VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂ- NICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ

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1 26 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂ- NICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ FINANCIAL VIABILITY OF CONVENTIONAL AND ORGANIC TOMATOES IN THE STATE OF CEARÁ Kalny Kélva Pessoa Squera Lma 1 e Klmer Coelho Campos 2 Recebdo em: 09/10/2013 Aprovado em: 10/04/2014 RESUMO O tomate é a segunda hortalça mas mportante do Brasl, perdendo apenas para a batata. Nesse contexto, este estudo teve como objetvo geral comparar a vabldade fnancera do tomate produzdo por produtores convenconas com a do tomate produzdo por produtores orgâncos na mcrorregão da Ibapaba, no estado do Ceará. Especfcamente, objetvou-se estmar as recetas e os custos operaconas da produção de tomate e analsar a rentabldade obtda pelos produtores na atvdade. Os dados coletados correspondem aos períodos de 2011 e A pesqusa fo realzada com ses produtores de tomate orgânco e cnco produtores de tomate convenconal. Os nvestmentos totas ndcam que os custos para nstalação e produção do tomate orgânco são mas altos do que para o tomate tradconal. Logo, o tomate tradconal mostrou maor vabldade fnancera do que o tomate orgânco, tendo por base as metodologas utlzadas, que foram: análse de benefíco/custo, VPL (valor presente líqudo), TIR (taxa mínma de atratvdade) e análse de sensbldade. Palavras-chave: Análse de nvestmentos; Indcadores fnanceros; Serra da Ibapaba; Ceará. 1 Introdução ABSTRACT The tomato s the second most mportant vegetable crop n Brazl, second only to the potato. The study objectve was to compare the overall fnancal vablty of the tomatoes produced by conventonal farmers and organc producers n the mcro Ibapaba n the state of Ceará. Specfcally, the objectve was estmate revenue and operatng costs of tomato producton and analyze the proftablty obtaned by producers n the actvty. The data collected correspond to the perods of 2011 and The survey was conducted wth sx producers of organc tomato and fve producers of conventonal tomatoes. Total nvestments show that the costs for nstallaton and organc tomato producton are hgher than for the tradtonal tomato. Therefore, the tradtonal tomato showed greater affordablty than organc tomatoes, accordng to the methodologes whch were : analyss of cost / beneft, NPV ( net present value ) and IRR ( hurdle rate ) and also senstvty analyss. Keywords: Investment analyss; Fnancal ndcators; Serra da Ibapaba; Ceará. A cada da um número crescente de agrcultores, que há décadas adotam os sstemas convenconas de produção agrícola, vêm se nteressando pela prátca dos sstemas orgâncos. A agrcultura orgânca faz parte do conceto abrangente de agrcultura alternatva, o qual envolve também outras correntes, tas como: agrcultura natural, agrcultura bodnâmca, agrcultura bológca, agrcultura ecológca e permacultura, que adotam prncípos semelhantes (CAMPANHOLA, VALARINI, 2001; DULLEY, 2003). Em síntese, essas dferentes correntes podem ser consderadas agrcultura orgânca, pos, embora haja dversdade de deas, alguns pontos são comuns, tas como o respeto ao ambente, por meo de técncas conserva- 1 Mestre em Economa Rural pela Unversdade Federal do Ceará (UFC), Brasl. E-mal: kkhelade@hotmal.com. 2 Professor Adjunto do Departamento de Economa Agrícola da Unversdade Federal do Ceará (UFC), Brasl. Doutor em Economa Aplcada pela Unversdade Federal de Vçosa (UFV). E-mal: klmercc@bol.com.br.

2 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 27 constas e da suspensão do uso de produtos danosos, e o respeto ao homem, seja em relação à sua saúde, à sua condção socal e cultural ou econômca. Os produtos orundos desses sstemas de produção, que eram ncalmente denomnados alternatvos, passaram a ser nomeados pelo mercado (consumdores e produtores) de orgâncos (DULLEY, 2003). Já a agrcultura convenconal centra-se na elevação da produtvdade e, para tanto, emprega adubações onerosas a fm de que as plantas absorvam e metabolzem mutos nutrentes em pouco tempo. Adota a monocultura, o uso de agroquímcos e de sementes híbrdas e não usa técncas de conservação de solos. Como geralmente as adubações químcas não são equlbradas, esse desequlíbro é transmtdo também para a composção de folhas, grãos, frutos ou demas produtos comestíves, resultando em problemas como o desequlíbro nutrconal, que tornam as plantas mas susceptíves ao ataque de pragas e mcro-organsmos patogêncos. Para combater esses agentes patogêncos, é necessáro aplcar macças doses de agrotóxcos. Consequentemente, os almentos produzdos apresentam baxo valor bológco e contêm elementos tóxcos em sua composção. Souza (1998), comparando o custo de produção de um hectare de tomate nos dos sstemas de produção convenconal e orgânco, concluu que o sstema convenconal teve um custo relatvo de 19% mas alto que o orgânco, o correspondente a dólares por hectare, enquanto as demas hortalças, no mesmo estudo, obtveram um dferencal de 14%, em méda, em relação ao modo de produção convenconal. Dante da mportânca desta hortalça no Brasl, objetvou-se comparar a vabldade fnancera do tomate convenconal e orgânco na Mcrorregão da Ibapaba no estado do Ceará. Especfcamente, estmaram-se as recetas e os custos operaconas da produção de tomate e analsou-se a rentabldade obtda pelos produtores na atvdade, dentfcando o sstema de produção mas rentável. A Mcrorregão da Ibapaba fornece tomate para todo o estado do Ceará e para as captas de São Luís, Belém e Teresna. Além dsso, dentre as hortalças produzdas na regão, o tomate tem se mostrado a mas compettva em termos de produção, sendo cultvado pelos pequenos produtores 3 da regão. Nesse contexto, os resultados obtdos pelo presente estudo são relevantes para os agrcultores da regão, pos podem estabelecer parâmetros que servrão de subsídos à negocação de preços entre produtores e compradores de modo a assegurar retornos compensadores à atvdade produtva. 2 Referencal teórco Do ponto de vsta prvado (avalação fnancera), os benefícos (meddos em undades monetáras) de um projeto (plano de produção) referem-se ao fluxo anual do valor da produção total ou de tudo aqulo que contrbu para a obtenção de um objetvo. Os benefícos são estmados com base nas produções anuas prevstas e nos preços reas dos produtos (CAMPOS, 2013). Já o custo é tudo aqulo que reduz um objetvo; refere-se aos gastos com nvestmentos (valor monetáro que uma empresa lbera para aqusção de um atvo de longo prazo), renvestmentos ou reposção do captal fxo e custos operaconas (custos de todos os nsumos necessáros para colocar os nvestmentos em funconamento, sto é, em operação). Quanto ao captal de trabalho ou de gro, este dz respeto aos desnvestmentos no últmo ano do projeto. Em se tratando de projetos, recomenda-se não nclur no fluxo de caxa (fluxos de entrada e saída) os gastos que não representam um desembolso 3 São consderados produtores de pequeno porte aqueles detentores de lotes com até 8 ha de terra.

3 28 Kalny Kélva Pessoa Squera Lma e Klmer Coelho Campos monetáro efetvo, como aqueles relatvos à deprecação dos bens de captal e aos juros sobre o captal empatado no projeto. No entanto, no caso de projetos agropecuáros, prncpalmente de pequenos agrcultores em que predomna a agrcultura famlar, aparece com muta frequênca o trabalho não remunerado de membros da famíla e, em assocações (assentamentos), surge o trabalho voluntáro (mutrões), sendo necessáro, nestes casos, que esses gastos sejam remunerados, mputando-se o valor da dára vgente na área de abrangênca do projeto ou, de forma alternatva, tomando-se por base o saláro mínmo vgente. Nesse sentdo, classfca-se como nvestmento se o trabalho servr para a mplantação do projeto, ou como custo se for realzado para operaconalzar ou colocar em funconamento o projeto (BUARQUE, 1991). Como exemplos de objetvos do produtor em um projeto, têm-se: maxmzar o montante de dnhero para sustento da famíla; educar os flhos; destnar certo tempo para lazer, evtando atvdades que absorvam quase todo o tempo no ano; evtar ou mnmzar rscos tanto de produção quanto de mercado; combnar atvdades no sentdo de aumentar a renda com o tempo; maxmzar a renda líquda; e dversfcar as atvdades para reduzr os rscos (CAMPOS, 2013). Em análse de projetos, deve-se fazer uma seleção dos objetvos a serem alcançados pelo projeto, pos não é possível atngr todos os objetvos smultaneamente. Geralmente, defne(m)-se a(s) atvdade(s) e o(s) método(s) de cultvo, levando-se em consderação a experênca do agrcultor e as aptdões da regão, para, em seguda, julgar os efetos desse método sobre a renda ncremental, ou seja, a renda gerada pelo projeto. Para alcançar esses objetvos, pode-se realzar a análse em dferentes níves: das undades produtvas, das empresas (produtoras ou processadoras, prestadoras de servços fnanceros ou outras) e das nsttuções do governo. A análse fnancera em nível de undades produtvas tem por fnaldade verfcar o quão atratvo é o nvestmento adconal proposto para cada um dos modelos de produção defndos tecncamente. Para cada um desses modelos, os benefícos líqudos ncrementas esperados são realzados a partr de determnadas estratégas de nvestmento, técncas e empréstmos. Esta análse utlza como ponto de partda para seu estudo os modelos de undade de produção, ou seja, as representações smplfcadas daquelas undades de produção típcas exstentes na área sobre as quas se propõe um programa de nvestmento destnado a melhorar o nível de produção, de renda e de vda do agrcultor (MAGA- LHÃES, 1986). A análse fnancera em nível de undades produtvas cobrrá a vda útl do nvestmento proposto para cada um dos modelos defndos pela equpe de elaboração do projeto. Essa análse compara os custos e benefícos de um modelo na stuação com projeto aos custos e benefícos desse mesmo modelo na stuação sem projeto (os custos e benefícos serão avalados a preços de mercado). O resultado de tal comparação é o fluxo de benefícos ncrementas. Este poderá ser meddo com os ndcadores conhecdos de avalação de um projeto, tas como taxa nterna de retorno (TIR), valor presente líqudo (VPL), relação benefíco-custo (B/C), que permtem determnar a rentabldade do nvestmento proposto para um determnado modelo (GITTINGER, 1983). O fluxo de caxa envolve entradas e saídas de recursos de caxa. As entradas são consttuídas por todos aqueles tens que sgnfcam um benefíco (em efetvo ou em produto) para a undade de produção. Deverão ser defndas tanto para a stuação sem projeto como para a stuação com projeto. Dentro desta categora estão:

4 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 29 Valor bruto da produção: corresponde às entradas provenentes da valoração da produção estmada total, ou seja, determna o valor bruto da produção de cada uma das culturas e crações consderadas no modelo. Por exemplo, para a cultura, o valor bruto da produção será gual ao rendmento estmado da cultura, multplcado pela superfíce cultvada e pelo preço de mercado da cultura. Outra forma de realzar esse cálculo é através do volume de produção vendda, multplcado pelo preço fnancero em nível da undade produtva. Rendas fora da undade de produção: correspondem aos saláros e/ou outras rendas recebdas pelo agrcultor e sua famíla pela prestação de servços fora da undade produtva, como, por exemplo, o trabalho realzado em outra fazenda ou outra localdade. Valor resdual: também chamado de desnvestmento. Representa o valor do nvestmento no fnal do projeto ou o valor de sucata corresponde ao valor de nvestmento no fnal da sua vda útl. As saídas são consttuídas por todos aqueles tens que representam pagamentos por bens ou servços prestados à exploração e que dmnuem os benefícos líqudos. Dentro desta categora estão: Investmentos: correspondem a todas aquelas saídas de caxa, por conta de pagamentos realzados na compra de bens de captal. Gastos de operação: correspondem àquelas saídas de caxa destnadas a pagar os nsumos ou servços necessáros para levar a cabo o processo produtvo. Inclu os pagamentos de sementes, fertlzantes, nsetcdas, mão de obra contratada, etc. Neste tem estão nclusos outros pagamentos que devem ser efetuados e que não estão dretamente relaconados com a produção de um determnado produto, como, por exemplo, mpostos sobre a terra, pagamento de arrendamentos e taxas de uso da água. Captal de gro adconal: corresponde a uma corrente de gastos crada especalmente para ajustar problemas relaconados com o período de produção de uma cultura e com o fato de que os gastos de produção de uma cultura estão concentrados no começo e os benefícos no fnal de seu período de produção. O captal de gro adconal de um determnado ano corresponde a uma percentagem do aumento que se produz entre os gastos de operação de um ano em comparação com o ano anteror. É necessáro, ao fnal do projeto últmo ano da análse, realzar um ajuste que consste em agregar ao valor resdual o somatóro do captal de gro adconal de cada ano. A avalação fnancera deve ser procedda sob duas ótcas: análse fnancera antes do fnancamento e depos do fnancamento. Para sso, consderam-se como elementos que compõem os fluxos de benefícos e custos as recetas e os desembolsos esperados. Ressalta-se que os preços de fatores e produtos apresentamse com seus preços de mercado ao nvés de preço sombra e os mpostos e as taxas consttuem custos e não benefícos. Uma vez determnadas as entradas e saídas, o analsta estará em condções de calcular os benefícos líqudos totas e ncrementas de uma determnada undade de produção ou modelo.

5 30 Kalny Kélva Pessoa Squera Lma e Klmer Coelho Campos 3 Método 3.1 Área de estudo A área de estudo localza-se no Planalto Setentronal da Ibapaba, denomnado Serra da Ibapaba, que possu uma área de 7.074,3 km², abrangendo toda a porção ocdental do estado do Ceará nos lmtes com o Estado do Pauí. A Serra da Ibapaba é um ambente com tendêncas à nstabldade, apresentando topografas acdentadas, desmatamento desordenado, empobrecmento da bodversdade com descaracterzação das áreas serranas, uso e ocupação desordenada, tecnologas agrícolas rudmentares com ocorrênca de quemadas, cultvo em vertentes íngremes, torrencaldade do escoamento superfcal, ressecamento das fontes nascentes, represamento e desvo de água, polução dos solos e dos recursos hídrcos, prncpalmente pelo uso ndscrmnado de agrotóxcos (SOUSA, 2006). Segundo o IBGE (2009), a população da Serra da Ibapaba é de, aproxmadamente, habtantes e está dvdda em oto muncípos: Carnaubal, Guaracaba do Norte, Ibapna, São Benedto, Tanguá, Ubajara e Vçosa do Ceará. Possu uma área total de 5.071,142 km². As mcrorregões lmítrofes são: Campo Maor (PI), Coreaú, Ltoral de Camocm, Acaraú, Ipu, Ltoral Pauense (PI) e Sobral. De acordo com o IBGE (2003), o PIB é de R$ 552 mlhões e seu PIB per capta é R$ 2.025,00, aproxmadamente. 3.2 Natureza e fonte dos dados Os dados de natureza prmára utlzados nesta pesqusa foram coletados por meo da aplcação de questonáro semestruturado, entre mao e julho de A pesqusa fo realzada com ses pequenos produtores de tomate orgânco que são lgados à Assocação de Produtores Orgâncos da Ibapaba (APOI) e cnco pequenos produtores de tomate convenconal nstalados na regão da Serra da Ibapaba no estado do Ceará. Os produtores de tomate orgânco entrevstados são os úncos da regão que possuem certfcação 4 da Assocação Nova Encanta de Desenvolvmento Ecológco (ANEDE) Análse fnancera da atvdade agrícola Com relação à receta, pode-se defn-la como fluxo de recursos fnanceros recebdos anualmente por toda a vda útl do projeto, orgnada prncpalmente da comercalzação do produto e de seus subprodutos. Seu cálculo advém da multplcação do volume de vendas pelo preço untáro do produto. Consdera-se como custo todo e qualquer sacrfíco feto para produzr determnado bem, desde que seja possível atrbur-lhe um valor monetáro (HO- LANDA, 1987). Os custos podem ser classfcados em fxos, varáves e totas. O custo fxo é aquele que ndepende da produção, ou seja, é o conjunto de obrgações da frma para com os recursos fxos. Já o custo varável vara conforme o nível de produção, já que maores quantdades de produtos produzdos requerem maores quantdades de recursos. E o custo total, por sua vez, resulta da soma dos custos fxos e varáves. Assm, a partr do cálculo destas recetas e custos, pode-se analsar a vabldade econômca da tomatcultura orgânca e convenconal. Mranda (2008) afrma que a nvestgação quanttatva caracterza-se pela atuação nos níves de realdade e apresenta como objetvos a dentfcação e apresentação de dados, ndcadores e tendêncas observáves. Este tpo de nvestgação mostra-se geralmente aproprada quando exste a possbldade de fazer um arcabouço de meddas quantfcáves de varáves e nferêncas a partr de amostras de uma população. 4 A certfcação é dada quando as propredades de cultvo do tomate orgânco apresentam sgnfcatva melhora na utlzação e dsponbldade de recursos naturas, aumento da bodversdade, preservação dos recursos hídrcos e elmnação dos rscos à saúde e dão condções de sustentabldade para o homem no campo. 5 É uma entdade ambentalsta, sem fns lucratvos, fundada em 1990, que atua em âmbto local, naconal e nternaconal, desenvolvendo trabalhos na regão dos Estados do Ceará, Pauí e Maranhão.

6 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 31 As meddas utlzadas neste trabalho foram a Relação Benefíco/Custo, o Valor Presente Líqudo e a Taxa Interna de Retorno. Porém, para que seja possível concretzar essas métrcas, é necessára a elaboração de um fluxo de caxa que objetva o cálculo do retorno esperado do captal nvestdo, consderando-se recetas, custos e nvestmentos para todo o período do projeto. Além de um fluxo de caxa, fazse necessáro adotar uma Taxa Mínma de Atratvdade (TMA) que corresponda à taxa de rentabldade que o captal pode ganhar na melhor alternatva de utlzação além do projeto, dado um menor rsco (PEIXOTO, 1998). Neste trabalho adotaram-se, portanto, cnco TMA s 6%, 8%, 10%, 12% e 14% 6 para que fosse possível realzar uma comparação entre os resultados para dferentes custos do captal. A justfcatva de mplantação de um projeto está na comprovação de que os rendmentos esperados sejam superores aos recursos nvestdos. O projeto, para ser rentável, deverá apresentar saldo de operação que possa remunerar o captal própro e possbltar a amortzação dos fnancamentos contraídos (HOFFMANN et al, 1987 apud PEIXOTO, 1998). Logo, defnem-se esses prncpas ndcadores segundo a metodologa de Motta e Calôba (2002): (I) Relação Benefíco/Custo (B/C): é a relação entre todas as recetas atualzadas, ou seja, os benefícos a serem obtdos e todos os custos atualzados, nclundo o nvestmento ncal para realzação do projeto. Algebrcamente: B/C = ( n n R /(1 + r) /( = 0 = 0 C /(1 + r) ) Em que: R = benefícos do projeto no ano ; C = custo no ano, nclusve nvestmentos; r = taxa de desconto do projeto. Para que o projeto seja consderado economcamente vável, levando em consderação a relação benefíco/ custo, é necessáro que esse ndcador seja maor do que um, pos, caso contráro, o nvestmento estará oferecendo retornos nsatsfatóros. (II) Valor Presente Líqudo (VPL): é determnado pelo valor presente das entradas de caxa menos o valor presente das saídas de caxa, ou seja, refere-se ao benefíco líqudo do projeto atualzado à determnada taxa de desconto. Matematcamente: VPL = C ) /(1 + r) = R /(1 + r) n = 0 = 0 n C /(1 + r) Em que: R = recetas no ano ; C = custos no ano ; e r = taxa de desconto consderada. Para resultados postvos (VPL > 0), todo o captal nvestdo mas os custos operaconas foram recuperados, remunerados à taxa de desconto (juros) consderada. Logo, o projeto é consderado economcamente vável. Vale ressaltar que, como a relação entre a taxa de desconto e o VPL é nversamente 6 As taxas mínmas de atratvdade se deram pelo parâmetro da taxa da Selc de 6% e a percentuas crescentes até 14%. proporconal, a mesma deve ser determnada de forma correta para que se evte redução do VPL medante seu aumento. (III) Taxa Interna de Retorno (TIR): é o percentual que expressa a rentabldade (retorno) anual méda do captal alocado no projeto durante todo o horzonte de análse do projeto. É a taxa de juros que torna o Valor Presente Líqudo (VPL) de um fluxo de caxa gual a zero. Logo:

7 32 Kalny Kélva Pessoa Squera Lma e Klmer Coelho Campos TIR = r* tal que n = 0 ( R C ) /(1 + r*) = 0 Em que: R = benefícos do projeto no ano ; C = custos do projeto no ano ; e r* = taxa nterna de retorno. Na avalação da vabldade do nvestmento com o uso da TIR, é necessáro que se determne prevamente a Taxa Mínma de Atratvdade a ser comparada com a TIR resultante. Se: - TIR > TMA: retorno do captal nvestdo no projeto é maor do que se os recursos fossem aplcados à TMA e, portanto, economcamente vável; - TIR = TMA: o nvestmento encontra-se economcamente ndferente; - TIR < TMA: retorno do nvestmento é superado pelo retorno da taxa mínma de atratvdade e, portanto, economcamente nvável. (IV) Análse de Sensbldade: é utlzada para calcular o grau de rsco de um projeto de nvestmento. Podem ser utlzadas váras metodologas para sua apuração, como alterações nas varáves mas relevantes para a determnação da vabldade (varações nos preços de venda, varações nos preços de custo e varações nas quantdades venddas). Assm, a análse de sensbldade permte traçar dversos cenáros na análse de vabldade da produção e verfcar até que ponto essa vabldade se mantém face às alterações nas recetas e nos custos operaconas. Assm, no presente estudo fzeram-se smulações consderando aumentos de 5%, 10% e 20% 7 nos custos operaconas e reduções de 5% e 10% 8 nas recetas operaconas. As ncertezas e os rscos lgados às tendêncas das varáves são elementos mportantes a serem consderados na avalação dos projetos de nvestmento. 7 Os aumentos de 5%, 10% e 20% consderados para análse dos custos operaconas foram escolhdos de forma hpotétca, tendo em vsta o aumento da nflação. 8 A redução de 5% e 10% nas recetas operaconas fo tomada de forma hpotétca. 4 Resultados e dscussão 4.1 Avalação fnancera dos nvestmentos A elaboração do fluxo de caxa permtu analsar se exste retorno para o nvestmento ncal realzado na produção de tomatcultura em dos sstemas, orgânco e convenconal, com base nas recetas e nos custos de cada produtor, consderando-se um horzonte de tempo de dos anos 9. A Tabela 1 mostra o valor médo das nversões e dos custos operaconas gastos na mplantação e produção da cultura de tomatcultura em dos sstemas, o orgânco e o convenconal. Identfcou-se que apenas 30% dos produtores de tomate orgânco recorreram a algum tpo de fnancamento para a nstalação da cultura. Estes fnancamentos têm um valor médo de R$ ,00 e são fetos através do Banco do Nordeste do Brasl (BNB) para custeo agrícola e aqusção de equpamentos de rrgação. Os produtores do tomate convenconal não realzaram nenhum fnancamento para o desenvolvmento da cultura. Quanto ao sstema de produção orgânco, o nvestmento ncal médo está caracterzado por aqusção de: equpamentos para rrgação, terra, camnhonete, galpão, pulverzadores costas, poço ou cacmba, carro de mão e enxada. 9 Período em que se fxou o cultvo da tomatcultura orgânca.

8 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 33 TABELA 1 Valor médo dos custos operaconas dos produtores de tomatcultura orgânca e convenconal por utlzação de 0,45 hectare de terra, nos períodos de 2011 e Culturas Tomate Orgânco Tomate Tradconal Ano 2011 Ano 2012 Ano 2011 Ano 2012 Custos Fxos Médos (R$) 784,31 827,81 64,99 68,59 Custos Varáves Médos (R$) 8.412, , , ,51 Custos Operaconas Médos (R$) 9.196, , , ,10 Fonte: Resultados da pesqusa (2013). Já os custos operaconas médos estão relaconados aos servços utlzados (gradagem, marcação, adubação de fundação, preparo no transporte de mudas, capna manual, desbrotamento, estaqueamento, adubação de cobertura), aos nsumos (como mudas, sementes, ftlho, adubo orgânco, mamona e composto) e aos defensvos (dpel, urna de vaca, bofertlzante, sulfato de cobre e óleo meen). Há, também, custos com energa elétrca e pagamento de mensaldade à assocação dos produtores. Portanto, os custos operaconas médos na produção de tomate orgânco, no ano 2011, foram de R$ 9.196,66 e, no ano de 2012, de R$ 9.705,70. O nvestmento total médo das famílas na produção de tomate orgânco fo de R$ ,21 no ano de nstalação da cultura para cada 0,45 hectare de terra. Já quanto ao tomate tradconal, o total no nvestmento para nstalação da cultura fo de R$ 3.847,17 para a utlzação dos mesmos 0,45 hectares de terra. Porém, quanto aos custos operaconas, foram dentfcados custos adconas, nclundo dáras gastas no Coveamento da cultura, pulverzação com herbcda, utlzação de nsumos e defensvos, tas como ntrato de cálco, npk, estrume de gado, ceanol, talconol, que são utlzados no combate às pragas. A Tabela 1 regstra que os custos operaconas médos das famílas que adotaram o sstema convenconal para o cultvo do tomate foram de R$ 1.599,90 no ano 2011 e R$ 1.708,10 no ano de O Gráfco 1 demonstra os custos operaconas do cultvo do tomate ao longo dos dos anos desta pesqusa, abordando os dos sstemas: orgânco e convenconal. Pode-se perceber que os gastos para operaconalzar o sstema tradconal de cultvo de tomate (< R$ 2.000,00) são nferores aos do cultvo do tomate orgânco (> R$ 8.000,00). 10 No levantamento dos dados, não fo consderada a deprecação do captal utlzado.

9 34 Kalny Kélva Pessoa Squera Lma e Klmer Coelho Campos Custos Operaconas da Toma2cultura Convenconal Orgânco GRÁFICO 1 Custos operaconas dos produtores de tomatcultura orgânca e convenconal por utlzação de 0,45 hectare de terra, nos períodos de 2011 e 2012 Fonte: dados da pesqusa (2013). A Tabela 2 mostra a produtvdade méda 11, o preço médo do kg do tomate e as recetas operaconas nos dos períodos analsados. O produtor do tomate orgânco no ano de 2011 produzu cerca de ,50 kg/0,45 ha a um valor médo de R$ 2,07/kg. Já no ano de 2012, sua produção cau para ,50 kg/0,45 ha. O preço médo aumentou em vrtude dos custos de transporte terem aumentado neste período. TABELA 2 Produtvdade, preço médo e recetas operaconas dos produtores de tomatcultura orgânca e convenconal, nos períodos de 2011 e 2012 Culturas Tomate Orgânco* Tomate Convenconal** Ano 2011 Ano 2012 Ano 2011 Ano 2012 Produtvdade Méda (Kg/0,45ha) , , , ,75 Preço Médo (R$/kg) 2,07 2,57 1,80 1,72 Receta Operaconal Méda (R$/ha) , , , ,22 *Os preços varam entre R$ 2,00 e R$ 2,70. **Os preços varam entre R$ 1,00 e R$ 2,00. Fonte: dados da pesqusa (2013). 11 A área méda dos produtores, seja em sstema orgânco ou convenconal, é de 0,45 ha.

10 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 35 O produtor de tomate convenconal produzu, no prmero ano, 7.627,50kg/0,45 ha a um valor de R$ 1,80/kg e, no segundo ano, 8.418,75kg/0,45 ha devdo ao aumento da demanda, ocorrendo uma melhora na manutenção da área rrgada. Posterormente, segundo a le que determna o preço de oferta e procura do mercado, o preço do kg de tomate venddo reduzu para R$ 1,72 devdo ao aumento na demanda; porém, esta não pode ser consderada uma redução sgnfcante, pos anda há custos de manutenção e condução do produto. As recetas operaconas médas da tomatcultura orgânca nos dos períodos foram de R$ ,52 e R$ ,94, respectvamente. Embora a produção tenha reduzdo, o preço médo aumentou e a receta acompanhou este aumento. O tomate convenconal apresentou uma receta méda de R$ ,60 no ano de 2011 e R$ ,22 no ano de 2012, quando o aumento da receta fo acarretado pelo aumento da demanda de produção de tomates tradconas. Ao fnal de dos anos, a tomatcultura orgânca obteve uma receta de R$ ,43 e convenconal de R$ ,82, o que sugere que o cultvo em sstema orgânco teve maor aumento de receta. Entretanto, ao observar os custos das culturas, percebe-se que, ao fnal dos dos períodos, os custos operaconas 12 do sstema orgânco somam R$ ,36, enquanto que os do sstema convenconal totalzam R$ 3.308,00. Assm, pode-se perceber, exclundo as despesas admnstratvas envolvdas nos sstema de produção e os mpostos, que o sstema de cultvo orgânco obteve um percentual de 63% de lucro, enquanto que o sstema de produção do tomate tradconal obteve 88%. Na Tabela 3, observa-se que todos os produtores de tomate orgânco e convenconal apresentaram produção economcamente vável, pos os resultados do ndcador da relação benefíco/ custo mostram retorno maor que um. No cultvo do tomate orgânco, tem-se que, para cada R$ 1,00 de custos, o projeto está gerando um retorno bruto médo de aproxmadamente R$ 1,60 ou um retorno líqudo de R$ 0,60. Já no cultvo convenconal, tem-se um retorno bruto médo de aproxmadamente R$ 3,80 ou um retorno líqudo de R$ 2,80, tornando o sstema convenconal na produção de tomate mas rentável e atratvo que o orgânco. TABELA 3 Relação Benefíco/Custo e Valor Presente Líqudo para os produtores do tomate orgânco e convenconal de acordo com as varações das taxas de desconto, nos períodos de 2011 e 2012 Taxa de Desconto TOMATE ORGÂNICO TOMATE TRADICIONAL B/C VPL(R$) B/C VPL(R$) 6% 1, ,93 3, ,44 8% 1, ,30 3, ,21 10% 1, ,72 3, ,08 12% 1, ,61 3, ,05 14% 1, ,58 3, ,29 Fonte: dados da pesqusa (2013). Nos sstemas de tomatcultura orgânca e convenconal, o valor presente líqudo demonstrou vabldade fnancera em todas as taxas de descontos propostas (6%, 8%, 10%, 12% e 14%), 12 Os custos operaconas não ncluem os custos admnstratvos, que são computados apenas para soma dos custos operaconas totas. confrmando a vabldade fnancera já demonstrada por meo do método de análse de benefíco/custo. Os ndcadores de VPL referentes ao cultvo do tomate convenconal apresentaram melhores resultados. Vale ressaltar que o valor presente líqudo confrma a vabldade

11 36 Kalny Kélva Pessoa Squera Lma e Klmer Coelho Campos fnancera do projeto uma vez que seus valores são postvos (VPL >0). O VPL obtdo ndca que todo o captal nvestdo mas os custos operaconas do cultvo do tomate orgânco e convenconal foram recuperados e remunerados dadas as dversas taxas de desconto consderadas. Obteve-se o melhor resultado a taxa de 6%, gerando uma sobra líquda de R$ ,93 e R$ ,44, respectvamente. A Tabela 4 mostra que a taxa nterna de retorno para a cultura do tomate orgânco fo de 108,71% ao ano, ou seja, que o captal alocado no projeto rende, em méda, aproxmadamente 109% ao ano para todos os anos do horzonte de análse do projeto. Assm, o retorno do nvestmento supera a taxa mínma de atratvdade do captal, que corresponde à taxa de remuneração da poupança (em torno de 6% a.a.). TABELA 4 Taxa nterna de retorno para os produtores de tomate orgânco e convenconal, nos períodos de 2011 e 2012 Tomatcultura TIR Sstema para Tomate Orgânco 108,71%a.a. Sstema para Tomate Tradconal 331,92%a.a. Fonte: dados da pesqusa (2013). Para o cultvo do tomate convenconal, dentfcou-se uma rentabldade anual méda do captal alocado no projeto de 331,92% ao ano, demonstrando uma vabldade fnancera muto superor a do cultvo do tomate orgânco, em que o captal alocado no projeto rende, em méda, aproxmadamente, 332% ao ano. 4.2 Análse de sensbldade das recetas e dos custos operaconas Com o ntuto de testar a establdade da produção da tomatcultura orgânca e convenconal, em termos de sua rentabldade, fo realzada uma análse de sensbldade com base nas seguntes meddas: redução de 5% nas recetas e os custos normas; recetas normas e aumento de 5% nos custos; redução de 10% nas recetas e os custos normas; recetas normas e aumento de 10% nos custos; recetas normas e aumento de 20% nos custos; e redução de 10% nas recetas e aumento de 10% nos custos. Para análse de sensbldade, fo escolhda a taxa de desconto de 6% ao ano, que apresentou maor vabldade fnancera pelos ndcadores de relação benefíco/custo, valor presente líqudo e taxa nterna de retorno. Para efetuar uma analoga entre os métodos de avalação fnancera, também se fez a smulação do dobro da taxa de desconto, sto é, consderando-se a taxa de 12% ao ano. Os ndcadores fnanceros utlzados nesta pesqusa foram recalculados, mostrando sensbldade da produção frente às varações realzadas nas recetas e nos custos operaconas dos produtores de pequeno porte. A Tabela 5 mostra que os ndcadores de relação benefíco/custo da tomatcultura orgânca e convenconal contnuam apresentando vabldade fnancera, já que geraram valores acma de um.

12 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 37 TABELA 5 Relação benefíco/custo, valor presente líqudo e taxa nterna de retorno para os produtores do tomate orgânco e tradconal, com as taxas de desconto de 6% e 12% para os períodos de 2011 e 2012 TOMATE ORGÂNICO 6%a.a. 12%a.a. B/C VPL (R$) TIR(%) B/C VPL (R$) TIR(%) Recetas e custos normas 1, ,93 109,97 1, ,61 109,97 Recetas -5% e custos normas 1, ,07 97,40 1, ,19 97,40 Recetas normas e custos +5% 1, ,62 98,01 1, ,57 98,01 Recetas -10% e custos normas 1, ,21 84,70 1, ,76 84,70 Recetas normas e custos +10% 1, ,30 87,02 1, ,52 87,02 Recetas normas e custos +20% 1, ,66 67,48 1, ,44 67,48 Recetas -10% e custos +10% 1, ,57 63,52 1, ,68 63,52 TOMATE TRADICIONAL 6%a.a. 12%a.a. B/C VPL (R$) TIR(%) B/C VPL (R$) TIR(%) Recetas e custos normas 3, ,44 331,92 3, ,05 331,92 Recetas -5% e custos normas 3, ,61 311,42 3, ,48 311,42 Recetas normas e custos +5% 3, ,61 312,40 3, ,18 312,40 Recetas -10% e custos normas 3, ,33 290,85 3, ,91 290,85 Recetas normas e custos +10% 3, ,77 294,60 3, ,31 294,60 Recetas normas e custos +20% 3, ,10 263,30 3, ,58 263,30 Recetas -10% e custos +10% 3, ,66 257,02 3, ,18 257,02 Fonte: dados da pesqusa (2013). Analsando o VPL, dentfca-se que, nos dos sstemas de cultvo do tomate há vabldade fnancera. A renda líquda fo satsfatóra, porém a taxa de desconto de 6% contnua a apresentar melhores resultados que a taxa de 12%. É relevante observar que, tanto nos dferentes sstemas quanto nas dferentes taxas, há uma redução do valor presente líqudo quando: reduzem-se as recetas em 5% e 10% e mantêm-se os custos normas; mantêm-se as recetas normas e aumentam-se os custos em 20% e reduzem-se as recetas em 10% e aumentam-se os custos em 10%. Em outras análses de sensbldade, ocorrem resultados contráros com o valor presente líqudo, ou seja, aumento nos seus valores, mantendo-se as recetas normas e os custos aumentados em 5% e 10%. A taxa nterna de retorno mostrou que, em ambos os sstemas de culturas e em taxas varadas, a rentabldade fo satsfatóra. Os resultados não vararam entre as taxas de desconto de 6% e 12% para a tomatcultura orgânca e convenconal. Porém, o cultvo do tomate

13 38 Kalny Kélva Pessoa Squera Lma e Klmer Coelho Campos tradconal anda demonstra resultados fnanceros muto superores ao do cultvo orgânco, tornando a atvdade anda mas atratva e vável fnanceramente. É mportante, também, mostrar que os resultados da taxa nterna de retorno vêm se comportando da mesma forma que os resultados do valor presente líqudo, ndependente dos sstemas de cultvo e das taxas, em que há uma redução da rentabldade do projeto quando: se reduzem as recetas em 5% e 10% e mantêm-se os custos normas; mantêm-se as recetas normas e aumentam-se os custos em 20% e reduzem-se as recetas em 10% e aumentam-se os custos em 10%. Há um aumento da rentabldade do projeto quando as recetas normas são mantdas e os custos são aumentados em 5% e 10%. 5 Consderações fnas O nvestmento para nstalação e produção do tomate convenconal é nferor aos gastos para mplantação do sstema de tomatcultura orgânca, dado que o processo de produção deste sstema de cultvo tem por base uma estrutura mas delcada, com exgênca mas aprmorada. A produtvdade méda do tomate orgânco é maor devdo ao manejo da cultura, já que o tomate convenconal perde produção apor causa das pragas que se nstalam no período produtvo. O que se percebe no cenáro prncpal é que exste vabldade fnancera da tomatcultura orgânca para todas as taxas de desconto nserdas neste estudo (6%, 8%, 10%, 12% e 14%), segundo a métrca de VPL. Quanto à TIR, o cultvo do tomate orgânco e do convenconal obtém rentabldade satsfatóra, pos suas taxas são maores do que a taxa mínma de atratvdade utlzada, que é de 6% ao ano. Quanto ao ndcador de relação benefíco/custo, a produção de tomate orgânco e convenconal fo vável, o que sgnfca que os benefícos ultrapassam os custos de produção. Em todos os métodos matemátcos de análse, o sstema de cultvo do tomate tradconal possu, além de uma vabldade fnancera relevante, uma renda líquda maor e uma rentabldade expressvamente superor ao sstema de cultvo do tomate orgânco. Os produtores do tomate orgânco possuem lucratvdade méda constante (dada à relação de custos altos e retornos relatvos), já que exste uma demanda permanente para o produto, embora apresentem área rrgada para produção nferor à área dos produtores de tomate tradconal. Como forma de testar a establdade da produção, realzou-se uma análse de sensbldade. A partr destas alterações realzadas, notou-se que os produtores de tomatcultura orgânca e tradconal contnuam obtendo vabldade fnancera em seus projetos, reafrmando que os retornos de lucratvdade são maores para os produtores que cultvam o tomate por meo do sstema convenconal. A taxa nterna de retorno dos produtores, que realzam seus trabalhos em dos sstemas de cultvo do tomate (orgânco e convenconal), para todas as taxas e em todas as stuações de análse de sensbldade, atesta vabldade fnancera satsfatóra, ressaltando-se, apenas, que o cultvo do tomate tradconal apresentou melhores resultados. O ndcador de relação benefíco/custo manteve-se vável em todos os cenáro estudados. Não se pode afrmar que o produtor de tomate convenconal possu vabldade fnancera maor do que o produtor do sstema orgânco, pos o produtor da tomatcultura orgânca também apresentou margem de lucro satsfatóra. Se o produtor orgânco for produzr tomate convenconal, poderá não apresentar recetas e/ou lucros sgnfcatvos, pos não têm como competr no mercado, já que seus concorrentes produzem em larga escala.

14 VIABILIDADE FINANCEIRA DO TOMATE CONVENCIONAL E ORGÂNICO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CEARÁ 39 Referêncas 1. BUARQUE, C. Avalação econômca de projetos. Ro de Janero: Campus, CAMPANHOLA, C.; VALARINI, P. J. A agrcultura orgânca e seu potencal para o pequeno agrcultor. Cadernos de Cênca & Tecnologa, v.18, n.3, p , CAMPOS, R. T. Elaboração e Avalação de Projetos Agropecuáros. Fortaleza: UFC/CCA/DEA, p. 4. DULLEY, R. D. Agrcultura orgânca, bodnâmca, natural, agroecológca ou ecológca? Informações Econômcas. São Paulo, v. 33, n. 10, GITTINGER, J. P. Analss Economco de Proyectos Agrcolas. 2ed. Madrd: Tecnos, p 6. HOFMANN, R. et. al. Admnstração da empresa agrícola. 2ª Ed. São Paulo: Ponera, HOLANDA, N. Planejamento e projetos. Ro de Janero: APEC, p. 8. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. Sstema de recuperação automátca: SIDRA. Ro de Janero. Produção Agrícola Muncpal. Dsponível em: Acesso em: MAGALHÃES, F. das C. Técncas de Elaboração e Avalação de Projetos. São Luís: UFMA/BNB, p. 10. MIRANDA, B. Método quanttatvo versus método qualtatvo. Dsponível em: com/2008/06/mtodo-quanttatvo-versus-mtodo.html. Acesso em: 17 de novembro de MOTTA, R. R.; CALÔBA, G. M. Análse de nvestmentos. São Paulo: Atlas, PALACIOS, S. Convenconal vs. orgânco: quen gana? Revsta Mundo Orgânco, nº 13, Argentna: Córdoba, PEIXOTO, H.; KHAN, A. S.; SIL- VA, L. M. R. Agrondústra: vabldade econômca de mplantação de agrondústra de polpa de frutas no estado do Ceará. Revsta Econômca do Nordeste, Fortaleza, v.29, n.2, p , abrjun SOUSA, S. R. Avalação da qualdade de servços prestados por cooperatvas: um estudo de caso. Floranópols: UFSC, (Dssertação de Mestrado do programa de pós-graduação em engenhara de produção programa nsttuconal. UFSC/UNIOESTE) 15. SOUZA, J. L. Agrcultura orgânca. Vtóra: EMCAPA, 1998.

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