15 medidas para salvar o país da recessão



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15 medidas para salvar país da recessã - prgrama d Blc de Esquerda para OE 2011 O Orçament de austeridade para 2011 atira país para uma nva recessã. Acentua a injustiça scial. Prmve a desagregaçã das funções sciais d Estad. Esse prgrama de crise deve ser recusad. O Blc de Esquerda é respnsável pela apresentaçã de uma alternativa cmpleta a este Orçament e prpõe 15 medidas cntra a recessã. Essas medidas têm três grandes bjectivs: Passar de uma prjecçã de reduçã d PIB em mais de 1% para uma plítica realista cm cresciment de pel mens 1%, passand da recessã à recuperaçã. O valr d estímul direct à ecnmia e à criaçã de empreg cm Orçament prpst pel Blc de Esquerda é de 2% d PIB. Basear a cnslidaçã rçamental numa revluçã fiscal e em cntas exigentes; Melhrar a distribuiçã scial d rendiment para reduzir a pbreza e prteger salári, respndend a prblemas estruturais da sciedade prtuguesa cm uma plítica scialista para uma geraçã. 1. O ORÇAMENTO DA RECESSÃO As medidas anunciadas para 2010 e para OE2011 reduzem s rendiments da mairia da ppulaçã: Cngelam as pensões de 1800 mil refrmads d regime cntributiv e de centenas de milhares ns regimes nã cntributivs; Reduzem s saláris de mais de 300 mil trabalhadres da funçã pública; Retiram s apis em acçã scial esclar a tds s casais cm filh que tenham 275 eurs pr pessa; Crtam abn de família a 338 mil pessas, que recebem a partir de 600 eurs pr membr d casal, e refrç d abn a um milhã de pessas; 1

Retiram apis sciais a muits ds mais necessitads, de uma frma cega, prque se impõem tects glbais à despesa, independentemente da necessidade, que pde afectar centenas de milhares de pessas; Aumentam IRS a quem tem de rendiment clectável mensal mais de 530 eurs; Encarecem s medicaments e cuidads de saúde cm uma factura de 510 milhões de eurs, afectand particularmente s dentes mais pbres, e anuncia a intrduçã de limites na utilizaçã de cuidads de saúde prestads n SNS; Reduzem s rendiments de tda a ppulaçã, cm aument d IVA; Diminuem api à escla pública; Acentuam plan de privatizações, que é mair desde sempre em Prtugal, entregand mnpólis públics e serviçs essenciais as privads, incluind a REN e partes de utras empresas de energia; Aumentarã preç ds transprtes, afectand s mais pbres; Reduzem investiment que cria empreg. O efeit cnjugad destas medidas é a reduçã real de saláris e pensões e uma nva recessã cm mais desempreg em 2011. Acresce ainda que utras medidas acentuam a injustiça fiscal: a aplicar um tect glbal para as deduções em IRS, gvern mantém a prtecçã fiscal a benefícis injustificads (part em hspitais privads, cirurgia estética sem justificaçã médica, pr exempl), mas reduz api fiscal cm benefícis nde sã necessáris (cmpra de medicaments, pr exempl). A cntrári d que PM afirma, estas medidas recessivas trnam necessárias nvas medidas graves n próxim an, pr cinc mtivs: 1. Cm a recessã, haverá mair pressã de aument ds estabilizadres autmátics (subsídi de desempreg, apis sciais nas cndições de pbreza), que gvern quer desagregar; 2. Cm a recessã, haverá menr receita fiscal e prtant necessidade de nvas medidas; 3. Cm a recessã, haverá menr investiment e prtant mais efeits recessivs em espiral; 2

4. A mair incógnita das cntas nacinais é BPN que, tend criad uma dívida de 4500 milhões, pderá ser vendid pr 200 milhões se encntrar cmpradr. O burac é preç de nve submarins. A factura pde ser escndida pr puc temp nas cntas da CGD mas nunca deixará de ser paga pels cntribuintes, quer pr via de aument de capital da CGD (e prtant depis d recurs à dívida) quer pr via de pagament direct a banc (e prtant d défice). Ora, burac d BPN significa a exigência de um plan de austeridade que seja dbr d actual. 5. Em tds s cass de prgramas de austeridade, repetiu-se cenári em que, quant pir a situaçã ecnómica, mair a pressã da finança internacinal sbre a dívida sberana. Existe ainda um segund burac rçamental na prpsta d gvern, que slicita uma autrizaçã de endividament de 11 mil milhões para financiar um défice de 8 mil milhões, tend ministr das finanças explicad que se trata de uma flga para eventuais necessidades d sistema financeir para além da garantia de 20 mil milhões, que se mantém em vigr. Aprvar este Orçament garante pr iss duas cnsequências: recessã n próxim an e nvas medidas de austeridade para prlngar essa recessã. Cm esta plítica, tem-se a certeza de que a ecnmia nã sai de uma recessã prlngada. A rejeitar aument d IVA, crte nas prestações sciais e a reduçã ds saláris, Blc de Esquerda apresenta uma prpsta de um Orçament cntra a recessã e pel empreg que é realizável, prudente e mbilizadr. 2. UM ORÇAMENTO CONTRA A RECESSÃO As medidas de seguida resumidas cnstituem s pilares de uma alternativa cmpleta a Orçament para 2011: 1ª medida: reduçã imediata da despesa, crtand em grandes agregads, 2350 milhões. Crte para metade nas cnsultrias jurídicas e utra assistência técnica nã justificada, 270 milhões Utilizaçã sftware livre na administraçã pública, 100 milhões 3

Auditria a tdas s prgramas de financiament de fundações e entidades privadas, para estabelecer quais devem ser anulads Auditria para reduçã das transferências para fundações, reduçã ds instituts, eliminaçã das empresas municipais e utras, absrvend as suas funções n Estad e autarquias, 300 milhões Transferir as cnvenções da ADSE cm unidades privadas de internament para SNS, 100 milhões Prescriçã pel princípi activ e esclha pel dente d medicament genéric u de marca, 200 milhões para as famílias e 80 para Estad Fusã e recnversã de empresas públicas Exempl: fusã de tdas as empresas d sectr ferrviári (CP, REFER, EMEF, CP Carga) para uma gestã integrada d sectr, recusand a cncessã de explraçã das linhas lucrativas pela iniciativa privada Venda ds submarins, 1000 milhões Renegciaçã de utras despesas militares, perante a nã execuçã das cntrapartidas em 2300 milhões, para bter uma recuperaçã de pel mens 500 milhões 2ª medida: eliminaçã de despesa fiscal injustificada, 1631 milhões. Em IRC, um ttal de 1000 milhões pupads: Alteraçã d artig 92º d IRC, impnd um mínim de 90% para pagament d impst, incluind tds s benefícis fiscais elegíveis, nmeadamente s benefícis cntratads, e s prejuízs anterires Anulaçã de taxas especiais e liberatórias Os prejuízs fiscalmente aceites fram de 35 mil milhões em 1989-1996, de 52,9 mil milhões em 1997-2002 e de 44 mil milhões em 2003-2007. Crrespndem a cerca de quatr quints d lucr tributável e sã 132 mil milhões de eurs em 18 ans. Ou seja, há empresas que sã mantidas artificialmente para cntabilizar prejuízs, e impst efectiv é muit inferir a legal. Em IRS: Aplicaçã d princípi d englbament ds rendiments, para equidade fiscal, 500 milhões Eliminaçã das deduções e benefícis fiscais as prémis ds segurs de saúde, 36 milhões Eliminaçã ds benefícis fiscais as PPR, em IRC e IRS, 95 milhões. 4

Mantém-se s apis em deduções fiscais à cmpra de medicaments e acts médics necessáris que SNS nã assegure, u a custs de educaçã que nã tenham respsta na rede pública. 3ª medida: acabar cm as fugas cnsentidas a fisc,1050 milhões. Taxa de 20% sbre as mais-valias de SCRs, SGPSs e FIMs, 200 milhões Eliminaçã ds privilégis fiscais das SGPS, utilizand ainda princípi de tributaçã das perações efectivamente realizadas em territóri nacinal, independentemente d país de regist da empresa u SGPS, 100 milhões Taxa de 25% sbre transferências para ffshres, 750 milhões. O planeament fiscal cnstitui um abus legalizad: pr exempl, s Funds de Investiment mveram 39 mil milhões e pagaram 0,6% de IRC. Evitand a fuga cnsentida a fisc, api públic deve estar cncentrad n investiment cm criaçã de empreg e exprtaçã. 4ª medida: aument da receita fiscal, 2025 milhões Tributaçã em 75% das mais-valias urbanísticas que decrrem de benfeitrias prvcadas pr bras públicas u da alteraçã d regist de prpriedade que permita a sua urbanizaçã, 1000 milhões Pagament pela PT de IRC sbre a mais-valia da peraçã n Brasil, 1000 milhões Taxa de 75% sbre indemnizações e pára-quedas durads superires à indemnizaçã de lei, quand aplicável, ds administradres e gestres, 25 milhões 5ª medida: Impst Únic sbre Patrimóni, tend cm bjectiv acréscim de 600 milhões sbre as receitas fiscais actuais. Criaçã d Regist Únic d Patrimóni, incluind tda a prpriedade mbiliária e imbiliária, crédits e débits e utrs valres patrimniais Actualizaçã em 2010 das matrizes prediais pr imputaçã, cnsiderand a área, cndições de utilizaçã, lcalizaçã, factres de valrizaçã e utilizaçã, sujeit a reclamaçã suspensiva ds cntribuintes; Substituiçã d IMT pr IVA a taxa reduzida para habitaçã scial u a custs cntrlads, e pr IVA a taxa mais elevada para habitações de lux 5

Impst Únic sbre Patrimóni, pr escalões prgressivs, incidind sbre regist ds valres patrimniais ttais, incluind: Uma taxa mínima sbre tds bens (imbiliári e mbiliári) que seja igual a IMI actualmente praticad IMI de 1,5% sbre patrimónis imbiliáris de valr superir a um milhã de eurs Impst sbre as Grandes Frtunas, prgressiv, para s patrimónis acima de 2 milhões de eurs, para financiament da segurança scial Terminam assim as taxas planas e as isenções em impsts patrimniais e aplica-se princípi d impst prgressiv pr escalões, salvaguardand sempre a receita fiscal devida as municípis. 6ª medida: transparência e equidade fiscal, para aumentar a receita cmbatend a fuga as impsts, 700 milhões. Infrmaçã autmática a fisc de tds s regists prediais e autmóvel; Levantament cmplet d sigil bancári sbre s depósits e entradas na cnta ds cntribuintes particulares, para efeit exclusiv de cmparaçã cm a declaraçã de rendiments em IRS. As nrmas actuais sã incmpetentes: em 2009, só huve 46 decisões de levantament de sigil sem autrizaçã da pessa. A ecnmia paralela d sistema financeir e d cnjunt da sciedade representa, segund cálculs d FMI e d BdP, cerca de 30 mil milhões de eurs, significand uma perda de receita fiscal de cerca mais de 8 mil milhões dbr d burac rçamental. O bjectiv de recuperaçã de impsts fugids deveria alcançar n mínim acréscim de 700 milhões de eurs pr an. 7ª medida: reduzir radicalmente a despesa em jurs da dívida externa e amrtecer a dívida, 180 milhões. 6

Criaçã imediata de uma Blsa de Habitaçã, que dispnibiliza a infrmaçã de tds s fgs dispníveis a preçs cntrlads, prmvend arrendament em alternativa a endividament, Puniçã fiscal, cm agravament de taxa, de tds s prprietáris que nã dispnibilizem as habitações arrendáveis para efeits da Blsa. Em 2009, crédit às famílias era de 150 mil milhões, ds quais cerca de 120 mil milhões para habitaçã (a mediana d crédit à habitaçã é de 65 mil eurs). O cresciment d crédit à habitaçã é também cresciment d endividament da banca cmercial n exterir: a dívida líquida é cerca de 80 mil milhões. Assim, pr cada 10 mil milhões de empréstim btid agra pela banca n exterir, haverá a pagar, em cndições favráveis, 300 milhões em jurs. Reduzir drasticamente essa necessidade de financiament pde ser cnseguid, entre utrs factres, pela criaçã de um mercad de arrendament que fereça melhres preçs e melhr lcalizaçã, u seja, que, cm vantagem para as pessas, reduza frtemente a necessidade de recurs a empréstims n exterir pela banca privada (e diminua a dívida das famílias), e assim a pressã sbre a dívida nacinal ttal. Taxa de 0,001 sbre tdas as perações blsistas e de 0,005 sbre perações cm derivads e utrs títuls ver the cunter, para pagament da dívida, 150 milhões 8º medida: recuperar Estad scial e prmver investiment para empreg Anulaçã das medidas restritivas d Abn de família, da Acçã Scial Esclar e d subsídi scial de desempreg e repsiçã d métd de cálcul das prestações sciais em vigr até a verã de 2010 Aument de pensões mínimas: 25 eurs até 500, 20 eurs entre 500 e 1000, 300 milhões Actualizaçã d Salári Mínim Nacinal para 500 eurs Prgrama de investiment públic e para a criaçã de 100 mil psts de trabalh: reabilitaçã urbana, prgrama para 3 ans, 500 milhões pr an rede ferrviária, prgrama para uma década, 100 milhões pr an Aument ds funcináris públics para s prteger da inflaçã: 25 eurs mensais de auments para s saláris abaix de 1000 eurs, 120 milhões Medidas para ataque à precariedade: fim de precariedade na funçã pública, regra de integraçã ds trabalhadres cm mais de um an em pst fix 7

9ª medida: relançar Serviç Nacinal de Saúde Iniciar um plan estratégic para assegurar que cada família tenha médic de família, grande bjectiv d SNS para a nva década, 20 milhões Excepcinar SNS d regime de cntrataçã e de apsentaçã Dispensa de medicaments pels serviçs farmacêutics d SNS as utentes d ambulatóri (urgência e cnsulta externa) Essa ampliaçã d SNS é a base para a sua refrma e mdernizaçã, trnand s cuidads primáris pilar estruturante d serviç públic, através da generalizaçã d mdel das USF, da cntrataçã ds médics recém-frmads n estrangeir, de rerganizaçã das listas de utentes ds médics de família e da melhria d seu estatut remuneratóri. O quadr seguinte resume esta alternativa apresentada pel Blc de Esquerda: Medidas 1ª medida: reduçã imediata da despesa, crtand em grandes agregads,. Crte para metade nas cnsultrias jurídicas e utra assistência técnica nã justificada Utilizaçã sftware livre na administraçã pública, Reduçã de api a fundações, revisã ds instituts, eliminaçã das empresas municipais e utras, absrvend as suas funções n Estad e autarquias Terminar s cntrats da ADSE cm s hspitais privads Esclha pel dente da embalagem d medicament Venda ds submarins Renegciaçã de cntrapartidas 2ª medida: eliminaçã de despesa fiscal injustificada Alteraçã d artig 92º d IRC, impnd um mínim de 90% para pagament d impst, incluind tds s benefícis fiscais elegíveis e s prejuízs anterires, cnsiderand ainda a medida seguinte: Reprte de prejuízs fiscais reduzid excepcinalmente para dis ans Anulaçã de taxas especiais e liberatórias IRS: Aplicaçã d princípi d englbament ds rendiments, para equidade fiscal Eliminaçã das deduções e benefícis fiscais as prémis ds segurs de saúde Eliminaçã ds benefícis fiscais as PPR, em IRC e IRS Impact rçamental (milhões) 2350 270 100 300 100 80 1000 500 1631 1000 500 36 95 8

Crte ttal na despesa 3981 milhões Em alternativa a crte na despesa prpst pel gvern: 3400 milhões (crte ns saláris 1020 milhões, na segurança scial 1020 milhões, na saúde 510 milhões) 3ª medida: acabar cm as fugas cnsentidas a fisc Taxa de 20% sbre as mais-valias de SCR e SGPS Eliminaçã ds privilégis fiscais das SGPS, utilizand ainda princípi de tributaçã das perações efectivamente realizadas em territóri nacinal, independentemente d país de regist da empresa u SGPS Taxa de 25% sbre transferências para ffshre 4ª medida: aument da receita fiscal Tributaçã em 75% das mais-valias urbanísticas que decrrem de benfeitrias prvcadas pr bras públicas u da alteraçã d regist de prpriedade que permita a sua urbanizaçã Pagament pela PT de IRC sbre a mais-valia da peraçã n Brasil Taxa de 75% sbre indemnizações e pára-quedas durads superires à indemnizaçã de lei, quand aplicável, ds administradres e gestres 1050 200 100 750 2050 1000 1000 25 5ª medida: Impst Únic sbre Patrimóni, tend cm bjectiv acréscim de 600 milhões sbre as receitas fiscais actuais. 600 Impst Únic sbre Patrimóni, pr escalões prgressivs, incidind sbre regist ds valres patrimniais ttais, incluind: Uma taxa mínima sbre tds bens (imbiliári e mbiliári) que seja igual a IMI actualmente praticad IMI de 1,5% sbre patrimónis imbiliáris de valr superir a um milhã de eurs Impst sbre as Grandes Frtunas, prgressiv, para s patrimónis acima de 2 milhões de eurs, para financiament da segurança scial 6ª medida: transparência e equidade fiscal, para aumentar a receita cmbatend a fuga as impsts 700 Infrmaçã autmática a fisc de tds s regists prediais e autmóvel; Levantament cmplet d sigil bancári sbre s depósits e entradas na cnta ds cntribuintes particulares, para efeit exclusiv de cmparaçã cm a declaraçã de rendiments em IRS. Aument de receita: 4400 milhões Cntra aument de receita prpst pel gvern: 1700 milhões 9

(Aument d IVA etc.) 7ª medida: reduzir radicalmente a despesa em jurs da dívida externa e amrtecer a dívida cm receitas dedicadas, 180 milhões. Criaçã imediata de uma Blsa de Habitaçã, que dispnibiliza a infrmaçã de tds s fgs dispníveis a preçs cntrlads, prmvend arrendament em alternativa a endividament, Taxa de 0,001 sbre tdas as perações blsistas e de 0,005 sbre perações cm derivads e utrs títuls ver the cunter, para pagament da dívida, 150 milhões 8º medida: recuperar Estad scial e prmver investiment para empreg Anulaçã das medidas restritivas d Abn de família, da Acçã Scial Esclar e d subsídi scial de desempreg Repsiçã d métd de cálcul das prestações sciais cnsiderand uma pessa igual uma pessa (em vez de 1 0,7-0,5) Aument das pensões (25 eurs até 500, 20 eurs entre 500 e 1000 de pensã) Aument da funçã pública: 25 eurs pr mês para quem tem mens de 1000 de salári Prgrama de investiment públic: reabilitaçã urbana, rede ferrviária e apis à criaçã de empreg 180 30 150 3460 500 300 120 2540 9ª medida: relançar Serviç Nacinal de Saúde Iniciar um plan estratégic para assegurar que cada família tenha médic de família, grande bjectiv d SNS para a nva década 20 Investiment para empreg, estímul à recuperaçã e apis sciais cntra a crise: 3460 milhões (cerca de 2% d PIB) Cntra prpsta de reduçã d Investiment pel Gvern (directamente 510 milhões em 2011, cm cativações 1500 milhões) Há grandes diferenças entre estes dis prgramas: O d Gvern é recessiv: reduz rendiments e despesas sciais, e prtant atinge imediatamente a prcura interna. A ecnmia prtuguesa estará pir depis destas medidas. O d Blc prmve uma respsta à recessã, prque estimula investiment a mesm temp que respnde à crise rçamental cm medidas que prtegem salári, a prcura interna e a actividade ecnómica. 10

3. MEDIDAS PARA O FUTURO IMEDIATO Para respnder as défices sciais e ecnómics estruturais, Blc indica algumas das medidas que devem ser iniciadas desde já para a próxima década: 10ª medida: Cntas certas: Orçament de Base Zer: elabraçã a lng d próxim an de um Orçament apiad n levantament cmplet ds recurss, bjectivs, cmprmisss e prgramas de tda a Administraçã Pública e serviçs autónms 11ª medida: Cntas sustentáveis: Auditria a tds s cntrats de PPP Anulaçã ds prcesss negciais em curs para nvas PPP (dis hspitais, rede ferrviária e rdviária) Renegciaçã das PPP, impnd um tect de pagament da taxa de jur implícita e da remuneraçã da dispnibilidade que nã seja superir a jur da dívida pública Renegciaçã das PPP nas aut-estradas, impnd ainda uma antecipaçã da reversã para Estad das cncessões A renegciaçã exclui qualquer eventual indemnizaçã pr expectativas frmadas e só abrange a pssibilidade de indemnizaçã pr custs efectivs Obrigatriedade de apresentaçã de um prgrama plurianual cm tds s cmprmisss de despesa futura, incluind as PPP e prjecções de pagaments da dívida externa O Estad paga actualmente taxas de rentabilidade entre 11,4% e 12% as privads pr dispnibilidade d serviç e pr remuneraçã de capital. Deste md, cust é actualmente mais d dbr d da dívida pública. A pupança btida pr esta alteraçã cntratual aqui prpsta deverá ultrapassar s 5 mil milhões de eurs. 12ª medida: Diminuir a dependência externa cm aument da prduçã agrícla para substituiçã de imprtações Criaçã d Banc de Terras, para prmver api à prduçã agrícla cm a utilizaçã de terra pública e privada inactiva e rejuvenesciment ds prdutres agríclas 11

Um prgrama de incentiv a aument da prduçã agrícla e de recuperaçã das pescas, cm api à criaçã de rganizações de prdutres e de redes de distribuiçã Linha especial de api à prduçã de hrt-frutíclas, sectr nde se imprta cerca de 1 milhã de tneladas/an, crrespndente a cerca de 500 milhões de eurs Elabraçã, cm intermediaçã d Estad, de cntrats transparentes entre prdutres e distribuidres, em particular as grandes superfícies, assegurand prazs de pagament e bas práticas cmerciais, suscitand a negciaçã assciativa ds agricultres Salvaguarda ds sls classificads em RAN (Reserva Agrícla Nacinal) da especulaçã imbiliária Lei de mdernizaçã agrícla, para prmver rejuvenesciment ds prdutres agríclas Simplificaçã ds prcediments cmerciais e fiscais para a agricultura familiar Lei a brigatriedade de cnsum de prduts alimentares nacinais nas cantinas públicas, prmvend escament da prduçã nacinal (sempre que seja pssível utilizá-ls em vez das imprtações) A dependência externa em cereais e prduts cm cereais anda à vlta ds 80%, alcançand s 836 milhões de eurs de défice cmercial. O défice n peixe é de 777 milhões (média de 2004 a 2008). Ou seja, nestes dis tips de prduts défice cmercial alcança cerca de 1% d PIB ( sald negativ da balança cmercial em aliments ultrapassa s 3200 milhões de eurs). Um prgrama de prduçã agrícla e de relançament da pesca tem prtant um efeit imprtante n cmbate a endividament. Pr exempl, a irrigaçã pel Alqueva permite um prgrama ambicis de prduçã de cereais, devend ser anulad qualquer api as bicmbustíveis, que desvia terra e prduçã para fins que nã alimentares. 13ª medida: reduçã da imprtaçã energética e alteraçã d padrã d cnsum energétic Painéis slares brigatóris em tdas as nvas cnstruções, Prgrama para generalizaçã de painéis slares através de acrd cm empresas para aquisiçã e distribuiçã a baix cust as agregads familiares, cm c-financiament entre Estad, autarquias e famílias; Cntrat de eficiência energética, cmprmetend as empresas energéticas cm metas negciadas para pupança energética n cnsum 12

final, através de cntrats cm cnsumidres para reduzir seu us de energia através da aplicaçã de painéis slares e utras medidas de pupança pags pela empresa, mantend cnsumidr mesm valr da factura e send a empresa reemblsada d investiment pela pupança de energia efectivamente cnseguida. Obrigaçã de instalar painéis ftvltaics em tds s nvs edifícis e grandes reabilitações urbanas nde se revele pssível (ampliand a brigaçã já aplicada as painéis térmics). Os nvs edifícis têm de incluir n prject de arquitectura a ser aprvad pela autarquia factres biclimátics para a pupança energia 14ª medida: plítica activa de crédit à ecnmia Recapitalizaçã da CGD para prmver investiment cm empreg, as exprtações e uma ecnmia ambientalmente sustentável Intervençã da banca pública para cndicinar a banca cmercial e impulsinar uma plítica agressiva de crédit nã especulativ 15ª medida: prteger país da especulaçã Pribiçã de perações especulativas cm s funds própris ds bancs cmerciais Separaçã entre bancs de investiment e bancs cmerciais, pribiçã de bancs cmerciais fazerem aplicações em prduts nã regulads, em entidades cuj últim beneficiári seja descnhecid e em jurisdições que cnstem da lista de paraíss fiscais da OCDE A Eurpa cntra a especulaçã: recusar a ntaçã de dívida sberana pr empresas privadas, remetend para uma instituiçã internacinal ( BCE u utra agência da UE); respnsabilidade d BCE n financiament ds Estads, de md a terminar pressã especulativa cntra ecnmias mais frágeis. 13