Equações Diferenciais Matemática Aplicada

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Equações Diferenciais Matemática Aplicada"

Transcrição

1 Equações Diferenciais Matemática Aplicada Ana Duarte e Luís Rendas Revisto em 2004/2005

2 Conteúdo 1 Introdução Oqueéumaequaçãodiferencial Soluçõesdeumaequaçãodiferencial Interpretação geométrica de uma equação diferencial e das suassoluções Problemasdevaloresiniciais Equações de 1 a ordem para as quais existem soluções exactas Equação linear de 1 a ordem EquaçãodeBernoulli Equaçãodiferencialtotalexacta Equaçãodevariáveisseparáveis Equaçõeshomogéneas Edo s lineares de ordem n, com coeficientes constantes Resoluçãodaequaçãohomogénea Caso particular: edo s lineares de 2 a ordem com coeficientesconstantes Caso geral: edo s lineares de ordem n com coeficientes constantes Soluçãogeraldaequaçãocompleta Obtenção da solução particular da equação completa Casos em que f(x) assume formas especiais Caso geral: Método das Constantes Arbitrárias de Lagrange /Agosto/2005

3 1 Introdução A teoria das equações diferenciais constitui um dos campos mais importantes da matemática dos nossos dias, pois encontra aplicações em todos os ramos da ciência e da técnica. A história das equações diferenciais remonta ao século XVII quando Newton, Leibniz e Bernoulli resolveram algumas equações diferenciais simples surgidas em problemas de geometria e mecânica. Estas primeiras descobertas pareciam sugerir que as soluções de todas as equações diferenciais podiam ser expressas por funções elementares do cálculo. Durante o século XVIII métodos mais sistemáticos de resolução de equações diferenciais foram desenvolvidos por Euler, Lagrange e Laplace, começando a ficar claro que poucas equações diferenciais podiam ser resolvidas por métodos elementares; daí que uma das grandes preocupações passou a ser encontrar condições de existência e unicidade de soluções, 1 e deduzir propriedades da solução através da análise da própria equação diferencial (análise quantitativa). Em 1841, Liouville provou que, em certos casos, não é possível obter a solução de uma equação diferencial por métodos elementares mesmo sabendo que a solução existe e é única. Daí a importância da análise quantitativa e dos métodos numéricos em equações diferenciais. No que se segue, começaremos por introduzir a noção de equação diferencial e fixar alguma da terminologia habitualmente usada. Depois veremos como resolver algumas equações de 1 a ordem e apresentaremos as técnicas para encontrar as soluções de equações lineares de ordem n com coeficientes constantes. 1.1 O que é uma equação diferencial Definição 1 Chama-se equação diferencial aumaequaçãoemque aincógnita é uma função (variável dependente) de uma ou mais variáveis (independentes), envolvendo derivadas da variável dependente em relação a uma ou mais variáveis independentes. Exemplo 1 1. xy +2y +3xy = e x,comy = f(x) d3 x dt 3 + d2 x dt 2 5x 2 =0,comx = g(t). 1 O primeiro teorema de existência de soluções para uma equação diferencial foi estabelecido em 1820 por Cauchy. 2 1/Agosto/2005

4 3. x t + x s = x2,comx = φ(t, s) v +2 2 v +6 2 v x 2 y 2 t 2 =0,comv = ψ(x, y, t). Definição 2 Uma equação diferencial diz-se ordinária 2 se a incógnita é umafunçãodeumasóvariável.casocontrário,aequaçãodiz-secomderivadas parciais. Exemplo 2 No exemplo 1, as equações (a) e (b) são equações diferenciais ordinárias e as equações (c) e (d) são equações com derivadas parciais. Definição 3 Uma equação diferencial diz-se de ordem n se n for a derivada de maior ordem das derivadas nela envolvidas. Exemplo 3 No exemplo 1, (a) e (d) são de 2 a ordem, (b) é de 3 a ordem e (c) de 1 a ordem. Definição 4 Uma equação diferencial ordinária de ordem n diz-se linear se édaforma a 0 (x) dn y dx + a 1(x) dn 1 y n dx a n 1(x) dy n 1 dx + a n(x)y = b(x), onde a 0 (x),a 1 (x),...,a n (x) e b(x) são funções reais de variável real, sendo a 0 (x) não idênticamente nula. Exemplo 4 No exemplo 1, (a) é uma equação diferencial ordinária linear de 2 a ordem e (b) não é uma equação diferencial linear por aparecer x 2 (que é neste caso o quadrado da variável dependente, x = g(t)). Definição 5 Uma equação diferencial linear diz-se de coeficientes constantes, se os coeficientes a 0 (x), a 1 (x),..., a n (x) são funções constantes; caso contrário diz-se de coeficientes variáveis. 1.2 Soluções de uma equação diferencial Definição 6 Considere-se a equação diferencial ordinária de ordem n, onde F é uma função real de n +2 variáveis. F ( x, y, y,y,...y (n)) =0, (1) 2 É costume utilizar a abreviatura edo quando nos referimos a uma equação diferencial ordinária. 3 1/Agosto/2005

5 1. Uma função f definida num intervalo I, com derivadas de ordem n nesse intervalo, diz-se solução da equação diferencial se satisfaz as seguuintes condições: (a) F [ x, f(x),f (x),f (x),..., f (n) (x) ] estádefinidaparatodoox pertencente ao intervalo I. (b) F [ x, f(x),f (x),f (x),..., f (n) (x) ] =0, para todo o x pertencente ao intervalo I. 2. Uma relação g(x, y) =0é chamada uma solução implícita da equação diferencial se define implicitamente uma função f nalgum intervalo I, que seja solução de (1) no sentido atribuido em (a). Exemplo 5 A equação diferencial y =2xédotipo de equações mais simples que existem. Resolver esta equação consiste apenas em determinar uma função y = f(x) cuja derivada seja igual a 2x. Assim, uma família de soluções desta equação será em que C é um parâmetro real. y = x 2 + C, Exemplo 6 Afunçãof(x) =2sinx +3cosx é uma solução da equação d 2 y dx + y =0 2 em todo o IR. De facto, f (x) = 2cosx 3sinx e f (x) = 2sinx 3cosx,donde, substituindo na equação dada y por f (x) e y por f(x), obtém-se 2sinx 3cosx +2sinx +3cosx =0, x R. Exemplo 7 A relação x 2 + y 2 =25define implicitamente uma solução da equação diferencial x+y dy =0no intervalo ] 5, 5[. De facto, neste intervalo dx aquela relação define duas funções que satisfazem a equação dada. Exercício 1 Prove que: f 1 (x) = 25 x 2 e f 2 (x) = 25 x 2 4 1/Agosto/2005

6 1. f(x) = 1 1+x 2 é uma solução da equação diferencial (1 + x 2 ) d2 y dx +4xdy +2y =0 2 dx no intervalo a<x<b; 2. x 3 +3xy 2 =1define uma solução implicita da equação diferencial no intervalo 0 <x<1; 2xy dy dx + x2 + y 2 =0 3. Toda a função f(x) =2+Ce 2x2,ondeC é uma constante arbitrária, é solução da equação diferencial dy +4xy =8x. dx 1.3 Interpretação geométrica de uma equação diferencial e das suas soluções A equação diferencial ordinária de 1 a ordem y = f(x, y) (2) pode ser interpretada geometricamente como definindo um declive f(x, y) em cada ponto (x, y) no qual f está definida. Supondo que (2) admite uma família de soluções y = F (x, C), em que C é uma constante real, esta igualdade corresponde, geometricamente, a uma família de curvas no plano XOY, cujos declives em cada ponto são dados pela equação (2). Estas curvas são designadas habitualmente por curvas integrais da equação (2). Exemplo 8 Consideremos de novo a equação diferencial y = 2x. Esta equação pode ser interpretada como definindo, em cada ponto (x, y), o declive dos gráficos de y = x 2 + C, em que C é uma constante arbitrária. Estas funções são representadas geometricamente por uma família de parábolas, as quais são as curvas integrais da equação diferencial dada (ver figura 1). Exercício 2 Construa as curvas integrais da equação y =1+y /Agosto/2005

7 10 Y X Figura 1: Exemplo de curvas integrais. 1.4 Problemas de valores iniciais A equação diferencial y +4xy =8x admite uma família de soluções y =2+Ce 2x2 (3) em que C uma constante arbitrária.o problema que consiste em determinar afunçãoy(x) tal que { dy +4xy =8x dx, (4) y(0) = 3 diz-se um problema de valores iniciais (ou de condições iniciais). Neste caso tem-se que a função y =2+e 2x2 é solução do problema (4) visto que, fazendo x =0e y =3em (3), vem C =1. Definição 7 Considere-se a equação diferencial de 1 a ordem y = f(x, y), (5) onde f é uma função definida num rectângulo aberto D IR 2 eseja(x 0,y 0 ) D. Oproblema de valores iniciais associado a (5) consiste em determinar uma solução y(x) desta equação (definida num intervalo real que contenha x 0 ) que satisfaça y(x 0 )=y 0. Geralmente este problema escreve-se de forma abreviadadoseguintemodo: { dy = f(x, y) dx. (6) y(x 0 )=y 0 6 1/Agosto/2005

8 De notar que, geometricamente, o problema de valores iniciais consiste na determinação da curva integral da equação que passa pelo ponto (x 0,y 0 ). A questão que naturalmente se coloca é a de saber se,dado um problema de valores iniciais, existe solução e se esta é única. O teorema seguinte, que apresentaremos sem demonstração, estabelece as condições que garantem a existência e a unicidade da solução de um problema de valores iniciais. Teorema 1 (Existência e Unicidade) Considere-se o problema de valores inicias (6) e suponha-se que a função f(x, y) satisfaz as seguintes condições: 1. f é contínua num aberto D IR 2 ; 2. f y contínua em D. Então, para todo o (x 0,y 0 ) D, existe uma única solução y = y(x) da equação diferencial num intervalo [x 0 h, x 0 + h], comh>0, satisfazendo y(x 0 )=y 0. Exemplo 9 Considere-se o seguinte problema de valores iniciais { y +4xy =8x y(0) = 3. Como f(x, y) =8x 4xy tem-se que f(x, y) e f =4x são funções contínuas y em IR 2. Então, existe uma única solução y = y(x) tal que y (0) = 3, definida em [ h, h], comh>0. Como vimos anteriormente, a solução do problema nas condições indicadas é a função y =2+e 2x2, que se encontra definida em IR. 2 Equações de 1 a ordem para as quais existem soluções exactas 2.1 Equação linear de 1 a ordem Definição 8 Uma equação diferencial de 1 a ordem diz-se linear se pode ser escritanaforma dy + A(x)y = B(x) dx em que A e B são funções contínuas num intervalo I. SeB (x) =0em I a equação diz-se homogénea. 7 1/Agosto/2005

9 A expressão anterior diz-se forma canónica de uma edo linear de 1 a ordem. Teorema 2 Sejam A(x) e B(x) funções contínuas num intervalo real I. Então, uma família de soluções da equação y + A(x)y = B(x) édadapor: y = e P [A(x)] { P [ e P [A(x)] B(x) ] + C }, onde C é uma constante arbitrária e P designa primitiva. Dem. Consideremos a equação diferencial y + A(x)y = B(x). Multiplicando ambos os membros por e P [A(x)],obtém-se P [A(x)] dy e dx + A(x)eP [A(x)] y = e P [A(x)] B(x). (7) O primeiro membro é a derivada de e P [A(x)] y. Assim, (7) escreve-se na forma ( e P [A(x)].y ) = e P [A(x)] B(x) donde, primitivando ambos os membros, sai que e P [A(x)] y = P [ e P [A(x)] B(x) ] + C, em que C é uma constante arbitrária. Finalmente, multiplicando ambos os membros desta última igualdade por e P [A(x)], vem como se queria. y = e P [A(x)]. { P [ e P [A(x)] B(x) ] + C }, Exemplo 10 Resolver a equação diferencial dy +2xy. dx =2xe x2 Estamosnapresençadumaequaçãodiferenciallinearde1 a ordem, em que A(x) =2x e B(x) =2xe x2. Logo, pelo teorema anterior, y = e P (2x) {P [ e P (2x) 2xe x2] } + C = e x2. [P (2x)+C] =e x2 (x 2 + C). = e x2 [ P ( e x2 2xe x2) ] + C Exercício 3 Resolver [ o problema de valores iniciais ] y +2xy = e x2 sec 4 x, tal que y(0) = 1. R : y(x) =e x2 (tgx tg3 x +1). Exercício 4 Determinar a solução geral das seguintes equações diferenciais: 1. dy dx + y x =2x cos x. [ R : y(x) =2x sin x +4cosx 4 x sin x + C x ]. 8 1/Agosto/2005

10 2. (1 + x)y + y =0. [ R : y(x) = C 1+x]. Exercício 5 Admitindo que o declive de uma curva em qualquer ponto (x, y) é 2x+3y, determine a equação da curva supondo que passa pelo ponto ( 0, 1 3). [ R : y(x) = 5 9 e3x 2 3 x 2 9]. Exercício 6 A taxa de crescimento radioactivo de uma substância é proporcional à massa existente. Supondo que metade da massa se desintegrou ao fim de 1500 anos, determine: 1. que percentagem de massa original restará ao fim de 4500 anos? [R :12, 5%]. 2. ao fim de quantos anos restará 1 da massa original? [ ln 10 R : ]. 10 ln Equação de Bernoulli Definição 9 Chama-se equação de Bernoulli 3 aumaequaçãodaforma dy dx + A(x)y = B(x) ya, em que A e B são funções contínuas num intervalo real I e a éumaconstante real. Teorema 3 Seja a 0e a 1. A mudança de variável v = y 1 a transforma a equação de Bernoulli numa equação linear de 1 a ordem em v. Dem. Multiplicando ambos os membros da equação por y a,obtém-se a dy y dx + A(x) y1 a = B(x). (8) Por outro lado, da mudança de variável v = y 1 a sai que dv dx dy dy =(1 a)y a y a dx dx = 1 1 a dv dx. 3 Porque a sua resolução foi proposta por Jakob Bernoulli ( ), matemático suiço, professor em Basileia, conhecido pelas suas contribuições para as teorias da elasticidade e das probabilidades. O método para resolver a equação de Bernoulli foi descoberto por Leibniz em Entre os discípulos Jakob Bernoulli contavam-se o seu sobrinho Niklaus Bernoulli ( ), conhecido pelos seus contributos para as teorias das probabilidades e das séries, e o seu irmão mais novo Johann Bernoulli ( ), que teve uma influência profunda no desenvolvimento da análise matemática. O filho deste último, Daniel Bernoulli ( ), é conhecido pelos seus trabalhos na teoria cinética dos gases. 9 1/Agosto/2005

11 Substituindo esta última expressão em (8) obtém-se 1 dv dv + A(x)v = B(x) +(1 a)a(x) v =(1 a)b(x), 1 a dx dx ou seja, a equação de Bernoulli foi transformada numa equação linear de 1 a ordem. Observação 1 De notar que, se a =0ou a =1, a equação de Bernoulli é uma equação linear de 1 a ordem. Exemplo 11 Resolver a equação diferencial (1 + x 2 ) dy dx + xy = x3 y 3. Dividindo ambos os membros por 1+x 2, vem dy dx + x 1+x y = x3 2 1+x 2 y3. Trata-se, assim, de uma equação de Bernoulli em que a =3. Multiplicando ambososmembrospory 3 obtém-se 3 dy y dx + x 1+x 2 y 2 = x3 1+x 2 e, fazendo y 2 = v, vem 1 dv 2 dx + x 1+x v = x3 2 1+x, 2 ou seja, dv dx 2x 1+x v = 2x3 2 1+x, 2 atendendo a que v = 2y 3 y. Consequentemente, está-se em presença de uma equação linear de 1 a ordem, ficando a sua resolução ao cuidado do leitor. Exercício 7 Resolver as seguintes equações diferenciais: 1. y cos x + y sen x = y 3. [ R: y (x) = 1 ] (2 sin x + C) e y (x) =0). cos 2 x dx 2. = ax dt bx2. [ R : x (t) =a/(cae at + b),x(t) =0se a 0.Se a =0,x(t) = 1 ]. bt + C 10 1/Agosto/2005

12 2.3 Equação diferencial total exacta Definição 10 A expressão M(x, y)dx + N(x, y)dy é chamada uma forma diferencial total exacta num aberto D IR 2 se existe uma função, F (x, y), tal que o diferencial df (x, y) é igual à expressão dada em todos os pontos de D, istoé, df (x, y) = F F dx + dy = M(x, y)dx + N(x, y)dy x y em que, evidentemente, F x = M(x, y) e F y = N(x, y). Definição 11 Uma equação diferencial da forma y M (x, y) = N (x, y) em que M e N são funções contínuas com derivadas parciais num aberto D IR 2, N 0tal que a forma diferencial M(x, y)dx + N(x, y)dy é exacta, diz-se uma equação diferencial total exacta ou simplesmente equação total exacta. Exemplo 12 A equação y 2 dx +2xydy =0é uma equação diferencial total exacta pois y 2 dx +2xydy é uma forma diferencial total exacta. Com efeito, se considerarmos F (x, y) =xy 2 temos F = x y2 e f =2xy e, portanto, y Teorema 4 Considere-se a equação df (x, y) =y 2 dx +2xydy. M(x, y)dx + N(x, y)dy =0 (9) onde M(x, y) e N(x, y) são funções de classe C 1 num rectângulo D =]a, b[ ]c, d[ IR 2. É condição necessária e suficiente para que a equação (9) seja total exacta que M(x, y) y = N(x, y), (x, y) D. (10) x 11 1/Agosto/2005

13 Dem. Comecemos por provar a condição necessária, isto é, se (9) é total exacta, então (10) é válida. Com efeito, se (9) é total exacta, existe uma função F (x, y) definida em D tal que Consequentemente, e F(x, y) x M(x, y) y N(x, y) x = M(x, y) e = y = x F(x, y) y ( ) F(x, y) x ( ) F(x, y) y = N(x, y). = 2 F (x, y) y x (11) = 2 F (x, y). (12) x y Como as derivadas parciais de M e N são contínuas em D, pelo teorema de Schwarz, verifica-se que 2 F (x, y) y x e, portanto, de (11) e (12) sai que M(x, y) y = 2 F (x, y), (x, y) D, x y = N(x, y), (x, y) D. x Provemos agora a condição suficiente isto é, que (10) implica que (9) é total exacta. Pretende-se então determinar uma função F (x, y) definida em D tal que { F(x,y) = M(x, y) x F(x,y), (x, y) D. (13) = N(x, y) y Da primeira equação de (13) conclui-se que F (x, y) deve satisfazer F (x, y) =P x M(x, y)+φ(y) (14) em que P x designa a primitiva em ordem a x e φ é uma qualquer função de y. Então, para que a segunda equação de (13) se verifique é obrigatório que se tenha y [P xm(x, y)+φ(y)] = N(x, y), ou seja, φ (y) =N(x, y) y [P xm(x, y)]. (15) 12 1/Agosto/2005

14 Vejamos que φ (y) é uma função apenas da variável y, para o que basta verificar que a sua derivada parcial em ordem a x énula.defacto, [ N(x, y) ] x y (P N(x, y) xm(x, y)) = 2 x x y (P xm(x, y)) M(x, y) N(x, y) = =0, y x porque, por hipótese, M(x,y) = N(x,y), (x, y) D. y x Então, como φ (y) em é apenas função de y, obtemos por primitivação de (15) em ordem a y, φ(y) =P y [N(x, y) ] y (P xm(x, y)) + C em que C é uma constante real arbitrária. Substituindo esta expressão em (14) obtém-se F (x, y) =P x M(x, y)+p y [N(x, y) ] y (P xm(x, y)) + C oqueprovaqueaequação(9)étotalexactapoisf (x, y) foi construída de modo a verificar (13). Teorema 5 Considere-se a equação M(x, y)dx + N(x, y)dy =0 (16) onde M(x, y) e N(x, y) são funções de classe C 1 num rectângulo D =]a, b[ ]c, d[ R 2. Então, se F (x, y) é uma função satisfazendo F(x, y) x = M(x, y) e F(x, y) y = N(x, y), (17) uma familia de soluções de (16) é dada por F (x, y) =C, onde C é uma constante arbitrária. Dem. Como a equação (16) é total exacta, existe F (x, y) tal que df (x, y) =M(x, y)dx + N(x, y)dy =0, isto é, df (x, y) =0, ou seja, F (x, y) =C, (x, y) D. 13 1/Agosto/2005

15 Exemplo 13 Resolver a equação diferencial (y 3 +2xy)dx +(x 2 +3xy 2 )dy =0 (18) Sejam M(x, y) =y 3 +2xy e N(x, y) =x 2 +3xy 2. Como M(x,y) = N(x,y),a y x equação diferencial é total exacta, (x, y) IR 2. Procuramos então F (x, y) tal que { F(x,y) = y 3 +2xy x F(x,y) = x 2 +3xy 2. y Da primeira igualdade sai que F (x, y) =P x (y 3 +2xy)+φ(y) =y 3 x + x 2 y + φ(y). Derivando em ordem a y vem F(x,y) F(x,y) y = x 2 +3xy 2,vem y =3y 2 x + x 2 + φ (y) e, atendendo a que 3y 2 x + x 2 + φ (y) =x 2 +3xy 2 φ (y) =0 φ(y) =D, onde D é uma constante arbitrária. Finalmente, substituindo φ(y) em F (x, y), obtém-se F (x, y) =y 3 x + x 2 y + D. Então y 3 x+x 2 y+d = E (E é uma constante arbitrária), ou seja, y 3 x+x 2 y = C (em que C = E D) é uma família de soluções de (18). Exercício 8 Determinar as famílias de soluções de cada uma das seguintes equações diferenciais: 1. sin θ cos φdθ +sinφcos θdφ =0. [R :cosφcos θ = C]. [ 2. (x 2 + y) dx +(x 2y) dy =0. R : x3 3 + xy y2 = C ]. [ 3. (y 3 x) dy R : ]. y4 dx 4 4. (x y 2 x) dx +(y x 2 y) dy =0. [R :(1 x 2 )(1 y 2 )=C]. 2.4 Equação de variáveis separáveis Definição 12 Uma equação da forma dy = A (x) B (y), (19) dx com A e B funções contínuas, diz-se uma equação de variáveis separáveis. 14 1/Agosto/2005

16 Se y 0 é um zero da função B então a recta y = y 0 é uma solução particular de 19. Com efeito, dy 0 dx =0e A (x) B (y 0)=0. Se B (y) 0,então Ora a equação diferencial dy 1 = A (x) B (y) A (x) dx + dy =0. dx B (y) A (x) dx + 1 dy =0 (20) B (y) é total exacta pois [ ] 1 [ A (x)] = =0. y x B (y) Para obter a família de soluções de (20) determina-se uma função U(x, y) tal que { U = A (x) x. (21) U = 1 y B(y) Da primeira igualdade de (21) segue-se imediatamente que U(x, y) =P x ( A (x)) + τ(y). (22) Então, U = τ (y) e combinando esta igualdade com a segunda igualdade de y (21) conclui-se que τ (y) = 1 ( ) 1 B (y) τ(y) =P y. B (y) Consequentemente, atendendo a (22), tem-se ( ) 1 U(x, y) =P x ( A (x)) + P y. B (y) donde, a solução geral da equação (20) é dada por U(x, y) =C. Exemplo 14 Resolver a equação dy dx = (x 4) x 3 y 4 (y 2 3). (23) 15 1/Agosto/2005

17 Trata-se, evidentemente de uma equação de variáveis separáveis. Supondo y 0,obtém-se x 4 dx y2 3 dy =0 (x 2 4x 3 )dx +( y 2 +3y 4 )dy =0. x 3 y 4 Então, a família de soluções desta última equação é em que U(x, y) =C, (24) U(x, y) = P x (x 2 4x 3 )+P y ( y 2 +3y 4 ) = 1 x + 2 x y 1 x 3. Como y =0anula B (y) = y4 afunçãoy =0é uma solução particular do (y 2 3) problema que não é membro da família de soluções (24). é solução de (23) como se comprova facilmente se escrevermos esta equação na forma dy (x 4)y4 = dx x 3 (y 2 3). Tem-se, assim, que esta solução foi perdida no processo de separação das variáveis. Exercício 9 Resolver as seguintes equações diferenciais: [ 1. y = e 2x+y. R : e y ]. e2x = C 2 2. (1 + y 2 ) dx +(1+x 2 ) dy =0. [R : arctg x + arctg y = C]. 3. (y 2)dx + x 2 dy =0. [ R :ln y 2 1 x = C e y =2]. 4. (1 + x 2 )dy 1 y 2 dx =0. [R : arcsin y arctg x = C e y = ±1]. 2.5 Equações homogéneas Definição 13 Uma equação diferencial ordinária de 1 a ordem diz-se homogénea se pode ser escrita na forma dy ( y ) dx = g, (25) x em que g (t) é uma função contínua num intervalo I. 16 1/Agosto/2005

18 De referir que a função g ( y x) é homogénea 4 de grau zero nas variáveis x e y. Teorema 6 A mudança de variável, y = vx, transforma a equação homogénea de 1 a ordem numa equação com variáveis separáveis. Dem. Sendo y = vx, tem-se y = xv + v e v = y. Substituindo na x equação (25), obtém-se x dv 1 + v = g(v) xdv +(v g(v)) = 0 dx dx v g(v) dv 1 dx =0, x que é uma equação com variáveis separáveis, cuja família de soluções é ( ) ( ) 1 1 P v + P x = C. v g(v) x Exemplo 15 Resolver a equação Resolvendo a equação em ordem a dy dx,obtemos (x + y)dx +(x y)dy =0. (26) dy dx = x + y y x dy dx = 1+ y x y 1. x O último membro da 2 a equação é da forma dy = g ( y dx x), logo (26) é homogénea. Fazendo a mudança de variável y = vx obtém-se, atendendo a que y = xv + v, x dv dx + v = 1+v v 1 xdv dx = 1+v v 1 v xdv dx = v2 2v 1, 1 v que é uma equação de variáveis separáveis, cuja resolução fica ao cuidado do leitor. Exercício 10 Resolver as seguintes equações diferenciais: [ 1. (2xy +3y 2 )dx (2xy + x 2 )dy =0. R : = C 2. (x tg y x + y)dx xdy =0. [ R :sen y x = Cx]. y x 2 + y2 x 3 4 Uma função g diz-se homogénea de grau n na variável x se g (λx) =λ n g (x). ]. 17 1/Agosto/2005

19 3 Edo s lineares de ordem n, com coeficientes constantes Nesta secção apresentaremos somente os aspectos práticos essenciais para as aplicações, relativos à resolução de equações lineares de ordem n com coeficientes constantes. Para um tratamento pormenorizado deste tema, o leitor pode consultar, por exemplo, [1], [4] ou [6]. Consideremos a equação a 0 y (n) + a 1 y (n 1) a n 1 y + a n y = f(x) (27) em que a 0,a 1,..., a n são constantes reais. A equação a 0 y (n) + a 1 y (n 1) a n 1 y + a n y =0 (28) é chamada a equação homogénea associada à equação (27). Considerando o operador de derivação D que a cada função y faz corresponder a sua derivada y,istoé,talquedy = y,aequação(27)pode escrever-se na forma a 0 D n y + a 1 D n 1 y a n 1 Dy + a n D 0 y = f(x), (29) em que D n,d n 1, D, D 0 têm o seguinte significado: D 0 y = y, Dy = y,...,d n y = y (n). Assim, de (29), segue-se que (27) pode representar-se por (a 0 D n + a 1 D n a n 1 D + a n )y = f(x) ou, equivalentemente, por onde P (D) éopolinómio P (D)y = f(x), P (D) =a 0 D n + a 1 D n a n 1 D + a n. P (D) é designado por polinómio característico da equação (28). A razão da consideração deste polinómio deve-se a que a solução geral (isto é, a família de soluções) de (28) pode ser obtida a partir do conhecimento dos zeros de P (D); encontrada a solução geral de (28), ela possibilita, como veremos, a obtenção da solução geral de (27). Vamos então começar por ver como se resolve a equação homogénea (28), a qual se pode agora escrever na forma P (D)y = /Agosto/2005

20 3.1 Resolução da equação homogénea Caso particular: edo s lineares de 2 a ordem com coeficientes constantes Consideremos a equação ay + by + cy =0 (30) a que corresponde o polinómio característico P (D) =ad 2 + bd + c. Então, três situações distintas podem colocar-se: 1 a Situação P (D) tem 2 zeros reais e distintos, r 1 e r 2. Então, a solução geral de (30) é dada por y = C 1 e r 1x + C 2 e r 2x, onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias. Exemplo 16 Seja a equação y y 6y =0. Como P (D) =D 2 D 6 e D 2 D 6=0 D =3 D = 2 tem-se que a solução geral da equação dada é y = C 1 e 3x + C 2 e 2x, onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias. 2 a Situação P (D) tem 1 zero real r de multiplicidade 2. Então, a solução geral de (30) é dada por y = e rx (C 1 x + C 2 ), onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias. Exemplo 17 Seja y 6y +9y =0. Como P (D) =D 2 6D +9e D 2 6D +9=0 (D 3) 2 =0 D =3, com mult. 2, tem-se que a solução geral da equação dada é y = e 3x (C 1 x + C 2 ), onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias. 19 1/Agosto/2005

21 3 a Situação P (D) tem 2 zeros complexos conjugados, α ± βi. Então, a solução geral de (30) é dada por y = e αx (C 1 cos βx + C 2 sen βx), onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias. Exemplo 18 Seja y y + y =0. Como P (D) =D 2 D +1e D 2 D +1=0 D = ± i 2, tem-se que a solução geral da equação dada é ) y = e (C x 1 cos 2 x + C 2 sen 2 x onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias Caso geral: edo s lineares de ordem n com coeficientes constantes Consideremos a equação a 0 y (n) + a 1 y (n 1) a n 1 y + a n y =0 (31) que tem como polinómio característico P (D) =a 0 D n + a 1 D n a n 1 D + a n. Diferentes situações podem colocar-se relativamente às raízes deste polinómio: 1 a Situação P (D) tem n zeros reais e distintos, r 1,r 2,..., r n. Então, a solução geral de (31) é dada por y = C 1 e r 1x + C 2 e r 2x C n e r nx, onde C 1,C 2,...,C n são constantes arbitrárias. 20 1/Agosto/2005

22 Exemplo 19 A equação diferencial y 7y +6y =0tem como polinómio característico P (D) =D 3 7D +6. Ora P(D) =(D 1)(D 2)(D +3), admitindo, portanto, os zeros 1, 2 e 3 todos reais e distintos. A solução geral da equação dada será então y = C 1 e x + C 2 e 2x + C 3 e 3x, onde C 1,C 2,...,C n são constantes arbitrárias. 2 a Situação P (D) tem m zeros reais e múltiplos, r 1,r 2,...r m (m<n) de multiplicidade k 1,k 2,...,k m, respectivamente. Então a solução geral de (31) é dada por y = e r 1x P k1 1(x)+e r 2x P k2 1(x)+ + e r mx P km 1(x) onde P ki 1(x), i =1,..., m, é um polinómio de grau k i 1 com coeficientes arbitrários. Exemplo 20 Supondo que o polinómio característico de uma equação diferencial é P (D) =(D +3)(D 2) 2, os seus zeros são 2 e 3 de multiplicidade 2 e 1, respectivamente. A solução geral da equação será então y = C 1 e 3x + C 2 e 2x + C 3 xe 2x, onde C 1,C 2 e C 3 são constantes arbitrárias. 3 a Situação P (D) admite zeros complexos. Suponhamos que P (D) admite o zero α + βi com multiplicidade k. Então P (D) admite também o zero α βi com a mesma multiplicidade. A parte da solução geral correspondente a estes zeros α ± βi deve conter 2k constantes arbitrárias e é dada por e αx (P k 1 (x)cosβx + Q k 1 (x)senβx), onde P k 1 (x) e Q k 1 (x) são polinómios de grau k 1 com coeficientes arbitrários. Exemplo 21 Considere-se a equação y 2y +4y 8y =0. O respectivo polinómio característico P (D) =D 3 2D 2 +4D 8 admite como zeros 2, 2i e 2i, todos de multiplicidade 1. Então, a solução geral é y = C 1 e 2x + C 2 cos 2x + C 3 sen 2x, onde C 1,C 2 e C 3 são constantes arbitrárias. 21 1/Agosto/2005

23 3.2 Solução geral da equação completa Até agora referimos apenas a forma de obter as soluções gerais de equações diferenciais lineares homogéneas. Vamos seguidamente relacionar as soluções da equação homogénea (28) com as soluções da equação completa (27). Teorema 7 A solução geral de uma equação diferencial linear completa, y, é dada pela soma da solução geral da equação homogénea associada, y sgh, com uma solução particular da equação completa, y spc,istoé, y = y sgh + y spc. Dem. Uma vez que y spc satisfaz (27), tem-se que P (D)y spc = f(x). (32) Sendo y uma qualquer solução de (27) é igualmente válido que Subtraindo (33) de (32) obtém-se P (D)y = f(x). (33) P (D)(y spc y) =0, oquemostraquey spc y é uma solução da equação homogénea associada (28). Consequentemente, como y é qualquer, conclui-se que y spc y = y sgh, ou seja, y = y sgh + y spc, como se queria. Em seguida serão apresentados alguns métodos para determinar uma solução particular da equação completa (27). 3.3 Obtenção da solução particular da equação completa Casos em que f(x) assume formas especiais 1 o Caso f(x) =e αx Q n (x), em que Q n (x) é um polinómio de grau n. Neste caso uma solução particular de (27) é dada por y spc = { e αx R n (x), se α não é zero de P (D) x k e αx R n (x), se α ézerodep(d) de multiplicidade k, em que R n (x) designa um polinómio de grau n, de coeficientes arbitrários. 22 1/Agosto/2005

24 Exemplo 22 Determinar a solução geral da equação y 3y +2y = e x. O polinómio característico P (D) =D 2 3D +2tem como zeros D =1e D =2.Logo y sgh = C 1 e x + C 2 e 2x. Como f(x) =e x, tem-se que α =1donde, y spc = xae x, atendendo a que 1 é zero do polinómio característico de multiplicidade k =1. Para determinar a constante A, basta substituir y spc,y spc e y spc na equação diferencial dada, obtendo-se então, (2 + x)ae x 3(1 + x)ae x +2xAe x = e x A = 1. Assim, y spc = xe x, donde a solução geral da equação dada é y = C 1 e x + C 2 e 2x xe x, onde C 1 e C 2 são constantes arbitrárias. 2 o caso f(x) =e αx [Q n (x)cosβx + R m (x)senβx],em que Q n (x) e R m (x) são polinómios de graus m e n, respectivamente. Neste caso uma solução particular de (27) é dada por y spc = e αx [S N (x)cosβx + T N (x)senβx], x k e αx [S N (x)cosβx + T N (x)senβx], se α ± βi não é zero de P (D) se α ± βi é zero de P (D) de multiplicidade k, em que S N (x) e T N (x) são polinómios de grau N, com N =max{n, m}. Exemplo 23 Resolver a equação y 2y +10y =cos3x. O polinómio característico terá como zeros D =1± 3i. Logo y sgh = e x (C 1 cos 3x + C 2 sen 3x). Sendo f(x) =cos3x, tem-seα =0,β=3, Q n (x) =1e R m (x) =0. Como 1 ± 3i não são zeros do polinómio característico, a solução particular será dada por y spc = A cos 3x + B sen 3x. Calculando y spc e y spc e substituindo na equação dada, obtém-se A = 1 e 37 B = 6. Consequentemente a solução geral da equação dada é 37 y = e x (C 1 cos 3x + C 2 sen 3x) cos 3x 6 sen 3x /Agosto/2005

25 3.3.2 Caso geral: Método das Constantes Arbitrárias de Lagrange Vamos agora apresentar um método que permite determinar a solução geral da equação diferencial linear completa (27), qualquer que seja o tipo de função f(x) do segundo membro. Suponha-se que a solução geral da equação homogénea (28) é y = C 1 y 1 (x)+c 2 y 2 (x) C n y n (x) em que C 1,C 2,...,C n, são constantes arbitrárias. O método consiste em considerar estas constantes como funções de x edeterminarc 1 (x),c 2 (x),..., C n (x) de modo que y = C 1 (x)y 1 (x)+c 2 (x)y 2 (x) C n (x)y n (x) seja solução da equação completa. Demonstra-sequeasderivadasC 1(x),C 2(x),..., C n(x), devem satisfazer o seguinte sistema de n equações a n incógnitas,queésemprepossívele determinado: C 1(x)y 1 (x)+c 2(x)y 2 (x) C n(x)y n (x) =0 C 1(x)y 1(x)+C 2(x)y 2(x) C n(x)y n(x) =0... C 1(x)y (n 2) 1 (x)+c 2(x)y (n 2) 2 (x) C n(x)y (n 2) n (x) =0 C 1(x)y (n 1) 1 (x)+c 2(x)y (n 1) 2 (x) C n(x)y n (n 1) (x) = f(x) a 0 Exemplo 24 Resolver a equação y 5y +6y = e x. A solução geral da equação homogénea é y = C 1 e 2x + C 2 e 3x. Vamos procurar C 1 (x) e C 2 (x) de modo que y = C 1 (x)e 2x + C 2 (x)e 3x (34) seja solução da equação dada. Com efeito, as derivadas C 1(x) e C 2(x) devem satisfazer { C 1 (x)e 2x + C 2(x)e 3x =0 2C 1(x)e 2x +3C 2(x)e 3x = e x. Resolvendo este sistema e primitivando C 1(x) e C 2(x) obtém-se { C1 (x) =e x + k 1 C 2 (x) = 1. 2 e x + k /Agosto/2005

26 Substituindo estas expressões em (34) tem-se, finalmente, a solução geral da equação dada, y = k 1 e 2x + k 2 e 3x + e x 1 2 ex. Exercício 11 Resolver as seguintes equações diferenciais: 1. y 2y +2y =0. [R : y(x) =e x (A cos x + B sin x)]. [ ] 2. 2y +3y =0, y(0) = 1 e y (0) = 1. R : y = 2 3 e 3x Exercício 12 Determinar a solução geral de cada uma das seguintes equações diferenciais: ] 1. 3y +4y + y = e x. [R : y = Ae x + Be 1 3 x x2 e x. 2. y 7y +15y 9y = x 2. [ R : y = Ae x + Be 3x + Cxe 3x + ( 1 9 x x 4 9)]. Exercício 13 Sabendo que as funções e x e e x +sinx são soluções da equação diferencial y (4) 3y 4y = 6e x, determinar a sua solução geral. Qual a ordem mínima que uma equação diferencial linear de coeficientes constantes pode ter para que as funções anteriores sejam duas soluções? Porquê? [R : y = Ae 2x + Be 2x + C sin x + D cos x + e x ]. Exercício 14 Considere-se a equação diferencial linear de coeficientes constantes y + ay + by =0e suponha-se que e x cos 2x é uma solução. Determinar a e b e indicar a solução que satisfaz as condições iniciais y(0) = 2 e y (0) = 1. [ R : y = 3 2 ex sin 2x +2e x cos 2x ]. Exercício 15 Formar a equação diferencial de segunda ordem completa que admite como polinómio característico (D 3) 2 e como solução particular (3x +1)e x. Determinar a solução que satisfaz as condições y(0) = 1 e y (0) = 2. [R : y = 6xe 3x +(3x +1)e x ]. 25 1/Agosto/2005

27 Referências [1] Apostol, T., Calculus, Vols. 1 e 2, Reverté, [2] Demidovitch, B., Problemas e exercícios de análise matemática, MIR, [3] Goode, S., An introduction to differential equations and linear algebra, Prentice-Hall, Inc.,1991. [4] Piskounov, N., Cálculo diferencial e integral, Vol. 2, Edições Lopes da Silva, [5] Ray Wile, C. e Barret, L. C., Advanced Engineering Mathematics, McGraw-Hill, [6] Sarrico, C., Análise Matemática, leituras e exercícios, Gradiva, [7] Segurado, M. A., Biomatemática, Vol II, Plátano Editora, /Agosto/2005

28 Exercícios propostos Noções básicas (c constante) são so- 1. Verifique que as funções da forma φ (x) = 1 luções da equação y = y 2 em intervalos que não contenham c. x+c 2. Sabe-se que o modelo de crescimento populacional é dado pela equação diferencial y = y. Prove que y = ce x é solução desse modelo. 3. Prove que: (a) y = x 2 é solução da equação xy =2y x IR. (b) y = e x + ax 2 + bx+ c (a, b, c constantes) é solução da equação 4. Mostre que: y = e x (a) x 2 +y 2 =1(y>0) define implicitamente uma solução da equação diferencial x + yy =0. (b) x 2 y 2 = 1 define implicitamente uma solução de uma certa equação diferencial. 5. Construa as curvas integrais da equação y =cosx. 6. Verifique se x 4 + y 4 = C define implicitamente uma família de soluções da equação diferencial x 3 + y 3 y =0. Determine a constante C de forma a que a condição inicial y(0) = 1 seja satisfeita. 27 1/Agosto/2005

29 Equações diferenciais lineares de 1 a ordem 1. Determine a solução geral das seguintes equações: (a) y +2y = e x ; (b) xy 2y = x 3 cos x; (c) y +2xy = e x2 ; (d) y + xe x y = e (1 x)ex. 2. Resolva os seguintes problemas de valores iniciais: (a) x 2 + xy = y y(1) = 0; (b) y + y cos x =cosx y(0) = Suponha que desliga o aquecimento da sua casa todas noites 2 horas antesdesedeitar(t =0). Admita igualmente que a temperatura T,da casa nesse instante, é 66 F e que quando se deita esta já desceu para 63 F. Qual a temperatura esperada de manhã quando acorda, ao fim de 8 horas de sono, sabendo que a temperatura do ambiente exterior é 32 F e se manteve constante? Note que a taxa de variação da diferença de temperatura entre o quarto e o ambiente exterior é proporcional a esta diferença. 4. Admitindo que o declive de uma curva em qualquer ponto (x, y) é 2x ( +3y. Determine a equação da curva, supondo que passa pelo ponto 0, 1 3). 5. Um trabalhador experimentado consegue produzir um máximo de 30 peças por dia, numa determinada fábrica. A taxa de crescimento do número de peças y produzidas por um novo trabalhador ao fim de t dias éproporcionala(30 y). Determine o número de unidades produzidas pelo novo trabalhador em função de t. 6. Admita que a taxa de crescimento de uma população relativamente ao tempo é proporcional à dimensão dessa população. Sabendo que em 1987 existiam, num certo país, 10 milhões de habitantes e em 2000, 11 milhões, determine a lei de crescimento da população e o número de habitantes que existirão no ano Discuta a validade desta lei de crescimento. 28 1/Agosto/2005

30 7. Suponha que a taxa de crescimento de uma população relativamente ao tempo é proporcional à dimensão dessa população. Admita, no entanto a existência uma taxa temporal C de migração, suposta constante. (a) Determine a solução geral do problema anterior; (b) Supondo que a população em 1969 e 1979 tinha respectivamente 1 milhão e 2 milhões de habitantes, determine o número de habitantes que deverão existir em 2003, admitindo que emigram do país habitantes anualmente. 8. A velocidade v de queda livre de um paraquedista de massa m em queda livre satisfaz a seguinte equação diferencial m dv + cv = mg dt em que g representa a aceleração da gravidade e c>0 a resistência do ar. Admite-se g e c constantes e a utilização de unidades SI. Soluções (a) Determine a solução geral do problema anterior; (b) Qual a velocidade terminal de queda do paraquedista? (c) Suponha que o paraquedista no instante inicial de queda se encontra à velocidade mg. Qual será a sua velocidade passados 2 c segundos? (d) Supondo que c =700 Ns e v m 0 =0represente graficamente a velocidade de queda do paraquedista. Qual a velocidade de queda ao fim de 10 segundos. 1a) y = e x + Ce 2x ;1b)y = x 2 sin x + Cx 2 ;1c)y =(x + C) e x2 ;1d) y = e (1 x)ex (x + C); 2a)y = x x 2 ;2b)y =1;3)T 53, 46 F ; T = e 0.046t ;4)y = 2 3 x e3x ;5)y =30 Ce kt ; EquaçãodeBernoulli Resolva as seguintes equações diferenciais: 1. y + 2xy =2y 2 e x2 ; 2. y y = 1 3 (1 2x) y4 ; 3. y 2ye x =2 ye x ; 4. y y cos x = y 2 cos x. 29 1/Agosto/2005

31 Soluções 1) y = 1 e x2 (C 2x) ;2)y = 1 3 Ce x 2x 1 ;3) y +1=Ce ex ;4) y +1=Ce ex ; Equação diferencial total exacta Resolva as seguintes equações diferenciais: 1. (x 3 + xy 2 ) dx +(x 2 y + y 3 ) dy =0; 2. x (2x 2 + y 2 )+y(x 2 +2y 2 ) y =0; ( ) 3. 2x + x2 +y 2 dx = x2 +y 2 dy; x 2 y xy 2 ( ) ( ) sin 2x 4. + x dx + y sin2 x dy =0. y y 2 Soluções 1) x 4 +2x 2 y 2 + y 4 = C; 2)x 4 + x 2 y 2 + y 4 = C; 3)x 3 y + x 2 y 2 = Cxy; 4) sin 2 x + x2 +y 2 = C. y 2 Equação de variáveis separáveis Resolva as seguintes equações separáveis: 1. yy +25x =0; 2. y = xy ; 2 3. (1 + y 2 ) dx +(1+x 2 ) dy =0; 4. e y (1 + x 2 ) dy 2x (1 + e y ) dx =0; 5. 2x 1 y 2 = y (1 + x 2 ). Soluções 1) 25x 2 + y 2 = C; 2) x 2 +4ln y = C; 3)arctan x + arctan y = C; 4) ln ( 1+e y 1+x 2 ) = C; 4)ln (1 + x 2 ) arcsin y = C. 30 1/Agosto/2005

32 Equações homogéneas Integre as seguintes equações diferenciais: 1. xy = x 2 y 2 + y; 2. xy = y + x cos 2 y x ; 3. xy = y (ln y ln x). Soluções 1) arcsin y x ln x = C; 2)tan y x +ln x = C; 3)ln ln y x 1 x = C. Edo s lineares de ordem n com coeficientes constantes 1. Resolva: (a) y + y 2y =0; (b) y 9y =0; (c) y 4y =0; (d) y 2y + y =0; (e) 3y 2y 8y =0; (f) y + y =0; (g) y 3y +3y y =0; (h) y IV +2y + y =0. 2. Determine a solução geral de cada uma das seguintes equações diferenciais: (a) 2y + y y =2e x ; (b) y 7y +6y =sinx; (c) y +2y +5y = e x cos (2x). 3. Considere a equação diferencial linear completa, cujo polinómio característico é P (D) = ( D 2 +4 ) (D 1) e que tem como solução partícular y p = 1 (sin x cos x) 6 Determine a equação e a sua solução geral. 31 1/Agosto/2005

33 4. Determine a equação diferencial de 2 a ordem não homogénea com coeficientes constantes tais que y = x2 4 e x seja uma solução particular e y = e x (C 1 + C 2 x) seja a solução geral da homogénea associada, sendo C 1 e C 2 constantes arbitrárias. 5. Determinar a solução particular do seguinte problema de Cauchy: y y =4e x y (0) = 0; y (0) = 1 6. Considere o sistema mecânico não forçado com um grau de liberdade mẍ + kx =0, em que m>0 e k>0 são parâmetros constantes que representam respectivamente a massa e a rigidez do sistema. (a) Determineasoluçãogeraldoproblemaeafrequênciaangularω do movimento; (b) Se a equação diferencial anterior modelar o camportamento vibratório das cordas de uma guitarra clássica, justifique a dependência que se verifica entre a altura do som produzido, a massa de cada corda e a respectiva tensão; (c) Suponha que a posição e velocidades iniciais são respectivamente x (0) = 1 e ẋ (0) = 1. Qual é a solução deste problema de valores iniciais? Se x (0) = 0 e ẋ (0) = 0, qual será a solução correspondente? 7. Considere o sistema mecânico não forçado e amortecido com um grau de liberdade mẍ + cẋ + kx =0, em que m>0, c 0 e k>0 são parâmetros constantes que representam respectivamente a massa, o coeficiente de amortecimento e a rigidez do sistema. (a) Determine e represente graficamente as soluções gerais do sistema supondo que c =0e c cr =2 mk. (b) Determine para que valores do coeficiente de amortecimento a resposta do sistema é oscilatória e determine a correspondente solução geral do problema. Represente-a graficamente. 32 1/Agosto/2005

34 Soluções 1a) y = C 1 e x + C 2 e 2x ;1b)y = C 1 e 3x + C 2 e 3x ;1c)y = C 1 + C 2 e 4x ;1d) y = e x (C 1 x + C 2 ); 1e) y = C 1 e 2x + C 2 e 4 3 x ; 1f) y = C 1 cos x + C 2 sin x; 1g) y = e x (C 1 x 2 + C 2 x + C 3 );1h)y = C 1 + C 2 x + C 3 e x + C 4 xe x ;2a) y = C 1 e 2x + C 2 e x + e x ; 2b) y = C 1 e 6x + C 2 e x 5sinx+7 cos x + ; 2c) y = 74 (C 1 cos 2x + C 2 sin 2x) e x xe x sin 2x; 3) y y +4y 4y = cosx; y sgc = C 1 cos 2x + C 2 sin 2x + C 3 e x + 1 (sin x cos x); 6 4)y +2y + y = 1 2 e x ; 5) y = 1 2 ex e x +2xe x. 33 1/Agosto/2005

Equações Diferenciais Noções Básicas

Equações Diferenciais Noções Básicas Equações Diferenciais Noções Básicas Definição: Chama-se equação diferencial a uma equação em que a incógnita é uma função (variável dependente) de uma ou mais variáveis (independentes), envolvendo derivadas

Leia mais

Equações Diferenciais Noções Básicas

Equações Diferenciais Noções Básicas Equações Diferenciais Noções Básicas Definição: Chama-se equação diferencial a uma equação em que a incógnita é uma função (variável dependente) de uma ou mais variáveis (variáveis independentes), envolvendo

Leia mais

1 Definição de uma equação diferencial linear de ordem n

1 Definição de uma equação diferencial linear de ordem n Equações diferenciais lineares de ordem superior 1 1 Definição de uma equação diferencial linear de ordem n Equação diferencial linear de ordem n é uma equação da forma: a n (x) dn y dx n + a n 1(x) dn

Leia mais

Complementos de Análise Matemática

Complementos de Análise Matemática Instituto Politécnico de Viseu Escola Superior de Tecnologia Ficha prática n o 3 - Equações Diferenciais 1. Determine as equações diferenciais das seguintes famílias de linhas: (a) y = cx (b) y = cx 3

Leia mais

Curso: Engenharia Ambiental. Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias. Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2

Curso: Engenharia Ambiental. Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias. Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2 Curso: Engenharia Ambiental Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2 11. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE 2º ORDEM y (x) = f (x,y,y

Leia mais

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia IV

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia IV MAT456 - Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia IV Parte A: Equações Diferenciais de 1 a Ordem o Semestre de 018-3 a Lista de exercícios 1) Os gráficos de duas soluções de y = x + y podem se cruzar

Leia mais

EDO III. por Abílio Lemos. 07, 09 e 14 de novembro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT

EDO III. por Abílio Lemos. 07, 09 e 14 de novembro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT EDO III por Universidade Federal de Viçosa Departamento de Matemática-CCE Aulas de MAT 147-2018 07, 09 e 14 de novembro de 2018 Teorema (D Alembert): Sejam y 1 (x) uma solução, não nula, da EDO y + p(x)y

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 o Semestre 2013/14 Cursos: LEAN, MeMec

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 o Semestre 2013/14 Cursos: LEAN, MeMec Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 o Semestre 2013/14 Cursos: LEAN, MeMec M Paluch Aulas 28 33 7 23 de Abril de 2014 Exemplo de uma equação diferencial A Lei de Newton para a propagação de calor,

Leia mais

y (n) (x) = dn y dx n(x) y (0) (x) = y(x).

y (n) (x) = dn y dx n(x) y (0) (x) = y(x). Capítulo 1 Introdução 1.1 Definições Denotaremos por I R um intervalo aberto ou uma reunião de intervalos abertos e y : I R uma função que possua todas as suas derivadas, a menos que seja indicado o contrário.

Leia mais

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Uma equação diferencial é aquela em que a função incógnita aparece sob a forma da sua derivada. Havendo uma só variável independente as derivadas são ordinárias e a equação é denominada

Leia mais

Uma Equação Diferencial Ordinária (abrevia-se EDO) de primeira ordem se apresenta sob duas formas equivalentes: (i) FORMA NORMAL:

Uma Equação Diferencial Ordinária (abrevia-se EDO) de primeira ordem se apresenta sob duas formas equivalentes: (i) FORMA NORMAL: 5. EDO DE PRIMEIRA ORDEM SÉRIES & EDO - 2017.2 5.1. :::: :::::::::::::::::::::::::::: FUNDAMENTOS GERAIS Uma Equação Diferencial Ordinária (abrevia-se EDO) de primeira ordem se apresenta sob duas formas

Leia mais

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Cálculo III Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias de 1 a ordem - II AM3D

Equações Diferenciais Ordinárias de 1 a ordem - II AM3D 20 2 Equações Diferenciais Ordinárias de a ordem - II AM3D EDOs de a ordem lineares Definição Uma equação diferencial ordinária de a ordem diz-se linear se for da forma y (x)+p(x)y(x) = b(x). Se p(x) =

Leia mais

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS TESTES DE RECUPERAÇÃO A - 6 DE JUNHO DE 9 - DAS H ÀS :3H Teste Apresente e justifique

Leia mais

Seção 9: EDO s lineares de 2 a ordem

Seção 9: EDO s lineares de 2 a ordem Seção 9: EDO s lineares de a ordem Equações Homogêneas Definição. Uma equação diferencial linear de segunda ordem é uma equação da forma onde fx, gx e rx são funções definidas em um intervalo. y + fx y

Leia mais

depende apenas da variável y então a função ṽ(y) = e R R(y) dy

depende apenas da variável y então a função ṽ(y) = e R R(y) dy Formulario Equações Diferenciais Ordinárias de 1 a Ordem Equações Exactas. Factor Integrante. Dada uma equação diferencial não exacta M(x, y) dx + N(x, y) dy = 0. ( ) 1. Se R = 1 M N y N x depende apenas

Leia mais

Exercícios. de Equações Diferenciais Ordinárias. Tatiana Tchemisova Cordeiro Vera Kharlamova Adelaide Valente Freitas

Exercícios. de Equações Diferenciais Ordinárias. Tatiana Tchemisova Cordeiro Vera Kharlamova Adelaide Valente Freitas Exercícios de Equações Diferenciais Ordinárias Tatiana Tchemisova Cordeiro Vera Kharlamova Adelaide Valente Freitas Departamento de Matemática UNIVERSIDADE DE AVEIRO 2 Prefácio A presente publicação tem

Leia mais

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III Jaime E. Villate Faculdade de Engenharia Universidade do Porto 22 de Fevereiro de 1999 Resumo Estes são alguns dos exames e testes da disciplina de Análise Matemática III,

Leia mais

Instituto Universitário de Lisboa

Instituto Universitário de Lisboa Instituto Universitário de Lisboa Departamento de Matemática Exercícios de Equações Diferenciais Ordinárias 1 Exercícios 1.1 EDO de Variáveis Separáveis Diz-se que uma equação diferencial ordinária (EDO)

Leia mais

d [xy] = x cos x. dx y = sin x + cos x + C, x

d [xy] = x cos x. dx y = sin x + cos x + C, x Instituto de Matemática e Estatística da USP MAT2455 - Cálculo Diferencial e Integral IV para Engenharia 3a. Prova - 2o. Semestre 2011-21/11/2011 Turma A Questão 1. a) (1,0 ponto) Determine a solução geral

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2016/2017

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2016/2017 Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 016/017 ō Teste Versão A (Cursos: MEBiol, MEQ 17 de Dezembro de 016, 10h [,0 val 1 Considere a equação diferencial e t + y e t + ( 1 + ye t dy dt 0

Leia mais

Equações Ordinarias 1ªOrdem - Lineares

Equações Ordinarias 1ªOrdem - Lineares Nome: Nº Curso: Licenciatura em Matemática Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias 7ºPeríodo Prof. Leonardo Data: / /2018 Equações Ordinarias 1ªOrdem - Lineares 1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS

Leia mais

Sessão 1: Generalidades

Sessão 1: Generalidades Sessão 1: Generalidades Uma equação diferencial é uma equação envolvendo derivadas. Fala-se em derivada de uma função. Portanto o que se procura em uma equação diferencial é uma função. Em lugar de começar

Leia mais

d [xy] = x arcsin x. dx + 4x

d [xy] = x arcsin x. dx + 4x Instituto de Matemática e Estatística da USP MAT456 - Cálculo Diferencial e Integral IV para Engenharia 3a. Prova - o. Semestre 01-6/11/01 Turma A Questão 1. a (1,0 ponto Determine a solução geral da equação

Leia mais

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x,

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x, Seção 4: Equações Exatas Fator Integrante Introduzimos a idéia de equação exata, através de dois exemplos simples. Note que nesses dois exemplos, além de exata, a EDO também é separável, podendo alternativamente

Leia mais

7 Equações Diferenciais. 7.1 Classificação As equações são classificadas de acordo como tipo, a ordem e a linearidade.

7 Equações Diferenciais. 7.1 Classificação As equações são classificadas de acordo como tipo, a ordem e a linearidade. 7 Equações Diferenciais Definição: Uma equação diferencial é uma equação em que as incógnitas são funções e a equação envolve derivadas dessas funções. : = 5x + 3 4 d3 3 + (sen x) d2 2 + 5x = 0 2 t 2 4

Leia mais

ORDINÁRIAS. Víctor Arturo Martínez León

ORDINÁRIAS. Víctor Arturo Martínez León INTRODUÇÃO ÀS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Víctor Arturo Martínez León September 3, 2017 Súmario 1 Equações diferenciais lineares de primeira ordem 2 2 Equações diferenciais lineares de segundo ordem

Leia mais

Exercícios Complementares 5.2

Exercícios Complementares 5.2 Exercícios Complementares 5.2 5.2A Veri que se a função dada é ou não solução da EDO indicada: (a) y = 2e x + xe x ; y 00 + 2y 0 + y = 0: (b) x = C 1 e 2t + C 2 e 3t ; :: x 10 : x + 6x = 0: (c) y = ln

Leia mais

2 ō Semestre 2015/2016

2 ō Semestre 2015/2016 Análise Complexa e Equações Diferenciais ō Semestre 15/16 ō Teste, versão A (Cursos: LEIC-A, MEAmbi, MEBiol, MEQ) 1 (a) Resolva o problema de valor inicial 8 de Maio de 16, 11h 3m Duração: 1h 3m y +6x+4xy

Leia mais

Introdução às Equações Diferenciais e Ordinárias

Introdução às Equações Diferenciais e Ordinárias Introdução às Equações Diferenciais e Ordinárias - 017. Lista - EDOs lineares de ordem superior e sistemas de EDOs de primeira ordem 1 São dadas trincas de funções que são, em cada caso, soluções de alguma

Leia mais

8.1-Equação Linear e Homogênea de Coeficientes Constantes

8.1-Equação Linear e Homogênea de Coeficientes Constantes 8- Equações Diferenciais Lineares de 2 a Ordem e Ordem Superior As equações diferenciais lineares de ordem n são aquelas da forma: y (n) + a 1 (x) y (n 1) + a 2 (x) y (n 2) + + a n 1 (x) y + a n (x) y

Leia mais

21 de Junho de 2010, 9h00

21 de Junho de 2010, 9h00 Análise Complexa e Equações Diferenciais ō Semestre 009/00 ō Teste \ ō Exame - Versão A (Cursos: Todos) de Junho de 00, 9h00 Duração: Teste - h 30m, Exame - 3h INSTRUÇÕES Não é permitida a utilização de

Leia mais

Primitivação de funções reais de variável real

Primitivação de funções reais de variável real Capítulo 3 Sugere-se a seguinte bibliografia adicional que completa o estudo a efectuar nas aulas teóricas e nas aulas práticas: Maria Aldina C. Silva e M. dos Anjos F. Saraiva. Primitivação. Edições Asa,

Leia mais

EDO I. por Abílio Lemos. 16 e 18 de outubro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT

EDO I. por Abílio Lemos. 16 e 18 de outubro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT EDO I por Universidade Federal de Viçosa Departamento de Matemática-CCE Aulas de MAT 147-2017 16 e 18 de outubro de 2017 Definição 1 Uma equação diferencial é qualquer relação entre uma função e suas derivadas.

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA. MATEMÁTICA APLICADA 1 o SEMESTRE 2016/2017

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA. MATEMÁTICA APLICADA 1 o SEMESTRE 2016/2017 3 de janeiro de 7 Instruções: INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MATEMÁTICA APLICADA o SEMESTRE 6/7 Resolução do o Teste Duração: hm É obrigatória

Leia mais

MAT EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Aulas 14-17

MAT EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Aulas 14-17 MAT 340 - EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Aulas 14-17 Bulmer Mejía García 2010-II Universidade Federal de Viçosa EDO de Cauchy-Euler É uma EDO da seguinte forma a n (ax+b) n y (n) (x)+a n 1 (ax+b) n

Leia mais

c + 1+t 2 (1 + t 2 ) 5/2 dt e 5 2 ln(1+t2 )dt (1 + t 2 ) 5/2 dt (c 5/2 + (1 + t 2 ) 5/2 (1 + t 2 ) 5/2 dt ϕ(t) = (1 + t 2 ) 5/2 (1 + t).

c + 1+t 2 (1 + t 2 ) 5/2 dt e 5 2 ln(1+t2 )dt (1 + t 2 ) 5/2 dt (c 5/2 + (1 + t 2 ) 5/2 (1 + t 2 ) 5/2 dt ϕ(t) = (1 + t 2 ) 5/2 (1 + t). Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 o Semestre 206/207 3 de junho de 207, às 9:00 Teste 2 versão A MEFT, MEC, MEBiom, LEGM, LMAC, MEAer, MEMec, LEAN, LEMat [,0 val Resolva os seguintes problemas

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Complementos ao texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Julho 24 Introdução O texto apresentado tem por objectivo ser um complemento ao texto de apoio ao

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Equações Diferenciais Ordinárias Prof. Guilherme Jahnecke Wemar AULA 03 Equações diferenciais de primeira ordem Equações separáveis Fonte: Material Daniela Buske, Boce, Bronson, Zill, diversos internet

Leia mais

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Cálculo III Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia

Leia mais

LISTA dy dx y x + y3 cos x = y = ky ay 3. dizemos que F (x, y) é homogênea de grau 0. Neste caso a equação diferencial y =

LISTA dy dx y x + y3 cos x = y = ky ay 3. dizemos que F (x, y) é homogênea de grau 0. Neste caso a equação diferencial y = MAT 01167 LISTA Equações Diferenciais Resolva: 1. y = y x + x y, y ( ) 1 8 =. (1 x ) dy dx (1 + x) y = y. dy dx y x + y cos x = 0 4. y = ky ay. Se uma função F (x, y) satisfaz a condição F (t x, t y) =

Leia mais

LEEC Exame de Análise Matemática 3

LEEC Exame de Análise Matemática 3 LEEC Exame de Análise Matemática 3 0 de Janeiro de 005 Justifique cuidadosamente todas as respostas Não é permitida a utilização de máquina de calcular O tempo para a realização desta prova é de horas

Leia mais

Equações Diferenciais: Um Curso para Engenharias, Física, Matemática e Química

Equações Diferenciais: Um Curso para Engenharias, Física, Matemática e Química Notas de Aula da Disciplina Cálculo 3 Equações Diferenciais: Um Curso para Engenharias, Física, Matemática e Química André Luiz Galdino Departamento de Matemática do Campus Catalão da Universidade Federal

Leia mais

IST-TAGUS PARQUE-2007/08-2 o SEMESTRE ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS EXERCÍCIOS DE REVISÃO

IST-TAGUS PARQUE-2007/08-2 o SEMESTRE ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS EXERCÍCIOS DE REVISÃO IST-TAGUS PARQUE-007/08- o SEMESTRE ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS EXERCÍCIOS DE REVISÃO EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM. Diga, justi cando, se as seguintes

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV

ANÁLISE MATEMÁTICA IV Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE MATEMÁTICA IV o Teste do 1 o semestre de 04/05 cursos: LEAm, LEBl, LEQ, LQ, LEIC, LEM, LEMat, LEGM, LEAN e LEC

Leia mais

Conteúdo. 3 Transformada de Laplace Aplicações em equações diferenciais de primeira ordem... 34

Conteúdo. 3 Transformada de Laplace Aplicações em equações diferenciais de primeira ordem... 34 Conteúdo 1 Introdução/Revisão a integral 3 1.1 Integral de funções primitivas......................... 3 1.1.1 Integral de uma constante:...................... 3 1.1.2 Integral de um função:.........................

Leia mais

Definição (6.1): Definimos equação diferencial como uma qualquer relação entre uma função e as suas derivadas.

Definição (6.1): Definimos equação diferencial como uma qualquer relação entre uma função e as suas derivadas. Capítulo 6 Definição (6.1): Definimos equação diferencial como uma qualquer relação entre uma função e as suas derivadas. Definição (6.2): Seja e uma função real incógnita definida num intervalo aberto.

Leia mais

FOLHAS DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA II CURSO DE ERGONOMIA PEDRO FREITAS

FOLHAS DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA II CURSO DE ERGONOMIA PEDRO FREITAS FOLHAS DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA II CURSO DE ERGONOMIA PEDRO FREITAS Maio 12, 2008 2 Contents 1. Complementos de Álgebra Linear 3 1.1. Determinantes 3 1.2. Valores e vectores próprios 5 2. Análise em

Leia mais

Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro. Cálculo II. - Texto de Apoio - Alexandre Almeida

Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro. Cálculo II. - Texto de Apoio - Alexandre Almeida Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro Cálculo II - Texto de Apoio - Alexandre Almeida fevereiro de 2017 Nota prévia Este texto foi escrito com o propósito de apoiar as aulas de Cálculo II

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV

ANÁLISE MATEMÁTICA IV Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA 6 SÉRIES DE FOURIER E MÉTODO DE SEPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS 1 Determine o desenvolvimento em série

Leia mais

Integrais. ( e 12/ )

Integrais. ( e 12/ ) Integrais (21-04-2009 e 12/19-05-2009) Já estudámos a determinação da derivada de uma função. Revertamos agora o processo de derivação, isto é, suponhamos que nos é dada uma função F e que pretendemos

Leia mais

Matemática 2 Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

Matemática 2 Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Matemática Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Eercícios Compilados por: Alzira Faria Ana Cristina Meira Ana Júlia Viamonte Carla Pinto Jorge Mendonça Teórico-prática. Indique o domínio das funções:

Leia mais

MÉTODOS MATEMÁTICOS. Prof. Dr. Paulo H. D. Santos.

MÉTODOS MATEMÁTICOS. Prof. Dr. Paulo H. D. Santos. MÉTODOS MATEMÁTICOS Prof. Dr. Paulo H. D. Santos psantos@utfpr.edu.br AULA 1 10/03/2015 Apresentação do Plano de Ensino; EDOs de 1ª Ordem Parte 1. Sumário Conteúdo Programático Metodologia Avaliação Critério

Leia mais

Séries e Equações Diferenciais Lista 04 EDO s de Primeira Ordem e Aplicações

Séries e Equações Diferenciais Lista 04 EDO s de Primeira Ordem e Aplicações Séries e Equações Diferenciais Lista 04 EDO s de Primeira Ordem e Aplicações Professor: Daniel Henrique Silva Introdução às Equações Diferenciais 1) Defina equação diferencial. 2) Seja f(x; y) uma função

Leia mais

Sistemas de Equações Diferenciais Lineares

Sistemas de Equações Diferenciais Lineares Capítulo 9 Sistemas de Equações Diferenciais Lineares Agora, estamos interessados em estudar sistemas de equações diferenciais lineares de primeira ordem: Definição 36. Um sistema da linear da forma x

Leia mais

Aula: Equações diferenciais lineares de ordem superior

Aula: Equações diferenciais lineares de ordem superior Aula: Equações diferenciais lineares de ordem superior Profa. Ariane Piovezan Entringer DMA - UFV Problema de Valor Inicial - EDO de ordem n Problema de Valor Inicial - EDO de ordem n a n (x) d n y dx

Leia mais

Exercício 1 Dê o valor, caso exista, que a função deveria assumir no ponto dado para. em p = 9

Exercício 1 Dê o valor, caso exista, que a função deveria assumir no ponto dado para. em p = 9 Exercícios - Limite e Continuidade-1 Exercício 1 Dê o valor, caso exista, que a função deveria assumir no ponto dado para ser contínua: (a) f(x) = x2 16 x 4 (b) f(x) = x3 x x em p = 4 em p = 0 (c) f(x)

Leia mais

Análise Matemática III. Textos de Apoio. Cristina Caldeira

Análise Matemática III. Textos de Apoio. Cristina Caldeira Análise Matemática III Textos de Apoio Cristina Caldeira A grande maioria dos exercícios presentes nestes textos de apoio foram recolhidos de folhas práticas elaboradas ao longo dos anos por vários docentes

Leia mais

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Lista I

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Lista I EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Lista I 1. Desenhe um campo de direções para a equação diferencial dada. Determine o comportamento de y quando t +. Se esse comportamento depender do valor inicial de

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 ō Semestre 2013/2014

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 ō Semestre 2013/2014 Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 ō Semestre 213/21 Cursos: 2 ō Teste, versão A LEIC, MEEC, LEMat, MEAer, MEBiol, MEQ, MEAmbi 31 de Maio de 21, 11h3 [1,5 val. 1. Considere a equação diferencial

Leia mais

Instituto Tecnológico de Aeronáutica / Departamento de Matemática / 2 o Fund / a LISTA DE MAT-32

Instituto Tecnológico de Aeronáutica / Departamento de Matemática / 2 o Fund / a LISTA DE MAT-32 1 Instituto Tecnológico de Aeronáutica / Departamento de Matemática / 2 o Fund / 2012. 1 a LISTA DE MAT-32 Nos exercícios de 1 a 9, classi car e apresentar, formalmente, solução (ou candidata a solução)

Leia mais

Aula 5 Equação Diferencial de Segunda Ordem Linear e Coeficientes constantes:

Aula 5 Equação Diferencial de Segunda Ordem Linear e Coeficientes constantes: Aula 5 Equação Diferencial de Segunda Ordem Linear e Coeficientes constantes: caso não Homogêneo Vamos estudar as equações da forma: ay + by + cy = G(x), onde G(x) é uma função polinomial, exponencial,

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Universidade Estadual Paulista Instituto de Química de Araraquara Equações Diferenciais Ordinárias Jorge Manuel Vieira Capela Marisa Veiga Capela Material de apoio à disciplina Equações Diferenciais Ordinárias

Leia mais

32 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

32 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos 32 a Aula 2429 AMIV LEAN, LEC Apontamentos (RicardoCoutinho@mathistutlpt) 32 Fórmula da variação das constantes Temos então pela fórmula dos da variação das constantes (para sistemas de equações - Teorema

Leia mais

A Derivada. Derivadas Aula 16. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

A Derivada. Derivadas Aula 16. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil Derivadas Aula 16 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 04 de Abril de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014104 - Engenharia Mecânica A Derivada Seja x = f(t)

Leia mais

Exercícios propostos para as aulas práticas

Exercícios propostos para as aulas práticas Análise Matemática III Engenharia Civil 2005/2006 Exercícios propostos para as aulas práticas Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra Algumas noções topológicas em IR n 1 Verifique se cada

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC1419 Cálculo Numérico - LISTA 1 - Zeros de Funções (Profs. André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda) 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos

Leia mais

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari MATEMÁTICA II Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS Considere a função f x : R R tal que y = f(x). Então: Derivada: Mede a taxa de variação de

Leia mais

Equações Diferenciais de Segunda Ordem. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Equações Diferenciais de Segunda Ordem. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 17 Equações Diferenciais de Segunda Ordem Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 17.2 Equações Lineares Não Homogêneas Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Equações

Leia mais

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM 02/04/2014 Prof. Geraldine Revisão de Álgebra Linear Definição de conjunto Linearmente Independente Dizemos que as funções f ( x), f ( x) são LI, em um 1 2

Leia mais

DERIVADAS PARCIAIS. y = lim

DERIVADAS PARCIAIS. y = lim DERIVADAS PARCIAIS Definição: Seja f uma função de duas variáveis, x e y (f: D R onde D R 2 ) e (x 0, y 0 ) é um ponto no domínio de f ((x 0, y 0 ) D). A derivada parcial de f em relação a x no ponto (x

Leia mais

Questão 1: (2.5 pontos) f(x) =

Questão 1: (2.5 pontos) f(x) = Página 1 de 7 Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral IV - MAC48 Gabarito prim. prova unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 07/07/010 Questão 1: (.5 pontos Seja

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral II

Cálculo Diferencial e Integral II Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Cálculo Diferencial e Integral II Ficha de trabalho 1 (versão de 6/0/009 (Esboço de Conjuntos. Topologia. Limites. Continuidade

Leia mais

u t = c 2 u xx, (1) u(x, 0) = 1 (0 < x < L) Solução: Utilizando o método de separação de variáveis, começamos procurando uma solução u(x, t) da forma

u t = c 2 u xx, (1) u(x, 0) = 1 (0 < x < L) Solução: Utilizando o método de separação de variáveis, começamos procurando uma solução u(x, t) da forma Seção 9: Equação do Calor Consideremos um fluxo de calor em uma barra homogênea, construída de um material condutor de calor, em que as dimensões da seção lateral são pequenas em relação ao comprimento.

Leia mais

12 AULA. ciáveis LIVRO. META Estudar derivadas de funções de duas variáveis a valores reais.

12 AULA. ciáveis LIVRO. META Estudar derivadas de funções de duas variáveis a valores reais. 1 LIVRO Diferen- Funções ciáveis META Estudar derivadas de funções de duas variáveis a valores reais. OBJETIVOS Estender os conceitos de diferenciabilidade de funções de uma variável a valores reais. PRÉ-REQUISITOS

Leia mais

Parte II. Análise funcional II

Parte II. Análise funcional II Parte II Análise funcional II 12 Capítulo 5 Produto de Operadores. Operadores inversos Neste capítulo vamos introduzir a noção de produto de operadores assim como a de operador invertível. Para tal precisamos

Leia mais

1. Resolva as equações diferenciais: 2. Resolver os seguintes Problemas dos Valores Iniciais:

1. Resolva as equações diferenciais: 2. Resolver os seguintes Problemas dos Valores Iniciais: Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus de Sinop Cálculo Diferencial e Integral III - FACET Lista 6 Profª Ma. Polyanna Possani da Costa Petry 1. Resolva as equações diferenciais: a) y + 2y = 2e

Leia mais

Métodos Matemáticos 2012/2 Notas de Aula Equações Diferencias IV Equações Diferencias Lineares de Segunda Ordem. 22 de outubro de 2012

Métodos Matemáticos 2012/2 Notas de Aula Equações Diferencias IV Equações Diferencias Lineares de Segunda Ordem. 22 de outubro de 2012 Métodos Matemáticos 2012/2 Notas de Aula Equações Diferencias IV Equações Diferencias Lineares de Segunda Ordem A C Tort 22 de outubro de 2012 Uma equação diferencial ordinária linear de segunda ordem

Leia mais

Nome: Gabarito Data: 28/10/2015. Questão 01. Calcule a derivada da função f(x) = sen x pela definição e confirme o resultado

Nome: Gabarito Data: 28/10/2015. Questão 01. Calcule a derivada da função f(x) = sen x pela definição e confirme o resultado Fundação Universidade Federal de Pelotas Departamento de Matemática e Estatística Curso de Licenciatura em Matemática - Diurno Segunda Prova de Cálculo I Prof. Dr. Maurício Zan Nome: Gabarito Data: 8/0/05.

Leia mais

2 Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs)

2 Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) 2 Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) 2.1 Introdução Neste capítulo vamos tratar de um dos tópicos da Matemática mais usados na resolução de certos problemas de engenharia e de ciências (incluindo

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM ESCALARES E FORMAS CANÓNICAS DE JORDAN. tet + t

ANÁLISE MATEMÁTICA IV EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM ESCALARES E FORMAS CANÓNICAS DE JORDAN. tet + t Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA 4 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM ESCALARES E FORMAS CANÓNICAS DE JORDAN () Determine

Leia mais

Interbits SuperPro Web

Interbits SuperPro Web 1 (Ita 018) Uma progressão aritmética (a 1, a,, a n) satisfaz a propriedade: para cada n, a soma da progressão é igual a n 5n Nessas condições, o determinante da matriz a1 a a a4 a5 a 6 a a a 7 8 9 a)

Leia mais

Resoluções de Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) por Séries de Potências

Resoluções de Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) por Séries de Potências Resoluções de Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) por Séries de Potências Hudson Umbelino dos Anjos 1, Julia de Paula Borges 2 1 Mestre em Matemática IFTO. e-mail: hudsonanjos@ifto.edu.br 2 Graduanda

Leia mais

1 [30] A figura ao lado mostra o zoom da discretização de uma função

1 [30] A figura ao lado mostra o zoom da discretização de uma função TT9 Matemática Aplicada I Curso de Engenharia Ambiental Departamento de Engenharia Ambiental, UFPR P, 3 mar 22 Prof. Nelson Luís Dias NOME: GABARITO Assinatura: 3] A figura ao lado mostra o zoom da discretização

Leia mais

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7 Conteúdo 1 4 1.1- Áreas............................. 4 1.2 Primeiras definições...................... 6 1.3 - Uma questão importante.................. 7 1 EDA Aula 1 Objetivos Apresentar as equações diferenciais

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Resolução do exame Cálculo Diferencial e Integral I Versão B Data: 8/ / 8 Grupo I - (a) x 3 + x x = x(x + x ) = x(x + )(x ) Cálculo auxiliar: x + x = x = ± + 8 = ou x + + x + + + + + x + + + + x(x+)(x

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias de Ordem Superior a Um

Equações Diferenciais Ordinárias de Ordem Superior a Um Capítulo 2 Equações Diferenciais Ordinárias de Ordem Superior a Um 2.1 EDOs lineares homogéneas de ordem dois. Redução de ordem. Exercício 2.1.1 As seguintes equações diferenciais de 2 a ordem podem ser

Leia mais

A Matemática e as Órbitas dos Satélites

A Matemática e as Órbitas dos Satélites A Matemática e as Órbitas dos Satélites Centro de Análise Matemática, Geometria e Sistemas Dinâmicos Instituto Superior Técnico Julho, 2009 Equações Diferenciais Equações Diferenciais Em matemática, uma

Leia mais

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO Cálculo Numérico EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES o sem/08 EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO x. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f: i 0 f(x i ).50

Leia mais

Métodos Numéricos em Equações Diferenciais Aula 01 - Problema de Valor Inicial

Métodos Numéricos em Equações Diferenciais Aula 01 - Problema de Valor Inicial Métodos Numéricos em Equações Diferenciais Aula 01 - Problema de Valor Inicial Profa. Vanessa Rolnik curso: Matemática Aplicada a Negócios Modelagem Exemplo: Determinação do valor de revenda de uma máquina

Leia mais

Exercícios Matemática I (M193)

Exercícios Matemática I (M193) Exercícios Matemática I (M93) Funções. Associe a cada uma das seguintes funções o gráfico que a representa. a) f(x) = 2x + 4. b) f(x) = 3x +. c) f(x) = x 2. d) f(x) = 2x 3. e) f(x) = 0 x. f) f(x) = (0,

Leia mais

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x) e x = 0. a) Prove que

Leia mais

UDESC - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA - DMAT

UDESC - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA - DMAT UDESC - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA - DMAT APOSTILA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS JONES CORSO Joinville - 2017 ii Sumário 1 INTRODUÇÃO

Leia mais

Capítulo 9. Circuitos de Segunda Ordem

Capítulo 9. Circuitos de Segunda Ordem EA-53 Circuitos Elétricos I Capítulo 9 Circuitos de Segunda Ordem EA-53 Circuitos Elétricos I 9. Circuitos com Dois Elementos Armazenadores Circuito com dois indutores, onde deseja-se obter a corrente

Leia mais

Derivadas. Derivadas. ( e )

Derivadas. Derivadas. ( e ) Derivadas (24-03-2009 e 31-03-2009) Recta Tangente Seja C uma curva de equação y = f(x). Para determinar a recta tangente a C no ponto P de coordenadas (a,f(a)), i.e, P(a, f(a)), começamos por considerar

Leia mais

de Coeficientes Constantes

de Coeficientes Constantes Seção 12: Equações Diferenciais Lineares não Homogêneas de Coeficientes Constantes O objetivo desta seção é estudar as equações lineares não homogêneas de coeficientes constantes No entanto, a versão do

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral C. Me. Aline Brum Seibel

Cálculo Diferencial e Integral C. Me. Aline Brum Seibel Cálculo Diferencial e Integral C Me. Aline Brum Seibel Em ciências, engenharia, economia e até mesmo em psicologia, frequentemente desejamos descrever ou modelar o comportamento de algum sistema ou fenômeno

Leia mais

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente MÉTODOS NUMÉRICOS E COMPUTACIONAIS II EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES EXERCICIOS RESOLVIDOS - INTEGRACAO-NUMERICA - EDO. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f x i..5.7..5 f(x

Leia mais

Convergência em espaços normados

Convergência em espaços normados Chapter 1 Convergência em espaços normados Neste capítulo vamos abordar diferentes tipos de convergência em espaços normados. Já sabemos da análise matemática e não só, de diferentes tipos de convergência

Leia mais