Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Curso de Física - Laboratório de Física Experimental A



Documentos relacionados
dv = πr 2 dx dv = π[f(x)] 2 dx b 8.2- Volume de Sólidos de Revolução

Dinâmica de uma partícula material de massa constante

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

CAPÍTULO 6. Seja um corpo rígido C, de massa m e centro de massa G, realizando um movimento plano paralelo ao plano de referência xy, figura 6.1.

sistema. Considere um eixo polar. P números π 4 b) B = coincidir eixo dos y x e) r = 4

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Mecânica. PME 2100 Mecânica A Segunda Prova 23 de outubro de 2007

Física. Resolução das atividades complementares. F4 Vetores: conceitos e definições. 1 Observe os vetores das figuras:

CAPÍTULO 10 DINÂMICA DO MOVIMENTO ESPACIAL DE CORPOS RÍGIDOS

L dt. onde. k se refere às diferentes coordenadas e ) Equações de movimento na forma Lagrangeana, ) Apenas translação. 3N equações de 2a.

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Eletromagnetismo. 3 a lista de exercícios. Prof. Carlos Felipe. Campos magnéticos devido a correntes Dado: µ o =4π.10-7 Tm/A

Determinação dos Momentos de Encastramento Perfeito. Um membro de secção constante ligando os nós i e j está representado na figura.

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, FÍSICA 3 CAPÍTULO 27 CARGA ELÉTRICA E LEI DE COULOMB

Física. Unidades fundamentais: -unidade de massa: Kg -unidade de comprimento: m -unidade de tempo: s

ANÁLISE DE ESTRUTURAS I

Vitamina A Vitamina B Vitamina C Alimento Alimento Alimento

Gestão de energia: 2008/2009

QUESTÃO 01 01) ) ) ) ) 175 RESOLUÇÃO:

PME 3200 MECÂNICA II Primeira Prova 31 de março de 2016 Duração da Prova: 120 minutos (não é permitido uso de calculadoras)

NÚMEROS COMPLEXOS. z = a + bi a é a parte real e escreve-se a=re(z);

1 x 5 (d) f = 1 + x 2 2 (f) f = tg 2 x x p 1 + x 2 (g) f = p x + sec 2 x (h) f = x 3p x. (c) f = 2 sen x. sen x p 1 + cos x. p x.

Fig. 1. Problema 1. m = T g +a = 5kg.

Pêndulo de Torção. Objetivo: Introdução teórica. Estudar a dependência do memento de inércia de um corpo com relação à sua forma.

Ajuste de curvas por quadrados mínimos lineares

As forças traduzem e medem interações entre corpos e essas interações podem ser de contacto ou à distância (FQ A ano 1). de contacto.

1º Exame de Análise de Estruturas I Mestrado Integrado em Engenharia Civil Responsável: Prof. J.A. Teixeira de Freitas 5 de Junho de 2013

ATIVIDADES PARA SALA PÁG. 75

Versão preliminar 10 de setembro de 2002

6 Resultados e Discussão I - Obtenção do pk a a partir da fluorescência estacionária e resolvida no tempo

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

ANÁLISE DE ESTRUTURAS I

Breve Revisão de Cálculo Vetorial

MECÂNICA VETORES AULA 3 1- INTRODUÇÃO

DINÂMICA DO SISTEMA SOLAR

Resoluções dos testes propostos

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA PME 2200 MECÂNICA B 1ª

O ROTACIONAL E O TEOREMA DE STOKES

Potencial Elétrico. Prof. Cláudio Graça 2012

SOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO

Exemplos relativos à Dinâmica (sem rolamento)

Questionário sobre o Ensino de Leitura

Estados e suas equações

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Mecânica. Prova Substitutiva de Mecânica B PME /07/2012

Soluções do Capítulo 9 (Volume 2)

Geradores elétricos. Antes de estudar o capítulo PARTE I

EXPOENTE. Podemos entender a potenciação como uma multiplicação de fatores iguais.

Prof. A.F.Guimarães Questões Cinemática 4 Gráficos

fator de compressibilidade

Magnetostática. Programa de Óptica e Electromagnetismo. OpE - MIB 2007/2008. Análise Vectorial (revisão) 2 aulas

PRATIQUE EM CASA. m v m M v SOLUÇÃO PC1. [A]

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena EEL

Geometria Plana 04 Prof. Valdir

O uso de integradores numéricos no estudo de encontros próximos

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 2015 DA FUVEST-FASE 2. POR PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA

Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Ajuste de equações

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Dinâmica Estocástica. Instituto de Física, novembro de Tânia -Din Estoc

4ª Unidade: Geometria Analítica no Espaço

Lista de Exercícios - Geometria Métrica Espacial

Solução da segunda lista de exercícios

Física A Superintensivo

1 a) O que é a pressão atmosférica? No S.I. em que unidades é expressa a pressão?

5/21/2015. Física Geral III

Exercícios. setor Aula 25

F-328 Física Geral III

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Mecânica

UMA CONTRIBUIÇÃO NA ANÁLISE DA ESTABILIDADE TRANSITÓRIA DOS SISTEMAS ELÉTRICOS DE DISTRIBUIÇÃO NA PRESENÇA DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

ESCOLA TÉCNICA DE BRASILIA CURSO DE MATEMÁTICA APLICADA

Duração: 1h30 Resp: Prof. João Carlos Fernandes (Dep. Física)

Principais fórmulas dadas durante a disciplina de Ecologia Física. II. Revisão de leis e relações fundamentais para o estudo da disciplina.

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Fenômenos de Transporte I. Aula 10. Prof. Dr. Gilberto Garcia Cortez

TIPOS DE GRANDEZAS. Grandeza escalar necessita apenas de uma. Grandeza vetorial Além do MÓDULO, ela

Lista de Exercícios Cálculo de Volumes por Cascas Cilíndricas

6.1 Derivação & Integração: regras básicas

Capítulo 3 ATIVIDADES PARA SALA PÁG. 50 GEOMETRIA. Projeções, ângulos e distâncias. 2 a série Ensino Médio Livro 1 1

Física. Física Módulo 1. Sistemas de Partículas e Centro de Massa. Quantidade de movimento (momento) Conservação do momento linear

Definição Definimos o dominio da função vetorial dada em (1.1) como: dom(f i ) i=1

Aula-09 Campos Magnéticos Produzidos por Correntes. Curso de Física Geral F o semestre, 2013

Matemática. Resolução das atividades complementares. M13 Progressões Geométricas

Aula 1b Problemas de Valores Característicos I

Análise de Componentes Principais

DERIVADAS DAS FUNÇÕES SIMPLES12

3 Teoria: O Modelo de Maxwell-Garnett

Antonio Roberto Balbo Departamento de Matemática, FC, UNESP , Bauru, SP

O atrito de rolamento.

PRINCÍPIOS DA DINÂMICA LEIS DE NEWTON

4/10/2015. Física Geral III

FUNÇÕES EM IR n. . O conjunto D é o domínio de f. O contradomínio de f consiste em todos os números. a função de domínio D dada por:

5) Para b = temos: 2. Seja M uma matriz real 2 x 2. Defina uma função f na qual cada elemento da matriz se desloca para a posição. e as matrizes são:

Lista de Exercícios Volumes de Sólidos de Revolução

Resoluções dos exercícios propostos

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

Módulo 1: Conteúdo programático Equação da quantidade de Movimento

2ª Lei de Newton. Quando a partícula de massa m é actuada pela força a aceleração da partícula tem de satisfazer a equação

Lista 5: Geometria Analítica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 3 a LISTA DE EXERCÍCIOS - PME MECÂNICA A DINÂMICA

Resoluções dos exercícios propostos

HALLIDAY, RESNICK, WALKER, FUNDAMENTOS DE FÍSICA, 8.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, FÍSICA 1 CAPÍTULO 3 VETORES

Transcrição:

Unesdde Estdul de Mto Gosso do Sul Cuso de ísc - otóo de ísc Expeentl A Pof. Pulo Cés de Souz (ט) OTEIO DA EXPEIÊNCIA Nº 9 VISCOSÍMETO DE STOKES 1. Ojetos Estud o efeto do tto scoso nu fludo tés d qued de u esfe cç e detenção dos pâetos que cctez o eo.. Intodução A scosdde defn-se coo esstênc que u fludo ofeece o escoento, sendo que ess oposção o oento se dee o tto nteno ds cds (ou plcs) djcentes do fludo. U fludo pode se entenddo coo u conjunto de plcs ou cds justposts. Dedo o tto nteno ente s plcs, confoe gu 1, suge u foç opost o deslocento. y P P 1 Áe A d x EMPUXO E P PESO AASTO gu 1. A plc P 1 de u fludo se desloc co elocdde d e elção u cd djcente P. Dedo o oento elto ente s plcs do fludo há u foç nten de tto. gu. Blnço de foçs e sulzção ds lnhs de coente e u esfe e qued le co elocdde. efeencl deslocndose co esfe nu fludo estconáo.

N gu teos u sulzção d qued de u copo esféco nu fludo. Dedo o oento d esfe no fludo co elocdde há u foç de tto nten, foç de epuxo E e foç peso P. Podeos quntfc esse tto tés d defnção do coefcente de tto nteno, té chd de scosdde, defndo po: = (1) onde A é áe d plc P 1, segundo gu 1. O teo A d equção d scosdde é denond tensão de cslhento,.e. foç plcd po undde de áe nu plno, é tx de cslhento, ou sej, o gdente d elocdde po u detendo e d deslocento. A equção (1) eel que scosdde é detente popoconl N s foç de esstênc o oento ente s plcs e su undde no SI é ou P s. No CGS, utlzdo s plente, undde é o Pose (1 1 g P = ) ou c s cp = 10 P (centpose); conesão ente o SI e o CGS é 1P s = 10P. N Tel 1 pesentos lguns loes típcos d scosdde, de ás sustâncs, e função d tepetu. A d Tel 1. Vscosdde (e P) de líqudos e gses e função de ás tepetus. 0 ºC 0 ºC 7 ºC 40 ºC 60 ºC 80 ºC 100 ºC Águ 0,00179 0,0100 0,00656 0,00469 0,0057 0,0084 Álcool 0,001809 0,00117 0,000796 0,00056 0,000408 0,00006 Glcen (100%) 10,7 14,1,8 0,81 0,19 0,148 (99%) 94, 11,5,5 0,69 0,78 0,1 (98%) 7,7 9,9 1,96 0,598 0,48 0,1 Óleo de ícno 9,86 1,94 0,671 0,56 0,17 Óleo oto SAE 0 0, Óleo de soj 0,69 0,6 Sngue 0,004 Óleo de ol 0,81 Mel 10 4 Pche 10 8 Vdo 10 41 A (1 t) 0,0000171 0,0000181 0,000019 0,0000 0,000009 0,000018 N ndúst utlz-se co fequênc scosdde cneátc, que é zão ente scosdde dnâc e densdde do fludo ρ : ν ρ = (). Tpos de Escoento Nu fludo, o deslzento de cds é chdo escoento ln qundo s cds se ntê. E, qundo s cds são desfets o escoento é tuulento.

E cd fludo s elocddes enolds defne cd ege. U pâeto uto útl p defnção do ege de escoento é o núeo de eynolds: d = ρ () onde é elocdde e d dstânc tnsesl enold no escoento. P 1 teos u escoento tuulento. 4. Detenndo Vscosdde de u ludo A qued de u sóldo tés de u fludo há u deênc ente s cds djcentes do eso. Ass, teos u foç de esstênc o oento denond sto ou foç de tto nten. U esfe de o que se oe co elocdde nu eo nfnto de scosdde, foç de sto p u escoento ln é dd po = 6π = (4) A expessão d equção (4) é conhecd coo le de Stokes. Ess le é áld soente qundo o eo é nfnto. Qundo há u pede póx do deslocento d esfe ess le dee se cogd, pos foç scos uent consdeelente. U coeção d le de Stokes, qundo esfe pecoe u tuo de o, e pe ode é dd pel segunte equção: = 6π 1+ α (5) Aplcndo le de Newton o oento d esfe dd pel gu teos: d g dt = (6) onde é o coefcente de popoconldde d foç de tto scoso e é ss pente d esfe dento do fludo. A solução d equção dfeencl (6) é g t ( t) = 1 e (7) P t teos elocdde lte ou fnl d esfe, sendo: g = (8) Atés do equconento (e ege de elocdde lte) ds expessões nteoes oteos 9 1+ α = g ( ρ ρ ) onde ρ e ρ são s densddes d esfe e do fludo, espectente. nezndo equção (9) teos: Y = AX + B 9 B = g A = α B ( ρ ρ ) (9) (10)

Aqu Y = e X =. Se o odelo este coeto teeos u et e os coefcentes ngul e lne pete ote scosdde e constnte α, de coeção d foç scos dedo o efeto d pede do tuo. 5. Pocedento Expeentl O ojeto d expeênc é efcção d equção (9). P sso dee-se ote elocdde lte ( ) p ás esfes de o. N gu teos u esque de u esfe que tnge elocdde lte no tuo de o., = t t gu Esque d ontge p se ote scosdde de u fludo. U esfe de o pecoe u dstânc, co elocdde constnte, nu tepo t tés de u tuo de o. P se ote elocdde lte de cd esfe dee-se: Utlz esfes cuddosente lps (use lgodão e álcool). Utlze no íno conjuntos de esfes de dfeentes os e otenh o o édo e su espect ncetez. Use o côeto. Cd conjunto de esfes dee conte no íno 5 esfes. Dexe c sucessente cd esfe no tuo que conté glcen. As esfes dee ogtoente segu o exo centl do clndo. Detene expeentlente egão p cd esfe cuj elocdde é constnte. U fo é utlz o esfe e us ess egão p s des. Detene p cd esfe, co o uxlo do conôeto, o tepo t necessáo p pecoe o deslocento.

Adote densdde d glcen sendo ρ = (1, ± 0,1) g e d esfe de ço ρ = (7,8 ± 0,1) g. c Detene o o do tuo. egste tepetu d glcen no oento d tepetu. c 6. Apesentção, nálse e Conclusões ç u tel co s seguntes áes e ncetezs: o d esfe,, tepo de qued t e elocdde lte. ç u gáfco de ç u tel co os loes de e efque o copotento d cu otd. X = e Y = e s sus ( ) espects ncetezs. ç o gáfco Y X e utlzndo os ínos quddos otenh os loes de A e B. Desconsdee os pontos expeents não pesto pelo odelo. Co os loes do te nteo deten e constnte α co s ncetezs espects. Clcule o núeo de eynolds e cd cso. No desenolento teóco do eltóo ost que: 4π. A ss pente é dd po = ( ρ ρ ).. Deduz equção (7) qundo elocdde ncl é nul. (Use g susttução de áel z = ). Esoç o gáfco t. Most que qunto eno fo esfe, s pdente el tnge elocdde lte. (Use τ = ) 7. efeêncs 1. Koshkn, N.; Shkech, M. Hndook of Eleenty Physcs, Moscou: MI Pulshes, 1968.. Vuolo, J.H. undentos d Teo de Eos. São Pulo: Edgd Blüche, 199.. Vuolo, J.H. Apostl de ísc Expeentl II. São Pulo: IUSP, 1998.