CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA II UIA 2 LUCRO REAL E ARBITRADO

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3 3 SUMÁRIO Aula 5 Contexto Atual, Definições, Exigência Legal, Funcionamento do Lucro Real e Lucro Arbitrado Contexto Atual, Definição de Lucro Real e Exigência Legal Resultado Tributável, Despesas Dedutíveis e Não Dedutíveis Apuração e Controle de Prejuízos Fiscais Escrituração do LALUR Com Base em Brasil (2016) Incentivos Fiscais Lucro Arbitrado Explicando o Lucro Arbitrado Aspectos Legais Situações que Obrigam a Apuração do Lucro Arbitrado Regras de Arbitramento Aula 6 Lucro Real Trimestral Explicando o Lucro Real Trimestral Apuração dos Cálculos da Contribuição Social Sobre o Lucro Apuração dos Cálculos do Imposto de Renda Dedução de Incentivos Fiscais Aula 7 Lucro Real Anual Explicando o Lucro Real Anual Estimativa Mensal Apuração dos Cálculos da Contribuição Social Sobre o Lucro Apuração dos Cálculos do Imposto de Renda e da Dedução de Incentivos Fiscais Balanço de Suspensão/Redução Apuração dos Cálculos da Contribuição Social sobre o Lucro Apuração dos Cálculos do Imposto de Renda e da Dedução de Incentivos Fiscais Aula 8 Tratamento Contábil Considerações Iniciais Contabilização do Imposto de Renda e da Contribuição Social Apurado com Base no Lucro Real Trimestral Provisão da Contribuição Social Sobre o Lucro Apurada em Cada Trimestre do Ano: Provisão do Imposto de Renda apurado em cada trimestre do ano: Contabilização do Imposto de Renda e da Contribuição Social Apurado com Base no Lucro Real Anual Estimativa Mensal Antecipação da Contribuição Social Sobre o Lucro Apurada em Cada Mês Antecipação do IRPJ Apurado em Cada Mês Balanço de Suspensão/Redução Antecipação da Contribuição Social Sobre o Lucro Apurada em Cada Mês Antecipação do IRPJ Apurado em Cada Mês... 41

4 4 Aula 5 CONTEXTO ATUAL, DEFINIÇÕES, EXIGÊNCIA LEGAL, FUNCIONAMENTO DO LUCRO REAL E LUCRO ARBITRADO Olá, estudante, bem-vindo(a) à segunda Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Falaremos aqui, de forma geral, do lucro real e lucro arbitrado. Começamos, em nossa primeira aula desta UIA, estudando seu o contexto atual, as definições, a exigência legal e o funcionamento. Bons estudos! n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n Acesse o material de estudo, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e assista à videoaula e tenha uma breve introdução dos principais tópicos que serão abordados na UIA 2. n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n 5.1. CONTEXTO ATUAL, DEFINIÇÃO DE LUCRO REAL E EXIGÊNCIA LEGAL No Brasil, as formas de tributações dos resultados empresariais previstas na legislação para o cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), bem como os seus períodos de apurações, estão estabelecidas no artigo 1º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de Art. 1º A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei. (BRASIL, 1996) Conforme consta no texto legal, as formas de tributação são: a. Lucro Real; b. Presumido; ou c. Arbitrado. Com relação aos períodos de apurações, a regra geral é que estes são trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. O artigo 247 do Decreto Federal nº 3.000, de 26 de março de 1999, por sua vez, define o que é a tributação pelo Lucro Real e estabelece que a sua determinação seja decorrente da Fonte: apuração prévia do resultado líquido, lucro ou prejuízo contábil, apurado em cada período de apuração, escrituração mercantil essa que deve ser decorrente da observância das leis comerciais: Art Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º). 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei nº 8.981, de 1995, art. 37, 1º). 2º Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou

5 5 dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente, observado o disposto no parágrafo seguinte (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, 4º). 3º Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração posteriores (Lei nº 9.249, de 1995, art. 6º. (BRASIL, 1999) Cabe destacar que o Lucro Real é um lucro fiscal apurado e transcrito na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), cujo valor é a base de cálculo do IRPJ. Quando a apuração dessa base de cálculo resultar em valor negativo, dá-se o nome de Prejuízo Fiscal e, nesse caso, não haverá incidência do imposto, apenas sendo necessário o registro do Prejuízo Fiscal na parte B do LALUR, para utilização do crédito em períodos subsequentes. Para fins de ilustração, a tabela a seguir apresenta um exemplo de apuração do Lucro Real. Figura 1. Ilustração de apuração do Lucro Real As situações que obrigam a pessoa jurídica com fins lucrativos a tributar os seus resultados com base no Lucro Real estão previstas no artigo 14 da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, conforme transcrição a seguir. Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: i. cuja receita total no ano-calendário anterifa or seja superior ao limite de R$ ,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº , de 2013) (Vigência) ii. cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; iii. que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; iv. que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; v. que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei n 9.430, de 1996; vi. que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). vii. que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (Incluído pela Lei nº , de 2010). (BRASIL, 1998)

6 6 Quando a pessoa jurídica se enquadrar em quaisquer das sete situações acima apresentadas, estará obrigada a tributar os seus resultados com base no Lucro Real, o que também exige, concomitantemente, o cumprimento de determinadas obrigações acessórias, como é o caso da escrituração de livros comerciais e fiscais na forma estabelecida por lei. O próximo tópico abordará o resultado tributável e as despesas dedutíveis e não dedutíveis na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) RESULTADO TRIBUTÁVEL, DESPESAS DEDUTÍVEIS E NÃO DEDUTÍVEIS Com relação ao resultado tributável, conforme consta no art. 247 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), este se refere ao Lucro Real que é considerado a base de cálculo do IRPJ. Para se apurar esse lucro fiscal, faz-se necessário ajustar primeiramente o resultado contábil pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas no RIR/99 (BRASIL, 1999). Cabe destacar que as despesas efetuadas pelas pessoas jurídicas, as adições, podem ser dedutíveis ou indedutíveis na apuração do Lucro Real. Os ajustes (adições e exclusões) ao resultado contábil são decorrentes das situações previstas nos artigos 249 e 250 do RIR/99, o que exige por parte da empresa contribuinte a análise, constatação e enquadramento da existência (ou não) dessas condições no seu ambiente interno. O quadro a seguir mostra as adições e exclusões previstas nos dois citados artigos. Artigos Descrição Art Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de apuração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, 2º): I - os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, devam ser computados na determinação do lucro real. Parágrafo único. Incluem-se nas adições de que trata este artigo: Art Adições I - ressalvadas as disposições especiais deste Decreto, as quantias tiradas dos lucros ou de quaisquer fundos ainda não tributados para aumento do capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a reservas, quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e lucros acumulados (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 43, 1º, alíneas "f", "g" e "i "); II - os pagamentos efetuados à sociedade civil de que trata o 3º do art. 146 quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-Lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, art. 4º); III - os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais

7 7 previstos neste Decreto; IV - as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (daytrade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, 3º); V - as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressalvado o disposto na alínea "a" do inciso II do art. 622 (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso IV); VI - as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V); VII - as doações, exceto as referidas nos arts. 365 e 371, caput (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso VI); VIII - as despesas com brindes (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso VII); IX - o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou despesa operacional (Lei nº 9.316, de 22 de novembro de 1996, art. 1º, caput e parágrafo único); X - as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, 4º); XI o valor da parcela da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS, compensada com a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de acordo com o art. 8º da Lei nº 9.718, de 1998 (Lei nº 9.718, de 1998, art. 8º, 4º). Art Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período de apuração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, 3º): I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Decreto e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam computados no lucro real; Art. 250 Exclusões e compensações III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a compensação a trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste Decreto, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação, observado o disposto nos arts. 509 a 515 (Lei nº 9.065, de 1995, art. 15 e parágrafo único). Parágrafo único. Também poderão ser excluídos: a) os rendimentos e ganhos de capital nas transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, quando auferidos pelo desapropriado (CF, art. 184, 5º); b) os dividendos anuais mínimos distribuídos pelo Fundo Nacional de

8 8 Desenvolvimento (Decreto-Lei nº 2.288, de 1986, art. 5º, e Decreto-Lei nº 2.383, de 1987, art. 1º); c) os juros produzidos pelos Bônus do Tesouro Nacional - BTN e pelas Notas do Tesouro Nacional - NTN, emitidos para troca voluntária por Bônus da Dívida Externa Brasileira, objeto de permuta por dívida externa do setor público, registrada no Banco Central do Brasil, bem assim os referentes aos Bônus emitidos pelo Banco Central do Brasil, para os fins previstos no art. 8º do Decreto-Lei nº 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.105, de 24 de janeiro de 1984 (Lei nº 7.777, de 19 de junho de 1989, arts. 7º e 8º, e Medida Provisória nº , de 11 de março de 1999, art. 4º); d) os juros reais produzidos por Notas do Tesouro Nacional - NTN, emitidas para troca compulsória no âmbito do Programa Nacional de Privatização - PND, controlados na parte "B" do LALUR, os quais deverão ser computados na determinação do lucro real no período do seu recebimento (Lei nº 8.981, de 1995, art. 100); e) a parcela das perdas adicionadas conforme o disposto no inciso X do parágrafo único do art. 249, a qual poderá, nos períodos de apuração subseqüentes, ser excluída do lucro real até o limite correspondente à diferença positiva entre os ganhos e perdas decorrentes das operações realizadas nos mercados de renda variável e operações de swap (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, 5º). Quadro 1. Adições e exclusões previstas nos artigos 249 e 250 do RIR/99. Fonte: Brasil (1999) Com relação às adições estabelecidas no art. 249, estas são obrigadas a serem somadas na apuração do Lucro Real. Normalmente, as adições são oriundas de despesas incorridas pelas pessoas jurídicas, mas que o fisco federal não permite as suas deduções na apuração do resultado fiscal tributável, isto é, na apuração do Lucro Real. Sobre as exclusões previstas no art. 250, estas são todas situações que facultam as pessoas jurídicas retirá-las da base de cálculo do imposto, ou seja, diminuí-las da apuração do Lucro Real. Em vista disso, pode-se afirmar que as adições são obrigatórias de serem realizadas porque aumentam a apuração do tributo (o que favorece o fisco) enquanto as exclusões são facultativas uma vez que contribuem para reduzir a base de cálculo do imposto (nesse caso, prejudicando o fisco). Por fim, cabe ressaltar que a escrituração contábil, requisito obrigatório para a apuração do Lucro Real, deve ser realizada nos livros comerciais (Diário, Razão contábil e levantamento de Demonstrações Contábeis) com base no regime de competência. Sobre os efeitos da inobservância do regime de competência, não deixe de consultar o artigo 273 do Decreto Federal nº 3.000, de 26 de março de 1999, disponível no link a seguir.

9 9 Esse regime exige que as despesas e receitas, incorridas em seus respectivos períodos de apuração, sejam reconhecidas ao resultado independentemente dos seus pagamentos e/ou recebimentos. Ressalta-se que a adoção do regime de caixa não é permitida na apuração do Lucro Real. Após a apresentação do resultado tributável e as despesas dedutíveis e não dedutíveis na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), conforme estabelece a legislação, a seguir serão mostrados a forma de apuração e os controles exigidos sobre os prejuízos fiscais. De acordo com o artigo 3º da Lei Federal nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a alíquota do IR das pessoas jurídicas é de 15% (quinze por cento): Esse dispositivo também prevê a incidência de adicional de IR à alíquota de 10%, quando a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, exceder o valor resultante da multiplicação de R$ ,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração (BRASIL, 1995) 5.3. APURAÇÃO E CONTROLE DE PREJUÍZOS FISCAIS O artigo 509 do RIR/99 estabelece que o prejuízo fiscal compensável é o apurado na demonstração do lucro real e registrado no LALUR. A compensação do prejuízo fiscal poderá ser realizada total ou parcial, em um ou mais períodos de apuração, à opção da pessoa jurídica, observado o limite máximo de 30% do referido lucro líquido ajustado, conforme previsto no artigo 510, texto transcrito a seguir: Art O prejuízo fiscal apurado a partir do encerramento do ano-calendário de 1995 poderá ser compensado, cumulativamente com os prejuízos fiscais apurados até 31 de dezembro de 1994, com o lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste Decreto, observado o limite máximo, para compensação, de trinta por cento do referido lucro líquido ajustado (Lei nº 9.065, de 1995, art. 15). 1º O disposto neste artigo somente se aplica às pessoas jurídicas que mantiverem os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do montante do prejuízo fiscal utilizado para compensação (Lei nº 9.065, de 1995, art. 15, parágrafo único). 2º Os saldos de prejuízos fiscais existentes em 31 de dezembro de 1994 são passíveis de compensação na forma deste artigo, independente do prazo previsto na legislação vigente à época de sua apuração. 3º O limite previsto no caput não se aplica à hipótese de que trata o inciso I do art (BRASIL, 1999) Os controles dos saldos de Prejuízos Fiscais devem ser realizados no LALUR, em sua parte B, assunto a ser tratado no tópico seguinte ESCRITURAÇÃO DO LALUR COM BASE EM BRASIL (2016) O LALUR é um mecanismo de registro auxiliar exclusivamente fiscal, criado pelo Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, e destinado à apuração extracontábil do Lucro Real decorrente da tributação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica em cada período de apuração (BRASIL, 1977).

10 10 Deve conter a discriminação de todos os ajustes realizados no resultado contábil, como é o caso das adições, exclusões e compensações, quando aplicáveis, e demais informações econômico-fiscais da pessoa jurídica, contendo, ainda, registros que poderão afetar os resultados de períodos futuros e não constem na escrituração comercial, como é o caso, por exemplo, de Prejuízos Fiscais e Incentivos Fiscais (BRASIL, 2016). O LALUR será entregue ao fisco em meio digital (e-lalur), por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), e deve ser elaborado de forma integrada às escriturações comercial e fiscal, completada a ocorrência de cada fato gerador do imposto, devendo discriminar (BRASIL, 2016): a. o lucro líquido do período de apuração; b. os registros de ajuste do lucro líquido, com identificação das contas analíticas do plano de contas e indicação discriminada por lançamento correspondente na escrituração comercial, quando presentes; c. o lucro real; d. a apuração do Imposto sobre a Renda devido, com a discriminação das deduções, quando aplicáveis; e e. as demais informações econômico-fiscais da pessoa jurídica. Quanto à apuração do cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), esta deve ser discriminada e informada no e-lacs, contendo (BRASIL, 2016): i. os lançamentos de ajustes do lucro líquido do período, relativos a adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária; ii. a demonstração da base de cálculo e o valor da contribuição social sobre o lucro líquido devida com a discriminação das deduções, quando aplicáveis; e iii. os registros de controle de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido a compensar em períodos subsequentes, e demais valores que devam influenciar a determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido de períodos futuros e não constem na escrituração comercial. Sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), cabe mencionar que esta substituiu a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir do ano-calendário 2014, com entrega prevista para o último dia útil do de julho do ano posterior ao do período da escrituração no ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Dessa forma, a DIPJ está extinta desde o anocalendário São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Arbitrado ou Lucro Presumido, exceto (BRASIL, 2016): i. As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

11 11 ii. Os órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e iii. As pessoas jurídicas inativas de que trata a Instrução Normativa RFB nº , de 22 de dezembro de De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.536, de 22 de dezembro de 2014, considera-se pessoa jurídica inativa aquela que não tenha efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o anocalendário. Estas deverão apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa. Uma das inovações da ECF corresponde, para as empresas obrigadas a entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD), à utilização dos saldos e contas da ECD para preenchimento inicial da ECF (BRASIL, 2016). Na ECF haverá o preenchimento e controle, por meio de validações, das partes A e B do Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-lalur) e do Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e- LACS). Todos os saldos informados nesses livros também serão controlados e, no caso da parte B, haverá o batimento de saldos de um ano para outro. O prazo de entrega foi fixado pelo art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, reproduzido a seguir: Art. 3º A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) até o último dia útil do de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1633, de 03 de maio de 2016) 1º A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante certificado emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento digital. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1659, de 13 de setembro de 2016) 2º Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras, até o último dia útil do 3º (terceiro) subsequente ao do evento. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1633, de 03 de maio de 2016) 3º A obrigatoriedade de entrega da ECF, na forma prevista no 2º, não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. 4º Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a abril do ano-calendário, o prazo de que trata o 2º será até o último dia útil do de julho do referido ano, mesmo prazo da ECF para situações normais relativas ao ano-calendário anterior. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1633, de 03 de maio de 2016) 5º O prazo para entrega da ECF será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do último dia fixado para entrega da escrituração. (BRASIL, 2013) Apresentada a forma de escrituração do LALUR, o próximo assunto abordará os incentivos fiscais previstos na legislação tributária. 1 Revogada pela Instrução Normativa RFB nº 1605, de 22 de dezembro de 2015.

12 INCENTIVOS FISCAIS Incentivos Fiscais ou Benefícios Fiscais são expressões sinônimas, caracterizando-se pela redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus tributário, oriundo de lei ou norma específica. Do imposto devido em cada período de apuração poderão ser deduzidos incentivos fiscais, tais como: Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT); Doações aos Fundos da Criança e do Adolescente; Doações ao Fundo do Idoso; e Atividades Culturais ou Artísticas e Atividades Audiovisuais, incluindo as aplicações no Funcines, observados os limites e prazos para esses incentivos. De acordo com o art. 614 do Decreto Federal nº 3.000/99, não podem se beneficiar da dedução dos incentivos: i. as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido; ii. as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitrado; iii. as empresas instaladas em Zona de Processamento de Exportação ZPE; iv. as microempresas ME e empresas de pequeno porte EPP, optantes pelo SIMPLES; v. as empresas concessionárias de serviços públicos, relativamente à parcela do lucro inflacionário tributada à alíquota de 6% (seis por cento); e vi. as pessoas jurídicas com registro no Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal CADIN. Com relação a dedução do Imposto de Renda de incentivos fiscais, o artigo 5º da Lei nº 9.532/1997, estabelece: Art. 5º A dedução do imposto de renda relativa aos incentivos fiscais previstos no art. 1º da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, no art. 26 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e no inciso I do art. 4º da Lei nº 8.661, de 1993, não poderá exceder, quando considerados isoladamente, a quatro por cento do imposto de renda devido, observado o disposto no 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de (BRASIL, 1997) O próximo tópico abordará o Lucro Arbitrado que também é uma das formas de tributação permitidas pelo fisco federal para apurar e pagar o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas LUCRO ARBITRADO EXPLICANDO O LUCRO ARBITRADO As pessoas jurídicas com fins lucrativos sujeitas à tributação pelo Lucro Real, por opção ou obrigação legal, que não cumprirem as exigências previstas na legislação para tributarem os seus resultados (lucro fiscal) com base nesta tributação estarão sujeitas ao Lucro Arbitrado, observadas as situações estabelecidas no artigo 47 da Lei Federal nº 8.981/1995, assunto a ser tratado no tópico mais adiante.

13 13 Lembrem-se: o Lucro Real requer a manutenção da escrituração de livros comerciais e fiscais na forma determinada por lei. Também é necessário manter em boa guarda a documentação que embasou a escrituração. Em síntese, o Lucro Arbitrado é uma forma de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em que se consideram na apuração da base de cálculo dos referidos tributos somente os valores das receitas incorridas pela empresa, não sendo permitida a dedução de nenhum valor, na apuração das duas bases de cálculos, a título de despesa ou custo. Vejamos a seguir os aspectos legais que sustentam essa forma alternativa de tributação do lucro fiscal que é considerada uma das apurações mais prejudiciais à pessoa jurídica, tendo em vista os altos percentuais de arbitramento do lucro conjugada com a não possibilidade de dedução de qualquer despesa ou custo na apuração do resultado tributável ASPECTOS LEGAIS O Decreto Federal nº 3.000/99 (RIR/99), em seus artigos 529 a 540, estabelece as hipóteses de arbitramento (em conformidade com o artigo 47 da Lei Federal nº 8.981, de 20/01/1995), a base de cálculo, os ganhos de capital e outras receitas, a omissão de receitas e as disposições diversas sobre a tributação pelo Lucro Arbitrado. Fonte: Sobre as situações que obrigam a apuração do Lucro Arbitrado, o próximo tópico abordará o assunto SITUAÇÕES QUE OBRIGAM A APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO As situações previstas na legislação que obrigam a pessoa jurídica, com fins lucrativos, a tributar os seus resultados com base no Lucro Arbitrado, conforme prevê o artigo 530 do RIR/99, estão estabelecidas no artigo 47 da Lei Federal nº 8.981, de 20/01/1995. Veja a transcrição a seguir: Art. 47. O lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando: i. o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real ou submetido ao regime de tributação de que trata o Decreto-Lei nº 2.397, de 1987, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; ii. a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: a. identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou b. determinar o lucro real. iii. o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese de que trata o art. 45, parágrafo único; iv. o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; v. o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o disposto no 1º do art. 76 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958; vi. o contribuinte não apresentar os arquivos ou sistemas na forma e prazo previstos nos arts. 11 a 13 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, com as alterações introduzidas pelo art. 62 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991; (Revogado pela Lei nº 9.718, de 1998) vii. o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis

14 14 recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário. viii. o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária os livros ou registros auxiliares de que trata o 2o do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 2º do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) ix. o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária os livros ou registros auxiliares de que trata o 2o do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 2o do art. 8o do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de (Redação dada pela Lei nº , de 2009) 1º Quando conhecida a receita bruta, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do Imposto de Renda correspondente com base nas regras previstas nesta seção. 2º Na hipótese do parágrafo anterior: a. a apuração do Imposto de Renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, assegurada a tributação com base no lucro real relativa aos meses não submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não abrangido por aquela modalidade de tributação, observado o disposto no 5º do art. 37; b. o imposto apurado com base no lucro real, na forma da alínea anterior, terá por vencimento o último dia útil do subseqüente ao de encerramento do referido período. (BRASIL, 1999) O próximo tópico abordará as regras e as condições que possibilitam o arbitramento do lucro empresarial REGRAS DE ARBITRAMENTO Com relação ao arbitramento realizado pelo próprio contribuinte, o artigo 531 do RIR/99 estabelece as seguintes condições: Art Quando conhecida a receita bruta (art. 279 e parágrafo único) e desde que ocorridas as hipóteses do artigo anterior, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as seguintes regras (Lei nº 8.981, de 1995, art. 47, 1º e 2º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º): i. a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, assegurada, ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação; ii. o imposto apurado na forma do inciso anterior, terá por vencimento o último dia útil do subseqüente ao do encerramento de cada período de apuração. (BRASIL, 1999) Sobre o arbitramento realizado quando for conhecida a Receita Bruta, consta no artigo 532 do Decreto Federal nº 3.000/99 que será determinado mediante a aplicação dos percentuais de presunção do Lucro Presumido, fixados no art. 519 e seus parágrafos do mesmo Decreto, acrescidos de vinte por cento: Art O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, observado o disposto no art. 394, 11, quando conhecida a receita bruta, será determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados no art. 519 e seus parágrafos, acrescidos de vinte por cento (Lei nº 9.249, de 1995, art. 16, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, inciso I). (BRASIL, 1999)

15 15 Quanto às Instituições Financeiras, o arbitramento da Receita Bruta, conforme consta no artigo 533 do Regulamento do Imposto de Renda, será com base no percentual de quarenta e cinco por cento: Art Nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, o percentual para determinação do lucro arbitrado será de quarenta e cinco por cento (Lei nº 9.249, de 1995, art. 16, parágrafo único, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, inciso I). (BRASIL, 1999) Para os casos em que a Receita Bruta não for conhecida, as pessoas jurídicas devem observar as disposições contidas no artigo 535 do RIR/99: Art O lucro arbitrado, quando não conhecida a receita bruta, será determinado através de procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51): i. um inteiro e cinco décimos do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais; ii. quatro centésimos da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido; iii. sete centésimos do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade; iv. cinco centésimos do valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido; v. quatro décimos do valor das compras de mercadorias efetuadas no ; vi. quatro décimos da soma, em cada, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem; vii. oito décimos da soma dos valores devidos no a empregados; viii. nove décimos do valor mensal do aluguel devido. 1º As alternativas previstas nos incisos V, VI e VII, a critério da autoridade lançadora, poderão ter sua aplicação limitada, respectivamente, às atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços e, no caso de empresas com atividade mista, ser adotados isoladamente em cada atividade (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51, 1º). 2º Para os efeitos da aplicação do disposto no inciso I, quando o lucro real for decorrente de período de apuração anual, o valor que servirá de base ao arbitramento será proporcional ao número de meses do período de apuração considerado (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51, 2º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º). 3º No caso dos incisos I a IV, deverá ser efetuada atualização monetária até 31 de dezembro de 1995 (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51, 3º, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 4º). 4º No caso deste artigo, os coeficientes de que tratam os incisos II, III e IV, deverão ser multiplicados pelo número de meses do período de apuração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, 1º). 5º Na hipótese de utilização das alternativas de cálculo previstas nos incisos V a VIII, o lucro arbitrado será o valor resultante da soma dos valores apurados para cada do período de apuração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, 2º). (BRASIL, 1999) Cabe destacar que a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, quando a tributação ocorrer pelo Lucro Arbitrado, deve ser apurada mediante o somatório do

16 16 valor resultante dos percentuais aplicados sobre a Receita Bruta e 100% dos ganhos de capital e outras receitas obtidas no período de apuração. Sobre os ganhos de capital e as outras receitas que devem ser acrescidas à base de cálculo do Lucro Arbitrado, consta no artigo 536 do Decreto Federal nº 3.000/99 as seguintes disposições: Art Serão acrescidos à base de cálculo os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo art. 531, auferidos no período de apuração, observado o disposto nos arts. 239, 240, 533 e 534 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, inciso II). 1º Os juros e as multas por rescisão contratual de que tratam, respectivamente, os arts. 347 e 681, serão adicionados à base de cálculo (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 51 e 70, 3º, inciso III). 2º Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação somente poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na determinação da base de cálculo do imposto (Lei nº 9.430, de 1996, art. 52). 3º Os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, deverão ser adicionados ao lucro arbitrado para determinação do imposto devido, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período ao qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado (Lei nº 9.430, de 1996, art. 53). 4º A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto, correspondente ao primeiro período de apuração no qual for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, controlados na parte "B" do LALUR (Lei nº 9.430, de 1996, art. 54). 5º Na hipótese de arbitramento do lucro da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto (Lei nº 9.430, de 1996, art. 16, 3º). 6º Para os fins de apuração do ganho de capital, as pessoas jurídicas de que trata este Subtítulo observarão os seguintes procedimentos (Lei nº 9.249, de 1995, art. 17): i. tratando-se de bens e direitos cuja aquisição tenha ocorrido até o final de 1995, o custo de aquisição poderá ser atualizado monetariamente até 31 de dezembro desse ano, não se lhe aplicando qualquer atualização monetária a partir dessa data; ii. tratando-se de bens e direitos adquiridos após 31 de dezembro de 1995, ao custo de aquisição dos bens e direitos não será atribuída qualquer atualização monetária. 7º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, as pessoas jurídicas de que trata este Subtítulo observarão o disposto nos arts. 235 e º No caso de alienação de imóvel rural observar-se-á as disposições do art º No caso de quotas ou ações distribuídas em decorrência de aumento de capital por incorporação de lucros apurados a partir do de janeiro de 1996, ou de reservas constituídas com esses lucros, o custo de aquisição será igual à parcela do lucro ou reserva capitalizado, que corresponder ao sócio ou acionista (Lei nº 9.249, de 1995, art. 10, parágrafo único). 10. O custo de aquisição de ações ou quotas leiloadas no âmbito do Programa Nacional de Desestatização, corresponderá ao custo de aquisição dos direitos contra a União, observado o disposto no art. 431 (Lei nº 8.383, de 1991, art. 65, 1º e 2º, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 17). (BRASIL, 1999) Apresentados os assuntos introdutórios sobre a tributação do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) pelo Lucro Real e Arbitrado, as próximas aulas mostrarão as formas de tributação pelo Lucro Real Trimestral, apuração essa considerada definitiva em cada apuração trimestral do ano-calendário, bem como a sistemática do Lucro Real Anual que, por sua vez, obriga as empresas a

17 17 efetuarem recolhimentos mensais de IR e CSLL com base no resultado estimado ou pelo Balanço de Suspensão/Redução antes da apuração definitiva no final do ano-calendário. Não deixe de acessar o Decreto Federal nº 3.000/99, disponível na integra no link a seguir. Acesse também o Capítulo VII - Escrituração 2016, parte do documento Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica 2016, disponível no endereço eletrônico a seguir. n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n Acesse o material de estudo, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e assista à videoaula sobre a importante aula 5, que trata se do contexto atual, definições, exigência legal, funcionamento do lucro real e lucro arbitrado. n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n Termina aqui nossa primeira aula desta unidade. Introduzimos conceitos que serão importantes ao longo desta parte do conteúdo. Continue os estudos desta disciplina e até breve! Aula 6 LUCRO REAL TRIMESTRAL Começamos aqui nossa sexta aula, a segunda desta Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Que tal entendermos agora sobre o Lucro Real Trimestral? Tenha atenção e bons estudos! 6.1. EXPLICANDO O LUCRO REAL TRIMESTRAL A apuração trimestral do IRPJ com base no Lucro Real está prevista no artigo 220 do RIR/99, conforme transcrição a seguir. Art O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º). 1º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento, observado o disposto nos 1º a 5º do art. 235 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, 1º). 2º Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, 2º). (BRASIL, 1999)

18 18 Essa tributação é definitiva em cada período trimestral de apuração e dispensa a pessoa jurídica de realizar pagamentos mensais. No Lucro Real Trimestral, a demonstração do Lucro Real deve ser escriturada trimestralmente e de forma permanente na parte A do LALUR, tendo em vista que a apuração, conforme já mencionado, é definitiva. Isso se aplica também para o caso de Prejuízo Fiscal que, quando apurado, deve ser registrado na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real. Para tanto, os resultados contábeis da pessoa jurídica, fruto da escrituração mercantil, incorridos mensalmente, devem ser acumulados de forma trimestral e Fonte: independente para que a base de cálculo do IRPJ e da CSLL seja apurada utilizandose somente os resultados de cada trimestre, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro do ano-calendário. Conforme já mencionado, os resultados contábeis de cada período trimestral de apuração devem ser independentes do outro trimestre. Isso equivale dizer que o resultado contábil apurado no período de janeiro a março não se mistura com o resultado apurado no trimestre seguinte, de abril a junho, e assim sucessivamente. Depois de apurado o resultado contábil trimestral e levantada as demonstrações contábeis, o resultado do período deve ser ajustado pelas adições, exclusões e compensações de forma a ser apurado o Lucro Real trimestral. Nesse caso, quando ocorrer Prejuízo Fiscal não haverá incidência do tributo, contudo, o valor do Prejuízo Fiscal deve ser registrado na parte B do LALUR para que o contribuinte possa compensar o crédito tributário em períodos posteriores. A mesma regra se aplica quando for apurada Base de Cálculo Negativa da CSLL. Na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, o controle do Saldo Negativo da sua Base de Cálculo deve ser feito no e-lacs. Na tributação do Lucro Real Trimestral, os cálculos da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devem ser realizados com base na mesma sistemática adotada para a apuração do Imposto de Renda. Assunto a ser tratado no próximo tópico APURAÇÃO DOS CÁLCULOS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO A apuração trimestral da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido está atrelada ao cálculo do IRPJ. Ou seja, quando o imposto for apurado pelo Lucro Real Trimestral, a CSLL deve também ser apurada pela mesma sistemática, ou seja, pelo Lucro Real Trimestral. Essa regra vale para todas as demais opções de tributação, como é o caso do Lucro Real Anual, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado. Na apuração do Lucro Real, os cálculos da CSLL devem ser realizados antes dos cálculos do IRPJ, pois é a ordem dedutiva de evidenciação da Demonstração do Resultado do

19 19 Exercício (DRE) que define essa sequência. Ou seja, na DRE o Resultado contábil antes da CSLL, lucro ou prejuízo, aparece antes do Resultado contábil antes do IRPJ. Em vista disso, o Resultado contábil antes da CSLL obtido na DRE do período de apuração deve ser ajustado pelas adições, exclusões e/ou compensações previstas/estabelecidas na legislação vigente, de forma análoga aos cálculos de apuração da base de cálculo do IRPJ, o Lucro Real. O quadro 2 mostra um exemplo de como deve ser apurada a base de cálculo da CSLL e o valor da própria CSLL devida num determinado trimestre. Descrição Resultado Contábil antes da CSLL (+) Adições Despesas com Brindes Despesas com Veículos (-) Exclusões Ganhos em Participações Societárias (=) Resultado antes das Compensações Valor em R$ , , , , , , ,00 Comentários Esse valor é obtido da DRE e deve ser fruto da apuração contábil ocorre no trimestre respectivo. Valores deduzidos no resultado contábil do período de apuração e que, de acordo com o art. 249 do RIR/99, não podem ser abatidos na apuração da base de cálculo do tributo. Valores registrados como receitas na contabilidade da empresa, no período de apuração, mas que de acordo com o artigo 250 do RIR/99, podem ser excluídos da tributação. (-) Compensações (33.600,00) Essa compensação, de acordo com a legislação, pode ser realizada até o limite de 30% da base de cálculo antes das compensações. No entanto, para realizar a compensação se faz necessário haver saldo de base negativa de CSLL decorrente de períodos de apuração anteriores. (=) Base de cálculo da CSLL CSLL apurada à alíquota de 9% , ,00 Quadro 2. Exemplo de apuração da base de cálculo da CSLL no Lucro Real Trimestral Cabe destacar que o exemplo acima está considerando apenas a apuração da CSLL num determinado trimestre do ano-calendário, cabendo à empresa escriturar os fatos contábeis nos demais trimestres, realizar o levantamento das demonstrações contábeis e evidenciar no registro fiscal do e-lacs a apuração, também definitiva em cada trimestre, da CSL. Após apresentação do exemplo de cálculo da CSLL pelo Lucro Real Trimestral, o próximo tópico mostrará a forma de apuração do Imposto de Renda devido no final do trimestre.

20 APURAÇÃO DOS CÁLCULOS DO IMPOSTO DE RENDA Conforme pôde ser constatado no exemplo trimestral de cálculo da CSLL, a apuração do Imposto de Renda devido no período de apuração, de acordo com a ordem dedutiva de elaboração da DRE e as regras do Lucro Real, é realizada somente depois dos cálculos daquele tributo. Em outras palavras, após a conclusão dos cálculos da CSLL e do seu reconhecimento contábil no resultado do período de apuração, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) será afetada com a diminuição do Resultado Contábil antes do IRPJ exatamente pelo valor da CSLL. Dessa forma, a partir do Resultado Contábil antes do IRPJ, deve-se ajustar este resultado, de forma análoga aos cálculos utilizados na apuração da CSLL, pelas adições, exclusões e/ou compensações previstas/estabelecidas na legislação vigente, de forma que seja possível apurar a base de cálculo do IRPJ, cujo resultado tributável é conhecido como Lucro Real. O quadro 3 mostra um exemplo de como deve ser apurada a base de cálculo do IRPJ e o valor do Imposto de Renda devido. Descrição Valor em R$ Comentários Resultado Contábil antes do IRPJ ,00 Esse valor é obtido da DRE do período de apuração e deve ser fruto da dedução do valor da CSLL do Resultado Contábil antes da CSLL ($ ,00 $7.056,00) (+) Adições Despesas com Brindes Despesas com Veículos CSLL (-) Exclusões Ganhos em Participações Societárias (=) Resultado antes das Compensações , , , , , , ,00 Os valores das adições devem estar consonantes com as situações previstas no art. 249 do RIR/99. Cabe destacar que o valor da CSLL também não é dedutível na apuração da base de cálculo do IRPJ. Os valores das exclusões devem estar em consonância com as situações previstas no art. 250 do RIR/99. (-) Compensações (33.600,00) Essa compensação, de acordo com a legislação, pode ser realizada até o limite de 30% da base de cálculo antes das compensações. No entanto, para realizar a compensação se faz necessário haver saldo de Prejuízos Fiscais decorrente de períodos de apuração anteriores.

21 21 (=) Base de cálculo do IRPJ ,00 IRPJ Normal ,00 IRPJ Adicional 1.840,00 $ ,00 (resultado antes das compensações) - $33.600,00 (compensações) = $78.400,00 Apurado à alíquota de 15% sobre a base de cálculo do Imposto ($78.400,00 x 15%) Apurado à alíquota de 10% ao que exceder a ao ($78.400,00 $60.000,00 x 10%) Total do Imposto Devido ,00 Quadro 3. Exemplo de apuração da base de cálculo do IRPJ no Lucro Real Trimestral Destaca-se que para fins didáticos o exemplo apresentado no quadro 3 está mostrando somente a apuração do IR num determinado trimestre do ano-calendário, cabendo à empresa, assim como foi comentado no tópico 6.2 (exemplo de cálculo da CSLL), escriturar os fatos contábeis nos demais trimestres, realizar o levantamento das demonstrações contábeis e evidenciar no registro fiscal do e- LALUR, a apuração do IR, também definitiva em cada trimestre. O próximo tópico abordará a dedução de incentivos fiscais para fins de diminuição do IR a pagar ao fisco federal DEDUÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS Sobre a dedução de Incentivos Fiscais na apuração do Imposto de Renda a ser pago, o artigo 229 do RIR/99 apresenta as seguintes regras: Art Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto apurado no, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo, bem como os incentivos de dedução do imposto relativos ao Programa de Alimentação do Trabalhador, doações aos Fundos da Criança e do Adolescente, Atividades Culturais ou Artísticas, Atividade Audiovisual, e Vale-Transporte, este último até 31 de dezembro de 1997, observados os limites e prazos previstos para estes incentivos (Lei nº 8.981, de 1995, art. 34, Lei nº 9.065, de 1995, art. 1º, Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º, e Lei nº 9.532, de 1997, art. 82, inciso II, alínea "f"). Parágrafo único. No caso em que o imposto retido na fonte seja superior ao devido, a diferença poderá ser compensada com o imposto mensal a pagar relativo aos meses subseqüentes. (BRASIL, 1999) Os artigos 5 e 6 da Lei nº 9.532/1997, fixaram os limites individuais e globais das deduções dos incentivos fiscais, conforme apresentado a seguir: Art. 5º A dedução do imposto de renda relativa aos incentivos fiscais previstos no art. 1º da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, no art. 26 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e no inciso I do art. 4º da Lei nº 8.661, de 1993, não poderá exceder, quando considerados isoladamente, a quatro por cento do imposto de renda devido, observado o disposto no 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de Art. 6º Observados os limites específicos de cada incentivo e o disposto no 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995, o total das deduções de que tratam: I - o art. 1º da Lei nº 6.321, de 1976 e o inciso I do art. 4º da Lei nº 8.661, de 1993, não poderá exceder a quatro por cento do imposto de renda devido;

22 22 II - o art. 26 da Lei no 8.313, de 1991, e o art. 1o da Lei no 8.685, de 20 de julho de 1993, não poderá exceder quatro por cento do imposto de renda devido. (Redação dada pela Medida Provisória nº , de 2001). (BRASIL, 1997) Cabe mencionar que o artigo 10 da Lei nº 9.532/1997, estabelece que na tributação do Lucro Arbitrado ou Lucro Presumido não será permitida qualquer dedução a título de incentivo fiscal: Art. 10. Do imposto apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido não será permitida qualquer dedução a título de incentivo fiscal. Mediante a exibição da forma de tributação do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) pelo Lucro Real Trimestral, cuja apuração é definitiva em todos os trimestres, o próximo conteúdo apresentará a forma de apuração do IR e da CSLL pelo Lucro Real Anual, cuja sistemática tributária exige recolhimentos mensais desses dois tributos até as suas apurações definitivas no final do ano-calendário. Acesse a Lei Federal nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências, acessando o link a seguir. Já para acessar o conteúdo da Lei Federal nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, que altera a legislação tributária federal e dá outras providências, acesse o link a seguir. Finalizamos aqui nossa sexta aula. E aí, muito conteúdo? Estamos ficando cada vez mais especialistas no assunto! Continue estudando! Aula 7 LUCRO REAL ANUAL Olá, estudantes, nesta fase do nosso percurso, iremos estudar a fundo o conceito de lucro real na;ual. Acompanhe com atenção e bons estudos! 7.1. EXPLICANDO O LUCRO REAL ANUAL A pessoa jurídica que optar pelo pagamento anual do imposto deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano. Na apuração anual do IRPJ faz-se necessário a realização de recolhimentos mensais obrigatórios que podem ser feitos com base na sistemática de apuração pela estimativa mensal ou Balanço de Suspensão/Redução. O próximo tópico apresenta as regras de apuração e recolhimento do IR e da CSLL pela

23 23 sistemática da estimativa mensal que leva em consideração somente os valores das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas, com fins lucrativos, para a apuração da base de cálculo dos dois citados tributos ESTIMATIVA MENSAL De acordo com o artigo 222 do RIR/99, texto atualizado pelo art. 2 da Lei nº 9.430/1996, a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no Lucro Real poderá optar pelo pagamento do Imposto e Adicional, em cada, determinados sobre base de cálculo estimada. A opção será manifestada com o pagamento do Imposto corresponde ao de janeiro ou de início de atividade, observando que a adoção da forma de pagamento do imposto, de acordo com o art. 232 do Regulamento do IR, será irretratável para todo o ano-calendário. Sobre a forma de apuração dos cálculos da CSLL pela estimativa mensal, veremos no tópico a seguir APURAÇÃO DOS CÁLCULOS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO De acordo com o artigo 30 da Lei Federal nº 9.430/1996, a pessoa jurídica que houver optado pelo pagamento do Imposto de Renda Mensal estimado, o que também obriga ao pagamento mensal da Contribuição social sobre o Lucro Líquido, determinada mediante a aplicação da alíquota a que estiver sujeita sobre a base de cálculo apurada na forma dos incisos I e II do artigo 29 dessa mesma Lei, conforme transcrição a seguir: Art. 29. A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, devida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado e pelas demais empresas dispensadas de escrituração contábil, corresponderá à soma dos valores: I - de que trata o art. 20 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995; II - os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas, os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso I do caput, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e demais valores determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período. (Redação dada pela Lei nº , de 2014) (Vigência). (BRASIL, 1996) A forma de apuração da base de cálculo da CSLL, estimativa mensal e presumido, está definida no artigo 20 da Lei Federal nº 9.249/1995. Art. 20. A base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida pelas pessoas jurídicas que efetuarem o pagamento mensal ou trimestral a que se referem os arts. 2º, 25 e 27 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, corresponderá a 12% (doze por cento) sobre a receita bruta definida pelo art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida no período, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, exceto para as pessoas jurídicas que exerçam as atividades a que se refere o inciso III do 1o do art. 15, cujo percentual corresponderá a 32% (trinta e dois por cento). (Redação dada pela Lei nº , de 2014) (Vigência) (BRASIL, 1995) Com base no exposto, o quadro 4 mostra um exemplo de apuração da base de cálculo e da própria Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) utilizando as regras da estimativa mensal.

24 24 A atividade exercida pela pessoa jurídica para ilustrar o exemplo é a Compra e Venda de Mercadorias. O percentual utilizado para estimar a Receita Bruta é realizado com base na(s) atividade(s) exercida(s) pela empresa que consta(m) no contrato/estatuto social. Descrição Receita Bruta da pessoa jurídica Percentual de Estimativa da Base de Cálculo Valor em R$ ,00 12% Comentários Esse valor é obtido da DRE do período de apuração ou dos registros efetuados nos livros fiscais auxiliares. O percentual é decorrente da atividade exercida pela pessoa jurídica. Com relação à CSLL os percentuais são apenas dois: 12% ou 32%. (=) Base de Cálculo Estimada ,00 $ ,00 x 12% (+) Demais Receitas Ganhos de Capital Outras Receitas (=) Base de cálculo da CSLL , , , ,00 De acordo com o artigo 225 do RIR/99, os ganhos de capital e as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica devem ser adicionados à base de cálculo estimada $60.000,00 (base estimada pelo percentual de 12%) + $ ,00 (demais receitas) CSLL apurada à alíquota de 9% ,00 $ ,00 x 9% Quadro 4. Exemplo de apuração da base de cálculo e da CSLL no Lucro Real Anual Estimativa Mensal Destaca-se, para fins didáticos, que o exemplo apresentado no quadro 4 está mostrando somente a apuração da CSLL num determinado do ano-calendário, cabendo à empresa, levantar as informações nos demais meses, realizar os cálculos exigidos e apurar o valor da CSLL devida nos demais períodos até a apuração anual obrigatória no final do ano-calendário, em que deverá ser feito de forma definitiva o Lucro Real Anual, devendo ser observado os requisitos da escrituração contábil do período de apuração e os registros fiscais complementares exigidos. O próximo tópico abordará a apuração dos cálculos do IR e a dedução dos incentivos fiscais permitidos pela legislação APURAÇÃO DOS CÁLCULOS DO IMPOSTO DE RENDA E DA DEDUÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS As condições para a apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, em cada, com base na Receita Bruta auferida mensalmente, estão estabelecidas nos artigos 223 e 224 do RIR/99: Art A base de cálculo do imposto, em cada, será determinada mediante a aplicação do percentual de oito por cento sobre a receita bruta auferida mensalmente, observadas as disposições desta Subseção (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, 1º): i. um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para

25 25 consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; ii. dezesseis por cento: a. para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o qual se aplicará o percentual previsto no caput deste artigo; b. para as pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, observado o disposto no art. 226; iii. trinta e dois por cento, para as atividades de: a. prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares; b. intermediação de negócios; c. administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; d. prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão e crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 2º No caso de serviços hospitalares, aplica-se o percentual previsto no caput deste artigo. 3º No caso de atividades diversificadas, será aplicado o percentual correspondente a cada atividade (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, 2º). 4º A base de cálculo mensal do imposto das pessoas jurídicas prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até cento e vinte mil reais, será determinada mediante aplicação do percentual de dezesseis por cento sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto nos arts. 224, 225 e 227 (Lei nº 9.250, de 1995, art. 40). 5º O disposto no parágrafo anterior não se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de transporte (Lei nº 9.250, de 1995, art. 40, parágrafo único). 6º As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo do imposto, na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, 3º). Art A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei nº 8.981, de 1995, art. 31). Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário (Lei nº 8.981, de 1995, art. 31, parágrafo único). (BRASIL, 1999) Na apuração da estimativa mensal, os valores dos ganhos de capital e as outras receitas devem adicionados à base de cálculo apurada com base na Receita Bruta, conforme determina o artigo 225 do Decreto Federal nº 3.000/99:

26 26 Art Os ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo artigo anterior, serão acrescidos à base de cálculo de que trata esta Subseção, para efeito de incidência do imposto (Lei nº 8.981, de 1995, art. 32, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). 1º O disposto neste artigo não se aplica aos rendimentos tributados pertinentes às aplicações financeiras de renda fixa e renda variável, bem como aos lucros, dividendos ou resultado positivo decorrente da avaliação de investimento pela equivalência patrimonial (Lei nº 8.981, de 1995, art. 32, 1º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). 2º O ganho de capital, nas alienações de bens do ativo permanente e de aplicações em ouro não tributadas como renda variável, corresponderá à diferença positiva verificada entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil (Lei nº 8.981, de 1995, art. 32, 2º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). (BRASIL, 1999) A legislação em vigor, por meio do artigo 226 do RIR/99, ainda faculta a dedução dos valores de determinadas situações na apuração da base de cálculo pela estimativa mensal, conforme transcrição a seguir: Art As pessoas jurídicas de que trata a alínea "b" do inciso II do 1º do art. 223 poderão deduzir da receita bruta (Lei nº 8.981, de 1995, art. 29, 1º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º): i. no caso das instituições financeiras, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários: a. as despesas incorridas na captação de recursos de terceiros; b. as despesas com obrigações por refinanciamentos, empréstimos e repasses de recursos de órgãos e instituições oficiais e do exterior; c. as despesas de cessão de créditos; d. as despesas de câmbio; e. as perdas com títulos e aplicações financeiras de renda fixa; f. as perdas nas operações de renda variável realizadas em bolsa, no mercado de balcão organizado, autorizado pelo órgão competente, ou através de fundos de investimento, para a carteira própria das entidades citadas neste inciso I; ii. no caso de empresas de seguros privados: o cosseguro e resseguro cedidos, os valores referentes a cancelamentos e restituições de prêmios e a parcela dos prêmios destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas; iii. no caso de entidades de previdência privada abertas e de empresas de capitalização: a parcela das contribuições e prêmios, respectivamente, destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas. Parágrafo único. É vedada a dedução de qualquer despesa administrativa (Lei nº 8.981, de 1995, art. 29, 2º, Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, 1º, inciso II, alínea "b", e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). (BRASIL, 1999) Com relação às atividades imobiliárias, a pessoa jurídica ainda deve observar ao disposto no artigo 227 do Regulamento do IR:

27 27 Art As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados a venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão considerar como receita bruta o montante recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas (Lei nº 8.981, de 1995, art. 30, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos casos de empreitada ou fornecimento contratado nas condições do art. 409, com pessoa jurídica de direito público ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária (Lei nº 8.981, de 1995, art. 30, parágrafo único, Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, art. 1º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). () (BRASIL, 1999) O quadro 5 mostra um exemplo de apuração da base de cálculo e do Imposto de Renda utilizando-se a sistemática da estimativa mensal. Análogo ao exemplo da CSLL, a atividade exercida pela pessoa jurídica é a Compra e Venda de Mercadorias. Cabe destacar que a atividade da empresa é condição fundamental para a definição do(s) percentual(ais) de estimativa a ser utilizado na apuração do lucro tributável. Descrição Valor em R$ Comentários Receita Bruta ,00 Esse valor é obtido da DRE do período de apuração ou dos registros efetuados nos livros fiscais auxiliares. Percentual de Estimativa da Base de Cálculo (=) Base de Cálculo Estimada 8% O percentual é decorrente da atividade exercida pela pessoa jurídica ,00 $ ,00 x 8% (+) Demais Receitas Ganhos de Capital Outras Receitas (=) Base de Cálculo do Imposto de Renda , , , ,00 De acordo com o artigo 225 do RIR/99, os ganhos de capital e as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica devem ser adicionados à base de cálculo estimada $40.000,00 (base estimada pelo percentual de 8%) + $ ,00 (demais receitas) IRPJ Normal ,00 IRPJ Adicional ,00 Apurado à alíquota de 15% sobre a base de cálculo do Imposto ($ ,00 x 15%) Apurado à alíquota de 10% ao que exceder a ao ($ ,00 $20.000,00 x 10%) Total do Imposto Devido ,00 Quadro 5. Exemplo de apuração da base de cálculo e do IRPJ no Lucro Real Anual Estimativa Mensal Destaca-se que, para fins didáticos, o exemplo mostrado no quadro acima está apresentando somente a apuração do IR num determinado do ano-calendário, cabendo à empresa, levantar as informações nos demais meses, realizar os cálculos exigidos e apurar o valor do IRPJ devido nos outros períodos até

28 28 que seja realizada a apuração anual obrigatória no final do ano-calendário, em que deverá ocorrer o registro definitivo do Lucro Real Anual nas partes A e B do e-lalur, observando o requisito da escrituração contábil do período de apuração e os registros fiscais complementares exigidos. Conforme já mencionado, a legislação tributária, no caso do Lucro Real Anual, alternativamente à estimativa mensal, permite à pessoa jurídica efetuar o pagamento mensal obrigatório do Imposto de Renda mediante o levantamento de Balanço de Suspensão/Redução, assunto do próximo tópico. Essa possibilidade permitirá à empresa avaliar o que é mais vantajoso, se recolher os tributos pela estimativa ou reduzir/suspender os pagamentos com base nos balanços mensais BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO De acordo com o artigo 230 do RIR/99, para efetuar os pagamentos mensais obrigatórios decorrentes do Lucro Real Anual, a pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento devido em cada, desde que demonstre, por meio de balanços ou balancete mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do Imposto, inclusive adicional, calculado com base no Lucro Real do Período em curso. Art A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º). 1º Os balanços ou balancetes de que trata este artigo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, 1º): I - deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no Livro Diário; II - somente produzirão efeitos para determinação da parcela do imposto devido no decorrer do ano-calendário. 2º Estão dispensadas do pagamento mensal as pessoas jurídicas que, através de balanços ou balancetes mensais, demonstrem a existência de prejuízos fiscais apurados a partir do de janeiro do ano-calendário (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, 2º, e Lei nº 9.065, de 1995, art. 1º). 3º O pagamento mensal, relativo ao de janeiro do ano-calendário, poderá ser efetuado com base em balanço ou balancete mensal, desde que fique demonstrado que o imposto devido no período é inferior ao calculado com base nas disposições das Subseções II a IV (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, 3º, e Lei nº 9.065, de 1995, art. 1º). 4º O Poder Executivo poderá baixar instruções para aplicação do disposto neste artigo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, 4º, e Lei nº 9.065, de 1995, art. 1º). (BRASIL, 1999) O próximo assunto mostrará a forma prática de apuração da CSLL com base no levantamento mensal do Balanço de Suspensão/Redução APURAÇÃO DOS CÁLCULOS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO Conforme já mencionado, a apuração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) está atrelada ao cálculo do IRPJ. Isto é, quando o Imposto for apurado pelo Lucro Real Anual, a CSLL deve também ser apurada pela mesma sistemática, ou seja, pelo Lucro Real Anual.

29 29 Na apuração do Lucro Real Anual, os cálculos da CSLL devem ser realizados antes dos cálculos do IRPJ, pois é a ordem dedutiva de evidenciação da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que define essa sequência. Ou seja, na DRE o Resultado contábil antes da CSLL, lucro ou prejuízo, surge antecipadamente ao Resultado contábil antes do IRPJ. Portanto, o Resultado contábil antes da CSLL obtido na DRE do período de apuração deve ser ajustado pelas adições, exclusões e/ou compensações previstas/estabelecidas na legislação vigente, de forma análoga aos cálculos de apuração da base de cálculo do IRPJ, o Lucro Real. O quadro 6 mostra um exemplo de como deve ser apurada a base de cálculo da CSLL e o valor da própria CSLL devida no de acordo com o Balanço de Suspensão/Redução levantado, por exemplo, no dia 31 de maio. Descrição Resultado Contábil antes da CSLL Valor em R$ ,00 Comentários Esse valor é obtido da DRE e deve ser fruto da apuração contábil ocorrida no período de janeiro a maio. (+) Adições Despesas Brindes Despesas Veículos com com , , ,00 Valores deduzidos no resultado contábil do período de apuração e que, de acordo com o art. 249 do RIR/99, não podem ser abatidos na apuração da base de cálculo do tributo. (-) Exclusões Ganhos Participações Societárias em , ,00 Valores registrados como receitas na contabilidade da empresa, no período de apuração, mas que de acordo com o artigo 250 do RIR/99, podem ser excluídos da tributação. (=) Resultado antes das Compensações ,00 (-) Compensações (99.000,00) Essa compensação, de acordo com a legislação, pode ser realizada até o limite de 30% da base de cálculo antes das compensações. No entanto, para realizar a compensação se faz necessário haver saldo de base negativa de CSLL decorrente de períodos de apuração anteriores. (=) Base de cálculo da CSLL CSLL apurada à alíquota de 9% , ,00 Quadro 6. Exemplo de apuração da base de cálculo da CSLL no Lucro Real Anual Balanço de Suspensão/Redução em 31 de maio Cabe destacar que o Balanço de Suspensão/Redução pode ser apurado em qualquer do ano-calendário, sendo possível também alterná-lo, a critério da pessoa jurídica, com os cálculos da estimativa mensal. No entanto, quando essa for a opção, isto é, de alternar a estimativa mensal com os cálculos dos tributos levando-se em consideração o Balanço de Suspensão/Redução, as diferenças de tributos apurados entre os dois métodos

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