SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS

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1 SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 7 de outubro de 1 Índice Mercados Financeiros: Evolução positiva do sentimento de mercado, numa semana de dados mistos para as principais economias, mas onde os mercados acionistas parecem recuperar depois de 3 semanas de quedas consecutivas... EUA: Indicadores compósitos de atividade sugerem fortes crescimentos do PIB no 3ºT1 e no ºT Zona Euro: Principais indicadores qualitativos para a região arrancam o ºT1 com ligeiras melhorias, superando as expectativas do mercado, mas permanecendo em níveis reduzidos e a sinalizar ligeiras desacelerações da atividade, que não são, para já, o nosso cenário central... 5 Portugal: Dados da execução orçamental da DGO revelam nova melhoria das contas públicas em setembro, bem como o importante papel da receita fiscal nesse feito, ao passo que a balança corrente regressou aos excedentes em agosto Reino Unido: 1ª estimativa do PIB do 3ºT1 apontou para um crescimento em cadeia de.7%, em desaceleração (+.9% no ºT1), mas sendo o 6º trimestre consecutivo de forte expansão... Japão: Crescimento do PIB no 3ºT1 devido sobretudo ao mês de setembro China: PIB no 3ºT1 abrandou o ritmo de crescimento de 7.5% para 7.3%, um valor que fica ligeiramente acima das expectativas do mercado (consenso: +7.%), mas em linha com as nossas (estimativa do Montepio: +7.3%), traduzindo uma desaceleração marginal da economia, pela ª vez nos últimos trimestres, e crescendo ao menor ritmo desde o 1ºT9 (+6.%) Aconteceu na semana passada no Brasil Previsões... 71

2 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS Mercados Financeiros: Evolução positiva do sentimento de mercado, numa semana de dados mistos para as principais economias, mas onde os mercados acionistas parecem recuperar depois de 3 semanas de quedas consecutivas Assistiu-se a uma evolução tendencialmente positiva do sentimento de mercado, tendo continuado, em parte, penalizado pelo risco geopolítico, nomeadamente, pela crise entre a Ucrânia e a Rússia e pela contínua tensão na faixa de Gaza, observando-se uma manutenção do risco geopolítico percecionado em relação à semana anterior. Relativamente às perspetivas para a economia mundial, observou-se uma melhoria do otimismo. Efetivamente, depois de há duas semanas as previsões do FMI terem vindo rever em baixa o crescimento da economia mundial, levando os investidores a ter receios sobre a robustez da recuperação económica, os dados conhecidos ao longo da semana passada, para as principais economias mostraram-se mais positivos. Na Zona Euro, o indicador de confiança dos consumidores da Comissão Europeia (CE) e os índices PMI Manufacturing e Services da Markit mostraram leitura positivas (a exceção coube ao PMI Services, que estabilizou, pese embora permanecendo num nível superior ao da indústria), com o índice PMI compósito a arrancar o trimestre com uma ligeira subida mensal em outubro, regressando aos acréscimos após duas quedas consecutivas e superando as expectativas do mercado, que apontavam para uma nova queda do indicador, pese embora permanecendo em níveis reduzidos e a sinalizar ligeiras desacelerações da atividade, que não são, para já, o nosso cenário central. Também nos EUA os dados divulgados durante a última semana revelaram-se maioritariamente positivos com a descida da média móvel de semanas dos novos pedidos de subsídio de desemprego para mínimos de 1 anos, as subidas das vendas de casas usadas e dos preços, e o crescimento dos indicadores coincidentes e avançado da Conference Board e do super-indicador coincidente da Reserva Federal de Chicago (CFNAI), que sugeriram fortes crescimentos do PIB no 3ºT1 e no ºT1. Na China, tratou-se de uma semana preenchida em termos de divulgação de indicadores económicos, que revelaram leituras positivas, destacando-se o abrandamento do PIB inferior ao esperado pelo mercado, mas também com o crescimento da produção industrial e do PMI Manufacturing a superarem as expectativas, enquanto as vendas a retalho ficaram aquém do esperado. Já no Japão, os dados económicos continuaram a espelhar a elevada volatilidade induzida pela subida do IVA em abril, tendo o PIB caído no ºT1, mas devendo ter regressado ao crescimento no 3ºT1, recuperando parcialmente da forte queda de 1.8% do trimestre anterior, resultante da subida do IVA. No Reino Unido, foi uma semana preenchida em termos de informação económica que revelou um comportamento misto, destacando-se os dados da 1ª estimativa do PIB para o 3ºT1, que apontou para um crescimento em cadeia de.7%, em linha com as expectativas do mercado e ligeiramente abaixo do previsto por nós (+.8%) e pelo BoE (+.9%), revelando o 6º trimestre consecutivo de forte expansão. Para acalmar os investidores, refira-se que o Banco Central Europeu (BCE) deverá iniciar, nas próximas semanas, a compra de ativos de forma a injetar liquidez na banca, tal como anunciou o Presidente do organismo, Mario Draghi, recentemente em Washington. O objetivo é que esta medida se reflita no financiamento de empresas e famílias, estimulando, assim, as economias dos países da Zona Euro e aliviando a ameaça da deflação. Não esquecendo que, há duas semanas, nos EUA, um dos responsáveis da Fed (ainda que sem direito de voto este ano) admitiu que o banco central poderia adiar o término das compras mensais previsto para a reunião da próxima ª feira. O sentimento de mercado ficou, ainda, marcado por, no passado dia -out, o Parlamento Europeu ter aprovado a Comissão Juncker, que sucedeu à liderada pelo português Durão Barroso e que começa o mandato no início de novembro. O futuro Presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, afirmou que estão enganados os que pensam que apenas a austeridade pode levar à retoma económica, defendendo que as regras da disciplina orçamental devem ser acompanhadas de flexibilidade. No entanto saliente-se a posição da agência Standard & Poor s que alertou para o facto de a crise no bloco do euro estar ainda longe do fim e sublinhou que as políticas monetárias e orçamentais não podem per se melhorar a trajetória da economia europeia, avisando mesmo que podem tornar-se contraproducentes por proporcionarem a complacência de alguns governos. Estes desenvolvimentos provocaram alguma recuperação das ações na semana passada. Os principais riscos descendentes prendem-se com os efeitos incertos de difusão do vírus ébola, e com a crise no Leste da Europa e no Médio Oriente. Note-se que a recuperação das ações na última semana (após 3 quedas semanais) foi ainda suportada pela Época de Resultados nos EUA, que se apresentou mais positiva que na semana anterior e que está a apresentar-se mais favorável que a anterior Época JUL Un: p.b. 1-AUG Países periféricos - Spreads face ao Bund a 1 anos 8-AUG 15-AUG -AUG 9-AUG 5-SEP 1-SEP 19-SEP 6-SEP 3-OCT 1-OCT 17-OCT -OCT Grécia (esc. dir) Irlanda Portugal (esc. dir) Espanha Itália

3 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS A tensão entre a Rússia e o Ocidente continuou a afetar as várias economias. Saliente-se que o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou que o seu país não passará frio no inverno graças a um acordo provisório com Vladimir Putin sobre a retoma do fornecimento de gás russo, a uma semana das eleições legislativas, que serão determinantes para o líder pró-ocidental em Kiev. Nos EUA, os dados divulgados durante a última semana revelaram-se maioritariamente positivos, destacando-se pela negativa o facto de as vendas de casas novas terem ficado aquém do esperado (ainda que tivessem atingido um nível máximo desde jul-8) e o abrandamento dos indicadores qualitativos da indústria (mas, no seu conjunto, a continuarem acima da tendência histórica continuando a sinalizar um crescimento no ºT1 superior ao verificado no 3ºT1). Pela positiva saliente-se a descida da média móvel de semanas dos novos pedidos de subsídio de desemprego para mínimos de 1 anos (sinalizando uma criação de empregos em outubro entre e 5 mil no setor privado), valores relativamente em linha com os 36 mil criados em setembro), as subidas das vendas de casas usadas e dos preços, e o crescimento dos indicadores coincidentes e avançado da Conference Board e do superindicador coincidente da Reserva Federal de Chicago (CFNAI). Os indicadores coincidentes sinalizam um crescimento do PIB de 3.6% para o 3ºT1 e o indicador avançado um crescimento de.7% (se bem que nos últimos trimestres esteja a ser sistematicamente otimista), pelo que estes dados continuaram a mostrar-se consistentes com o cenário de recuperação da economia, confirmando o caráter pontual da contração de.1% (anualizada) do PIB no 1ºT1, a qual se deveu sobretudo a condições meteorológicas adversas, pelo que a economia acelerou intensamente no ºT1 (+.6%) e deverá ter crescido no 3ºT1 entre.5% e 3.5%, com os riscos a continuarem a ser ligeiramente ascendentes, pelo que o crescimento do PIB poderá, assim, ter ultrapassado ligeiramente os 3%, o crescimento mediano dos últimos anos, algo que também constitui a expectativa para o ºT1. Em termos de preços, o índice de preços no consumidor registou em setembro um crescimento homólogo de 1.7%, continuando aquém dos.1% de junho, que são um máximo desde out- 1, permanecendo, assim, afastada dos 1.% de out-13 (mínimo desde out-9). Também o crescimento do IPC core manteve-se em 1.7%, continuando num valor inferior ao target de % da Fed para o deflator do consumo privado; em todo o caso, e não obstante a recente volatilidade nos mercados financeiros, a Fed deverá terminar, na reunião da próxima ª feira as aquisições mensais no âmbito dos programas de aquisição de dívida atualmente em curso, dado que a economia e o emprego têm vindo a evoluir mais em consonância com os objetivos da Fed. Relativamente às taxas de juro, esperamos que em 15 a Fed suba por 3 vezes as taxas dos fed funds, dos atuais.5% para fechar o ano de 15 em 1.%. Apesar da mediana das previsões dos responsáveis da Fed colocar a taxa em 1.5% no final do próximo ano, continuamos a considerar algo otimista, ademais atendendo ao teor das minutas da última reunião, que referiram explicitamente que a subida de taxas estará condicional ao cenário macroeconómico (bem como às condições financeiras globais, que nas últimas semanas se deterioraram) e não está condicional ao tempo decorrido após o fim dos programas de compra de dívida (ver Comentário dos EUA). Na Zona Euro, a semana passada ficou marcada, em termos de divulgação de indicadores económicos, essencialmente pelas primeiras leituras para o ºT1 de alguns dos principais indicadores qualitativos de atividade para a região v.g., indicador de confiança dos consumidores da Comissão Europeia (CE) e índices PMI Manufacturing e Services da Markit. Dados que revelaram leituras positivas (a exceção coube ao PMI Services, que estabilizou, pese embora permanecendo num nível superior ao da indústria), com o índice PMI compósito a arrancar o trimestre com uma ligeira subida mensal em outubro, regressando aos acréscimos após duas quedas consecutivas e superando as expectativas do mercado, que apontavam para uma nova queda do indicador, pese embora permanecendo em níveis reduzidos. O indicador sinaliza acréscimos em cadeia da atividade económica de.3% no 3ºT1 e de.% no ºT1, depois do ligeiro crescimento de.1% observado no ºT1 (recentemente revisto da anterior estabilização, com a implementação do SEC 1), resultados um pouco aquém das nossas perspetivas. Continuamos a estimar um acréscimo do PIB entre.% e.3% para o 3ºT1, prevendo-se uma ligeira aceleração no ºT1, para uma expansão entre.3% e.%.na semana passada foram também conhecidos os últimos dados sobre o endividamento público da região, segundo os quais o rácio de dívida pública sobre o PIB subiu em 13 de 89.% para 9.9%, renovando máximos desde o início da série (em 1995), com Portugal a continuar a destacar-se entre os países com maior rácio (ver Comentário da Zona Euro). Foram conhecidos os resultados dos testes stress aplicados pelo BCE no passado dia 6-out, em que, dos 13 bancos europeus que foram alvo dos testes, 5 chumbaram, apresentando necessidades de capital totais de 5 mil milhões de euros (mm ). Deste montante, a maior fatia pertence ao italiano Monte dei Paschi que precisa de captar agora.1 mm. Por nacionalidades, é Itália quem lidera os maiores chumbos: com 9 bancos, com um total de necessidades de capital de 9. mm. No caso de Portugal, quer a CGD quer o BPI passaram nos cenários testados pelo BCE. Já o BCP passou no cenário base, mas falhou no cenário mais adverso. Na China, foi uma semana preenchida em termos de divulgação de indicadores económicos, que revelaram leituras positivas. Ficou conhecido o valor do PIB do 3ºT1 que abrandou o ritmo de crescimento de 7.5% para 7.3%, um valor que fica ligeiramente acima das expectativas do mercado (consenso: +7.%), mas em linha com as nossas (estimativa do Montepio: +7.3%), traduzindo uma desaceleração marginal da economia, pela ª vez nos últimos trimestres, e crescendo ao menor ritmo desde o 1ºT9 (+6.%). A produção industrial cresceu 8.% em setembro, face ao período homólogo, ficando acima do esperado pelo mercado (consenso: +7.5%) e do observado em agosto (+6.9%), acelerando pela 1ª vez nos últimos 3 meses e aliviando do menor ritmo de crescimento desde jan-9 (-3.%), em plena Grande Recessão. Também as vendas a retalho cresceram 11.6% (YoY) em setembro, desacelerando ligeiramente face ao mês anterior (+11.9%) e evidenciando o menor ritmo desde fev-11, ficando inclusive 3

4 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS abaixo dos valores registados durante a grande recessão 8/9. Em termos reais (cálculos do Montepio) aceleraram ligeiramente de 1.7% para 1.9%, crescendo ao maior ritmo desde maio. Assim como o investimento em capital fixo que observou até setembro um crescimento homólogo de 16.1%, em desaceleração (+16.5% no mês anterior) e mantendo-se abaixo da tendência histórica, registando o menor ritmo desde dez-1, mas continuando a crescer bem mais do que o PIB. Por ultimo, foi conhecida a estimativa preliminar de outubro do PMI Manufacturing, que apontou para uma subida de. pontos face ao mês anterior, para 5. pontos, ficando acima das expectativas do mercado (consenso: 5. pontos) e tratando-se da 7ª subida em 9 meses, sinalizando a 5ª expansão (consecutiva) do setor em 1 meses, com o emprego a contrair a um ritmo menos intenso que no mês de setembro e com a produção, as novas encomendas e as novas encomendas para exportação a aumentarem, embora a um ritmo ligeiramente inferior ao do mês anterior (ver Comentário da China). No Japão, foi uma semana parca em termos de indicadores económicos, com a descida do indicador coincidente da ESRI e do índice de atividade económica do METI a sugerirem que o regresso da economia ao crescimento no 3ºT1 terá sido conseguido sobretudo no mês de setembro. Continuamos a apontar para um crescimento do PIB entre.% e.7% no 3ºT1, impulsionado pelo regresso ao crescimento do consumo privado e do investimento empresarial em equipamentos, enquanto o contributo das exportações líquidas terá sido nulo (o défice comercial subiu um pouco mais do que o esperado em setembro, mas não alterou as nossas expectativas). A subida do indicador avançado sinaliza uma aceleração do crescimento no ºT1, que deverá ser, do ponto de vista setorial, suportado pelo forte regresso ao crescimento da indústria, para a qual foi conhecido o registo de outubro do PMI Manufacturing, cuja estimativa preliminar revelou uma subida, atingindo um máximo desde março, sugerindo uma expansão da atividade no setor pela 5ª vez consecutiva e já pela 18ª vez em meses, com as exceções a serem os meses de abril e maio, devido ao aumento do IVA em abril (ver Comentário do Japão). Refira-se que a Ministra japonesa da Indústria, Yuko Obuchi, apresentou no passado dia -out a sua demissão depois de, na semana anterior, terem sido divulgadas notícias sobre a alegada utilização ilegal de fundos pela sua organização política. No Reino Unido, foi uma semana preenchida em termos de informação económica, destacando-se os dados da 1ª estimativa do PIB para o 3ºT1, que apontou para um crescimento em cadeia de.7%, em linha com as expectativas do mercado e ligeiramente abaixo do previsto por nós (+.8%) e pelo BoE (+.9%), revelando o 6º trimestre consecutivo de forte expansão (+.7% no ºT13 e no 1ºT1; +.6% no ºT13; e +.9% no 3ºT13 e no ºT1). Com esta subida, o PIB ficou 3.3% acima dos níveis pré-crise. Entre esse anterior pico e o ºT9 a economia contraiu 6.%, encontrando-se agora.6% acima do nível pré-recessão (npr), o nível médio de 7. Na 1ª estimativa ainda não são divulgados dados na ótica da despesa, mas estima-se que o consumo privado tenha, pelo menos, mantido o crescimento do trimestre anterior (+.6% no ºT1), bem como contributos positivos do investimento e das exportações líquidas (. p.p no ºT1). Efetivamente, ao nível do consumo, foram conhecidos os dados de setembro das vendas a retalho, que desceram.3% (+.% em agosto), mas evidenciando um contributo positivo para o crescimento do consumo privado no 3ºT1, que poderá ter inclusive acelerado ligeiramente, para.7%. Olhando já para o ºT1, denota-se um menor ímpeto de crescimento, espelhando também a incerteza global e afetando nomeadamente a indústria. Efetivamente, os indicadores da Confederation of British Industry (CBI) sugeriram um abrandamento das condições para a indústria, com o nosso indicador compósito de confiança a ficar em terreno negativo após 11 meses no verde, afastando-se do máximo de set-13 observado em junho e fazendo mínimos desde out-13. Foram também conhecidos dados sobre a execução orçamental, que revelaram que esta ficou em setembro abaixo do esperado pelo mercado, comparando desfavoravelmente com o período homólogo. Refiram-se também os primeiros dados de outubro para os preços de casas da Rightmove que reportaram uma subida em cadeia de.6%, mas que corresponde a um decréscimo de.1% de acordo com os dados ajustados de sazonalidade (cálculos do Montepio). Em termos homólogos, o crescimento desacelerou de 7.9% para 7.6%, permanecendo afastado do ritmo mais elevado desde out-7 observado em maio (+8.9%), embora tratando-se do 38º mês consecutivo de crescimento. Foram ainda divulgadas as minutas da última reunião de política monetária do BoE, realizada a 8 de outubro, na qual a autoridade não alterou a postura da sua política, tal como era amplamente antecipado pelo mercado. Embora não tenham existido alterações ao nível da direção da política monetária, decisores votaram a favor de um aumento da bank rate em 5 p.b., e os restantes 7 membros do MPC votaram a favor da manutenção. Continuamos a prever o início do ciclo de subidas de taxas em 15, ainda que possa não ser durante o 1º trimestre, com a bank rate a dever terminar 15 em 1.5% (ver Comentário do Reino Unido). Refira-se que o Tesouro financiou-se a 1, 3 e 6 meses. O montante total ascendeu aos 3.5 mil milhões de libras esterlinas (mm ). A 1 mês pagou.3139% vs.315%, 3 meses.3879% vs.389% e 6 meses.518% vs,513%. Na Alemanha, o Tesouro colocou 1.8 mm em dívida a 3 anos a uma yield média de 1.77%, num leilão onde a oferta superou apenas 1. vezes a procura. Em Espanha, o Banco de Espanha antecipou que a economia do país registou um crescimento em cadeia de.5% no 3ºT1, completando 5 trimestres consecutivos de crescimento. Em termos homólogos, o PIB avançou 1.6%. Em Itália, as autoridades desmantelaram um esquema de fraude com faturas falsas, envolvendo um grupo de empresas suspeitas de terem lesado o Estado em mais de 1.7 mm. Em Portugal, a semana ficou, mais uma vez, marcada por alguns desenvolvimentos no caso do BES, pela 16ª semana consecutiva, ainda que os desenvolvimentos tenham

5 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS acabado por ser menos penalizadores, pela 11ª semana consecutiva. Refira-se o Novo Banco, atual titular do empréstimo ao Banco Espírito Santo Angola, vai passar a deter uma participação de 9.9% do capital da instituição financeira angolana, deliberou o Banco Nacional de Angola. O Presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, afirmou que um eventual aumento de capital do Novo Banco afetaria o setor financeiro e até o Estado. O Tribunal Supremo espanhol confirmou duas multas no total de 1.11 milhões de euros (M ) que o Conselho de Ministros aplicou em março ao BES, por infrações "muito graves" da normativa sobre a prevenção de branqueamento de capitais. O grupo mexicano Ángeles e a UBS alienaram quase todas as ações que detinham na Espírito Santo Saúde (ESS), empresa adquirida pela Fidelidade. O Banco de Portugal (BdP) disse que não era da sua responsabilidade informar a CMVM sobre o plano de recapitalização acordado para o BES. Ao nível dos dados macroeconómicos, a semana ficou essencialmente marcada pelos dados de setembro da execução orçamental da DGO, que revelaram que o saldo provisório das administrações públicas (AP), apurado na ótica da contabilidade pública, ascendeu, até setembro, a milhões de euros (M ), um défice que compara favoravelmente com o observado em igual período do ano passado ( M ). Tratou-se assim da ª melhoria consecutiva, depois dos fortes agravamentos que se tinham assistido nos meses de junho e julho. Os impostos continuam a ser os principais responsáveis pela melhoria das contas públicas. Recorde-se que os fortes agravamentos do défice nos meses de junho e julho tinham resultado, em grande medida, do forte aumento das despesas com pessoal em virtude do pagamento do subsídio de férias e do efeito da reversão da redução remuneratória na função pública na sequência da decisão do Tribunal Constitucional (TC), um comportamento que se continua a antever totalmente reversível com as medidas alternativas de substituição que foram apresentadas pelo Governo em sede do º OE Retificativo 1 (8-ago) no que concerne à redução remuneratória, com a reintrodução do regime vigente entre 11 e 13. Assim, os dados da execução orçamental atualmente disponíveis (tanto na ótica de caixa, como na ótica da contabilidade nacional) continuam, do nosso ponto de vista, a dar indicações para o cumprimento da meta do défice orçamental para 1, a qual continuará também a beneficiar de uma melhor execução orçamental em 13 (que implicou efeitos positivos para 1) e de uma receita fiscal acima do previsto. Na semana passada foram também conhecidos os dados de agosto sobre a balança corrente (ajustada de sazonalidade), que revelaram uma subida de um défice de 5 M para um excedente de 1 M, contabilizando o º excedente dos últimos 6 meses e depois de ter registado um excedente máximo histórico em dez- 13, com a balança corrente a contabilizar 13 excedentes desde dez-1, que representam, juntamente com o observado no mês de jul-1, os únicos saldos positivos desta série. Em agosto observaram-se comportamentos distintos nas diversas balanças, mas positivos numa ótica de contributo para o crescimento do PIB, com um desagravamento do défice da balança de bens e uma subida do excedente da balança de serviços, com estes dados a continuarem também a permitir-nos sustentar as nossas estimativas de um contributo positivo das exportações líquidas de bens e serviços para o crescimento do PIB no 3ºT1 (+.8 p.p. no ºT1), refletindo um crescimento das exportações superior ao das importações (ver Comentário de Portugal). Refira-se que a 1ª visita da missão da troika a Portugal após o fim do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro tem início a 8-out. Portugal terminou o ano passado com um endividamento de 18% do PIB, superado apenas pela Grécia. Já no que respeita ao défice, registou o 7º valor mais elevado. A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), conhecida como banco de fomento, vai arrancar com um capital de 1 M e será tutelada pelo Ministério da Economia, em articulação com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional. A agência de notação financeira Fitch vê um risco acrescido de derrapagem orçamental em Portugal porque o cumprimento das metas orçamentais está agora mais dependente do ciclo económico do que do ajustamento estrutural. Portugal vai pagar 6 mm em juros da dívida entre 1 e, dos quais mais de 1. mm irão anualmente para os fundos europeus que contribuíram para o resgate. Saliente-se que as exportações de bens e serviços portugueses para os países da região do Magreb mais que triplicaram entre 9 e 13, afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima num encontro com a imprensa no final da Conferência de Ministros dos Transportes do Mediterrâneo Ocidental. Mais de 5 empresas portuguesas lideraram a presença internacional na maior feira angolana dedicada à Construção Civil e Obras Públicas. O embaixador da China em Portugal, Huang Songfu, afirmou que o tempo dirá se o investimento chinês é bom para Portugal ou não, o qual, especificou, surgiu como convite do povo português, trazendo benefícios para ambos os países. Portugal aceitou um acordo europeu, que estabelece metas indicativas para a construção de estruturas de transporte de energia que, quando estiverem concluídas, vão permitir ao país ser um exportador para toda a Europa. Analisando os movimentos nos mercados financeiros, observou-se um comportamento tendencialmente positivo do sentimento de mercado. Este comportamento positivo foi visível designadamente nas ações, com subidas na generalidade dos principais índices acionistas. Os índices americanos S&P 5 e Dow Jones aproximaram-se dos máximos históricos registados 5 semanas antes e o Nasdaq aproximou-se de máximos desde mar-. Na Europa, também se observaram subidas, com as ações das principais empresas da Zona Euro (Eurostoxx 5) a subirem pela 6ª vez em 11 semanas, aproximando-se dos máximos de 6 anos em que se encontravam no final de junho, aliviando de mínimos desde dez-13. Na Ásia, o comportamento foi também misto mas maioritariamente positivo, sendo na América Latina igualmente misto. Os spreads da dívida a 1 anos das economias periféricas da Zona Euro observaram um comportamento descendente, pela 7ª vez em 11 semanas com a única exceção a ser a Irlanda que aumentou o seu spread em 5 p.b.. No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro desceu, pela 13ª vez em 17 semanas, aproximando-se dos mínimos desde dez-1 observados na primeira semana de outubro, depreciando 5

6 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS face ao dólar e à libra e apreciando face ao iene. Ao nível da dívida de referência, as yields evidenciaram movimentos ascendentes quer na Alemanha quer nos EUA. No MMI, as Libor do dólar estabilizaram, mantendo-se sensivelmente em máximos desde o início de nov-13. Também as Euribor estabilizaram nos diversos prazos, com o prémio de risco no MMI Europeu nos diversos prazos (v.g. 3, 6 e 1 meses), medido pelo OIS spread, a descer entre e 3 p.b., enquanto as expectativas em relação ao nível das taxas de juro overnight durante os próximos meses subiram entre p.b. e 3 p.b.. Por último, as commodities revelaram um comportamento distinto, mas negativo em termos agregados, evidenciando a 11ª descida das últimas 1 semanas, com os índices compósitos CRB Index e GSCI S&P a continuarem a afastar-se dos níveis máximos desde set-1 e fev-13 observados em junho, com a subida no gado e estabilização nos metais a não compensarem as descidas na restantes commodities, sendo que o índice CRB Index desceu para mínimos desde jun-1 e o GSCI S&P desceu para mínimos desde set-1. Comportamentos positivos nos principais índices acionistas mundiais Índices Gerais Mercado Acionista -1-1 Δ % 1 sem. Início ano EUA Dow Jones S&P Nasdaq Europa Eurostoxx FTSE 1 (R. Unido) PSI- (Portugal) CAC (França) DAX (Alemanha) IBEX (Espanha) FTSE MIB (Itália) Ásia Nikkei 5 (Japão) Hang Seng (Hong-Kong) Shangai Comp. (China) Sensex 3 (Índia) A. Latina Ibovespa (Brasil) Numa análise mais pormenorizada aos mercados acionistas, os índices americanos subiram, com o Nasdaq a subir 5.3%, aproximando-se de máximos desde mar-, e o S&P 5 (+.1%) e o Dow Jones (+.6%) a subirem também, aproximando-se dos máximos históricos registados 5 semanas antes. Na Europa também se verificaram subidas, tendo as ações das principais empresas da Zona Euro (Eurostoxx 5) subido.3%, pela 6ª vez em 11 semanas, aproximando-se dos máximos de 6 anos em que se encontravam no final de junho e afastando-se dos mínimos desde dez-13, observando-se subidas em todos os índices da Zona Euro. As ações portuguesas (PSI-) subiram.5%,não revertendo na totalidade a queda da semana anterior (- 3.%) igualmente tratando-se da 6ª subida em 11 semanas, aliviando de mínimos desde ago-1. Isto depois de no início de abril o índice português ter atingido máximos desde mai- 11. As ações francesas (CAC) subiram.%, e as alemãs (DAX) subiram 1.6%, contabilizando no 1º o caso a 6ª subida em 11 semanas, e com as ações alemãs a continuaram a aproximar-se dos máximos históricos observados no início de julho, aumentando a distância face aos mínimos desde out-13, e com as francesas a aliviarem de mínimos desde ago-13. Entre os periféricos, refiram-se as subidas de 3.8% do índice espanhol (IBEX), e do índice italiano (FTSE MIB) que subiu.3% após 6 quedas consecutivas (-.6% na semana anterior), aliviando de mínimos desde dez-13. Ainda na Europa, saliente-se a valorização de 1.% do britânico FTSE 1, aproximando-se ligeiramente do valor de final de junho, quando atingiu um máximo desde dez-99, aliviando de mínimos desde jun-13. Na Ásia, o comportamento foi misto, mas maioritariamente positivo, com a exceção a ser a descida do índice Shangai Comp. (Chinês), de 1.7%, ainda que apenas pela ª vez em 15 semanas. O Nikkei 5, valorizou 5.%, revertendo a queda da semana anterior (-5.%) aproximando-se ligeiramente de máximos desde out-7 registados semanas antes, o Sensex 3 subiu.8%, após semanas consecutivas a cair (-.7% na semana anterior), aproximando-se de máximos históricos, também o índice de Hong Kong, o Hang Seng subiu 1.%. Na América Latina, o comportamento foi também misto. O índice MSCI para os mercados emergentes subiu.8%, após 6 quedas consecutivas (-1.3%), diminuindo agora a distância face aos níveis máximos desde jul-11, aliviando do valor mais baixo desde mar-1. As valorizações dos índices dos países desenvolvidos foram mais intensas, levando o índice MSCI para o Mundo a subir 3.%, após quedas consecutivas, pela ª vez consecutiva, aliviando de mínimos desde fevereiro. A Época de Resultados das empresas americanas relativa ao 3ºT1 contou com a 3ª semana de resultados. O resultado líquido da Apple no seu º trimestre fiscal, terminado a 7-set, subiu para 8.7 mil milhões de dólares (mm$) (1. dólares por ação), contra 7.51 mm$ (1.18 dólares por ação) 1 ano antes. As vendas, por seu lado, ascenderam a.1 mm$, um aumento de 1% face aos 37.5 mm$ no período homólogo de 13. Os analistas inquiridos pela Bloomberg projetavam um lucro médio de 1.3 dólares por ação e receitas no valor de mm$. A Yahoo registou lucros de 6.8 mm$ no 3ºT1. Resultados fortemente influenciados pela participação na chinesa Alibaba, que se estreou na bolsa norte-americana a 19-set, contribuindo com 6.3 mm$ para o resultado líquido. A Amazon reportou uma perda de 37 milhões de dólares (M$) no 3ºT1, 1 vezes mais do que os prejuízos registados no período homólogo do ano passado (1 M$). A Boeing, companhia rival da Airbus no fabrico de aviões comerciais, registou lucros de 1.36 mm$ no 3ºT1, mais 18% do que 1 ano antes. O resultado líquido da Procter & Gamble (P&G), empresa de referência em produtos de consumo doméstico, no 3ºT1, ascendeu aos 1.99 mm$, contra 3.3 mm$ em igual período de 13, enquanto o volume de negócios se cifrou nos.79 mm$, inferior aos.83 mm$ de 1 ano antes. A Colgate-Palmolive anunciou um decréscimo de 17% no lucro no 3ºT1 para 59 M$, face ao obtido 1 ano antes. Com 7 empresas do S&P 5 a divulgarem resultados (81 empresas na semana anterior), 7.5% superaram as expectativas, um número superior ao registado na semana anterior (69.1%) e também ao registado no ºT1 (67.%), e ficando p.p. acima da mediana dos trimestres após a crise de 8/9 (68.5%). 6

7 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS Refira-se que o consórcio liderado pelo fundo de investimento Jynwel Capital, poderá avançar com uma oferta de. mm$ para a aquisição da marca de origem britânica Reebok. Na Europa, refira-se que o Banco Popular, banco espanhol, abriu novas agências em Portugal. A estratégia passa pelo reforço da sua quota de mercado junto das pequenas e médias empresas (PME s) para os 1% em 15. O grupo financeiro espanhol CaixaBank, maior acionista do BPI com.1% do seu capital, fechou os primeiros 9 meses de 1 com um lucro de 66 M, abaixo dos 7 M estimados pelos analistas. A Electrolux, líder europeia no setor de eletrodomésticos, obteve 933 milhões de coroas suecas de lucro no 3ºT1, mais % face ao resultado líquido apurado 1 ano antes. A Unilever, companhia angloholandesa líder na indústria europeia de grande consumo, contabilizou um aumento de.1% no volume de negócios do 3ºT1, uma progressão inferior aos 3.7% projetados pelos analistas. O benchmark de Portugal, o índice PSI-, subiu.5% - não revertendo na totalidade a queda da semana anterior (- 3.%) - pela 6ª vez em 11 semanas, aliviando de mínimos desde ago-1. Isto depois de no início de abril o índice ter atingido máximos desde mai-11. Títulos do PSI - Top 5 % Contr.(p.p.) Bottom 5 % Contr.(p.p.) Portucel 7.6%.57 Jer. Martins -3.3% -.5 Banif 9.7%.56 PT -13.% -.31 Sonae 5.8%.5 Nos.%.1 BPI 1.1%. Teixeira Duarte 13.%.6 EDP 1.5%.3 REN 5.%.6 Entre as atuais apenas 18 constituintes do PSI- (resultante das saídas do BES e do ESFG), 16 subiram e sofreram quedas, s da PT e Jerónimo Martins. Em termos de notícias relevantes sobre as ações cotadas no PSI-, a semana ficou, mais uma vez, marcada pelos acontecimentos referentes ao BES e já aqui mencionados. Ainda no setor bancário refira-se que os acionistas do BPI aprovaram no passado dia -out, em assembleia geral a adoção do regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos, cujo objetivo é a melhoria dos seus rácios de capital. Refira-se ainda que o Banco Europeu de Investimento assinou contratos de empréstimo com o BPI e com o Santander Totta. No total vai financiar as duas instituições em 5 M, sendo que estes empréstimos serão canalizados para pequenas e médias empresas. O BCP chumbou no cenário mais adverso dos testes de stress efetuados pelo BCE, onde o rácio de capital Common Equity Tier 1 seria de 3%, sendo que o mínimo exigido é de 5.5%. No cenário base o banco passou no teste apresentando um rácio de capital de 8.8%, acima do mínimo exigido de 8%. Das 13 instituições financeiras analisadas, 5 chumbaram nos testes, tendo-se apurado um valor de necessidades de capital na ordem dos 5 mm, contudo há 1 bancos que não terão que adotar medidas adicionais de reforço de capital, uma vez que os testes dizem respeito aos valores de balanço no final de 13 e no decurso do ano de 1 vários bancos já implementaram medidas nesse sentido. O BCP está entre essas instituições financeiras que não necessitará de reforçar os capitais, em virtude do aumento capital já realizado no decorrer deste ano, da venda de ativos e da melhoria significativa na componente de resultados. A CMVM anunciou que decidiu proibir as vendas a descoberto das ações representativas do capital social da Portugal Telecom (PT) de 1-out a 3-out. A PT SGPS admitiu recorrer à justiça caso o BdP não preste a informação que lhe foi requerida sobre a venda de 897 M em papel comercial da Rioforte. O BdP invocou o dever de segredo e diz que só presta a informação se o Tribunal determinar o levantamento do dever de sigilo. O resultado líquido da Portucel recuou 11.1% em termos homólogos para M entre janeiro e setembro. A Impresa anunciou um lucro consolidado de 5.6 M nos primeiros 9 meses do ano, o que traduz um crescimento de 19.9% em relação a igual período do ano passado. A holding que controla a SIC e o Expresso registou um crescimento das receitas de.%, impulsionado pela retoma do investimento publicitário que progrediu 5.% face aos primeiros 9 meses de 13. Saliente-se que o Executivo angolano escolheu o grupo português Somague para uma empreitada de reabilitação e ampliação escolar em Luanda de mais de 17.5 M. O Grupo Rangel criou uma empresa de raiz em São Paulo, no Brasil, com o objetivo de entrar no mercado brasileiro de transporte marítimo e aéreo internacional, assim como no serviço aduaneiro, num investimento orçado em 3 M. Euro depreciou em relação ao dólar e à libra e apreciou face ao iene No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro desceu, sendo a 13ª descida em 17 semanas, aproximando-se de mínimos desde dez-1 observados na primeira semana de outubro, depois de ter sido pressionada em baixa pelo montante de liquidez extra levado a cabo pelo BCE há 5 semanas e pelo facto de os investidores continuarem a apontar para a possibilidade de o BCE ter que vir a anunciar nos próximos meses mais estímulos. Nas duas semanas anteriores o euro tinha acabado por subir, nomeadamente, face ao dólar, sobretudo devido a eventos relacionados com o dólar, que, por um lado, o teor mais cauteloso das minutas da última reunião da Fed, divulgadas há duas semanas (em que se admitia a possibilidade de um movimento de subidas de taxas nos EUA mais moderado) e o facto de um responsável da Fed ter admitido a hipótese de ser adiado o término das compras mensais previsto para a reunião do final do mês. A moeda única depreciou face ao dólar e à libra e apreciou face ao iene. O par mais importante, euro/dólar, desceu.9%, quase que revertendo na totalidade a subida da semana anterior (+1.%) aproximando-se de mínimos desde ago-1. O dólar apreciou face ao iene e em relação à libra, com o Dollar Index a subir.7%, após duas descidas consecutivas (-.9% na semana anterior), depois de ter estado 1 semanas consecutivas a subir, aproximando-se ligeiramente de máximos desde jun-1. 7

8 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS Mercado Cambial - Spot Movimentos ascendentes nas referência -1-1 Δ 1 sem. Δ início ano EUR/USD EUR/JPY EUR/GBP T.E.Euro T.E.Libra USD/JPY USD/GBP Dollar Index Nota: JPY: Iene / GBP: Libra / EUR: Euro / USD: Dólar. Variação positiva significa apreciação da moeda base. yields da dívida de As yields da dívida de referência evidenciaram movimentos ascendentes quer na Alemanha quer nos EUA. Com efeito, na Alemanha as yields subiram no curto prazo ( anos) p.b. e no longo prazo (1 anos) 3 p.b., aliviando, neste último, sensivelmente em mínimos históricos. Também nos EUA as taxas subiram nos e 1 anos, p.b. e 7 p.b., respetivamente, em reflexo nomeadamente de alguma diminuição da aversão ao risco na maioria dos mercados e da possibilidade do fim das compras mensais de dívida. As yields dos treasuries a 1 anos aliviaram de mínimos desde jun-13, encontrando-se contudo, bastante distantes dos mínimos históricos atingidos em jul-1 (1.38%). Alemanha Mercado de Dívida Pública -1-1 Δ 1 sem Δ 1 sem Δ 1 sem. Anos -.37 p.b..386 p.b p.b. 5 Anos.171 p.b p.b p.b. 1 Anos.89 3 p.b p.b p.b. 3 Anos p.b p.b. - - Comportamento descendente nos spreads da dívida a 1 anos nos países periféricos da Zona Euro Os spreads da dívida a 1 anos das economias periféricas da Zona Euro observaram um comportamento descendente, pela 7ª vez em 11 semanas. Portugal viu o seu spread descer 7 p.b., o que deverá estar a refletir alguma melhoria relativamente às perspetivas para o sistema financeiro e para a República. Também a Espanha viu o seu spread diminuir 3 p.b., aproximando-se muito ligeiramente dos mínimos desde mai-1. Itália viu o seu spread cair, em 1 p.b., aproximando-se também muito ligeiramente de mínimos desde abr-11 observados no início de setembro. A Grécia foi o país que mais diminuiu o seu spread (-77 p.b.), diminuindo a distância face aos níveis mínimos desde abr- 1 observados em junho e aliviando de máximos desde set- 13. A Irlanda foi a única exceção, tendo visto o seu spread aumentar, em 5 p.b.. Dado que a descida do spread português coexistiu com uma ligeira subida das yields alemãs (+3 p.b.), as yields a 1 anos das obrigações do tesouro português acabaram por descer menos. EUA Portugal Out 1 Spreads face ao Bund Valor (p.b.) Variação (p.b.) 17 Out 1 31 Dez 13 Out 13 1Y Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália Diminuição da pressão sobre a dívida privada, com diminuições nos principais índices No mercado de dívida privada, os spreads revelaram um comportamento descendente, acompanhando uma diminuição da pressão dos mercados sobre os países periféricos e a subida das ações na Zona Euro, originando uma diminuição da pressão sobre a dívida privada. O índice Itraxx 5Y (o índice geral de spreads de crédito para as obrigações de investment grade) desceu 5 p.b., registando a 7ª descidas em 11 semanas, ficando em 66.9 p.b., bastante afastado do mínimo de out-7 (8 p.b.), o Itraxx Financials (o mais exposto à crise da dívida soberana) desceu 6 p.b., pela 7ª vez em 1 semanas, fechando em 67.1 p.b. acima do índice Itraxx 5Y, ao contrário do que se verificava antes da crise e dada a situação difícil da banca europeia desde o início da crise da dívida soberana, continuando ainda acima dos mínimos desde mai-8 observados em junho. Já o Itraxx Cross-Over (relativo aos ativos de speculative grade, especialmente sensível ao sentimento de mercado e ao ciclo económico) sofreu a maior descida (-5 p.b.), ficando em 35.5 p.b., aproximando-se dos mínimos desde jun-7 observados em julho, aliviando de máximos desde out-13. Spreads de Crédito (Índices de CDS 5Y ) Out 1 Valor (p.b) Variação (p.b.) 17 Out 1 31 Dez 13 Out 13 Itraxx Itraxx Financials Itraxx Cross Over Estabilização das Euribor e das Libor nos diversos prazos No mercado monetário interbancário (MMI), as Libor do dólar estabilizaram nos diversos prazos, mantendo-se sensivelmente em máximos desde o início de nov-13. Também as Euribor estabilizaram nos diversos prazos, com o prémio de risco no MMI Europeu nos diversos prazos (v.g. 3, 6 e 1 meses), medido pelo OIS spread, a descer entre e 3 p.b, enquanto as expectativas em relação ao nível das taxas de juro overnight durante os próximos meses subiram entre p.b. e 3 p.b.. Depois de terem subido bastante na ª metade de dez-13 (no início do ano a Euribor a 6 meses atingiu máximos desde out-1), as taxas Euribor começaram a ziguezaguear, iniciando uma trajetória descendente a partir do momento em que os mercados começaram a antecipar novos estímulos por parte do BCE (como aconteceu em junho), sendo que a reunião do BCE realizada 8 semanas antes (-set) acabou por conduzir as taxas Euribor para mínimos históricos em todos os prazos. O movimento de subida das Euribor no final de 13, início de 8

9 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS 1, ter-se-á devido sobretudo à redução da liquidez excedentária, já que os bancos reembolsaram a um ritmo elevado os empréstimos obtidos nas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO), e também à reentrada progressiva no MMI de bancos que, devido à crise das dívidas soberanas, se tinham visto excluídos do mercado e forçados a recorrer ao BCE para crédito (estes bancos, por serem vistos como menos sólidos, obtêm financiamentos a taxas acima da média). Outro motivo poderia ser o facto de os mercados virem então progressivamente a aumentar a probabilidade de que o BCE não fosse cortar a taxa de depósitos para valores negativos, nem descer mais a refi rate (apesar de a postura oficial ter sido a de favorecer uma política mais expansionista). A estabilização das Euribor nos diversos prazos esteve, como referido, associada a um comportamento ascendente dos swaps sobre as taxas EONIA aliado a um comportamento descendente em igual escala uma do prémio de risco no MMI Europeu, nos diversos prazos, medido pelo OIS spread (i.e., o diferencial de juros entre operações com risco e operações com risco ínfimo, por se tratar de uma operação swap em que apenas os diferenciais de juros são trocados). Os OIS spread encontram-se, nos prazos mais curtos, sensivelmente em zero (como sucedia até à crise do subprime). Nos prazos intermédios, como por exemplo nos 3 meses, o OIS spread situa-se em.7 p.p., ficando em mínimos desde3 jul-7 e afastado dos.5 p.p. observados no início de junho, que são um máximo desde ago-1. Nos prazos mais longos, a taxa continua afastada do zero, encontrando-se em.36 p.p. nos 1 meses, mantendo-se acima da média histórica anterior ao verão de 7 (+.1 p.p.), e bastante abaixo do máximo histórico de.35 p.p. atingido em out-8 (após a falência do Lehman Brothers). Mercado Monetário EUR USD -1-1 Δ 1 sem Δ 1 sem. 1 mês.1 1 p.b p.b. 3 meses.85 p.b..33 p.b. 6 meses.188 p.b..33 p.b. 1 meses.31 p.b..53 p.b. Commodities revelaram um comportamento negativo em termos agregados As commodities revelaram um comportamento distinto, mas negativo em termos agregados, evidenciando a 1ª descida das últimas 13 semanas (sendo a exceção a subida observada 8 semanas antes, ou seja, no início de setembro), com os índices compósitos CRB Index e GSCI S&P a continuarem a afastar-se dos níveis máximos desde set-1 e fev-13 observados em junho, com a subida no gado e a estabilização nos metais a não compensarem as descidas nas restantes commodities, sendo que o índice CBR Index desceu para mínimos desde jun-1 e o GSCI S&P desceu para mínimos desde set-1.os preços das agrícolas apresentaram uma descida de.1%, após 3 subidas consecutivas, (+.1% na semana anterior) e após 6 quedas, registando a 9ª descida das últimas 1 semanas, continuando a aliviar de mínimos desde mai-1. O gado apresentou uma subida de.6%, a única da semana, após duas descidas consecutivas (-1.6% na semana anterior), aproximando-se ligeiramente dos máximos históricos observados no final de julho. GSCI S&P Agrícolas Energia Gado Metais de Base Metais Preciosos WTI Crude Mercado de Commodities - Futuros (prazos mais próximos) Mercadoria Moeda/Unid -1-1 Brent Crude USD USD USD USD USD USD USD/t oz Δ% 1 sem. CRB Index USD As energéticas observaram uma descida (-.9%), pela ª semana consecutiva (-3.9% na semana anterior), registando mínimos desde out-1, refletindo a desvalorização marginal de.3% do preço do petróleo em Londres (Brent) e a queda de.1% em Nova Iorque (WTI crude), contabilizando, no 1º caso, a 9ª descida em 11 semanas, continuando a afastar-se dos níveis máximos desde set-13 observados em meados de junho, registando mínimos desde nov-1. Em Nova Iorque desceu pela 11ª vez em 1 semanas, continuando a afastar-se dos máximos desde set-13 observados em meados de junho e ficando em mínimos desde jun-1. O spread entre o WTI e o Brent subiu de 3. para 5.1 dólares, afastando-se do mínimo desde ago-13, e ficando abaixo da tendência histórica (-5/+5 USD), após semanas consecutivas acima algo que sucedeu apenas por 7 vezes desde a última semana de set-13. Assim, o spread permaneceu distante do máximo de 8 USD em out-11. O spread tinha disparado no final de 1, devido a mudanças no mercado da energia nos EUA, sobretudo ligadas ao aumento da oferta, resultantes de novos métodos de exploração. Refira-se que os preços do barril de petróleo podem facilmente descer até aos 7 dólares, mas a longo prazo devem manter-se acima dos 8 dólares devido ao crescimento da procura mundial, considerou a agência de notação financeira Moody`s. O Banco Nacional de Investimentos (BNI) de Moçambique quer criar uma unidade de capital de risco para financiar as pequenas empresas que julga terem potencial para singrar no país. que deverá vir a ser um grande exportador de gás. Os metais de base apresentaram uma estabilização, mantendo a distância face aos mínimos de junho, e ainda afastados dos máximos desde fev-13. Os metais preciosos não beneficiaram do seu estatuto de ativo de refúgio e registaram uma descida (-.6%), após duas subidas consecutivas (+1.3% na semana anterior), e depois de ter registado 5 descidas, aproximando-se de mínimos desde mai-1, com o ouro a descer.6%, pela 8ª vez em 11 semanas, aproximando-se ligeiramente de mínimos desde o verão de 1, e mantendo-se muito afastado dos máximos históricos observados em Δ % início ano USD/bbl Ouro USD/t oz Nota: Nesta tabela as cores têm o significado inverso, assinalando-se a verde as descidas, uma vez que se considera positivo para o crescimento económico global

10 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS Mercado Acionista 5 3 S&P 5 3 Eurostoxx 5 Taxa de Câmbio Euro/Dólar vs Eurostoxx 5 Un: EUR/USD 1.35 Un: Índices 3, ,3 1-1 /1 1/1 Diária /1 3/1 /1 Acumulada -1 - /1 1/1 Diária /1 3/1 /1 Acumulada ,5 3, 3,15 3, , , 1.7,95 3 PSI FTSE JUL 1-AUG 8-AUG 15-AUG -AUG 9-AUG 5-SEP 1-SEP 19-SEP 6-SEP 3-OCT 1-OCT 17-OCT -OCT,9, Taxa de Câmbio Euro/Dólar Índice Eurostoxx /1 1/1 /1 3/1 /1-1. /1 1/1 /1 3/1 /1 Diária Acumulada Diária Acumulada Mercado de Taxas de Juro Taxas 1 Anos - EUA Un: p.b Taxas 1 Anos - Zona Euro Un: p.b. 5 3 Un: p.b..5. Euribor 3M Libor USD 6M Un: p.b /1 1/1 /1 3/1 /1 - /1 1/1 /1 3/1 / Diária Acumulada Diária Acumulada. /1 1/1 /1 3/1 /1 -.1 /1 1/1 /1 3/1 /1 Portugal - Spread face ao Bund 1 Anos Un: p.b. Spain - Spread face ao Bund 1 Anos 1 Un: p.b. Diária Acumulada Diária Acumulada Diferencial OIS Spread Libor/Euribor a 3 meses vs Itraxx a 5 anos Un: p.p.. Un: p.b /1 1/1 /1 3/1 /1-8 /1 1/1 /1 3/1 / Diária Acumulada Diária Acumulada Italy - Spread face ao Bund 1 Anos Un: p.b. 1 8 Greece - Spread face ao Bund 1 Anos Un: p.b JUL 1-AUG 8-AUG 15-AUG -AUG 9-AUG 5-SEP 1-SEP 19-SEP 6-SEP 3-OCT 1-OCT 17-OCT -OCT OIS Spread Libor/Euribor Itraxx a 5 anos -1 /1 1/1 /1 3/1 /1-8 /1 1/1 /1 3/1 /1 Diária Acumulada Diária Acumulada 1

11 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS Países periféricos - Spreads face ao Bund a 1 anos Un: p.b. 9. Un:% Yield Curve: EONIA Implícita na Curva de Swaps da EONIA JUL 1-AUG 8-AUG 15-AUG -AUG 9-AUG 5-SEP 1-SEP 19-SEP 6-SEP 3-OCT 1-OCT 17-OCT -OCT Grécia (esc. dir) Irlanda Portugal (esc. dir) Espanha Itália Horizonte (em Meses) Euro/Dolar /1 1/1 /1 3/1 /1 Diária Acumulada Dollar Index /1 1/1 /1 3/1 Mercado Cambial /1 Diária Acumulada Euro/Dólar Options Risk Reversal vs Taxa de Câmbio Dólar/Euro Un: EUR/USD Un: p.b Euro/Libra.8.6. Euro/Iene JUL 1-AUG 8-AUG 15-AUG -AUG 9-AUG 5-SEP 1-SEP Euro/Dólar Options Risk Reversal 19-SEP 6-SEP 3-OCT 1-OCT 17-OCT -OCT Taxa de Câmbio Dólar/Euro /1 1/1 /1 3/1 /1 -.8 /1 1/1 /1 3/1 /1 Diária Acumulada Diária Acumulada 11

12 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 MERCADOS FINANCEIROS Mercado de Commodities 1 WTI Crude 3 Brent EUA - Variação dos Stocks de Combustíveis (DOE) 8 Un: 1^6 barris /1 1/1 /1 3/1 /1 - /1 1/1 /1 3/1 /1 1. Diária Acumulada Diária Acumulada Commodities - Composite Ouro Petróleo Gasolina Prod. Destilados Petróleo - Consenso Gasolina - Consenso Prod. Destilados - Consenso /1 1/1 /1 3/1 /1-1.5 /1 1/1 /1 3/1 /1 Diária Acumulada Diária Acumulada 1

13 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 Indicadores Anunciados na Semana Passada País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão Portugal -Out Balança Corrente Aug M 38.M 7.3M -Out Saldo Adm. Públicas - Acumulado Sep M M (13) -- Espanha 3-Out Taxa Desemprego 3Q.1% 3.67%.7% -- -Out IPP (YoY) Sep % -.6% -- Alemanha -Out IPP (YoY) Sep -1.% -1.% -.8% -- 3-Out PMI Composite Oct P PMI Manufacturing Oct P PMI Services Oct P Out GfK - Confiança Consumidor Nov França 3-Out Confiança Indústria (Trimestral) Oct Índice de Confiança Empresarial (INSEE) Oct Índice de Confiança Industrial (INSEE) Oct Perspetivas sobre Produção da Própria Empresa Oct Perspetivas sobre Produção Global Oct PMI Composite Oct P PMI Manufacturing Oct P PMI Services Oct P Out Desemprego Registado sa Sep 319.k 33.5k 313.3k -- Desemprego Registado sa (MoM) Sep Itália -Out Encomendas Industriais nsa (YoY) Aug % -.7% -- Encomendas Industriais sa (MoM) Aug.% 1.5% -1.5% -- Vendas Industriais nsa (YoY) Aug % -1.3% -- Vendas Industriais sa (MoM) Aug --.% -1.% -1.1% -Out Confiança do Consumidor Oct Vendas a Retalho (MoM) Aug % -.1% -- Vendas a Retalho (YoY) Aug % -1.5% -1.7% Zona Euro -Out Balança Corrente nsa Aug B 3.3B 3.8B Balança Corrente sa Aug B 18.7B 1.6B 1-Out Dívida Pública Líquida (% PIB) Jul % 9.6% -- 3-Out Confiança do Consumidor Oct A PMI Composite Oct P PMI Manufacturing Oct P PMI Services Oct P R. Unido -Out Preços Habitação - Rightmove nsa (MoM) Oct --.6%.9% -- Preços Habitação - Rightmove nsa (YoY) Oct % 7.9% -- 1-Out Défice Orçamental (Estado) Sep 9.B 11.1B 1.9B 11.B Défice Orçamental ex. Intervenções Sist. Fin. Sep 1.1B 11.8B 11.6B 11.7B Necessidades de Financiamento do Setor Público Sep B 1.6B 1.9B -Out Atas da Reunião do Banco de Inglaterra Out Carteira de Encomendas - CBI Oct CBI - Preços das Vendas nos próximos 3 meses Oct Empréstimos aprovados para compra de casa (BBA) Sep Índice de Confiança Empresarial (CBI) Oct Vendas a Retalho (MoM) Sep -.1% -.3%.% -- Vendas a Retalho (YoY) Sep.9%.7% 3.9% 3.7% Vendas a Retalho Ex Combustíveis - reais sa (MoM) Sep.% -.3%.%.3% Vendas a Retalho Ex Combustíveis - reais sa (YoY) Sep 3.% 3.1%.5%.% -Out Índice dos Serviços (3mth/3mth) Aug.9%.8% 1.% -- Índice dos Serviços (mom) Aug.3%.%.3%.% PIB (QoQ) 3Q A.7%.7%.9% -- PIB (YoY) 3Q A 3.% 3.% 3.% -- EUA 1-Out Vendas Casas Usadas (MoM) Sep 1.%.% -1.8% -- Vendas Casas Usadas saar Sep 5.1M 5.17M 5.5M -- -Out IPC (MoM) Sep.%.1% -.% -- IPC (YoY) Sep 1.6% 1.7% 1.7% -- IPC Core (MoM) Sep.1%.1%.% -- IPC Core (YoY) Sep 1.7% 1.7% 1.7% -- 3-Out Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) Oct Indicador Avançado - Conf. Board (MoM) Sep.7%.8%.%.% Indicador Coincidente - Conf. Board (MoM) Sep --.%.%.1% Índice de Atividade Nacional - CFNAI Sep Índice Preços Habitação - FHFA (MoM) Aug.3%.5%.1%.% Kansas City Fed Oct Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado Oct 11 38K 351K 389K -- Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos Oct 18 81K 83K 6K 66K PMI Manufacturing (Markit) Oct P Out Vendas Casas Novas (MoM) Sep -6.8%.% 18.% 15.3% Vendas Casas Novas saar Sep 7K 67K 5K 66K Japão -Out Indicador Avançado Aug F Indicador Coincidente Aug F Out Índice de Atividade Económica sa (MoM) Aug -.% -.1% -.% -.% -Out Balança Comercial nsa Sep - 78.B B B B Balança Comercial sa Sep B B - 9.B - 91.B Exportações de Bens (YoY) Sep Importações de Bens (YoY) Sep Out PMI Manufacturing Oct P Brasil 1-Out IPCA-15 - IBGE (MoM) Oct.5%.8%.39% -- IPCA-15 - IBGE (YoY) Oct 6.66% 6.6% 6.6% -- 3-Out Taxa Desemprego nsa Sep 5.1%.9% 5.% -- -Out Confiança do Consumidor Oct China 1-Out Investimento em Ativos Fixos Urbanos (YTD YoY) Sep 16.3% 16.1% 16.5% -- PIB (QoQ) 3Q 1.8% 1.9%.% -- PIB (YoY) 3Q 7.% 7.3% 7.5% -- PIB YTD (YoY) 3Q 7.% 7.% 7.% -- Produção Industrial (YoY) Sep 7.5% 8.% 6.9% -- Produção Industrial (YTD YoY) Sep 8.% 8.5% 8.5% -- Vendas a Retalho - nominais (YoY) Sep 11.7% 11.6% 11.9% -- Vendas a Retalho - nominais (YTD YoY) Sep 1.1% 1.% 1.1% -- 3-Out PMI Manufacturing - HSBC Oct P Fonte: Thomson Reuters.; Legenda: nsa não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses. 13

14 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA EUA: Indicadores compósitos de atividade sugerem fortes crescimentos do PIB no 3ºT1 e no ºT1 Os dados divulgados durante a última semana revelaram-se maioritariamente positivos, destacando-se pela negativa apenas o facto de as vendas de casas novas terem ficado aquém do esperado (ainda que tivessem atingido um nível máximo desde jul-8) e o abrandamento dos indicadores qualitativos da indústria (mas, no seu conjunto, a continuarem acima da tendência histórica, continuando a sinalizar um crescimento no ºT1 superior ao verificado no 3ºT1). Pela positiva, saliente-se a descida da média móvel de semanas dos novos pedidos de subsídio de desemprego para mínimos de 1 anos (sinalizando uma criação de empregos em outubro entre e 5 mil no setor privado), valores relativamente em linha com os 36 mil criados em setembro), as subidas das vendas de casas usadas e dos preços, e o crescimento dos indicadores coincidentes e avançado da Conference Board e do super-indicador coincidente da Reserva Federal de Chicago (CFNAI). Os indicadores coincidentes sinalizam um crescimento do PIB de 3.6% para o 3ºT1 e o indicador avançado um crescimento de.7% (se bem que nos últimos trimestres esteja a ser sistematicamente otimista), pelo que estes dados continuaram a mostrar-se consistentes com o cenário de recuperação da economia, confirmando o caráter pontual da contração de.1% (anualizada) do PIB no 1ºT1, a qual se deveu sobretudo a condições meteorológicas adversas, pelo que a economia acelerou intensamente no ºT1 (+.6%) e deverá ter crescido no 3ºT1 entre.5% e 3.5%, com os riscos a continuarem a ser ligeiramente ascendentes, pelo que o crescimento do PIB poderá, assim, ter ultrapassado ligeiramente os 3%, o crescimento mediano dos últimos anos, algo que também constitui a expectativa para o ºT1. Indicadores qualitativos da indústria abrandaram, mas revelando-se compatíveis com uma aceleração do setor no ºT1 Na indústria, depois de a produção ter abrandado no 3ºT1, para um crescimento de 3.%, no ºT1 deverá acelerar, não obstante os primeiros indicadores qualitativos para o setor terem abrandado em outubro. Efetivamente, os 3 primeiros indicadores regionais que divulgaram dados abrandaram, mas continuaram, em média, em níveis robustos. O indicador PMI Manufacturing da Markit (preliminar) caiu em outubro pelo º mês consecutivo, continuando a aliviar de um máximo desde abr-1, mas sendo visível uma melhoria das condições na indústria, destacando-se o facto de o 3ºT1 ter sido o melhor trimestre desde que começaram a ser compilados estes dados em 7, encontrando-se, assim, no ºT1 a crescer de uma forma robusta e sinalizando um crescimento da produção industrial superior ao observado no 3ºT1. Vendas de Casas Usadas subiram pela 5ª vez em 6 meses No imobiliário, os dados foram mistos, com as vendas de casas usadas (que correspondem a contratos realizados anteriormente) a subirem, mas com as vendas de casas novas a descerem (na realidade, é um indicador de contratos e não de vendas efetivas). O número de vendas de casas usadas subiu mais do que o esperado em setembro, registando a 5ª subida em 6 meses, recuperando da queda de 1.8% registada no mês anterior e passando em 6 meses de um mínimo desde jul-1 para um máximo desde set-13. A NAR referiu recentemente que a tendência de aceleração da economia e do emprego tenderá a suportar nos próximos meses as vendas e salientou que os compradores de 1ª casa parecem estar em melhores condições do que no passado, num contexto em que as restrições de oferta estão a diminuir significativamente em muitas partes do país. Neste mês referiu que as baixas taxas de juro e as subidas moderadas nos preços conduziram a um aumento saudável das vendas em setembro. Começa-se a assistir a uma normalização do mercado dos efeitos do aumento do incumprimento durante a Grande Recessão: as distressed sales representaram 8% das vendas em setembro (8% também em agosto e 1% em set-13), que são um mínimo desde que estes dados mensais começaram a ser recolhidos em out-8, sendo a 3ª vez (consecutiva) que estão abaixo dos dígitos desde que se iniciaram os registos. Por sua vez, as vendas de casas novas subiram inesperadamente em setembro, mas ficando num nível ligeiramente inferior ao esperado, já que o registo anteriormente reportado para agosto foi revisto em baixa. Trata-se da ª subida consecutiva, com as vendas a atingirem um máximo desde jul-8, com o registo médio dos últimos 3 meses a atingir um máximo desde jan-1, que é um máximo desse set-8, observando, assim, um dos valores mais elevados desde que a economia americana regressou ao crescimento, no 3ºT9, o que acaba por temperar alguns receios relativamente ao impacto das anteriores subidas nas taxas de juro de referência para o imobiliário, ademais num contexto em que a descida das vendas durante o inverno se terá devido, em grande medida, a condições meteorológicas excecionalmente adversas em muitas regiões. Independentemente de ser visível uma tendência de recuperação do imobiliário, este continua com uma performance inferior à observada no ano passado, como, de resto, foi salientado recentemente pela Presidente da Fed, facto que tem também contribuído para o teor expansionista da política monetária Preços no consumidor a crescerem aquém da tendência Em termos de preços, o índice de preços no consumidor registou em setembro um crescimento homólogo de 1.7%, continuando aquém dos.1% de junho, que são um máximo desde out-1, permanecendo, assim, afastada dos 1.% de out- 13 (mínimo desde out-9). Também o crescimento do IPC core manteve-se em 1.7%, continuando num valor inferior ao target de % da Fed para o deflator do consumo privado; em todo o caso, e não obstante a recente volatilidade nos mercados financeiros, a Fed deverá terminar, na reunião da próxima ª feira as aquisições mensais no âmbito dos programas de aquisição de dívida atualmente em curso, dado que a economia e o emprego têm vindo a evoluir mais em consonância com os objetivos da Fed. Relativamente às taxas de juro, esperamos que em 15 a Fed suba por 3 vezes as taxas dos fed funds, dos atuais.5% para fechar o ano de 15 em 1.%. Apesar da mediana das previsões dos responsáveis da Fed colocar a taxa em 1.5% no final do próximo ano, continuamos a considerar algo otimista, ademais atendendo ao teor das minutas da última reunião, que referiram explicitamente que a subida de taxas estará condicional ao cenário macroeconómico (bem como às condições financeiras globais, que nas últimas semanas se deterioraram) e não está condicional ao tempo decorrido após o fim dos programas de compra de dívida. 1

15 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA Aconteceu na semana passada nos EUA Confiança dos Consumidores O indicador de confiança dos consumidores divulgado pela Bloomberg subiu no 3º registo semanal de outubro, de 36. para 37.7 pontos, ficando acima dos 3.8 pontos observados no final de setembro e diminuindo a distância face aos 38.3 pontos registados na última semana de jul-13, quando se situou no valor mais elevado desde jan-8, no início da anterior recessão. Em termos médios mensais, observa-se também um acréscimo, de.9 pontos, face ao mês de setembro, recuperando da idêntica queda de.9 pontos registada em setembro, com a confiança a aliviar de mínimos desde maio e ficando agora somente. pontos abaixo do nível de abril, quando atingiu um máximo desde dez-7. Verificam-se subidas nas 3 componentes. O índice relativo à predisposição para consumir está a subir pela ª vez em 5 meses, atingindo um máximo desde abril (que é o registo mais elevado desde out-7). O indicador referente às finanças pessoais está a recuperar da queda do mês anterior, aproximando-se do registo de abril, quando se situou num máximo desde mar-8, tendo, em 13, sido condicionado pelos aumentos de impostos que entraram em vigor em jan-13 (em resultado do acordo entre Democratas e Republicanos) e, a partir de meados desse ano, penalizado pela subida das taxas de juro de longo prazo de referência para as hipotecas. Por último, o índice relativo ao estado da economia está a recuperar da queda do mês anterior, encontrando-se em níveis máximos desde dez-7 observados em junho, depois de em out-13 ter feito mínimos desde set-1. Um relatório calculado igualmente pela Bloomberg, paralelo ao indicador semanal, o indicador mensal de expectativas relativamente à economia americana apresentou um comportamento favorável no mês de outubro, passando de um mínimo desde out-13 para um máximo desde nov-1. Indicador compósito Neste momento já são conhecidos indicadores para o mês de outubro (embora os registos dos indicadores da Bloomberg e da Universidade de Michigan ainda não sejam finais), com as indicações a serem positivas (subidas nos indicadores da RBC, da Bloomberg e da Universidade de Michigan e estabilização do indicador da IBD/TIPP), pelo que na totalidade do trimestre a média dos diversos indicadores de confiança poderá atingir novos máximos de ciclo, beneficiando da tendência de aceleração da economia e do emprego. O indicador da IBD/TIPP ficou inalterado em outubro continuando a ser o indicador de confiança dos consumidores que revela um maior pessimismo. Por seu lado, o indicador da RBC subiu pelo 3º mês consecutivo, atingindo o valor mais elevado desde out-7, ou seja, uns meses antes da entrada da economia na última recessão (dez-7). O indicador da Universidade Michigan (estimativa preliminar) subiu para um máximo desde jul-7. Recorde-se que em setembro o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores americanos obtido através da média ponderada dos 5 principais indicadores de confiança dos consumidores ficou inalterado, mas observando 7 subidas em 11 meses, encontrando-se perto dos níveis de abril, quando atingiu máximos desde jun-13, que, por sua vez, é o valor mais elevado desde o início do outono de 7. Em termos médios trimestrais, no 3ºT1 o indicador ficou sensivelmente no mesmo valor do ºT1, sendo estes os dois maiores registos desde o 3ºT7. Cenário para o consumo No ºT1, o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores sinalizava um crescimento anualizado de.6% do consumo privado, tendo este acabado por crescer.5%. Para o 3ºT1, o indicador sinaliza um crescimento também de.6%, prevendo-se que o consumo cresça entre.% e.8% (embora com riscos descendentes após a queda das vendas a retalho em setembro), com o centro do intervalo de previsão a situar-se quer abaixo da média dos crescimentos trimestrais de 13 (+.8%), quer da mediana dos crescimentos dos últimos anos (+3.%). Relativamente ao ºT1, se o consumo subir no 3ºT1 a um ritmo anualizado de.5% e se se observarem subidas de outubro a dezembro em linha com o que são sinalizadas pelos indicadores de confiança, registar-se-á um crescimento trimestral anualizado superior a 3% : :1 5:1 6:1 EUA - Confiança e Consumo Privado Un: Índice Un: Índice 1: 7:1 8:1 9:1 1:1 11:1 1:1 13:1 1:1 Confiança do Consumidor Uni. Michigan - (esc. esq.) Consumo Privado (YoY) (esc. dir.) 1:7 EUA - Confiança dos Consumidores 1:1 13:1 13: Conf. Board (esc. esq.) IBD/TIPP (esc. esq.) 13:7 13:1 1:1 1: Un: Índice 1:7 1:1 Univ. Michigan (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.) EUA - Indicadores de Confiança dos Consumidores Valor Variação Ind. Confiança Set-1 Out-1 Set-1 Out-1 Conference Board Bloomberg IBD Michigan RBC EUA - Consumo Anualisado (QoQ) vs Conf. Consumidor Composite :Q3 1996:Q3 1998:Q3 Previsão - 3Q1 YoY:.5/QoQ Anz:.6 :Q3 :Q3 :Q3 6:Q3 8:Q3 1:Q3 1:Q3 Un: Indice 1:Q3 Consumption - QoQ Anualiz. (esc. esq.) Consumer Confidence - Quarterly Average (esc. dir.)

16 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA Emprego O número de novos pedidos de subsídio de desemprego subiu um pouco mais do que o esperado na semana terminada em 18 de outubro, de 66 mil para 83 mil (consenso: 81 mil), aliviando do valor mais baixo desde abr-, ou seja, antes do início da recessão de 11/1 e bem antes da Grande Recessão de 8/9. Note-se que os pedidos de subsídio de desemprego são bastante voláteis, pelo que importa olhar para a média móvel de semanas (mms), que já mesmo no final de 1 apresentava leituras consistentes com os fundamentos económicos e que caiu pela 6ª semana consecutiva, para mínimos desde mai-. Ao descer de 8 para 81 mil indivíduos, a variável ficou pela 6ª semana consecutiva abaixo da barreira psicológica dos 3 mil (esteve também abaixo por vezes em julho e agosto, algo ímpar em 9 anos), sinalizando uma criação de postos de trabalho no setor privado entre e 5 mil em outubro, valores relativamente em linha com os 36 mil criados em setembro (o total do emprego não-agrícola subiu 8 mil naquele mês). Importa contudo ter em mente que os novos pedidos de subsídio de desemprego refletem sobretudo os despedimentos, sendo que ao nível das contratações os dados têm-se revelado mais fracos. O último dado quantitativo disponível revelou que no trimestre terminado em agosto as ofertas de emprego subiram mais do que o esperado, para um máximo desde jan-1 e com a sua média móvel de 3 meses a atingir um máximo desde mar-1. Relativamente ao mês de outubro, ao nível dos indicadores qualitativos da indústria transformadora, os indicadores regionais de emprego, em média, estão a subir, sinalizando uma criação de emprego superior à observada em setembro. Também a componente de emprego do indicador nacional PMI Manufacturing da Markit sinalizou um aumento dos postos de trabalho no setor pelo 18º mês consecutivo e pela 57ª vez em 58 meses, e a um ritmo muito similar ao de setembro, que é o mais elevado desde mar-1. Depois de no ºT1 a criação de empregos não-agrícolas ter atingido os 8 mil, sendo este o º melhor trimestre desde o 1ºT6 (+87 mil), apenas superado pelo 1ºT1 (+89 mil), no 3ºT1 foram criados 671 mil empregos, pelo que o conjunto dos últimos trimestres foi o melhor do atual ciclo. Pelo 8º trimestre consecutivo, a criação de empregos situou-se acima da média durante os anteriores períodos de expansão (+53 mil). O facto de o ritmo de recuperação do emprego ser ainda inferior à velocidade da perda de empregos registada durante a Grande Recessão acaba assim por continuar a corroborar a manutenção de estímulos por parte da Fed, não obstante a autoridade ter vindo em 17-set, pela 7ª reunião consecutiva, anunciar que irá continuar a reduzir ligeiramente o ritmo de compras mensais de dívida pública e de dívida privada, em resultado dos sinais de aceleração da atividade económica e da redução do desemprego. Os comunicados da Fed têm considerado que o abrandamento da economia e do emprego no início do ano deveu-se ao mau tempo, tendo a Fed sinalizado que na reunião de outubro deverá finalizar as compras mensais de dívida, numa altura em que a economia e o emprego deverão estar a evoluir mais em consonância com os objetivos da Fed. Relativamente às taxas de juro, esperamos que em 15 a Fed suba por 3 vezes as taxas dos fed funds, dos atuais.5% para fechar o ano de 15 em 1.%. Apesar da mediana das previsões dos responsáveis da Fed colocar a taxa em 1.5% no final do próximo ano, continuamos a considerar algo otimista, ademais atendendo ao teor das minutas da última reunião, que referiram explicitamente que a subida de taxas estará condicional ao cenário macroeconómico (bem como às condições financeiras globais, que nas últimas semanas se deterioraram) e não está condicional ao tempo decorrido após o fim dos programas de compra de dívida. Un: Índice Un: Milhares (escala invertida) : , EUA - Índice Regionais de Emprego vs Pedidos Semanais 5:1 6:1 7:1 8:1 9:1 1:1 11:1 1:1 13:1 1: Índice Regionais de Emprego - média 7 (esc. esq.) Novos Pedidos Subsídio Desemprego - Média Semanas (esc. dir.) EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais Un: 1^3 Empregos Un: 1^3 Empregos :1 5:1 6:1 7:1 8:1 9:1 1:1 11:1 1:1 13:1 1: Variação do Emprego Não-Agrícola Pedidos Subs. Desemprego - MM Semanas - esc dir. e invertida 16

17 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA Atividade Industrial De acordo com a estimativa preliminar de outubro, o indicador PMI Manufacturing da Markit (que em mai-1 veio fazer concorrência ao decano indicador PMI Manufacturing, publicado pelo ISM - Institute for Supply Management), desceu de 57.5 para 56. pontos, quando o mercado esperava uma descida inferior (consenso: 57. pontos), continuando a aliviar do máximo desde abr-1 observado em agosto. O indicador continuou em terreno positivo, sinalizando, de acordo com as próprias palavras da Markit, um robusto crescimento, e depois de os primeiros meses do ano terem sido marcados por uma extrema volatilidade, já que as condições meteorológicas altamente adversas tinham levado o setor a abrandar pronunciadamente em janeiro, facto que acabou por levar a uma sólida recuperação em fevereiro, quando apresentou o º maior crescimento desde mai-1 (suplantado apenas pelos registos de junho, agosto e setembro). Em outubro o indicador situou-se acima da sua média desde o início do ano, encontrando-se naturalmente acima da média de 13 (53.5 pontos), pelo que é visível uma melhoria das condições na indústria americana ao longo do último ano. De resto, a média móvel de 3 meses do indicador atingiu um novo máximo desde mai-1, que é o valor mais elevado desde a criação do indicador em 7. Em termos de trimestres de calendário, observa-se um abrandamento, depois de o 3ºT1 ter sido o melhor trimestre de sempre (57.1 pontos). Esta descida do PMI esteve associada a um abrandamento de 3 das suas 5 componentes, com as novas encomendas e a produção a abrandarem mais, e o emprego a abrandar apenas marginalmente, mas com os stocks e os tempos de entrega a aumentarem. Efetivamente, as novas encomendas desaceleraram pelo º mês consecutivo, sinalizando o menor ritmo de expansão desde janeiro, afastando-se da cadência observada em junho, que é a mais elevada desde abr-1. O crescimento das novas encomendas foi apoiado pela procura interna, mas também pelas novas encomendas de exportação, que registaram o 9º crescimento consecutivo, e o 1º em 13 meses, embora continuando a aliviar do ritmo mais elevado em cerca de 3 anos observado em agosto, crescendo ao ritmo mais baixo desde julho. Nos últimos meses as novas encomendas de exportação desceram por 6 vezes. O índice de emprego sinalizou um aumento dos postos de trabalho pelo 16º mês consecutivo e pela 56ª vez em 57 meses, sensivelmente ao mesmo ritmo de setembro, que é o mais elevado desde mar-1 (em julho, tinha-se observado o menor crescimento desde set-13). A componente de produção desacelerou pelo º mês consecutivo, sinalizando o menor crescimento desde março, depois de nos meses anteriores ter sugerido dos maiores crescimentos desde abr-1 (o mais elevado foi em junho). Indicadores Regionais O indicador PMI da atividade industrial no distrito da Reserva Federal de Kansas City registou uma inesperada descida em outubro, de 6 para pontos (consenso: +6 pontos), afastando-se do registo de maio (+1 pontos), quando atingiu um máximo desde fev-1 (juntamente com o registo de março). Trata-se do 15º registo positivo em 16 meses, sendo que o ritmo de contração em fev-13 foi o mais elevado desde abr-9, em plena Grande Recessão. O indicador ficou ligeiramente abaixo da respetiva mediana (+5 pontos), mas em linha com a média (+ pontos) do atual período de expansão da economia americana, afastando-se do registo de mar-11 (+ pontos), o mais elevado desde a criação do indicador, em out-9. Entre os 8 indicadores, registaram-se apenas descidas. Já em termos prospetivos, o índice compósito de expectativas para os próximos 6 meses manteve-se pelo 3º mês nos 17 pontos, num máximo desde abril e relativamente perto do registo de janeiro, quando tinha atingido o valor mais elevado desde jan-6, situando-se acima da sua mediana no atual período de expansão da economia e em terreno positivo pelo 63º mês consecutivo. Dos 3 surveys regionais que já publicaram dados para o mês de outubro observam-se 3 descidas (Nova Iorque, Filadélfia e Kansas City), mas encontrandose os 3 indicadores claramente no verde. Assim, admite-se que o indicador nacional ISM Manufacturing possa abrandar novamente em outubro, mas devendo permanecer bem acima dos 5 pontos (o limiar da expansão), que em setembro desceu de 59. para 56.6 pontos, aliviando de um máximo desde abr-11. No 1ºT1 observou-se uma subida anualizada da produção industrial de 3.9%, em desaceleração face ao ºT13 (+.9%), mas tendo no ºT1 regressado, como esperado, às acelerações, com a atividade industrial a apresentar um acréscimo de 5.5%, mais do que revertendo a desaceleração do trimestre anterior e evidenciando o maior ritmo de crescimento desde o 3ºT1 (+6.5%). Relativamente ao 3ºT1, apesar da aceleração dos indicadores qualitativos da indústria, a queda de agosto impediu que o setor acelerasse, observando-se um abrandamento, crescendo 3.%, devendo no ºT1 acelerar. Em todo o caso, a produção industrial registou no 3ºT1 o 1º trimestre consecutivo de expansão, sequência sem paralelo nas outras grandes economias desenvolvidas (Zona Euro, Japão ou Reino Unido) EUA - Indicadores de Confiança na Ind. Tranformadora 13: Un: Índice (Difusão) 13:11 13:1 1:1 1: 1:3 1: 1:5 1:6 1:7 1:8 1:9 1:1 PMI Manufacturing (Markit) ISM Manufacturing (ISM) Média de Surveys Regionais (Versão PMI) EUA - Atividade Regional (Richmond Fed e KC Fed) vs ISM : :9 Un: Índice 5:1 6:1 7:1 8:1 9:1 Richmond Fed (esc. esq.) ISM Manufacturing (esc. dir.) 1:1 11:1 1:1 Un: Índice 13:1 1: Kansas City Fed (esc. esq.) EUA - ISM Manufacturing e Principais Componentes Un: Índice 5:9 6:9 7:9 8:9 9:9 1:9 ISM Manufacturing (PMI) Produção 11:9 1:9 Emprego 13:9 1:9 17

18 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA Imobiliário Vendas de Casas Novas As vendas de casas novas subiram inesperadamente em setembro, subindo.%, para 67 mil unidades (em termos anualizados), mas ficando num nível ligeiramente inferior ao esperado (consenso: 7 mil), já que o registo anteriormente reportado para agosto foi revisto em baixa, de 5 mil para 67 mil. Trata-se da ª subida, com as vendas a atingirem um máximo desde jul-8. Importa relembrar que as vendas de casas novas são na realidade contratos de compra e venda e, dessa forma, interessa comparar com a performance do número de contratos assinados (mas não concluídos) de transações de imóveis usados, que no mês anterior (em agosto) registaram uma descida, apenas a ª em 6 meses (embora após 8 quedas consecutivas). Considerando a média móvel de 3 meses (mm3m), as vendas de casas novas atingiram o valor mais elevado desde janeiro, que é o nível mais elevado desde set-8. Não obstante este nível de vendas ainda é do ponto de vista histórico bastante fraco, com a permanência das vendas de casas novas em níveis relativamente elevados para o atual ciclo (a mm3m de setembro situou-se no percentil 9% das vendas desde que a economia americana regressou ao crescimento, no 3ºT9) acaba por ser animadora, ademais com os sinais de que a descida durante o inverno se terá devido em grande medida a condições meteorológicas excecionalmente adversas em muitas regiões, num mês em que as vendas de casas usadas (resultantes de contratos efetuados 1 a meses antes) contabilizaram a 1ª descida em meses (aliviando de um máximo desde out-13), havendo assim alguns sinais de retoma da recuperação do imobiliário, que foi interrompida durante o inverno. Refira-se, no entanto, que o segmento de casas usadas, onde, para além de estar confrontado com os mesmos ventos contrários do segmento de casas novas [i) os apertados critérios de concessão de crédito não obstante o incumprimento ter vindo a descer; ii) ao aumento das taxas de juros das hipotecas], se confronta ainda com: i) os exíguos stocks de casas à venda; ii) as subidas nos preços das casas usadas. Taxas de juro Apesar de terem subido em 13, as taxas de juro das hipotecas continuam historicamente baixas, sendo que de maio a agosto até desceram. As taxas de juro de referência a 3 anos da Freddie Mac estão longe dos mínimos históricos observados em nov-1 e em dez-1, que resultaram das então novas medidas de estímulo da Fed que visavam justamente diminuir estas taxas de juro, sendo que as expectativas de gradual remoção dessas medidas (como veio a acontecer na reunião de 18-dez, e prosseguida nas 6 reuniões seguintes, a última em 17-set) espoletaram uma subida das taxas de juro de longo prazo nos EUA durante o verão de 13, ainda que o facto de em set-13 a Fed não ter iniciado a remoção de estímulos tenha provocado uma descida das taxas em out-13, mas voltando a subir em nov-13. Efetivamente, segundo dados da Freddie Mac, a taxa de juro média a 3 anos para o crédito hipotecário subiu de.1% para.16%, aliviando de um mínimo desde jun-13 (.7%), mas ficando abaixo dos.9% de set-13. Em dez-13 tinha igualado os.6% de set-13, quando atingiram um máximo desde jul-11 (.55%). Mas as vendas de casas novas e logo a atividade de construção poderão sofrer um impulso resultante do facto de os preços das casas usadas terem vindo a subir, motivados por exíguos níveis de stocks de casas à venda, algo que há muito vem a suceder com as casas novas. Regressando aos dados das vendas de casas novas, vinha sendo visível uma tendência de recuperação, no início de 13 provavelmente excessivamente empoladas por condições meteorológicas mais favoráveis para a época do ano (justamente o oposto do que sucedeu este ano), e que acabou por ser contrariada durante o verão e no início do outono, justamente quando as taxas de juro começaram a subir. Neste sentido, salientese o facto de a média móvel de 3 meses das vendas de casas novas ter atingido um máximo desde ago-8, e se situado bem acima do mínimo de sempre registado no trimestre terminado em ago-1 (88 mil). Recorde-se que a Fed deixou desde dez-1 de referir nos seus comunicados de política monetária que o imobiliário residencial se encontra em níveis depressivos. Assim, depois de em 11 as vendas de casas novas terem sido as mais baixas desde a criação deste indicador (em 1963), em 1 subiram.3%, pela 1ª vez em 7 anos e ao ritmo mais elevado desde 1983, tendo em 13 avançado 16.8%, para 3 mil, o valor mais elevado desde 8 (85 mil), embora ainda bastante abaixo do registo de 7 (776 mil) e sobretudo dos mil observados em média de 3 a 6, em plena bolha imobiliária. As vendas de 13 corresponderam a cerca de 6% do que se esperaria atendendo à população dos EUA, sendo 13 o 6º ano consecutivo em que fica aquém do que seria expectável, após 15 anos sempre acima. Este facto acaba por explicar o porquê de existir um grande gap entre as vendas e os registos da confiança dos construtores (NAHB), que em setembro subiu para máximos desde nov-5 (entretanto em outubro corrigiu desses níveis), revelando-se historicamente compatível com vendas superiores a 6% às efetivamente registadas em setembro EUA - Rácio das Vendas de Casas Novas nas Vendas Totais :9 5:9 Un: 1^ :9 5:9 6:9 7:9 8:9 9:9 1:9 11:9 1:9 Rácio Vendas Casas Novas no Total Média Móvel de 3 meses Média Histórica (1999-1) EUA - Vendas de Casas Novas e Usadas 6:9 7:9 8:9 9:9 1:9 11:9 1:9 13:9 1:9 Un: 1^ :9 Vendas de Casas Usadas saar (esc. esq.) Vendas de Casas Novas saar (esc. dir.) 1:

19 1976:6 1978:6 198:6 198:6 198:6 1986:6 1988:6 199:6 199:6 199:6 1996:6 1998:6 :6 :6 :6 6:6 8:6 1:6 1:6 1:6 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA A fraqueza da procura, traduzida nos (apesar de tudo) baixos níveis de vendas, tem desincentivado a colocação à venda de novas habitações, que têm vindo praticamente sempre a cair após o pico de jul-6. No entanto, a recuperação que se está a observar nas vendas poderá estar a começar a inverter a tendência, tendo o stock de novas habitações atingido um máximo desde jul-1, contabilizando 3 subidas nos últimos 9 meses (caíram apenas por vezes os stocks e estabilizaram em meses), quando nos anteriores 5 anos quase sempre tinham assinalado quedas, que culminaram em mínimos desde a criação do indicador, em Note-se que o stock de casas colocadas à venda corresponde a pouco mais de metade da sua média histórica, facto que tenderá a desencadear um aumento das construções, assim as vendas prossigam com o movimento de recuperação. A evolução dos preços revelou comportamentos mistos face ao mês anterior, mas subidas face ao período homólogo tanto ao nível dos preços médios, como dos preços medianos, mais intensas no preço médio do que no preço mediano. Os preços dependem quer da importância de cada região no total das vendas (na região Oeste, onde os preços das casas são normalmente mais elevados, seguida do Nordeste), quer do mix de tipologias vendidas durante o mês, sendo que, no caso das casas usadas, a associação de imobiliárias (NAR) referiu que se observou no início de 1 um enviesamento nas transações em favor das casas de menor dimensão/qualidade devido ao acesso ao crédito ter vindo a ser dificultado pelos bancos, por via da redução dos limites máximos dos empréstimos e pelo agravamento comparativo das taxas de juro. Os preços de venda continuam a ser um grande problema para os construtores, mas, de acordo com a NAHB, já não tanto como há uns meses atrás, uma vez que o aumento dos custos com as matérias-primas torna ainda difícil colocar no mercado casas a preços competitivos, em especial quando têm que concorrer com os praticados no mercado secundário, em geral, e com os preços a desconto das vendas sob stress, em particular, embora seja de referir que as vendas de casas sob stress têm vindo a diminuir (e o próprio desconto face ao valor das transações normais ), o que tem explicado a recuperação dos preços das casas usadas face ao período homólogo, os quais tinham anteriormente caído para além dos fundamentais. Imobiliário Preços de Casas Usadas O índice nacional de preços de casas (HPI) da Agência Federal de Financiamento da Habitação (FHFA) subiu.5% em agosto, superando as expectativas do mercado (consenso: +.3%), tendo além do mais o crescimento do mês anterior sido revisto de.1% para.%, mas contabilizando já 3 subidas em 31 meses, encontrando-se em novos máximos desde fev-8. A média móvel de 3 meses a forma como é calculado o índice S&P/Case-Shiller registou um crescimento de.3%, o 3º consecutivo, tendo os preços atingido novos máximos desde mar-8. As recentes subidas dos índices S&P/Case- Shiller e FHFA (que tem vindo a recuperar dos mínimos desde dez-3 observados em mai-11) podem ser entendidas como um sinal de gradual recuperação do imobiliário americano. Sem uma estancagem no movimento de quedas nos preços das casas, o imobiliário nunca poderia iniciar uma recuperação sustentável, na medida em que as expectativas deflacionistas contribuem para o adiamento das decisões de compra de casas, o que alimenta as quedas nos preços. Em termos homólogos, o indicador da FHFA apresentou um crescimento de.8%, o 31º consecutivo, após ter estado em queda ininterrupta desde o verão de 7, período que correspondeu ao agravamento da crise do segmento de crédito imobiliário de risco (subprime), estando assim 5.8% abaixo dos máximos históricos observados em abr-7 e num nível aproximado ao observado em meados de 5. A leitura do FHFA é limitada pelo universo que abrange, cingindo-se aos preços das casas compradas com base em títulos garantidos por créditos hipotecários emitidos pelas agências Fannie Mae e Freddie Mac. Esta realidade, aliada ao facto de a bolha imobiliária ter sido mais intensa nas maiores áreas metropolitanas, justifica o porquê de o índice S&P/Case-Shiller se encontrar no mês de julho ainda 17.9% abaixo do máximo histórico. Os preços das casas tinham vindo a ser pressionados pelo fraco nível de vendas, mas que desde ago-1 passou a ser historicamente compatível com subidas dos preços. De resto, quando comparado com o stock de casas usadas (rácio de existências sobre vendas), este já se revelava em setembro compatível, pelo 3º mês consecutivo, com crescimentos nos preços, que só não se consubstanciam em maiores subidas devido às execuções hipotecárias e às vendas a descoberto (que no conjunto são as chamadas distressed sales). As execuções hipotecárias (embora aqui também se observe um desagravamento) continuam efetivamente a apresentar um contributo decisivo para que os preços das casas permaneçam abaixo do seu valor de equilíbrio de longo-prazo neste momento, e apesar das anteriores recuperações, entre % a 1%, a avaliar pelo modelo de longo-prazo desenvolvido pelo Montepio para o mercado imobiliário norte-americano, com base no índice S&P/Case-Shiller. EUA - Confiança na Construção (NAHB) vs Vendas de Casas Novas Un: meses 8 1, : : :1 6:8 6:1 7:1 8:1 9:1 1:1 11:1 1:1 13:1 Confiança na Construção - NAHB (esc. esq.) Vendas de Casas Novas (esc. dir.) Un: Índice (Jan.=1) 7:8 EUA - Preço das Casas 8:8 9:8 1:8 11:8 1:8 1:1 13:8 S&P/Case-Shiller - áreas metropolitanas FHFA - Nacional mm3m US Houses Prices (Equilibrium=) 1, 1, 1, 8 6 1:8 19

20 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 7 outubro 1 EUA Imobiliário Vendas de Casas Usadas O número de vendas de casas usadas, publicado pela Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR), subiu.% em setembro, para um valor anualizado de 5.17 milhões de casas, superando as expectativas do mercado (consenso: 5.1 milhões). Trata-se da 5ª subida em 6 meses, recuperando da queda de 1.8% registada no mês anterior e passando em 6 meses de um mínimo desde jul-1 para um máximo desde set-13, aproximando-se do registo de jul-13 (5.38 milhões), quando atingiram o º nível mais elevado desde mar-7, encontrando-se agora em setembro 6.9% acima do mínimo de ciclo observado em meados de 1. As vendas apresentaram uma queda de 1.7% face a igual período do ano anterior, a 11ª consecutiva, após 8 meses de subidas. Anteriormente a NAR tinha considerado que as condições climatéricas adversas tiveram um importante papel nos fracos resultados do início do ano. Além disso, salientava também que não podiam ser ignorados os ventos contrários associados: i) aos apertados critérios de concessão de crédito (não obstante o incumprimento ter vindo a descer); ii) aos exíguos stocks de casas à venda; iii) às subidas nos preços das casas; iv) ao aumento das taxas de juro das hipotecas. Estas questões deveriam nos meses seguintes ser suplantadas pelos impactos positivos: i) do crescimento do emprego; ii) da colocação de mais casas novas no mercado, de modo a impedir que os preços das casas usadas subam aos anteriores ritmos insustentáveis; iii) da recuperação da constituição de famílias (durante a crise aumentou a dimensão das famílias americanas, com os jovens a saírem mais tarde da casa dos seus pais). O facto de as próprias taxas de juro das hipotecas terem observado uma ligeira queda temporária acabou também por ser salientado pela NAR no relatório do mês de maio, sendo de referir que esse movimento de descida prosseguiu até maio, com a subida de setembro a ser pouco intensa. A NAR referiu recentemente que a tendência de aceleração da economia e do emprego tenderá a suportar nos próximos meses as vendas e salientou que os compradores de 1ª casa parecem estar em melhores condições do que no passado, num contexto em que as restrições de oferta estão a diminuir significativamente em muitas partes do país. Neste mês referiu que as baixas taxas de juro e as subidas moderadas nos preços conduziram a um aumento saudável das vendas em setembro. Apesar de continuarem acima dos níveis médios observados durante os 18 meses da última recessão (.7 milhões), as vendas permaneceram a uma larga distância dos mais de 7 milhões de habitações vendidas no ano dourado do setor (5) e 1.% abaixo da média de De resto, como reconhece a própria NAR, mantêm-se restrições na oferta, com o stock de casas usadas para venda a continuar bem abaixo do período pré-crise no imobiliário, limitando as oportunidades de compra e pressionando os preços dos imóveis em muitos mercados, se bem que a subida dos preços resulte também de menos casas em dificuldades no mix de vendas. De facto, a NAR referiu anteriormente que as transações de casas usadas estavam no início do ano em níveis historicamente baixos para a população americana (os níveis de 13 já estavam praticamente em linha com os padrões normais), mas o crescimento dos preços está historicamente elevado, existindo uma variável que explica estes dois fenómenos: justamente os exíguos stocks de casas colocadas à venda. Taxas de juro Apesar de terem subido em 13, as taxas de juro das hipotecas continuam historicamente baixas, sendo que de maio a agosto até desceram. As taxas de juro de referência a 3 anos da Freddie Mac estão longe dos mínimos históricos observados em nov-1 e em dez-1, que resultaram das então novas medidas de estímulo da Fed que visavam justamente diminuir estas taxas de juro, sendo que as expectativas de gradual remoção dessas medidas (como veio a acontecer na reunião de 18-dez, e prosseguida nas 6 reuniões seguintes, a última em 17-set) espoletaram uma subida das taxas de juro de longo prazo nos EUA durante o verão de 13, ainda que o facto de em set-13 a Fed não ter iniciado a remoção de estímulos tenha provocado uma descida das taxas em out-13, mas voltando a subir em nov-13. Efetivamente, segundo dados da Freddie Mac, a taxa de juro média a 3 anos para o crédito hipotecário subiu de.1% para.16%, aliviando de um mínimo desde jun-13 (.7%), mas ficando abaixo dos.9% de set-13. Em dez-13 tinha igualado os.6% de set-13, quando atingiram um máximo desde jul-11 (.55%). Vendas Anuais No ano de 1 as vendas tinham aumentado 9.% face a 11, ao maior ritmo desde, enquanto em 13 registou-se uma subida de 9.% para 5.9 milhões, atingindo o nível mais elevado desde 6, quando foram vendidas umas insustentáveis 6.8 milhões de casas, no final do boom imobiliário. Para 1, a NAR prevê uma ligeira descida (-3.%) para.938 milhões, seguida de um acréscimo de 7.7% em 15. Preços A NAR referiu que a habitação típica esteve no mercado 56 dias, acima dos 53 dias do mês anterior e dos 5 dias em set-13. Os reduzidos stocks de casas no mercado têm levado a subidas nos preços praticados. Os preços médio e mediano de cada transação caíram face ao mês anterior, mas aceleraram ligeiramente o crescimento face ao período homólogo no último caso, onde cresceram 5.6%, pela 3ª vez (consecutiva), embora bem aquém do crescimento de ago-13 (+13.%), que foi o mais elevado desde out-5. Refira-se que, no caso do preço mediano, nos últimos 1 meses registaram-se por 9 vezes crescimentos de apenas um dígito, depois de em 1 dos 13 meses anteriores se terem registado crescimentos de dígitos. Em 1 o preço da casa mediana aumentou 6.% e em %, sendo que a NAR prevê um aumento de 5.% em 1 e de.1% em 15, embora com fortes assimetrias a nível local. Em mar-13, a NAR referiu que o forte aumento nos preços das casas estava a contribuir para a recuperação da riqueza das famílias em habitação, que aumentou em 1 mil milhões de dólares (mm$) em 1, valor que terá sido superado em 13, podendo ter provocado um aumento dos gastos de consumo entre 7 mm$ e 11 mm$ no ano. Ainda segundo a Associação, as casas transacionadas em resultado de execuções hipotecárias apresentam preços 1% inferiores ao valor de mercado (% no mês anterior). EUA Vendas de Casas Usadas Valor Var. Mensal Var. Homól. Ago Set Ago Set Ago Set Vendas Stocks nsa Stocks sa Preço Médio Preço Mediano : :9 1, 1, 1, 8, 6,,, EUA - Vendas de Casas Usadas e Contratos Assinados Un: 1^6 5:9 6:9 7:9 8:9 Vendas de Casas (esc. esq.) Un: 1^6 :9 3:9 :9 5:9 9:9 1:9 11:9 1:9 Un: Índice 13:9 1: Contratos Assinados (esc. dir.) EUA - Stocks de Casas Usadas para Venda 6:9 7:9 8:9 9:9 1:9 11:9 1:9 13:9 1:9 Stocks de Casas Usadas para Venda Média Média EUA - Taxas Hipotecas 3Y Freddie Mac vs Pedidos de Refinanciamento Un: nº 16, :5 :1 6:1 8:1 1:1 1:1 1:1 Pedidos de Refinanciamento (esc. esq.) Taxas Hipotecas 3Y Freddie Mac (esc. dir.)

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