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Realização: Apresentação. Seja parceiro: Nesta edição: Caroço de algodão Girassol e óleo Amendoim e óleo. Ano II N 2 maio de 2018.

Transcrição:

BOLETIM DO SUÍNO nº 102 FEVEREIRO 2019

O mercado em fevereiro Os preços domésticos do suíno vivo e da carne subiram significativamente no mercado doméstico na segunda quinzena de fevereiro. Além disso, as exportações de carne suína in natura registraram bom desempenho no mês passado, com avanço de 10% no volume escoado frente a janeiro, segundo dados da Secex. Mesmo assim, os valores médios mensais da proteína e do animal vivo em fevereiro foram inferiores aos de janeiro. No mercado interno, o suíno vivo teve média de R$ 3,76/kg em São José do Rio Preto (SP) em fevereiro, queda de 1,6% em relação à de janeiro. Na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Piracicaba), a baixa foi de 2,1% na mesma comparação, com o animal negociado na média de R$ 3,78/kg em fevereiro. No Sul, principal região produtora do País, as quedas mensais foram ainda mais intensas. De janeiro para fevereiro, o suíno vivo negociado na região de Erechim (RS) se desvalorizou 2,9%, passando para R$ 3,58/kg. No Oeste Catarinense, a queda foi de 2,8%, com o animal comercializado a R$ 3,59/kg na média de fevereiro. Quanto ao mercado de carnes, no atacado da Grande São Paulo, o quilo da carcaça especial suína foi negociado a R$ 5,92, em média, em fevereiro, queda de 2,3% frente à de janeiro. Para a carcaça comum, a desvalorização foi de 2,1% no mesmo comparativo, para R$ 5,62/kg. Apesar de os preços terem acumulado baixa em fevereiro, agentes consultados pelo Cepea têm boas expectativas. A demanda de frigoríficos exportadores por novos lotes de animais se intensificou, refletindo, inclusive, em significativas altas de preços na última semana de fevereiro. Assim, entre 25 e 28 de fevereiro, o preço do suíno vivo negociado na região de SP-5 teve alta de 3% frente ao da semana anterior, a R$ 4,02/kg. No Oeste Catarinense, a valorização foi de 2% no mesmo comparativo, com o animal negociado na média de R$ 3,75/kg na última semana de fevereiro. 2

Gráfico 1 - Preço médio mensal da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) R$/kg 8,00 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 3,50 3,00 2,50 2,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Gráfico 2 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor ( a - R$/kg) 4,30 3,70 R$/kg 3,40 3,10 2,80 2,50 02/01/2018 16/01/2018 30/01/2018 15/02/2018 01/03/2018 15/03/2018 29/03/2018 13/04/2018 27/04/2018 14/05/2018 28/05/2018 12/06/2018 26/06/2018 10/07/2018 24/07/2018 07/08/2018 21/08/2018 04/09/2018 19/09/2018 03/10/2018 18/10/2018 01/11/2018 19/11/2018 03/12/2018 17/12/2018 04/01/2019 18/01/2019 01/02/2019 15/02/2019 MG SP PR SC RS 3

Preços e exportações Após o forte recuo das exportações brasileiras de carne suína in natura de dezembro para janeiro, os embarques aumentaram em fevereiro. O volume exportado no mês passado foi o maior para o período em toda a série histórica da Secex, acompanhada pelo Cepea desde 2003. O bom desempenho das vendas ao mercado internacional contribuiu para as valorizações do suíno vivo e da carne no correr de fevereiro. No mês passado, o volume enviado ao mercado externo somou 45,9 mil toneladas, avanço de 9,5% frente ao embarcado em janeiro e de 28,4% em relação ao do mesmo período do ano passado. Esse desempenho esteve atrelado ao ritmo mais intenso das exportações em fevereiro enquanto em janeiro a média diária de embarques foi de 1,9 mil t, em fevereiro, foi de 2,29 mil t/dia, 20% maior. Assim, apesar de fevereiro ter menor dias úteis, o volume exportado durante o mês superou o de janeiro. A receita obtida pelo setor exportador com as vendas de carne in natura em fevereiro, por sua vez, foi de US$ 90,6 milhões, aumento de 8% em relação à de janeiro e de 18% frente à do mesmo período do ano passado. Em Real, as exportações somaram R$ 337 milhões, valor 7% superior ao obtido em janeiro e expressivos 35% maior do que o de fevereiro/18. O menor preço pago pela carne exportada e a redução na taxa de câmbio (R$/US$) em fevereiro limitaram avanços ainda maiores na receita. Enquanto no primeiro mês do ano a proteína in natura era exportada a US$ 2.006,73/tonelada, em fevereiro, esse valor diminuiu 2%, para US$ 1.975,45/tonelada. No mesmo comparativo, a taxa de câmbio passou de R$ 3,74/US$ para R$ 3,72/US$, recuo de 1%. Quanto às exportações totais, que englobam a carne in natura, industrializada e demais categorias, o volume escoado foi de 53,3 mil toneladas e o faturamento, de R$ 369 milhões aumentos de 14% e de 11%, respectivamente, frente ao observado em janeiro. Hong Kong foi o principal país importador dos produtos suinícolas brasileiros em fevereiro, tendo adquirido 12,6 mil toneladas, 23,7% do total escoado. Esse volume superou em 73,9% o de janeiro, quando Hong Kong foi o segundo principal demandante da carne brasileira, atrás apenas da China. 4

Tabela 1 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor - fevereiro/19 (R$/Kg) Estado Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal Minas Gerais 3,89 10,7% 3,60 4,15 São Paulo 3,76 9,9% 3,56 Paraná 3,49 2,6% 3,42 3,61 Santa Catarina 3,22 7,3% 3,12 3,38 Rio Grande do Sul 3,13 0,9% 3,07 3,20 Tabela 2 - Médias regionais do preço do suíno vivo - fevereiro/19 (R$/Kg) Região Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal Patos de Minas 3,90 9,8% 3,63 4,13 Belo Horizonte 3,88 10,8% 3,60 4,17 Sul de Minas 3,88 10,7% 3,56 4,16 Ponte Nova 3,86 12,5% 3,55 4,20 São José do Rio Preto 3,76 8,2% 3,54 3,98 Avaré 3,69 11,0% 3,46 3,97 SP-5 3,78 10,0% 3,57 4,03 Arapoti 3,69 6,4% 3,57 3,92 SO Paranaense 3,65 3,2% 3,53 3,76 Oeste Catarinense 3,59 5,1% 3,39 3,78 Braço do Norte 3,36 8,7% 3,26 3,54 Erechim 3,58 3,2% 3,43 3,72 Santa Rosa 3,67 13,1% 3,49 3,94 Serra Gaúcha 3,59 2,7% 3,50 3,68 Tabela 3 - Médias dos preços das carnes - atacado da Grande São Paulo - fevereiro/19 (R$/kg) Estado Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal Carcaça Comum 5,62 5,9% 5,32 5,88 Carcaça Especial 5,92 5,4% 5,59 6,20 Lombo 8,84 0,6% 8,70 9,18 Pernil com osso 6,14 3,8% 5,90 6,44 Costela 9,39-1,6% 9,06 9,74 Carré 6,83 7,8% 6,61 7,13 Paleta sem osso 6,83 5,2% 6,38 7,04 Tabela 4 - Relação de troca de suíno por milho e de suíno por farelo de soja (kg vivo/kg de insumo) média fevereiro/19 vivo/milho Variação mensal vivo/farelo Variação mensal SP 5,68-7,0% 3,13 0,9% MG 6,63-4,8% 3,55 8,1% 5

Gráfico 3 - Preços internos (carcaça - Grande SP) e externo (carne in natura), deflacionados pelo IPCA - R$/kg 10,00 9,00 8,00 R$/kg 7,00 6,00 5,00 3,00 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18 jan/19 Preço Interno Preço Externo Gráfico 4 - Exportações de carne suína in natura entre e, volume e receita 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 - mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18 jan/19 1.000 t US$ milhões 6

Relação de troca e insumos As sucessivas altas nos preços do suíno vivo na segunda quinzena de fevereiro não foram suficientes para evitar a redução no poder de compra de suinocultores frente ao milho, importante insumo do setor. Isso porque os valores do cereal subiram com força no mercado paulista. Já as cotações do farelo de soja recuaram no período, possibilitando a manutenção do poder de compra do suinocultor paulista frente ao insumo. Em fevereiro, o suíno vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) registrou preço médio de R$ 3,78/kg, desvalorização de 2,1% frente ao do mês anterior. Apesar da queda no valor médio mensal, as cotações estiveram em ritmo de recuperação na segunda quinzena, impulsionadas pela menor oferta de animais em peso ideal para abate e também pelo bom desempenho das exportações da proteína no período. Quanto ao milho, a saca de 60 kg teve média de R$ 39,91 na região de Campinas (SP), alta de 5,2% frente à de janeiro. Já para o farelo, a média de fevereiro foi de R$ 1.209,57/tonelada, 2,9% inferior à de janeiro. Segundo a Equipe de Grãos/Cepea, os preços do cereal seguiram firmes no mês passado, mesmo diante do avanço da colheita da temporada de verão. A sustentação veio da perspectiva de menor oferta nesta primeira safra o que manteve produtores retraídos do mercado e também do bom desempenho das exportações. Além disso, conforme pesquisadores da Equipe de Grãos, compradores estiveram mais ativos, visando repor estoques de curto prazo. Especificamente no mercado paulista, a procura mais aquecida por milho também esteve atrelada a preocupações quanto ao frete e à menor oferta da região Centro- -Oeste. Para o farelo de soja, a desvalorização esteve relacionada à demanda desaquecida. Nesse contexto, o suinocultor paulista pôde comprar até 5,68 quilos de milho em fevereiro, quantidade 7% menor do que a de janeiro. Quanto ao farelo de soja, o suinocultor da região conseguiu manter seu poder de compra estável entre janeiro e fevereiro, sendo possível a compra de até 3,13 quilos do insumo com a venda de um quilo do animal. Já no Oeste Catarinense, o poder de compra do suinocultor diminuiu, tanto frente ao milho quanto ao farelo de soja. Em fevereiro, um quilo de suíno vivo valia 5,82 quilos de milho e 2,96 quilos de farelo de soja, volumes 4,6% e 3,1% menores do que os registrados em janeiro. Vale ressaltar que o poder de compra do suinocultor da região em fevereiro foi o menor frente ao cereal desde outubro/18 e também o mais baixo frente ao derivado da oleaginosa desde novembro/18. 7

Gráfico 5 - Relação de troca (kg de suíno/kg de ração) - MG - fevereiro/10 a fevereiro/19 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 3,50 3,00 2,50 2,00 fev/10 ago/10 fev/11 ago/11 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 ago/15 fev/16 ago/16 fev/17 ago/17 9,0 Gráfico 6 - Relação de troca (kg de suíno/kg de milho e kg suíno/kg do farelo de soja - a 7,5 6,0 4,5 3,0 1,5 0,0 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18 jan/19 SP Suíno/Milho MG Suíno/Milho SP Suíno/Farelo MG Suíno/Farelo 8

As sucessivas valorizações da carcaça especial suína em fevereiro não foram suficientes para elevar o preço médio da proteína frente ao registrado em janeiro. Já as cotações das principais carnes concorrentes bovina e de frango mantiveram-se praticamente estáveis, sem reajustes expressivos. Esse contexto favoreceu a competitividade da carne suína frente às substitutas. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi negociada a R$ 5,92/ kg, em média, em fevereiro, recuo de 2,3% frente ao mês anterior. Segundo agentes do setor, a falta de animais em peso ideal para abate e o ritmo aquecido das exportações contribuíram para a valorização da carne no correr do mês, ainda que essas altas de preço não tenham resultado em uma média superior à de janeiro. Ainda no mercado paulista, o preço do frango inteiro resfriado teve ligeiro avanço (0,6%) entre janeiro e fevereiro, a R$ 4,34/kg, em média, no mês passado. A manutenção do preço do frango em patamares mais elevados nos dois primeiros meses de 2019 está associada à menor Carnes concorrentes disponibilidade da proteína no mercado doméstico, que, por sua vez, foi influenciada pelo ritmo mais intenso de embarques ao front externo em fevereiro e também pelo ajuste na produção. Quanto à carcaça casada bovina, os preços recuaram ligeiro 0,3% entre janeiro e fevereiro, com a proteína negociada a R$ 10,44/kg na média do último mês. Segundo agentes, ainda que a desvalorização tenha sido pequena em fevereiro, as vendas da proteína estiveram desaquecidas no correr do mês nem mesmo o Carnaval elevou a comercialização no final do período. Com o recuo mais expressivo das cotações da carne suína em fevereiro, a competividade da proteína frente ao frango e à carne bovina aumentou 9,5% e 2,4%, respectivamente. Em fevereiro, o quilo da carne suína esteve 1,58 real mais caro do que o do frango resfriado em janeiro, essa diferença era de 1,75 real/quilo. A diferença entre os valores da carcaça casada bovina e da especial suína, por sua vez, passou de 4,41 reais/quilo no primeiro mês do ano para 4,52 reais/quilo em fevereiro. Gráfico 7 - Preços da carcaça casada bovina, carcaça especial suína e frango inteiro resfriado, no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) - fevereiro/18 a fevereiro/19 11,00 10,00 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 3,00 2,00 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 set/18 R$/kg out/18 nov/18 dez/18 jan/19 SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) 3429-8859 suicepea@usp.br EXPEDIENTE Carcaça Casada Bovina Carcaça Especial Suína Frango Resfriado Coordenador: Geraldo Sant Ana de Camargo Barros, Ph.D Pesquisador responsável: Prof. Dr. Sergio De Zen Equipe: Juliana Ferraz, Maristela de Mello Jornalista responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 O Boletim do Suíno é elaborado mensalmente pelo Cepea - Centro de Revisão: Estudos Avançados em Economia Aplicada Bruna Sampaio - Mtb: 79.466 - ESALQ/USP. Interessados em reproduzir Martins, Matheus do Valle Liasch, Otávio Biagi Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681 o conteúdo devem solicitar CEPEA autorização. - CENTRO DE ESTUDOS Veronez AVANÇADOS e Karen Bandeira EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP Nádia Zanirato - Mtb: 81.086 9