DESIGN & USABILIDADE

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1 AUT DESIGN & USABILIDADE Psicologia Comportamentos do Usuário 1

2 DEFINIÇÃO DE USABILIDADE Expressão atribuída para produtos amigos dos usuários. Enquanto a ergonomia examina a utilidade no sentido físico, checar a usabilidade está relacionada com os processos lógicos e intuitivos de manuseio. Heufler,

3 Produto 1. Usabilidade Interface e Usuário Identidade Visual 2. Desempenho Qualidade [Adequação ao Uso] Atendimento às necessidades do Usuário Expectativas e níveis de satisfação. 3

4 O conceito de desempenho está subdividido em diversos critérios dentre eles o de : USABILIDADE Desenvolvimento de produto e sua identidade visual, com qualidade significada estar centrada no usuário consumidor e para tanto deve atender a critérios de desempenho. 4

5 O critério de desempenho USABILIDADE tem em si, inserido, no mínimo os seguintes sub-critérios: Ambiência (entender o contexto arquitetônico e (ou) urbano no qual está inserido). Funcionalidade, operacionalidade, flexibilidade. Ergonomia (no mínimo quesitos da antropometria). Acessibilidade a pessoas com deficiência (Por ex.: mobilidade reduzida, deficiência visual, auditiva, idosos, etc). Conforto Ambiental, Conforto Tátil. Segurança: Incêndio, Patrimonial, Contra Acidentes. Estabilidade/Resistência dos materiais à função. Vida útil. Sustentabilidade. Custo X Benefícios Amigabilidade. Simbologia. Estética. 5

6 Se USABILIDADE abrange, independentemente do produto e sua identidade visual, tantos sub-critérios, significa que se trata de um critério interdisciplinar, ou seja, que inclui as dimensões: OBJETIVAS (desempenho físico) SUBJETIVAS (percepção/satisfação do usuário) 6

7 DESIGN MARKETING (Economia, Administração) USUÁRIO (comportamentos) AMBIÊNCIA (ARQ/URB) PSICOLOGIA SÓCIO- AMBIENTAL TECNOLOGIAS (Ex: Engenharias, Física, etc) CIÊNCIAS AMBIENTAIS 7

8 USABILIDADE OBJETIVA Desempenho Físico x SUBJETIVA Usuário DIAGNÓSTICO Recomendações Diretrizes Modificações, Atualizações, Novos Produtos Referenciais Benchmarks Normas de Desempenho Boas Práticas Código de Proteção e Defesa do Consumidor NB 9000 Gestão da Qualidade 8

9 A aplicação do critério de usabilidade em produtos [= ADEQUAÇÃO AO USO = QUALIDADE]depende da aplicação de pesquisas. QUALITATIVAS e(ou) QUANTITATIVAS Conhecer o usuário para o designer significa saber desenvolver e(ou) contratar e(ou) analisar resultados de pesquisas. 9

10 Equipe Multidisciplinar Pesquisa Concepção Criatividade Envolvimento dos Usuários Avaliação Protótipo Medições Físicas ou Empíricas Protótipo modelo físico escala 1:1 de um novo produto. Produto em uso. 10

11 O QUÊ PESQUISAR Exemplo Timer ou Leitor para medidas numéricas Do ponto de vista do usuário: 1. Posicionamento (em pé, parado; em pé, em movimento) 2. Resistência ao Uso (manuseio de botões, giros) 3. Dimensões, peso 4. Leitura visual (de perto, à distância) 5. Leitura sonora (duração, volume, tipo de som) 6. Limpeza da leitura numérica (frequência, grau de dificuldade) 7. Nível de precisão 8. Resistência / Fadiga dos componentes, corrosão, possibilidades de rupturas, deformações, etc. 11

12 O QUÊ PESQUISAR Exemplo Timer Do ponto de vista do observador especialista Por exemplo: Sub-critério Estética Forma, proporções, tamanhos Materiais selecionados (transmitem frio / calor ao serem tocados Propriedades táteis (superfícies lisas, rugosas, textura) Cor (estimulante, de alerta/segurança) Impressão Geral (agradável, não agradável) 12

13 REFERÊNCIAS CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR [Lei 8078, de ]. Saraiva, AARTS, EMILE & MARZANO, STEFANO. The New Everyday. Views on Ambient Intelligence. Rotterdam, Holanda, 010. Publishers, HEUFLER, GERHARD. Design Basics: From Ideas to Products. Zurique, Suíça: Niggli Verlag AG, NBR 9050/2004 (Acessibilidade). NB 9000 (Gestão da Qualidade). PRADO, Adriana R. de Almeida; LOPES, Maria Elisabete; ORNSTEIN, Sheila Walbe (org.). Desenho Universal. Caminhos da Acessibilidade no Brasil. São Paulo, Annablume,

14 PSICOLOGIA = COMPORTAMENTO DO USUÁRIO CONSUMIDOR PRÉ-USO (aulas) USO Quais as melhores formas/informações para se habilitar ao uso de um determinado produto? Treinamento, manual, simples interface amigável. Agradável ou estressante? (exercício) PÓS-USO (seminário / trabalho final) O produto satisfaz o usuário/desempenha as funções pretendidas? Como o produto é utilizado? Quais as conseqüências ambientais? 14

15 COMPORTAMENTOS APRENDIZAGEM E MEMÓRIA Ex.: produtos relacionados ao consumo dependem muito da aprendizagem e do treinamento regular para que as ações corretas sejam tomadas intuitivamente, numa dada situação de risco demandada). TEORIA BEHAVIORISTA DA APRENDIZAGEM ESTÍMULO Usuário Caixa Preta RESPOSTA (errado = punição) (certo = recompensa) TEORIA COGNITIVA DA APRENDIZAGEM (+ estímulos a sua volta) Atenção Comportamento de um modelo Retenção na memória Usuário tem habilidade de desempenhar o modelo Situação em que o comportamento é útil Usuário adquire de fato o comportamento do modelo 15

16 MEMÓRIA CURTO PRAZO LONGO PRAZO DADOS EXTERNOS CODIFICAÇÃO ARMAZENAGEM RETENÇÃO RECUPERAÇÃO Quando necessário 16

17 pesquisa Comportamento do usuário Conhecimento do produto Sub-critérios de usabilidade 17

18 Viagens, educação AUTO REALIZAÇÃO Carros, mobília, lojas Bebidas alcoólicas NECESSIDADES DE PRESTÍGIO, STATUS Vestuário, bebidas, Clubes ASSOCIAÇÃO Seguros, sistemas de alarmes SEGURANÇA Remédios, itens de 1ª. necessidade FISIOLÓGICAS Gás Níveis de satisfação de Maslow 18

19 O COMPORTAMENTO DO USUÁRIO Gênero Faixa etária Nível de satisfação / Mobilidade / Acessibilidade Faixa Sócio-Econômica Aspectos Culturais Aspectos Ambientais Nível do tomador de decisão - Organizacional - Familiar - Individual O Cliente Motivação e Valores 19

20 O COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NO AMBIENTE DOMÉSTICO 1 pessoa jovem, sozinha Casal jovem sem filhos [ou dink] Casal jovem até 2 filhos Casal idoso 1 pessoas idosa, sozinha Etc. 20

21 REFERÊNCIAS SOLOMON, Michael R. O Comportamento do Consumidor. Comprando, possuindo e sendo. Porto Alegre: Bookman, ZEISEL, John. Inquiry by Design. Environment / Behavior / Neuroscience in Architecture, Interiors, Landscape, and Planning. New York: W.W. Norton & Company,

22 AFERINDO COMPORTAMENTOS DOS USUÁRIOS PESQUISA QUALITATIVA PESQUISA QUANTITATIVA PESQUISA QUALI-QUANTITATIVA Todas são pertinentes, desde que utilizadas corretamente do ponto de vista da metodologia científica. 22

23 AFERINDO COMPORTAMENTOS DOS USUÁRIOS 1º. Nível (indicativo) Curto prazo e baixo custo 2º. Nível (diagnóstico) Médio prazo 3º Nível (investigativo) Longo prazo, apenas para grandes organizações Pesquisa exploratória e qualitativa limitada a 1 ou 2 estudos de caso (AUT 2506). Usuário doméstico (familiar, conjunto de amigos) ou ambiente de trabalho sem possibilidade de extrapolação, mas considerada como piloto. Pesquisa qualitativa, aplicada em diversos estudos de caso, com possibilidade de extrapolação. Fazer modelos já com intervenções para aferir comportamentos. Dependente de amostra / tratamento estatístico. Pesquisa quali-quantitativa visando a colocação no mercado de um produto com intervenções; significativamente modificado. Dependente de amostra / tratamento estatístico. 23

24 PESQUISA QUALITATIVA METÓDOS E TÉCNICAS PARA AFERIR COMPORTAMENTOS Entrevistas (com pessoas chaves) Grupos focais Questionários desde que as escalas de valores estejam associadas a atributos: Atributos Valores numéricos A 1 B 2 C 3 Desenhos Observações discursivas (textos) ou esquemas desenhos Depoimentos e discursos para formação do sujeito coletivo Medições pontuais e específicas de produtos Registro visuais (esquemas, fotos, vídeos) Observações de produtos em uso (anotações) Checklists Simulações / Modelos 24

25 METÓDOS E TÉCNICAS PARA AFERIR COMPORTAMENTOS PESQUISA QUANTITATIVA Questionários que impliquem apenas em valores numéricos. Observações de produtos em uso com registros sistêmicos (comportamentos, movimentos, atividades). Medições sistêmicas do produto em uso com instrumentos que geram grande quantidade de valores numéricos. PESQUISA QUALI-QUANTITATIVA Combinação das duas anteriores, via de regra com maior profundidade. 25

26 REFERÊNCIAS ELISEI, Mateus Guedes Martins. Diagnóstico da percepção ambiental através do desenho infantil. Taubaté, SP: Cabral Editora e Livraria Universitária, LEFÉVRE, Fernando; LEFÉVRE, Ana Maria Cavalcanti. O discurso do sujeito coletivo. Um novo enfoque em pesquisa qualitativa (Desdobramentos). Caxias do Sul, RS: Editora da Universidade de Caxias de Sul, PEREIRA, Júlio César Rodrigues. Análise de Dados Qualitativos. Estratégias Metodológicas para as Ciências da Saúde, Humanas e Socias. PINHEIRO, José de Queiroz; GUNTHER, Hartmut (org.). Métodos de Pesquisa nos Estudos Pessoa-Ambiente. São Paulo: Casa do Psicólogo, YIN, Robert K. Estudo de Caso. Planejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman,