Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa
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- Silvana Brezinski Fialho
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1 Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia
2 O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de dinheiro para viver. A nível pessoal, o emprego assegura independência e auto-estima e ajuda as pessoas a integrarem-se na sociedade. É por isso que o aumento do nível de emprego na Europa constitui uma prioridade. Se for possível aumentar o número de pessoas que têm um rendimento, haverá maior inclusão social e menos pobreza. Para a União Europeia atingir estes objectivos, é essencial que todos os Estados-Membros colaborem e coordenem as suas políticas. O papel da Estratégia Europeia para o Emprego (EEE) consiste em ajudar a coordenar as políticas de emprego dos Estados-Membros, bem como dos países associados e candidatos. A EEE foi lançada em 1997, quando os Estados- -Membros da União Europeia decidiram estabelecer um conjunto de objectivos e de metas para a política de emprego. Além disso, chegaram a acordo sobre um procedimento específico de acompanhamento anual. Os Estados-Membros mantêm a sua competência principal no que diz respeito às suas próprias políticas de emprego. O papel da União Europeia consiste em aconselhar, controlar e coordenar a execução dessas políticas. Os Estados-Membros podem recorrer ao Fundo Social Europeu para ajudar a executar as políticas de emprego acordadas RF
3 Como é que funciona a Estratégia Europeia para o Emprego? As Orientações para o Emprego são o elemento essencial da EEE. São propostas pela Comissão Europeia e elaboradas com base nas prioridades comuns acordadas pelos Estados-Membros para as suas políticas de emprego. As orientações são adoptadas pelo Conselho depois de consultar o Parlamento Europeu e outras instituições com carácter consultivo. Desde 2005 que as Orientações para o Emprego passaram a fazer parte integrante das Orientações Gerais para as Políticas Económicas, que abrangem as vertentes macroeconómica e microeconómica. A partir de 2010, com o lançamento da estratégia «Europa 2020», são dez as orientações integradas e as quatro últimas (orientações 7 a 10) dizem respeito directamente à EEE. A Comissão Europeia acompanha todos os anos, no âmbito da EEE, as políticas de emprego adoptadas pelos Estados-Membros de acordo com estas orientações. Elabora depois um relatório anual em que avalia essas políticas de emprego e faz igualmente recomendações específicas por país para outras acções destinadas a melhorar a situação do emprego. A EEE utiliza um conjunto de indicadores (medições, metas e parâmetros de referência quantificados) que foram acordados para acompanhar e avaliar os progressos e para sustentar a análise da Comissão Europeia. Estes indicadores são acordados pelos Estados- -Membros e revistos periodicamente com a ajuda do Eurostat ( 1 ), o serviço de estatística da União Europeia. A EEE recorre a um «método aberto de coordenação», em que os representantes dos Estados- Membros se reúnem para discutir as políticas de emprego e respectivas prioridades. Este grupo de carácter consultivo é designado Comité do Emprego ( 2 ). Neste contexto, a aprendizagem mútua ( 3 ) e o intercâmbio de boas práticas sobre as políticas de emprego são fortemente incentivados. A EEE conta igualmente com o apoio de investigadores independentes ( 4 ) e dos parceiros sociais para a avaliação das suas prioridades. ( 1 ) Sítio web do Eurostat: ( 2 ) Podem ser obtidas mais informações no sítio web: ( 3 ) Ver também o sítio web do programa de aprendizagem mútua: ( 4 ) Ver 2
4 Orientações integradas «Europa 2020» Orientação n.º 1: Assegurar a qualidade e a sustentabilidade das finanças públicas. Orientação n.º 2: Corrigir os desequilíbrios macroeconómicos. Orientação n.º 3: Reduzir os desequilíbrios na área do euro. Orientação n.º 4: Optimizar o apoio à investigação e desenvolvimento e à inovação, reforçar o triângulo do conhecimento e libertar o potencial da economia digital. Orientação n.º 5: Melhorar a eficiência em termos de recursos e reduzir os gases com efeitos de estufa. Orientação n.º 6: Melhorar o enquadramento para as empresas e os consumidores e modernizar e desenvolver a base industrial a fim de assegurar o pleno funcionamento do mercado interno. Orientação n.º 7: Aumentar a participação das mulheres e dos homens no mercado de trabalho, reduzir o desemprego estrutural e fomentar o emprego de qualidade. Orientação n.º 8: Desenvolver uma mão-de-obra qualificada em resposta às necessidades do mercado de trabalho e promover a aprendizagem ao longo da vida. Orientação n.º 9: Melhorar a qualidade e o desempenho dos sistemas de ensino e de formação a todos os níveis e aumentar a participação no ensino superior ou equivalente. Orientação n.º 10: Promover a inclusão social e combater a pobreza 3
5 Os desafios que se colocam à Estratégia Europeia para o Emprego A EEE foi-se desenvolvendo ao longo dos anos em resposta às alterações da situação política e aos desafios económicos. Em 2005, a EEE tornou-se parte essencial da Estratégia de Lisboa para criar «mais e melhores empregos». Cinco anos mais tarde, perante a crise financeira, a EEE procura restabelecer um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. A estratégia «Europa 2020» ( 5 ) definiu os instrumentos para facilitar a recuperação e conseguir uma economia social de mercado sustentável, através do investimento na investigação, no conhecimento e na inovação. A EEE passou a estar cada vez mais interligada com as políticas microeconómica e macroeconómica e em especial com o Pacto de Estabilidade e Crescimento. devem existir serviços de emprego nacionais adequados, bem como haver cooperação entre as instituições que asseguram o ensino e as organizações de empregadores. A flexigurança continua a ser o principal instrumento para combater o desemprego de longa duração e a segmentação dos mercados de trabalho. Regimes contratuais flexíveis e fiáveis, serviços de emprego de grande qualidade e sistemas eficazes de segurança social, tudo sustentado por uma aprendizagem ao longo da vida de elevado nível e eficiente, devem conduzir a transições suaves em termos de emprego, seja do ensino para o trabalho ou de uma situação de inactividade para o emprego. Neste contexto, as prioridades da EEE foram orientadas para políticas que contribuem para aumentar o capital humano e a qualidade no trabalho. O ensino e a formação são essenciais para conseguir melhores oportunidades de emprego, especialmente no que se refere aos jovens ( 6 ). Também é importante criar instrumentos que ajudem a harmonizar o ensino e a formação com os empregos do futuro ( 7 ), porque isso conduzirá a um aumento da produtividade e a empregos mais estáveis. Para apoiar tudo isto ( 5 ) Ver ( 6 ) Ver ( 7 ) Ver jsp?catid=822&langid=pt. 4
6 Taxa de emprego na União Europeia da população entre os 20 e os 64 anos, de 1997 a 2009 Taxa de emprego (%) Fonte : Eurostat. Ano 2009 istock 5
7 Melhoramentos esperados até 2020: as entidades envolvidas Trabalhar em conjunto a nível da União Europeia é agora ainda mais premente, à medida que as economias nacionais se tornam cada vez mais interdependentes. Embora as situações nacionais ainda possam ser muito distintas, as respectivas taxas de crescimento e de emprego seguem tendências e objectivos comuns. Perante este cenário, há intervenientes com papéis importantes. O Conselho Europeu continuará a assegurar a orientação geral da estratégia, com base nas propostas da Comissão. O Parlamento Europeu tem uma função especialmente importante, não apenas como co-legislador, mas também como órgão que representa os cidadãos. Com a ajuda dos instrumentos fornecidos pela EEE, todos devem ajudar a União Europeia a atingir os objectivos ambiciosos que estabeleceu para si própria até 2020: melhorar a taxa de emprego para um mínimo de 75% da população com idade compreendida entre 20 e 64 anos, reduzir para 10% a taxa de abandono escolar, aumentar para 40% a percentagem de pessoas com um diploma do ensino superior e reduzir em 20 milhões o número de pessoas que vivem em situação de pobreza. Haverá um maior incentivo e promoção das contribuições dos intervenientes a nível nacional e regional, bem como dos parceiros sociais, na elaboração e implementação dos programas nacionais de reforma. As instituições europeias também contam com estas organizações para estabelecer ligações mais estreitas com os cidadãos. Por outro lado, o Comité Económico e Social Europeu e o Comité das Regiões da União Europeia continuarão a ser estreitamente associados a este processo. 123RF 6
8 KE PT-C Para obter mais informações sobre a Estratégia Europeia para o Emprego consulte o sítio Internet União Europeia, 2011 Reprodução autorizada mediante indicação da fonte. Para qualquer utilização ou reprodução das fotos deve ser solicitada autorização directamente aos detentores dos direitos de autor. Foto da capa: Istock ISBN doi: /13237 Printed in Luxembourg
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