Aspectos da vigilância epidemiológica da raiva no município de Jacarezinho... Resumo. Abstract. Recebido para publicação 23/08/05 Aprovado em 12/02/06
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- Thiago Taveira Aranha
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1 Aspectos d vigilânci epidemiológic d riv no município de Jcrezinho... Aspectos d vigilânci epidemiológic d riv no município de Jcrezinho, Prná, Brsil, 23 Aspects of the rbies epidemic surveillnce in the municipl District of Jcrezinho, Prná, Brzil, 23 Rit Luiz Pizentin Rolim 1 ; Fbin Mri Ruiz Lopes 2 ; Itlmr Teodorico Nvrro 3* Resumo A riv é um zoonose de etiologi virl que present qutro ciclos de trnsmissão: urbno, rurl, silvestre terrestre e silvestre éreo. Independente do ciclo, não existe trtmento específico pr doenç, e profilxi pré ou pós-exposição o vírus rábico, deve ser rigorosmente executd. O objetivo deste trblho foi descrever e nlisr spectos do tendimento prestdo pelo serviço de súde às pessos gredids por cães e gtos no município de Jcrezinho Prná, em 23. O tendimento o pciente é centrlizdo e prestdo pel Vigilânci Epidemiológic Municipl e observção dos nimis gressores é relizd pel Vigilânci Snitári Municipl. As vriáveis estudds form obtids dos registros d Fich Clínic de Animis Agressores. Assim, indivíduos mis freqüentemente expostos form crinçs de té qutorze nos, do sexo msculino, por mordedur nos membros inferiores. No sexo feminino há grnde incidênci de gressões n fix etári cim de cinqüent nos, com loclizção d mordedur ns mãos. As gressões ocorrerm com mior freqüênci for do domicílio e os cães form os principis responsáveis. As gressões cometids por gtos ocorrerm n miori ds vezes dentro do domicílio d vítim. Julho foi o mês de mior concentrção de gressões e mior incidênci foi n fix etári de dez qutorze nos. Os resultdos concluem qunto à importânci d implntção permnente de progrms eductivos que promovm posse responsável e conhecimento dos cuiddos que o homem deve dedicr os nimis de compnhi principlmente com relção à vcinção nti-rábic nul destes nimis. Plvrs- Chve: Riv, vigilânci epidemiológic, prevenção, controle Abstrct The rbies is virl etiology disese in nimls nd presents four trnsmission cycles: urbn, rurl, terrestril sylvn nd eril sylvn. No mtter the cycle, there is no specific tretment for the disese. The fer to dmge is high nd the prophylxis pre or pos-exposition to the rbic virus must be rigorously done. The min im of this present study ws to describe nd nlyze some spects of ttention pid by service from the city of Jcrezinho Prná, in the 23. The ttention to ptients is centrlized nd pid by Municipl Epidemiologicl Surveillnce nd the observtion to ggressive nimls is done by Municipl Snitrin Surveillnce. The vribles studied were got from files of Archives of Aggressive 1 Médic Veterinári Pós grdund do Curso de Súde Públic e Ação Comunitári pelo INBRAPE Londrin e FAFIJA Jcrezinho-PR. 2 Biólog, Pós grdund em Ciênci Animl (Snidde Animl) Deprtmento de Medicin Veterinári Preventiv CCA/ Universidde Estdul de Londrin. 3 Médico Veterinário, Professor Assocido, Deprtmento de Medicin Veterinári Preventiv CCA/Universidde Estdul de Londrin, Londrin PR. E-mil: itlmr@uel.br. * Autor pr correspondênci. Recebido pr publicção 23/8/ Aprovdo em 12/2/6 Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun
2 272 Rolim, R. L. P.; Lopes, F. M. R., Nvrro, I. T. Animls Attendnce. Thus, people more frequently exposed were mde kid until 14 yers old, mle, by biting on inferior limbs of the body. On femles ggressions often hppen on women over yers, with bites on the hnds. The ggressions hppened more frequently out of homes nd the dogs were held responsible for them. The ggressions done by cts hppened mostly inside the victim s home. July ws the month of gretest concentrtion of ggressions nd most of them the ge group from to 14 yers. The results conclude how importnt is permnent implnttion of teching progrms tht cuse the responsible ownership nd knowledge of the cres tht men must tke with pets nd wreness of community to need of yerly vccine ginst rbies on these nimls. Key words: Rbies, epidemiologic surveillnce, prevention, control Introdução A riv é um zoonose de etiologi virl, cujo vírus pertence à fmíli Rhbdoviride e gênero Lyssvirus. É trnsmitid o homem por mmíferos trvés d inoculção do vírus rábico existente n sliv do niml infectdo, principlmente pel mordedur, podendo, tmbém, ocorrer por rrnhdur e lmbedur (BRASIL, 24). A doenç está presente em todos os continentes e tem um comportmento endêmico n miori dos píses d Áfric e d Ási. Apresent qutro ciclos de trnsmissão: o ciclo urbno, o ciclo rurl, o ciclo silvestre terrestre e o ciclo silvestre éreo (BRASIL, 24b). Independente do ciclo, não existe trtmento específico pr doenç, portnto, profilxi pré ou pós-exposição o vírus rábico, deve ser rigorosmente executd (COSTA et l., 2). Segundo Cost et l. (2) riv é um doenç pssível de eliminção, qundo no ciclo urbno, pois present um lt preventbilidde permitindo medids eficientes de intervenção tnto junto o ser humno qunto à fonte de infecção niml. Poucos píses conseguirm livrr-se d doenç e outros mntêm seu ciclo urbno sob controle, ocorrendo csos esporádicos de trnsmissão por nimis selvgens. O Progrm Ncionl de Profilxi d Riv (PNPR) foi crido no Brsil em 1973 com o objetivo de promover tividdes sistemátics de combte à riv humn medinte seu controle nos nimis domésticos. Além disso, o progrm vis o trtmento específico ds pessos gredids ou que, se supõe, tenhm tido contto com nimis rivosos, já que o trtmento ind é únic condut cpz de prevenir mnifestção d doenç (SCHNEIDER et l., 1996). No PNPR, Schneider et l. (1996) destcrm, ind, o conhecimento d populção expost o risco, levndo-se em cont lgums vriáveis como: fix etári, sexo, locl de ocorrênci, residênci do gredido e do niml gressor, espécie gressor e su situção vcinl. Estes itens são fundmentis pr que se relize um trblho dirigido, especilmente de educção snitári, relciond com os cuiddo os nimis e os riscos d exposição às gressões. O último cso de riv cnin ocorrid em Jcrezinho conteceu em 1991 e, té o no de 22 form relizds cmpnhs de vcinção nti-rábic cnin e felin. Pelo fto do município ter riv cnin controld e estr loclizdo em região de fronteir de Estdo, são ftores determinntes pr o perfeiçomento do progrm de vigilânci d pesso gredid e do niml gressor, dentro d relidde do município. O presente estudo teve por objetivo nlisr os registros ds observções relizds em nimis gressores, no município de Jcrezinho, PR, e oferecer subsídios pr o primormento ds tividdes de profilxi d riv, bem como seu controle e errdicção. Mteril e Métodos Loclizção do Município Segundo ddos do IBGE (2), o município possui cerc de 39.8 hbitntes e está loclizdo n região Norte do Prná, 13 km de Londrin e 392 km de Curitib, ltitude 23 o 9 24 sul, longitude oeste GR e ltitude de 43 m. Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun. 26
3 Aspectos d vigilânci epidemiológic d riv no município de Jcrezinho... Populção estudd A Secretri de Estdo d Súde do Prná, Divisão de Zoonoses e Intoxicções, define pr o cálculo ds populções, s seguintes proporções: populção cnin, 1% do número de hbitntes do município; populção felin, 2% d populção cnin. No no de 22, s populções estimds de cães e gtos erm de.937 e 1.187, respectivmente, em Jcrezinho, de cordo com os ddos presentdos pel Secretri de Administrção do Município (SAM)/19ª Regionl de Súde (comunicção pessol). Atendimento ds pessos gredids O tendimento ds pessos gredids por nimis foi relizdo de mneir centrlizd, pelo Serviço de Vigilânci Epidemiológic loclizdo no Centro de Súde de Jcrezinho, no Posto de Súde Centrl. Individul de Atendimento Anti-Rábico Humno, que contém ddos sobre o pciente e sobre exposição; b) Fich de Identificção do Pciente (FIP), que é destcd e entregue o usuário pr seqüênci do esquem vcinl; c) Fich Clínic de Animis Agressores (FCAA) que é encminhd à Vigilânci Snitári pr observção do niml. O preenchimento ds fichs foi efetudo por técnicos d Vigilânci Epidemiológic Municipl. As informções referentes às pessos gredids form: fix etári e sexo do gredido, locl de residênci do ferido, dt d ocorrênci d gressão e loclizção do ferimento. E qunto o niml gressor os itens nlisdos form: espécie do niml, residênci ou locl, situção clínic e vcinl e se gressão ocorreu no domicílio, obtids d Fich de Observção de Animis Agressores. Os resultdos form nlisdos por meio do Progrm Epi Info 6,4 (CDC-Atlnt-USA). Observção dos nimis gressores Os nimis gressores form submetidos à observção clínic por um técnico d Vigilânci Snitári Municipl, por dez dis, contr do di d gressão. A observção clínic do niml gressor nortei condut frente o trtmento profilático d riv humn: necessidde ou não d vcin, número de doses e interrupção ou não do trtmento. Avlição ds fichs epidemiológics Form levntds 249 fichs de pcientes que procurrm tendimento, pós-gressão, que receberm ou não trtmento nti-rábico pósexposição, durnte o no de 23. A fich utilizd pel Vigilânci Epidemiológic é compost de três prtes (picotds e destcáveis), sendo els: ) Fich Resultdos D nálise ds 249 fichs epidemiológics, obtiverm-se os resultdos descritos seguir: os indivíduos mis freqüentemente expostos às gressões de estão n fix etári entre um qutorze nos (48%), com elevdo índice entre cinco e nove nos (Figur 1). Qunto o sexo dos tendidos, 4%, são do sexo msculino e 46% do sexo feminino (Figur 2). Considerndo idde e o sexo, populção de fix etári entre um e qutorze nos observou-se que os meninos prevlecerm como os mis expostos às gressões, especilmente n fix etári de cinco nove nos. Anlisndo os resultdos d populção com idde mior ou igul cinqüent nos, observmos que s mulheres são mis suscetíveis à gressão do que os homens (Figur 3). Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun
4 Rolim, R. L. P.; Lopes, F. M. R., Nvrro, I. T. N de pcientes gredidos ou + Idde (nos) Figur 1. Incidênci ds gressões em pcientes tendidos pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, segundo fix etári, Jcrezinho-PR, 23. 4% 46% Feminino Msculino Figur 2. Pcientes gredidos por nimis tendidos pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, segundo o sexo, Jcrezinho-PR, 23. N de pcientes gredidos Feminino Msculino > que Fix etári (nos) Figur 3. Pcientes gredidos por nimis tendidos pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, ssocindo o sexo e fix etári, Jcrezinho-PR, Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun. 26
5 Aspectos d vigilânci epidemiológic d riv no município de Jcrezinho... A mior freqüênci ds gressões nimis ocorreu for do domicílio do pciente, contecendo em 71% dos csos (Figur 4). As fixs etáris mis exposts às gressões for do domicílio são os dultos (de vinte qurent e nove nos) e ds crinçs (de cinco nove nos). Considerndo s gressões dentro do domicílio os dultos form os mis cometidos (Figur ). 29% 71% For do domicílio Dentro do domicílio Figur 4. Freqüênci ds gressões em relção o domicílio dos pcientes tendidos pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, Jcrezinho-PR, 23. nº de pcientes gredidos > que Fix Etári (nos) For do domicílio Dentro do domicílio Figur. Número de gressões em relção o domicílio do pciente e fix etári, Jcrezinho-PR, 23. Os nimis responsáveis pels gressões, em ordem decrescente de incidênci, form: cães (91,2%), gtos (8,4%) e outros (,4%), sendo que neste último houve um relto de um cvlo que grediu o proprietário. Os cães form responsáveis pel miori ds gressões for do domicílio (69%), nº de pcientes gredidos 6 4 enqunto o mior número ds gressões cusds por gtos ocorreu dentro do domicílio. Em tods s fixs etáris dos pcientes que sofrerm lgum tipo de gressão, prevleceu o cão como o niml responsável pelo mior número ds gressões (Figur 6) Cão > que Fix etári (nos) Gto Outros Figur 6. Número de gressões por espécie de niml e fix etári dos pcientes tendidos pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, Jcrezinho-PR, 23. Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun
6 Rolim, R. L. P.; Lopes, F. M. R., Nvrro, I. T. Em relção à condição de imunizção nti-rábic, consttou-se que de um totl de 227 cães gressores 6,4% estvm vcindos e, de um totl de 21 gtos 14,3% erm vcindos. Além disso, 31,2% ds pessos gredids por cães e 7,1% ds pessos gredids por gtos não informrm se os nimis form vcindos ou não. Qunto o estdo clínico dos nimis gressores 96,8% encontrvm-se sdios no momento d gressão, mntendo-se ssim té o finl d observção clínic. A proporção de nimis que morrerm e/ou desprecerm durnte observção N de pcientes gredidos Cbeç/ Pescoço Mãos/Pés Membros inferiores foi de 2%, no entnto, não form observdos 1,2% dos nimis gressores. Dos 249 pcientes que procurrm Vigilânci Epidemiológic do Município de Jcrezinho, (42,2%) sofrerm mordedur nos membros inferiores, 71 (28,%) ns mãos e pés, 38 (1,3%) nos membros superiores, 16 (6,4%) no tronco, 1 (6%) n cbeç/ pescoço e qutro (1,6%) n mucos. Qundo relcionou-se loclizção do ferimento com espécie niml cusdor d gressão, incidênci é mior ns mãos e pés qundo o gto é o niml gressor (47,6%) e nos membros inferiores qundo o cusdor é o cão (44,1%) (Figur 7). Membros superiores Mucos Tronco Cão Gto Outros Figur 7. Incidênci de mordedurs em pcientes tendidos pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, de cordo com loclizção do ferimento e o niml gressor, Jcrezinho-PR, 23. Em relção à fix etári observou-se que 26,8% ds mordedurs loclizds n cbeç/pescoço contecerm em crinçs té nove nos, com grnde incidênci n fix de um qutro nos, como ocorre tmbém n mordedur de mucos. A fix etári que mis sofreu gressões os membros inferiores foi de quinze dezenove nos (%). As gressões loclizds ns mãos e pés precem em percentgens miores n fix etári que compreende s iddes superiores cinqüent nos. A distribuição mensl dos csos de gressão presentou mior concentrção no mês de julho (14,%), seguido dos meses de junho (11,6%), jneiro (,4%), mio (9,6%), Nos outros meses proporção de procur à Vigilânci Epidemiológic por gressão situou-se entre 4,4% e 7,6% (Figur 8). N de pcientes gredidos JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT N OV DEZ Figur 8. Distribuição mensl ds gressões tendids pel Vigilânci Epidemiológic Municipl, Jcrezinho-PR, Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun. 26
7 Aspectos d vigilânci epidemiológic d riv no município de Jcrezinho... A mior incidênci de gressões, segundo fix etári, ocorreu no mês de julho, em crinçs de dez qutorze nos (3,1%). Nos outros meses houve um equilíbrio dentro de tods s fixs etáris, com destque nos meses de bril e outubro com umento de pcientes de quinze dezenove nos, com 2% ds gressões ocorrids. Pr comprção de loclizções do domicílio de pcientes que procurm o serviço em relção o niml gressor, estbeleceu-se o critério de dividir cidde em oito regiões, lém d zon rurl. Como cidde de Jcrezinho possui 9 birros sendo poucos conhecidos, foi considerdo como referênci o nome do mior birro. Portnto cidde ficou dividid ns seguintes regiões: Aeroporto, Centro, Jrdim Alves, Jrdim São Luiz, Nov Jcrezinho, Prque Bel Vist, Vil São Pedro e Vil Setti. O mior número de pessos que procurrm o serviço foi proveniente ds regiões d Vil São Pedro (24,1%), Centro (18,9%), Aeroporto (14,%) e Vil Setti (14,%). Qunto o domicílio dos nimis gressores, 2,3% são d região d Vil São Pedro, 18,1% do Centro, 14,9% d Vil Setti e 14,% do Aeroporto. Observou-se ind que miori ds pessos são gredids em su própri região, sendo que os mordores do centro de Jcrezinho form os que mis sofrerm gressões em outrs regiões d cidde. Discussão As vriáveis trblhds neste estudo form retirds d Fich Clínic de Animis Agressores. O item situção vcinl do niml em 31,2% dos cães e 7,1% dos gtos não foi preenchido. Os demis itens form preenchidos contento. As fixs etáris mis exposts form s inferiores quinze nos e em indivíduos do sexo msculino, principlmente n fix etári de cinco nove nos. Explic-se este fto pel mior possibilidde de contto com nimis, visto que os meninos permnecem mior prte do tempo n ru, principlmente nos períodos de féris, sendo ind comum s brincdeirs e titudes que podem despertr reção de gressividde nos nimis. Outros utores encontrm resultdos semelhntes o sexo e idde, como Crvlho, Sores e Frnceschi (22), Del Cimpo et l. (2) e Grci et l. (1999). Qunto o sexo feminino, mior incidênci de gressões ocorreu em pessos com idde superior 2 nos. Situção semelhnte foi observd por Crvlho, Sores e Frnceschi (22). Est incidênci é mior que no sexo msculino n mesm fix etári, demonstrndo que mulher se expõe mis cidentes, devido às tividdes desenvolvids pels mesms dentro de seus lres. Qunto o domicílio, o mior número de gressões ocorreu for do domicilio do pciente, e incidênci foi mior ns fixs etáris de cinco nove nos e vinte qurent e nove nos. Nos cidentes que contecerm dentro do domicilio do pciente, observou-se que indivíduos cim de quinze nos são os mis expostos e que s mulheres cim de cinqüent nos sofrerm mis este tipo de cidente. A prticipção do cão como niml gressor foi predominnte (91,2%), corroborndo com os resultdos de Crvlho, Sores e Frnceschi (22) (86,8%), Del Cimpo et l. (2) (87,4%), Grci et l. (1999) (2,3%) e Schneider et l. (1996) (83,2%). Os cães form os responsáveis pelos miores números de gressões, tnto for como dentro do domicílio do pciente. Anlisndo s gressões cometids por gtos observmos que miori dels (8,9%) ocorreu dentro do domicílio e principlmente em mulheres, e n fix etári que corresponde à idde superior cinqüent nos. Isto pode ser indicção de um bix procur o serviço de pessos gredids por gtos. Neste cso, o cidente ocorreu em cs com o niml de estimção, e s pessos não vêem neles lgum tipo de risco ou possibilidde de infecção pelo vírus rábico. O índice de cães e gtos vcindos (6,4% e 14,3%, respectivmente), é considerdo bixo pr um cidde onde cmpnh de vcinção nti- Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun
8 278 rábic foi relizd té o no de 22, cuj cobertur vcinl neste no (23) ficou cim d met, lcnçndo o índice de,4% (sendo 4,7% cães e 8,76% gtos) (SAM/19ªRS), e que muitos nimis gressores podem ter sido vcindos e deverim estr dentro d vlidde d vcin. Situção semelhnte o bixo índice de nimis gressores vcindos foi encontrdo nos estudos de Grci et l. (1999) com 42,1% de cães e 13,4% de gtos com imunizção nti-rábic prévi e de Crvlho, Sores e Frnceschi (22) com 34,2% de nimis vcindos. Dos pcientes que procurrm o serviço, 31,2% gredidos por cão e 7,1% por gtos, não informrm se os nimis estvm vcindos ou não. A informção sobre o estdo vcinl do niml é fornecid no momento do preenchimento d fich e muits vezes s pessos desconhecem este ddo, situção tmbém encontrd no estudo de Crvlho, Sores e Frnceschi (22), com índice de 24,2% do totl dos nimis gressores com situção vcinl ignord. O estdo clínico dos nimis gressores durnte e té o finl d observção mnteve-se norml (sdio) em 96,8% dos csos, sendo que form observdos no 1º, º e º di d gressão. Deixrm de ser observdos 1,2% dos nimis por flt de informção do endereço do gressor e 2% referem-se os nimis que morrerm ou desprecerm durnte observção. Os locis do corpo mis tingidos form os membros inferiores (42,2%) e mãos/pés (28,%), sendo resultdo semelhnte os observdos por Crvlho, Sores e Frnceschi (22) e Del Cimpo et l. (2), divergindo do estudo de Grci et l. (1999), que teve em seus estudos os membros superiores e cbeç como os locis de mior índice de mordedurs. Observou-se que o cão foi responsável por 44,1% ds gressões nos membros inferiores, que teve mior incidênci n fix etári de quinze dezenove nos, tribuindo-se esse resultdo em função ds áres de lzer: rus, prçs e outros lugres públicos. Os gtos, por outro ldo, responderm por 47,6% ds gressões ns mãos/ Rolim, R. L. P.; Lopes, F. M. R., Nvrro, I. T. pés, ocorrids principlmente n fix etári que inclui s iddes cim de cinqüent nos, um vez que miori dos csos ocorreu dentro do domicílio e pode ser explicdo pel fcilidde de mnipulção destes nimis, muits vezes de estimção, por pessos mis idoss. N distribuição mensl ds gressões ocorrids em Jcrezinho no no de 23, observou-se um umento de procur o serviço prtir do mês de mio, hvendo um concentrção mior no mês de julho com 14,% do totl de pcientes. Crvlho, Sores e Frnceschi (22) obtiverm resultdos semelhntes, sendo que s crinçs d fix etári de dez qutorze nos form s mis gredids. Justific-se pelo fto do mês de julho ser de féris escolres e s crinçs ficrem exposts cidentes com nimis ns rus e té mesmo dentro de cs. A mior freqüênci ds gressões ocorreu n região d Vil São Pedro, locl que present mior densidde demográfic humn, por ter vários núcleos populcionis. Isso er esperdo, pois, o umento d populção humn é determinnte pr o umento d populção niml (cnin e felin). Estes resultdos form semelhntes os obtidos por Grci et l. (1999), que tmbém observrm mior ocorrênci ds gressões em regiões mis populoss. As pessos, n miori ds vezes, são gredids dentro d su região de domicílio indicndo que o niml gressor é conhecido d vítim, devendo-se isso um elevd incidênci de nimis observdos. Conclusão Os resultdos observdos permitem s seguintes conclusões: As crinçs e idosos estão mis expostos às gressões; O cão é o grnde responsável pels gressões, no entnto o gto foi responsável pel miori ds gressões em idosos, sendo mão o locl do corpo mis gredido nest fix etári; Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun. 26
9 Aspectos d vigilânci epidemiológic d riv no município de Jcrezinho... As gressões cusds por cães ocorrerm em su grnde miori for do domicílio do pcientes, sugerindo que são semi-domicilidos; A miori ds gressões tribuíds os gtos ocorrerm no domicílio e o próprio dono foi vítim; A Fich de Observção de Animis Agressores necessit de revisão, visndo o preenchimento d mesm com mis riquez de informções. Recomendções É importnte que dentro do Progrm de Profilxi d Riv mntenh-se constnte vigilânci que inclui vcinção nti-rábic niml, colets de tecido nervoso dos nimis suspeitos pr nálise lbortoril, observção clínic de todos os nimis gressores e principlmente, implntção permnente de progrms eductivos que promovm posse responsável e conhecimento dos cuiddos que o homem deve dedicr os seus nimis de compnhi. Tmbém é importnte conscientizção d comunidde pr necessidde de vcinção ntirábic nul destes nimis e procur do serviço de súde no momento d gressão, mesmo que o niml sej conhecido e vcindo. Referêncis BRASIL. Ministério d Súde. Secretri de Vigilânci em Súde. Boletim eletrônico Epidemiológico: SVS Surto de riv humn trnsmitid por morcegos no município de Portel Prá, mrço/bril de 24, v.4, n.6, 24. Disponível em: < rquivos/pdf/boletim_eletronico_6_no4.pdf>. Acesso em: 1 set. 24. BRASIL. Ministério d Súde. Secretri de Vigilânci em Súde. Deprtmento de Vigilânci Epidemiológic. Doençs infeccioss e prsitáris: gui de bolso. Brsíli, 24b. CARVALHO, W. O.; SOARES, D. F. P. P.; FRANCESCHI, V. C. S. Crcterístics do tendimento prestdo pelo Serviço de Profilxi d Riv Humn n Rede Municipl de Súde de Mringá Prná, no no de Informe Epidemiológico do SUS, Brsíli, v.11, n.1, jn. mr, 22. Disponível em: < svs/pub/ Iesus/ies111.htm#3>. Acesso em: 1 set. 24. COSTA, W. A.; ÁVILA, C. A.; VALENTINE, E. J. G.; REICHMANN, M. L. A. B.; CUNHA, R. S.; GUIDOLIN, R.; PANACHÃO, M. R. I.; OMOTO, T. M.; BOLZAN, V. L. Mnul técnico do Instituto Psteur Profilxi d riv humn. 2 ed. São Pulo: Instituto Psteur, 2. DEL CIAMPO, L. A.; RICCO, R. G.; ALMEIDA, C. A. N.; BONILHA, L. R. C. M.; SANTOS, T. C. C. Acidentes de mordedurs de cães n infânci. Revist de Súde Públic, São Pulo, v.34, n.4, p , 2. GARCIA, R. C. M.; VASCONCELLOS, S.; SAKAMOTO, S. M.; LOPEZ, A. C. Análise de trtmento nti-rábico humno pós-exposição n região d Grnde São Pulo, Brsil. Revist de Súde Públic, São Pulo, v.33, n.3, p.29 3, IBGE: Instituto Brsileiro de Geogrfi e Esttístic. Município de Jcrezinho. Disponível em: < >. Acesso em: 1 set. 24. SCHNEIDER, M. C.; ALMEIDA, G. A.; SOUZA, L. M.; MORARES, N. B.; DIAZ, R. C. Controle d riv no Brsil de Revist de Súde Públic, São Pulo, v.3, n.2, p Semin: Ciêncis Agráris, Londrin, v. 27, n. 2, p , br./jun
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