribilidde genétic os mteriis sendo um importnte estrtégi longo przo, já que os fungos presentm lt dptbilidde pr quebr de resistênci dos hospedeiros. Figur 5 Incidênci médi de ferrugem mensl por método de propgção 0,30 0,25 Clonl Monoprogênie 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 b 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Dis Percentuis de plnts infectds seguids de mesm letr no correspondente di não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer. As brrs representm o erro pdrão d médi. Entre genótipos os resultdos demonstrrm hver diferençs significtivs n incidênci d infeção de ferrugem (Figur 6). O genótipo 1, cujo progenitor clonl é suscetível à ferrugem, continuou com miores incidêncis de ferrugem comprdo o genótipo 2, com bix suscetibilidde o fungo. Com mior proporção de plnts doentes, o genótipo 1 presentou os mis ltos percentuis de incidênci os 180 e 210 dis, lcnçndo 19,52% e 13,30% de plnts infectds respectivmente. Resultdo esperdo pr este genótipo, por ser resultnte dos métodos de propgção clonl e monoprogênie do clone 1, suscetível o fungo.

Incidênci 35 O genótipo 2 presentou bix suscetibilidde o fungo, tingiu vlor máximo d incidênci de ferrugem os 60 dis com 2,38% e os 150 dis com 2,18% de plnts doentes. Embor o clone 2 progenitor deste genótipo sej considerdo resistente, é conhecido que present plnts com pequen ocorrênci de ferrugem em cmpo, podendo ser um indictivo de que o ptógeno poss estr quebrndo su resistênci genétic, o que reforç importânci d introdução de vribilidde genétic n condução de progrms de melhormento. Figur 6 Incidênci médi de ferrugem mensl por genótipo 0,30 Genótipo 1 Genótipo 2 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 b b b b b 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Dis b b b Percentuis de plnts infectds seguids de mesm letr no correspondente di não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer. As brrs representm o erro pdrão d médi. 4.1.2.2 Incidênci cumuld O juste referente o modelo Gompertz foi rzoável em todos os trtmentos (Figur 7 e Figur 8), com vriânci residul estimd entre 0,000598 e 0,1355 e R² proximdo médio de 45,01%, clculdo como qudrdo do coeficiente de correlção entre os vlores observdos e preditos ds incidêncis de infecção cumulds. Com relção os resíduos pdronizdos estes presentrm em médi zero e mplitude dentro d fix de -2 2. As médis ds incidêncis de infecção cumulds observds seguids de seus erros pdrões d médi pr cd tempo sugerem possíveis diferençs esttístics entre os respectivos trtmentos.

36 No inverno observ-se um tendênci de menor curv médi n incidênci de infecção cumuld pr o método de propgção clonl do genótipo 1, corroborndo com os resultdos de incidênci mensl conforme époc de plntio. Já monoprogênie indic estbilidde ns curvs cumulds, independente d époc de plntio e genótipo, o que pode estr relciondo à su vribilidde genétic e o cruzmento com mteril genético com cráter de resistênci dominnte, conferindo mior tolerânci à presenç do fungo e tendênci à heterose. Pr mteriis genéticos com mior suscetibilidde à ferrugem, époc de plntio pode fvorecer estrtégi de mnejo pr diminuição d incidênci d doenç, o que pode ser confirmdo trvés de novos experimentos com demis genótipos e locis.

Incidênci médi cumuld Incidênci médi cumuld 37 Figur 7 Curv médi d incidênci de infecção cumuld justd (IIMA_AJ) pelo modelo 2,00 Gompertz (- ( ( - ))) e médis d incidênci de infecção cumuld observd (IIMA_OBS), por método de propgção clonl n époc de plntio no verão () e inverno (b) e genótipos (s brrs representm o erro pdrão d médi) 1,60 1,20 0,80 0,40 0,00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 ) IIMA_AJ_Clonl 1 IIMA_AJ_Clonl 2 IIMA_OBS_Clonl 1 IIMA_OBS_Clonl 2 2,00 1,60 1,20 0,80 0,40 0,00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 b) IIMA_AJ_Clonl 1 IIMA_AJ_Clonl 2 IIMA_OBS_Clonl 1 IIMA_OBS_Clonl 2

Incidênci médi cumuld Incidênci médi cumuld 38 Figur 8 Curv médi d incidênci de infecção cumuld justd (IIMA_AJ) pelo modelo 2,00 Gompertz (- ( ( - ))) e médis d incidênci de infecção cumuld observd (IIMA_OBS), por método de propgção por monoprogênie n époc de plntio no verão () e inverno (b) e genótipos (s brrs representm o erro pdrão d médi) 1,60 1,20 0,80 0,40 0,00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 ) 2,00 IIMA_AJ_Monop 1 IIMA_AJ_Monop 2 IIMA_OBS_Monop 1 IIMA_OBS_Monop 2 1,60 1,20 0,80 0,40 0,00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 b) IIMA_AJ_Monop 1 IIMA_AJ_Monop 2 IIMA_OBS_Monop 1 IIMA_OBS_Monop 2 Pr s ssíntots médis estimds houve interções significtivs entre método de propgção e époc de plntio (Tbel 1) e método de propgção e genótipo (Tbel 2). O método de propgção clonl presentou diferenç esttístic e menor vlor de infecção cumuld estimd pr o período em que o plntio ocorreu no inverno, já monoprogênie não presentou diferençs esttístics. Estes resultdos corroborm com s curvs médis de incidênci de infecção cumuld.

39 N nálise do efeito de genótipo houve diferençs esttístics, com o genótipo 1 tingindo os miores vlores de infecção cumuld estimd nos métodos de propgção clonl e monoprogênie, cujos resultdos erm esperdos, por ser procedente do clone 1 suscetível à ferrugem. Pr o genótipo 2, o método de monoprogênie tingiu incidênci cumuld mior que propgção clonl. Tbel 1 Assíntots médis estimds ( ) pelo modelo Gompertz (- ( ( - ))), em que é incidênci de infecção cumuld justd segundo método de propgção e époc de plntio (erro pdrão d médi entre prênteses) Époc de plntio Método de Propgção Verão Inverno Clonl Monoprogênie 0,95 A 0,26 B (0,32) (0,10) 0,32 A 0,45 Ab (0,07) (0,14) Médis seguids de mesm letr miúscul (minúscul) n linh (colun) não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer, prênteses em correspondênci. Tbel 2 Assíntots médis estimds ( ) pelo modelo Gompertz (- ( ( - ))), em que é incidênci de infecção cumuld justd segundo método de propgção e genótipo (erro pdrão d médi entre prênteses) Genótipo Método de propgção 1 2 Clonl Monoprogênie 0,85 A 0,06 B (0,24) (0,02) 0,57 A 0,18 Bb (0,10) (0,03) Médis seguids de mesm letr miúscul (minúscul) n linh (colun) não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer, prênteses em correspondênci. Pr s velociddes máxims estimds houve interções significtivs entre genótipo e époc de plntio (Tbel 3) e método de propgção e genótipo (Tbel 4). Pr os efeitos de genótipo e époc de plntio, o genótipo 1 não presentou diferençs esttístics, já o genótipo 2 tingiu no verão o mior tempo médio pr velocidde máxim de incidênci de infecção cumuld. Considerndo s épocs

40 de plntio, no verão não houve diferençs esttístics entre os genótipos, contudo, no inverno o genótipo 2 demndou o mior tempo médio. O mior tempo requerido pode ser em decorrênci do fungo ter miores dificulddes em quebrr resistênci do ptógeno, já que procedênci deste genótipo é oriund do clone 2, resistente à ferrugem. Nos efeitos de método de propgção e genótipo, há diferençs esttístics somente pr propgção clonl entre genótipos, com o genótipo 1 obtendo o menor tempo médio pr tingir velocidde máxim de infecção cumuld, sendo um tendênci esperd pr os mteriis genéticos provenientes do clone 1 por serem suscetíveis à ferrugem. Os resultdos tmbém indicm um comportmento estável pr os efeitos de método de propgção por monoprogênie. Tbel 3 Tempos médios pr s velociddes máxims de incidênci de infecção cumuld ( ) pelo modelo Gompertz (- ( ( - ))), em que é incidênci de infecção cumuld justd segundo genótipo e époc de plntio (erro pdrão d médi entre prênteses) Époc de plntio Genótipo Verão Inverno 1 2 186,66 A 71,11 A (3,73) (7,04) 190,40 A 93,52 Bb (7,04) (11,41) Médis seguids de mesm letr miúscul (minúscul) n linh (colun) não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer, prênteses em correspondênci. Tbel 4 Tempos médios pr s velociddes máxims de incidênci de infecção cumuld ( ) pelo modelo Gompertz (- ( ( - ))), em que é incidênci de infecção cumuld justd segundo método de propgção e genótipo (erro pdrão d médi entre prênteses) Genótipo Método de propgção 1 2 Clonl Monoprogênie 122,79 A 179,79 B (21,77) (30,19) 134,98 A 139,59 A (23,08) (19,95) Médis seguids de mesm letr miúscul (minúscul) n linh (colun) não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer, prênteses em correspondênci.

41 4.1.2.3 Severidde A severidde do tque d ferrugem foi vlid e tribuíd um not de cordo com o nível de dnos cusdos pelo fungo n plnt (Figur 9). Entretnto, o nível de severidde S2 foi verificdo em um quntidde mínim de plnts não estbelecendo correlção entre os ddos pr époc de plntio, método de propgção e genótipo, e seu tque não cusri dnos às plnts ou influencirim no crescimento em ltur. O nível de severidde S3 não foi encontrdo no experimento. Segundo Fonsec (2015), períodos de molhmento folir cim de 8h proporcionm mior intensidde d doenç e no presente estudo não houve longos períodos que fvorecerim miores níveis de severidde ns plnts.

42 Figur 9 Percentuis de plnts infectds conforme os níveis de severidde d ferrugem em dis pós o plntio vlidos por: époc de plntio - verão () e inverno (b), método de propgção - clonl (c) e monoprogênie (d) e genótipo - 1 (e) e 2 (f) 0,15 Verão S2 S1 0,15 Inverno S2 S1 0,10 0,10 0,05 0,05 0,00 ) 0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 Dis 0,00 b) 0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 Dis 0,15 Clonl S2 0,15 Monoprogênie S2 S1 S1 0,10 0,10 0,05 0,05 0,00 c) 0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 Dis 0,00 d) 0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 Dis 0,15 Genótipo 1 S2 0,15 Genótipo 2 S2 S1 S1 0,10 0,10 0,05 0,05 0,00 e) 0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 Dis 0,00 f) 0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 Dis 4.2 Crescimento em ltur ds plnts N nálise dos efeitos de époc de plntio, método de propgção e genótipo n ltur médi ds plnts, só form significtivos os efeitos principis, não hvendo interções significtivs. N comprção d influenci d époc de plntio no crescimento em ltur ds plnts, os mteriis genéticos plntdos no inverno presentrm s miores lturs médis o longo do período estuddo (Figur 10). O plntio de inverno tingiu ltur médi de 9,04m os 360 dis, com coeficiente de vrição (CV) de

Altur médi (m) 43 8,65% e mior incremento médio com 2,46 cm di - ¹, já no verão ltur médi foi de 6,89m, CV de 11,04% e incremento médio de 2,08 cm di - ¹ (Tbel 5). Grci (1989) clssific o CV como bixo pr vlores menores que 4,75%, médio entre 4,75% e 12,50%, lto entre 12,50% e 16,40% e muito lto qundo miores que 16,40%, e de cordo com o utor, qunto menor o CV, mior homogeneidde dos ddos. Almeid Junior (2014) cit que homogeneidde em plntios de euclipto medid pelo CV é um prâmetro de potencil produtivo d florest e no presente estudo, o inverno, cujos resultdos pr ltur médi form miores, presentou menor CV e obteve mior incremento médio diário comprdo o verão. Figur 10 Altur médi ds plnts por époc de plntio 10,00 8,00 Verão Inverno b 6,00 4,00 2,00 b 0,00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Dis Alturs de plnts seguids de mesm letr no correspondente di não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer. As brrs representm o erro pdrão d médi. Tbel 5 Altur médi, incremento médio diário em ltur e coeficiente de vrição por époc de plntio Altur médi (m) Incremento médio Coeficiente de 150 dis 360 dis diário (cm di - ¹) vrição (1) Verão Inverno 2,51 6,89 (0,05) (0,19) 3,88 b 9,04 b (0,07) (0,20) 2,08 11,04% 2,46 8,65% Alturs de plnts seguids de mesm letr n colun não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer. Erro pdrão d médi entre prênteses. (1) Vlores correspondentes às medições os 360 dis.

44 Considerndo s incidêncis de ferrugem e de cordo com Crvlho et l. (1994) e Alfens et l. (2009), o ptógeno infect órgãos tenros e plnts jovens em cmpo com té 3 metros de ltur, pois em miores lturs o fungo gerlmente não encontr micrombiente fvorável à infecção. Isto pode explicr qued n incidênci d ferrugem nos experimentos à prtir dos 180 dis, qundo s plnts tingirm miores ptmres de ltur. Tkhshi (2002) consttou que diferentes épocs de plntio podem resultr em distintos períodos de exposição à ferrugem. Dest form, presenç d ferrugem esteve ssocid à époc de plntio e consequentemente o período de desenvolvimento d plnt. De cordo com Ferreir (1989), o estágio fenológico B é o que present mior suscetibilidde ds plnts o fungo, já que presentm prte ére tenr propíci à infecção. Pr o plntio no verão, s plnts pssrm por período climático fvorável à ferrugem (mio/2014) qundo ind estvm no estágio fenológico B e su ltur inicil os 150 dis er inferior os 3 metros. No plntio relizdo no inverno pesr de ter hvido um pico n quntidde de plnts com ferrugem os 60 dis, os demis meses presentrm pequeno percentul de plnts doentes relciondo à bix fvorbilidde climátic, e qundo o índice de infecção esteve lto (fevereiro/2015), s plnts já hvim tingindo miores lturs, sendo um condição dvers o fungo e ocorrendo o escpe. Segundo Tkhshi (2002), em estudos com Euclyptus grndis no Estdo de São Pulo, os dnos cusdos pel doenç em plnts os 11 meses de idde presentrm 35,81% de diferenç n ltur médi entre sdis e infectds no mior nível de severidde d doenç. Entretnto, embor houvesse no presente estudo diferençs esttístics n incidênci de ferrugem entre épocs de plntio, sendo mior pr o verão, não houve correlção significtiv com s lturs médis. O nível de severidde S3 não foi verificdo ns vlições, cujo tque cusri necroses nos terminis de glhos e hste principl que crretri em prejuízos no desenvolvimento ds plnts. Além de presentr miores lturs, o plntio de inverno pode ser um estrtégi de escpe dotd pr o uso de mteriis genéticos suscetíveis à

Altur médi (m) 45 ferrugem, pois com um mior incremento médio diário, diminui o tempo de exposição d plnt durnte seu estágio fenológico B no período de mior fvorbilidde climátic o fungo. Entre os métodos de propgção, os 150 dis s lturs médis não diferirm significtivmente, ms os 360 dis os vlores form miores pr o método clonl (Figur 11). O método de propgção clonl lcnçou ltur médi de 8,54m, seu CV foi de 14,91% e presentou o mior incremento médio de 2,54 cm di - ¹ (Tbel 6). As monoprogênies tingirm ltur médi de 7,38m, CV de 15,46% e menor incremento médio em ltur de 2,00 cm di - ¹, presentndo possível segregção genétic em resultdo os cruzmentos, não tingindo o crescimento inicil esperdo. Figur 11 Altur médi ds plnts por método de propgção 10,00 8,00 b Clonl Monoprogênie 6,00 4,00 2,00 0,00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Dis Alturs de plnts seguids de mesm letr no correspondente di não diferem esttisticmente o nível de significânci de 5% pelo teste de Tukey-Krmer. As brrs representm o erro pdrão d médi.