Amamentar: um investimento na qualidade de vida futura. Bernardo Lessa Horta
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- Vera Fidalgo Barroso
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1 Amamentar: um investimento na qualidade de vida futura Bernardo Lessa Horta
2 Redução da mortalidade e morbidade por doenças infecciosas Amamentar é um bom investimento no curto prazo Efeitos a curto prazo da amamentação
3 Ao Longo prazo?
4 Barker Exposições desfavoráveis na vida intrauterina programariam os organismos a serem mais suscetíveis às doenças crônicas na vida adulta.
5
6 P = 0.03 P = 0.04 <= 5.5-6,5-7,5-8,5-9,5 >9.5 Jejum Após 2 horas carga de glicose Peso ao nascer e glicemia - Hertfordshire
7 Exposições ocorridas em momentos críticos do desenvolvimento programariam o desenvolvimento de enfermidades ao longo prazo Nutrição Amamentação Origens Desenvolvimentistas da Saúde e da Doença (DOHAD)
8 Estudo dos efeitos a longo prazo sobre a saúde ou risco de doença, de exposições físicas ou sociais durante a gravidez, infância, adolescência e adultícia. Avalia processos biológicos, comportamentais e psicológicos que atuam através do ciclo vital de um indivíduo, ou através de gerações Epidemiologia do ciclo vital
9 Doenças crônicas não transmissíveis Pressão arterial Colesterol Obesidade e sobrepeso Diabetes tipo 2 Capital humano Escolaridade Inteligência Efeitos a longo prazo da amamentação
10
11 Medline (1996 a Março de 2006) Referências dos artigos identificados Scientific Citation Index Identificação dos artigos
12 Essencial a validade interna Estudos randomizados são o padrão ouro Não podemos alocar crianças para serem amamentadas ou não Grande parte dos estudos são observacionais Avaliando a força da evidência
13 Perdas no acompanhamento Coorte de nascimento Recordatório da duração da amamentação Fonte de informação sobre a amamentação Controle para fatores de confusão Controle para possíveis mediadores Avaliação da qualidade dos estudos
14 Efeito combinado Randômico Fixo Viés de publicação Avaliação da heterogeneidade Meta-Regressão Análise dos dados
15 Pressão arterial sistólica
16 Diferenças na quantidade de sódio Diferenças na quantidade de ácidos graxos Obesidade Plausibilidade biológica
17 Pressao sistólica (mmhg) comparação entre indivíduos amamentados e não amamentados
18 Diferença média Diferença média Pressao sistólica (mmhg) comparação entre indivíduos amamentados e não amamentados 1,00 0,00 0,00-1,00-2,00-1,00-2,00-3,00-3,00-4,00 1 a 9 10 a 19 > 19 Grupo etário (anos) -4,00 < a 999 > 1000 Tamanho da amostra
19 Intervenção Pressão sistólica Dieta -2,1 (-2,8; -1,4) Atividade física -3,8 (-5,0; -2,7) Múltiplos fatores de risco -4,2 (-4,6; -3,8) Restrição moderada na ingestão de sal -2,03 (-2,56; -1,50) Amamentação -1,21 (-1,72; 0,70) Comparando o efeito da amamentação
20 Colesterol total
21 Leite materno apresenta níveis mais elevados de colesterol Ingestão de colesterol na infância pode programar a síntese de colesterol reduzindo. Plausibilidade biológica
22 Colesterol total (mmol/l) comparação entre indivíduos amamentados e não amamentados
23 Diferença média Diferença média 0,50 0,50 0,30 0,30 0,10 0,10-0,10-0,30-0,50 1 a 9 10 a 19 > 19-0,10-0,30-0,50 < 300 >= 300 Grupo etário (anos) Tamanho da amostra Colesterol total (mmol/l) comparação entre indivíduos amamentados e não amamentados
24 Colesterol total (mmol/l) em adultos
25 Intervenção Colesterol total (mmol/l) Dieta -0,13 (-0,23; -0,03) Múltiplos fatores de risco -0,14 (-0,16; -0,12) Amamentação -0,18 (-0,30; -0,06) Comparando o efeito da amamentação
26 Sobrepeso e Obesidade
27 Diferenças na ingestão de proteínas e metabolismo Ingestão de fórmula resultaria em uma maior secreção de insulina, levando a deposição de gorduras e maior número de adipócitos Leite materno aumenta a adaptação a novos alimentos tais como frutas e vegetais Plausibilidade biológica
28 Razão de odds para sobrepeso/obesidade comparando indivíduos amamentados com não amamentados
29 Razão de odds Razão de odds 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 1 a 9 10 a 19 > 19 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 < a 1499 >= 1500 Grupo etário (anos) Tamanho da amostra Razão de odds para sobrepeso/obesidade comparando indivíduos amamentados com não amamentados
30 Harder et al American Journal of Epidemiology
31 Intervenção Razão de odds sobrepeso/obesidade Dieta Atividade física 5 / 6 estudos não encontraram efeito sobre obesidade na infância Amamentação 0,78 (0,72; 0,84) Comparando o efeito da amamentação
32 Diabetes tipo 2
33 Ingestão de ácidos graxos está inversamente correlacionada com a glicemia de jejum Protegendo contra o desenvolvimento da resistência a insulina Crianças alimentadas com fórmula teriam maiores níveis de insulina pós prandial Levando ao desenvolvimento da resistência a insulina Plausibilidade biológica
34 Razão de odds para diabete tipo 2, comparando indivíduos amamentados com os não amamentados
35 Intervenção Dieta Atividade física Razão de odds diabetes tipo 2 Dieta / atividade física redução de 31 a 46% no risco, em pessoas com intolerância à glicose Amamentação 0,63 (0,45; 0,89) Comparando o efeito da amamentação
36 Desenvolvimento cognitivo
37 Fisiológico: ácidos graxos de cadeia longa Emocional: amamentação aumenta vínculo da mãe com a criança Plausibilidade biológica
38 Amamentação e desenvolvimento cognitivo
39 Breastfeeding at 3 months (%) Breastfeeding at 3 months according to family income Income (Low to High) Pelotas ALSPAC
40 Q.I. Amamentação e QI em Pelotas e ALSPAC = Pelotas 4 yrs ALSPAC 8 yrs 0 to <1 1 to <3 3 to <6 6 or more Duração da amamentação (meses) Brion MJ et al (no prelo)
41 Escolaridade aos 18 anos conforme a duração total da amamentação, ESCOLARIDADE (ANOS) 9 8,5 8 7,5 7 6,5 P<0.001 < >=12 AMAMENTAÇÃO (MESES) Ajustado para cor, renda familiar, índice de bens, classe social (Bronfman) escolaridade dos pais, peso ao nascer e fumo materno.
42 Escolaridade e amamentação, por grupos de renda familiar ESCOLARIDADE (ANOS)s) RENDA FAMILIAR (S.M.) 11 <= > < >=12 AMAMENTAÇÃO (MESES) Ajustado para cor, índice de bens, classe social (Bronfman) escolaridade dos pais, peso ao nascer e fumo materno.
43 A amamentação apresenta efeitos benéficos a longo prazo Indivíduos amamentados apresentam redução na pressão arterial; no colesterol total; no risco de sobrepeso/obesidade; no risco de diabetes tipo 2 Indivíduos apresentam melhor performance em testes de inteligência e maior escolaridade Conclusões
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