Um semigrupo numérico é um subconjunto dos números naturais fechado para a adição, o elemento 0 S e gera Z como grupo. Seja A N, definimos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Um semigrupo numérico é um subconjunto dos números naturais fechado para a adição, o elemento 0 S e gera Z como grupo. Seja A N, definimos"

Transcrição

1 SEMIGRUPOS NUMÉRICOS IRREDUTÍVEIS J. C. ROSALES AND M. B. BRANCO 1. Introdução Um semigrupo numérico é um subconjunto dos números naturais fechado para a adição, o elemento 0 S e gera Z como grupo. Seja A N, definimos k < A >= { n i a i : k N, a 1,..., a k N}, i=1 o qual é um semigrupo numérico se e somente se m.d.c(a) = 1. Usualmente A é conhecido como um sistema de geradores de < A > e dizemos que A é minimal se nenhum subconjunto próprio de A gerar S. Temos que qualquer semigrupo S é finitamente gerado; isto é existem n 0,..., n p S tal que S =< n 0,..., n p > e designamos n 0 e p+1 como a multiplicidade e a dimensão de imersão, respectivamente. Além disto o conjunto N \ S é finito e referimo-nos ao maior inteiro não pertencente a S como o número de Frobenius e denotamo-lo por g(s) (estas designações são escolhidas a partir das relações entre os semigrupos numéricos e a Geometria Algébrica, ver [5]). Todo o semigrupo numérico S gerado pelo conjunto {n 0,, n p } é isomorfo ao monóide quociente N p+1 /σ (ver [13]) com σ uma congruência em N p+1. Rédei mostra em [9] que a congruência σ em N p+1 é finitamente gerada e portanto existe ρ um subconjunto de N p+1 N p+1 tal que σ = ρ. Ao conjunto ρ chamamos apresentação para S e dizemos que ρ é uma apresentação minimal se nenhum subconjunto próprio de ρ gerar σ. Vamos caracterizar uma apresentação minimal em termos da conexidade de certos grafos, esta ideia foi introduzida por Rosales (ver por exemplo [10]). Demonstra-se que o cardinal de qualquer apresentação minimal para S é menor ou igual a n 0(n 0 1) (n 0 1 p) (ver [1]). Vamos estudar uma classe de semigrupos numéricos bastantes estudados, os semigrupos numéricos irredutíveis, em virtude dos resultados obtidos a partir destes em Geometria Algébrica. Definimos um semigrupo numérico irredutível como um semigrupo numérico que não pode ser expresso como intersecção de dois semigrupos numéricos que 1

2 J. C. ROSALES AND M. B. BRANCO o contenham propriamente. A partir de [6] and [] concluímos que a classe de semigrupos irredutíveis com número de Frobenius ímpar (respectivamente par) é a mesma que a classe dos semigrupos numéricos simétricos (respectivamente pseudo-simétricos). Por outro lado os semigrupos irredutíveis com número de Frobenius ímpar (respectivamente par) significam geometricamente curvas de Gorenstein [8] (respectivamente curvas de Kunz [] ). Começamos por caracterizar os semigrupos numéricos irredutíveis dando especial atenção aos seus conjuntos de Apéry. Estudamos e explicitamos uma familia de semigrupos numéricos irredutíveis com multiplicidade 3 e 4. Refinamos a cota superior para a cardinalidade duma apresentação minimal para um semigrupo numérico, em função da sua multiplicidade e da sua dimensão de imersão, no caso irredutível. A terminar fazemos o estudo destes semigrupos irredutíveis com máxima dimensão de imersão.. Terminologia e resultados prévios Seja (N, +) um semigrupo de números naturais, dizemos que um semigrupo numérico é um subconjunto de N fechado para a soma, contem o elemento 0 e gera Z como grupo. A partir desta definição obtemos o seguinte: (1) Existe um elemento máximo que não pertence a S, a este elemento chamamos número de Frobenius e denotamo-lo por g(s). () S tem um único sistema minimal de geradores {n 0 < n 1 < < n p } e o máximo divisor comum dos seus elementos é igual a um. Seja F = {a 0 X a p X p a 0,..., a p N} um monóide comutativo livre{x 0,..., X p } e ϕ : F S um epimorfismo de monóides ϕ(a 0 X a p X p ) = a 0 n a p n p. Se σ é o kernel de ϕ (i. é, xσy se ϕ(x) = ϕ(y)), então S é isomorfo a F/σ (ver [13]). Rédei mostra em [9] que a congruência σ é finitamente gerada e portanto existe ρ = {(x 1, y 1 ),..., (x t, y t )} F F tal que σ é uma congruência em F gerada por ρ. O conjunto ρ é uma apresentação para o semigrupo S e dizemos que ρ é uma apresentação minimal se nenhum subconjunto próprio de ρ gerar σ. Seja Sum semigrupo numérico com {n 0 < n 1 < < n p } um sistema minimal de geradores e ϕ : F S definido como anteriormente. Denotamos por σ o kernel da congruência de ϕ e, para n S \ {0}, denotamos por [n] = {x F ϕ(x) = n} (o conjunto das imagens inversas

3 SEMIGRUPOS NUMÉRICOS IRREDUTÍVEIS 3 de n por ϕ). Vamos definir em [n] a seguinte relação de equivalência R: a 0 X a p X p R b 0 X b p X p se existem os elementos k 00 X k 0p X p, k 10 X k 1p X p,, k j0 X k jp X p [n] tal que e a 0 X a p X p = k 00 X k 0p X p b 0 X b p X p = k j0 X k jp X p e k i0 k i k ip k i+1p 0 para todo i {0,... j 1}. Seja P = {X 1,..., X t } uma partição de um conjunto X e γ X X uma relação binária em X. Definimos o grafo G γ, associado a γ relativamente á partição P, como o grafo cujos vertices são elementos X i em P e existe uma aresta X i X j, com i j, em G γ quando existem x X i e y X j tal que (x, y) γ γ 1. Os seguintes resultados podem ser encontrados em [10]. Proposition 1. Seja P = {X 1,..., X t } o conjunto das R-classes contidas em [n] com n S. Se γ é uma apresentação para S, e γ n = γ ([n] [n]), então o grafo associado a G γn relativamente á partição P de [n] é um grafo conexo. Proposition. Seja γ um subconjunto de σ tal que G γn é conexo para todo n S. Então γ é uma apresentação para S. Theorem 3. Se γ σ então γ é uma apresentação para S se e somente se G γn é conexo para todo n S. Em seguida apresentamos um método algorítmico para determinar uma apresentação minimal de um semigrupo numérico a partir do seu sistema minimal de geradores. Para n S definimos o grafo G n = (V n, E n ) tal que V n = {n i {n 0,..., n p } n n i S}, E n = {n i n j n (n i + n j ) S, i, j {0,..., p}, i j}. O resultado seguinte dá-nos uma relação entre as R-classes e o número de componentes conexas de G n. Proposition 4. ([10]) Se n S \{0}, então o número de componentes conexas de G n é igual ao número de R-classes of [n].

4 4 J. C. ROSALES AND M. B. BRANCO Vamos agora definir γ n, com n S, da seguinte forma: 1) se G n é não conexo e G 1 n = (Vn 1, En), 1..., G r n = (Vn r, En) r são as suas componentes conexas para i {1,..., r} escolhemos um vértice n ki Vn i e um elemento α i = (a 0,..., a p ) tal que ϕ(α i ) = n e a ki 0, então γ n = {(α 1, α ),..., (α 1, α r )}. ) se G n é conexo, então γ n =. A partir dos resultados anteriores obtemos o seguinte: Theorem 5. ([10]) O conjunto γ = n N γ n é uma apresentação minimal para S. Concluímos que para obter uma apresentação minimal para um semigrupo numérico temos que fixarmos-nos apenas nos elementos n S tais que o grafo correspondente G n não seja conexo. O próximo resultado dá-nos o número de elementos candidatos n S cujo o grafo pode ser não conexo. Theorem 6. ([10]) Seja {n 0 < n 1 < < n p } um sistema minimal de geradores S. Então G n é não conexo se existe w Ap(S, n) \ {0} e j {1,..., p} tal que n = w + n j. 3. Caracterização dos semigrupos numéricos irredutíveis O objectivo desta secção é dar uma caracterização para os semigrupos numéricos irredutíveis. Para n S \ {0} denotamos por 0 = w(1) < w() < w(n) os elementos minimais de S nas respectivas classes de congruência mod n. Denotamos por Ap(S, n), o conjunto Apéry de n in S (ver [1]), o conjunto {0 = w(1) < w() < < w(n)}. É conhecido (ver [13]) que Ap(S, n) = {x S : x n / S}. Facilmente se verifica o seguinte: Lemma 7. Seja S um semigrupo numérico. (1) S {g(s)} é um semigrupo numérico. () g(s) = w(n) n. (3) {0, n 1,..., n p } Ap(S, n 0 ). Dizemos que um semigrupo numérico é irredutível se não pode ser expresso como intersecção de dois semigrupos que o contenham propriamente. Theorem 8. As afirmações seguintes são equivalentes: 1) S é irredutível, ) S é maximal no conjunto de todos os semigrupos com número de Frobenius g(s),

5 SEMIGRUPOS NUMÉRICOS IRREDUTÍVEIS 5 3) S é maximal no conjunto de todos os semigrupos que não contém g(s). Proof. 1) ) Suponhamos S um semigrupo numérico tal que S S e g(s) = g(s). Então S = (S {g(s)}) S. Mas se S é irredutível, deduzimos que S = S. ) 3) Suponhamos S um semigrupo numérico tal que S S e g(s) / S. Então S {g(s) + 1, g(s) +,...} é um semigrupo numérico que contém S com número Frobenius g(s). Portanto, S = S {g(s) + 1, g(s) +, } e assim S = S. 3) 1) Sejam S 1 e S dois semigrupos numéricos que contém S propriamente. Então, por hipótese, g(s) S 1 e g(s) S. Portanto S S 1 S e assim S é irredutível. Usando [6] e [] obtemos o seguinte resultado. Proposition 9. 1) Se g(s) é ímpar, então S is irredutível se e somente se para todo h, h Z, tal que h+h = g(s), temos que h S ou h S (i. é, S é simétrico). ) Se g(s) é par, então S é irredutível se e somente se para todo h, h Z \ { g(s) }, tal que h + h = g(s), temos que h S ou h S (i. é, S é pseudo-simétrico). Em seguida estudamos o conjunto Ap(S, n) de um semigrupo numérico irredutível S com numero de Fobenius ímpar ou par. O resultado seguinte é conhecido (ver [1], [3] ou [11]). Proposition 10. Seja n S \ {0} com Ap(S, n) = {0 = w(1) < w() < < w(n)}. Então S é irredutível com número de Frobenius ímpar (i. é, S é simétrico) se e somente se w(i) + w(n i + 1) = w(n) para todo i {1,..., n}. Proof. Para i {1,..., n} como w(i) Ap(S, n), então w(i) n / S assim, pela Proposition 9, obtemos que w(n) w(i) = g(s) (w(i) n) S. Assim w(n) w(i) Ap(S, n) porque w(n) Ap(S, n). Reciprocamente, se x S trivialmente temos que g(s) x / S. Por outro lado, se x / S existe i {1,..., n} tal que x = w(i) kn com k N\{0}, então g(s) x = g(s) w(i)+kn = g(s)+n w(i)+(k 1)n S. Lemma 11. Se S é irredutível com número de Frobenius par e n S \ {0}, então g(s) + n Ap(S, n). Proof. Temos que g(s) / S então, atendendo á Proposition 9 e que ( g(s) + n) + ( g(s) n) = g(s), obtemos que g(s) + n S.

6 6 J. C. ROSALES AND M. B. BRANCO Proposition 1. Seja S um semigrupo numérico com número de Frobenius par e n S \ {0}. Então S é irredutível se e somente se Ap(S, n) = {0 = w(1) < w() <... < w(n 1) = g(s)+n} { g(s) +n} e w(i) + w(n i) = w(n 1) com i {1,..., n 1}. Proof. Atendendo a que g(s) é par, então g(s) + n Ap(S, n) e g(s) + n < max Ap(S, n). Se i {1,..., n 1}, então w(i) n / S e w(i) n g(s). Usando a Proposição 9, obtemos que g(s) (w(i) n) S e assim w(n 1) w(i) = g(s) + n w(i) S. Por outro lado deduzimos que w(n 1) w(i) Ap(S, n) porque w(n 1) Ap(S, n). Além disso w(n 1) w(i) g(s) + n caso contrário teríamos que w(i) = g(s). Facilmente se verifica que w(i) + w(n i) = w(n 1). Reciprocamente, seja x / S e x g(s). Tomando w Ap(S, n) tal que w x(mod n), temos que x = w kn para algum k N \ {0}. Distinguimos dois casos. (1) Se w = g(s) + n, então g(s) x = g(s) ( g(s) + n kn) = g(s) + (k 1)n. Além disso, como x g(s) tem-se k 1, portanto k. Logo obtemos que g(s) x S. () Se w g(s) + n, então g(s) x = g(s) (w kn) = g(s) + n w + (k 1)n S. Observamos que se S é um semigrupo numérico com dois geradores minimais {n 0, n 1 } então S é irredutível, visto Ap(S) = {0, n 1, n 1,..., (n 0 1)n 1 }. Por outro lado para todo o semigrupo numérico S tem-se que µ(s) m(s) (ver lema 7). Proposition 13. Seja S um semigrupo numérico irredutível. 1) Se g(s) é ímpar e m(s) 3, então µ(s) m(s) 1. ) Se g(s) é par e m(s) 4, então µ(s) m(s) 1. Proof. 1. Se {m(s), n 1,, n µ(s) 1 } é um sistema minimal de geradores de S então {0 < n 1 < < n µ(s) 1 } Ap(S, m(s)) e n µ(s) 1 w(n). Portanto µ(s) m(s) 1.. Suponhamos que µ(s) = m(s), então S é gerado minimalmente por {m(s), n 1,..., n m(s) 1 } e assim obtemos Ap(S, n) = {0 < n < < n m(s) 1 } {n 1 = g(s) + m(s)}. Por hipotese m(s) 1 3 então n 1 n n m(s) 1. Usando a Proposição 1 obtemos que n m(s) 1 n S, donde obtemos que

7 SEMIGRUPOS NUMÉRICOS IRREDUTÍVEIS 7 {m(s), n 1,..., n m(s) 1 } não é um sistema minimal de geradores para S. Donde concluímos µ(s) m(s), portanto µ(s) m(s) 1. Recordar que atendendo á observação feita depois da Proposição 1, que se µ(s) = então S é irredutível. Em seguida vamos estudar os semigrupos numéricos irredutíveis com µ(s) = 3 e µ(s) = 4. Além disso obtemos que se m(s) = 4 e S é irredutível então µ(s) 3, porque de 1) e ) da Proposition 13, se m(s) 4 então µ(s) m(s) 1. Vamos então estudar os seguintes casos: 1) S é irredutível com m(s) = µ(s) = 3, ) S é irredutível com m(s) = 4 e µ(s) = 3. Theorem 14. Seja S um semigrupo numérico. Então, as condições seguintes são equivalentes: 1) S é irredutível com m(s) = µ(s) = 3, ) S é gerado por {3, x + 3, x + 3} em que x é um inteiro positivo não múltiplo de 3. Proof. 1) ) Se m(s) = µ(s) = 3, então {3, n 1, n } é um sistema minimal de geradores de S. A partir Proposição 13 deduzimos que g(s) é par e pela Proposição 1 obtemos que Ap(S, 3) = {0, n 1 = g(s) + 3, n = g(s) + 3}. Fazendo x = g(s) temos que n 1 = x+3 e n = x+3. Donde se conclui que x não é múltiplo de 3, porque x = g(s) / S. ) 1) Temos que {3, x + 3, x + 3} é um sistema minimal de geradores para S e assim m(s) = µ(s) = 3 e Ap(S, 3) = {0, x + 3, x + 3}. Concluímos que x + 3 = g(s) + 3 e portanto g(s) + 3 = x + 3. A partir da Proposition 1 podemos afirmar que S é irredutível com g(s) par. O semigrupo numérico S = 3, 3 + x, x + 3 é um MED-semigrupo (MED significa máxima dimensão de imersão que é µ(s) = m(s)). Aplicando os resultados obtidos em [1] deduzimos que o cardinal de apresentação minimal para S é 3, isto é: ρ = {(X 1, X 0 + X ), (X, (x + 1)X 0 + X 1 ), ((x + )X 0, X 1 + X )}. Vamos agora estudar os semigrupos numéricos irredutíveis com m(s) = 4 e µ(s) = 3. Delorme prova em [4] que um semigrupo S gerado minimalmente por {n 0, n 1, n } é intersecção completa e somente n se n i j, n k para {i, j, k} = {0, 1, }, onde (n (n j,n k ) (n j,n k ) j, n k ) denota o m.d.c(n j, n k ). Além disso, Herzog prova em [7] que S, nas condições anteriores, é simétrico se e somente se é intersecção completa.

8 8 J. C. ROSALES AND M. B. BRANCO Theorem 15. Seja S um semigrupo numérico. Então, as seguintes condições são equivalentes: 1) S é irredutível com número de Frobenius ímpar, m(s) = 4 and µ(s) = 3, ) S é gerado por {4, x, x + y} com y N \ {0} e x um inteiro maior ou igual que 3. Proof. 1) ) Se m(s) = 4 e µ(s) = 3, é {4, n 1, n } é um sistema minimal de geradores para S. Atendendo à observação anterior, para que S seja simétrico, consideramos dois casos: a) Suponhamos que d = (4, n 1 ) e n 4, n 1 d d. Notar que d = e n 1 = x com x ímpar maior ou igual a 3. Além disso como 1 = (4, n 1, n ) então n é um ímpar e n, x assim n = x + y (de facto todo o ímpar em, x é deste tipo). b) Suponhamos que d = (n 1, n ) e 4 n 1 d, n d. Portanto n 1 = d, n = k d com k ímpar e d ímpar maior ou igual a 3. Donde concluímos que n = d + (k 1)d com (k 1)d par. Fazendo x = d e y = (k 1)d obtemos o resultado desejado. ) 1) Claramente = (4, x) e x + y 4, x, assim S é simétrico. Vejamos que {4, x, x + y} é um sistema minimal de geradores para S, assim: 1) x + y / 4, x, visto x + y é ímpar, ) x / 4, x + y, visto se x = a4 + b(x + y) com a, b N, então como x é par não múltiplo de 4 e que x + y é ímpar, deduzimos que b, contradizendo que (x + y) > x. Como S = 4, x, x + y, é simétrico, temos que g(s) = 3x + y 4. Por outro lado S é também intersecção completa, então ρ = {(X 1, xx 0 ), (X, yx 0 + X 1 )} é uma apresentação minimal para S. Vamos em seguida estudar os semigrupos irredutíveis S com número de Frobenius par, m(s) = 4 e µ(s) = 3. Theorem 16. Seja S um semigrupo numérico. Então, as seguintes condições são equivalentes: 1) Sé irredutível numerical com número de Frobenius par, m(s) = 4 e µ(s) = 3, ) S é gerado por {4, x +, x + 4} com x ímpar maior ou igual que 3. Proof. 1) ) Suponhamos que {4, n 1, n } é um sistema minimal de geradores para S. Atendendo ao Lema 11 obtemos que g(s) + 4 Ap(S, 4) e assim distinguimos dois casos:

9 SEMIGRUPOS NUMÉRICOS IRREDUTÍVEIS 9 a) Se g(s) + 4 pertence ao sistema minimal de geradores para S, usando a 1, deduzimos que Ap(S, 4) = {0, n 1 = g(s) + 4, n, n = g(s) + 4}. Fazendo x = g(s), então n 1 = x + 4 e n = x +. Além disso x é ímpar, caso contrário (4, n 1, n ) 1. b) Se g(s) + 4 não pertence ao sistema minimal de geradores para S, então Ap(S, 4) = {0, n 1, n, g(s) + 4}. Donde concluímos que g(s) + 4 = n 1 ou g(s) + 4 = n. Se g(s) + 4 = n 1 então, by Proposition 1, concluímos que n 1 n S, contradizendo que {4, n 1, n } é um sistema minimal de geradores para S. ) 1) Suponhamos que {4, x +, x + 4} é um sistema minimal de geradores para S, então m(s) = 4 e µ(s) = 3. Facilmente se verifica que Ap(S, 4) = {0, x +, x + 4, x + 4}. Assim g(s) = x donde Ap(S, 4) = {0, g(s) + 4, g(s) + 4, g(s) + 4}. Usando a Proposição 1 obtemos que S é irredutível. Temos que S = 4, x +, x + 4 x, então g(s) = x. Aplicando [7] e atendendo que S não é simétrico (donde S não é intersecção completa), temos que apresentação minimal para S é igual a: ρ = {(X, X 0 + X 1 ), (3X 1, kx 0 + X ), (tx 0, X 1 + X )} com k = 3(x+) (x+4) and t = (x+4)+(x+). Notar que 3(x + ) (x + 4) 4 4 é múltiplo de 4 se e somente se x é ímpar, e (x + 4) + (x + ) é múltiplo de 4 se e somente se x é ímpar. 4. Uma cota máxima para o cardinal duma apresentação minimal para um semigrupo numérico irredutível Nesta secção damos uma cota máxima para o cardinal duma apresentação minimal para um semigrupo numérico irredutível, denotamola por #M RS. Seguidamente particularizamos este estudo para o caso dos semigrupos numéricos irredutíveis com máxima dimensão de imersão.

10 10 J. C. ROSALES AND M. B. BRANCO Supor que {n 0 < n 1 < < n p } um sistema minimal de geradores para S. Em [1] é mostrado o seguinte resultado. Proposition 17. Seja S um semigrupo numérico. Então #MRS n 0(n 0 1) (n 0 1 p). Em [11] esta cota é melhorada para o caso dos semigrupos irredutíveis com número de Frobenius ímpar. Proposition 18. Se S semigrupo irredutível com número de Frobenius ímpar, n 0 3 e p, então #MRS (n 0 )(n 0 1) 1 + (p + n 0 ). Em seguida provamos um resultado análogo para um semigrupo irredutível S com número de Frobenius par. A partir de [1] podemos deduzir o resultado seguinte. Proposition 19. Seja S um semigrupo numérico irredutível com g(s) par e p 3. Se {n 0, n 1,..., n p, g(s)} é um sistema minimal de geradores para S = S {g(s)}, g(s) > n 0 com n i e n 0 estão na mesma componente conexa de G g(s)+n0 +n i para todo i {1,..., p}, então temos que #MRS + p + = #MRS. Aplicando a Proposição 1 e como p 3 concluímos que g(s) + n 0 n i + n j para algum i, j {1,..., p} donde g(s) > n 0. Portanto, {n 0, n 1,..., n p, g(s)} é um sistema minimal de geradores para S = S {g(s)}, visto que a partir de [1] obtemos n p = g(s) + n 0, o qual contradiz a Proposição 1 para p 3. Lemma 0. Seja S um semigrupo numérico irredutível com g(s) par e p 3. Se i {1,..., p}, w Ap(S, n 0 ) com n 0 e n i em diferentes componentes conexas G w+ni, então para todo w Ap(S, n 0 ) tal que w w S \ {0} temos que w + n i Ap(S, n 0 ). Proof. Vamos supor que w + n i / Ap(S, n 0 ), então temos que w + n i n 0 S. Seja s S \ {0} tal que w = w + s com j {0,..., p} e s n j S. Então, w + n i (n i + n j ) S e w + n i (n j + n 0 ) S. Portanto, concluímos que n i n j, n j n 0 E w+ni e assim n i e n 0 estão na mesma componente conexa de G w+ni. Lemma 1. Seja S um semigrupo numérico irredutível com g(s) par e p 3. Para todo i {1,..., p}, tem-se que n 0 e n i estão na mesma componente conexa de G g(s)+n0 +n i.

11 SEMIGRUPOS NUMÉRICOS IRREDUTÍVEIS 11 References [1] R. Apéry Sur les branches superlinéaires de courbes algébriques. C. R. Acad. Sci. Paris (1946), [] V. Barucci, D. E. Dobbs and M. Fontana. Maximality Properties in Numerical Semigroups and Applications to One-Dimensional Analytically Irreducible Local Domains. Memoirs of the Amer. Math. Soc. 598 (1997). [3] H. Bresinsky. On prime ideals with generic zero x i = t ni. Proc. Amer. Soc. 47 (1975) [4] C. Delorme. Sous-monoides d intersion complete de N. Ann. Scient. Ec. Norm. Sup., 4-série, t.9 (1976), [5] J. Bertin and P. Carbone, Semi-groups d entiers et application aux branches, J. Algebra, 49 (1977), [6] R. Fröberg, G. Gottlieb and R. Häggkvist. On numerical semigroups. Semigroup Forum 35 (1987), [7] J. Herzog. Generators and relations of abelian semigroups and semigroup rings. Manuscripta Math. 3 (1970), [8] E. Kunz. The value semigroup of one dimensional Gorenstein ring. Proc. Amer. Math. Soc. 5 (1970), [9] L. Rédei. The theory of finitely generated commutative semigroups. Pergamon, Oxford-Edinburgh, New York, [10] J. C. Rosales. An algorithm for determining a minimal relation associated to a numerical semigroup. Int. J. Algebra and Comput. 6 (1996), [11] J. C. Rosales. On Symmetric numerical semigroups. J. Algebra 18 (1996), [1] J. C. Rosales. On numerical semigroups. Semigroup Forum 5 (1996), [13] J. C. Rosales and P. A. García-Sánchez. Finitely generated commutative monoids. Nova Science Publishers, New York, [14] J. C. Rosales and P. A. García-Sánchez. On numerical semigroups with high embedding dimension. J. Algebra 03 (1998), [15] J. Sally. Cohen-Macaulay local rings of maximal embedding dimension. J. Algebra 56 (1979), Departamento de Granada, Spain Álgebra, Universidad de Granada, E Departamento de Matemática, Universidade de Évora, 7000 Évora, Portugal address: mbb@uevora.pt

Capítulo 1 Conceitos e Resultados Básicos

Capítulo 1 Conceitos e Resultados Básicos Introdução à Teoria dos Grafos (MAC-5770) IME-USP Depto CC Profa. Yoshiko Capítulo 1 Conceitos e Resultados Básicos Um grafo é um par ordenado (V, A), onde V e A são conjuntos disjuntos, e cada elemento

Leia mais

Semigrupos Numéricos e Corpos de Funções Algébricas

Semigrupos Numéricos e Corpos de Funções Algébricas Semigrupos Numéricos e Corpos de Funções Algébricas THIAGO FILIPE DA SILVA Professor Assistente do Centro de Ciências Exatas da Universidade Federal do Espírito Santo. RESUMO O estudo sobre o número de

Leia mais

Geradores e relações

Geradores e relações Geradores e relações Recordamos a tabela de Cayley de D 4 (simetrias do quadrado): ρ 0 ρ 90 ρ 180 ρ 270 h v d 1 d 2 ρ 0 ρ 0 ρ 90 ρ 180 ρ 270 h v d 1 d 2 ρ 90 ρ 90 ρ 180 ρ 270 ρ 0 d 2 d 1 h v ρ 180 ρ 180

Leia mais

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os

Leia mais

Aula 11 IDEAIS E ANÉIS QUOCIENTES META. Apresentar o conceito de ideal e definir anel quociente. OBJETIVOS

Aula 11 IDEAIS E ANÉIS QUOCIENTES META. Apresentar o conceito de ideal e definir anel quociente. OBJETIVOS Aula 11 IDEAIS E ANÉIS QUOCIENTES META Apresentar o conceito de ideal e definir anel quociente. OBJETIVOS Aplicar as propriedades de ideais na resolução de problemas. Reconhecer a estrutura algébrica de

Leia mais

1.2 Axioma do Supremo

1.2 Axioma do Supremo 1.2 Axioma do Supremo EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. Verifique que se n N é ímpar, então n 2 é também ímpar. O que pode concluir de n N sabendo que n 2 é par? RESOLUÇÃO Seja n N ímpar, com n = 2k+1, para algum

Leia mais

Anéis quocientes k[x]/i

Anéis quocientes k[x]/i META: Determinar as possíveis estruturas definidas sobre o conjunto das classes residuais do quociente entre o anel de polinômios e seus ideais. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

Leia mais

SEMIGRUPOS ASSOCIADOS A GERMES DE CURVAS PLANAS IRREDUTÍVEIS 1

SEMIGRUPOS ASSOCIADOS A GERMES DE CURVAS PLANAS IRREDUTÍVEIS 1 SEMIGRUPOS ASSOCIADOS A GERMES DE CURVAS PLANAS IRREDUTÍVEIS 1 LEANDRO NERY DE OLIVEIRA Professor Assistente do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal do Acre. RESUMO Os semigrupos

Leia mais

1. Num grupo G, sejam a e b dois elementos diferentes da identidade e tais que a 3 = b 2 = e e ba = a 2 b.

1. Num grupo G, sejam a e b dois elementos diferentes da identidade e tais que a 3 = b 2 = e e ba = a 2 b. Problema 1 1. Num grupo G, sejam a e b dois elementos diferentes da identidade e tais que a 3 b 2 e e ba a 2 b. (a) Indique, justificando, se: i. a é sempre igual a b; ii. a nunca é igual a b; iii. a pode

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação Álgebra (Ciência de Computadores) 2005/2006 Números inteiros 1. Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação (a) {inteiros positivos impares}; (b) {inteiros negativos pares};

Leia mais

1.1 Conjuntos parcialmente ordenados (c.p.o. s)

1.1 Conjuntos parcialmente ordenados (c.p.o. s) Capítulo 1 PRELIMINARES Neste primeiro capítulo podemos encontrar algumas definições e proposições que para além de nos familiarizar com a notação que iremos utilizar também têm como finalidade a referência

Leia mais

Notas sobre os anéis Z m

Notas sobre os anéis Z m Capítulo 1 Notas sobre os anéis Z m Estas notas complementam o texto principal, no que diz respeito ao estudo que aí se faz dos grupos e anéis Z m. Referem algumas propriedades mais específicas dos subanéis

Leia mais

Conjuntos Abelianos Maximais

Conjuntos Abelianos Maximais Conjuntos Abelianos Maximais (Dedicado para meu filho Demetrius) por José Ivan da Silva Ramos (Doutor em Álgebra e membro efetivo do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal do

Leia mais

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos Observação Como para k > 1 se tem (a 1, a 2,..., a k ) = (a 1, a k )(a 1, a k 1 ) (a 1, a 2 ), um ciclo de comprimento par é uma permutação ímpar e um ciclo de comprimento ímpar é uma permutação par. Proposição

Leia mais

4.1 Preliminares. No exemplo acima: Dom(R 1 ) = e Im(R 1 ) = Dom(R 2 ) = e Im(R 2 ) = Dom(R 3 ) = e Im(R 3 ) = Diagrama de Venn

4.1 Preliminares. No exemplo acima: Dom(R 1 ) = e Im(R 1 ) = Dom(R 2 ) = e Im(R 2 ) = Dom(R 3 ) = e Im(R 3 ) = Diagrama de Venn 4 Relações 4.1 Preliminares Definição 4.1. Sejam A e B conjuntos. Uma relação binária, R, de A em B é um subconjunto de A B. (R A B) Dizemos que a A está relacionado com b B sss (a, b) R. Notação: arb.

Leia mais

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG 1 Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos Ana Cristina Vieira Departamento de Matemática - ICEx - UFMG - 2011 1. Representações de Grupos Finitos 1.1. Fatos iniciais Consideremos

Leia mais

Construção dos Números Reais

Construção dos Números Reais 1 Universidade de Brasília Departamento de Matemática Construção dos Números Reais Célio W. Manzi Alvarenga Sumário 1 Seqüências de números racionais 1 2 Pares de Cauchy 2 3 Um problema 4 4 Comparação

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Dezembro 2010 Capítulo 1 Números reais As propriedades do conjunto dos números reais têm por base um conjunto restrito

Leia mais

5 Congruências lineares. Programa. 1 Parte 1 - Conjuntos e Aplicações. 1 Conjuntos. 4 Indução matemática e divisibilidade

5 Congruências lineares. Programa. 1 Parte 1 - Conjuntos e Aplicações. 1 Conjuntos. 4 Indução matemática e divisibilidade Matemática Discreta 2008/09 Jorge André & Vítor Hugo Fernandes Departamento de Matemática FCT/UNL Programa 1 Parte 1 - Conjuntos e Aplicações 1 Conjuntos 2 Relações Binárias 3 Aplicações 4 Indução matemática

Leia mais

Fabio Augusto Camargo

Fabio Augusto Camargo Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Departamento de Matemática Introdução à Topologia Autor: Fabio Augusto Camargo Orientador: Prof. Dr. Márcio de Jesus Soares

Leia mais

Polinômios Ortogonais no Círculo Unitário com Relação a Certas Medidas Associadas a Coeficientes de Verblunsky Periódicos

Polinômios Ortogonais no Círculo Unitário com Relação a Certas Medidas Associadas a Coeficientes de Verblunsky Periódicos Trabalho apresentado no CNMAC, Gramado - RS, 2016. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Polinômios Ortogonais no Círculo Unitário com Relação a Certas Medidas

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/23 7 - ESTRUTURAS ALGÉBRICAS 7.1) Operações Binárias

Leia mais

Construção de matrizes inteiras com somas das linhas e das colunas prescritas

Construção de matrizes inteiras com somas das linhas e das colunas prescritas Construção de matrizes inteiras com somas das linhas e das colunas prescritas Rosário Fernandes Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa, Caparica, Portugal

Leia mais

Definir classes laterais e estabelecer o teorema de Lagrange. Aplicar o teorema de Lagrange na resolução de problemas.

Definir classes laterais e estabelecer o teorema de Lagrange. Aplicar o teorema de Lagrange na resolução de problemas. Aula 05 GRUPOS QUOCIENTES METAS Estabelecer o conceito de grupo quociente. OBJETIVOS Definir classes laterais e estabelecer o teorema de Lagrange. Aplicar o teorema de Lagrange na resolução de problemas.

Leia mais

Teorema (Teorema fundamental do homomorfismo)

Teorema (Teorema fundamental do homomorfismo) Teorema (Teorema fundamental do homomorfismo) Seja ϕ : G H um homomorfismo de grupos. Então G/ ker ϕ ϕ(g). Demonstração. Vamos mostrar que a correspondência ψ : G/ ker ϕ ϕ(g) dada por ψ(g ker ϕ) = ϕ(g)

Leia mais

x B A x X B B A τ x B 3 B 1 B 2

x B A x X B B A τ x B 3 B 1 B 2 1. Definição e exemplos. Bases. Dar uma topologia num conjunto X é especificar quais dos subconjuntos de X são abertos: Definição 1.1. Um espaço topológico é um par (X, τ) em que τ é uma colecção de subconjuntos

Leia mais

GABRIEL BUJOKAS

GABRIEL BUJOKAS APLICAÇÕES DE ÁLGEBRA LINEAR À COMBINATÓRIA GABRIEL BUJOKAS (GBUJOKAS@MIT.EDU) A gente vai discutir algumas das aplicações clássicas de álgebra linear à combinatória. Vamos começar relembrando alguns conceitos

Leia mais

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero.

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. Lista 1 - Teoria de Anéis - 2013 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 03/09/2013 obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. 1. Os conjuntos

Leia mais

LISTA CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE 17. Seja G um grupo e sejam H e K subgrupos de G cujas ordens sejam relativamente primas.

LISTA CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE 17. Seja G um grupo e sejam H e K subgrupos de G cujas ordens sejam relativamente primas. MAT5728 - Álgebra 2o. semestre/2008 LISTA 1 1. GRUPOS 1. Seja G um grupo. Mostre que se ab 2 = a 2 b 2, para quaisquer a, b G, então G é abeliano. 2. a Se G é um grupo no qual ab i = a i b i, para três

Leia mais

Usando indução pode então mostrar-se o seguinte:

Usando indução pode então mostrar-se o seguinte: Proposição Sejam G e H grupos cíclicos finitos. Então G H é cíclico se e só se ord(g) e ord(h) forem primos entre si. Exercício Faça a demonstração da proposição anterior. Usando indução pode então mostrar-se

Leia mais

Relações Binárias, Aplicações e Operações

Relações Binárias, Aplicações e Operações Relações Binárias, Aplicações e Operações MAT 131-2018 II Pouya Mehdipour 6 de dezembro de 2018 Pouya Mehdipour 6 de dezembro de 2018 1 / 24 Referências ALENCAR FILHO, E. Teoria Elementar dos Conjuntos,

Leia mais

Semigrupos Factorizáveis: os casos inverso e ortodoxo

Semigrupos Factorizáveis: os casos inverso e ortodoxo UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Ciências Departamento de Matemática Semigrupos Factorizáveis: os casos inverso e ortodoxo Núria Andreia Gomes Gonçalves Barbosa Moura Mestrado em Matemática 2009 UNIVERSIDADE

Leia mais

Automorfismos Coprimos em Grupos Profinitos

Automorfismos Coprimos em Grupos Profinitos Automorfismos Coprimos em Grupos Profinitos LIMA, Márcio Dias de; LIMA, Aline de Souza, CALDEIRA, Jhone Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II - Caixa Postal 131,

Leia mais

Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx.

Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx. 4 Álgebras de Lie Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx. 4.1 Álgebras de Lie Simples Definição 4.1 Uma álgebra

Leia mais

A2. Cada operação é distributiva sobre a outra, isto é, para todo x, y e z em A, x (y + z) = (x y) + (x z) e x + (y z) = (x + y) (x + z)

A2. Cada operação é distributiva sobre a outra, isto é, para todo x, y e z em A, x (y + z) = (x y) + (x z) e x + (y z) = (x + y) (x + z) Álgebra Booleana Nesta parte veremos uma definição formal de álgebra booleana, que é baseada em um conjunto de axiomas (ou postulados). Veremos também algumas leis ou propriedades de álgebras booleanas.

Leia mais

Apresentar o conceito de grupo, as primeiras definições e diversos exemplos. Aplicar as propriedades dos grupos na resolução de problemas.

Apresentar o conceito de grupo, as primeiras definições e diversos exemplos. Aplicar as propriedades dos grupos na resolução de problemas. Aula 04 O CONCEITO DE GRUPO META Apresentar o conceito de grupo, as primeiras definições e diversos exemplos. OBJETIVOS Definir e exemplificar grupos e subgrupos. Aplicar as propriedades dos grupos na

Leia mais

Resolução do 1 o exame

Resolução do 1 o exame Introdução à Álgebra, 2015-16 Resolução do 1 o exame 1. Diga, em cada caso, se a afirmação é verdadeira ou falsa, justificando a sua resposta com uma demonstração, ou um contra-exemplo. Nesta questão,

Leia mais

Nós em Grafos. Novos Talentos em Matemática. Joel Moreira. 5 de Setembro de Joel Moreira Nós em Grafos 5 de Setembro de 2008 () 1 / 16

Nós em Grafos. Novos Talentos em Matemática. Joel Moreira. 5 de Setembro de Joel Moreira Nós em Grafos 5 de Setembro de 2008 () 1 / 16 Nós em Grafos Novos Talentos em Matemática Joel Moreira 5 de Setembro de 2008 Joel Moreira Nós em Grafos 5 de Setembro de 2008 () 1 / 16 Chamamos enlace a um conjunto finito de curvas fechadas suaves em

Leia mais

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a Exemplo (U(n)) Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a multiplicação módulo n é uma operação binária

Leia mais

Subgrafos. Se G é um grafo e F A(G) então o subgrafo de G induzido (ou gerado) por F é o

Subgrafos. Se G é um grafo e F A(G) então o subgrafo de G induzido (ou gerado) por F é o Um grafo completo é um grafo simples em que quaisquer dois de seus vértices distintos são adjacentes. A menos de isomorfismo, existe um único grafo completo com n vértices; que é denotado por K n. O grafo

Leia mais

d(t x, Ty) = d(x, y), x, y X.

d(t x, Ty) = d(x, y), x, y X. Capítulo 6 Espaços duais 6.1 Preliminares A análise funcional foi nos seus primórdios o estudo de funcionais. Assim, nos dias de hoje um princípio fundamental da análise funcional é a investigação de espaços

Leia mais

Dízimas e intervalos encaixados.

Dízimas e intervalos encaixados. Dízimas e intervalos encaixados. Recorde que uma dízima com n casas decimais é um número racional da forma a 0.a a 2...a n = a 0 + a 0 + a 2 0 2 + + a n n 0 n = a j 0 j em que a 0,a,...,a n são inteiros

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/31 7 - ESTRUTURAS ALGÉBRICAS 7.1) Operações Binárias

Leia mais

Teorema de Sarkovsky

Teorema de Sarkovsky Teorema de Sarkovsky Yuri Lima 8 de janeiro de 2008 Resumo Provaremos um teorema, provado pelo matemático ucraniano A. Sarkovsky em [4] que, em poucas palavras, afirma que Período 3 implica Caos, no seguinte

Leia mais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais Matemática I 1 Propriedades dos números reais O conjunto R dos números reais satisfaz algumas propriedades fundamentais: dados quaisquer x, y R, estão definidos a soma x + y e produto xy e tem-se 1 x +

Leia mais

Aula 14 DOMÍNIOS FATORIAIS META. Estabelecer o conceito de domínio fatorial. OBJETIVOS

Aula 14 DOMÍNIOS FATORIAIS META. Estabelecer o conceito de domínio fatorial. OBJETIVOS Aula 14 DOMÍNIOS FATORIAIS META Estabelecer o conceito de domínio fatorial. OBJETIVOS Aplicar a definição de domínio fatorial na resolução de problemas. Estabelecer a definição de máximo divisor comum

Leia mais

3 Sistema de Steiner e Código de Golay

3 Sistema de Steiner e Código de Golay 3 Sistema de Steiner e Código de Golay Considere o sistema de Steiner S(5, 8, 24, chamaremos os seus blocos de octads. Assim, as octads são subconjuntos de 8 elementos de um conjunto Ω com 24 elementos

Leia mais

, com k 1, p 1, p 2,..., p k números primos e α i, β i 0 inteiros, as factorizações de dois números inteiros a, b maiores do que 1.

, com k 1, p 1, p 2,..., p k números primos e α i, β i 0 inteiros, as factorizações de dois números inteiros a, b maiores do que 1. Como seria de esperar, o Teorema Fundamental da Aritmética tem imensas consequências importantes. Por exemplo, dadas factorizações em potências primas de dois inteiros, é imediato reconhecer se um deles

Leia mais

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional.

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Capítulo 9 1. Coordenadas no Espaço Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Um sistema de eixos ortogonais OXY Z em E consiste de três eixos ortogonais entre si OX, OY e OZ com a mesma

Leia mais

Reticulados e Álgebras de Boole

Reticulados e Álgebras de Boole Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente

Leia mais

1 Congruências e aritmética modular

1 Congruências e aritmética modular 1 Congruências e aritmética modular Vamos considerar alguns exemplos de problemas sobre números inteiros como motivação para o que se segue. 1. O que podemos dizer sobre a imagem da função f : Z Z, f(x)

Leia mais

Grupos livres e apresentações, grupos hopfianos e grupos residualmente finitos

Grupos livres e apresentações, grupos hopfianos e grupos residualmente finitos Grupos livres e apresentações, grupos hopfianos e grupos residualmente finitos Bárbara Lopes Amaral Professora Ana Cristina Vieira Tópicos Especiais em Teoria de Grupos Belo orizonte Dezembro de 2010 Grupos

Leia mais

MAT0313 Álgebra III Lista 5

MAT0313 Álgebra III Lista 5 MAT0313 Álgebra III Lista 5 2008 1. (a) Se G é um grupo no qual (ab) i = a i b i, para três inteiros consecutivos i e para quaisquer a, b G, demonstre que G é abeliano. (b) Vale o mesmo resultado se (ab)

Leia mais

Análise Matemática III - Turma especial

Análise Matemática III - Turma especial Análise Matemática III - Turma especial Fichas 1 a 5 - Solução parcial 1.3 Seja D E k um conjunto fechado. Uma transformação T : D D diz-se uma contracção se existe c < 1 tal que para todos os x, y D se

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula João Roberto Gerônimo 1 1 Professor Associado do Departamento de Matemática da UEM. E-mail: jrgeronimo@uem.br. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO Esta notas de aula

Leia mais

Apresentar o conceito de anel, suas primeiras definições, diversos exemplos e resultados. Aplicar as propriedades dos anéis na relação de problemas.

Apresentar o conceito de anel, suas primeiras definições, diversos exemplos e resultados. Aplicar as propriedades dos anéis na relação de problemas. Aula 10 O CONCEITO DE ANEL META Apresentar o conceito de anel, suas primeiras definições, diversos exemplos e resultados. OBJETIVOS Definir, exemplificar e classificar anéis. Aplicar as propriedades dos

Leia mais

UMA PARTIÇÃO DO CONJUNTO DOS GRAFOS CONEXOS DE ORDEM n EM CLASSES DE GRAFOS (a, b)-lineares

UMA PARTIÇÃO DO CONJUNTO DOS GRAFOS CONEXOS DE ORDEM n EM CLASSES DE GRAFOS (a, b)-lineares UMA PARTIÇÃO DO CONJUNTO DOS GRAFOS CONEXOS DE ORDEM n EM CLASSES DE GRAFOS (a, b)-lineares Patricia Erthal de Moraes Colégio Pedro II Campo de São Cristóvão, 77 - São Cristóvão -Rio de Janeiro, CEP: 9-44

Leia mais

3.4 Álgebra booleana, ordens parciais e reticulados

3.4 Álgebra booleana, ordens parciais e reticulados Notas de aula de MAC0329 (2003) 23 3.4 Álgebra booleana, ordens parciais e reticulados Seja A um conjunto não vazio. Uma relação binária R sobre A é um subconjunto de A A, isto é, R A A. Se (x, y) R, denotamos

Leia mais

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é introduzir formas quadráticas sobre reticulados. Demonstramos que a definição

Leia mais

σ-álgebras, geradores e independência

σ-álgebras, geradores e independência σ-álgebras, geradores e independência Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 15 de Março de 2009 Resumo Notas sobre a σ-álgebra gerada por uma variável aleatória X e sobre as condições de independência de

Leia mais

ax + by 347 = 0 k = text UNIDADE CURRICULAR: Matemática Finita CÓDIGO: DOCENTES: Gilda Ferreira e Ana Nunes

ax + by 347 = 0 k = text UNIDADE CURRICULAR: Matemática Finita CÓDIGO: DOCENTES: Gilda Ferreira e Ana Nunes text UNIDADE CURRICULAR: Matemática Finita CÓDIGO: 21082 DOCENTES: Gilda Ferreira e Ana Nunes Resolução e Critérios de Correção 1. Sejam a, b Z tais que mdc(a, b) = 12. Relativamente à equação ax + by

Leia mais

Espaços vectoriais reais

Espaços vectoriais reais ALGA - 00/0 - Espaços Vectoriais 49 Introdução Espaços vectoriais reais O que é que têm em comum o conjunto dos pares ordenados de números reais, o conjunto dos vectores livres no espaço, o conjunto das

Leia mais

O espaço das Ordens de um Corpo

O espaço das Ordens de um Corpo O espaço das Ordens de um Corpo Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é exibir corpos com infinitas ordens e exibir uma estrutura topológica ao conjunto das ordens de um corpo.

Leia mais

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial V Bienal da SBM Sociedade Brasileira de Matemática UFPB - Universidade Federal da Paraíba 18 a 22 de outubro de 2010 uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando

Leia mais

P-GRUPOS E O TEOREMA DE CAUCHY. Conceituar p-grupos e estabelecer o Teorema de Cauchy

P-GRUPOS E O TEOREMA DE CAUCHY. Conceituar p-grupos e estabelecer o Teorema de Cauchy Aula 08 P-GRUPOS E O TEOREMA DE CAUCHY META Conceituar p-grupos e estabelecer o Teorema de Cauchy OBJETIVOS Definir p-grupos e aplicar suas propriedades na resolução de problemas. Reconhecer o teorema

Leia mais

(g) (G, +, ) sendo G = {a + ib a, b Z}, o conjunto dos inteiros de Gauss, + e a adição e a multiplicação usuais de números complexos.

(g) (G, +, ) sendo G = {a + ib a, b Z}, o conjunto dos inteiros de Gauss, + e a adição e a multiplicação usuais de números complexos. Álgebra II Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra Ano lectivo 2004/05 1 ō semestre Anéis e corpos 1. Averigúe se os seguintes conjuntos têm estrutura de anel para as operações indicadas.

Leia mais

Teoremas fundamentais dos espaços normados

Teoremas fundamentais dos espaços normados Capítulo 9 Teoremas fundamentais dos espaços normados 9.1 Teorema de Hahn-Banach O próximo teorema, conhecido como teorema de Hahn-Banach, é uma generalização do Teorema 4.12, o qual, recordamos para conveniência

Leia mais

Constelações de sinais via os anéis de inteiros de Gauss e de Eisenstein-Jacobi

Constelações de sinais via os anéis de inteiros de Gauss e de Eisenstein-Jacobi Constelações de sinais via os anéis de inteiros de Gauss e de Eisenstein-Jacobi Antonio Aparecido de Andrade, Tatiane da Silva Evangelista, Depto de Matemática, IBILCE, UNESP, 5054-000, São José do Rio

Leia mais

13 AULA. Relações de Equivalência LIVRO. META: Introduzir o conceito de relações de equivalência e suas propriedades.

13 AULA. Relações de Equivalência LIVRO. META: Introduzir o conceito de relações de equivalência e suas propriedades. 2 LIVRO Relações de Equivalência META: Introduzir o conceito de relações de equivalência e suas propriedades. OBJETIVOS: Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de: Identificar se uma dada relação

Leia mais

O Teorema de Ramsey e o Último Teorema de Fermat em Corpos Finitos.

O Teorema de Ramsey e o Último Teorema de Fermat em Corpos Finitos. O Teorema de Ramsey e o Último Teorema de Fermat em Corpos Finitos. Leandro Cioletti Eduardo A. Silva 12 de setembro de 2011 Resumo O objetivo deste texto é apresentar a prova do Último Teorema de Fermat

Leia mais

O Teorema de P. Hall

O Teorema de P. Hall UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA O Teorema de P. all Rafael Bezerra dos Santos Disciplina: Seminário III - Tópicos Especiais em Teoria de Grupos

Leia mais

Topologia e Análise Linear. Maria Manuel Clementino, 2013/14

Topologia e Análise Linear. Maria Manuel Clementino, 2013/14 Maria Manuel Clementino, 2013/14 2013/14 1 ESPAÇOS MÉTRICOS Espaço Métrico Um par (X, d) diz-se um espaço métrico se X for um conjunto e d : X X R + for uma aplicação que verifica as seguintes condições,

Leia mais

CAMINHOS, CIRCUITOS, CAMINHOS MÍNIMOS E CONEXIDADE

CAMINHOS, CIRCUITOS, CAMINHOS MÍNIMOS E CONEXIDADE CAPíTULO 2 CAMINHOS, CIRCUITOS, CAMINHOS MÍNIMOS E CONEXIDADE Neste captulo tratamos de tr^es classes especiais de grafos. Na primeira sec~ao apresentamos a classe dos caminhos e noc~oes que permeiam essa

Leia mais

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos Teorema de Lagrange Subgrupos normais e grupos quociente

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos Teorema de Lagrange Subgrupos normais e grupos quociente Classes laterais Sejam G um grupo, H um subconjunto de G e a um elemento de G. Usamos as seguintes notações: ah = {ah h H} e Ha = {ha h H}. Definição (Classe lateral de H em G) Seja H um subgrupo do grupo

Leia mais

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Giselle Moraes Resende Pereira Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Matemática Graduanda em Matemática - Programa de Educação Tutorial

Leia mais

Dimensão de módulos livres sobre anéis comutativos

Dimensão de módulos livres sobre anéis comutativos Dimensão de módulos livres sobre anéis comutativos M. Luísa Galvão Centro de Álgebra Universidade de Lisboa Av. Prof. Gama Pinto 2, 1649-003 Lisboa, Portugal e-mail: mlgalvao@ptmat.fc.ul.pt Pedro J. Freitas

Leia mais

OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO)

OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO) ! #" $ %$!&'%($$ OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO) Neste texto apresentaremos dois teoremas de estrutura para módulos que são artinianos e noetherianos simultaneamente. Seja

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Câmpus Catalão Aluno: Bruno Castilho Rosa Orientador: Igor Lima Seminário Semanal de Álgebra

Universidade Federal de Goiás Câmpus Catalão Aluno: Bruno Castilho Rosa Orientador: Igor Lima Seminário Semanal de Álgebra Universidade Federal de Goiás Câmpus Catalão Aluno: Bruno Castilho Rosa Orientador: Igor Lima Seminário Semanal de Álgebra Notas de aula 1. Título: Subgrupos finitos de. 2. Breve descrição da aula A aula

Leia mais

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017 Matemática Discreta Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números Professora Dr. a Donizete Ritter Universidade do Estado de Mato Grosso 4 de setembro de 2017 Ritter, D. (UNEMAT) Matemática Discreta 4

Leia mais

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função UMA INTRODUÇÃO A ÁLGEBRAS TIAGO MACEDO Resumo. Neste seminário vamos introduzir uma nova estrutura algébrica, álgebras. Começaremos recapitulando estruturas definidas em seminários anteriores. Em seguida,

Leia mais

Tópicos de Semigrupos Numéricos

Tópicos de Semigrupos Numéricos Tópicos de Semigrupos Numéricos Marta Alexandra Ramos da Silva Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Matemática 2016 Tópicos de Semigrupos Numéricos Marta

Leia mais

Um Exemplo de Códigos de Goppa Suportados em um Ponto sobre uma Curva não Maximal

Um Exemplo de Códigos de Goppa Suportados em um Ponto sobre uma Curva não Maximal Um Exemplo de Códigos de Goppa Suportados em um Ponto sobre uma Curva não Maximal J. Bezerra L. Quoos Resumo Apresentamos aqui uma nova família de códigos de Goppa suportados num ponto ilustrando o teorema

Leia mais

Exercício 18. Demonstre a proposição anterior. (Dica: use as definições de continuidade e mensurabilidade)

Exercício 18. Demonstre a proposição anterior. (Dica: use as definições de continuidade e mensurabilidade) Proposição 2.7. Sejam Y e Z espaços métricos e X um espaço mensurável. Se f : X Y é uma função mensurável e g : Y Z é uma função contínua então g f : X Z é uma função mensurável. Exercício 18. Demonstre

Leia mais

Hiperplano e n-esfera: Posições Relativas

Hiperplano e n-esfera: Posições Relativas Hiperplano e n-esfera: Posições Relativas Joselito de Oliveira, Wender Ferreira Lamounie Departamento de Matemática Universidade Federal de Roraima (UFRR) Boa Vista RR Brazil Escola de Aplicação Universidade

Leia mais

ÁLGEBRA I. 1 o período de 2005 (Noturno)

ÁLGEBRA I. 1 o período de 2005 (Noturno) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Brasília, março de 2005 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA -IE ÁLGEBRA I 1 o período de 2005 Noturno Exercícios de treinamento Observação : Os problemas que se seguem, marcados por *,

Leia mais

1 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por. 2x 1 0 x 1 2. b a x. ba 2. e b 2 c

1 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por. 2x 1 0 x 1 2. b a x. ba 2. e b 2 c CAPÍTULO 1 Exercícios 1..n) Como x 0 para todo x, o sinal de x(x ) é o mesmo que o de x; logo, x(x ) 0 para x 0; x(x ) 0 para x 0; x(x ) 0 para x 0.. n) Como x 1 1 0 para todo x, multiplicando-se os dois

Leia mais

Conjunto Quociente e Classe de Equivalência (Alguns Exemplos e Definições)

Conjunto Quociente e Classe de Equivalência (Alguns Exemplos e Definições) Exemplos Definições Conjunto Quociente e Classe de Equivalência (Alguns Exemplos e Definições) Matemática Elementar - EAD Departamento de Matemática Universidade Federal da Paraíba 4 de setembro de 2014

Leia mais

Chama-se conjunto dos números naturais símbolo N o conjunto formado pelos números. OBS: De um modo geral, se A é um conjunto numérico qualquer, tem-se

Chama-se conjunto dos números naturais símbolo N o conjunto formado pelos números. OBS: De um modo geral, se A é um conjunto numérico qualquer, tem-se UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA Conjuntos Numéricos Prof.:

Leia mais

Definição 1.1 : Uma árvore é um grafo simples conexo e sem ciclos.

Definição 1.1 : Uma árvore é um grafo simples conexo e sem ciclos. 1 Árvores Definição 1.1 : Uma árvore é um grafo simples conexo e sem ciclos. Um grafo simples sem ciclos mas não conexo (em que cada componente conexa é portanto uma árvore) chama-se uma floresta. Numa

Leia mais

Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos

Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras Silvia Gonçalves Santos Definição 1 Seja R um anel com unidade. O radical de Jacobson de R, denotado por J(R), é o ideal (à esquerda) dado pela

Leia mais

Os números inteiros. Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/ / 51

Os números inteiros. Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/ / 51 Os números inteiros Abordaremos algumas propriedades dos números inteiros, sendo de destacar o Algoritmo da Divisão e o Teorema Fundamental da Aritmética. Falaremos de algumas aplicações como sejam a detecção

Leia mais

MAT5728 Álgebra Lista 1

MAT5728 Álgebra Lista 1 MAT5728 Álgebra Lista 1 2009 1. (a) Se G é um grupo no qual (ab) i = a i b i, para três inteiros consecutivos i e para quaisquer a, b G, demonstre que G é abeliano. (b) Vale o mesmo resultado se (ab) i

Leia mais

Referências e materiais complementares desse tópico

Referências e materiais complementares desse tópico Notas de aula: Análise de Algoritmos Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC Profa. Carla Negri Lintzmayer Conceitos matemáticos e técnicas de prova (Última atualização:

Leia mais

O Teorema de Peano. f : D R n. uma função contínua. Vamos considerar o seguinte problema: Encontrar um intervalo I R e uma função ϕ : I R n tais que

O Teorema de Peano. f : D R n. uma função contínua. Vamos considerar o seguinte problema: Encontrar um intervalo I R e uma função ϕ : I R n tais que O Teorema de Peano Equações de primeira ordem Seja D um conjunto aberto de R R n, e seja f : D R n (t, x) f(t, x) uma função contínua. Vamos considerar o seguinte problema: Encontrar um intervalo I R e

Leia mais

O Teorema de Van der Waerden

O Teorema de Van der Waerden O Teorema de Van der Waerden Leandro Cioletti 12 de abril de 2012 Resumo Nestas notas apresentamos a prova do Teorema de Van der Waerden. Este teorema diz que para qualquer coloração do conjunto dos números

Leia mais

a = bq + r e 0 r < b.

a = bq + r e 0 r < b. 1 Aritmética dos Inteiros 1.1 Lema da Divisão e o Algoritmo de Euclides Recorde-se que a, o módulo ou valor absoluto de a, designa a se a N a = a se a / N Dados a, b, c Z denotamos por a b : a divide b

Leia mais

correspondência entre extensões intermédias de K M e subgrupos de Gal(M, K) chama-se correspondência de Galois.

correspondência entre extensões intermédias de K M e subgrupos de Gal(M, K) chama-se correspondência de Galois. Aula 21 - Álgebra II Estamos finalmente em condições de explicar como é que a teoria de Galois permite substituir problemas sobre polinómios por um problema em princípio mais simples de teoria dos grupos.

Leia mais

Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α).

Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α). Teoria de Galois Vamos nos restringir a car. zero. Seja K/F uma extensão finita de corpos. O grupo de Galois G(K/F ) é formado pelos isomorfismos ϕ : K K tais que x F, ϕ(x) = x. Lema. G(K/F ) [K : F ].

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Transporte de medidas Teoria da Medida e Integração (MAT505) Transporte de medidas e medidas invariantes. Teorema de Recorrência de Poincaré V. Araújo Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia

Leia mais