FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO ROBERTA CRISTINA POSSAMAI

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1 FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO ROBERTA CRISTINA POSSAMAI ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA (ilp) NO BIOMA CERRADO SÃO PAULO 2017

2 ROBERTA CRISTINA POSSAMAI ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA (ilp) NO BIOMA CERRADO Disseração apresenada à Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Geulio Vargas EESP/FGV, como pare dos requisios para obenção do íulo de Mesre em Agronegócio. Campo de conhecimeno: Economia e Gesão de Agronegócio Orienador Prof. Dr. Felippe Cauê Serigai SÃO PAULO 2017

3 FICHA CATALOGRÁFICA (VERSO FOLHA DE ROSTO) Possamai, Robera Crisina. Análise de viabilidade econômica da implanação do sisema Inegração lavoura-pecuária (ilp) no bioma cerrado / Robera Crisina Possamai f. Orienador: Felippe Cauê Serigai Disseração (MPAGRO) - Escola de Economia de São Paulo. 1. Lavoura - Brasil. 2. Pecuária. 3. Economia agrícola. 4. Cerrados - Brasil. 5. Viabilidade econômica. I. Serigai, Felippe Cauê. II. Disseração (MPAGRO) - Escola de Economia de São Paulo. III. Tíulo. CDU 633/636(81)

4 ROBERTA CRISTINA POSSAMAI ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA (ilp) NO BIOMA CERRADO Disseração de Mesrado apresenada à Escola de Economia de São Paulo da Fundação Geulio Vargas EESP/FGV, como requisio para a obenção de íulo de Mesre em Agronegócio. Daa de Aprovação: / / Banca examinadora: Prof. Dr. Felippe Cauê Serigai FGV-SP Prof. Dr. Eduardo Delgado Assad FGV-SP Prof. Dr. Annelise Vendramini FGV-SP

5 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, o meu agradecimeno é para o meu orienador, Professor Douor Felippe Cauê Serigai. Agradeço por odos os ensinamenos, paciência, odas as oporunidades dadas e, principalmene, por oda a confiança que sempre deposiou em mim. Sem ele, nada disso eria aconecido. Em segundo lugar, o meu agradecimeno vai para a minha família, principalmene meus pais Crisina e Rogerio, e para o meu marido Henrique. Agradeço aos meus pais por odo incenivo dado e por oda a base educacional que, com muio esforço, proporcionaram-me, sem a qual não seria possível começar, nem erminar, esse mesrado. Agradeço ao meu marido por odo sacrifício realizado, pelo incenivo, paciência e oda a compreensão que sempre demonsrou, principalmene, nesses dois úlimos anos, respeiando minha ausência e dedicação aos esudos. Ele que sempre me ajudou, e sempre acrediou no meu poencial. Por fim, agradeço a odos aqueles que de alguma forma conribuíram para que essa eapa fosse concluída, como os professores, colegas de classe e colegas de rabalho.

6 RESUMO Sob quais condições écnicas e de mercado um sisema de inegração lavoura-pecuária (ilp) se orna economicamene viável no Cerrado? Em que pese as vanagens produivas e ambienais dos sisemas ilp e as condições que os ornam ecnicamene facíveis, a avaliação de sua viabilidade econômica é fundamenal para a implemenação, consolidação e expansão dessa modalidade de arranjo produivo. O objeivo dessa disseração é avaliar sob quais condições écnicas e de mercado um sisema ilp se orna ou deixa de ser economicamene viável. Para realizar al análise, pariu-se de uma propriedade rural represenaiva (hipoéica) localizada no bioma Cerrado. A avaliação da viabilidade econômica se deu por meio da análise do Fluxo de Caixa Desconado dessa propriedade, considerando como cenário referencial os indicadores econômico-financeiros de 2016 (dados secundários). A parir desse cenário base e dando choques na principais variáveis do sisema, foram simulados cenários alernaivos de forma a idenificar sob quais condições o projeo se orna ou deixa de ser economicamene viável. Enre os resulados enconrados, desaca-se que, embora o sisema ilp enha se mosrado economicamene renável na maioria dos cenários simulados, alerações conjunurais afeam de forma decisiva a viabilidade econômica do projeo. Palavras Chaves: sisemas de inegração, lavoura, pecuária, viabilidade econômica, análise de sensibilidade.

7 ABSTRACT Under wha echnical and marke condiions does an inegraed croplivesock sysem (ilp) become economically viable in he Brazilian Savanna? Despie he producive and environmenal advanages of he ilp sysems and he condiions ha make hem echnically feasible, he evaluaion of heir economic viabiliy is fundamenal for he implemenaion, consolidaion and expansion of his modaliy of producive arrangemen. The objecive of his sudy is o evaluae under wha echnical and marke condiions an ilp sysem becomes economically viable or ceases o be. In order o carry ou such analysis, he analysis sared wih a represenaive (hypoheical) farm locaed in he Brazilian Savanna biome. The assessmen of economic viabiliy was based on he analysis of he Discouned Cash Flow of his farm and considered he 2016 economic and financial indicaors as he base scenario. Based on ha scenario, he sudy also evaluaed how he economic viabiliy of an ilp projec changes from shocks on key variables. Among he resuls, i is noeworhy ha, alhough he ilp sysem has proved o be economically profiable in mos of he simulaed scenarios, cyclical changes decisively affec he economic viabiliy of he projec. Keywords: Inegraed sysem, farming, livesock, economic viabiliy, sensiiviy analysis.

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 7 2. PLANO DE AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO (PLANO ABC) E O SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA (ILPF) REVISÃO DA LITERATURA ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA MODELO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA ILP PARA O CERRADO E CONSTRUÇÃO DO CENÁRIO BASE Análise de Viabilidade Econômica da Lavoura no Cenário Base Análise de Viabilidade Econômica da Pecuária no Cenário Base Análise de Viabilidade Econômica do Sisema ilpf no Cenário Base ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Quais variáveis mais afeam o reorno do sisema ilp? Análise de Sensibilidade das Variáveis Críicas Análise de Sensibilidade das Variáveis Críicas em Pares Sisemaização dos resulados enconrados CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 112 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 115 APÊNDICES 121

9 7 1. INTRODUÇÃO Os sisemas de inegração lavoura-pecuária-floresa (ilpf) fazem pare do Plano Seorial de Miigação e de Adapação às Mudanças Climáicas Visando à Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agriculura, ambém conhecido como Plano ABC. De acordo com MAPA (2012, p.12), ese Plano é uma imporane pare do compromisso de reduzir as emissões de gases de efeio esufa (GEE), assumido pelo Brasil na 15º Conferência das Pares (COP-21), ocorrida em Copenhague, no ano de Ou seja, os sisemas ilpf fazem pare de uma imporane políica pública do país. O sisema ilpf pode ser definido, de acordo com Balbino, Barcellos e Sone (2011, p. 27), como uma esraégia que visa a produção susenável, que inegra aividades agrícolas, pecuárias e floresais realizadas na mesma área, em culivo consorciado, em sucessão ou roacionado, e busca efeios sinérgicos enre os componenes do agroecossisema. Além disso, para Balbino, Barcellos e Sone (2011, p. 27), o sisema ilpf envolve sisemas produivos diversificados (produção de alimenos, fibras, energia, produos madeireiros e não madeireiros), de origem vegeal e animal, realizados para oimizar os ciclos biológicos das planas e dos animais, bem como dos insumos e seus respecivos resíduos. As ecnologias e os arranjos produivos denominados sisemas de inegração proporcionam diversas vanagens, ano para o produor e para o agronegócio brasileiro, quano para o meio ambiene. Enre as vanagens aponadas por Balbino, Barcellos e Sone (2011, p. 34 e 35), merecem desaque (i) o melhor uso dos recursos disponíveis (recursos naurais, máquinas, equipamenos e ouros aivos fixos), (ii) os ganhos de produividade, (iii) a menor emissão de GEE, (iv) a maior conservação do solo, (v) a recuperação de áreas degradadas, enre ouros. Em sínese, há grandes vanagens na adoção dos sisemas de inegração e já há um conjuno de ecnologias que os ornam ecnicamene viáveis. Todavia, ser ecnicamene viável não é uma condição suficiene para que uma deerminada ecnologia seja amplamene adoada. Para que isso ocorra, além de ser ecnicamene exequível, essa ecnologia em que ser capaz de proporcionar um reorno financeiro suficiene araivo para quem for incorporá-la ao longo do seu processo produivo. Em ouras palavras, ser economicamene viável é uma condição necessária para que uma ecnologia seja amplamene adoada.

10 8 Enreano, ser economicamene viável não é um aribuo inrínseco de uma ecnologia, mas o resulado de uma combinação enre os impacos que ela gera ao longo do processo produivo e um conjuno de variáveis que refleem as condições de mercado onde ela esá inserida, ano pelo lado da ofera (preços dos insumos, da mão de obra, do crédio, do free, ec.), quano do lado da demanda (preço final do produo, renda disponível e preferências do mercado consumidor, ec.). Logo, a viabilidade econômica de uma ecnologia varia conforme há alerações nos coeficienes écnicos do processo produivo e nas condições de mercado. Enfim, a viabilidade econômica não é um aribuo de uma ecnologia, mas uma siuação da conjunura a qual ela esá associada. Dessa forma, ese rabalho em como objeivo principal avaliar sob quais condições as principais varianes dos sisemas de inegração permanecem (ou se ornam) economicamene viáveis no bioma Cerrado. Anes de prosseguir, no enano, é imporane ressalar que as análises que serão realizadas no decorrer dessa disseração referem-se a apenas uma modalidade dos sisemas de inegração, que é o sisema de inegração lavourapecuária (ilp), sendo que a ideia é que esse sisema de inegração seria implanado em uma fazenda hipoéica, que esaria com degradação de ferilidade, e esaria localizada no bioma Cerrado. O sisema ilp, ambém conhecido como agropasoril, segundo Balbino, Barcellos e Sone (2011, p. 28), inegra a lavoura e a pecuária, em roação, consórcio ou sucessão, na mesma área, em um mesmo ano agrícola ou por múliplos anos. Essa ecnologia foi escolhida para ser analisada, pois, de acordo com Cordeiro e al. (2015, p. 20), esse é o sisema de inegração mais uilizado aualmene. Além do objeivo principal, esse rabalho em quaro objeivos específicos, considerando as simulações que serão realizadas, que são: (i) avaliar quais variáveis que mais afeam o reorno do sisema ilp; (ii) avaliar qual é a probabilidade do sisema ilp ser economicamene viável; (iii) calcular qual é o inervalo de reorno econômico mais frequene obido pelo sisema ilp simulado; e (iv) mosrar, a parir de qual valor para as variáveis analisadas, o sisema ilp passa a ser economicamene viável.

11 9 A parir disso, embora a análise de viabilidade econômica de uma ecnologia ou de um projeo seja uma eapa fundamenal para sua implemenação, o cálculo dos indicadores de viabilidade não é um processo rivial. Os resulados finais são sensíveis a, pelo menos, rês conjunos de informação: (i) as caracerísicas de uma propriedade ou de um projeo que podem ser considerados como represenaivos para a região em análise; (ii) os dados e os coeficienes écnicos associados a esse projeo na região em que esá inserido; e (iii) o modelo econômico, com as suas respecivas premissas, para a consrução do fluxo de caixa. Somene a parir dessas informações é possível calcular sob quais condições os sisemas de inegração se apresenam economicamene viáveis. Dessa forma, como um primeiro passo para esse esudo, foi realizado um mapeameno da lieraura disponível com as informações necessárias sobre os sisemas de inegração no bioma Cerrado. Enreano, os resulados enconrados não foram saisfaórios devido aos seguines moivos: (i) foi enconrado um número limiado de rabalhos que avaliam a viabilidade econômica desses projeos no bioma Cerrado; e (ii) enre os poucos rabalhos enconrados, poucos apresenavam de forma clara quais foram as premissas adoadas, os coeficienes écnicos assumidos e as condições de mercado (ofera e demanda) escolhidas de forma a conseguir refazer os cálculos dos indicadores de viabilidade apresenados. Em ouras palavras, os rabalhos disponíveis não eram replicáveis. Como um esforço para superar as limiações apresenadas aneriormene, ampliou-se o mapeameno da lieraura disponível incorporando os rabalhos que analisaram a viabilidade econômica dos sisemas de inegração em ouros biomas. Embora, essa esraégia enha proporcionado um número bem mais razoável de rabalhos que já inham avançado sobre o ema, um dos obsáculos aneriores permaneceu: pouco maerial realmene replicável. Denre os rabalhos mapeados pela revisão da lieraura, merece desaque o Senar (2013). Os auores de Senar (2013) realizaram um grande esforço para abrir e dealhar as premissas assumidas e as eapas percorridas para o cálculo dos indicadores de viabilidade apresenados para cada variane do sisema de inegração avaliada. Os auores disponibilizaram um anexo com diversas planilhas

12 10 dealhando os invesimenos realizados e dos cuseios associados a cada ipo de aividade, bem como os respecivos fluxos de caixa. Diane dessas caracerísicas, Senar (2013) foi escolhido como referência para monar o modelo a ser aplicado no bioma Cerrado. Nessa direção, realizou-se um esforço para fazer a documenação complea do modelo de Senar (2013), incluindo as variáveis, os conceios, as premissas e as equações uilizadas. Todavia, é imporane ressalar que, apesar de os esforços apresenados por Senar (2013), algumas lacunas se maniveram presenes e, por isso, algumas mudanças foram realizadas na meodologia, conforme será apresenado no decorrer no esudo. Assim, a parir dessa primeira eapa do rabalho de documenar o modelo do Senar (2013) para enender como o sisema ilp foi modelado, foi definido um modelo que será aplicado nas avaliações de viabilidade econômica dos sisemas de inegração no bioma Cerrado. Ademais, a planilha com odos os resulados será disponibilizada como de domínio público. É imporane ressalar, anes de prosseguir, que o bioma Cerrado foi escolhido por cona da imporância que essa região em para a aividade agrícola e pecuária do país, além de que, o modelo desenvolvido pelo Senar (2013) foi baseado no Cerrado, e como esse foi um dos poucos rabalhos enconrados que inham como objeivo avaliar economicamene os sisemas de inegração, foi conveniene maner o Cerrado como o local para que fosse avaliado o sisema ilp. Dessa forma, a parir da meodologia criada a parir do rabalho do Senar (2013), as premissas serão aualizadas e, assim, serão calculados os indicadores de viabilidade econômica da fazenda represenaiva. Ou seja, com esse conjuno de informações aualizado, será possível avaliar sob quais condições as diferenes varianes dos sisemas de inegração se apresenam como economicamene viáveis. Por fim, serão realizadas as análises de sensibilidade dos resulados, a fim de verificar quano o reorno econômico do projeo é sensível às deerminadas variáveis. Anecipando um dos resulados alcançados por esse esudo, ficou claro que, após modelar o sisema ilp e avaliar a viabilidade econômica sob diferenes cenários, o ilp é economicamene viável na maioria dos cenários avaliados, embora

13 11 alerações conjunurais afeem de forma significaiva a viabilidade econômica do projeo, devendo o produor, porano, esar aeno à essas alerações. Assim, o presene rabalho esá dividido em see seções, além dessa essa inrodução. A segunda seção discorre sobre o chamado Plano ABC, suas principais caracerísicas e méodos, enquano que na erceira seção será realizada uma revisão bibliográfica sobre o assuno, com o objeivo de enender o que já foi realizado nessa área, e levanar as informações necessárias para esruurar a modelagem do sisema ilp que será uilizada para as análises realizadas nessa disseração. Na seção 4, será explicado sucinamene o que é uma análise de viabilidade econômica de um projeo, e como ela será realizada nesse rabalho. Na seção 5, por sua vez, o modelo de viabilidade econômica do sisema ilp do Senar (2013), para o bioma Cerrado (em uma fazenda hipoéica), será expliciado, buscando replicar odo o cálculo realizado pelo esudo em quesão, além de indicar as premissas adoadas pelo rabalho, os problemas e as dificuldades enconradas na sua replicação. A seção 6 será dedicada à análise de sensibilidade do sisema ilp às principais variáveis, bem como aos principais resulados enconrados. Por fim, na úlima seção, serão feias as conclusões e considerações finais.

14 12 2. PLANO DE AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO (PLANO ABC) E O SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA (ILPF) 2.1. Plano de Agriculura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) De acordo com o BRASIL (2012, p. 12), o Plano Seorial de Miigação e de Adapação às Mudanças Climáicas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agriculura, ambém denominado de Plano ABC (Agriculura de Baixa Emissão de Carbono), é uma imporane pare do compromisso de reduzir as emissões de gases de efeio esufa (GEE), assumido pelo Brasil na 15º Conferência das Pares (COP 15), ocorrida em Copenhague, em Segundo o BRASIL (2012, p. 13), o Plano ABC é uma políica pública que apresena o dealhameno das ações de miigação e adapação às mudanças do clima para o seor agropecuário, e apona de que forma o Brasil preende cumprir os compromissos assumidos de redução de emissão de GEE nese seor. A abrangência do Plano ABC, de acordo com BRASIL (2016), é nacional e seu período de vigência é de 2010 a 2020, sendo previsas revisões e aualizações em período regulares não superiores a dois anos, para readequá-lo às demandas da sociedade, às novas ecnologias e incorporar novas ações e meas, caso seja necessário. De acordo com BRASIL (2012, p. 38), o objeivo geral do Plano ABC é promover a redução das emissões de GEE na agriculura, melhorando a eficiência no uso dos recursos naurais e aumenando a resiliência de sisemas produivos e de comunidades rurais, possibiliando a adapação do seor agropecuário às mudanças climáicas. Para isso, segundo BRASIL (2012, p. 20), o Plano ABC esá esruurado em see programas, que esão dealhados no Quadro 1:

15 13 Programas Definição Fone a) Recuperação de Pasagens Degradadas b) Inegração Lavoura-Pecuária- Floresa (ilpf) c) Sisema de Planio Direo (SPD) d) Fixação Biológica de Nirogênio (FBN) e) Floresas Planadas É uma alernaiva ecnológica para aumenar a produção animal e minimizar a emissão de GEE. A degradação de pasagens, acarreada, na maioria das vezes, pelo mau uso do paso, aravés de écnicas implanadas equivocadamene e exploração de forma exraivisa, pode ocasionar a perda de coberura vegeal e a redução no eor de maéria orgânica e de carbono no solo, emiindo Dióxido de Carbono (CO2) e ouros GEE para a amosfera. E uma alernaiva ecnológica para aumenar a produividade agropecuária e minimizar a emissão de GEE. É uma esraégia de produção susenável que inegra aividades agrícolas, pecuárias e floresais realizadas na mesma área, em culivo consorciado, e na forma de sucessão ou roação. É um conjuno de processos ecnológicos preconizados pela Agriculura Conservacionisa, que conribui para o aumeno da resiliência ou recuperação/reconsiuição do solo e resula na redução da emissão de GEE, mediane ao aumeno de eores de maéria orgânica do solo. É uma alernaiva mais susenável para a subsiuição do uso do nirogênio, considerando os cusos e os condicionanes ambienais, sendo que, em um processo naural de ineração plana-bacéria, a écnica incorpora o nirogênio disponível no ar ao mecanismo de nurição das planas. O planio de floresas para a produção de madeiras, celulose e papel e carvão vegeal, por sua vez, apresena-se como alernaiva ecnológica que viabiliza a geração de renda e o aumeno do sequesro de carbono da amosfera, conribuindo para aenuar os efeios das mudanças climáicas BRASIL (2016a, p. 2) BRASIL (2016b, p. 2) BRASIL (2016c, p. 2) BRASIL (2016d, p. 2) BRASIL (2016e, p. 2) f) Traameno de Dejeos Animais A ecnologia uilizada para o raameno de resíduos e efluenes (resíduos animais líquidos), segundo os auores, consise na adoção de processo de digesão dos resíduos orgânicos (biodigesão) dos animais esabulados (suínos, bovinos e aves), realizada por colônia misa de microrganismos, em ambiene com ausência de oxigênio, resulado da biodigesão dois produos básicos: o biogás e o bioferilizane líquido. BRASIL (2016f, p. 2) e BRASIL (2016g, p. 2) g) Adapação às Mudanças Climáicas A esraégia é invesir com mais eficácia na agriculura, promovendo sisemas diversificados e o uso susenável da biodiversidade e dos recursos hídricos, com apoio ao processo de ransição, a organização da produção, a garania de geração de renda, a pesquisa (recursos genéicos e melhorameno, recursos hídricos, adapação de sisemas produivos, idenificação de vulnerabilidades e modelagem), denre ouras iniciaivas. BRASIL (2016h) Quadro 1 Definição dos programas que compõem o Plano ABC Fones: BRASIL (2016a), BRASIL (2016b), BRASIL (2016c), BRASIL (2016d), BRASIL (2016e), BRASIL (2016f), BRASIL (2016g) e BRASIL (2016h). Esa disseração em como foco a avaliação econômica dos sisemas de inegração ou o chamado sisema ilpf. De acordo com BRASIL (2016b, p. 2), o sisema ilpf busca efeios sinérgicos enre os componenes do sisema de produção agropecuário, e em como grande objeivo a mudança do sisema de uso da erra do convencional para ouro mais ecnificado e susenável, com visas a aingir níveis mais elevados de produividade, qualidade do produo, qualidade

16 14 ambienal e compeiividade. Segundo Balbino, Barcellos e Sone (2011, p. 28), a esraégia do sisema ilpf conempla quaro modalidades de sisemas: a) Inegração Lavoura-Pecuária (ou Agropasoril): esse sisema inegra a lavoura e a pecuária, em roação, consórcio ou sucessão, na mesma área, em um mesmo ano agrícola ou por múliplos anos; b) Inegração Lavoura-Pecuária-Floresa (ou Agrossilvipasoril): esse sisema inegra a lavoura, a pecuária e a floresa, em roação, consórcio ou sucessão, na mesma área; c) Inegração Pecuária-Floresa (ou Silvipasoril): esse sisema inegra a pecuária e a floresa em consórcio; e d) Inegração Lavoura-Floresa (ou Silviagrícola): esse sisema inegra a lavoura e a floresa, pela consorciação de espécies arbóreas com culivos agrícolas (anuais ou perenes). A modalidade dos sisemas ilpf que será analisada nessa disseração será a Inegração Lavoura-Pecuária (ilp). Financiameno do Plano ABC De acordo com BRASIL (2016), o Plano ABC cona com uma linha de crédio (Programa ABC), a qual foi aprovada pela Resolução BACEN n de 17 de agoso de Conforme o BNDES (2016), as operações do âmbio do Plano ABC são realizadas aravés de insiuições financeiras credenciadas, e os produores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e suas cooperaivas podem soliciar o financiameno. Ainda segundo o BNDES (2016), poderá ser financiado o cuseio associado ao invesimeno, limiado aé 30% do valor financiado, podendo ser ampliado para: a) aé 35% do valor financiado, quando desinado à implanação e manuenção de floresas comerciais ou recomposição de áreas de preservação permanene ou de reserva legal; e b) aé 40% do valor financiado, quando o projeo incluir a aquisição de bovinos, ovinos e caprinos para reprodução, recria e erminação, e sêmen dessas espécies.

17 15 Segundo o BNDES (2016), é financiado aé 100% do valor dos invesimenos financiáveis, observado o limie de aé R$ 2,2 milhões por cliene, por ano-safra. Nos financiamenos para implanação de floresas comerciais, o limie pode ser elevado para R$ 3 milhões para produores rurais com aé 15 módulos fiscais, e para R$ 5 milhões, para produores rurais com mais de 15 módulos fiscais. No caso de financiamenos a cooperaivas para repasse a cooperado, o limie se refere a cada cooperado beneficiado pelo financiameno. Além disso, de acordo com BNDES (2016), admie-se a concessão de mais de um financiameno para o mesmo cliene, por ano-safra, quando a aividade assisida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagameno do cliene. Em relação à axa de juros, para os produores que se enquadrem como beneficiários do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produor Rural (Pronamp 1 ) a axa é de 8% ao ano, para os demais casos a axa é de 8,5% ao ano, segundo o BNDES (2016). Por fim, segundo BRASIL (2016), o prazo oal para pagameno do financiameno dependerá do projeo financiado, sendo que, para implanação de sisemas ilpf, o prazo é de aé 8 anos, esendendo-se aé 12 anos quando o componene floresal esiver presene, incluindo aé 3 anos de carência O que é o sisema lavoura-pecuária-floresa? Para Machado, Balbino e Ceccon (2011, p. 11), o sisema ilpf pode ser definido como uma esraégia de produção susenável, que inegra aividades agrícolas, pecuárias e floresais, realizadas em uma mesma área, seja em culivo consorciado, em sucessão ou em roação 2. Dessa forma, segundo Machado, Balbino e Ceccon (2011, p. 11), o sisema ilpf abrange sisemas produivos diversificados para a produção de alimenos, fibras, energia, produos madeireiros e não madeireiros, que seja de 1 Pronamp: de acordo com o BNDES (2016), é um programa de crédio que possui o objeivo de promover o desenvolvimeno das aividades dos médios produores rurais, proporcionando o aumeno da renda e da geração de empregos no campo. (hp:// undos/pronamp.hml ). 2 Segundo Cordeiro e al. (2015, p. 24), a sucessão de culivos ocorre quando diferenes espécies vegeais são semeadas, uma após a colheia da oura, denro do mesmo ano agrícola. Já a roação ocorre quando há alernância de espécies vegeais, ocupando o mesmo espaço físico e período do ano, denro de princípios écnicos, visando principalmene sanar problemas fiossaniários.

18 16 origem vegeal ou animal, de forma a oimizar os ciclos biológicos das planas e dos animais, bem como dos insumos e seus respecivos resíduos. De acordo com Cordeiro e al. (2015, p. 19), a inegração lavourapecuária-floresa pode ser adoada por meio de diferenes sisemas de inegração, como, por exemplo a inegração lavoura-pecuária (ilp) ou sisema agropasoril; a inegração pecuária-floresa (ipf) ou sisema silvipasoril; a inegração lavourafloresa (ilf) ou sisema silviagrícola; e a inegração lavoura-pecuária-floresa (ilpf) ou sisema agrossilvipasoril. Ainda segundo a Cordeiro e al. (2015, p. 19), esses sisemas êm o objeivo de inensificar o uso da erra, e fundamena-se na inegração espacial e emporal dos componenes do sisema produivo, para aingir paamares cada vez mais elevados de qualidade do produo, qualidade ambienal e compeiividade. Para a Cordeiro e al. (2015, p. 19), a inensificação da produção, observada em sisemas de ilpf, acarrea diversos benefícios ao produor e ao meio ambiene, conforme segue: a) melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo; b) aumena a ciclagem e a eficiência na uilização dos nurienes; c) reduz ou amoriza os cusos de produção das aividades agrícola, pecuária e floresal ao longo do empo; d) diminui a ociosidade do uso das áreas agrícolas; e) diversifica a produção e esabiliza a renda na propriedade rural; f) viabiliza a recuperação de áreas com pasagens degradadas; g) miiga emissões de gases de efeio esufa (GEE); h) aumena o sequesro de carbono; o bem-esar e a produividade animal, além de ouros diversos benefícios. Assim, segundo a Cordeiro e al. (2015, p. 30), os sisemas ilpf são classificados como sisemas de produção susenáveis. De acordo com os auores, isso ocorre pelo fao de serem uma alernaiva para conciliar a produção de alimenos, fibras e energia, aliando a viabilidade econômica com susenabilidade ambienal. Dessa forma, para a Cordeiro e al. (2015, p. 30), a demanda crescene por alimenos, bioenergia e produos floresais, em conraposição à necessidade de redução do desmaameno e miigação da emissão de GEE, requer soluções que

19 17 permiam incenivar o desenvolvimeno socioeconômico, sem compromeer a susenabilidade dos recursos naurais. Assim, de acordo com Cordeiro e al. (2015, p. 31), a inensificação do uso da erra em áreas agrícolas e pasoris e o aumeno da eficiência dos sisemas de produção podem conribuir para harmonizar esses ineresses. Além disso, para a Cordeiro e al. (2015, p. 31), a inegração é uma forma de produzir a mesma quanidade de produo, ou aé aumenar a produção, sem a necessidade de incorporar novas áreas ao processo produivo, caracerísicas que em sido denominada, segundo os auores, de efeio poupa-erra. Por fim, ainda de acordo com Cordeiro e al. (2015, p. 20), os sisemas de ilpf podem ser adoados por produores rurais, independenemene da dimensão do esabelecimeno agropecuário, mas devem ser adequadamene planejados, levando-se em cona os diferenes aspecos socioeconômicos e ambienais das unidades de produção. Apesar de anos benefícios que o sisema ilpf acarrea ao produor e ao meio ambiene, conforme mosrou a Cordeiro e al. (2015, p. 19), para que essa ecnologia seja, de fao, implemenada nas fazendas, é necessário que ela seja economicamene viável. Anes de prosseguir, no enano, é imporane ressalar novamene que essa disseração em como propósio analisar apenas uma das modalidades do sisema ilpf, que é o sisema ilp, já que ese é o sisema inegração mais uilizado, de acordo com Cordeiro e al. (2015, p. 20). De acordo com Alvarenga e Noce (2005, p. 7), o sisema ilp pode ser definido como a diversificação, roação, consorciação e/ou sucessão das aividades agrícolas e pecuárias denro da propriedade rural, de forma harmônica, consiuindo um mesmo sisema, de al maneira que haja benefícios para ambas. Além disso, segundo o auor, o sisema ilp possibilia, sendo essa uma das principais vanagens, que o solo seja explorado economicamene durane odo o ano ou, pelo menos, na maior pare dele, favorecendo o aumeno da ofera de grãos, de fibras, de carne, de leie e de agroenergia a cusos mais baixos, devido ao sinergismo que se cria enre a lavoura e a pecuária. Segundo Alvarenga e Noce (2005, p. 7), os principais objeivos da ilp são:

20 18 a) recuperação ou reforma de pasagens degradadas: segundo o auor, nesse sisema, as lavouras são uilizadas com visas que a produção de grãos pague, pelo menos em pare, os cusos da recuperação ou da reforma de pasagens. Ainda segundo Alvarenga e Noce (2005, p. 7), na área de pasagem degradada, culivam-se grãos por um ou mais anos e, depois, vola-se com a pasagem, que vai aproveiar os nurienes residuais das lavouras na produção de forragem. No enano, o auor ressala que para eviar ouro ciclo de degradação, é necessário elaborar um cronograma de adubação da pasagem recém-implanada. b) melhorar as condições físicas e biológicas do solo com a pasagem na área de lavoura: de acordo com Alvarenga e Noce (2005, p. 8), as pasagens deixam quanidade apreciáveis de palha sobre o solo e de raízes no perfil do solo, o que ende aumenar a maéria orgânica, o que é fundamenal na melhoria da esruura física do solo. c) produzir paso, forragem conservada e grãos para alimenação animal na esação seca: segundo Alvarenga e Noce (2005, p. 9), além da produção de silagem e de grãos, a ilp possibilia que a pasagem produzida no consórcio seja uilizada durane a esação seca. Assim, de acordo com os auores, a correção do perfil do solo proporciona melhor desenvolvimeno do sisema radicular da forrageira, que, assim, aprofunda-se no perfil e absorve água a maiores profundidades, conferindo ao paso uma maior resisência durane a seca. d) diminuir a dependência por insumos exernos: de acordo com Alvarenga e Noce (2005, p. 9), a pasagem recuperada ou reformada passa a conribuir em maior proporção na diea dos animais e os grãos produzidos são usados na produção da própria ração, diminuindo, assim, a necessidade de aquisição no mercado. e) reduzir cusos, ano na aividade agrícola quano na pecuária: segundo Alvarenga e Noce (2005, p. 10), como há ganhos em produividade ano das lavouras quano das pasagens, menor

21 19 demanda por defensivos agrícolas e melhor aproveiameno da mão de obra, denre ouros faores, os cusos de produção são reduzidos. Dadas as vanagens da adoção dos sisemas inegrados, é necessário avaliar sob quais condições esses arranjos produivos são economicamene viáveis. Na próxima seção será apresenado um conjuno de rabalhos que buscaram fazer jusamene essa análise de viabilidade econômica

22 20 3. REVISÃO DA LITERATURA Na seção anerior, foram discuidas quais são as principais ecnologias do Plano ABC, considerando suas principais caracerísicas e méodos. Agora, nessa seção, será apresenada a lieraura revisada para fazer a modelagem do sisema ilp, idenificando os modelos já uilizados em ouros esudos, os quais buscaram avaliar a viabilidade econômica de sisemas de inegração, mesmo que em áreas disinas do Bioma Cerrado. Assim, o primeiro passo para realizar a viabilidade econômica desse sisema é jusamene idenificar como a lieraura disponível modelou ano a lavoura quano a pecuária em um sisema de inegração. O Quadro 2 apresena odos os rabalhos da lieraura disponível que foram revisados, lembrando que, com exceção do rabalho realizado por Machado, Balbino e Ceccon (2011), odos os rabalhos iveram como objeivo avaliar economicamene algum sisema de inegração ou alguma aividade (agriculura ou pecuária) e apresenaram para isso uma meodologia e um escopo de análise e, chegaram, a diversas conclusões. O rabalho de Bedoya e al. (2012, p. 6) eve como objeivo analisar a viabilidade econômico-financeira do sisema ilpf e da inensificação de paso, possibiliando conhecer os ganhos e gargalos que essa inegração proporciona ao seor produivo. No esudo de Bedoya e al. (2012, p. 6), foram analisadas as diferenes formas na implanação desses ipos de sisemas na aividade pecuária, assim como seu manejo, disposição na área, benefícios produivos com essa inegração e como seria a sua susenabilidade produiva ano na pecuária, na agriculura e na floresa. A parir disso, foram levanados os dados écnicos resulanes dessa inensificação e analisados os resulados econômicos e financeiros dos invesimenos realizados em cada um dos cenários elaborados.

23 21 Auor Objeivo Meodologia Escopo Conclusões O sisema de produção pecuária de A inensificação nas aividades Analisar a viabilidade foi comparado com ouros rês Pare de duas propriedades proposas pelo programa ABC iveram econômico-financeira da sisemas de produção, sendo: a represenaivas, sendo uma no resulados saisfaórios no sisema de inegração lavoura-pecuáriafloresa e inensificação de sisema de produção lavoura (soja e do ipo recria e engorda, na inensificação da pecuária aual, o sisema de produção pecuária Recria em Nova Andradina, Bedoya e al. principalmene. Além disso, o rol de (2012) paso, possibiliando conhecer milho safrinha)-pecuária e, por fim, a região de Nova Andradina/MS, e ecnologias de ILP e ILPF na região de os ganhos e gargalos que combinação lavoura (soja e milho a segunda, com sisema de Rio Verde, se mosrou melhor essa inegração proporciona safrinha)-pecuária-floresa. O Fluxo produção de cria, na região do financeiramene que o cenário inicial ao seor produivo de caixa foi realizado para um Rio Verde/GO. considerado. período de 22 anos. Avaliar a conversão do sisema Coimbra, Perina essencialmene agrícola para e Fauso (2015) o sisema inegrado de agriculura-pecuária-floresa Os auores compararam dois cenários disinos: agriculura com uso de recursos próprios e sisema inegrado com uso do financiameno Propriedade rural localizada em do Programa de Agriculura de Goioerê, no Esado do Paraná. Baixo Carbono (Programa ABC). Foi uilizado o méodo do Fluxo de Caixa, para o período de 12 anos. A aividade de inegração lavourapecuária proporcionou reornos econômicos superiores às axas aplicadas aos invesimenos mais conservadores do mercado financeiro, como a cadernea de poupança e, ainda, benefícios ambienais obidos são observados desde o primeiro ano de implanação do projeo. GVces (2016) Apresenar uma análise econômica de cuso-benefício e de ganhos ambienais decorrenes da implemenação do Plano ABC no Brasil aé 2020 A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica, que levanou dados sobre cusos de implemenação das écnicas; enrevisas com especialisas e organizações do Brasil dos seores agropecuários e de silviculura; reflexões com membros dos Grupos de Trabalho; e reflexões inernas das equipe GVces. Além defluxo de caixa projeado para o período de 2015 a 2030 O escopo desse esudo considerou a relação cuso benefício da recuperação de 30 milhões de hecares de pasagens degradadas e da implanação de 9 milhões de hecares em sisemas inegrados de produção, em razão das meas assumidas pelo Plano ABC e pela INDC brasileira. O esudo visa er uma abrangência nacional, porém a disribuição espacial das pasagens a serem recuperadas e implanadas e os sisemas inegrados concenraram-se no bioma Cerrado. O valor presene dos fluxos de caixa projeados apona para uma probabilidade de 95% de que o valor presene eseja na faixa enre R$ 150 milhões negaivos e R$ 4 bilhões posiivos. Além disso, a esimaiva resulou que com 95% de probabilidade a TIR esaria enre 10% e 13%. No enano, os auores afirmam que esses resulados, apesar de serem posiivos (chance de er VPL posiivo e a TIR esar acima de 10%), eles são alamene dependenes das premissas assumidas, sendo que, se as premissas mudarem, os resulados ambém mudam. IIS (2015) Avaliar o impaco da inensificação da pecuária do pono de visa financeiro, mensurando seus riscos e o papel do crédio para a alavancagem das boas práicas, enre ouras implicações advindas da inensificação da pecuária 1. Modelo bioeconômico para realizar uma análise onde se reconheça a relação enre a uilização dos recursos naurais, invesimenos e resulados econômicos. 2. Revisão Bibliográfica. Os resulados do modelo mosraram O modelo desenvolvido é que a inensificação aumena o Valor aplicado ao ciclo compleo (cria, Presene Líquido em aé R$ por recria, engorda) da aividade. O hecare, e reduzem subsancialmene o modelo foi paramerizado a risco de prejuízo de 99% para 15%. parir de dados coleados em Enre os impacos posiivos sobre os campo de oio produores da recursos naurais esá a possibilidade microrregião de Ala Floresa, de aumenar de produção e renda sem a no Mao Grosso. necessidade de novos desmaamenos. Machado, Balbino e Ceccon (2011) Magnabosco e al. (2009) Abordar os sisemas de inegração Lavoura-Pecuária. Analisar a viabilidade econômico-financeira da inegração lavoura e pecuária, uilizando o sisema Sana Fé como écnica de implanação de pasagens. Não apresena uma meodologia de avaliação da viabilidade econômica de um sisema inegrado lavourapecuária. Modelo baseado na meodologia Sysem Dynamics para a análise econômica e o risco do projeo inegração lavoura-pecuária, levando em cona a aleaoriedade das variáveis de maior volailidade. O modelo foi elaborado no horizone de planejameno de dias, de acordo com o diagrama de Gan - Dados do projeo inegração lavoura e pecuária, oriundo da roação de culuras anuais e pecuária em uma área de 90 hecares da Embrapa Arroz e Feijão (Fazenda Capivara), localizada no município Sano Anônio de Goiás, GO. As principais vanagens para o ambiene são as melhorias ao solo e ao uso da água. A inensificação da produção permie aumeno em produividade e renabilidade e, com a diversificação, maior esabilidade de renda aos produores. A ILP é ecnica e economicamene viável, com VPL, RBC e TIR favoráveis, e apresena baixos níveis de risco para invesidores do agronegócio na região do Cerrado.

24 22 Auor Objeivo Meodologia Escopo Conclusões O modelo pare de duas Nos cenários esados, a inegração aividades (A e B), sendo a lavoura pecuária (ILP) compee com Marha Júnior, Explorar a perspeciva perguna relevane que se quer Modelo proposo é baseado no sisemas especializados de pecuária, Alves e Conini econômica do sisema de responder é a seguine: qual o cuso de produção. mas não apresena axas de reorno (2011) inegração lavoura-pecuária desempenho econômico que a compeiivas em comparação a aividade B em de er para sisemas especializados de soja. compeir com a aividade A? Muniz e al. (2007) Desenvolver uma ferramena de modelagem e simulação Modelo baseado na meodologia para análise econômica da Sysem Dynamics Inegração Lavoura e Pecuária. O valor presene líquido (VPL) e relação Projeo de Inegração Lavoura e benefício-cuso (RBC) foram favoráveis Pecuária, desenvolvido pela em odos os cenários. As axas inernas Embrapa em Sano Anônio de de reorno (TIR) avaliadas foram maiores Goiás (GO), uilizando o ou igual ao cuso de oporunidade do Sisema Sana Fé como écnica capial próprio, mosrando a araividade de implanação de pasagens. do projeo. Senar (2013) Avaliar a viabilidade econômica de seis ecnologias inseridas no Plano Nacional para uma Agriculura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) Fluxo de caixa de 20 anos, analisado aravés do méo de Fluxo de Caixa Desconado (FCD) Fazenda hipoéica do bioma Cerrado, com dados secundários. Os ilps em 3 áreas apresenaram VPLs negaivos e TIR abaixo da Taxa Mínima de Araividade (TMA). Os ilps 4 áreas demonsraram viabilidade econômica, com TIR maior que a TMA e VPL posiivos. Os ilpfs apresenaram viabilidade econômica, com empo de reorno de 10 anos. A viabilidade observada nesses projeos, segundo os auores, deve-se, principalmene, à ala renabilidade do componene floresal. Senar e al. (2014) Propuseram o desenvolvimeno e o acompanhameno de unidades de referência ecnológica e econômica (URTE), com o objeivo de idenificar a viabilidade écnica e econômica das propriedades de ilpf, além de ransferir as ecnologias e a gesão financeira aplicada para os produores. Esabelecimeno de um procedimeno de colea e avaliação e informações econômicas de sisemas ilpf e com o objeivo de idenificar os resulados financeiros proporcionados por esses sisemas, formando, assim, um benchmark para que ouros produores do Esado possam esudar os resulados obidos. Sisemas inegrados de produção, siuados no Esado do Mao Grosso. Os resulados preliminares alcançados indicam que os sisemas inegrados apresenam grande poencial uma vez que, em algumas siuações, seus resulados econômicos por unidade de área (hecare) foram melhores do que os observados para as aividades exclusivas já consolidadas Silva e al. (2012) Wander e al. (2010) Avaliar a renabilidade do sisema de inegração lavourapecuária, em comparação ao culivo de cereais de inverno e de planas de coberura para o planio direo de soja e milho no verão Os dados obidos para o sisema de inegração lavoura-pecuária foram comparados aos de um sisema agrícola radicional, com os culivos de rigo e aveia-prea no inverno, e de soja e milho no verão. As pasagens foram conduzidas de forma inegrada à produção agrícola. Foi uilizado o fluxo de receias líquidas das aividades avaliadas e fluxo de caixas incremenais. Os resulados alcançados foram represenados pelo Lucro Líquido, Avaliar a viabilidade econômica Relação Benefício/Cuso e Margem e o risco da inegração lavourapasagem na óica do de Lucro. Foi realizada uma análise agriculor, que é proprieário da área e do pivô cenral de sensibilidade, variando os preços dos produos (receia) e dos insumos para avaliar a vulnerabilidade da viabilidade real enconrada. Os dados experimenais foram obidos de um rabalho publicado sobre sisemas de inegração lavoura-pecuária, conduzido em 100 hecares, na unidade de produção de novilhas da Cooperaiva Agropecuária Casrolanda, no município de Casro, no Paraná. Fazenda Capivara, da Embrapa Arroz e Feijão, em Sano Anônio de Goiás, Esado de Goiás. O período de acompanhameno considerado no esudo foi de 36 meses Quadro 2 Trabalhos analisados para a revisão da lieraura. Fones: Elaboração do auor. Os raamenos uilizados no sisema de ILP não aleraram o rendimeno de grãos de soja, mas a ILP aumenou o rendimeno de milho em comparação ao sisema convencional simulado A inegração lavoura-pasagem em áreas irrigadas, combinando pasagem durane o verão, com produção de grãos durane o inverno, foi economicamene viável.o lucro líquido por hecare foi maior em roações que incluíram apenas milho e feijão. Já a relação benefício/cuso e a margem de lucro foram melhores na combinação de pasagem durane o verão e feijão irrigado durane o inverno.o menor risco foi observado na combinação de braquiária no verão e feijão irrigado no inverno. A pesquisa de Bedoya e al. (2012, p. 6) pare de duas propriedades represenaivas, sendo uma no sisema de produção pecuária do ipo recria e engorda, na região de Nova Andradina/MS, e a segunda, com sisema de produção de cria, na região do Rio Verde/GO. De acordo com os auores, essas regiões

25 23 foram escolhidas, pois se raam de duas regiões que possibiliam a inrodução de lavoura e floresa no sisema de produção da propriedade represenaiva em análise, além de que, os esados de Goiás e Mao Grosso do Sul possuem, respecivamene, o erceiro e quaro maior rebanho bovino no erriório nacional. No esudo de Bedoya e al. (2012, p. 7), o sisema de produção pecuária de Nova Andradina foi comparado com ouros rês sisemas de produção, sendo: a inensificação da pecuária aual, o sisema de produção lavoura (soja e milho safrinha)-pecuária e, por fim, a combinação lavoura (soja e milho safrinha)-pecuáriafloresa. A propriedade de Rio Verde apresena, segundo Bedoya e al. (2012, p. 17), o mesmo sisema de produção de Nova Andradina, e foi comparado com os mesmos sisemas de produção. Os efeios dos invesimenos dos rês modelos de sisemas de produção proposos pelo esudo de Bedoya e al. (2012, p. 28) foram avaliados aravés da TIR, do VPL, do Payback. O Fluxo de caixa foi realizado para um período de 22 anos. Denre os resulados enconrados por Bedoya e al. (2012, p. 40), em-se que o sisema ilp foi o único que mosrou um resulado posiivo (ano em ermos de VPL como em ermos de TIR), sendo que a aividade que apresenou o pior resulado foi a aividade de inensificação de paso. Além do esudo realizado por Bedoya e al. (2012), o rabalho do Senar e al. (2014) ambém se propôs analisar economicamene o sisema ilpf. O projeo de Senar e al. (2014, p. 5 e 6) propôs o desenvolvimeno e o acompanhameno de unidades de referência ecnológica e econômica (URTE), com o objeivo de idenificar a viabilidade écnica e econômica das propriedades de ilpf do Esado do Mao Grosso, além de ransferir as ecnologias e a gesão financeira aplicada para os produores do Esado. Para jusificar o projeo, Senar e al. (2014, p. 6), diz que, apesar da lieraura aponar os diversos benefícios dos sisemas ilpf (ais como o aumeno da eficiência produiva, incremeno em conservação e qualidade do solo e o aumeno e a diversificação da renda para o produor), pouco se em pesquisado sobre os impacos econômicos dos sisemas ilpf. Assim, de acordo com Senar e al. (2014, p. 6), a lieraura apresena resulados fragmenados, focados apenas na análise de cuso de produção, sem er embasameno esaísico elaborado, ou apenas relaos práicos de resulados de fazendas comerciais, sendo que, segundo os auores,

26 24 somene se analisam as consequências e não se avaliam as causas dos resulados observados. A parir disso, o rabalho do Senar e al. (2014, p. 6) em como objeo de esudo os sisemas inegrados de produção, siuados no Esado do Mao Grosso, endo como foco o esabelecimeno de um procedimeno de colea e avaliação e informações econômicas de sisemas ilpf e com o objeivo de idenificar os resulados financeiros proporcionados por esses sisemas, formando, assim, um benchmark para que ouros produores do Esado possam esudar os resulados obidos. Para isso, o projeo do Senar e al. (2014, p. 7) se propõe a desenvolver uma meodologia de levanameno e processameno de dados a ser implemenado em algumas Unidades de Referência Tecnológica (URTs), incluindo a sisemaização dos dados econômicos, ransformando-as em URTEs. O projeo deve ser de longo prazo, de no mínimo 5 anos. Para o projeo do Senar e al. (2014, p. 7 e 16), um conjuno de nove propriedades foi escolhido para fazerem pare desse projeo, além de que, uma planilha elerônica 3 foi desenvolvida com o objeivo de padronizar e faciliar a colea e o cálculo do cuso de produção desses sisemas. Segundo o Senar e al. (2014, p. 107), os resulados preliminares alcançados indicam que os sisemas inegrados apresenam grande poencial uma vez que, em algumas siuações, seus resulados econômicos por unidade de área (hecare) foram melhores do que os observados para as aividades exclusivas já consolidadas. No enano, os auores deixam claro que esse projeo erá ouras fases, e que essa primeira fase apresenou como preocupação o esabelecimeno de uma roina de avaliação assim como a idenificação das informações necessárias para a avaliação econômica de sisemas inegrados. Além disso, o Senar e al. (2014, p. 107) diz que, devido a fala de informações disponíveis, vários aspecos relacionados à sinergia enre os componenes do sisema ainda não foram avaliados, sendo que esses aspecos ficarão para as próximas eapas. Além do esudo elaborado por Senar e al. (2014), foi enconrado o rabalho do Senar (2013, p. 5), que eve como objeivo avaliar a viabilidade econômica de seis ecnologias inseridas no Plano Nacional para uma Agriculura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), no bioma Cerrado. As ecnologias 3 A planilha Insrumeno de Avaliação Econômica ilpf" enconra-se no sie do IMEA (hp://

27 25 avaliadas foram: (i) Recuperação de pasagens degradadas; (ii) Inegração lavourapecuária-floresa; (iii) Sisema de planio direo; (iv) Fixação biológica de nirogênio; (v) Planio de floresas comerciais; e (vi) Traameno de dejeos animais. As projeções do rabalho do Senar (2013, p. 7) conemplaram um fluxo de caixa de 20 anos e para cada uma das ecnologias foi calculado o VPL, a TIR e o Payback. O esudo elaborado pelo Senar (2013), assim como será feio nessa disseração, considerou uma fazenda hipoéica, que esaria localizada no bioma Cerrado. O esudo do Senar (2013, p. 37 a 39) rouxe alguns resulados relevanes: Os projeos de Agriculura Convencional e de Pecuária Convencional mosraram-se economicamene inviáveis; A Floresa Convencional apresenou araivamene econômica, sendo o segundo maior VPL denre odas as projeções; Denre odas as projeções, as floresas soleiras (Floresa Convencional e Floresa Culivo Mínimo) são as que apresenam melhor empo de reorno (7 anos); Os ilps em 3 áreas apresenaram VPLs negaivos e TIR abaixo da Taxa Mínima de Araividade (TMA); Os ilps 4 áreas demonsraram viabilidade econômica, com TIR maior que a TMA e VPL posiivos; Os ilpfs apresenaram viabilidade econômica, com empo de reorno de 10 anos. A viabilidade observada nesses projeos, segundo os auores, deve-se, principalmene, à ala renabilidade do componene floresal. O rabalho de Marha Júnior, Alves e Conini (2011, p. 1117), por sua vez, em como objeivo explorar a perspeciva econômica do sisema de inegração lavoura-pecuária, sendo que o modelo proposo é baseado no cuso de produção. Dessa forma, o modelo pare de duas aividades (A e B), sendo a perguna relevane que se quer responder é a seguine: qual o desempenho econômico que a aividade B em de er para compeir com a aividade A? Os resulados do modelo desenvolvido por Marha Júnior, Alves e Conini (2011, p. 1121) foram apresenados pela Receia Líquida e Taxas de Reorno do empreendedor. Os auores Marha Júnior, Alves e Conini (2011, p. 1123) concluíram que, aravés dos cenários esados, os sisema ilp compee com

28 26 sisemas especializados de pecuária, mas não apresenam axas de reorno compeiivas em comparação a sisemas especializados de soja. Além disso, Marha Júnior, Alves e Conini (2011, p. 1123) concluem que os reornos econômicos dos sisemas de inegração dependem da elevada produividade das lavouras e da pecuária. Além disso, Marha Júnior, Alves e Conini (2011, p. 1124) evidenciam que a ala demanda por capial, devido, principalmene à necessidade de aquisição de animais, explica as menores axas de reorno do ilp e, segundo os auores, essa caracerísica dos sisemas ilp é visa como uma das principais resrições para a ampla adoção desses sisemas misos. Já o objeivo do rabalho de Muniz e al. (2007, p. 2) foi o de desenvolver um modelo baseado na meodologia Sysem Dynamics para análise econômica do sisema ilp, desenvolvido pela Embrapa em Sano Anônio de Goiás (GO), uilizando o Sisema Sana Fé como écnica de implanação de pasagens. Segundo Muniz e al. (2007, p. 7), o modelo desenvolvido no rabalho foi baseado em dados do Projeo Inegração Lavoura e Pecuária, oriundo da roação de culuras anuais e pecuária em uma área de 90 hecares da Fazenda Capivara (Embrapa Arroz e Feijão), localizada no município de Sano Anônio de Goiás, GO. Assim, de acordo os auores, foi uilizada a écnica Sisema Sana Fé para esabelecimeno de pasagem consorciada com a culura do milho logo após a sucessiva roação de 2,5 anos com lavoura, sendo essa área uilizada nos 3,5 anos seguines com pasagem. Os indicadores de resulados calculados por Muniz e al. (2007, p. 4) foram o VPL, a TIR e a Relação Benefício-Cuso (RBC). De acordo com Muniz e al. (2007, p.18), odos os cenários considerados na avaliação do sisema ilp foram considerados economicamene viáveis, demonsrando que essa écnica, de acordo com os auores, é uma opção viável para os invesidores do agronegócio do Cerrado. O esudo de Coimbra, Perina e Fauso (2015, p. 66), por sua vez, eve como objeivo avaliar a conversão do sisema essencialmene agrícola para o sisema ilp em uma propriedade rural localizada em Goioerê, no Esado do Paraná. Para isso, os auores compararam dois cenários disinos: agriculura com uso de recursos próprios e sisema inegrado com uso do financiameno do Plano ABC.

29 27 Para o esudo de Coimbra, Perina e Fauso (2015, p. 68), foi uilizado o méodo do Fluxo de Caixa, para um período de 12 anos. Além disso, Coimbra, Perina e Fauso (2015, p. 68) elaboraram um plano de uso do solo de forma a planejar as roações de culuras e pasagens denro da fazenda para organizar a disribuição e implanação das aividades na propriedade. Assim, a parir da organização do uso do solo, foi planejada a roação das culuras para quaro anos, de maneira que, no quino ano, vole a er a roação do primeiro ano, reiniciando o esquema proposo. Os indicadores de verificação da viabilidade econômica no esudo de Coimbra, Perina e Fauso (2015, p. 68) foram o Valor Presene Líquido (VPL) e a Taxa Inerna de Reorno (TIR). Para er uma base de comparação, Coimbra, Perina e Fauso (2015, p.73), buscaram avaliar economicamene, em um primeiro momeno, o sisema de produção agrícola anerior à insalação do projeo ilp. A parir disso, os auores enconraram que a agriculura convencional alcançaria uma TIR de 9,5%, sendo que os auores concluíram que a agriculura se mosrou economicamene viável. Em relação à implemenação do sisema ilp, Coimbra, Perina e Fauso (2015, p.77) enconraram uma TIR de 12,2%, porano, superior à TIR obida pela agriculura convencional. A conclusão dos auores é que o sisema ilp é economicamene viável, sendo que os reornos econômicos são superiores às axas aplicadas aos invesimenos mais conservadores do mercado financeiro, ais como a cadernea de poupança, bem como é superior à TIR obida pelo sisema agrícola convencional. O objeivo do rabalho de Magnabosco e al. (2009, p. 9) foi o de analisar a viabilidade econômico-financeira do sisema ilp, uilizando o sisema Sana Fé como écnica de implanação de pasagens. O Sisema Sana Fé, de acordo com os auores, consise em produzir culuras anuais consorciadas com planas forrageiras, de forma a minimizar a compeição precoce dessas, eviando a redução do rendimeno das culuras anuais e proporcionando uma produção forrageira de ala qualidade para enressafra. O esudo de Magnabosco e al. (2009, p. 9) desenvolve um modelo baseado na meodologia Sysem Dynamics para a análise econômica e o risco do projeo inegração lavoura-pecuária, levando em cona a aleaoriedade das variáveis de maior volailidade.

30 28 O modelo desenvolvido por Magnabosco e al. (2009, p. 9) foi baseado em dados do projeo inegração lavoura e pecuária, oriundo da roação de culuras anuais e pecuária em uma área de 90 hecares da Embrapa Arroz e Feijão (Fazenda Capivara), localizada no município Sano Anônio de Goiás, GO. Além disso, o modelo foi elaborado no horizone de planejameno de dias, de acordo com o diagrama de Gan. Os indicadores econômicos uilizados por Magnabosco e al. (2009, p. 15) foram o VPL e relação benefício cuso (RBC), que foram obidos por meio do Demonsraivo de Resulado do Exercício (DRE). Além disso, foi ambém calculada a TIR. De acordo com os auores, as análises esocásicas da viabilidade econômica foram obidas após serem geradas uma amosragem, para cada cenário avaliado, de 500 valores (VPLs), uilizando a função Mone Carlo. De acordo com Magnabosco e al. (2009, p. 31), o sisema ilp, considerando os cenários analisados, é economicamene viável, com VPL, RBC e TIR favoráveis, além disso, de acordo com os auores, o sisema ilp apresena baixos níveis de risco para os invesidores do agronegócio na região do Cerrado. Já o esudo de Silva e al. (2012, p. 746) eve como objeivo avaliar a renabilidade do sisema ilp, em comparação ao culivo de cereais de inverno e de planas de coberura para o planio direo de soja e milho no verão. Os dados experimenais uilizados nesse esudo foram obidos de um rabalho publicado sobre sisemas de inegração lavoura-pecuária, conduzido em 17 hecares, na unidade de produção de novilhas da Cooperaiva Agropecuária Casrolanda, no município de Casro, no Esado do Paraná. Os dados são dos anos agrícolas 2008/2009 e 2009/2010 (SILVA e al, 2012, p. 746). De acordo com os auores, no sisema ilp, foram avaliados quaro raamenos, que consisiram de combinações de pasagens puras ou diversificadas e caegorias de animais leves ou pesados, com pasejo no inverno e com produção de grãos de milho e soja no verão (SILVA e al, 2012, p. 746). Assim, os dados obidos para o sisema ilp foram comparados aos de um sisema agrícola radicional, com os culivos de rigo e aveia-prea no inverno, e de soja e milho no verão. As pasagens foram conduzidas de forma inegrada à produção agrícola. Para o cálculo da viabilidade econômica a longo prazo, Silva e al. (2012, p. 748) uilizou o

31 29 fluxo de receias líquidas das aividades avaliadas com a deerminação do VPL e da TIR. Além disso, a análise de viabilidade de implemenação do sisema ilp foi realizada por meio da elaboração de fluxos de caixa incremenais, ou seja, fluxos de caixa referenes ao projeo, que foram obidos pela diferença enre os saldos dos fluxos de caixa dos sisemas proposos (ilp) e o saldo do fluxo de caixa do empreendimeno sem o projeo (sisema agrícola) (SILVA e al, 2012, p. 748). De acordo com Silva e al. (2012, p. 752), os raamenos composos por pasagens diversificadas submeidas ao pasejo por animais pesados e por pasagens puras submeidas ao pasejo por animais pesados do sisema ilp apresenaram os melhores resulados econômicos. Por ouro lado, de acordo com os auores, o sisema ilp com a recria de novilhas leieiras em pasagens anuais de inverno, em subsiuição ao culivo de cereais de inverno e culuras de coberura de solo, é a alernaiva mais renável aos produores. O objeivo do esudo de Wander e al. (2010, p. 35) é avaliar a viabilidade econômica e o risco do sisema ilp em áreas irrigadas no Esado de Goiás na óica do agriculor, que é proprieário da área e do pivô cenral. De acordo com os auores, o esudo se jusifica porque, na região esudada, o aluguel de paso é uma práica comum adoada por muios agriculores, pela dificuldade em maner animais próprios em sisema de roação compleo (em geral, 2 a 4 anos). De acordo com Wander e al. (2010, p. 35), o rabalho foi conduzido na Fazenda Capivara, da Embrapa Arroz e Feijão, em Sano Anônio de Goiás, Esado de Goiás. Segundo os auores, o período de acompanhameno considerado no esudo foi de 36 meses. Além disso, de acordo com Wander e al. (2010, p. 36), um pivô cenral foi dividido em quaro quadranes de 6 hecares cada um: a) quadrane 1: pasagem o ano odo, sem uso de irrigação; b) quadrane 2: branquiária no verão e feijão irrigado no inverno; c) quadrane 3: milho em consórcio com branquiária (sisema sana fé) no verão e feijão irrigado no inverno; e d) quadrane 4: milho no verão e feijão irrigado no inverno. Os resulados alcançados por Wander e al. (2010, p. 37) foram represenados pelo Lucro Líquido, Relação Benefício/Cuso e Margem de Lucro. Além disso, para a análise de risco do esudo de Wander e al. (2010, p. 36), foi

32 30 realizada uma análise de sensibilidade, variando os preços dos produos (receia) e dos insumos para avaliar a vulnerabilidade da viabilidade real enconrada. De acordo com Wander e al. (2010, p. 39), o sisema ilp em áreas irrigadas, combinando pasagem durane o verão, com produção de grãos durane o inverno foi economicamene viável. Além disso, de acordo com os auores, o lucro líquido por hecare foi maior em roações que incluíram apenas milho e feijão, já a relação cuso-benefício e a margem de lucro foram melhores na combinação de pasagem durane o verão e feijão irrigado durane o inverno. Por fim, o menor risco, de acordo com os auores, foi observado na combinação de braquiária no verão e feijão irrigado no inverno. O esudo realizado pela GVces (2016, p. 7) em como objeivo apresenar uma análise econômica de cuso-benefício e de ganhos ambienais decorrenes da implemenação do Plano ABC no Brasil aé Para isso, os auores selecionaram as ecnologias de recuperação de pasagens degradadas e de implanação de sisemas inegrados de produção (pecuária-floresa). Segundo GVces (2016, p. 7), nas análises econômicas realizadas foram considerados os cusos para alcançar as meas esabelecidas pelo Plano ABC e os benefícios econômicos associados ao esforço para aingimeno dessas meas. De acordo com a GVces (2016, p. 8), a pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica, que levanou dados sobre cusos de implemenação das écnicas; enrevisas com especialisas e organizações do Brasil dos seores agropecuários e de silviculura; reflexões com membros dos Grupos de Trabalho; e reflexões inernas das equipe GVces. Para o escopo do esudo realizado pelo GVces (2016, p. 12), considerou a relação cuso-benefício da recuperação de 30 milhões de hecares de pasagens degradadas e da implanação de 9 milhões de hecares em sisemas inegrados de produção, além de que, o esudo busca er uma abrangência nacional, ressalando que a disribuição espacial das pasagens a serem recuperadas e implanadas e os sisemas inegrados concenram-se no bioma Cerrado. O esudo realizado pelo GVces (2016, p. 16) evidencia que para que o produor decida enre adoar ou não as écnicas de recuperação de pasagens e de sisemas de inegração (pecuária-floresa), é necessário quanificar e analisar os cusos e os benefícios que serão auferidos. Assim, de acordo com os auores, se

33 31 essas ecnologias não forem economicamene viáveis para o produor rural, as meas brasileiras assumidas pelo Plano ABC, provavelmene, não serão aingidas. Para realizar essa análise de cusos e benefícios, a GVces (2016, p. 23) pariu, primeiramene, de uma lógica privada de implanação das ecnologias, consruindo um fluxo de caixa projeado para o período de 2015 a 2030, que considera as saídas de recursos do produor rural, relacionadas ao financiameno da implanação dos projeos de recuperação de pasagens e de sisemas de inegração, e as receia associadas ao incremeno de produividade dado por essas écnicas ao longo do período. Assim, a GVces (2016, p. 19) além de calcular o VPL dos fluxos de caixa, ambém realizou a simulação de Mone Carlo. Por um lado, para a aividade de recuperação de pasagens, GVces (2016, p.27) concluiu que, com uma probabilidade de 95%, o valor presene dos fluxos de caixa projeados seja negaivo, enre R$ 28,59 bilhões e R$ 15,75 bilhões. Ou seja, de acordo com os auores, e de acordo com as premissas adoadas, a aividade não é economicamene viável para o produor rural. Por ouro lado, o esudo do GVces (2016, p. 27), ao considerar a aividade de sisemas inegrados (pecuária-floresa), concluiu que o valor presene dos fluxos de caixa projeados apona para uma probabilidade de 95% de que o valor presene eseja na faixa enre R$ 150 milhões negaivos e R$ 4 bilhões posiivos. Além disso, a esimaiva resulou que com 95% de probabilidade a TIR esaria enre 10% e 13%. No enano, os auores afirmam que esses resulados, apesar de serem posiivos (chance de er VPL posiivo e a TIR esar acima de 10%), eles são alamene dependenes das premissas assumidas, sendo que, se as premissas mudarem, os resulados ambém mudam. O esudo elaborado pelo IIS (2015, p.4) não avaliou economicamene nenhum dos sisemas de inegração exisenes, mas avaliou economicamene a aividade inensiva em pecuária. Assim, o rabalho elaborado pelo IIS (2015, p. 4) eve como objeivo avaliar o impaco da inensificação da pecuária do pono de visa financeiro, mensurando seus riscos e o papel do crédio para a alavancagem das boas práicas, enre ouras implicações advindas da inensificação da pecuária. Para isso, IIS (2015, p. 11) desenvolveu um modelo bioeconômico para realizar uma análise onde se reconheça a relação enre a uilização dos recursos naurais, invesimenos e resulados econômicos. O modelo desenvolvido é aplicado

34 32 ao ciclo compleo (cria, recria, engorda) da aividade e, segundo os auores, pode ser uilizado em diferenes escalas e modelos ecnológicos, considerando os resulados ao longo de um período emporal previamene esabelecido. De acordo com os auores, esse modelo consise em uma análise de fluxo de caixa de um sisema produivo de pecuária, quanificando e comparando o impaco de diferenes invesimenos adoados, em função das variações no amanho, composição do rebanho e capacidade de supore de pasagens. O desempenho financeiro obido pelo modelo bieconômico são apresenados pela TIR, pelo VPL oal e pelo VPL relaivo (VPL/hecare). Os auores argumenam que o VPL relaivo é imporane, pois, em ese, deve apresenar valor próximo ao preço da erra, indicando assim o nivelameno com o cuso de oporunidade, além de que, permie comparar os resulados da pecuária com ouros usos do solo. O modelo desenvolvido por IIS (2015, p. 11) foi paramerizado a parir de dados coleados em campo de oio produores da microrregião de Ala Floresa, no Mao Grosso. O modelo esá esruurado em rês módulos que ineragem enre si, dois módulos referenes à esruura biológica do modelo (rebanho e uso da erra) e um módulo econômico-financeiro (invesimenos, cusos operacionais e financeiros de manuenção). Além disso, os auores realizaram um levanameno bibliográfico sobre os Sisemas de Inegração, como inegração Lavoura-Pecuária (ilp) e Lavouro- Pecuária-Floresa (ilpf), buscando informações sobre os impacos posiivos e negaivos (IIS, 2015, p. 17). De acordo com a revisão bibliográfica realizada por IIS (2015, p. 32), sisemas de inegração geram benefícios agronômicos que esão direamene ligados com ganhos econômicos, principalmene à redução de cusos e aumeno de produividade das aividades pecuárias, diversificação dos arranjos produivos e renda, aumeno da compeiividade, miigação da vulnerabilidade de produos únicos em meio à volailidade do mercado, enre ouros. De acordo com IIS (2015, p. 32), enre os principais benefícios econômicos esão o menor cuso de produção, o aumeno da liquidez e o menor risco sobre a receia. Assim, a primeira e mais evidene melhora nos indicadores econômicos advém da maior liquidez, devido à diversificação da produção, o que resula em menor risco sobre a receia oal, pois a lucraividade não depende das fluuações de preço de apenas um produo. Além disso, segundo os auores, a

35 33 inegração agronômica das diferenes aividades gera menor demanda por uso de insumos como ferilizanes e cuso com correção do solo. O menor cuso por unidade produzida permie maior margem de ganho sobre os preços, novamene diminuindo o risco de fluuações no mercado. No enano, de acordo com IIS (2015, p. 33), o sisema de inegração em riscos e obsáculos para a sua implemenação. Os riscos e obsáculos esão associados ao mercado, a aspecos de infraesruura, a baixa capaciação e presença de mão de obra e assisência écnica e aos alos cusos de invesimeno inicial. Além disso, de acordo com os auores, é difícil a implemenação de sisemas inegrados em locais com fazendas muio produivas, devido ao alo cuso de oporunidade nesses locais. Além do modelo e da revisão bibliográfica, foram levanados indicadores econômicos que, segundo IIS (2015, p. 17) podem ser usados para avaliar os projeos já exisenes ou em desenvolvimeno. Por fim, os auores consruíram uma análise com as barreiras e oporunidades inernas e exernas ao sisema. Porano, o que se pode concluir com a revisão da bibliografia realizada nessa seção é que, na maioria dos rabalhos analisados, os sisemas de inegração, nos quais os componenes de lavoura e pecuária esão presenes (sisema ilp) demonsram-se ser economicamene viáveis. É imporane ressalar que, apesar do volume expressivo de rabalhos que inham como objeivo responder a quesão da viabilidade econômica dos sisemas de inegração, poucos apresenaram de forma dealhada odas as premissas e os cálculos realizados para gerar os indicadores de viabilidade. Da lieraura revisada, o rabalho do Senar (2013) foi o que melhor apresenou essas informações, sendo, porano, esse o rabalho escolhido para servir de base na consrução dessa disseração. Por fim, após a realização da revisão bibliográfica, que buscou idenificar os principais rabalhos que iveram como objeivo a análise de viabilidade econômica dos sisemas de inegração, a próxima seção procura explicar resumidamene como uma análise de viabilidade econômica pode ser realizada.

36 34 4. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA 4.1. O que é uma analise de viabilidade econômica? A parir da revisão bibliográfica realizada aneriormene, nessa seção busca-se definir uma meodologia para que a análise de viabilidade econômica do sisema ilp, a ser implemenado em uma fazenda hipoéica no bioma Cerrado, seja realizada. Assim, nessa seção, será discuida uma das formas de calcular o reorno econômico de um projeo, bem como idenificar alguns dos principais indicadores de viabilidade econômica, que são: Valor Presene Líquido (VPL), Taxa Inerna de Reorno (TIR) e Taxa Inerna de Reorno Modificada (TIR-M). Anes de prosseguir, é imporane ressalar que a necessidade de realizar uma análise de viabilidade econômica de um projeo, decorre da necessidade da realização de invesimeno. Segundo Oliveira (2008, p. 14), invesimeno pode ser definido como o ao de incorrer em gasos imediaos na expecaiva de ober benefícios fuuros. Assim, de acordo com o auor, são esses benefícios que promovem ganhos de capial para a empresa, propiciando crescimeno, novas alernaivas ou, em alguns casos, sua sobrevivência. No enano, de acordo com Oliveira (2008, p. 14), como o capial é um recurso escasso, a seleção do invesimeno correo é quesão fundamenal para os gesores. De acordo com Macedo, Lunga e Almeida (2007, p. 2), as pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, devem decidir onde invesir sua renda, levando em consideração o risco e o reorno esperado de cada alernaiva de invesimeno disponível. De acordo com os auores, o risco pode ser definido como a variabilidade de reornos associada a um deerminado aivo. Além disso, para Macedo, Lunga e Almeida (2007, p. 2), o invesidor que decide empregar seus recursos financeiros na aividade produiva deverá fazer uma análise, a fim de verificar a viabilidade de seu invesimeno. A análise de viabilidade econômica (ou cuso-benefício), segundo Mishan e Quah (2007, p. 2), é o processo sisemáico de comparação de benefícios e cusos para avaliar a conveniência de um projeo. No mesmo senido, Campbell e Brown (2003, p. 1) definem a análise de cuso-benefício como um processo de idenificar, mensurar e comparar os benefícios e os cusos de um projeo.

37 35 A análise de viabilidade econômica deve ser realizada para qualquer ipo de projeo, conforme mosram Campbell e Brown (2003, p. 1): The projec or projecs in quesion may be public projecs underaken by he public secor or privae projecs. Boh ypes of projecs need o be appraised o deermine wheher hey represen an efficien use of resources. Vale ressalar que, em um projeo de caráer privado, os cusos e benefícios que ineressam são exclusivamene aqueles auferidos pelos invesidores do projeo (seja uma empresa privada, uma insiuição pública ou aé mesmo uma fazenda), iso é, os cusos e receias privados. Dessa forma, o projeo pode aé er impacos indireos, conhecidos como exernalidades, mas esses impacos não serão conabilizados na análise privada. A análise de viabilidade econômica é de suma imporância para qualquer projeo. Isso porque, mesmo que um projeo raga benefícios financeiros para o invesidor, pode ocorrer que o seu cuso de implemenação seja ão elevado, ornando-o economicamene inviável. Ou seja, o projeo pode aé funcionar, aingindo seus objeivos, no enano, não compensa, já que seus cusos superam suas receias. Assim, se um projeo não é economicamene viável, os agenes ficam em uma melhor siuação sem a sua implemenação, em comparação com a execução do mesmo. A parir disso, de acordo com Macedo, Lunga e Almeida (2007, p. 2), um dos modelos de análise econômico-financeira mais imporanes e mais uilizados para avaliar ações de invesimeno, em ermos financeiros, é o Modelo de Fluxo de Caixa Desconado (FCD). Segundo os auores, esse modelo represena a análise, a valor presene, dos fluxos de caixa fuuros líquidos gerados. No mesmo senido, de acordo com Pesana (2014, p. 34), o FCD em como objeivo explicar a forma de como é gerado e uilizado o dinheiro, demonsrando os fluxos de recebimenos e de pagamenos de deerminada enidade no seu exercício econômico. Segundo Damodaran (2007, p. 6), o modelo FCD pare do pressuposo de que o valor de uma empresa é deerminado pelo valor presene dos seus fluxos de caixa projeados, desconados por uma axa que reflia o risco relacionado ao negócio.

38 36 Segundo Borsao Junior, Correia e Gimenes (2015, p. 93), essa meodologia possui vasa aceiação pelo mercado e é amplamene uilizada por bancos de invesimeno, por consulorias e empresários, quando querem calcular o valor de uma organização, ano para fins inernos quano para fins exernos. De acordo com Damodaran (2007, p. 54), os fluxos de caixa são fundamenais às avaliações de fluxo de caixa desconado, além disso, segundo o auor, para esimá-los, geralmene, inicia-se pela mensuração do lucro. No mesmo senido, de acordo com Rodrigues e Rozenfeld (2014, p. 3), o primeiro passo para a avaliação econômica é a monagem do fluxo de caixa, ou seja, a definição do fluxo de enradas e saídas durane o ciclo de vida planejado Logo, para a consrução do FCD, primeiramene, é necessário calcular o lucro gerado pelo invesimeno em quesão, para cada ano do projeo, ou seja, calcular o Fluxo de Caixa Operacional Líquido. Segundo Cosa (2011, p. 118), a elaboração de um fluxo de caixa pode ser feia de várias maneiras, pois cada pessoa ou empresa pode realizar o conrole dos recebimenos e pagamenos de caixa conforme sues próprios enendimenos. A parir disso, o Fluxo de Caixa Operacional Líquido pode ser consruído, de acordo com a meodologia apresenada pelo Senar (2013, p. 185) 4, conforme a Quadro 3: 4 O rabalho do Senar (2013, p. 185) não diz expliciamene como é consruído o FCD. Essa meodologia foi deduzida a parir dos cálculos realizados pelo Senar (2013).

39 37 Receia Operacional Brua (-) Cuso de Produção (=) Margem de Conribuição (-) Despesas Operacionais (-) Juros (=) Lucro Bruo (-) Imposo sobre as Receias Operacionais (-) Imposo sobre o Lucro Bruo (=) Lucro Líquido (+) Depreciações (-) Reinvesimenos (=) Fluxo de Caixa Operacional (-) Amorização do Financiameno (=) Fluxo de Caixa Operacional Líquido (FCOL) (-) Depreciações (-) Invesimenos (=) Resulado Econômico Quadro 3 - Esquema para a consrução do Fluxo de Caixa Desconado Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 140 a 152). Onde: a) Receia Operacional Brua: é a receia gerada da venda de bens e/ou serviços presados pela empresa, provenienes das operações-fim para as quais foi consiuída, de acordo com Limeira e al. (2008, p. 44). Segundo Maarazzo (2010, p. 48), a Receia Operacional Brua da empresa é consiuída pelo valor bruo do faurameno. Na medida em que, de acordo com o mesmo auor, o faurameno represena o ingresso bruo de recursos exernos provenienes das operações (normais de venda a prazo ou a visa, no mercado nacional e exerior, de produos, mercadorias ou serviços).

40 38 b) Cusos de Produção: para Maarazzo (2010, p. 50), é dado pela soma de maeriais consumidos, mão de obra direa e cusos indireos de fabricação do produo, onde: a. Maeriais consumidos: segundo Maarazzo (2010, p. 50), corresponde ao cuso dos maeriais uilizados na produção durane o período; b. Mão de obra direa: compreende, de acordo com Maarazzo (2010, p. 50), a remuneração paga aos empregados, cujo rabalho é direamene proporcional à produção física, além disso, são incluídos, ambém, os adicionais de salários como hora-exras e prêmios de produção, assim como os encargos sociais; e c. Cusos indireos de fabricação: segundo Maarazzo (2010, p. 50), represenam odos os cusos necessários à produção, mas que não são direamene vinculados ao produo nem variam proporcionalmene à produção. c) Margem de Conribuição: é definida por Carneiro (2009, p. 36), como a diferença enre a receia de venda e os cusos e despesas variáveis alocados na produção dos produos vendidos. Ou seja, é a diferença enre Receia Operacional Brua e os Cusos de Produção. d) Despesas Operacionais 5 : de acordo com Maarazzo (2010, p. 52), as despesas operacionais correspondem às despesas necessárias para a empresa funcionar, ou seja, vender, adminisrar e financiar suas aividades. e) Juros: para Maarazzo (2010, p. 53), são os juros pagos em emprésimos, financiamenos, descono de íulos, ec. Essa cona é pare inegrane das Despesas Financeiras. f) Lucro Bruo: é dado pela Margem de Conribuição menos as Despesas Operacionais e os Juros. 5 Segundo Maarazzo (2010, p. 52), as despesas operacionais são diferenes das despesas de produção. De acordo com o auor, as despesas de produção são aquelas necessárias para ransformar a maéria-prima em produo acabado.

41 39 g) Imposos sobre as Receias Operacionais: de acordo com Maarazzo (2010, p. 49), os imposos que incidem sobre as vendas são: Imposo sobre Produos Indusrializados (IPI), Imposo sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposo sobre Serviços (ISS). a. IPI: segundo Maarazzo (2010, p. 49), ese é um imposo cobrado pela União sobre os produos que sofrem indusrialização definida como operação que lhes modifique a naureza, o funcionameno ou o seu acabameno. Ainda de acordo com Maarazzo (2010, p. 49), para fins de apresenação a empresa mosra o valor das vendas bruas já deduzido do IPI incidene sobre as vendas, no enano, algumas empresas incluem o IPI enre os imposos incidenes sobre vendas. b. ICMS: segundo Maarazzo (2010, p. 49), é um imposo incidene sobre o valor agregado em cada circulação de mercadoria. c. ISS: é um imposo cobrado pelos municípios, incidenes sobre serviços presados, de acordo com Maarazzo (2010, p. 49). h) Imposo sobre o Lucro Bruo (ou Imposo de Renda): de acordo com Maarazzo (2010, p. 54), após a apuração do lucro, uma pare será desacada para pagameno do imposo de renda, no enano, essa quania será apenas uma provisão, podendo er alguma diferença em relação ao imposo de renda a ser efeivamene declarado. i) Lucro Líquido: é a diferença enre o lucro bruo e os imposos sobre receias e sobre o lucro bruo. j) Depreciações: segundo Machado e Paparazzo (2013, p. 5), o ermo depreciação, de uma forma geral, remee ao reconhecimeno da perda ou diminuição da capacidade de geração de caixa dos bens, sendo esse ocorrido com bens angíveis. De acordo com Brealey, Myers e Allen (2013, p. 126), a depreciação é uma

42 40 despesa não desembolsável, e só é imporane porque reduz o resulado ribuável. k) Reinvesimenos: é a necessidade de refazer alguns dos invesimenos realizados aneriormene. De acordo com Damodaran (2007, p. 68), o fluxo de caixa da empresa é calculado após o reinvesimeno. l) Fluxo de Caixa Operacional: é dado pelo lucro líquido somado às despesas com depreciação, menos os reinvesimenos. m) Amorização do Financiameno: de acordo com Samanez (2002, p. 207), é um processo financeiro pelo qual uma dívida ou obrigação é paga progressivamene por meio de parcelas, de modo que, ao érmino do prazo esipulado, o débio seja liquidado. Ainda segundo Samanez (2002, p. 207), a amorização é a devolução do principal empresado. Muias vezes, a dívida ou obrigação adquirida pode er um período de carência 6 para ser amorizado. n) Fluxo de Caixa Operacional Líquido (ou FCOL): é dado pela diferença enre o fluxo de caixa operacional e a amorização do financiameno. o) Invesimenos: é o compromeimeno aual do dinheiro ou de ouros recursos na expecaiva de colher benefícios fuuros, segundo Bodie, Kane e Marcus (2003, p. 3). p) Resulado Econômico: é dado pela diferença enre o FCOL, as depreciações e os invesimenos. Após o cálculo do resulado econômico de cada ano, é preciso calcular o FCD. Para calcular o FCD, odos os valores do resulado econômico (para cada um dos anos considerados na projeção) são razidos a valor presene por uma axa de descono ineremporal. Os conceios de valor presene e axa de descono ineremporal serão apresenados a seguir. De acordo com Peixoo e al. (2012, p. 151), é preciso que o efeio do empo seja considerado na análise econômica do projeo. Para isso, segundo os auores, para monar o fluxo de caixa é necessário uilizar a axa de descono 6 Para Samanez (2002, p. 207), o ermo carência designa o período que vai desde a daa de concessão do emprésimo aé a daa em que será paga a primeira presação. Além disso, de acordo com o auor, esse período, geralmene, é negociado enre o credor e o muuário.

43 41 ineremporal para deduzir do monane o fao de que o valor só será recebido no fuuro. Assim, para Peixoo e al. (2012, p. 151), a axa de descono ineremporal indica quano o indivíduo valoriza o consumo presene em relação ao fuuro, ou seja, de acordo com os auores, a axa de descono ineremporal é o percenual pelo qual o indivíduo esá disposo a deixar de consumir no presene para só fazê-lo no fuuro. De acordo com Peixoo e al. (2012, p. 151), a escolha da axa de descono ineremporal é uma decisão discricionária, no enano, de acordo com os auores, geralmene, a axa de juros é considerada como a axa de descono ineremporal. Ainda segundo Peixoo e al. (2012, p. 152), a inuição para essa escolha é que a axa de juros seria a recompensa financeira por deixar de consumir hoje, para consumir amanhã, assim, para os auores, essa axa pode ser inerpreada como a axa sobre quano os indivíduos valorizam o presene em relação ao fuuro. Assim, conforme Peixoo e al. (2012, p. 152), quano mais elevada for a axa de descono ineremporal, mais é valorizado o consumo presene. Em conraparida, quano menor essa axa for, o consumo presene é menos valorizado em relação ao fuuro. Ainda de acordo com Peixoo e al. (2012, p. 152), não é necessário igualar a axa de descono ineremporal à axa de juros, sendo que, muias vezes, os avaliadores adoam axa de descono ineremporal menores que a axa de juros correne. Para Peixoo e al. (2012, p. 152), isso ocorre, pois, como a maioria dos projeos em impacos de longo prazo, os avaliadores uilizam uma axa de juros de longo prazo, que é, em geral, menor que a axa de juros correne. Para Damodaran (2007, p. 19), as axas de descono devem refleir o grau de risco dos fluxos de caixa. Segundo o mesmo auor, o risco refere-se à probabilidade de se ober um reorno de invesimeno que seja diferene do previso. Dessa forma, de acordo com Damodaran (2007, p. 19), o risco inclui não só os maus resulados (aqueles inferiores ao previso), mas ambém os bons resulados (aqueles superiores ao previso). Assim, segundo Peixoo e al. (2012, p. 151), para efeuar o descono ineremporal é aplicado os conceios de Valor Presene (VP) e Valor Fuuro (VF). O VP, de acordo com Peixoo e al. (2012, p. 151), é quano deerminado monane de

44 42 dinheiro a ser recebido no fuuro vale no empo inicial do invesimeno. Em conraparida, o VF, de acordo com Peixoo e al. (2012, p. 151), é quano deerminado monane de dinheiro recebido no fuuro valerá em momenos poseriores. Assim, de acordo com Peixoo e al. (2012, p. 151), a os conceios de VP e VP são relacionados aravés da Equação 1: VF VP n ( 1 i) (1) Onde: n é o número do período; e i é a axa de descono ineremporal. A parir dos conceios de FCD, VP, VF e axa de descono ineremporal, orna-se possível calcular o reorno econômico (ou viabilidade econômica) de um projeo. Para calcular o reorno econômico de um projeo há diversas medidas, sendo que odas elas evidenciam uma relação enre o cuso e receias, diferindo apenas em como esses indicadores são consruídos. Denre os mais imporanes indicadores de reorno econômico, esão: Valor Presene Líquido (VPL); Taxa Inerna de Reorno (TIR); e Taxa Inerna de Reorno Modificada (TIR-M). Para um projeo ser considerado economicamene viável são uilizadas as seguines regra de decisão para o VPL: a) se VPL > 0: projeo economicamene viável; b) se VPL < 0: projeo não é economicamene viável; e c) se VPL = 0: projeo apresena reorno neuro. Para um projeo ser considerado economicamene viável são uilizadas as seguines regras de decisão para a TIR e para a TIR-M: a) se TIR (ou TIR-M) > Taxa Mínima de Araividade (TMA 7 ): projeo economicamene viável; 7 A TMA, de acordo com Peixoo e al. (2012, p. 157), é a axa de juros mínima que um invesidor preende ober com o seu invesimeno. Assim, a TMA é a axa que o invesidor esperaria ober com uma aplicação alernaiva dos seus recursos que não fosse o projeo em quesão, sendo a

45 43 b) se TIR (ou TIR-M) < TMA: projeo não é economicamene viável; e c) se TIR (ou TIR-M) = TMA: projeo apresena reorno neuro. As definições desses indicadores de viabilidade econômica, bem como as fórmulas para o cálculo, enconram-se expliciadas no Apêndice A. Por fim, é imporane ressalar que esses indicadores serão calculados nessa disseração para avaliar a viabilidade econômica do sisema ilp em uma fazenda hipoéica no bioma Cerrado Análise de Sensibilidade O úlimo passo de uma análise de viabilidade econômica, após os cálculos dos indicadores de viabilidade econômica, é analisar como os resulados se aleram quando as amosras e os parâmeros são alerados. Segundo Peixoo e al. (2012, p. 160), como a análise é baseada em méodos esaísicos, que esão sujeios a erros, e em parâmeros escolhidos às vezes de forma discricionária, faz-se necessário esar se os resulados enconrados sofreriam aleração caso a amosra e os parâmeros fossem diferenes. No mesmo senido, Oliveira (2008, p. 15) evidencia que a análise de invesimenos lida com expecaivas, premissas de cusos e receias fuuras. Ou seja, para a análise de viabilidade econômica, em-se que levar em cona a incereza. De acordo com Moneiro, Sanos e Werner (2012, p. 3), exisem alguns méodos probabilísicos uilizados como forma de avaliação, capazes de considerar o efeio do risco na projeção, raçando a probabilidade de ocorrência de cada eveno ou conjuno deles. Segundo os auores, enre os méodos exisenes, desacam-se: análise de sensibilidade, análise de cenários, árvore de decisão e méodo de Mone Carlo. escolha dessa axa feia de forma discricionária pelo avaliador. A TMA deve incorporar o valor do dinheiro no empo, o risco e o reorno mínimo exigido para um deerminado programa.

46 44 Para esse rabalho, será uilizado o méodo de análise de sensibilidade. De acordo com Ruiz (2013, p. 115), a análise de sensibilidade consise em, a parir do modelo de análise de viabilidade econômico-financeira, alerar premissas individuais ou em conjuno de forma a mensurar qual seu impaco na renabilidade do projeo. Segundo a Comissão Europeia (2003, p. 42), o objeo da análise de sensibilidade é a seleção das variáveis e parâmeros críicos do modelo, ou seja, aqueles cujas variações, posiivas ou negaivas em relação ao valor uilizado como melhor esimaiva no caso de referência, êm um efeio mais pronunciado na TIR ou no VPL, no senido em que originam as alerações mais imporanes deses parâmeros. Ainda de acordo com a Comissão Europeia (2003, p. 42), os criérios uilizados para a escolha das variáveis críicas diferem de acordo com o projeo analisado e devem ser avaliadas com rigor em cada caso. No enano, a Comissão Europeia (2003, p. 42) recomenda que se considerem os parâmeros para os quais uma variação (posiiva ou negaiva) de um pono percenual implique uma variação correspondene de um pono percenual da TIR ou de cinco ponos percenuais do VPL. Para Ricardo (2010, p. 14), a imporância do méodo esá na capacidade de demonsrar quais iens do projeo represenam maior impaco nos resulados, aponando para possíveis aprimoramenos e validação nos dados correspondenes aos iens mais impacanes. Além disso, oura vanagem do méodo, para o auor, é idenificar aé que nível deerminado iem do projeo pode variar, sem prejudicar sua viabilidade. Por fim, para essa disseração, após a realização da análise de viabilidade econômica da implanação do sisema ilp em uma fazenda represenaiva no bioma Cerrado, será realizada uma análise de sensibilidade, considerando as variáveis que mais causam impaco na renabilidade do projeo. Assim, nessa seção, foi idenificada uma meodologia para que a análise de viabilidade econômica do sisema ilp no bioma Cerrado seja realizada. A parir disso, a próxima seção em como objeivo definir quais são as premissas adoadas para a fazenda represenaiva, na qual o sisema ilp será avaliado, lembrando que as premissas adoadas erão como base o esudo da Senar (2013).

47 45 5. MODELO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA ILP PARA O CERRADO E CONSTRUÇÃO DO CENÁRIO BASE Nessa seção, serão definidas as premissas do cenário base da fazenda represenaiva (hipoéica) do bioma Cerrado, na qual será implemenado o sisema ilp e que erá sua avaliação econômica realizada nas próximas seções. É imporane ressalar que a consrução desse sisema eve como principal referência o rabalho realizado pelo Senar (2013), o qual, como já foi viso aneriormene, realizou a análise de viabilidade econômica para as ecnologias do Plano ABC, incluindo o sisema ilp, para a região do Cerrado brasileiro. Além disso, os dados uilizados para a consrução do modelo são dados secundários. Dessa forma, o rabalho do Senar (2013) irá fornecer as principais variáveis e premissas para a consrução de uma fazenda represenaiva no bioma Cerrado, onde será implanado, hipoeicamene, o sisema ilp 4 áreas, além da meodologia para o cálculo do Fluxo de Caixa Desconado (FCD). É imporane ressalar que algumas das premissas para o cenário base serão aualizadas, viso que o rabalho do Senar (2013) foi realizado no ano de 2013, e de lá pra cá, algumas premissas iveram seus valores alerados. Além das premissas, a própria meodologia ou hipóese elaborada pelo Senar (2013) poderá ser alerada, caso seja necessário, conforme percepção do auor dessa disseração. No enano, sempre que isso for realizado, serão expliciadas claramene quais as mudanças adoadas, e o porquê dessas alerações. Assim, a parir do rabalho realizado pelo Senar (2013), essa disseração erá como objeivo formalizar os conceios uilizados para a elaboração do modelo de viabilidade econômica de implemenação do sisema ilp em uma fazenda represenaiva do bioma Cerrado, aualizar algumas das premissas adoadas, analisar a viabilidade econômica do sisema ilp adoado e, por fim, realizar uma análise de sensibilidade de seus resulados. O esudo realizado pelo Senar (2013, p. 5), como foi viso aneriormene, eve como objeivo analisar a viabilidade econômica de seis ecnologias inseridas no Plano ABC. Para cada uma das seis ecnologias, o Senar (2013, p. 5) avaliou a renabilidade do pono de visa dos produores, levando em consideração apenas as receias provenienes da produção e venda e os gasos realizados em invesimenos e insumos.

48 46 Além disso, o esudo do Senar (2013, p. 5), buscou avaliar os efeios posiivos e/ou negaivos de cada ecnologia do pono de visa da sociedade, mensurando, quando possível, a redução poencial da emissão de dióxido de carbono (CO 2 ) equivalene, redução do uso de ferilizanes nirogenados, denre ouros efeios. Por fim, o rabalho do Senar (2013, p. 5) realizou uma análise de sensibilidade dos resulados, alerando, para isso, os pressuposos de cada modelo. No enano, para essa disseração, a análise de viabilidade econômica de ineresse é a do sisema ilp, que é um ipo de sisema derivado do sisema ilpf, que ao invés de er rês componenes (agriculura, pecuária e floresa), em apenas dois (agriculura e pecuária). Além disso, não será escopo desse rabalho avaliar os efeios da ecnologia do pono de visa da sociedade, ao conrário do que foi realizado pelo Senar (2013). A parir disso, assim como o rabalho do Senar (2013, p. 6), a análise de viabilidade econômica a ser desenvolvida nesse esudo será realizada para uma fazenda, que em 1000 hecares de área, sendo 800 hecares desinados à produção e 200 hecares perencenes à reserva legal e que, porano, não podem ser uilizados para a aividade produiva. Assim, do mesmo modo que foi realizado pelo Senar (2013, p. 24), foi considerado que os 800 hecares que inicialmene eram desinados à pasagem e que esavam com degradação de ferilidade, deveriam ser recuperados com o sisema ilp. Essa fazenda hipoéica esá localizada no bioma Cerrado e, assim como no rabalho realizado pelo Senar (2013, p. 6), com um solo do ipo laossolo vermelho-amarelo disrófico, com exura média. O Bioma Cerrado, de acordo com Senar (2013, p. 12) é uma região com milímeros (mm) de precipiação, disribuída principalmene enre os meses de ouubro a abril, com período seco enre maio e seembro e, segundo os auores, em uma aliude em relação ao nível do mar de meros. Seguindo a hipóese considerada pelo Senar (2013, p. 6), o solo da fazenda é de pasagem com degradação de ferilidade (áreas com problemas de degradação de pasagem), porém cobero por gramínea, ou seja, é um solo de Pasagem com Degradação de Ferilidade (PDF). O solo PDF é definido, por Senar (2013, p. 6), como:

49 47 Solos de pasagens com degradação de ferilidade áreas com problemas de degradação de pasagem, sendo observados problemas de ferilidade, porém com solos coberos por gramínea. Para sua recuperação há a necessidade de correção de acidez superficial e subsuperficial, além da correção de ferilidade. Esse eságio permie a recuperação sem revolver solos, uilizando-se dessecação com planio direo e aplicação de correivo em superfície. Na projeção da ecnologia ilp nesse rabalho, assim como foi considerado no esudo do Senar (2013, p. 7), serão analisadas as lavouras de milho e soja e a bovinoculura de core (recria e engorda). Segundo Senar (2013, p. 15), foi considerada, na aividade pecuária, a bovinoculura de core (recria e engorda), por se raar, de aividade de maior demanda nuricional e de maior reorno financeiro. Além disso, o modelo pare da premissa de que exise ofera de animais na região. Seguindo o modelo adoado pelo rabalho do Senar (2013, p. 23), para criar o sisema ilp na fazenda hipoéica, considerou que, no primeiro ano, foi realizado o planio de 400 hecares de soja e 400 hecares de milho inegração. Já na primeira seca, foram inroduzidos os animais, pois a área de milho ficaria disponível para a pasagem. A parir de enão, a propriedade será dividida em 4 áreas de 200 hecares, que seguirá a roação de dois anos de soja, um ano de milho inegração (Sana Fé) e um ano de pasagem. Ou seja, de acordo com o esudo do Senar (2013, p. 23), a propriedade erá duas áreas de soja, uma área de milho e uma área de pasagem no período das águas, conforme mosra a Figura X: Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano Legenda Soja Milho Sana Fé Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano Pasagem Figura 1 - Modelo esquemáico de Inegração Lavoura-Pecuária 4 Áreas adoado na projeção do Senar (2013) e na projeção dessa disseração Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 23)

50 48 Além disso, segundo o Senar (2013, p. 23), como o milho inegração se convere em pasagem na seca 8, a área de capim dobra nesse período, e a axa de loação diminui pela meade no período das águas 9, sem considerar a disponibilidade das áreas de soja. De acordo com Sanos e Corrêa (2009, p. 13), a axa de loação é o número de unidades animais (UA) por unidade de área (hecare) e uma unidade animal corresponde a 450 quilos de peso vivo. Além disso, de acordo com Sanos e Corrêa (2009, p. 13), muias vezes, a axa de loação é expressa em número de animais por hecare, no enano, segundo os auores, isso não é muio recomendável, pois o amanho dos animais é muio variado. Assim, de acordo com o Senar (2013, p. 23), com o manejo de ferilidade de solos, a loação considerada foi de 4 UA/hecare nas águas e 2 UA/hecare na seca, no período de esabilização (a parir do ano 4). No ano 1, a axa de loação considerada foi de 2,4 UA/hecare; no ano 2, foi de 3,1 UA/hecare e no ano 3, foi de 3,6 UA/hecare. Além disso, manendo o que foi realizado pelo Senar (2013, p. 23), no primeiro ano será realizada a correção de solos em oda a área, sendo que a correção inicial de solos (acidez) foi considerada parindo de 20% para 50% de sauração de bases, uilizando calagem a cada cinco anos e gessagem a cada dez anos. Ademais, a gramínea uilizada como referência foi o Braquiária (Brachiaria ruziziensis) e os invesimenos necessários foram divididos enre a agriculura e a pecuária. Além do mais, é imporane ressalar que no modelo considerado pelo Senar (2013, p. 13) e para essa disseração, foi considerado que o empresário eria a propriedade da erra sem nenhum ipo de benfeioria, máquinas, equipamenos e/ou semovenes. Ou seja, exceo a erra, odos os invesimenos necessários à condução do projeo foram considerados como financiados, endo como base a linha BNDES ABC. Além disso, no modelo elaborado pelo Senar (2013, p. 7), bem como nessa disseração, considerou-se que o projeo em necessidade de invesimenos plurianuais, incluindo o cuseio do primeiro ano de projeo. Para esses invesimenos, nesse esudo, será considerado que o empresário adquiriu um 8 Maio a seembro. 9 Ouubro a abril.

51 49 financiameno aravés da linha BNDES ABC, pagando uma axa de juros de 8,5% ao ano. A TMA uilizada será igual à axa de juros praicada pela linha BNDES ABC aualmene, ou seja, de 8,5% 10. Ademais, o prazo adoado para o financiameno foi de 8 anos, com carência de 3 anos, para as aividades de lavoura e pecuária, ano para as projeções realizadas pelo Senar (2013, p. 7), bem como para as análises dessa disseração. Em relação à ribuação, os mesmos imposos considerados nas projeções do Senar (2013, p. 14) serão considerados nas análises a serem realizadas nesse rabalho. Assim, serão considerados os seguines imposos: (1) Imposo de Renda Pessoa Física (IRPF), seguindo a base de cálculos e alíquoas definidas pela receia federal 11, sendo que quando for a opção de menor ribuação, pode-se opar por axar 20% sobre a receia brua; (2) axa para o Fundo de Amparo ao Trabalhador Rural (Funrural), de 2,1% sobre a receia brua; e (3) Taxa do Serviços Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), de 0,2% sobre a receia brua. O pagameno do Imposo de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve ser arcado pela indúsria (regime diferido). No enano, a alíquoa do IRPF será aualizada nesse rabalho, uma vez que, no rabalho do Senar (2013, p. 14), as alíquoas do IRPF eram referenes ao exercício de 2014, ano calendário de As bases de cálculo e alíquoas adoadas para o cálculo do IRPF (exercício 2016, ano calendário 2015) nesse rabalho enconram-se na Tabela 1. Além disso, é imporane ressalar que, manendo o que foi considerado no esudo realizado pelo Senar (2013, p. 14), podese uilizar a opção de axar 20% a receia brua, caso seja essa a opção de menor valor. 10 No rabalho realizado pelo Senar (2013, p. 7), a axa de juros do financiameno aravés da linha BNDES ABC considerada para as projeções foi a de 5% ao ano, já que era essa a axa cobrada por essa linha de financiameno no momeno em que o rabalho foi escrio, em Logo, no esudo realizado pelo Senar (2013, p. 8), a TMA uilizada foi de 5%. 11 No esudo do Senar (2013, p. 14), a alíquoa do IRPF considerada foi a do Exercício de 2014, ano-calendário de 2013 (hp://idg.receia.fazenda.gov.br/acesso-rapido/ribuos/irpf-imposode-renda-pessoa-fisica).

52 50 Tabela 1. - Bases de cálculo e alíquoas adoadas para o cálculo do IRPF Exercício 2016, Ano Calendário 2015 Base de Cálculo Anual (R$) Alíquoa (%) Parcela a deduzir do imposo em R$ Aé ,13 0,0% 0 De ,14 aé ,72 7,5% 1.687,43 De ,73 aé ,74 15,0% 4.198,26 De ,75 aé ,55 22,5% 7.534,02 Acima de ,55 27,5% ,70 Fone: Receia Federal do Brasil, adapado de Senar (2013, p. 14). Além disso, é imporane ressalar que as projeções que serão realizadas nessa disseração conemplaram um fluxo de caixa de 20 anos, do pono de visa do produor, seguindo o que foi realizado pelo Senar (2013, p. 11). Assim, considerando essas premissas gerais e específicas de cada aividade do sisema ilp, que serão visas a seguir, será realizada a análise de viabilidade econômica do sisema ilp da fazenda represenaiva do bioma Cerrado. Sendo que, assim como foi realizado no rabalho do Senar (2013), a análise de viabilidade econômica do sisema ilp será o resulado da análise de viabilidade econômica das aividades (lavoura e pecuária) realizadas isoladamene. Todas as equações necessárias para a análise de viabilidade econômica do sisema ilp enconram-se no Apêndice B desse esudo. A parir disso, em primeiro lugar, será calculada a viabilidade econômica das aividades separadamene para que, por fim, seja calculada a viabilidade econômica global do sisema ilp no bioma Cerrado Análise de Viabilidade Econômica da Lavoura no Cenário Base No modelo de viabilidade econômica da lavoura no sisema ilp serão considerados, assim como foi feio pelo Senar (2013, p. 23), o culivo de soja e de milho inegração. Manendo as premissas do Senar (2013, p. 23), considerou que, no primeiro ano, foi realizado o planio de 400 hecares de soja e 400 hecares de milho

53 51 inegração. Assim, na primeira seca, seriam inroduzidos os animais, já que a área de milho ficaria disponível para a pasagem. A parir de enão, a propriedade será dividida em 4 áreas de 200 hecares, que seguirá a roação de dois anos de soja, um ano de milho inegração e um ano de pasagem. Ou seja, a propriedade erá duas áreas de soja, uma área de milho e uma área de pasagem no período das águas. A Tabela 2 mosra a área desinada à lavoura em cada um dos anos do projeo. Tabela 2. Área (em hecare) da lavoura, por ano Ano Soja 1 Ano PD Soja 2 Ano PD Soja 3 Ano PD Soja Inegração PD Milho Inegração PD Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 142). Além disso, as produividades de cada produo da lavoura que serão adoadas na análise de viabilidade econômica esão apresenadas na Tabela 3. É imporane ressalar que essas produividades são as mesmas consideradas pelo Senar (2013, p. 142) e que apenas a produividade do milho inegração se alera ao longo do empo. A parir da área e da produividade da lavoura, é possível ober a produção (em sacas) de cada uma das culuras em odos os anos considerados na análise. A quanidade produzida, em cada ano, pode ser visualizada na Tabela 4.

54 52 Tabela 3. Produividade (em sacas por hecare) da lavoura, por ano Ano Soja 1 Ano PD Soja 2 Ano PD Soja 3 Ano PD Soja Inegração PD Milho Inegração PD Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 142). Tabela 4. Produção (em sacas) da lavoura, por ano Ano Soja 1 Ano PD Soja 2 Ano PD Soja 3 Ano PD Soja Inegração PD Milho Inegração PD Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração do própria, adapado de Senar (2013, p. 142). Após o cálculo da produção de cada ipo de lavoura (soja e milho), ornase possível calcular qual é a receia operacional brua 12 de cada ano. A receia operacional, como já foi viso aneriormene, pode ser definida como a receia 12 No rabalho do Senar (2013, p. 143), foi somado à receia operacional do primeiro ano o valor do cuseio associado (R$ ,92). No enano, nesse rabalho, isso não será feio, uma vez que o auor enende que o cuseio associado deva enrar apenas como financiameno, e não como receia operacional.

55 53 gerada da venda de bens e/ou serviços presados pela empresa, provenienes das operações-fim para as quais foi consiuída, de acordo com Limeira e al. (2008, p. 44). Iso é, no caso da lavoura do sisema ilp em quesão, a operação-fim para qual ela foi consiuída é a venda desses produos no mercado. Para saber quano de receia operacional a venda desses produos geraram é necessário saber qual é o preço de venda desses produos. Para os cálculos realizados nesse rabalho, foi considerado que o preço da saca de soja é de R$ 76,85 e do milho inegração é de R$37, Esses preços foram obidos, considerando a média hisórica mensal 14 do Indicador de Preços ESALQ/BM&Fbovespa, corrigidos pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Logo, as receias operacionais bruas geradas por cada ipo de produo vendido, bem como o oal de receia brua operacional gerada pela lavoura, enconram-se na Tabela 5. Tabela 5. Receia Operacional Brua (R$) da lavoura, por ano Ano Soja 1 Ano PD Soja 2 Ano PD Soja 3 Ano PD Soja Inegração PD Milho Inegração PD Toal Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 143 e 144). 13 No esudo elaborado pelo Senar (2013, p. 143), os preços das sacas de soja e de milho inegração foram, respecivamene, R$ 51,39 e R$ 26,64. Segundo o Senar (2013, p. 12), esses preços foram obidos, considerando a região do Planalo Cenral, uilizando a média hisórica mensal do Indicador de Preços ESALQ/BM&Fbovespa, corrigidos para o Valor Presene Líquido, uilizando IGPm com axa. 14 Para definir o preço da soja, foi realizada a média (enre março/2006 e ouubro/2016) dos preços reais da soja Paranaguá (Indicador de preços da soja ESALQ/BMF&Bovespa - Paranaguá - hp://cepea.esalq.usp.br/soja/). Para definir o preço do milho, foi realizada a média (enre julho/2004 e ouubro/2016) dos preços reais do milho (Indicador de preços do milho ESALQ/BMF&Bovespa - hp://cepea.esalq.usp.br/milho/). Os indicadores foram deflacionados pelo IGP-M (valores de ouubro/2016).

56 54 Além das receias operacionais bruas, é necessário calcular os cusos operacionais da lavoura. De acordo com Limeira e al. (2008, p. 45), os cusos operacionais 15 podem ser definidos como os cusos necessários ao funcionameno da empresa, que esão associadas às aividades principais e secundárias, ou seja, são cusos que a empresa deve suporar para colocar a aividade em exercício. No caso da lavoura em quesão, para esse esudo, o cuso operacional pode ser definido como a soma do cuso de produção de cada produo (soja e milho inegração) com as despesas operacionais da lavoura. O cuso de produção é o cuso incorrido direamene na produção da aividade fim do negócio, que, no caso, é a produção de soja e milho. Assim, no cuso de produção esão incluídos os gasos em semenes, ferilizanes, produos para correção do solo, denre ouros. Para calcular os cusos de produção de cada aividade foi esabelecido um valor do cuseio por hecare de cada uma dos produos para odos os anos. O cuseio por hecare foi aqui definido como consane para qualquer empo, assim como foi adoado no esudo realizado pelo Senar (2013, p. 143). Os cuseios por hecare uilizados nas projeções dessa disseração foram: a) para Soja 1 Ano PD, o cuseio por hecare adoado foi de R$ 2.351,46 para cada um dos anos do projeo; b) para Soja 2 Ano PD, o cuseio por hecare adoado foi de R$ 2.317,08 para cada um dos anos do projeo; c) para Soja 3 Ano PD, o cuseio por hecare adoado foi de R$ 2.333,79 para cada um dos anos do projeo; d) para Soja Inegração PD, o cuseio por hecare adoado foi de R$ 2.287,67 para cada um dos anos do projeo; e e) para Milho Inegração PD, o cuseio por hecare adoado foi de R$ 2.834,97 para cada um dos anos do projeo Limeira e al. (2008, p. 45) define os cusos operacionais como despesas operacionais. No enano, será manida nesse rabalho, sempre que possível, a nomenclaura uilizada no rabalho do Senar (2013). 16 No esudo do Senar (2013, p. 143), foram uilizados os seguines cuseios por hecare: R$ 1.572,40 para Soja 1º Ano PD; R$ 1.549,81 para Soja 2º Ano PD; R$ 1.560,59 para Soja 3º Ano PD; R$ 1.529,75 para Soja Inegração e R$ 2.026, 82 para Milho Inegração. Para aualizar o cuseio por hecare, foi considerado um faor muliplicaivo enre o cuseio por hecare e o preço de cada produo adoado pelo Senar (2013, p. 143), sendo esse faor muliplicado pelo preço aual do produo em quesão. Por exemplo, a relação enre o cuseio por hecare da Soja 1º Ano (R$ 1.572,40) e o preço da soja (R$ 51,39 por saca) uilizados pelo Senar (2013, p. 143) é de 30,60, logo, esse faor foi

57 55 Por sua vez, o cuso de manuenção de benfeiorias da lavoura uilizado foi de R$ 1.745,44 por mês (R$ ,23 por ano) 17. Os valores dos cusos de produção da lavoura enconram-se na Tabela 6. Tabela 6. Cuso de Produção (R$) da lavoura, por ano Ano Soja 1 Ano PD Soja 2 Ano PD Soja 3 Ano PD Soja Inegração PD Milho Inegração PD Manuenção de Benfeiorias Toal Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 143 e 144). Já as despesas operacionais da lavoura são aqueles gasos incorridos para dar supore à aividade fim, e não direamene na produção. Assim como foi realizado no rabalho do Senar (2013, p. 143 e 144), as únicas despesas consideradas na lavoura serão a de adminisração geral e de depreciação do aivo. A despesa incorrida em adminisração geral considerada, em cada mês, foi de R$ ,77 (R$ ,20 por ano) 18 e a despesa com depreciações seguiu a axa média anual 19 de depreciação considerada pelo Senar, em relação ao oal de invesimenos realizados na lavoura. Os valores, por ano, incorridos nas despesas operacionais enconram-se na Tabela 7. muliplicado pelo preço (R$ 76,85 por saca) aualizado da soja uilizado nessa disseração, resulando em um cuseio de produção de R$ 2.351,46 por hecare. O mesmo foi realizado para os demais produos de soja e de milho. 17 O cuso de manuenção de benfeiorias uilizado nos cálculos desse rabalho uilizou o valor considerado pelo Senar (2013, p. 143) (R$ 1.402,50 por mês) aualizado para valores de ouubro/2016, aravés do IGP-DI. 18 Esse valor é igual ao valor (R$ por mês ou R$ por ano) considerado pelo Senar (2013, p. 143 e 144), aualizado para valores de ouubro/2016, pelo IGP-DI. 19 Essas axas médias de depreciação dos aivos da lavoura não esão expliciamene indicadas no relaório do Senar (2013, p. 143 e 144), mas foram esimadas de acordo com o valor considerado na depreciação de cada ano e o oal de invesimenos. Sendo que, para o ano 1, a axa de depreciação dos invesimenos foi de 2,2%, no ano 2 foi de 2,8% e a parir do ano 3 foi de 5,4%.

58 56 Tabela 7. Despesas operacionais anuais (R$) da lavoura, por ano Ano Despesas com Admnisração Geral Depreciações Despesas Toais Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 143 e 144). A parir dos cusos de produção da lavoura com as despesas operacionais, os cusos operacionais são alcançados, conforme consam na Tabela 8. Além da receia operacional brua e o cuso operacional da lavoura, é preciso calcular os invesimenos necessários para a aividade operar. É imporane ressalar que, para essa disseração, os valores dos invesimenos em aivos, como máquinas, equipamenos e veículos, para a lavoura, em cada ano do projeo, seguiram as mesmas proporções uilizadas no esudo do Senar (2013, p. 145 e 146). Ou seja, o invesimeno (R$ ,00) realizado na lavoura do sisema ilp do modelo do Senar (2013, p. 145) foi aualizado aé ouubro de 2016, aravés do IGP-DI (R$ ,02). E foi considerado que seria realizado no primeiro ano 82,3% do invesimeno oal, no segundo ano seria realizado 15,1% do invesimeno oal e no erceiro ano seria realizado 2,6% do invesimeno oal. Assim, considerando, nessa disseração, que o oal invesido na lavoura seria de R$ ,02, em-se que no primeiro ano seria invesido na lavoura R$

59 ,17, no segundo ano seria invesido R$ ,62 e no erceiro ano seria invesido R$ ,24. Tabela 8. Cuso de Produção, Despesas Operacionais e Cuso Operacional da Lavoura, em cada ano (R$) Ano Cuso de Produção Despesas Toais Cuso Operacional Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, baseado em Senar (2013, p. 143 e 144). Além do invesimeno em aivos, será considerada a necessidade de invesimeno em cuseio associado para a lavoura. O cuseio associado é a parcela do financiameno que será uilizado com gasos desinados a viabilizar a produção inicial, ais como compra de insumos (semenes, ferilizanes, adubo, herbicidas, inseicidas, enre ouros) e conraação de serviços (adubação, raameno de semenes, aplicação de herbicidas, enre ouros). Como foi viso aneriormene, pode-se financiar o cuseio associado limiando aé 40% do valor oal financiado. Logo, seguindo o que foi realizado pelo Senar (2013, p. 145), considerou-se que, do oal financiado, 38,85% foi desinado ao cuseio associado do primeiro ano. Ou seja, para os cálculos realizados nessa disseração, o valor do cuseio associado do primeiro ano é igual a R$ ,32.

60 58 Além dos invesimenos em aivos e em cuseio associado, será considerada a necessidade de reinvesimenos na aividade de lavoura durane a vida do projeo, que devem ser realizados com capial próprio. Assim, manendo o que foi realizado pelo Senar (2013, p. 8), será considerado que, a cada 10 anos, será necessário o reinvesimeno em máquinas, equipamenos e veículos, além do reinvesimeno em gessagem. Além disso, a cada 5 anos, será necessário o reinvesimeno em calagem. Dessa forma, nos anos 6 e 16, serão realizados reinvesimenos em calagem, no valor de R$ ,96. No ano 11, serão realizados reinvesimenos em máquinas, equipamenos, veículos, gessagem e calagem, no valor de R$ , A parir disso, com a receia operacional brua, o cuso operacional da lavoura e os invesimenos calculados, é possível fazer o FCD da Lavoura, conforme sisemaizado Quadro 3, viso aneriormene. Assim, o seguine passo para calcular a viabilidade econômica da lavoura no sisema ilp, é calcular a margem de conribuição, para cada ano. Como foi evidenciado aneriormene, a margem de conribuição pode ser calculada pela diferença enre as receias operacionais bruas e o cuso de produção da lavoura. Após o cálculo da margem de conribuição, o passo seguine é calcular o lucro bruo. Para calcular o lucro bruo é preciso desconar da margem de conribuição as despesas operacionais e o pagameno de juros que foi cobrado pelo financiameno (a uma axa de 8,5% ao ano), desconadas as amorização realizadas aé o ano em quesão. Em relação à amorização, no esudo realizado pelo Senar (2013, p. 8), bem como para essa disseração, foi considerado que o prazo de pagameno do financiameno para os projeos de lavoura é de 8 (oio) anos, sendo que 3 (rês) desses anos são referenes ao período de carência. Após o cálculo do lucro bruo, deve-se calcular o lucro líquido. Para isso, basa deduzir do lucro bruo os imposos devidos. Os imposos aqui considerados são os mesmos considerados pelo Senar (2013, p. 14): Funrural (2,1%), Taxa Senar 20 Para chegar nesses valores de reinvesimenos, foram uilizados os valores considerados pelo Senar (2013, p. 145 e 146), aualizados pelo IGP-DI. Os valores considerados para os reinvesimenos nos cálculos do Senar (2013, p. 145 e 146) foram: R$ para os anos 6 e 16 e de R$ para o ano 11.

61 59 (0,2%) e Imposo de Renda (ribuação de acordo com o lucro bruo obido, conforme foi visualizado aneriormene, na Tabela 1). O imposo pago ao Senar e a ao Funrural são calculados sobre a receia operacional brua da lavoura. Já o imposo de renda é calculado sobre o lucro bruo da lavoura, que é calculado seguindo a abela de ribuação ou ribuando 20% da receia operacional brua seguindo ambém a abela de ribuação. Após o cálculo do lucro líquido da lavoura, é necessário calcular o Fluxo de Caixa Operacional (FCO). O FCO é igual ao lucro líquido, mais as depreciações, menos os reinvesimenos. Além disso, no úlimo ano do projeo, é somado ao FCO o valor residual dos invesimenos na lavoura. Assim como foi feio pelo Senar (2013, p. 8), será considerado que o valor residual dos faores de produção será incorporado no fluxo de caixa, no vigésimo ano, para o cálculo dos índices econômicos. Assim, para o cálculo do valor residual dos invesimenos da lavoura, considerou-se a mesma proporção uilizada pelo Senar (2013, p. 146). Iso é, no ano 20, o Senar (2013, p. 146) incorporou 24,1% do oal do invesimeno em aivos ao FCO da lavoura, assim, o mesmo foi realizado nesse rabalho. Logo, no vigésimo ano do projeo, foi incorporado ao FCO da lavoura o valor residual de R$ ,11. Após o cálculo do FCO, é possível calcular o Fluxo de Caixa Operacional Líquido (FCOL). Para isso, basa deduzir do FCO a amorização do financiameno da lavoura. Por fim, o úlimo passo para analisar a viabilidade econômica é o cálculo do reorno econômico em cada ano. Para calcular o reorno econômico, basa adicionar ao FCOL da lavoura a depreciação de aivos da aividade. A parir do cálculo do reorno econômico da lavoura é possível analisar a viabilidade econômica da lavoura no sisema ilp, no cenário base. Para isso, foi calculado o VPL da lavoura, que resulou em um valor posiivo, de R$ , Além do cálculo do VPL, foi calculada a TIR-M, resulou em 12,92%, considerando a axa de descono ineremporal igual à axa de financiameno do ABC BNDES (8,5% a.a.), sendo essa a TMA adoada no projeo, e uma axa de reivesimeno de 13,5%. A TIR-M ficou acima da TMA (8,5%), corroborando o 21 A abela com a análise de viabilidade econômica da lavoura enconra-se no Apêndice C desse esudo.

62 60 resulado do VPL. Logo, com as premissas e hipóeses adoadas, a lavoura do sisema ilp apresena viabilidade econômica 22. O próximo passo será o de analisar a viabilidade econômica da pecuária no sisema ilp adoado na fazenda represenaiva no bioma Cerrado Análise de Viabilidade Econômica da Pecuária no Cenário Base Como foi viso aneriormene, no modelo adoado pelo Senar (2013, p. 23), assim como no modelo adoado para essa disseração, considerou que no já no primeiro ano de projeo, na primeira seca, seriam inroduzidos os animais, viso que a área de milho ficaria disponível para a pasagem. A parir do primeiro ano, a propriedade ficaria dividida em 4 áreas de 200 hecares, que seguirá a roação de dois anos de soja, um ano de milho inegração e um ano de pasagem. Ou seja, de acordo com o esudo do Senar, a propriedade erá duas áreas de soja, uma área de milho e uma área de pasagem no período das águas. Dessa forma, para odos os anos da projeção, a área desinada à aividade pecuária foi de 200 hecares, com exceção do primeiro ano que não há uma área desinada exclusivamene para pecuária, sendo que nesse ano, no período da seca, a pasagem se apropriaria da área do milho. Além disso, segundo o Senar (2013, p. 23), como o milho inegração se convere em pasagem na seca, a área de capim dobra nesse período, e a axa de loação diminui pela meade no período das águas, sem considerar a disponibilidade das áreas de soja. Assim, de acordo com o Senar (2013, p. 23), com o manejo de ferilidade de solos, a axa loação considerada foi de 4 UA por hecare nas águas e 2 UA por hecare na seca. Essas premissas foram manidas para as análises realizadas nessa disseração. Para calcular a viabilidade econômica da pecuária no ilp, foi necessário esimar a evolução do rebanho bovino, ou seja, foi necessário calcular a quanidade de cabeças de bezerros, de novilhos de 1 a 2 anos e de novilhos de 2 a 3 anos, e da 22 A TIR não foi calculada, pois os reornos de caixa da lavoura apresenaram mais de uma inversão de sinal e, conforme explicado no Apêndice B dessa disseração, em casos assim, o cálculo da TIR não é indicado, uma vez que poderá er mais de uma resposa.

63 61 UA do rebanho odo. É imporane ressalar que, nessa fazenda represenaiva, foi considerada a boviniculura de core (recria e engorda) apenas de bovinos machos. Todas as equações uilizadas para calcular o número de cabeças do rebanho enconram-se no Apêndice B, sendo separadas em bovinos presenes no início do ano, bovinos adquiridos durane o ano, bovinos perdidos durane o ano, bovinos vendidos e bovinos presenes no fim de cada ano. No enano, é válido ressalar que, para calcular o número de cabeças de bezerros e novilhos, foi considerado que, no início do primeiro ano, para dar início à aividade pecuária foram adquiridas 400 cabeças de bezerros, 400 cabeças de novilhos de 1 a 2 anos e nenhuma cabeça de novilhos de 2 a 3 anos. Além disso, nesse esudo, assim como no rabalho do Senar (2013, p. 147 e 148), para calcular o número de cabeças de bovinos presenes no início de cada ano, foi considerado igual à zero, o número de cabeças de bezerros no início do ano, para odos os anos, exceo para o ano 1. Isso ocorre porque odo bezerro do final do ano, que não foi perdido ou vendido, vira novilho de 1 a 2 anos no início do próximo ano. Do mesmo modo, odo novilho de 1 a 2 anos, que não foi vendido ou perdido durane o ano, orna-se, no ano seguine, um novilho de 2 a 3 anos. Logo, o número de cabeças de novilhos de 1 a 2 anos considerado no início de cada ano é igual ao número de cabeças de bezerros no final do ano anerior. Além disso, o número de cabeças de novilhos de 2 a 3 anos no início de cada ano é igual ao número de cabeças de novilhos de 1 a 2 anos no fim do ano anerior. Assim, o número de cabeças de bovinos no início de cada ano esá apresenado na Tabela 9.

64 62 Tabela 9. Rebanho no Início do Ano, por ano (cabeças) Ano De 2 a 3 anos De 1 a 2 anos Bezerros Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148). Para calcular o número de cabeças de bovinos adquiridas durane o ano, deve-se levar em cona a axa de loação (em UA/hecare) adoada e a paricipação 23 de cada ipo de bovino da UA oal que o empresário preende er na sua fazenda, bem como desconar quanas UA esavam presenes no início do ano (viso aneriormene). Assim, as axas de loação e as paricipações de cada ipo de bovino no oal de UA, consideradas nos cálculos realizados nesse esudo seguiram as premissas adoadas pelo Senar (2013, p. 147), e esão presenes na Tabela 10. O número de cabeças adquiridas, em cada ano, para a aividade pecuária esão apresenadas na Tabela Essas paricipações dos ipos de bovinos no oal da UA não esão expliciamene apresenadas no rabalho do Senar (2013), mas foram esimadas aravés dos valores uilizados pelos auores nos cálculos realizados, por meio de aproximações por enaiva e erro.

65 63 Tabela 10. Taxa de loação (UA/hecare) e paricipação de cada ipo de bovino no oal da UA, por ano Ano Taxa de Loação Paricipação de Bezerros na UA Paricipação de Novilhos de 1 a 2 anos na UA Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147). Paricipação de Novilhos de 2 a 3 anos na UA Ano 1 2,4 31,8% 68,2% 0,0% Ano 2 3,1 0,0% 50,9% 49,1% Ano 3 3,6 10,6% 28,5% 62,9% Ano 4 4,0 9,4% 45,2% 48,1% Ano 5 4,1 9,2% 39,3% 54,0% Ano 6 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 7 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 8 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 9 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 10 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 11 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 12 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 13 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 14 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 15 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 16 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 17 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 18 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 19 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Ano 20 4,0 9,4% 40,2% 50,1% Tabela 11. Aquisição de Rebanho, por ano (cabeças) Ano De 2 a 3 anos De 1 a 2 anos Bezerros Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148).

66 64 Para calcular o número de cabeças do rebanho perdidas em cada ano, foram consideradas as mesmas axas de moralidade 24 consideradas no Senar (2013, p. 147 e 148) e são apresenadas na Tabela 12. O número de cabeças perdidas durane cada ano esá apresenada na Tabela 13. Tabela 12. Taxa de moralidade, por ano (%) Ano De 2 a 3 anos De 1 a 2 anos Bezerros Ano 1 0,68% 1,50% 2,00% Ano 2 0,68% 1,28% 1,00% Ano 3 0,23% 1,20% 1,00% Ano 4 0,00% 1,12% 1,00% Ano 5 0,23% 1,01% 1,00% Ano 6 0,26% 1,01% 1,00% Ano 7 0,26% 1,01% 1,00% Ano 8 0,26% 1,01% 1,00% Ano 9 0,26% 1,01% 1,00% Ano 10 0,26% 1,01% 1,00% Ano 11 0,26% 1,01% 1,00% Ano 12 0,26% 1,01% 1,00% Ano 13 0,26% 1,01% 1,00% Ano 14 0,26% 1,01% 1,00% Ano 15 0,26% 1,01% 1,00% Ano 16 0,26% 1,01% 1,00% Ano 17 0,26% 1,01% 1,00% Ano 18 0,26% 1,01% 1,00% Ano 19 0,26% 1,01% 1,00% Ano 20 0,26% 1,01% 1,00% Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148). 24 Essas axas de moralidade não esão expliciamene apresenadas no rabalho do Senar (2013), mas foram esimadas aravés dos valores uilizados pelos auores nos cálculos realizados, por meio de aproximações por enaiva e erro. Essas axas de moralidade são aplicadas na soma enre oal de cabeças do início do ano e cabeças adquiridas durane o ano.

67 65 Tabela 13. Perda de Rebanho, por ano (cabeças) Ano De 2 a 3 anos De 1 a 2 anos Bezerros Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148). Para calcular quanas cabeças foram vendidas durane cada ano do projeo, foram consideradas as mesmas premissas adoadas pelo Senar (2013, p. 147 e 148). Assim, considerou-se que nenhuma cabeça de bezerro seria vendida em cada um dos anos e que odas as cabeças de novilhos de 2 a 3 anos serão vendidas no final de cada ano. Além disso, considerou-se que a venda de novilhos de 1 a 2 anos será proporcional à axa de precocidade (ou axa de mauração) 25 do rebanho. A axa de precocidade adoada nesse esudo, bem como no esudo do Senar (2013, p. 147) esão apresenadas na Tabela 14. O número de cabeças vendidas durane cada ano esá apresenada na Tabela Segundo Conini (2015, p. 32), a axa de mauração é o indicador da velocidade com que o animal se aproxima do seu peso adulo, ou seja, é a mudança de peso em relação ao peso do animal e à mauridade.

68 66 Tabela 14. Taxa de precocidade dos novilhos de 1 a 2 anos (%) Ano Taxa de Precocidade Ano 1 25% Ano 2 40% Ano 3 50% Ano 4 60% Ano 5 65% Ano 6 65% Ano 7 65% Ano 8 65% Ano 9 65% Ano 10 65% Ano 11 65% Ano 12 65% Ano 13 65% Ano 14 65% Ano 15 65% Ano 16 65% Ano 17 65% Ano 18 65% Ano 19 65% Ano 20 65% Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147). Tabela 15. Vendas de Rebanho, por ano (cabeças) Ano De 2 a 3 anos De 1 a 2 anos Bezerros Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148). A parir desses valores, o número de cabeças do rebanho no final de cada ano é alcançado, somando as cabeças do início do ano com as cabeças adquiridas

69 67 subraindo as perdas e as vendas ocorridas durane o ano. Dessa forma, o número de cabeças do rebanho no final de cada ano esá apresenado na Tabela 16. Tabela 16. Rebanho no final do ano, por ano (cabeças) Ano De 2 a 3 anos De 1 a 2 anos Bezerros Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148). A parir do cálculo do número de cabeças do rebanho, é possível calcular as UA correspondenes. A UA é uma medida para padronizar os pesos dos animais do rebanho, ou seja, sineiza quano cada animal (bezerro ou novilho de 1 a 2 anos) represena de um novilho adulo (novilhos de 2 a 3 anos), em peso. Manendo o que foi adoado pelo Senar (2013, p. 16), um novilho médio de 1 a 2 anos represena 81% do peso de um novilho de 2 a 3 anos, e um bezerro represena 38% do peso de um novilho médio de 2 a 3 anos. A parir disso, é possível calcular quano o rebanho calculado aneriormene equivale em UA. É imporane ressalar que a UA será uilizado no cálculo do cuso de produção, mais adiane. A Tabela 17 apresena os valores de UA para cada ano.

70 68 Tabela 17. Rebanho, por ano (UA) Ano Início do Ano Aquisição Perdas Vendas Final do Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 147 e 148). A parir do cálculo do número de cabeças do rebanho, é possível calcular a receia operacional da aividade pecuária. A receia operacional brua 26 pecuária é composa pela venda de novilhos de 1 a 2 anos e de 2 a 3 anos. Para saber quano de receia operacional brua a venda de rebanho gera, é necessário saber qual é o preço de venda desses produos. Para os cálculos realizados nesse rabalho, o preço do novilho considerado foi de R$ 133,47 por arroba. Esse preço foi obido, considerando a média hisórica mensal 27 do Indicador de Preços ESALQ/BM&Fbovespa, corrigidos pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) 28. Para calcular o peso do rebanho em arrobas, basa muliplicar a quanidade de cabeças vendidas pelo peso médio do rebanho. Como premissa, ano para essa disseração como no esudo do Senar (2013, p. 147), foi considerado que um novilho de 1 a 2 anos em um peso médio de 16 arrobas, enquano um novilho de 2 a 3 anos em um peso médio de 18 arrobas. Assim, para 26 No rabalho do Senar (2013, p. 149), foi somado à receia operacional da pecuária do primeiro ano o valor do cuseio associado (R$ ,60). No enano, nesse rabalho, isso não será feio, uma vez que o auor enende que o cuseio associado deva enrar apenas como financiameno, e não como receia operacional. 27 Para definir o preço da arroba, foi realizada a média (enre julho/1997 e ouubro/2016 úlimo dia de cada mês) do preço da arroba no mercado à visa (com Funrural) (Indicador de preços ESALQ/BMF&Bovespa - hp://cepea.esalq.usp.br/boi/#). Os indicadores foram deflacionados pelo IGP-M (valores de ouubro/2016). 28 Na análise realizada pelo Senar (2013, p. 149 e 150), o preço do novilho considerado foi de R$ 91,83 por arroba. da

71 69 calcular a receia operacional brua da pecuária basa muliplicar o peso do rebanho vendido pelo preço de venda desse rebanho. A Tabela 18 mosra a receia operacional brua da pecuária de cada ano. Tabela 18. Receia Operacional Brua da Venda de Novilhos, por ano (em R$) Ano Novilhos 2 a 3 anos Novilhos 1 a 2 anos Toal Preço Peso Valor Preço Peso Valor (R$) (R$/@) (@) (R$) (R$/@) (@) (R$) Ano 1 133, , Ano 2 133, , Ano 3 133, , Ano 4 133, , Ano 5 133, , Ano 6 133, , Ano 7 133, , Ano 8 133, , Ano 9 133, , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Ano , , Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 149 e 150). Além do cálculo da receia operacional brua da pecuária, é necessário calcular os cusos operacionais da aividade. Os cusos operacionais da pecuária são calculados aravés da soma dos cusos de produção e das despesas operacionais. Os cusos de produção da pecuária são os cusos incorridos na compra de sal mineral, misura múlipla 29 para gado na seca e nas águas, aquisição de bezerros, aquisição de bezerros e novilhos, ração animal para novilhos, medicação e vermífugos, gerene, mão de obra, semene de Braquiária, energia elérica, manuenção, benfeiorias e equipamenos e rasreador 30. O cálculo das despesas da aividade pecuária, por sua vez, é dado pela soma enre a despesa incorrida na adminisração geral e a depreciação dos invesimenos. Foi considerado, porano, que o preço da adminisração geral da pecuária é de R$ 6.222,59 por mês (ou R$ ,07 por ano) Misura múlipla é um suplemeno alimenar. 30 Os preços de cada produo, bem como as quanidades compradas esão apresenadas no Apêndice B dessa disseração, junamene com as equações uilizadas. 31 No relaório do Senar (2013, p. 149 e 150), o gaso mensal com adminisração geral considerado foi de R$ 5.000,00 (ou R$ ,00 por ano). Esse preço foi aualizado pelo IGP-DI aé ouubro de 2016, alcançando o valor mensal de R$ 6.222,59 (ou R$ ,07 por ano), sendo esse o valor considerado nessa disseração.

72 70 Para calcular a despesa com depreciação dos invesimenos em capial realizados na pecuária, foi considerada a axa média anual de depreciação considerada pelo Senar (2013, p. 149 e 150) 32, que foi de 1,5% no primeiro ano, 1,2% no segundo ano e de 1,0% a parir do erceiro ano. Essas axas foram aplicadas no oal invesido em capial em cada ano da pecuária. Assim, com os cusos de produção e com as despesas operacionais calculados, em-se os cusos operacionais da pecuária, conforme evidencia a Tabela 19. Tabela 19. Cuso de Produção, Despesas e Cusos Operacionais da Pecuária, por ano (em R$) Ano Cusos de Produção Despesas Cusos Operacionais Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Fone: Elaboração própria, adapado de Senar (2013, p. 149 e 150). É imporane ressalar que os valores dos invesimenos anuais seguiram as mesmas proporções uilizadas no esudo do Senar (2013, p. 151 e 152). Ou seja, o invesimeno (R$ ) realizado na pecuária do sisema ilp do modelo do Senar (2013, p. 151) foi aualizado aé ouubro de 2016, aravés do IGP-DI (R$ ,02). E foi considerado que seria realizado no primeiro ano 66,3% do 32 Essas axas médias de depreciação dos aivos da pecuária não esão expliciamene indicadas no relaório do Senar (2013, p. 149 e 150), mas foram esimadas de acordo com o valor considerado na depreciação de cada ano e o oal de invesimenos na pecuária.

73 71 invesimeno oal, no segundo ano seria realizado 14,4% do invesimeno oal e no erceiro ano seria realizado 19,3% do invesimeno oal. Assim, considerando, nessa disseração, que o oal invesido na pecuária seria de R$ ,75, em-se que no ano 1 o invesimeno seria de R$ ,77, no ano 2 seria de R$ ,40, no ano 3 seria de R$ ,86, e a parir do ano 4 não haveria mais invesimeno. O próximo passo é calcular o fluxo de caixa da aividade e, por fim, calcular o seu reorno econômico. Dessa forma, como passo inicial para calcular a viabilidade econômica da pecuária no sisema ilp, é preciso calcular a margem de conribuição da aividade em cada ano. A margem de conribuição pode ser calculada pela diferença enre a receia operacional brua e o cuso de produção da pecuária. Após o cálculo da margem de conribuição, o passo seguine é calcular o lucro bruo. Para calcular o lucro bruo é preciso desconar da margem de conribuição as despesas operacionais e o pagameno de juros que foi cobrado pelo financiameno (a uma axa de 8,5% ao ano), desconadas as amorização realizadas aé o ano em quesão. Em relação à amorização, no esudo realizado pelo Senar (2013, p. 8), bem como para essa disseração, foi considerado que o prazo de pagameno do financiameno para os projeos de lavoura é de 8 (oio) anos, sendo que 3 (rês) desses anos são referenes ao período de carência. Após o cálculo do lucro bruo, deve-se calcular o lucro líquido. Para isso, basa deduzir do lucro bruo os imposos devidos. Os imposos aqui considerados são os mesmos considerados pelo Senar (2013, p. 14): Funrural (2,1%), Taxa Senar (0,2%) e Imposo de Renda (ribuação de acordo com o lucro bruo obido, conforme foi visualizado aneriormene, na Tabela 1). O imposo pago ao Senar e a ao Funrural são calculados sobre a receia operacional brua da pecuária. Já o imposo de renda é calculado sobre o lucro bruo da pecuária, que é calculado seguindo a abela de ribuação ou ribuando 20% da receia operacional brua seguindo ambém a abela de ribuação. Após o cálculo do lucro líquido da pecuária, é necessário calcular o Fluxo de Caixa Operacional (FCO). O FCO é igual ao lucro líquido, mais as depreciações,

74 72 menos os reinvesimenos. Além disso, no úlimo ano do projeo, é somado ao FCO o valor residual dos invesimenos na pecuária. Assim como foi feio pelo Senar (2013, p. 8), será considerado que o valor residual dos faores de produção será incorporado no fluxo de caixa, no vigésimo ano, para o cálculo dos índices econômicos. Assim, para o cálculo do valor residual dos invesimenos da pecuária, considerou-se a mesma proporção uilizada pelo Senar (2013, p. 150). Iso é, no ano 20, o Senar (2013, p. 150) incorporou 55,9% do oal do invesimeno em aivos ao FCO da pecuária, assim, o mesmo foi realizado nesse rabalho. Logo, no vigésimo ano do projeo, foi incorporado ao FCO da pecuária o valor residual de R$ ,79. Após o cálculo do FCO, é possível calcular o Fluxo de Caixa Operacional Líquido (FCOL). Para isso, basa deduzir do FCO a amorização do financiameno da pecuária. Por fim, o úlimo passo para analisar a viabilidade econômica é o cálculo do reorno econômico em cada ano. Para calcular o reorno econômico, basa adicionar ao FCOL da pecuária depreciação de aivos da aividade. A parir do cálculo do reorno econômico da pecuária, no cenário base, é possível analisar a viabilidade econômica da aividade no sisema ilp. Para isso, foi calculado o VPL da pecuária, que resulou em um valor negaivo, de - R$ , Além do cálculo do VPL, foi calculada a TIR-M, resulou em 9,41%, considerando a axa de descono ineremporal igual à axa de financiameno do ABC BNDES (8,5% a.a.), sendo essa a TMA adoada no projeo, e uma axa de reivesimeno de 13,5%. A TIR-M ficou muio próxima da TMA (8,5%), mas ainda maior do que a TMA 34. O próximo passo será o de analisar a viabilidade econômica do sisema ilp adoado na fazenda represenaiva no bioma Cerrado. 33 A abela com a análise de viabilidade econômica da pecuária enconra-se no Apêndice C desse esudo. 34 A TIR não foi calculada, pois os reornos de caixa da pecuária apresenaram mais de uma inversão de sinal e, conforme explicado no Apêndice A dessa disseração, em casos assim, o cálculo da TIR não é indicado, uma vez que poderá er mais de uma resposa.

75 Análise de Viabilidade Econômica do Sisema ilp no Cenário Base Assim, a parir das análises de viabilidade econômica da lavoura e da pecuária, é possível analisar a viabilidade econômica do sisema ilp como um odo da fazenda represenaiva do bioma Cerrado. Para analisar a viabilidade econômica do sisema ilp é necessário apenas somar os cálculos feios individualmene para a lavoura e para a pecuária. Assim, o resulado econômico do sisema ilp é dado pela soma dos resulados econômicos das aividades calculados separadamene. A parir do cálculo do reorno econômico do sisema ilp é possível analisar a sua viabilidade econômica. Para isso, foi calculado o VPL do sisema, que resulou em um valor posiivo, de R$ , Além do cálculo do VPL, foi calculada a TIR-M, que resulou em 11,89%, considerando a axa de descono ineremporal igual à axa de financiameno do ABC BNDES (8,5% a.a.), sendo essa a TMA adoada no projeo, e uma axa de reinvesimeno de 13,50%. A TIR-M ficou acima da TMA (8,5%), corroborando o resulado do VPL. Logo, com as premissas e hipóeses adoadas, o sisema ilp apresena viabilidade econômica 36. Dessa forma, consaa-se que, nas condições adoadas, o sisema ilp apresena viabilidade econômica no cenário base, sendo que a lavoura conribui posiivamene para isso, enquano que a pecuária conribui negaivamene para al resulado. A parir disso, para saber se esses resulados não foram enconrados por acaso, iso é, devido aos parâmeros adoados discricionariamene, serão realizadas na próxima seção diversas análises de sensibilidade. 35 A abela com a análise de viabilidade econômica do sisema ilp enconra-se no Apêndice C desse esudo. 36 A TIR não foi calculada, pois os reornos econômicos do sisema ilp apresenaram mais de uma inversão de sinal e, conforme explicado no Apêndice A dessa disseração, em casos assim, o cálculo da TIR não é indicado, uma vez que poderá er mais de uma resposa.

76 74 6. ANÁLISES DE SENSIBILIDADE Como foi viso nas seções aneriores, a lavoura se mosrou economicamene viável (VPL posiivo), enquano que a pecuária não demonsrou viabilidade econômica (VPL negaivo). A parir da análise de viabilidade econômica da lavoura e da pecuária, foi realizada a análise para o sisema ilp global, que se mosrou viável, sob as condições adoadas. No enano, odos os cálculos realizados nas análises aneriores foram feios adoando algumas premissas, ano econômicas quano em relação ao modelo ilp adoado. Assim, como a análise foi baseada em parâmeros escolhidos de forma discricionária, pode ser que os resulados sofram aleração caso esses parâmeros sejam alerados. Dessa forma, nessa seção será realizada a análise de sensibilidade dos resulados que, basicamene, consise em alerar uma ou mais premissas adoadas nas análises aneriores (cenário base) e verificar se os resulados se aleram ou se manêm, ou de oura forma, verificar se os resulados são considerados robusos ou não. Assim, as análises de sensibilidade que serão realizadas nessa seção buscarão responder quaro quesões: 1. Quais variáveis mais afeam o reorno do sisema ilp? Para responder essa quesão, buscou-se considerar como a viabilidade econômica do sisema ilp se aleraria caso o valor de uma das variáveis adoadas fosse alerada. Com isso, será possível responder qual variável impaca de forma mais inensa o reorno econômico do sisema ilp, ou seja, será possível idenificar quais são as variáveis críicas para o modelo. Dessa forma, para a maioria das análises de sensibilidade, considerou-se uma aleração de um desvio-padrão (para cima e para baixo) no valor adoado no cenário base para a variável, sendo que esse desvio-padrão foi calculado aravés da série hisórica de cada variável. A parir dessas alerações, verificou-se como o VPL do sisema ilp se aleraria. É imporane ressalar que, nos casos da axa de financiameno e da axa de loação não foram considerados os desvios-padrões das séries hisóricas, pois não há séries hisóricas para essas variáveis. Dessa forma, foram uilizados ouros

77 75 criérios para fazer a análise de sensibilidade nesses casos, que serão explicados mais adiane. 2. Para as variáveis críicas, assumindo a disribuição observada dos valores dos úlimos anos, qual é a probabilidade do ilp ser economicamene viável? A parir da idenificação das variáveis críicas, serão consruídos, para cada uma das variáveis, cenários, seguindo a disribuição (desvio-padrão) de valores observada na série hisórica de cada uma das variáveis críicas. Após a consrução desses cenários, será calculada a probabilidade do VPL do sisema ilp ser posiivo. Mais uma vez é imporane ressalar que a consrução dos cenários para axa de financiameno e axa de loação seguiram ouros criérios para a definição do desvio-padrão para a consrução dos cenários, os quais serão explicados adiane, quando surgir a necessidade. Além dessa análise isolada das variáveis críicas, considerou-se as variáveis que apresenaram os maiores desvios-padrões nos VPLs enconrados nos cenários, e foram feias essa mesma análise considerando duas variáveis críicas ao mesmo empo. Ou seja, considerou-se cenários para uma variável críica e ouros cenários para oura variável críica, gerando, assim, 1 milhão de cenários para o VPL. A parir disso, foi realizada a análise de probabilidade de o VPL do sisema ilp ser posiivo. 3. Qual é o inervalo de reorno mais frequene obido pelo ilp nos cenários gerados para cada uma das variáveis? A parir dos cenários consruídos para responder a perguna 2, visa aneriormene, é possível responder qual é o inervalo de reorno mais frequene obido pelo sisema ilp, para cada uma das variáveis críicas. Para isso, considerando os cenários adoados, verificou-se qual foi o VPL médio e qual foi o desvio-padrão dos VPLs enconrados. A parir disso, calculou-se a probabilidade de o VPL esar enre um desvio-padrão para cima e um desvio-padrão para baixo da média, além de idenificar qual é esse inervalo de VPL.

78 76 4. Das variáveis críicas, a parir de qual pono o sisema ilp passa a ser economicamene viável? A parir dos cenários consruídos para responder a quesão 2, foi possível responder, considerando cada uma das variáveis críicas, a parir de qual pono o sisema ilp passa a ser economicamene viável. Para isso, os VPLs enconrados a parir dos cenários consruídos foram organizados do menor para o maior, e verificou-se o valor de cada variável críica que ornava o VPL do sisema ilp posiivo ou negaivo. Dessa forma, considerando as quesões que se quer responder, nas próximas seções, as análises de sensibilidade serão mais dealhadamene explicadas. Por fim, a parir das análises de sensibilidades, serão realizadas as conclusões desse esudo Quais variáveis mais afeam o reorno do sisema ilp? Para realizar a análise de sensibilidade é preciso, em primeiro lugar, verificar quais são as variáveis críicas do modelo, ou seja, quais são as variáveis que, se aleradas, provocam um maior efeio na TIR-M ou no VPL. De acordo com a Comissão Europeia (2003, p. 42), como foi viso aneriormene, os criérios uilizados para a escolha das variáveis críicas diferem de acordo com o projeo analisado e devem ser avaliadas com rigor em cada caso. Porano, algumas das principais variáveis do sisema ilp proposo nessa disseração serão analisadas, com o objeivo de saber quais são as variáveis que mais impacam os resulados de viabilidade econômica. Para isso, foram consideradas as seguines variáveis: (i) axa de financiameno; (ii) preço do milho; (iii) preço do novilho; (iv) produividade da soja inegração; (v) produividade do milho inegração; (vi) cuso de produção do milho inegração; (vii) cuso de produção da soja inegração; e (viii) axa de loação. Essas variáveis foram escolhidas por dois moivos: econômicos e écnicos. No caso dos preços do milho, dos novilhos e axa de financiameno, são

79 77 variáveis econômicas, que não dependem do produor. Nos casos das produividades da soja e do milho, do cuso de produção desses produos e da axa de loação da pecuária, são as variáveis que a lieraura indica que serão mais impacadas caso o produor passe de uma produção convencional para uma produção com inegração, além de que, os cusos de produção ambém são variáveis que dependem da conjunura econômica do momeno Taxa de Financiameno Assim, o primeiro exercício foi realizado para a axa de financiameno. A axa de financiameno considerada nas análises de viabilidade econômica foi de 8,5% ao ano, já que essa é a axa de juros cobrada pela linha ABC BNDES aualmene. Dessa forma, quando se considera um aumeno de um pono percenual 37 na axa de financiameno, ou seja, considerando uma axa de financiameno de 9,5%, o VPL do sisema ilp cairia -64,9%, passando de R$ ,16 para R$ Além disso, quando se considera uma queda de um pono percenual na axa de financiameno (7,5%), o VPL do sisema aumenaria 73,9%, alcançando o paamar de R$ Ou seja, o reorno econômico do projeo é bem sensível à axa de juros. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar a axa de financiameno do sisema para 9,5% ao ano, a TIR-M aumenaria 0,9 ponos percenuais, passando de 11,89% para 11,98% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda na axa de financiameno para 7,5% ao ano, a TIR-M reduziria 0,12 ponos percenuais, aingindo o valor de 11,77% ao ano. Como se pode observar, o VPL é muio mais sensível às variações da axa de financiameno do que a TIR-M Preço do Milho 37 Foi considerada essa variação de 1,0 pono percenual (para cima e para baixo), pois essa é a diferença enre a axa de juros da linha ABC praicada no ano-safra 2016/17 (8,5% a.a.) e a praicada no ano-safra 2015/16 (7,5% a.a., para médios produores).

80 78 O mesmo exercício foi realizado para o preço do milho. O preço do milho considerado nas análises de viabilidade econômica realizadas nas seções aneriores foi de R$ 37,54 por saca. Se for considerado um aumeno de R$ 6,60 38 no preço da saca do milho (R$ 44,14), o VPL aumenaria 159,09%, passando de R$ ,16 para R$ ,24. Alernaivamene, ao considerar uma queda de R$ 6,60 no preço da saca do milho (R$ 30,94), o VPL cairia -150,87%, ornando o sisema economicamene inviável (-R$ ,66). Ou seja, o reorno econômico do projeo é bem sensível ao preço do milho. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar o preço da saca do milho para R$ 44,14, a TIR-M aumenaria 2,21 ponos percenuais, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 14,21% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda no preço da saca do milho para R$ 30,94, a TIR-M reduziria -2,57 ponos percenuais, aingindo o valor de 9,43% ao ano Preço do Novilho O preço do novilho, por sua vez, considerado nas análises de viabilidade econômica foi de R$ 133,47 por arroba. Considerando um aumeno de R$ 17,69 39 no preço da arroba do novilho (R$ 151,16), o VPL aumenaria 117,54%, passando de R$ ,16 para R$ ,19. Por ouro lado, ao considerar uma queda de R$ 17,69 no preço da arroba do novilho (R$ 115,78), o VPL do sisema ilp cairia -117,75%, ornando o sisema economicamene inviável (- R$ ,15). Ou seja, o reorno econômico do projeo é bem sensível ao preço do novilho. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar o preço da arroba do novilho para R$ 151,16, a TIR-M aumenaria 1,55 pono percenual, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 13,55% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda no preço da arroba do novilho para R$ 115,78, a TIR-M reduziria -2,06 ponos percenuais, aingindo o valor de 9,94% ao ano. 38 O desvio-padrão dos preços de milho (por saca) da série hisórica (julho/04 a ouubro/16) do CEPEA é de R$ 6, O desvio-padrão dos preços dos novilhos (por arroba) da série hisórica (julho/04 a ouubro/16) do CEPEA é de R$ 17,69.

81 Produividade da Soja Inegração A produividade da soja inegração, por sua vez, considerada nas análises de viabilidade econômica dessa disseração foi de 65 sacas por hecare para odos os 20 anos do projeo. Considerando um aumeno de 1,50 sacas por hecare 40 na produividade da soja inegração, ou seja, considerando uma produividade 66,50 sacas por hecare, o VPL aumenaria 28,69%, passando de R$ ,16 para R$ Alernaivamene, considerando uma queda de 1,50 sacas por hecare na produividade da soja inegração, iso é, considerando uma produividade de 63,50 sacas por hecare, o VPL cairia -28,69%, alcançando um VPL de R$ ,09. Ou seja, o reorno econômico do projeo é menos sensível à produividade da soja inegração, do que à axa de juros, ao preço do milho e ao preço do novilho. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar a produividade da soja inegração para 66,50 sacas por hecare, a TIR-M aumenaria 0,43 ponos percenuais, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 12,32% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda na produividade da soja inegração para 63,50 sacas por hecare, a TIR-M reduziria - 0,44 ponos percenuais, aingindo o valor de 11,44% ao ano Produividade do Milho Inegração A produividade do milho inegração, por sua vez, considerada nas análises de viabilidade econômica dessa disseração foi de 170 sacas por hecare para odos os anos do projeo. Considerando um aumeno de 20,79 sacas por hecare 41 na produividade do milho inegração, ou seja, considerando uma produividade 190,79 sacas por hecare, o VPL aumenaria 110,46%, passando de R$ ,16 para R$ ,52. Alernaivamene, considerando uma queda 40 A produividade da soja comum esimada pelo IMEA enre dezembro/2011 e seembro/2016 em um desvio-padrão de 1,50 sacas por hecare, considerando as cinco regiões que o IMEA divulga (Cenro-Sul, Médio Nore, Nordese, Oese e Sudese). hp:// 41 A produividade do milho comum esimada pelo IMEA enre janeiro/2013 e seembro/2016 em um desvio-padrão de 20,79 sacas por hecare, considerando as cinco regiões que o IMEA divulga (Cenro-Sul, Médio Nore, Nordese, Oese e Sudese). hp://

82 80 de 20,79 sacas por hecare na produividade do milho inegração, iso é, considerando uma produividade de 149,21 sacas por hecare, o VPL cairia - 105,76%, alcançando um VPL negaivo de - R$ ,07. Ou seja, o reorno econômico do projeo é bem sensível à produividade do milho inegração. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar a produividade do milho inegração para 190,79 sacas por hecare, a TIR- M aumenaria 1,64 ponos percenuais, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 13,53% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda na produividade do milho inegração para 149,21 sacas por hecare, a TIR-M reduziria - 1,71 ponos percenuais, aingindo o valor de 10,18% ao ano Cuso de Produção do Milho Inegração O cuso de produção por hecare do milho inegração, por sua vez, considerado nas análises de viabilidade econômica dessa disseração foi de R$ 2.834,97 por hecare para odos os anos do projeo. Considerando um aumeno de R$ 398,31 por hecare 42 no cuso de produção do milho inegração, ou seja, considerando um cuso de R$ 3.233,28 por hecare, o VPL cairia -60,11%, passando de R$ ,16 para R$ ,37. Alernaivamene, considerando uma queda de R$ 398,31 por hecare no cuso do milho inegração, iso é, considerando um cuso de R$ 2.436,66 por hecare, o VPL aumenaria 63,24%, alcançando um VPL de R$ ,32. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar o cuso de produção do milho inegração para R$ 3.233,28 por hecare, a TIR-M cairia -0,95 ponos percenuais, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 10,94% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda no cuso de produção do milho inegração para R$ 2.436,66 por hecare, a TIR-M aumenaria 0,96 ponos percenuais, aingindo o valor de 12,85% ao ano Cuso de Produção da Soja Inegração 42 O desvio-padrão dos cusos de produção do milho (por hecare) da série (janeiro/13 a seembro/16) do IMEA é de R$ 398,31 por hecare.

83 81 Já o cuso de produção por hecare da soja inegração, por sua vez, considerado nas análises de viabilidade econômica dessa disseração foi de R$ 2.287,67 por hecare para odos os anos do projeo. Considerando um aumeno de R$ 470,10 por hecare 43 no cuso de produção da soja inegração, ou seja, considerando um cuso de R$ 2.757,78 por hecare, o VPL cairia -90,78%, passando de R$ ,16 para R$ ,41. Alernaivamene, considerando uma queda de R$ 470,10 por hecare no cuso de produção da soja inegração, iso é, considerando um cuso de R$ 1.817,57 por hecare, o VPL aumenaria 91,17%, alcançando um VPL de R$ ,30. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar o cuso de produção da soja inegração para R$ 2.757,78 por hecare, a TIR-M cairia -1,35 ponos percenuais, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 10,54% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda no cuso de produção da soja inegração para R$ 1.817,57 por hecare, a TIR-M aumenaria 1,21 ponos percenuais, aingindo o valor de 13,10% ao ano Taxa de Loação da Pecuária Por fim, a axa de loação (UA/hecare) da pecuária, por sua vez, considerado nas análises de viabilidade econômica dessa disseração, no período de esabilização 44, foi de 4 UA/hecare. Considerando um aumeno de 1 UA/hecare 45 na axa de loação, ou seja, considerando uma axa de loação de 5 UA/hecare, o VPL aumenaria 61,11%, passando de R$ ,16 para R$ ,72. Alernaivamene, considerando uma queda de 1 UA/hecare na axa de loação da pecuária, iso é, considerando uma axa de loação de 3 UA/hecare, o VPL cairia -64,09%, alcançando um VPL de R$ ,95. Considerando a TIR-M como indicador de viabilidade econômica, ao aumenar a axa de loação da pecuária para 5 UA/hecare, a TIR-M aumenaria 0,90 43 O desvio-padrão dos cusos de produção da soja (por hecare) da série (dezembro/11 a seembro/16) do IMEA é de R$ 470,10 por hecare. 44 Do ano 4 ao ano Foi escolhida 1 UA/hecares, pois esse valor corresponde, nessa disseração, a uma unidade de cabeça de novilho de 2 a 3 anos.

84 82 ponos percenuais, passando de 11,89% ao ano e alcançando o paamar de 12,79% ao ano. Por ouro lado, considerando uma queda na axa de loação para 3 UA/hecare, a TIR-M reduziria em -1,12 ponos percenuais, aingindo o valor de 10,76% ao ano Quem mais influencia o reorno econômico do ilp? Dessa forma, odas as variáveis analisadas aneriormene podem ser consideradas variáveis críicas aos resulados do modelo, uma vez que, alerações nessas variáveis causam mudanças, principalmene, no VPL do projeo. No enano, algumas variáveis impacam mais na viabilidade econômica do sisema ilp do que ouras. Assim, das análises de sensibilidade realizadas aneriormene, em-se as seguines conclusões: a) maior sensibilidade do sisema ilp às variações dos preços do milho (em R$/saca) e dos novilhos (em R$/arroba) e da produividade do milho inegração (em sacas/hecare); b) limiada sensibilidade do sisema ilp às variações da axa de financiameno (em % a.a.) e do cuso de produção da soja inegração (em R$/hecare); e c) menor sensibilidade do sisema ilp às variações da produividade da soja (em sacas/hecare), axa de loação (em UA/hecare) e cuso de produção do milho inegração (R$/hecare) Análise de Sensibilidade das Variáveis Críicas A parir da idenificação das variáveis críicas, realizada na seção anerior, o próximo passo desse rabalho é fazer a análise de sensibilidade dessas variáveis, sendo que, em primeiro lugar, as variáveis serão analisadas separadamene e, em segundo lugar, serão analisadas em pares, escolhendo, para isso, as variáveis que

85 83 mais causam incerezas no VPL, iso é, aquelas variáveis que geram os maiores desvio-padrões nas análises de sensibilidade individuais Taxa de Financiameno Para a análise de sensibilidade da axa de financiameno do sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média 8,5% e desviopadrão de 1,0 pono percenual. Foi considerada essa média, pois é essa a axa de juros cobrada aualmene pela linha ABC BNDES, já o desvio-padrão foi definido como 1,0 pono percenual, pois essa é a diferença enre a axa de juros da linha ABC praicada no ano-safra 2016/17 (8,5% a.a.) e a praicada no ano-safra 2015/16 (7,5% a.a., para médios produores). Para cada um desses valores hipoéicos de axa de financiameno, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 94,6% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 5,5% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,08 e o desvio-padrão foi de R$ ,48. O alo desvio-padrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações na axa de financiameno são realizadas. Apesar dos números gerados para a axa de financiameno seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade 46, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 1. No enano, de acordo com os resulados enconrados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 70,7% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 70,7% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre R$ ,40 e R$ , Sobre o ese de Jarque-Bera, ver Greene (2012, p. 317).

86 84 Gráfico 1 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando a Taxa de Financiameno (% ao ano) Fone: Elaboração própria. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 70,7% dos cenários simulados o VPL por hecare por ano ficaria enre R$ 24,48/hecare/ano e R$ 134,32/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a lavoura convencional 47, enconra-se que, em 70,6% dos cenários simulados para a axa de financiameno, o VPL ficaria enre R$ 58,18/hecare/ano e R$ 144,98/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Lavoura geraram um reorno maior do que no ilp. Para a pecuária convencional, enconra-se que, em 70,6% dos cenários simulados para a axa de financiameno, o VPL ficaria enre -R$ 33,71/hecare/ano e -R$ 10,63/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Pecuária geraram um reorno menor do que no ilp. Ainda como base de comparação, é imporane ressalar que, para implanar o sisema ilp na fazenda represenaiva foi necessário invesimenos em 47 Para fazer essa simulação e as seguines considerando a lavoura soleira e/ou pecuária convencional, considerou-se o mesmo modelo de lavoura e pecuária analisado no sisema ilp, consruído nessa disseração. No enano, sabe-se que quando se considera as aividades convencionais o modelo de análise de viabilidade econômica deve ser ouro, já que muias premissas que servem para o sisema ilp não servem para as aividades convencionais. No enano, a modelagem das aividades convencionais não faz pare do escopo dessa disseração. Assim, os resulados das análises de sensibilidade da lavoura e pecuária convencionais serão consideradas, porano, oimisas.

87 85 aivos, em cuseio agrícola e reinvesimenos de R$ ,77 no oal dos 20 anos do projeo. Trazendo essa quania a valor presene, por uma axa conservadora de 8,5% ao ano, o invesimeno oal resula em R$ ,39. Dividindo esse valor por 800 hecares e por 20 anos, chega-se em R$ 638,13/hecare/ano. Assim, mesmo na melhor hipóese de axa de financiameno com maiores chances do ocorrer, o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que uma axa de financiameno maior ou igual a 10,10% orna o sisema ilp inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 2. Na lavoura e pecuária convencionais, as axas de financiameno que ornam as aividades economicamene inviáveis são aquelas acima de, respecivamene, 11,50% e 6,70%. Gráfico 2 VPL (em R$) do Sisema ilp, alerando a Taxa de Financiameno (% ao ano) Fone: Elaboração própria Preço do Milho Para a análise de sensibilidade do preço do milho no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média R$ 37,54 por saca e desvio-padrão de R$ 6,60 por saca. Tano a média como o desvio-padrão foram

88 86 calculados considerando a média hisórica (julho/04 a ouubro/16) dos preços de milho, divulgados pelo CEPEA, razidos a preços de ouubro/2016 pelo IGP-M. Para cada um desses valores hipoéicos de preço de milho, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 74,8% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 25,2% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,16 e o desvio-padrão foi de R$ ,35. O alo desviopadrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações no preço do milho são realizadas. Apesar dos números gerados para o preço do milho seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 3. No enano, aravés dos resulados enconrados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,5% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,5% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,19 e R$ ,51. Gráfico 3 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando o Preço de Milho (R$/saca) Fone: Elaboração própria.

89 87 De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,5% dos cenários simulados para o preço de milho, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 37,90/hecare/ano e R$ 196,34/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a lavoura convencional, enconra-se que, em 68,5% dos cenários simulados para o preço de milho, o VPL ficaria enre -R$ 14,85/hecare/ano e R$ 219,40/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Lavoura geraram um reorno maior do que no ilp, para os cenários de preço de milho. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que mesmo na melhor hipóese de preço do milho, o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que um preço de milho menor ou igual a R$ 33,20 por saca orna o sisema ilp inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 4. Na lavoura convencional, o preço de milho que orna a aividade economicamene inviável é aquele abaixo de R$ 31,84. Gráfico 4 VPL (em R$), alerando o Preço do Milho (R$/saca) Fone: Elaboração própria.

90 Preço do Novilho Para a análise de sensibilidade do preço do novilho no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média R$ 133,47 por arroba e desvio-padrão de R$ 17,69 por arroba. Tano a média como o desvio-padrão foram calculados considerando a média hisórica (julho/97 a ouubro/16) dos preços de novilho (à visa, com Funrural), divulgados pelo CEPEA, razidos a preços de ouubro/2016 pelo IGP-M. Para cada um desses valores hipoéicos de preço do novilho, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 80,8% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 19,2% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,44 e o desvio-padrão foi de R$ ,77. O alo desvio-padrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações no preço do novilho são realizadas. Apesar dos números gerados para o preço do novilho seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 5. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,9% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,9% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,33 e R$ ,21.

91 89 Gráfico 5 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando o Preço do Novilho (R$/arroba) Fone: Elaboração própria. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,9% dos cenários simulados para o preço do novilho, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 12,26/hecare/ano e R$ 164,74/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a pecuária convencional, enconra-se que, em 68,9% dos cenários simulados para o preço de milho, o VPL ficaria enre -R$ 110,39/hecare/ano e R$ 66,61/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Pecuária geraram um reorno menor do que no ilp, para os cenários de preço de novilho. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que mesmo na melhor hipóese de preço do novilho (com maiores probabilidades de ocorrer), o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que um preço de novilho menor ou igual a R$ 118,46 por arroba orna o sisema inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 6. Na pecuária soleira, o

92 90 preço do novilho que orna a aividade economicamene inviável é aquele abaixo de R$ 137,97 por arroba. Gráfico 6 VPL (em R$), alerando o Preço do Novilho (R$/arroba) Fone: Elaboração própria Produividade da Soja Inegração Para a análise de sensibilidade da produividade da soja inegração no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média de 65 sacas por hecare e desvio-padrão de 1,50 sacas por hecare. A média de 65 sacas por hecare foi escolhida, pois foi ese o valor adoado pelo rabalho do Senar (2013, p. 142), e nos cálculos realizados nessa disseração. Já o desvio-padrão foi calculado considerando a os dados da série hisórica (dezembro/11 a seembro /16) da produividade da soja comum esimada pelo IMEA, considerando as cinco regiões conempladas pelo insiuo (Cenro-Sul, Médio Nore, Nordese, Oese e Sudese). Para cada um desses valores hipoéicos de produividade da soja inegração, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 65,6% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 34,4% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,15 e o desvio-padrão foi de R$ ,26. O alo desvio-padrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações na produividade da soja inegração são realizadas.

93 91 Apesar dos números gerados para a produividade da soja inegração seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 7. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 69,3% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 69,3% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,11 e R$ ,41. Gráfico 7 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando a Produividade da Soja Inegração (sacas / hecare) Fone: Elaboração própria. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 69,3% dos cenários simulados para o produividade da soja inegração, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 115,45/hecare/ano e R$ 265,48/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a lavoura convencional, enconra-se que, em 69,3% dos cenários simulados para a produividade da soja inegração, o VPL ficaria enre -R$ 92,40/hecare/ano e R$ 288,54/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os

94 92 resulados mais frequenes na Lavoura geraram um reorno maior do que no ilp, para os cenários de produividade da soja inegração. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que mesmo na melhor hipóese da produividade da soja inegração, o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que uma produividade da soja inegração menor ou igual a 59,66 sacas por hecare orna o sisema inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 8. Na lavoura soleira, a produividade da soja que orna a aividade economicamene inviável é aquele abaixo de 57,99 sacas por hecare. Gráfico 8 VPL (em R$), alerando a Produividade da Soja Inegração (sacas / hecare) Fone: Elaboração própria Produividade do Milho Inegração Para a análise de sensibilidade da produividade do milho inegração no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média de 170 sacas por hecare e desvio-padrão de 20,79 sacas por hecare. A média de 170 sacas por hecare foi escolhida, pois foi ese o valor adoado pelo rabalho do Senar (2013, p. 142), e nos cálculos realizados nessa disseração. Já o desvio-padrão foi

95 93 calculado considerando a os dados da série hisórica (janeiro/2013 a seembro/16) da produividade do milho comum esimada pelo IMEA, considerando as cinco regiões conempladas pelo insiuo (Cenro-Sul, Médio Nore, Nordese, Oese e Sudese). Para cada um desses valores hipoéicos de produividade do milho inegração, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 82,6% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 17,4% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,19 e o desvio-padrão foi de R$ ,95. O alo desvio-padrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações na produividade do milho inegração são realizadas. Apesar dos números gerados para a produividade do milho inegração seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 9. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,2% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,2% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,76 e R$ ,13. Gráfico 9 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando a Produividade do Milho Inegração (sacas / hecare) Fone: Elaboração própria.

96 94 De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,2% dos cenários simulados para o a produividade do milho inegração, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 4,90/hecare/ano e R$ 157,63/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a lavoura convencional, enconra-se que, em 68,2% dos cenários simulados para a produividade do milho inegração, o VPL ficaria enre R$ 18,15/hecare/ano e R$ 180,68/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Lavoura geraram um reorno maior do que no ilp, para os cenários de produividade do milho inegração. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que mesmo na melhor hipóese da produividade do milho inegração, o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que uma produividade do milho inegração menor ou igual a 150,36 sacas por hecares orna o sisema inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 10. Na lavoura soleira, a produividade do milho que orna a aividade economicamene inviável é aquela abaixo de 144,15 sacas por hecare. Gráfico 10 VPL (em R$), alerando a Produividade do Milho Inegração (sacas / hecare)

97 95 Fone: Elaboração própria Cuso de Produção do Milho Inegração Para a análise de sensibilidade do cuso de produção do milho inegração no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média de R$ 2.834,97 por hecare e desvio-padrão de R$ 398,31 por hecare. A média de R$ 2.834,97 por hecare foi escolhida, pois foi ese o valor adoado nos cálculos realizados nessa disseração. Já o desvio-padrão foi calculado considerando a os dados da série hisórica (janeiro/2013 a seembro/16) do cuso de produção médio do milho comum esimada pelo IMEA, considerando as cinco regiões conempladas pelo insiuo (Cenro-Sul, Médio Nore, Nordese, Oese e Sudese). Para cada um desses valores hipoéicos de cuso de produção do milho inegração, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 95,6% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 4,4% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,89 e o desvio-padrão foi de R$ ,15. O alo desvio-padrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações no cuso de produção do milho inegração são realizadas, apesar de ese ser o menor desvio-padrão das simulações realizadas aé ese momeno. Apesar dos números gerados para o cuso de produção do milho inegração seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 11. No enano, com base nos resulados obidos, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,3% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,3% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre R$ ,74 e R$ ,04.

98 96 Gráfico 11 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando o Cuso de Produção do Milho Inegração (R$ / hecare) Fone: Elaboração própria. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,3% dos cenários simulados para o cuso de produção do milho inegração, o VPL por hecare por ano ficaria enre R$ 30,13/hecare/ano e R$ 123,30/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a lavoura convencional, enconra-se que, em 68,3% dos cenários simulados para o cuso de produção milho, o VPL ficaria enre R$ 53,19/hecare/ano e R$ 146,35/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Lavoura geraram um reorno maior do que no ilp, para os cenários de cuso de produção do milho. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que, mais uma vez, mesmo na melhor hipóese do cuso de produção do milho inegração, o VPL por hecare por ano seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que um cuso de produção do milho inegração maior ou igual a R$ 3.505,76 sacas por hecare orna o sisema inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia

99 97 o Gráfico 12. Na lavoura soleira, o cuso de produção do milho que orna a aividade economicamene inviável é aquela acima de R$ 3.722,05. Gráfico 12 VPL (em R$), alerando o Cuso de Produção do Milho Inegração (R$ / hecare) Fone: Elaboração própria Cuso de Produção da Soja Inegração Para a análise de sensibilidade do cuso de produção da soja inegração no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média de R$ 2.287,67 por hecare e desvio-padrão de R$ 470,10 por hecare. A média de R$ 2.287,67 por hecare foi escolhida, pois foi ese o valor adoado nos cálculos realizados nessa disseração. Já o desvio-padrão foi calculado considerando a os dados da série hisórica (dezembro/2011 a seembro/16) do cuso de produção da soja comum esimada pelo IMEA, considerando as cinco regiões conempladas pelo insiuo (Cenro-Sul, Médio Nore, Nordese, Oese e Sudese). Para cada um desses valores hipoéicos de cuso de produção da soja inegração, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 86,0% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 14,0% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,03 e o desvio-padrão foi de R$

100 ,12. O alo desvio-padrão revela o alo grau de incereza do VPL, quando as alerações no cuso de produção da soja inegração são realizadas. Apesar dos números gerados para o cuso de produção da soja inegração seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 13. No enano, com base nos resulados obidos, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,9% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,9% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre R$ ,91 e R$ ,14. Gráfico 13 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando o Cuso de Produção da Soja Inegração (R$ / hecare) Fone: Elaboração própria. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,9% dos cenários simulados para o cuso de produção da soja inegração, o VPL por hecare por ano ficaria enre R$ 4,79/hecare/ano e R$ 144,46/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a lavoura convencional, enconra-se que, em 68,9% dos cenários simulados para o

101 99 cuso de produção da soja inegração, o VPL ficaria enre R$ 27,84/hecare/ano e R$ 167,52/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Lavoura geraram um reorno maior do que no ilp, para os cenários de cuso de produção da soja inegração. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que, mais uma vez, mesmo na melhor hipóese do cuso de produção da soja inegração, o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que um cuso de produção da soja inegração maior ou igual a R$ 2.805,53 sacas por hecare orna o sisema inviável economicamene, iso é, orna o VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 14. Na lavoura soleira, o cuso de produção da soja que orna a aividade economicamene inviável é aquela acima de R$ 2.964,55. Gráfico 14 VPL (em R$), alerando o Cuso de Produção da Soja Inegração (R$ / hecare) Fone: Elaboração própria Taxa de Loação (UA/hecare) Para a análise de sensibilidade da axa de loação da pecuária no sisema ilp, foram gerados números com disribuição normal, com média igual a 4 UA/hecare e desvio-padrão de 1,2 UA/hecare. A média de 4 UA/hecare foi

102 100 escolhida, pois foi ese o valor adoado, no período de esabilização, nos cálculos realizados nessa disseração, bem como nos cálculos realizados pelo Senar (2013, p. 147). Já o desvio-padrão foi escolhido de acordo com a diferença enre a axa de loação praicada na pecuária convencional e no sisema ilp 48, no esudo realizado pelo Senar (2013, p. 87 e 147). Para cada um desses valores hipoéicos de axa de loação da pecuária, foi calculado o VPL correspondene do sisema ilp. De odos os cenários simulados, 94,2% resularam em um VPL posiivo e, alernaivamene, 5,8% resularam em um VPL negaivo. Além disso, nos cenários simulados enconrou-se que o VPL médio foi de R$ ,55 e o desvio-padrão foi de R$ ,25. Apesar dos números gerados para a axa de loação da pecuária seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não aceiase a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 15. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,0% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,0% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre R$ ,30 e R$ , Nas análises realizadas pelo Senar (2013, p. 87 e 147), a axa de loação adoada para a pecuária convencional, no período de esabilização, foi de 2,8 UA/hecare, e para a pecuária do sisema ilp foi de 4,0 UA/hecare, logo, a diferença enre as duas axas de loação é igual a 1,2 UA/hecare.

103 101 Gráfico 15 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando a Taxa de Loação da Pecuária (UA / hecare) Fone: Elaboração própria. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,0% dos cenários simulados para o cuso de produção da soja inegração, o VPL por hecare por ano ficaria enre R$ 27,77/hecare/ano e R$ 120,11/hecare/ano. Assim, para er uma base de comparação, quando se considera apenas a pecuária convencional, enconra-se que, em 68,0% dos cenários simulados para a axa de loação, o VPL ficaria enre -R$ 70,36/hecare/ano e R$ 21,98/hecare/ano. Ou seja, a parir das mesmas premissas, êm-se que os resulados mais frequenes na Pecuária geraram um reorno menor do que no ilp, para os cenários de axa de loação. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que, mais uma vez, mesmo na melhor hipóese da axa de loação, o VPL por hecare por ano do sisema ilp seria menor do que foi invesido por hecare por ano. Por fim, ficou consaado que uma axa de loação da pecuária menor ou igual a 2,42 UA/hecare orna o sisema inviável economicamene, iso é, orna o

104 102 VPL negaivo, coeeris paribus, conforme evidencia o Gráfico 16. Na pecuária convencional, a axa de loação que orna a aividade economicamene inviável é aquela menor ou igual a 4,49 UA/hecare. Gráfico 16 VPL (em R$), alerando a axa de loação da pecuária (UA/hecare) Fone: Elaboração própria Análise de Sensibilidade das Variáveis Críicas em Pares O próximo passo é verificar como se compora a viabilidade do sisema ilp alerando duas premissas ao mesmo empo. Como foi viso aneriormene, as variáveis que mais geram incerezas (maiores desvios-padrões), de acordo com as simulações realizadas, no VPL são: produividade da soja inegração, preço do milho e preço do novilho. Essas são as variáveis que geraram os maiores desvios-padrões nas simulações realizadas. Dessa forma, o próximo passo é fazer a análise de sensibilidade alerando essas duas dessas variáveis ao mesmo empo, e avaliar como o VPL se compora. Como essas variáveis apresenaram os maiores desvios-padrões de odas as simulações realizadas, significa que, ao combinar essas variáveis (duas a duas), deve-se enconrar o maior inervalo que o VPL pode assumir, seguindo o modelo ilp proposo por essa disseração.

105 Produividade da Soja Inegração e Preço do Milho Assim, a primeira analise de sensibilidade conjuna que será realizada uilizará as seguines variáveis: produividade da soja inegração e preço do milho. Para isso, foram gerados valores hipoéicos para cada uma das variáveis, seguindo a disribuição normal, gerando, porano 1 milhão de cenários. Para a produividade da soja inegração, os valores hipoéicos gerados seguirão a disribuição normal, com média de 65 sacas por hecare e desvio-padrão de 1,50 sacas por hecare, manendo o que foi aneriormene. Do mesmo modo, os valores hipoéicos gerados para o preço do milho devem seguir a disribuição normal, como média de R$ 37,54 por saca e desvio-padrão de R$ 6,60 por saca, seguindo, mais uma vez, o que foi realizado na seção anerior. De odos os cenários gerados, 74,0% deles apresenaram VPL posiivos, iso é, apresenaram viabilidade econômica. Apesar dos números gerados para a produividade da soja inegração e para o preço do milho seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 17. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 67,4% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 67,4% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,61 e R$ ,16. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 67,4% dos cenários simulados, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 40,24/hecare/ano e R$ 197,89/hecare/ano.

106 104 Gráfico 17 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando a Produividade da Soja Inegração (sacas/hecare) e o Preço do Milho (R$/saca) Fone: Elaboração própria. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que, mais uma vez, mesmo na melhor hipóese da produividade da soja inegração e do preço do milho, o VPL por hecare por ano seria menor do que foi invesido por hecare por ano Produividade da Soja Inegração e Preço do Novilho A segunda analise de sensibilidade conjuna que será realizada uilizará as seguines variáveis: produividade da soja inegração e preço do novilho. Para isso, foram gerados valores hipoéicos para cada uma das variáveis, seguindo a disribuição normal, gerando, porano, 1 milhão de cenários. Para a produividade da soja inegração, os valores hipoéicos gerados seguiram a disribuição normal, com média de 65 sacas por hecare e desvio-padrão de 1,50 sacas por hecare, manendo o que foi feio na seção anerior. Do mesmo modo, os valores hipoéicos gerados para o preço do novilho devem seguir a disribuição normal, como média de R$ 133,47 por arroba e desvio-padrão de R$ 17,69 por arroba, seguindo, mais uma vez, o que foi realizado aneriormene.

107 105 De odos os cenários gerados, 80% deles apresenaram VPL posiivos, iso é, apresenaram viabilidade econômica. Apesar dos números gerados para a produividade da soja inegração e para o preço do novilho seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 18. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 69,2% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 69,2% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,29 e R$ ,56. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 69,2% dos cenários simulados, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 17,37/hecare/ano e R$ 162,56/hecare/ano. Gráfico 18 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando a Produividade da Soja Inegração (sacas/hecare) e o Preço do Novilho (R$/arroba) Fone: Elaboração própria. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que, mais uma vez, mesmo na melhor hipóese da produividade da soja inegração e do preço do novilho, o VPL por hecare por ano seria menor do que foi invesido por hecare por ano.

108 Preço do Milho e Preço do Novilho A erceira e úlima analise de sensibilidade conjuna que será realizada uilizará as seguines variáveis: preço do milho e preço do novilho. Para isso, foram gerados valores hipoéicos para cada uma das variáveis, seguindo a disribuição normal, gerando, porano, 1 milhão de cenários. Para o preço do milho, os valores hipoéicos gerados seguiram a disribuição normal, com média de R$ 37,54 por saca e desvio-padrão de R$ 6,60 por saca, manendo o que foi feio aneriormene. Do mesmo modo, os valores hipoéicos gerados para o preço do novilho devem seguir a disribuição normal, como média de R$ 133,47 por arroba e desvio-padrão de R$ 17,69 por arroba, seguindo, mais uma vez, o que foi realizado aneriormene. De odos os cenários gerados, 69,8% deles apresenaram VPL posiivos, iso é, apresenaram viabilidade econômica. Apesar dos números gerados para o preço do milho e para o preço do novilho seguirem a disribuição normal, a disribuição dos VPLs simulados não pode ser considerada uma disribuição normal, já que, pelo ese de normalidade, não se aceia a hipóese de normalidade da disribuição, conforme mosra o Gráfico 19. No enano, com base nos resulados alcançados, pode-se afirmar que os valores que esão enre um desvio-padrão da média, para cima e para baixo, correspondem a 68,1% dos valores do conjuno simulado. Ou seja, em 68,1% dos cenários simulados foi enconrado um VPL enre -R$ ,68 e R$ ,08. De oura forma, considerando que na fazenda represenaiva onde o sisema ilp seria implanado eria 800 hecares e que o projeo eria uma vida úil de 20 anos, significa dizer que em 68,1% dos cenários simulados, o VPL por hecare por ano ficaria enre -R$ 69,90/hecare/ano e R$ 222,14/hecare/ano.

109 107 Gráfico 19 Probabilidade das faixas de VPL (em R$ milhões), alerando o Preço do Milho (R$/saca) e o Preço do Novilho (R$/arroba) Fone: Elaboração própria. Ao comparar com o invesimeno realizado no sisema ilp que, como foi viso aneriormene, é de R$ 638,13/hecare/ano, conaa-se que, mais uma vez, mesmo na melhor hipóese do preço do milho e do preço do novilho, o VPL por hecare por ano seria menor do que foi invesido por hecare por ano Sisemaização dos resulados enconrados Devido ao grande número de informação gerado pelas análises de sensibilidade realizadas aneriormene, os resulados serão sisemaizados nessa seção buscando responder quaro pergunas. 1. Quais variáveis mais afeam o reorno do sisema ilp? De acordo com as simulações realizadas, os parâmeros que mais afeam o reorno do sisema ilp projeado nessa disseração, em ermos de VPL foram: preço do milho (em R$/saca), preço do novilho (em R$/arroba) e produividade do milho inegração (em sacas/hecare) (Tabela 20). No enano, observa-se uma menor sensibilidade do sisema ilp às variações da produividade da soja inegração (em sacas/hecare), cuso de produção do milho inegração (R$/hecare) e axa de

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