INTERDISCIPLINARIDADE

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1 INTERDISCIPLINARIDADE Palestra Convidada na Sessão de Atribuição dos Prémios MVS Most Valuable Student da Microsoft Artur Ferreira da Silva, IST ( afs@dei.ist.utl.pt ) 14 de Julho de 2006

2 Plano 1. O Prémio MVS da Microsoft 2. Interdisciplinaridade e Ensino - Referências 3. Interdisciplinaridade e Ensino alguns casos práticos 3.1. Conhecimentos Vs. Capacidades o espírito de Bolonha 3.2. Capacidades Técnicas e Comportamentais 3.3. Outros domínios de Interdisciplinaridade 3.4. O Trabalho de S.I. é, em geral, Interdisciplinar 4. Da Interdisciplinaridade à Transdisciplinaridade 4.1. Na Teoria 4.2. Dois Estudos Recentes 4.3. Na Prática 5. Debate Nacional sobre Educação em curso 2

3 1. O Prémio MVS da Microsoft MOST VALUABLE STUDENT (e não BEST STUDENT) O MVS valoriza a Importância da Participação e Animação da Comunidade Académica Peso dos Factores: Participação na Comunidade Académica 30 CV e Portfólio 30 Currículo Académico 30 Organização e Apresentação da Candidatura - 30 Uma sugestão (modesta): acções de divulgação e advocacia de tecnologias MS (que creio que não têm sido factores considerados até aqui) deveriam deixar de constar do Programa do Concurso 3

4 2. I nterdisciplinaridade e Ensino - Referências C.P. Snow, The Two Cultures, 1959 Piaget, Problemas gerais da investigação interdisciplinar, 1970 OCDE, Workshop A interdisciplinaridade problemas do ensino e da investigação nas Universidades, Nice, France, 7-12/ Set/ 1970 UNESCO, A Educação do Futuro, 1975 Estudo de 1971 a 1975 Recolha de Textos de Jean Piaget, Paulo Freire, Paul Goodman, Ivan Illich, Importância de ensinar a aprender, preparar para a vida activa, aprender ao longo da vida, interdisciplinaridade, convivencialidade, etc. Edgar Morin, O Método e Interdisciplinaridade e Epistemologia da Complexidade (desde finais anos 70) 4

5 3. I nterdisciplinaridade e Ensino alguns casos práticos 3.1. Conhecimentos Vs. Capacidades o espírito de Bolonha 3.2. Capacidades Técnicas e Comportamentais 3.3. Outros domínios de Interdisciplinaridade 3.4. O Trabalho de S.I. é, em geral, interdisciplinar 5

6 3.1. Conhecimentos Vs. Capacidades Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24/Março (Decreto de Bolonha) Preâmbulo: Assegurar a transição de um sistema de ensino baseado na ideia de transmissão de conhecimento para um sistema baseado no desenvolvimento de competências pelos próprios alunos é uma questão central em toda a Europa, com particular expressão em Portugal (p. 1) Questão central no processo de educação é a da mudança do paradigma de ensino de um modelo passivo, baseado na aquisição de conhecimentos, para um modelo baseado no desenvolvimento de competências, onde se incluem quer as de natureza genérica instrumentais, interpessoais e sistémicas quer as de natureza específica associadas à área de formação, e onde a componente experimental e de projecto desempenham papel importante (p. 3) 6

7 3.1. Conhecimentos Vs. Capacidades Que consequências tem isto (e afirmações semelhantes da nova Lei de Bases) para reequacionar o sistema de ensino, quer Universitário, quer Básico e Secundário? Uma circunstância que dificulta a organização do ensino prático profícuo resulta do nosso culto do verbalismo. Aceita-se a ideia de que o ensino verbal constitui uma função mais elevada e mais difícil do que ensinar praticamente como se aplicam as teorias a casos concretos, quando é exactamente o contrário (Alfredo Bensaúde, 1922). 7

8 3.2. Capacidades Técnicas e Comportamentais A experiência do DEI/ UC, 1996/ / 2000 Silva, Artur F. e Figueiredo, António D., 2002, Teaching Management to Engineering Students Acting as a Learning Organization, comunicação apresentada ao ICEE2002, Manchester, Inglaterra. Ver LAGE ( A experiência do IST, desde 2003/04 Silva, Artur F., Regulamento dos Portfólios Pessoais LEIC e LERCI ver em Documentos 8

9 3.2. Competências Comportamentais a desenvolver Auto-confiança Capacidades de Expressão Oral e Escrita Trabalho em Equipa Pensamento Sistémico Prática Reflexiva Aprendizagem na Acção Línguas Estrangeiras Conhecimento de Empresas Aprender a falar com não informáticos (interdisciplinaridade) Sentido Cívico e Humanitário Princípios Éticos 9

10 3.3. Outros domínios de I nterdisciplinaridade Experiências Internacionais Expressão Artística Estudo formal ou por auto-estudo de qualquer outra disciplina 10

11 3.4. O trabalho de SI é, em geral, I nterdisciplinar Estudo das competências desempenhadas pelos Eng. Informáticos no mercado de trabalho (Trabalho de Portfólio Pessoal Junho/ 2006) Análise: Competências Analíticas Organização Pessoal e Métodos de Trabalho Competências Comportamentais Comunicação e Relacionamento Interpessoal Interesses Complementares As empresas entrevistadas afirmam que todas são importantes e que há lacunas em todas, excepto na primeira 11

12 3.4. O trabalho de SI é, em geral, I nterdisciplinar Dept. Comercial Dept. Produção EI / SI Dept. Financeiro Dept. Comercial 12

13 3.4. O trabalho de SI é, em geral, I nterdisciplinar Engenharia Informática Sociologia (micro) Arquitectura Sistemas de Informação Teoria das Organizações Psicologia (social) Gestão 13

14 4. Da I nterdisciplinaridade à Transdisciplinaridade 4.1. Na Teoria 4.2. Dois Estudos Recentes 4.3. Na Prática 14

15 4.1. Na Teoria Piaget (1970) cunhou a expressão Transdisciplinaridade, escrevendo: «Enfim, à etapa das relações interdisciplinares, podemos ver suceder uma etapa superior, que será transdisciplinar, que não se contentará apenas em ter em conta as interacções e reciprocidades entre investigações especializadas, mas situará essas ligações no interior de um sistema total sem fronteiras estáveis entre as disciplinas». 15

16 4.2. Dois Estudos Recentes Microsoft Research, Towards 2020 Science, 2006 A informática fundir-se-á progressivamente com todos os domínios científicos e estará para eles, no sec.xxi, como a matemática esteve nos séculos anteriores. The Economist Intelligence Unit (sponsored by CISCO), Foresight 2020 Economic, industry and corporate trends, 2006 Tendências de Evolução da economia, da gestão e dos SI/TI para 2020 as preocupações já não estarão centradas nas infraestruturas e aplicações de base, mas em áreas como a gestão do conhecimento entre outras, necessariamente transdisciplinares. 16

17 4.3. Na Prática Plataformas e Investigações em várias áreas transdisciplinares, por parte de várias Universidades e Empresas Um exemplo do IST / col.tagus.ist.utl.pt/ 17

18 Principais Temas do COL Mudança Organizacional Aprendizagem Organizacional Metanóia Organizacional Gestão do Conhecimento Comunidades de Prática E-learning Metodologias Qualitativas de Investigação 18

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20 5. Debate Nacional sobre Educação em curso Debate Nacional sobre Educação ao vivo e online (perspectiva demasiado fechada do debate, mas útil mesmo assim) 20

21 Bibliografia Bensaúde, Alfredo, 1922, Notas Histórico-Pedagógicas sobre o IST, 3ª ed., 2003 Dec-Lei n.º 45/2005, de 30 de Agosto (Lei de Bases do Sistema Educativo) Dec-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março (Decreto de Bolonha) Faure, Edgar, 1972, Apprendre à Être ( ed. Portuguesa 1981) Martins, António et al., 2006, Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Engenheiros Informáticos do IST no mercado de trabalho, Portfólio Pessoal Morin, Edgar, , La Méthode Morin, Edgar, 1983, O Problema Epistemológico da Complexidade, Lisboa Piaget, Jean, 1970, Problemas gerais da investigação interdisciplinar OCDE, 1970, Workshop A interdisciplinaridade problemas do ensino e da investigação nas Universidades, Nice, France, 7-12/Set. Schon, Donald, 1983, The Reflective Practitioner How Professionals Think in Action, Basic Books, Inc., USA Snow, C.P., 1959, The Two Cultures Silva, Artur F., 2006, Regulamento dos Portfólios Pessoais - LEIC e LERCI, Julho Silva, Artur F. e Figueiredo, António D., 2002, Teaching Management to Engineering Students Acting as a Learning Organization, comunicação apresentada ao ICEE2002, Manchester, Inglaterra UNESCO, 1978, A Educação do Futuro, ed. Bertrand 21

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