A Agenda Federativa e Tributária no Brasil

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1 A Agenda Federativa e Tributária no Brasil José Roberto Afonso PROGRAMA MODULAR INTERNACIONAL EM FAZENDA PÚBLICA, GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Secretaria da Fazenda de São Paulo e Institutos de Estudos Fiscais 07/10/2013, S.Paulo.

2 Introdução 2

3 Agenda Federativa: rever que pacto? Brasil atravessa o período mais longo de normalidade democrática e republicana. Não houve uma formalização do atual arranjo fiscal, muito menos uma estratégia planejada e acordada: foi fruto de circunstancias que mudaram com frequência. O Pacto Federativo seria a opção da Assembleia Constituinte por um capítulo exclusivo para o sistema fiscal, com detalhes das competências tributárias exclusivas e das repartições das receitas de impostos. A agenda nacional de discussões /deliberações tem sido pautada pelo Executivo. Congresso Nacional só reage: raro toma a iniciativa. Supremo Tribunal Federal (STF) assumiu nos últimos anos um papel fundamental em relação às grandes questões federais: tomou a iniciativa de compor um tema (FPE, ICMS de guerra), tomar a decisão final sobre o assunto (royalties do petróleo até que a guerra fiscal dívida subnacional).

4 Agenda Tributária: como reformar? A presença do Estado na economia sempre foi muito expressiva: gasto público é elevada crescentes transferências de renda (desde juros até benefícios previdenciários e sociais) enquanto investimento fixo segue muito baixo. Carga tributária crescente e muito superior a outros países latinos e emergentes. Depende muito de impostos indiretos, aplica diferentes impostos e contribuições sobre a mesma base e possui o maior (suposto) IVA em competência estadual. Gerou importantes distorções como a perda de competitividade e a regressividade. Nunca se conseguirá reformar o sistema? Nota: Para um diagnóstico geral da evolução e da estrutura dos impostos, ver o Livro Branco (com Kleber Castro e Julia Morais) publicado pela BID

5 Economia Política da Reforma Tributária 5

6 Impossível reformar? A reforma tributária é considerada, com a reforma política, um dos mais difíceis mudanças estruturais no Brasil. Mas... Nas últimas décadas, vários projetos de reforma foram propostos e nenhum aprovado para promover uma mudança estrutural, porém muitas alterações foram realizadas, quase sempre visando aumentar a carga ou a descentralização da receita... Das 80 emendas à Constituição de 1988, no capítulo do Sistema Tributário, 11 dos 20 artigos já foram modificados (sendo 2 novos): foram 72 disposições alterada (excluído, inserido reformulação), incluindo 38 dos interesses subnacionais inclusive a extinção de dois impostos subnacionais (IVVC municipal e adicional estadual de IRPJ)...

7 Atores da reforma Os governos nacionais sempre tiveram maioria no Congresso Nacional. Apesar da lenda, nunca o governo nacional foi derrotada por governos subnacionais em termos de conflito entre eles. A lógica política dominante: pouco ou não importa o quanto e como ele coleta, desde que viável a despesa (ainda mais). Sobre equidades, existe uma ideia muito simples e errada: todos pagam igualmente os tributos. Programas de transferências de renda aos mais pobres deram uma justificação social. Os atores sociais mais relevantes que em poucas oportunidades discutiram reforma tributária foram os chefes do Executivo Federal e do Congresso provincial. Representantes dos contribuintes nunca foram grandes jogadores.

8 Poder Presidencial comparação latina Compilado de Francisco Diaz e Jorge Rodriguez, CIEPLAN, 2013.

9 Divisão Federativa recente 9

10 Tendência federativa: menor peso dos estados

11 Tributação Deteriorada 11

12 Pecado Original Sistema tributário adota mesma estrutura básica definida em meados dos anos 60: economia de bens e fechada. Inovação mundial com dois IVAs (ICMS e IPI): o maior no âmbito subnacional e ambos focados em mercadorias com regime físico Mudança profunda no PIB entre 1965 e 2009 Indústria de transformação caiu de 32% para 27% do PIB Se acrescenta agricultura, de 48% para 32% do PIB Reformas fracassadas Constituição de 1988 focou na descentralização Poucas vezes foram tentadas reformas estruturais (como em 1995 e 2007) e falharam; mas muitas mudanças foram realizadas (mais de 70 dispositivos alterados na última Constituição) 12

13 Carga tributária global Alta e crescente: recorde 37% do PIB em 2012 TERMÔMETRO DA TRIBUTAÇÃO (ANUALIZADO) /2013 Acumulado 12 meses: % do PIB Arrecadação Total Ano Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro ,2% 28,2% 28,3% 28,4% 28,4% 28,6% 28,7% 28,7% 28,7% 28,7% 28,8% 29,0% ,0% 29,0% 29,0% 29,1% 29,1% 29,1% 29,0% 28,9% 29,0% 29,1% 29,0% 29,0% ,0% 29,1% 29,0% 29,0% 29,0% 29,0% 29,0% 29,1% 29,0% 29,1% 29,2% 29,4% ,6% 29,6% 29,7% 29,7% 29,6% 29,6% 29,6% 29,5% 29,5% 29,5% 29,3% 29,3% ,2% 29,1% 29,0% 28,9% 28,8% 28,7% 28,6% 28,4% 28,1% 28,1% 28,2% 27,9% ,5% 28,4% 28,2% 28,3% 28,2% 28,1% 28,0% 28,1% 28,1% 27,9% 27,5% 27,9% ,1% 28,2% 28,4% 28,5% 28,5% 28,8% 29,2% 29,3% 29,5% 29,7% 29,8% 29,9% ,1% 30,2% 30,2% 30,2% 30,3% 30,2% 30,1% 30,0% 30,0% 29,9% 29,8% 29,8% ,9% 29,8% 29,7% 29,7% 29,7% 29,7% 29,7%

14 % do Total Carga tributária comparada internacionalmente Brasil fora da curva 50% 45% Participação das Bases de Incidência no Total da Carga Tributária % 40% 38% 35% 33% 34% 30% 25% 27% 26% 26% 29% 20% 19% 15% 10% 5% 5% 6% 4% 7% 0% Rendas e Ganhos Salários Patrimônio Mercadorias, serviços e bens 1% 1% Outros Média OCDE Média Avançados OCDE Brasil

15 Tributação Indireta Foco de atenção na tributação interna(consumo) País abusa dessa base como diferencial para carga superior a emergentes (ideia da colônia que consumidor e estrangeiro deve pagar imposto e não proprietário e rentista) Múltiplos impostos, tanto gerais (tipo IVA, como deveria ser ICMS, IPI, regime novo da COFINS), quanto específicos (ISS, CIDE, CPMF... ) Faturamento também é base de IRPJ (presumido e Simples) e contribuição previdenciária (serviços e nova base) Distorções resultantes: Tributação estimada de mais de um quinto dos investimentos fixos e dos insumos exportados Regressividade enorme e crescente pela maior propensão a consumir das famílias mais pobres 15

16 Carga concentrada por bases e tributos 16

17 participação na renda Equidade fora da agenda 32% 28% Composição da Incidência Tributária sobre a Renda Total das Famílias Brasil, % 20% ipi, iss e cide 16% pis-cofins 12% 8% 4% icms iptu, ipva e outros diretos ir 0% c. previd centésimos de renda familiar per capita Fonte: Fernando Gairger

18 Opção Preferencial O governo nacional, mesmo com maioria parlamentar e apoio popular, aposta que tudo se resolva apenas com Algumas alterações legislativas e efeitos muito específicos Esforços de gestão no caso dos impostos, abrange cada vez conceder, adiar ou anular os incentivos específicos ou dirigidos É inegável que o progresso tem sido feito na administração fiscal ao mesmo tempo em que se deteriorava a política tributária: Positivo: fortes investimentos na modernização da administração fiscal por parte de todos os governos; inovações, tais como nota fiscal eletrônica e sistema digital integrado (SPED); crescente integração das ações das diferentes administrações fazendárias Negativo: complexidade; cumulativos; inequidade; recentralização federativa.

19 Reformas Fatiadas e Efeitos Colaterais Isenções e subsídios: mais acúmulo de crédito indireto e tributação de renda não auferida. Desoneração da folha: troca pior para algumas empresas (mais terceirizadas) e pequenas empresas do simples pagam mais que grande empresa. ICMS interestadual: sobre importações controle complexo e burocratizado; projeto - reação à alíquota reduzida na origem será ampliar controle na fronteira e substituição tributária. 19

20 Tributos federais indiretos: créditos acumulados crescentes DESONERAÇÕES PARA FOMENTAR ECONOMIA: Min.Fazenda Ano Folha Total Folha/ R$ bi % Prev % PIB R$ bi % PIB Total ,8 1,2% 0,09% 44,5 1,01% 9% ,0 4,9% 0,33% 70,1 1,44% 23% ,7 7,0% 0,46% 88,2 1,66% 28% Fonte: SPE - Projeções (março 2013) Incentivos: prorrogados e novos, focados em consumo > crescente acúmulo de créditos por contribuintes situados no meio da cadeia de produção e comercialização RFB resposta em Out./2012

21 Qual maior renúncia? Renúncia em R$ correntes Zona Franca x SIMPLES? ANO Zona Franca Manaus SIMPLES Fontes primárias: RFB SUFRAMA SEBRAE ANO Trabalhadores Beneficiados Zona Franca de Manaus SIMPLES Nacional Renúncia por Trabalhador Zona Franca de Manaus SIMPLES Nacional

22 Desoneração da folha: sem critério Inclusión de nuevos sectores Colección de Seguridad Social, Salarios y Desempleo Estimativas de renúncia fiscal R$ Bilhões em termos nominais 34,8 Nota: para uma análise e re-estimação do custo de desoneração, ver o estudo (con Gabriel Leal) IBRE em: , ,7 16,0 12,8 14,1 7,2 7,2 4,3 3,0 3,8 3,7 1ª Estimativa 2ª Estimativa 3ª Estimativa 4ª Estimativa (MF - Abr/12) (MF - Set/12) (SPE - Mar/13) (IBRE - Jun/13)

23 Guerra fiscal do ICMS tributário x concorrência o Antes de tudo, a guerra do ICMS é um fenômeno de concorrência ICMS afeta diretamente o preço e em proporção tão grande, que uma empresa tende a precisar de incentivo se concorrente o conseguiu maior e mais danosa forma de interferência estatal na economia plantas/custos iguais com preços/lucros diferentes > decisão mais de lucrar que de investir todos estados presentes na guerra (até justficado como só defensivo) o Nova tentativa de reforma STF pautou agenda : condenou incentivos em diferentes ações e passou a a avaliar súmula vinculante proposta de reforma 2013: reduzir alíquota interestadual (Senado); convalidar sem unanimidade no CONFAZ ; compensações a exportadores incoerências políticas (exceções regionais) e inconsistências técnicas (tendência mais acúmulo de crédito) + cenário macro adverso > outra frustração integração das administrações tributárias avançou para maior aproximação/negociação política entre estados ainda que sem solução 23

24 Guerra fiscal Renúncia do ICMS ICMS confissão x Investimentos: de custo 2012 UF / Região Renúncia de ICMS (LDO) em Relação à Arrecadação em 2012 Arrecadação de ICMS em 2012 (COTEPE) Renúncia de ICMS na LDO de 2012 % da Receita de ICMS em 2012 Investimentos em R$ milhões Renúncia em % investimento realizado Renúncia ICMS: 1,18% do PIB Rio Grande do Norte ,7% ,1% Piauí ,6% ,0% Espírito Santo ,8% ,2% São Paulo ,9% ,3% Maranhão ,3% ,6% Pará ,3% ,1% Rio de Janeiro ,5% ,5% Alagoas ,8% ,1% Pernambuco ,6% ,3% Ceará ,7% ,3% Mato Grosso ,4% ,2% BRASIL ,6% ,9% Bahia ,5% ,5% Paraíba ,0% ,4% Mato Grosso do Sul ,7% ,0% Distrito Federal ,4% ,7% Paraná ,4% ,5% Rio Grande do Sul ,8% ,2% Santa Catarina ,9% ,7% Goiás ,1% ,2% Amazonas ,5% ,9% Notas Explicativas: 1) Os valores de arrecadação e renúncia fiscal são nominais, expressos em R$ milhões. 2) Apontam-se como valores da arrecadação de 2012 aqueles informados pelos Estados à COTEPE, disponíveis no Boletim do ICMS, publicado na página do CONFAZ na internet (segundo consulta efetuada em 24 de junho de 2013, quando ainda constavam dados provisórios para algumas UFs). 3) O valor da renúncia de ICMS estimado para 2012 é o que consta de quadro apresentado no artigo "A sangria da guerra fiscal", publicado na Revista Febrafite em maio de Os valores foram extraídos das respectivas Leis de Diretrizes Orçamentárias, à exceção dos Estados do Paraná e do Ceará, para os quais foram utilizadas estimativas produzidas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). 24

25 Reformar ICMS ou um quinto da carga Embora as propostas de reforma sucessivas, ICMS perdeu participação na renda nacional: nunca tão pequeno (20% do total em 2012) Última proposta de redução de alíquotas interestaduais foram mitigados e tiveram efeitos localizados, mas maior resistência ficou detido na guerra fiscal favorável Perdas localizadas, mas são nacionais e crescente em energia elétrica (-15% a 20%) e combustíveis Coleção cada vez mais dependente das importações e substituição de impostos: imposto se tornou antipatriótico autêntico

26 Uma alternativa? Ou um sonho? 26

27 Senado Federal Tendência: Senado tem sido mais aberto a propostas de mudanças estruturais desde substitutivo a PEC 2003 SubComissão 2007/08: para atender nova competência constitucional CAE, subcomissão temporária presidida Sen.Tasso e relatada Sen.Dornelles > relatório aprovado em Dez/2008 e livro publicado pelo Senado em 2010 = ver em Estratégia : construção de novo sistema em etapas Objetivo central: simplificação profunda do sistema. Proposta: revisão das competências tributárias (unificar impostos e contribuições sobre mesma base) e repartições (alargar base de cálculo de fundos e vinculações) 27

28 Fatia Infraconstitucional Esfera legislativa: Padrão IVA (cobrar IPI, COFINS e PIS como se fossem; aproveitar créditos; regime de crédito financeiro... reformar ICMS/Lei Kandir ) Transparência (explicitar indiretos com preços) SuperSimples (ampliar e corrigir faixas imunes reforma) Esfera administrativa: NF eletrônica (universalizar, a começar pelo interestadual) Cadastro Único (PJ, PF e imóveis) Fiscalização nacional (integrar máquinas e ações) Consolidação das leis (regulamentos unificados via decreto) Conselho Tributário Nacional (coordenar/harmonizar) 28

29 Fatia Constitucional Emenda à Constituição: Consolida toda matéria tributária num único capítulo Inclusive contribuições e outras formas compulsórias Enxuga ao máximo o texto constitucional Disposições transitórias até CTN ou assegura longo prazo Fortalece e unifica lei complementar: só CTN, até transferências Código Tributário Nacional (CTN): Debate simultâneo à PEC da minuta de Código Votação imediatamente seguinte à edição da emenda Novo Sistema Tributário Nacional (NSTN): Vigência junto com edição do novo código tributário 29

30 Um Novo Sistema (ao invés de reforma) Proposta do IVA Nacional Fusão de impostos indiretos federais e ICMS estadual; Ampliação da base mercadorias e todos serviços; Legislação nacional, cadastro federal e cobrança estadual; Cobrança integral na origem e arrecadação compartilhada na rede bancária; Rateio pré-fixado entre níveis e unidades de governo, como IPVA e FUNDEB Taxa de administração (4%) na origem Nota fiscal eletrônica viabiliza câmara de compensação ou medição do consumo final Desoneração plena de exportações, investimentos e produção (uso e consumo) = menor possibilidade para acúmulo de crédito. 30

31 Observações finais 31

32 Conclusões: avançar e retroceder? Avanços Tributação: Arrecadação: desempenho excepcional, inclusive diante da crise global, com carga tributária recorde, inclusive entre emergentes Modernização das administrações fazendárias: NF eletrônica, crescente integração de cadastros e ações Medidas anticíclicas e em prol competitividade com iniciativas crescentes, privilegiando desonerações ao aumento dos investimentos Federalismo Disciplina de governos locais na crise global, inclusive priorizam relativamente mais investimento STF pautou agenda, incluindo dogmas nacionais como rateio do FPE e guerra fiscal do ICMS Disposição do governo federal para apoiar e subsidiar impactos das reformas Retrocessos Tributação: Distorções estruturais do sistema agravadas: complexidade; oneração de exportações, investimentos e mesmo produção; iniquidade pessoal Sem grandes avanços em reformas, nem abrangentes, nem fatiadas Iniciativas federais de medidas e reformas concentradas em impostos repartidos (IPI) ou de competência estadual (ICMS) e com efeitos colaterais crescentes (acúmulo de créditos) Federalismo Recentralização de recursos e do processo decisório Reforma fatiada carece de visão estratégia e melhor coordenação ou articulação Conflitos federativos inexoráveis ao debater isoladamente cada medida Perspectivas de rápida deterioração do ajuste e da dívida local 32

33 Conclusões: arrecadar ou tributar? Brasil levou ao limite e foi bem sucedido no uso do sistema tributário com fins exclusivo de arrecadar e promover o ajuste fiscal: carga tributária crescente e recorde entre emergentes! Inovou mundialmente ao consagrar o princípio da comodidade (CPMF, substituição tributária, base presumida...) Mas repercussões econômicas e sociais do sistema tributário também precisam ser consideradas. Visão predominante em políticas e práticas tributárias: arrecadar por arrecadar, independente de quem paga, sobre o que incidem, quais serão impactos sobre a economia... 33

34 Conclusões: legislar ou gerenciar? A resistência à reforma tributária se encontra basicamente nos comandos dos Executivos: dado o temor de que a reforma pode reduzir a receita disponível e, portanto, o orçamento. Segmentos da sociedade civil se organizam e pressionam pouco Com o presidente da república muito forte, popular e maioria parlamentar será quase impossível uma nova agenda fiscal sem iniciativa, apoio ou de comando. Direto do presidente da República. A perspectiva é preocupante: não há predisposição mínimo do governo nacional em favor da reforma, ainda mais imposto prevalece ideia que administrar é melhor do que legislar!

35 Conclusões: reformar ou reconstruir? As inconsistências e as complexidades impedem as reformas específicas em produzir os efeitos esperados e aumentam os efeitos colaterais não planejado... Sistema atual foi fundada em 1965, economia fechada, pouco diversificada, sem políticas sociais ativas e centralizada federação Não é a reforma suficiente. O ideal é criar uma nova estrutura a partir de uma estratégia de desenvolvimento: com a globalização é inaceitável exportações implicitamente tributados e impostos cumulativos. Não há falta de propostas e soluções técnicas, mas... Parece fraca vontade política para promover mudanças estruturais, mas se for realizada lentamente, mas sempre... Brasil precisa de um novo sistema tributário

36 José Roberto Afonso é economista, especialista em finanças públicas, pesquisador do IBRE/FGV, consultor técnico especial do Senado Federal. Opiniões de exclusiva responsabilidade do palestrante. Kleber Castro e Felipe Azevedo deram suporte às pesquisas. Apresentação incorpora argumentos do seguinte trabalho em: Mais trabalhos no site do autor : 36

37 Anexo Estatístico 37

38 Carga Tributária em 2012: arrecadação direta 38

39 Carga Tributária em 2012: receita disponível 39

40 Carga Tributária em 2012: maiores tributos 40

41 Carga Tributária em 2012: bases de incidência 41

42 Carga Tributária pós-guerra: crescimento médio 42

43 Carga Tributária pós-guerra: anual 43

44 Carga Tributária pós-guerra: composição 44

45 Divisão federativa no longo prazo EVOLUÇÃO DA DIVISÃO FEDERATIVA DA RECEITA TRIBUTÁRIA POR NÍVEL DE GOVERNO (conceito contas nacionais) Conceito Central Estadual Local Total Central Estadual Local Total Carga - % do PIB Composição - % do Total ARRECADAÇÃO DIRETA ,14 5,45 0,82 17,41 64,0 31,3 4,7 100, ,33 7,95 0,70 25,98 66,7 30,6 2,7 100, ,31 5,31 0,90 24,52 74,7 21,6 3,7 100, ,08 5,74 0,61 22,43 71,7 25,6 2,7 100, ,77 8,61 1,77 31,15 66,7 27,6 5,7 100, ,03 9,27 2,08 36,39 68,8 25,5 5,7 100,0 RECEITA DISPONÍVEL ,37 5,94 1,11 17,41 59,5 34,1 6,4 100, ,79 7,59 2,60 25,98 60,8 29,2 10,0 100, ,71 5,70 2,10 24,52 68,2 23,3 8,6 100, ,48 5,97 2,98 22,43 60,1 26,6 13,3 100, ,38 8,19 5,58 31,15 55,8 26,3 17,9 100, ,97 8,86 6,56 36,39 57,6 24,4 18,0 100,0 Fonte: Elaboração própria, a partir de STN, SRF, IBGE, Ministério da Previdência, CEF, Confaz e Balanços Municipais. Metodologia das contas nacionais inclui impostos, taxas e contribuições, inclusive CPMF, FGTS e royalties, bem assim dívida ativa. Receita Dispon'ivel = arrecadação própria mais e/ou menos repartição constitucional de receitas tributárias e outros repasses compulsórios.

46 Desconcentração regional Insumos estratégicos mais contribuem em estados pobres 46

47 ICMS x desconcentração regional Ganho e carga maior em estados menos desenvolvidos 47

48 ICMS x desconcentração regional

49 Anexo - Proposta Senado 49

50 Proposta Senado Converter avaliação crítica em proposta de mudanças. Não deveriam ser focalizadas apenas em um imposto (ICMS x IVA): ampliar os horizontes da análise e, sobretudo, dos objetivos a perseguir. Evitar equívoco comum dos últimos projetos de reformas: iniciar pela apresentação e exame de texto legal, começando pelo que deveria ser o fim. Antes, melhor avaliar e construir consenso no desenho, sobretudo nos aspectos federativos. Para dimensionar quanto arrecadar, equacionar questões essenciais: Quanto os governos precisam gastar, especialmente com os programas sociais básicos? Como distribuir equilibradamente recursos dentro da Federação, especialmente atentando para os Estados e as Prefeituras? 50

51 Estratégia Construção: primeiro, consenso em princípios; depois, simulações; por último, detalhar texto Objetivo básico: simplificação (profunda) do sistema Diferenciações: dependem... Qualidade: texto constitucional > carga indireta Quantidade: legislação infraconstitucional > define base, alíquotas, renúncias > define carga (arrecadadora) Processo: não será em único ato; sugerido um processo, gradual e progressivo; fatias: aperfeiçoamentos em leis & gestão; revisão constitucional; novo código tributário; vigência do sistema com o do código 51

52 Aspectos Gerais Definição de tributos (explicita contribuições) Anterioridade consolidada (antes da proposta orçamento) Regime simplificado para micro/pequenas empresas Regimes de base presumida mantidos (inclusive serviços profissionais - IR x IVA) Regime especial para agricultura e isenção para cesta básica Taxas com receita limitado ao gasto Transparência tributária Extinção dos empréstimos compulsórios para investimentos; imposto sobre grandes fortunas e enfiteuse 52

53 Normas Gerais Conceito de tributo: Impostos e taxas: 3 esferas Converter todas contribuições em impostos/taxas Arrecadação global baliza repartição intergovernamental Contribuição social única Folha salarial e vinculada aos regimes de previdência Avaliar: uma especial para pessoas jurídicas excluídas do IVA Código Tributário Nacional Absorve disposições constitucionais secundárias Define e regula cada tributo e cada repartição de receita Iniciativa qualificada Presidente e parte Governadores 53

54 IVA Nacional - I Incorporação da receita do ICMS, IPI, CIDE, COFINS, PIS, salário-educação, FUST, FUNTTEL, dentre outras Competência legislativa exclusiva da União Fiscalização pelos Estados e pelo Distrito Federal Arrecadação nacional, com divisão federativa automática a partir da rede bancária Desoneração das exportações e dos investimentos produtivos, assegurada a recuperação de eventuais créditos acumulados Adoção de cadastro único de contribuintes e da emissão eletrônica de notas fiscais para qualquer saída ou prestação Alíquotas seletivas, fixação por lei complementar e enquadramento pelo Senado, a partir de proposta do Executivo Cobrança integral na origem Receita partilhada entre União e os Estados e o Distrito Federal, sem transitar pelos cofres do Tesouro estadual responsável pela cobrança Porcentagem da quota federal e da estadual calculadas a partir da receita atual que for incorporada a do IVA Nacional 54

55 IVA Nacional - II No caso dos Estados, pertence ao de origem uma pequena parte do arrecadado em qualquer caso. A maior parte dos recursos alocada entre todos Estados segundo índice de participação relativa no consumo final Mantida quota municipal de 25% na receita estadual decorrente do rateio do IVA Nacional Alocação da quota estadual nos primeiros três anos conforme a atual participação de cada Estado na arrecadação do ICMS Fundo de compensação com receita federal para suprir eventuais perdas de um governo estadual na mudança da distribuição da quota-parte estadual Vedação para concessão de incentivos sem caráter nacional; facultado desenvolvimento regional com fundos próprios Diferenciação de alíquota na Zona Franca de Manaus igual atual IPI Competência da justiça estadual Para evitar aumento de carga tributária ao nacionalizar alíquotas atuais do ICMS, faculdade para um Estado criar adicional sobre o consumo final de até quatro bens, a ser exigido no destino 55

56 Impostos Diretos Imposto de Renda Incorporação da CSLL ao IRPJ Manutenção do SuperSimples e do regime de lucro presumido para todos os prestadores de serviços Declaração anual simplificada Aprovação periódica da tabela do IRPF pelo Congresso Agilização dos procedimentos de restituição do IRPF Não tributação dos ganhos de capital fictícios com imóveis Impostos Patrimoniais: Imposto municipal único sobre propriedade imobiliária, com a fusão do IPTU e do ITR Imposto municipal único sobre transmissão inter vivos e causa mortis, com a fusão do ITBI e do ITCMD (mantidas bases de cálculo e alíquota máxima deste último) 56

57 Repartição de Receitas Mantidos os fundos de participação, com base de cálculo ampliada para a base compreender o total da receita da União de impostos e contribuições (exceto contribuições previdenciárias) e com porcentagem alterada para manter mesma destinação no sistema atual. Fundos de financiamento para desenvolvimento regional mantidos e ampliados, com base igualmente ampliada para cobrir o total da receita de impostos e contribuições. Fundo de compensação criado para a União cobrir eventuais perdas dos Estados ou do Distrito Federal com a mudança do sistema tributário. 57

58 Redução de Tributos Imposto Amplo sobre Renda (IR): Federal: fusão IR, CSLL, PIN/PROTERRA, loterias Imposto mínimo via transação financeira ou ativo Estadual: adicional IRPF: só fixa alíquota e não legisla Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) Federativo: fusão IPI, COFINS, PIS, CIDE, FUST, FISTEL + + ICMS + ISS +? Sal.Educação/SistemaS +? CPMF Impostos sobre Propriedade Municipal: fusão ITR+IPTU e ITCMD+ITBI 58

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