Uso do PMAQ para organização e qualificação da Atenção Básica
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- Jónatas Quintanilha de Sousa
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1 Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Medicina Departamento de Medicina Social Uso do PMAQ para organização e qualificação da Atenção Básica Encontro Estadual para Fortalecimento da Atenção Básica Porto Alegre, RS 15 e 16 de maio de 2018
2 Alma-Ata, Kazaquistão, 1978
3 Declaração de Alma-Ata, 1978 Acesso universal, eqüitativo e integral da população a serviços de saúde de qualidade, independente do nível de atenção e da complexidade do cuidado razão primordial dos sistemas públicos de saúde Antecedentes: Relatório Dawson, Inglaterra, 1920 Rede de Serviços hierarquizados com base na APS
4 Sistema de Saúde com base na APS Mendes, EV, 2009
5 Sistema Único de Saúde, SUS Sistema universal, financiado por tributos públicos Garante saúde como direito de todos e dever do Estado Sistema público descentralizado e gestão tripartite
6 Evolução da Cobertura de ESF 1998 a % 0 a 25% 25 a 50% 50 a 75% 75 a 100% FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
7 2.054 Extensão de Cobertura da Estratégia Saúde da Família Marcante melhoria em equidade! Efeito significativo do Mais Médicos! Número de equipes (médicos & enfermeiros), MAIS MÉDICOS Fonte: MS/DAB Cobertura populacional de ESF, ,3% ,8% 55,6% 56,6% ,6% 63,2%
8 Local de procura por atendimento em saúde (%). PNAD 1998 a 2008 e PNS ,8 56,8 52,4 65,5 Unidade básica de saúde Consultório particular
9 O que se espera da APS? Capacidade para organizar os serviços e a rede de atenção Prestação de serviços Desempenho clínico adequado Resultados satisfatórios da atenção Como avaliar a AB/ESF?
10 Modelo Sistêmico: mais popular na avaliação de serviços Estrutura Processo Resultado Donabedian, 1966 Avedis Donabedian
11 Donabedian, 1966
12 Atenção Primária à Saúde Atributos Essenciais Atributos Derivados Acesso Longitudinalidade Coordenação Integralidade Orientação Familiar Orientação Comunitária Competência Cultural Starfield, B., 1998
13 AQUARES Modelo Conceitual Facchini et al, 2015 Região Geopolítica, perfil municipal e tamanho da população PMAQ uma iniciativa que aborda ações necessárias para desenvolver e transformar o SUS e a AB rumo a universalidade e integralidade Financiamento Força de Trabalho Políticas de Saúde - exemplo PMAQ Dimensões de Governança: Visão estratégica, delineamento da política, orientação para o consenso e responsabilidade social Dimensões do Sistema de Saúde Educação (formação e Informação EP) Medicamentos Tecnologia Accesso e Qualidade 1) Qualidade organizacional de características e processos 2) Qualidade da prática profissional, procedimentos e iniciativas Atenção Básica - ESF Estrutura e processo de trabalho Desempenho do SUS e da AB Capacidade de resposta, equidade, efetividade, eficiência: Acesso, utilização, qualidade do cuidado, Satisfação dos usuários, situação de saúde e proteção ao risco financeiro
14 Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica PMAQ-AB
15 PMAQ-AB Fase1 Adesão e contratualização Fase 2 Desenvolvimento Fase 3 Fase 4 Avaliação externa - Certificação Recontratualização
16 FASE 3: AVALIAÇÃO EXTERNA Verificação das condições de acesso e de qualidade da totalidade de municípios e Equipes da Atenção Básica participantes do Programa Realizada por: 6 IES principais e Cerca de 40 IES parceiras
17 Instrumentos coleta em tablet Módulo Foco Quem entrevistar I Estrutura Unidade de Saúde Ciclo I - Censo das Unidades Responsável pela Unidade de Saúde II III Processo de trabalho Equipe de Atenção Básica Resultados/satisfação Usuários Responsável pela equipe 4 usuários vinculados a cada equipe Ciclos II e III equipes de SB e NASF com instrumentos específicos
18 Consórcio UFPel
19 Coordenação Geral Luiz Augusto Facchini Anaclaudia Gastal Fassa Coordenação Técnica Elaine Tomasi Denise Silveira Thiago Rocha Nubia Silva Bruno Pereira Alitéia Dilélio Docentes do DMS Coordenação de TI Alessander Osório EQUIPE TI UNASUS UFPEL Consórcio UFPEL AQUARES - Grupo de Pesquisa do CNPq Coordenação Logística Fernando Vinholes Siqueira Suele Manjourany Danton Duro Filho Mirelle Saes Vanessa Miranda Coordenação Institucional Elaine Thumé Allan Claudius Cristina Calvo Marta Rovery Claci Weirich Rosso Katia Crestine Erika Thomaz Fulvio Nedel Ana Maria Borges Teixeira
20
21 Distribuição dos municípios do RS por trajeto. UFPel, PMAQ, 2012.
22 Reunião preparatória do TC Pelotas, 28 de maio de 2012
23 Seleção e capacitação das equipes
24 Reunião de acompanhamento web conferência
25 Santa Catarina Maranhão RS Distrito Federal Goiás Minas Gerais
26 Capacitação e seleção no Maranhão
27 Capacitação e seleção no Maranhão
28 Unidades básicas Consórcio UFPEL Ciclo I Ciclo II Ciclo III (92%) Equipes AB / (92%) SB Usuários (92%) NASF (98%) Ciclo III conclusão do TC no RS 28/05 a 14/06
29 Resultados selecionados Qualidade do Pré-natal - Ciclo I Prevenção câncer de colo de útero - Ciclo I Atenção a pessoas com diabetes - Ciclo I Estrutura das UBS para atenção a pessoas com diabetes Ciclos I e II Análise de dados locais com o município de Pelotas
30 Média de consultas de pré-natal por região geopolítica Pré-natal Brasil (PMAQ) 98% das gestantes realizam pelo menos uma consulta 89% = seis ou mais consultas (Tomasi et al., 2017)
31 RESULTADOS
32 Qualidade do Pré-natal. PMAQ - Brasil, Sulfato ferroso Vacina antitetânica 6 ou mais consultas Comum de urina Ultrassonografia Glicemia Alimentação e ganho de peso Importância do pré-câncer Aferição de altura uterina Exame da cavidade oral Todos os procedimentos 23,6% 69,2% 89,1% 97,7% 84,3% 94,4% 94,9% 82,9% 91,0% 88,9% 60,3% 65,8% 85,9% 96,5% 97,0% 98,7% 45,0% 56,3% 97,4% 44,7%
33 Todos os indicadores selecionados = 15% Além das adolescentes, as de menor renda, residentes em municípios de pequeno porte e baixo IDH, nas regiões Norte e Centro-Oeste tiveram menor proporção de pré-natal adequado.
34 Comparação geográfica da qualidade do prénatal
35 Revisão do parto (atenção ao puerpério), por região geopolítica
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37 Exames de pré-câncer Estrutura - disponibilidade de todos os seguintes materiais/insumos: Mesa de exame ginecológico Foco de luz Espéculo descartável Escovinha endocervical Espátula de Ayre Fixador de lâmina Lâmina de vidro Ficha de requisição do Sistema de Informações do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) Equipes Processo adequado se todos os seguintes questionamentos confirmados: Possuir protocolo para priorização de usuárias para o programa de controle do câncer de colo de útero Coletar material para exame citopatológico Possuir registro das coletas e dos exames alterados Realizar o seguimento das mulheres pós-tratamento Realizar ações de divulgação e de sensibilização da populaçãoalvo para o exame.
38 Resultados - Adequação Estrutura 49,3% das UBS Processo de trabalho 30,3% das equipes
39 Comparação geográfica da qualidade do rastreamento de câncer ginecológico
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41 Estrutura da UBS Esfigmomanômetro Estetoscópio Glicosímetro Balança Fita métrica Tiras de glicemia capilar Ficha B-DIA SIAB Kit de monofilamentos Oftalmoscópio 21,2 36,2 98,9 98,4 96,5 95,7 94,1 88,5 87,1
42 Processo de trabalho Acesso a consultas em qualquer dia / 55,5 Programação de consultas/exames e Registro de usuários com maior risco Coordenação de fila de espera 56,9 51,6 79,0 Exame periódico de fundo de olho Exame periódico dos pés Solicitação de hemoglobina glicosilada 45,5 60,1 94,5
43 Resultados - Usuários Acesso a consultas últimos 6 m 87,3 Próxima consulta agendada Realizou exame de sangue Orientação sobre cuidado com os pés Pés examinados Satisfação com UBS / equipe 36,7 48,9 32,7 93,0 89,7
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48 Oferta de ações educativas e de promoção da saúde no Brasil. PMAQ I e PMAQ II (2012 e 2014) Prevenção e tratamento DM Prevenção e tratamento HAS Mulheres (câncer do colo do útero e de mama) Planejamento familiar Alimentação saudável Idosos Doenças transmissíveis (dengue, Tb, hanseníase, Saúde sexual e reprodutiva Atividade física Grupos de apoio ao autocuidado Doenças Crônicas Saúde do Homem Ações* para crack, álcool e outras drogas Ações* para ansiolíticos e benzodiazepínicos PMAQ 2014 N= equipes (2012); (2014) %
49 Fortalezas Discussão ESF melhora o desempenho do SUS de forma sistêmica Achados com dados atualizados de várias fontes de informação (muito relacionados a quase totalidade municípios brasileiros) A análise estratificada fortalece a capacidade de avaliação dos desafios sistêmicos do SUS e as desigualdades regionais padrões nacionais e regionais podem indicar os desafios de cada Fragilidades município e equipe Desigualdade regional no acesso, utilização e qualidade (completude) das ações da AB/ESF Tomasi E, Facchini LA, Maia MF. Health information technology in primary health care in developing countries: a literature review. Bull World Health Organ Nov;82(11): Epub 2004 Dec 14.
50 Perspectivas Cobertura Universal de Saúde Sistemas de saúde com base na APS forte (OMS) SUS é composto de uma ampla rede de equipes da ESF que fortalece o acesso universal aos serviços de saúde e promove a equidade equipes ESF = habitantes = 63.3% da população Melhor capacidade da ESF em ofertar cuidados integrais, integrados e adequados ao longo do tempo Ênfase na prevenção, promoção e primeiro contato Famílias e comunidades são a base do planejamento e ação
51 Entretanto, a qualidade continua sendo um desafio complexo Tanto em ações com cobertura universal: pré-natal e cuidado do diabetes Quanto em ações negligenciadas: revisão do parto (puerpério) Ações de saúde com cobertura universal Ações de saúde negligenciadas Problemas de qualidade em ações com cobertura universal Consulta médica para diabetes e hipertensão Acesso ao pré-natal Revisão do parto (apenas 60% das mães) Exame dos pés em usuários com diabetes Exame ginecológico e de mamas no pré-natal
52 Conclusão A ESF apresenta um efeito sistêmico no SUS A extensão de cobertura da ESF, o PMAQ e o PMM fortalecem a universalização do SUS Principais Desafios: Equidade do acesso e da qualidade do cuidado O contexto político fragiliza as perspectivas da ESF e aumenta as ameaças ao SUS É tempo de lutar por saúde universal de qualidade e de defender o SUS
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