7/4/2014 REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO: PECULIARIDADES DO PARECER PGFN N. 202/2013 PROFUNDA MODIFICAÇÃO DA CONTABILIDADE BRASILEIRA DESDE 2008
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1 DENISE LUCENA CAVALCANTE Pós-Doutora pela Universidade de Lisboa; Doutora pela PUC/SP; Mestre pela UFC; Especialista em Direito Tributário Internacional pela Universidade Austral Argentina e pela Univerdidade de Salamanca Espanha. Conselheira da ABDF\IFA Brasil. Procuradora da Fazenda Nacional. REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO: PECULIARIDADES DO PARECER PGFN N. 202/2013 PROFUNDA MODIFICAÇÃO DA CONTABILIDADE BRASILEIRA DESDE 2008 IN RFB 1.422, 19/12/13 MP 627, 11/11/2013 LEI /2007 IN RFB 1.397, 16/09/2013 LEI /2009 1
2 FINALIDADE DAS MODIFICAÇÕES APROXIMAÇÃO DA CONTABILIDADE BRASILEIRA AOS MÉTODOS E CRITÉRIOS ESTABELECIDOS POR PADRÔES CONTÁBEIS ADOTADOS INTERNACIONALMENTE, REFERENCIADOS SOBRE A SIGLA IFRS (INTERNACIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS). DO INÍCIO AO FIM DO RTT LEI /2007: INTRODUZ OS NOVOS CRITÉRIOS CONTÁBEIS NO BRASIL; ALTERA A BASE DE CÁLCULO DO IRPJ/COFINS/CSLL/PIS PASEP LEI /2009: INSTITUI O RTT REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO COM O OBJETIVO DE NEUTRALIDADE TRIBUTÁRIA MP 627, 11/11/2013: REVOGA O RTT 2
3 RTT -alterações na Lei das S/As (Lei 6.404/76) Alterações referem-se, principalmente, à escrituração contábil e à elaboração de Demonstrações Financeiras. Lei das S/As (Lei 6.404/76) Lei /2007 MP 449/2008 (Lei /2009) Normas da CVM ANTIGO MODELO SOCIETÁRIO APESAR DE EFICIENTE PARA FINS TRIBUTÁRIOS, ERA BASTANTE CRITICADO POR NÃO REFLETIR FIDEDIGNAMENTE A REALIDADE ECONÔMICA DAS EMPRESAS. ATUAL MODELO MENOS FISCALISTA, MENOS RÍGIDO E VOLTADO A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÕES ÚTEIS AOS USUÁRIOS EXTERNOS ATUANTES EM MERCADOS DE CAPITAL ABERTO. 3
4 GRANDES REPERCUSSÕES PARA O FISCO E O CONTRIBUINTE NECESSIDADE DE ESTUDOS TÉCNICOS PARA ACERCA DA CONFORMIDADE DAS RIQUEZAS APURADAS SEGUNDO AS NOVAS NORMAS SE INCORPORADAS IMEDIATAMENTE TERÍAMOS REPERCUSSÕES IMPREVISÍVEIS E CONSEQUÊNCIAS INCALCULÁVEIS TANTO PARA OS CONTRIBUINTES COMO PARA O ESTADO ALTERNATIVA LEGAL = REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO BUSCANDO A NEUTRALIDADE FISCAL RTT: Histórico Lei /2009 art. 15 Foi instituído o Regime Tributário de Transição (RTT) de apuração do lucro real, que tratou dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pelas Leis /2007 e /2009. Nos anos-calendário de 2008 e 2009, o RTT foi optativo. RTT foi obrigatório a partir do ano-calendário de MP 632/2013 revoga o RTT (2015) 8 4
5 MEDIDA PROVISÓRIA N. 627, 11/11/2013 OS ARTS. 67 A 69 TRAZEM MEDIDAS A APLICAÇÃO DO RTT NO PERÍODO DE 2008 A O ART. 67 ESTABELECE A ISENCÃO DE LUCROS OU DIVIDENDOS ATÉ A DATA DE PUBLICAÇÃO DA MP (12/11/2013) EM VALOR EXCEDENTE AO LUCRO APURADO COM BASE NOS CRITÉRIOS CONTÁBEIS EM O ART. 70 ESTABELECE QUE AS REGRAS TRAZIDAS PELOS ARTS. 67/69 SÓ PODEM SER UTILIZADOS POR AQUELES QUE OPTAREM PELA APLICAÇÃO DAS REGRAS CONTIDAS NA MP PARAOANODE2014. IMPACTOS FINANCEIROS DA MP 632/2013 EM RELAÇÃO AOS ARTS. 67/68 R$ 1,77 BILHÃO POR ANO (2014, 2015, 2016) 5
6 Limitações do RTT Estagnação nos critérios contábeis de 2007; Grande defasagem entre a legislação tributária e os novos critérios contábeis; Dificuldade na alteração da legislação do IRPJ e CSLL, pois a lei tributária deve fazer referência a artigos já revogados ou com nova redação. Revogação do RTT Necessidade de substituir o Regime por uma legislação fiscal mais alinhada com os novos critérios contábeis para facilitar o cumprimento das obrigações tributárias e reduzir as dúvidas e os litígios. 6
7 JUSTIFICATIVA DA URGÊNCIA E RELEVÂNCIA DA MP N. 627/2013 ELIMINAR A INSEGURANÇA JURÍDICA PROVOCADA PELO RTT QUE PREJUDICA OS CONTRIBUINTES E A RFB NECESSIDADE DE ADAPTAR OS SISTEMAS CONTÁBEIS DAS EMPRESAS E DO FISCO PARA A INFORMAÇÃO DOS NOVOS MÉTODOS E CRITÉRIOS E SEUS AJUSTES MEDIANTE LIVRO FISCAL LIMITAÇÕES DO RTT Dúvidas na interpretação da legislação tributária CASO CONCRETO: Lucro passível de distribuição com isenção (LEI 9.249/95) Dificuldades para o contribuinte e para o Fisco O RTT foi o divisor de águas : a contabilidade societária tomou um rumo e a fiscal outro. 7
8 QUAL O REGIME JURÍDICO QUE DEVE SERVIR DE SUBSTRATO PARA APLICAÇÃO DA NORMA PREVISTA NO ART. 10, DA LEI N /1995? QUAL O LIMITE MÁXIMO DA ISENÇÃO DOS LUCROS E DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS? RESULTADO APURADO SEGUNDO AS NOVAS REGRAS SOCIETÁRIAS (LEI 6.404/76, COM AS ALTERAÇÕES DA LEI N /2007 = LUCRO SOCIETÁRIO RESULTADO QUE DEVE SERVIR DE LIMITE PARA ISENÇÃO DOS LUCROS DISTRIBUÍDOS É AQUELE APURADO SEGUNDO AS NORMAS TRIBUTÁRIAS VIGENTES A PARTIR DO ADVENTO DO RTT = LUCRO FISCAL 8
9 Parecer PGFN/CAT nº 202, de 07/02/2013 Olucroaserconsideradoparafinsdaisençãoprevistanoart.10da Lei nº 9.249/1995 é o lucro fiscal obtido com a aplicação do Regime TributáriodeTransição,dequetrataoart.15daLeinº11.941/2009, enãoolucrosocietárioobtidocombasenasregrascontábeisdalei nº 6.404/1976 com as alterações trazidas pela Lei nº /2007. O lucro fiscal corresponde ao resultado contábil considerando os métodos e critérios preconizados pela Lei nº 6.404/1976 vigente em 31 de dezembro de ART. 10 DA LEI N. 9249/95 POLÍTICA FISCAL: DECIDIU-SE TRIBUTAR OS LUCROS E DIVIDENDOS EXCLUSIVAMENTE NA EMPRESA DESONERANDO-OS QUANDO DA DISTRIBUIÇÃO. 9
10 EXEMPLIFICANDO LUCRO CONTÁBIL = 100 LUCRO FISCAL= 80 DIFERENÇA = 20 NÃO TRIBUTADO: Lei 6.404/76 e Lei /2007 TRIBUTADO: Lei /2009 PARECER PGFN N. 202/2013 A TODA EVIDÊNCIA, A NORMA PREVISTA NO ART. 10 DA LEI N. 9249/95, É UMA NORMA TRIBUTÁRIA. DESSA FORMA NÃO PODE DISSOCIAR A LEITURA DO COMANDO DO ART. 10 DA LEI 9.249/95, DA NEUTRALIDADE TRIBUTÁRIA TRAZIDA PELO RTT. AS NOVAS REGRAS CONTÁBEIS NÃO PRODUZEM EFEITOS TRIBUTÁRIOS: O LUCRO A SER CONSIDERADO PARA FINS DE APLICAÇÃO DO REFERIDO ARTIGO É O OBTIDO COM UTILIZAÇÃO DO ARCABOUÇO VINGENTE ANTES DA LEI N /
11 FIM. OBRIGADA. 11
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