DESBROTAMENTO DE TUBÉRCULOS-SEMENTE BATATINHA

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1 DESBRTAMENT DE TUBÉRCULS-SEMENTE BATATINHA DE. J.BCK Engenheiro grônomo, Secção de Rízes e Tubérculos, Instituto Agronômico de Cmpins

2 76 BRAGANTIA VL. 12, N. s 1-3 Mc Cubbin (5) consttou em seus experimentos que s btts desbrotds produzem mior número de hstes por plnt e como consequênci há um percentgem mior de tubérculos, muito embor produção não tenh sido mior. 2 - PLAN EXPERIMENTAL Antecedendo os trblhos de cmpo, form instlds três experiêncis de cráter preliminr, um em vsos de brro com cpcidde pr 10 kg de terr e outrs dus em cnteiros. Nesss experiêncis, utilizrm-se s vrieddes "Prná uro" e "Konsurgis", cujos tubérculos form desbrotdos um, dus e três vezes, fim de serem comprdos com os que não form desbrotdos. Ns experiêncis definitivs inicids em 1943 e terminds em 1951, relizds em Cmpins e Snt Rit do Pss Qutro (1), form mntidos fixos dubção, profundidde de plntio e espçmento. As prcels experimentis form distribuíds pelo sistem de blocos o cso, com qutro ou cinco repetições. Pr um ds experiêncis (n. 4), pens form empregdos qutro trtmentos, isto é, sem desbrots e desbrotndo um, dus e três vezes, o psso que, pr s demis (4 em Snt Rit e 3 em Cmpins), foi umentdo o número de trtmentos pr oito, obedecendo à seguinte distribuição: 1 Sem desbrots (testemunh) 2 Um desbrot 1 mês pós brotção. 3 Idem 2 meses pós brotção. 4 Idem 3 meses pós brotção. 5 Dus desbrots 1 e 2 meses pós brotção. 6 Idem 1 e 3 meses pós brotção. 7 Idem 2 e 3 meses pós brotção. 8 Três desbrots 1, 2 e 3 meses pós brotção. s tubérculos utilizdos ns experiêncis form postos brotr em lugr ventildo, clro e onde tempertur oscilou entre 17 e 25 C, durnte o período que í permnecerm. As vrieddes não form sempre s mesms. Assim, considerndo-se pens s experiêncis que chegrm bom término, isto é, seis dels, qutro em Cmpins e dus em Snt Rit do Pss Qutro, utilizrm-se "Konsurgis" (6. e 8. experiêncis), "stbote" (4. experiênci), "Eigenheimer" (7. experiênci), "Csc Rox" (10. experiênci) e "Vorn" (ll. experiênci). 3 - RESULTADS BTIDS Ns experiêncis preliminres em que form empregdos tubérculos não desbrotdos e desbrotdos, um, dus ou três vezes, foi notdo que, umentndo o número de desbrots, houve um forçmento d brotção ds gems dormentes, dndo, como consequênci disso, mior número de hstes por plnt, o que influiu ligeirmente sobre o umento do número

3 JAN.-MARÇ, 1952 DESBRTAMENT DA BATATINHA 77 de tubérculos do tipo médio e miúdo. As flhs form um pouco miores nos cnteiros e vsos onde se desbrotou três vezes, e s produções pouco deferirm, demonstrndo, porém, um ligeir superioridde dos trtmentos sem desbrot e desbrotdo um vez, sobre os com dus e, principlmente, três desbrots. Ns experiêncis definitivs, sobre condições normis de cmpo, e onde se estbeleceu mior número de combinções n époc ds desbrots, consttou-se que um mior número de desbrots provoc um umento do número de flhs, umento esse que tende crescer à medid que os tubérculos vão perdendo su turgescênci, devido um desgste mior ds sus reservs, n formção de novos brotos. Assim, n experiênci (10. ) onde foi utilizd vriedde "Csc Rox", houve, ns btts sem desbrot, seis hstes em médi por plnt, o psso que, com três desbrots, esse número umentou pr nove. Qunto à ocorrênci de flhs e desenvolvimento ds plnts, ficou demonstrdo que um desbrot quse nd influiu sobre o umento de flhs, principlmente qundo feit logo pós o início d brotção, époc em que os tubérculos-semente ind estão com reserv suficiente pr limentr nov brotção. Com três desbrots, já umentou bem o número de flhs, conforme mostrm s percentgens constntes do qudro 1 e figur 1, principlmente s de Snt Rit do Pss Qutro. F I G U R A 1. Percentgens médis de plnts nscids e produções, em tonelds por hectre, dos diferentes tipos de bttinh, em seis experiêncis de desbrotmento de tubérculos, instlds ns Estções Experimentis de Cmpins e Snt Rit do Pss Qutro.

4 78 BRAGANTIA VL. 12, N B -R^ 02 S '-3 *cu s CG 00 CM H) T^TNC RH 1 -tf" C'CM'CM" " 1 i ( i~h RH i ( RHRH RH RH 1! 8 C CD H 00_CM_00_ CD RH " 0 «T CN RH RHRHRH E i CDCA 00 T~ CM_00_ -S3 CD i ( r- 1 -T-" RHRH, 1 00 UI"C RHRHRH 0 10 m -D C3 -=^ T~TFL CRH L \ 00 T>TI> I>" JCC"J> T> D PH ' E E CM ' I N. 0 C^ 00 m C" C"C"C" C"CM"CM" CM" 1¾ HCDTH 00CDCN Q m 10 C" 10"L" ^"C" M" H H H RH E C CM 00 C 1>CM 02 m tf" tf" W C*I C~CN"CN" CM" CD C 00 rr> 0" 0" * * 00" 0) T3 ES ft 3 RC C3 PM s 13 m g "3. ü s ' C 00 >QC 10 0" 0"I>"CM". C" 1 CM CM CMC CM TI TFL 10 ; CD «CD_ QQQ CQ_ J,-T CÍTJ5"A >" 1 CN CCC L C 1 1 QQQ QQQ Q Í TF CD C" 00 -*" < CN CM (M CM ;' 00 1(5CM C_Q 00! T^T-T HÍRÍ C" 1 CM CM 1 1CN CNCM CM CN! _ IQQQ C_ QQ Q J C -*"TJ!" 10" US C" i I i-h RH RH RH RH 1 CCD_ 0_ QQQ 0 *IC" 00" Q Q Q Q 0 CD ""TFT M<" I C C HJ TH-*-* ; _ ; ts RN" C" «K 10" C CM CM CM! J j! p "S 3 B M S CG A T RG B K «A P3 LC3 ' IC3 3 U fh RQ J X! CG CG ÍG V >o *o ft ft ft C33 3 K CG P, 1 L3 1 Qi -R^ -R? FH (H RQRCR cg cg cg ft ft ft 3 3 «3 C CG CU CU CU C C C CU CU CU... CM"CCÔ CU CU CD _ 1-!rH ffj < H K (9 C W EN <H P5 H RQ»0 ft

5 JAN.-MARÇ, 1952 DESBRTAMENT DA BATATINHA 79 desenvolvimento ds plnts nos diferentes trtmentos poueo diferiu. Nos desbrotdos, entretnto, o mior número de hstes conferiu muits vezes cert uniformidde e um melhor prênci vegettiv às plnts. Em lguns csos, sobretudo com s vrieddes "Konsurgis" e "Vorn", um desbrot trouxe grnde uniformidde à cultur, fzendo mdurecer tods s plnts o mesmo tempo. As produções pouco diferirm, não ser em um ds experiêncis em Snt Rit (8. ), onde, como consequênci do mior número de desbrots, houve um decréscimo n produção. Assim: o trtmento três desbrots deu 69,6 de flhs, cindo, por conseguinte, produção pr 5,2 tonelds por hectre, enqunto no sem desbrots, embor tenh flhdo bstnte (21,6), devido às condições dverss de clim, produção foi de 11,6 tonelds por hectre. A clssificção dos tubérculos colhidos revelou, de um modo gerl, que s diferençs entre os tipos, form pouco fetds pelo número de desbrots, porém s miores percentgens de tubérculos, cim de 80 grms, ocorrerm nos trtmentos sem desbrotr ou desbrotdo um só vez, conforme mostr o qudro 2 e figur 1, onde se chm reunids s percentgens médis de diferentes tipos. 4 - CNCLUSÕES Do exposto no presente trblho, cheg-se às seguintes conclusões, de ordem gerl: ) tubérculos-semente que não sofrerm desbrots, derm s miores produções, flhndo menos e produzindo mior quntidde de tubér- QUADR 2. Percentgens de cinco diferentes tipos de bttinh, clssificdos segundo o peso médio e provenientes de cinco experiêncis, instlds ns Estções Experimentis de Cmpins e Snt Rit do Pss Qutro Trtmentos cim de 80 g de g de g de g bixo de 20 g (refugo) SEM DESBETA 1 "Testemunh". 9,0 14,0 15, ,5 UMA DESBETA 2 l.o mês pós brotção mês pós brotção mês pós brotção 7,0 8,0 9,5 13,0 16,5 11,0 19,0 17,5 18,5 32,0 30,5 34,0 29,0 27,5 27,0 DUAS DESBRTAS 5 l. e 2. meses pós brotção 6 1. e 3. meses pós brotção 7 2.» e 3. meses pós brotção. 7,0 7,0 6,5 12,5 12,5 13,0 14,5 14,5 20,0 35,0 32,0 31,0 31,0 34,0 29,5 TRÊS DESBRTAS 8 l.o, 2. e 3. meses pós brot.... 9,0 13,5 18,0 31,5 28,0

6 SUMMARY Three preliminry plot experiments nd eight field experiments with Irish potto seed tubers were nhsed in order to find out the effect of desprouting prior to plnting upon the whole production, percentge of filures nd of lrge tubers (more thn 80 grms). The following conclusions cn be drwn: ) seed tubers in which the sprouts were left gve higher yields, smller percentge of filures nd greter percentge of lrge tubers ; b) when desprouted only once, it ws noticed tht yield ws smller but not significntly ; the number of lrge tubers ws smller nd the percentge of filures ws little higher ; c) when the tubers were desprouted twice it ws less fvorble thn single removl of the sprouts ; the tuber yield nd the number of lrge tubers were smller nd the percentge of filures ws still higher ; d) when the sprouts were removed three times the yield ws still lower; the percentge of filures ws very high but the quntity of lrge sized tubers, s compred with the number when desprouted twice, did not chnge. The tubers desprouted three months fter the begining of sprouting, gve the poorest results prticulrly when it ws done more thn once. LITERATURA CITADA 1. Boock,. J. Em Relt., Secção de Rízes e Tubérculos, Inst, gron., Cmpins (não publicdos) 2. Cmrgo, T. de. Cultur rcionl d btt Bol. Bibliotec Agrícol Populr Brsileir. S. Pulo 5: Emilsson, B. e N. Gustfsson. Lgringsbetingelserns iwerkn p utsdespotti sens produktionsformg, Kungl Lntbrukskdemiens Tidskrift. 89: Mnot, G. Em Essis de dégermges. L pomme de terre frnçise. 136: Mc Cubbin, E. N. Influence of sprouts on plnt emergence, growth, tuber-development nd yield of pottoes. Amer. Potto J. 18: , fig. 3, 1941.