POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA: Carlos Leonardo Cunha
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1 POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA: PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO Carlos Leonardo Cunha
2 POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)-PORTARIA/GM Nº 648 DE 28/03/06 Definição expressa do MS de revitalizar a Atenção Básica como ponto de referência para a estruturação dos sistemas locais de saúde e ordenadora das redes de atenção da saúde no SUS. Principais destaques: - a redefinição de responsabilidades de cada esfera do governo (destaque ao papel do município); - a definição da infra-estrutura e recursos necessários para a organização da Atenção Básica; - as regras de financiamento; - as atribuições dos profissionais; - o incentivo à Estratégia Saúde da Família; - o monitoramento e avaliação das ações. CONCEITO DE ATENÇÃO BÁSICA: conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
3 ÁREAS PRIORITÁRIAS DA ATENÇÃO BÁSICA a saúde da criança; a saúde da mulher; a saúde do idoso; a saúde bucal; o controle da hipertensão arterial; o controle da diabetes mellitus; o controle da tuberculose; a eliminação da hanseníase; a saúde do homem. OBS: outras áreas são definidas regionalmente 85% dos problemas de saúde da população podem ser resolvidos na Atenção Básica; PNAB: ampliar o acesso e qualificar o atendimento.
4 Das responsabilidades de cada Esfera do Governo I- Dos municípios e DF: responsáveis pela organização e execução das ações da Atenção Básica. Competências: 1- organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica dentro do seu território, incluindo as Unidades próprias e as cedidas pelo Estado e pela União; 2- inserir preferencialmente, a Estratégia do Saúde da Família; 3- organizar o fluxo de usuários, visando a garantia das referências (rede hierarquizada); 4- garantir a infra-estrutura para o funcionamento das UBS (material-equipamento e insumos);
5 CONT. 5- selecionar, contratar e remunerar os profissionais; 6- programar as ações a partir de sua base territorial; 7- alimentar as bases de dados nacionais com os dados produzidos pelo Sistema de Saúde Municipal (SIAB); 8- elaborar metodologia e instrumentos de monitoramento e avaliação; 9- firmar, monitorar e avaliar os indicadores do Pacto; 10- estimular e viabilizar a capacitação e educação permanente dos profissionais das Equipes; 11- buscar a viabilização de parcerias com organizações governamentais, não governamentais e com o setor privado para o fortalecimento da AB no âmbito do seu território.
6 II- Das Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal. 1- estabelecer o Plano Estadual, metas e prioridades para a organização da Atenção Básica; 2- destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica; 3- prestar assessoria técnica aos municípios no processo de qualificação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da Estratégia Saúde da Família; 4- elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera estadual; 5- desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos; 6- pactuar com a Comissão Intergestores Bipartite e informar a Comissão Intergestora Tripartite a definição da utilização dos recursos para Compensação das Especificidades Regionais;
7 Cont. 7- firmar, monitorar e avaliar os indicadores do Pacto no Território Estadual; 8- ser co-responsável, junto ao Ministério da Saúde pelo monitoramento da utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos municípios; 9- assessorar os municípios para implantação dos Sistemas de Informação da Atenção Básica; 10- consolidar, analisar e transferir os arquivos dos sistemas de informação enviados pelos municípios para o Ministério da Saúde; 11- articular instituições, em parceria com as Secretarias Municipais, para capacitação e garantia de educação permanente dos profissionais de saúde das Equipes da Atenção Básica e das Equipes do Saúde da Família;
8 Cont. 12- promover intercâmbio de experiência entre os municípios; 13- firmar parcerias com organismos internacionais, com organizações não governamentais e do setor privado para fortalecimento da Atenção Básica.
9 III- Compete ao Ministério da Saúde 1- garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento do PAB fixo e variável; 2- prestar assessoria técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios no processo de qualificação e de consolidação da Atenção Básica e da Estratégia Saúde da Família; 3- estabelecer diretrizes nacionais e disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de capacitação e educação permanente dos profissionais da Atenção Básica; 4- articular com o Ministério da Educação, estratégias de indução às mudanças curriculares nos cursos de graduação na área da saúde, visando a formação de profissionais com perfil adequado à Atenção Básica.
10 IV- Da infra-estrutura e dos Recursos Necessários para a organização da Atenção Básica I- Unidades Básicas de Saúde (UBS) com ou sem Saúde da Família, de acordo com as normas sanitárias vigentes e contenham: 1- Equipe composta por: Médico Enfermeiro Cirurgião dentista Auxiliar de consultório dentário ou THD Agente Comunitário de Saúde
11 Cont. 2- Espaço físico: Consultório médico; Consultório enfermagem; Consultório odontológico; Área de recepção aos usuários; Local para registros e arquivos; Sala de cuidados básicos de enfermagem; Sala de imunização; Sanitários; Local para dispensação de medicamentos.
12 Cont. Obs: Para UBS em grandes centros urbanos/parâmetros: Sem Saúde da Família 1 para até 30 mil habitantes; Com Saúde da Família 1 para até 12 mil habitantes, ou seja, para cada UBS uma média de 3 ESF.
13 V- Pré-Requisito para funcionamento da UBS O cadastramento pelos gestores, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Cadastro de profissionais; Cadastro de Equipes; Cadastro da Unidade.
14 VI- Do processo de trabalho das Equipes da Atenção Básica. 1- definição do território de atuação (área adscrita à UBS/ESF) mapa de área; 2- Assistência Básica Integral e contínua, organizada à população adscrita; 3- programação e implementação das atividades com a priorização de solução dos problemas de saúde mais frequentes; 4- desenvolvimento de ações educativas que possam interferir no processo de saúde/doença da população; 5- desenvolvimento de ações localizadas sobre os grupos de risco e fatores de risco comportamentais, alimentares e/ou ambientais;
15 Cont. 6- implementação das diretrizes da Política Nacional de Humanização; 7- realização do primeiro atendimento às urgências médicas e odontológicas; 8- participação das Equipes no planejamento e na avaliação das ações; 9- apoio às estratégias de controle social. Obs: Porta de entrada preferencial do sistema.
16 VII- Do financiamento da Atenção Básica O financiamento um dos problemas à consolidação do SUS: R$ 235,00 pessoa/ano Emenda Constitucional 29, de setembro/2000 possibilidade de sobrevivência do SUS, estabelecendo: Responsabilidade da UNIÃO: para o 1 ano aporte de 5% a mais em relação ao orçamento empenhado no período anterior; para os anos posteriores correção do valor apurado no ano anterior pela variação do PIB.
17 Responsabilidade dos Estados e Municípios: para o 1 ano no mínimo, 7% e, numa tabela progressiva a ser aplicada em até 5 anos, devendo atingir 12% e 15%, respectivamente. Detalhe: Emenda ainda não regulamentada.
18 Os Recursos Federais para o financiamento do SUS estão agrupados em blocos*: Atenção Básica Atenção de média e alta complexidade Vigilância em Saúde Assistência Farmacêutica Gestão do SUS Portaria n 399/GM de 22/02/2006.
19 Bloco de Financiamento para a Atenção Básica PAB Piso da Atenção Básica composto: Parte Fixa PAB - Fixo destinada a todos os municípios, cuja base de cálculo toma como referência a população de cada município, multiplicada pelo valor de R$ 18,00 a 23,00 reais; esse valor é repassado em fração 1/12, a cada mês, com transferência Fundo a Fundo (Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde ).
20 PAB Variável - é a fração de recursos federais para o financiamento das seguintes estratégias nacionais de Atenção Básica: Saúde da Família Agente Comunitários de Saúde Saúde Bucal Compensação de especificidades regionais Saúde Indígena Saúde no Sistema Penitenciário Obs. Para fazer jus ao financiamento do PAB Variável o município tem que aderir e implementar essas estratégias além de alimentar obrigatoriamente o Sistema de Informação de Atenção Básica - SIAB
21 Valores do PAB Variável Equipes de Saúde da Família, duas modalidades ESF Modalidade 1 R$ ,00 ESF Modalidade 2 R$ 6.700,00 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) R$ 751,00 (13 parcelas)
22 Equipes de Saúde Bucal ESB ESB - Modalidade 1 composta por num mínimo um cirurgião dentista e 1 auxiliar de consultório dentário R$ 2.100,00/mês ESB Modalidade 2 composta por no mínimo 1 cirurgião dentista, 1 auxiliar de consultório dentário e 1 técnico de higiene bucal R$ 2.800,00/mês
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