IDEFF/OTOC 4.julho.2011 Cristina Sofia Dias Adida Financeira, Representação Permanente de Portugal Junto da UE
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1 IDEFF/OTOC 4.julho.2011 Cristina Sofia Dias Adida Financeira, Representação Permanente de Portugal Junto da UE A crise financeira: causas, respostas e os planos de assistência financeira
2 Índice 1. Da crise financeira à crise soberana 2. A resposta da UE 3. Os planos de assistência financeira 2
3 Índice 1. Da crise financeira à crise soberana 2. A resposta da UE 3. Os planos de assistência financeira 3
4 Crise financeira 2008 falência da Lehman Bros e da AIG nos EUA; Crise financeira na Europa: contágio com mercado sub-prime EUA gerou uma crise sistémica: Reino Unido: Northern Rock, Lloyds Benelux: Fortis/ABN-AMRO, ING Alemanha: HypoBank, landesbanks Islândia: Glitnir, Landsbanki, Kaupthing 4
5 Crise económica Crise financeira gerou maior recessão económica desde Taxa de crescimento PIB real Euro area Germany Spain Portugal 5 Fonte: MFAP; baseado em INE e Eurostat
6 Contas públicas e crise soberana Resposta europeia conjunta: o Plano Europeu de Recuperação Económica Profunda deterioração das contas públicas em toda a União Europeia 6 Crise soberana: - Leste europeu: Hungria (Nov 2008), Letónia (Dez 2008), Roménia (Mar 2009); - Rápida resposta da UE, juntamente com FMI, foi decisiva para estabilizar região e UE no seu conjunto (Facilidade de apoio à balança de pagamentos)
7 Índice 1. Da crise financeira à crise soberana 2. A resposta da UE 3. Os planos de assistência financeira 7
8 Resposta UE: uma resposta abrangente i. Mercados financeiros Revisão modelo de supervisão financeira e de toda a legislação mercados e serviços financeiros Stress tests na área bancária e seguradora 8 ii. Revisão modelo de governação económica Pacto de Estabilidade e Crescimento Novo mecanismo supervisão macroeconómica Semestre Europeu
9 Resposta UE: uma resposta abrangente iii. iv. Apoio mútuo na Zona Euro Mecanismo de apoio à Grécia Criação da EFSF e do EFSM (temporários) Criação do ESM (permanente) Estratégia para o crescimento Estratégia Europa2020 Pacto para o Euro+ 9
10 Índice 1. Da crise financeira à crise soberana 2. A resposta da UE 3. Os planos de assistência financeira 10
11 Grécia 11 Novo governo em Outubro 2009 procedeu a reavaliação contas públicas: concluiu que sucessivos governos esconderam deliberadamente real situação orçamental, prestando informação errada ou incompleta ao INE local e ao Eurostat Revisão do deficit de 6% para 12,7% do PIB provocou pânico em mercado já fortemente instável: números mais recentes colocam deficit 2009 em 15,4% e dívida em 127%; dívida grega é actualmente cerca de 156% PIB.
12 Programa de apoio à Grécia 12 Decidido pelo Conselho Europeu extraordinário de 7 de Maio 2010 (concretizado ECOFIN extraordinário 9 e 10 de Maio) Total de 110 mil milhões: 80 mil milhões em empréstimos bilaterais dos restantes países da zona euro, em função respectiva quota no BCE; Eslováquia não participou (nem Estónia, que ainda não fazia parte do Euro); 30 mil milhões por parte FMI; acompanhado de muito rigoroso (e detalhado) plano consolidação orçamental, reformas estruturais e profunda alteração na gestão orçamental e estatística.
13 Grécia 13 Dificuldades de implementação do programa (a nível das receitas, principalmente, obrigaram a sucessivas novas medidas orçamentais) Sub-financiamento do actual programa é muito relevante: GR não estará em condições de aceder mercados em 2012 necessidade de mecanismos alternativos de financiamento sistema financeiro GR ainda sob stress novo programa terá que ser acordado antes do desembolso previsto para meados de Setembro
14 Irlanda 14 Crescimento assente no imobiliário, sistema financeiro e atractividade sistema fiscal; Bancos irlandeses em dificuldade desde Out 2008 devido forte exposição ao sub-prime americano e aos mercados imobiliários irlandês e britânico; Garantia ilimitada do governo aos bancos (final Set 2008) gerou total exposição do soberano à crise financeira, aumentada pelo impacto orçamental do NAMA; Colapso da receita, fortemente dependente do sector imobiliário, e aumento considerável da despesa na área de apoio ao desemprego; Impacto nas contas públicas: Défice: 14,4% PIB em 2009; 31,9% em 2010 (20% do PIB 2010 para recapitalização dos bancos); Dívida: 44,3% do PIB em 2008; 65,5% em 2009 e 94,2% em 2010.
15 Programa de apoio à Irlanda Irlanda pediu formalmente apoio em 21.Nov.2010; 85 mil milhões, incluindo 35 mil milhões para recapitalização dos bancos: Fundo de Reserva da Segurança Social irlandês: 17,5 mil milhões; União Europeia (EFSM): 22,5 mil milhões Bilaterais: 22,5 mil milhões: Zona Euro (EFSF): 17,7 mil milhões; UK, Suécia e Dinamarca: 4,8 mil milhões; FMI: 22,5 mil milhões. 15
16 Programa de apoio à Irlanda Condicionalidade estrita, em três vectores: - Sector financeiro (downsizing, desalavancagem e reorganização recapitalização); - Consolidação orçamental (défice abaixo de 3% em 2015); - Reformas estruturais (esp. mercado trabalho) 16
17 Portugal Crescimento e produtividade muito deficientes com perdas crescentes de competitividade Problemas estruturais persistentes Défices orçamentais elevados e endividamento externo crescente Crise grega 17 Crise de confiança países periferia Sucessivos downgradings do rating soberano e privados Impossibilidade de refinanciamento a taxas sustentáveis Sistema bancário com acesso vedado aos mercados internacionais
18 Programa de apoio a Portugal Portugal pediu formalmente apoio em 7.Abril.2011 Decisão Ecofin de 30.Maio.2011 e FMI a 20. Maio.2011 Programa com duração de 3 anos ( ) 78 mil milhões um terço FMI, um terço EFSF, um terço EFSM Condicionalidade estrita em três vertentes: 18 - estratégia de consolidação orçamental equilibrada e credível, suportada por reformas estruturais (défice a 3% em 2013); - estabilização do sector financeiro; - reformas estruturais para fomentar crescimento, emprego e melhorar competitividade
19 Alguns elementos de comparação: Programa IE e PT têm a mesma forma ambos são empréstimos EFSM e EFSF e FMI; pelo contrário, GR é uma pool de empréstimos bilaterais geridos pela Comissão Europeia 19 Todos os programas têm uma parcela afecta ao sector financeiro ( 10 mil milhões Grécia; 35 mil milhões Irlanda; 12 mil milhões PT) mas situações GR, IE e PT muito diferentes (PT e GR crise orçamental; IE crise sector financeiro)
20 Alguns elementos de comparação: Apenas IE beneficia de empréstimos bilaterais de EM não pertencentes à ZE (Reino Unido, Dinamarca e Suécia); Eslováquia não participou no empréstimo a GR (e Estónia, que não pertencia ainda à zona euro) Em todos os empréstimos a taxa de juro é em linha com FMI (mas, na prática, superior à praticada pelo FMI e no EFSF é superior à do EFSM); empréstimo IE tem taxa 100 pb superior a PT 20
21 Alguns elementos de comparação: Todos os programas acompanhados de condicionalidade estrita: - A nível de reformas estruturais (mercado de trabalho, pensões) que propiciem crescimento e aumento competitividade (em PT também o sistema judicial) - Reforma/reforço do sistema financeiro (embora a níveis/intensidades diferentes) - Todos os programas definem metas orçamentais e indicam (com maior ou menor grau de detalhe) medidas específicas para as atingir (maior grau detalhe programa GR) 21
22 Links para informação mais detalhada planos assistência u_economic_situation/ financialassistance-ireland_en.htm wer/greek_loan_facility/index_en.htm wer/portugal/index_en.htm 22
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