NITROGÊNIO EM COBERTURA E VIA FOLIAR EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DO TRIGO BRS SABIÁ
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- Benedito Canário Mendes
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1 NITROGÊNIO EM COBERTURA E VIA FOLIAR EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DO TRIGO BRS SABIÁ Sergio Ricrdo Silv 1, José Slvdor Simoneti Foloni 2, Mnoel Crlos Bssoi 2, Adilson de Oliveir Júnior 2 e Césr de Cstro 2 1 Centro Ncionl de Pesquis de Trigo (CNPT), Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári (EMBRAPA), Rodovi BR 285, km 294, CEP , Psso Fundo - RS. E-mil: sergio.ricrdo@emrp.r. 2 Centro Ncionl de Pesquis de Soj (CNPSO), Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári (EMBRAPA), Rodovi Crlos João Strss, s/nº, Distrito de Wrt, Cix Postl 231, CEP , Londrin - PR. O trigo é um plnt que demnd quntiddes significtivs de nitrogênio (N) pr seu desenvolvimento vegettivo e reprodutivo, presentndo respost à dição de N vi dução, sendo que s cultivres presentm diferentes eficiêncis de uso de N (Beche et l., 214; Silv et l., 214). A despeito d considerável litertur disponível sore o uso de N pel cultur do trigo, muits lguns de conhecimento necessitm ser esclrecids qunto o mnejo deste tipo de fertilizção, especilmente em relção às doses e modos de plicção. O nitrogênio é o nutriente que present o mnejo mis complexo em solos de regiões tropicis e sutropicis, devido o grnde número de reções que está sujeito e à su lt instilidde no solo. Em função disso, o prcelmento d dução nitrogend proporcion um mior eficiênci n ssimilção deste nutriente pelo trigo, diminuindo s perds por lixivição em nos chuvosos e por voltilizção em nos secos (Mundstock, 1999). Além disso, époc corret de plicção do nitrogênio é fundmentl pr incrementr o rendimento de grãos, pois plicções muito precoces ou muito trdis podem ser pouco proveitds pels plnts. Se-se, por exemplo, que plicção de nitrogênio no momento dequdo pode umentr eficiênci de uso de N pelo trigo, incrementndo o rendimento de grãos.
2 Recentemente tem-se oservdo o uso de fertilizção folir com vários nutrientes n cultur do trigo. No entnto, ind são grndes s dúvids sore efetividde d plicção de nitrogênio vi folir comprd com trdicionl fertilizção vi solo. O ojetivo deste trlho foi vlir s resposts do trigo à diferentes épocs e modos de plicção de N, vi solo e vi folir, com finlidde de melhorr s recomendções de dução nitrogend pr est cultur. Dois experimentos, com o mesmo delinemento, form instldos n sfr 215 em fzends experimentis d Emrp, sendo um loclizd em Londrin (PR) (23º11 37 S, 51º11 3 W; ltitude de 628 m) e outr em Pont Gross (PR) (25º8 59 S, 5º4 39 W; ltitude de 876 m). Em Londrin o relevo é suvemente onduldo e o solo d áre experimentl é um Ltossolo Vermelho distroférrico de textur rgilos; o clim regionl, de cordo com clssificção de Köeppen, é sutropicl úmido (Cf), com verão quente e chuvoso, com tempertur e precipitção médis nuis de 21,2 C e mm, respectivmente, geds pouco frequentes e sem estção sec definid. Em Pont Gross o clim regionl é sutropicl úmido (Cf) mesotérmico, com tempertur médi nul em torno de 18,7 C e precipitção médi nul de 1.6 mm; o relevo é suvemente onduldo e o solo d áre experimentl é um Ltossolo Vermelho distroférrico de textur médi. Os ensios form conduzidos com delinemento em locos csulizdos, com oito repetições em Londrin e qutro em Pont Gross, contemplndo os seguintes trtmentos de dução nitrogend: 1) Testemunh ( kg h -1 de N); 2) Coertur com duo nitrogendo vi solo n dose de 4 kg h -1 no estádio de perfilhmento pleno; 3) Coertur com duo nitrogendo vi solo n dose de 8 kg h -1 no estádio de perfilhmento pleno; 4) Aplicção de N vi folir, sendo 1 kg h -1 no estádio de longmento e 1 kg h -1 no emorrchmento; 5) Aplicção de N vi folir, sendo 1 kg h -1 no estádio de longmento e 1 kg h -1 no espigmento; 6) Aplicção de N vi folir, sendo 1 kg h -1 no estádio de emorrchmento e 1 kg h -1 no espigmento; 7) Aplicção de N vi folir, sendo 1 kg h -1 no estádio de longmento, 1 kg h -1 no emorrchmento e 1 kg h -1 no espigmento; 8)
3 Aplicção em coertur vi solo de 4 kg h -1 no estádio de perfilhmento, e vi folir de 1 kg h -1 no emorrchmento; 9) Aplicção em coertur vi solo de 4 kg h -1 no estádio de perfilhmento e vi folir de 1 kg h -1 no espigmento; 1) Aplicção em coertur vi solo de 4 kg h -1 no estádio de perfilhmento e vi folir de 1 kg h -1 no emorrchmento e 1 kg h -1 no espigmento. Cd prcel experimentl foi compost por 9 linhs de semedur com 6 m de comprimento, espçds,2 m entre si, totlizndo 1,8 m 2. O trigo foi semedo sore plhd de soj (14/4/215 em Londrin; e 16/6/215 em Pont Gros), em sulcos, proximdmente 4 cm de profundidde. A dução de se correspondeu 28 kg h -1 de NPK O mnejo fitossnitário e demis trtos culturis do trigo form sedos ns indicções d Comissão Brsileir de Pesquis de Trigo e Triticle (CBPTT, 213). Pr determinr produtividde de grãos n mturção fisiológic, foi relizd colheit de trigo (7 linhs centris x 6 m de comprimento) com colhedor utomotriz desenvolvid pr experimentção gronômic, registrndo-se o peso de grãos pós juste d umidde pr 13 %. O cmmento de plnts foi vlido visulmente (nots de 1 %). Os resultdos experimentis form sumetidos à nálise de vriânci e nlisdos pelo teste de grupmento de médis Scott-Knott, utilizndo o softwre esttístico GENES (Cruz, 213). O rendimento de grãos não foi lterdo significtivmente pels doses ou modo de plicção de N, tnto em Londrin como em Pont Gross (Figur 1). Deste modo, dição de 22,4 kg h -1 de N n dução de se (28 kg h -1 de NPK ), no momento d semedur, foi suficiente pr grntir o suprimento dequdo de N pr o crescimento do trigo. Verificou-se, no entnto, que o cmmento de plnts presentou distints resposts à plicção de N nos dois mientes edfoclimáticos (Figur 2). Em Pont Gross não foi registrdo cmmento do trigo, independente d dose de N ou modo de plicção do fertiliznte, o que pode ser triuído às condições climátics locis, cujs temperturs mis fris (médi nul de 18,7 C) proporcionm crescimento mis lento ds plnts e
4 menor estiolmento do colmo, que ssocido à menor tx de minerlizção d mtéri orgânic do solo (MOS) e consequente menor disponiilidde de N, resultm em plnts menos propenss o cmmento. Por outro ldo, em Londrin, s temperturs mis elevds (médi nul de 21,2 C) fvorecem minerlizção d MOS, decomposição d plhd de soj (que disponiiliz proximdmente 2 kg h -1 de N) e o crescimento mis rápido ds plnts, que ssocido um solo mis rgiloso e compctdo (que limit o crescimento e ncorgem do sistem rdiculr), resultm em condições mis fvoráveis o cmmento. Deste modo, oservmos que os trtmentos que receerm doses de N 4 kg h -1 (somtório do N plicdo vi solo e vi folir) pós emergênci ds plântuls, presentrm miores txs de cmmento, independente se o N foi plicdo somente em coertur vi solo no perfilhmento ds plnts ou d form nterior crescid de N plicdo vi folir no emorrchmento ou no espigmento ou em mos estádios fenológicos. Referêncis iliográfics BECHE, E.; BENIN, G.; BORNHOFEN, E.; DALLÓ, S.C; SASSI, L.H.S; OLIVEIRA, R. Eficiênci de uso de nitrogênio em cultivres de trigo pioneirs e moderns. Pesquis Agropecuári Brsileir, v.49, p , 214. CBPTT. COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO E TRITICALE. Informções técnics pr trigo e triticle - sfr 213. Londrin: Ipr, p. CRUZ, C.D. GENES - softwre pckge for nlysis in experimentl sttistics nd quntittive genetics. Act Scientirum Agronomy, v.35, p , 213. MUNDSTOCK, C.M. Plnejmento e mnejo integrdo d lvour de trigo. Porto Alegre: Evngrf, p. SILVA, C.L.; BENIN, G.; BORNHOFEN, E.; TODESCHINI, M.H.; DALLO, S.C.; SASSI, L.H.S. Chrcteriztion of rzilin whet cultivrs in terms of nitrogen use efficiency. Brgnti, v.73, p.87-96, 214.
5 Rendimento de Grãos (kg h -1 ) LONDRINA Apens N em Coertur no Perf. Apens N vi Folir N em Coert. Perf + N Folir 4 PONTA GROSSA Apens N em Coertur no Perf. Apens N vi Folir N em Coert. Perf + N Folir Rendimento de Grãos (kg h -1 ) FIGURA 1. Rendimento de grãos em respost à plicção de nitrogênio em coertur e vi folir em diferentes estádios fenológicos d cultivr de trigo BRS Siá, cultivd em Londrin (PR) e Pont Gross (PR) n sfr 215. Coluns seguids por mesm letr não diferem entre si o nível de 5 % de significânci pelo teste de Scott-Knott.
6 LONDRINA 7 Apens N em Coertur no Perf. Apens N vi Folir N em Coert. Perf + N Folir Acmmento (%) PONTA GROSSA Apens N em Coertur no Perf. Apens N vi Folir N em Coert. Perf + N Folir 6 Acmmento (%) FIGURA 2. Acmmento de plnts em respost à plicção de nitrogênio em coertur e vi folir em diferentes estádios fenológicos d cultivr de trigo Siá, cultivd em Londrin (PR) e Pont Gross (PR) n sfr 215. Coluns seguids por mesm letr não diferem entre si o nível de 5 % de significânci pelo teste de Scott-Knott.
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