Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para uso de hidroxiureia na doença falciforme

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para uso de hidroxiureia na doença falciforme"

Transcrição

1 REVISTA BRASILEIRA DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para uso de hidroxiureia na doença falciforme Clinical protocol and therapeutic guidelines for the use of hydroxyurea in sickle cell disease Rodolfo D. Cançado 1 Clarisse Lobo 2 Ivan L. Ângulo 3 Paulo I. C. Araújo 4 Joice A. Jesus 5 Hidroxiureia (HU) constitui o avanço mais importante no tratamento de pacientes com doença falciforme (DF). Fortes evidências confirmam a eficácia da HU em pacientes adultos diminuindo os episódios de dor intensa, hospitalização, número de transfusões e síndrome torácica aguda. Embora a evidência da eficácia do tratamento com HU em crianças não seja tão forte, os recentes resultados são encorajadores. Os dados atuais em relação aos riscos a curto e longo prazos da terapia com HU em adultos são aceitáveis comparado aos riscos dos pacientes não tratados com HU. Neste artigo, apresentamos revisão detalhada sobre os principais aspectos quanto à eficácia, efetividade, toxicidade e barreiras ao uso de HU em pacientes com DF e propomos um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o uso de HU em pacientes com DF. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. Palavras-chave: Doença falciforme; hidroxiureia; protocolo clínico; diretrizes terapêuticas. Introdução Situação atual da doença falciforme Anemia falciforme (AF) é a doença hereditária monogênica mais comum do Brasil, ocorrendo predominantemente entre afrodescendentes. Distribui-se heterogeneamente, sendo mais frequente nos estados Norte e Nordeste. Estimase que cerca de 4% da população brasileira e 6% a 10% dos afrodescendentes são portadores do traço falciforme (Hb AS) e que, anualmente, nascem aproximadamente 3 mil crianças portadoras de doença falciforme (DF), número este que corresponde ao nascimento de uma criança doente para cada mil recém-nascidos vivos. Atualmente, estima-se que tenhamos 20 a 30 mil brasileiros portadores da DF. 1,2 O evento fisiopatológico básico da AF é a mutação de ponto (GAG por GTC) no gene da globina beta da hemoglobina (Hb), originando a formação da Hb S, que, em situação de desoxigenação, sofre polimerização de suas moléculas, com falcização das hemácias, ocasionando encurtamento da vida média dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica crônica), eventos repetidos de vaso-oclusão, episódios de dor e lesão crônica e progressiva de órgãos, resultando em piora da qualidade de vida e aumento da taxa de mortalidade. 3 Até o momento presente, a hidroxiureia (HU) foi o único medicamento que, efetivamente, teve impacto na melhora da qualidade de vida dos pacientes com DF, reduzindo o número de crises vaso-oclusivas, número de hospitalização, tempo de internação, ocorrência de STA e, possivelmente, de eventos 1 Médico Hematologista, Professor Ajunto da Disciplina de Hematologia e Oncologia da F.C.M. da Santa Casa de São Paulo. 2 Médica Hematologista, Diretora Geral do Hemorio Rio de Janeiro-RJ 3 Assessor médico da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, Médico do Centro Regional de Hemoterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. 4 Médico Hematologista do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da UFRJ Rio de Janeiro-RJ 5 Médica Pediatra sanitarista, coordenadora da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias do Ministério da Saúde do Brasil. Disciplina de Hematologia e Oncologia da F. C. M. da Santa Casa de São Paulo São Paulo-SP. Correspondência: Rodolfo Delfini Cançado Rua Marques de Itu, 579 3º andar São Paulo-SP Brasil rdcan@uol.com.br Doi:

2 Cançado RD et al Rev. Bras. Hematol. Hemoter neurológicos agudos, além de demonstrar, de maneira contundente, redução da taxa de mortalidade quando comparada à mesma taxa no grupo de pacientes sem HU. 4,5 Hidroxiureia (HU) A HU foi sintetizada, pela primeira vez, na Alemanha, por Dressler e Stein, em Somente um século depois, mais especificamente em 1967, este medicamento foi aprovado pelo FDA norte-americano para tratamento de doenças neoplásicas e, nos anos subsequentes, para o tratamento de pacientes com leucemia mieloide crônica, psoríase e policitemia vera. 7 A observação de que valores aumentados de Hb fetal (Hb F) previnem várias complicações da DF conduziu os pesquisadores à busca por fármacos que estimulassem a síntese de cadeias globínicas gama e aumentassem a síntese intraeritrocitária de Hb F. 7 A partir de fevereiro de 1998, a HU passou a fazer parte do arsenal terapêutico para pacientes com DF e se tornou, nos anos subsequentes, o primeiro medicamento que comprovadamente previne complicações clínicas, melhora a qualidade de vida e aumenta a sobrevida de pacientes com DF Além da vantagem de administração oral, HU é um medicamento seguro, de fácil controle; apresenta poucos efeitos adversos e efeito mielossupressor facilmente detectável e reversível após a suspensão do uso da mesma. Diante da eficácia e efetividade da HU na DF, vários autores têm se manifestado a favor do uso deste medicamento, salientando que os riscos relacionados às complicações secundárias à DF são muito mais elevados e graves que os riscos relacionados aos efeitos adversos da HU. 10 O mecanismo de ação da HU não é totalmente conhecido. Ela promove bloqueio da síntese do ácido desoxirribonucleico (DNA) pela inibição da ribonucleotídeo redutase, mantendo as células em fase S do ciclo celular. 11 A HU tem vários efeitos diretos no mecanismo fisiopatológico da DF atuando não só no aumento da síntese da Hb F, o que reduz a polimerização intraeritrocitária da Hb S em condições de desoxigenação, como também promove diminuição do número dos neutrófilos, hidratação eritrocitária, redução da expressão de moléculas de adesão dos eritrócitos, aumento da síntese e biodisponibilidade de óxido nítrico pela ativação da guanilil ciclase e consequente aumento da GMP cíclico intraeritrocitária e endotelial. Além do aumento da concentração de Hb F, estes mecanismos conferem benefícios como: supressão da eritropoese endógena, redução da hemólise, diminuição da aderência dos eritrócitos, leucócitos e plaquetas ao endotélio vascular (HU age sobre a membrana dos eritrócitos e plaquetas, reduzindo a exposição da fosfatidilserina, principal determinante da adesão eritrocitária alterada na AF, melhora da reologia com diminuição da viscosidade sanguínea e vasodilatação, contribuindo para a diminuição dos fenômenos inflamatórios e vaso-oclusivos Embora estes dados correspondam à eficácia da HU em adultos, os poucos estudos publicados em crianças demonstram eficácia, tolerância e segurança semelhantes aos encontrados no adulto Dois importantes estudos, Baby Hug 27 envolvendo 200 crianças com DF, randomizadas em HU versus observação, com avaliação da função esplênica e renal; e o Switch, 28 envolvendo 130 crianças pós-acidente vascular cerebral, em transfusão regular, randomizadas em HU e flebotomia versus manutenção das transfusões e deferasirox, com avaliação das funções neurológica e cognitiva, trarão contribuição importante do uso de HU em crianças. A HU administrada por via oral é rapidamente absorvida atingindo nível plasmático máximo entre minutos (respondedores rápidos) e 60 minutos (respondedores lentos) após sua administração e meia vida plasmática de três a quatro horas, é metabolizada no fígado e excretada por via renal (80%) Recomenda-se dose inicial de 15 mg/kg/dia, uma única vez ao dia, e monitoramento da contagem do número de leucócitos e plaquetas (hemograma completo) a cada duas semanas. Esta dose inicial pode ser aumentada de 5 mg/kg/ dia a cada oito a 12 semanas, sendo que o objetivo é alcançar a dose máxima tolerada (DMT), isto é, a maior dose capaz de promover melhora o mais proeminente possível do curso clínico e laboratorial da doença, sem a ocorrência de toxicidade hematológica, hepática (definida por aumento de duas vezes o valor referencial máximo das transaminases), renal (elevação da ureia e creatinina) ou gastrointestinal. A DMT não deve ser superior a 35 mg/kg/dia Em adultos portadores de AF, a HU é potencialmente mielossupressora, sendo este efeito dose-dependente. Estudos experimentais em ratos e cães demonstraram a ocorrência de hipoplasia medular de intensidade leve a moderada com o uso de 34 a 60 mg/kg/dia e hipoplasia grave e, por vezes, fatal, com doses superiores a 140 mg/kg/dia. A recuperação medular, nos casos de hipoplasia leve a moderada, é rápida após a suspensão da droga. Também observou-se que a trombocitopenia ocorre mais raramente e é sempre precedida de anemia e leucopenia. Além da redução do número de crises vaso-oclusivas, o uso crônico de HU teve impacto positivo na qualidade de sobrevida dos pacientes com AF, com redução do número de hospitalização, tempo de internação, menor ocorrência de síndrome torácica aguda e menor necessidade de transfusão de hemácias. Estudos mais recentes têm indicado que o uso da HU tem impacto na redução da mortalidade de até 40% desses pacientes No Brasil, a portaria de n o 872 do Ministério da Saúde, de 6 de novembro de 2002, aprovou o uso de HU para pacientes com DF. Nesta portaria, a dispensa desse medicamento passou a ser de incumbência das Secretarias de Saúde dos Estados da União e Distrito Federal. 32 Apesar dos vários benefícios anteriormente enumerados com o uso continuado da HU, este medicamento ainda é

3 Rev. Bras. Hematol. Hemoter. Cançado RD et al subutilizado em crianças, mas sobretudo nos adolescentes e adultos com DF. Esta constatação foi feita em pacientes norteamericanos com DF e, com grande certeza, também reflete a nossa realidade brasileira. Nos EUA, apenas 10% a 20% dos pacientes com DF são acompanhados em centros de excelência e, destes, menos da metade recebe HU. Estima-se que, fora dos centros de referência, o uso de HU seja ainda menor. 29,30 O item segurança do uso de HU a longo prazo permanece como questão importante, sobretudo quanto à genotoxicidade e lesão celular, e impacto na função de diferentes órgãos (baço, rins, cérebro, pulmões). Desta forma, a realização de novos estudos clínicos são fundamentais e permitirão maior aceitação e uso da HU pelos pacientes e comunidade médica Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para uso de hidroxiureia na doença falciforme versão 2009 Critérios de inclusão Poderão ser incluídos nesse Protocolo de Tratamento pacientes que preencham todos os critérios abaixo: Diagnóstico laboratorial de doença falciforme (HbSS, S/ß Talassemia, HbSC, Hb SD) Idade superior a 3 anos Condições de comparecer às consultas e realizar exames laboratoriais periódicos Teste de gravidez (ß-HCG sérico) negativo para mulheres sexualmente ativas, lembrando que a anticoncepção é obrigatória enquanto a paciente estiver fazendo uso de HU. E pelo menos um dos seguintes critérios nos últimos 12 meses: Critérios clínicos Três ou mais episódios de crises de dor com necessidade de atendimento médico hospitalar. Síndrome torácica aguda (definida como dor torácica aguda com infiltrado pulmonar "novo", febre (temperatura > 38,5 o C), taquipneia, tosse, sibilos pulmonares): dois ou mais eventos (leve a moderado)/ano ou um evento grave. Hipoxemia crônica: saturação de oxigênio persistentemente menor que 94%. Déficit pôndero-estatural: peso e crescimento observados menores que 5% a 10% do esperado para a idade. Outras situações em que haja comprovação de lesão crônica de órgão (priapismo, necrose óssea, retinopatia proliferativa). Critérios laboratoriais Concentração de Hb persistentemente menor que 7 g/dl. Concentração de Hb fetal < 8% após 2 anos de idade Contagem de leucócitos 20 x 10 9 /L na ausência de infecção. Duas medidas consecutivas do fluxo das artérias cerebrais média ou anterior por Doppler tanscraniano com velocidade entre 170 e 199 cm/s (inclui pacientes com história prévia de isquemia cerebral transitória e/ou acidente vascular cerebral que recusam tratamento transfusional regular ou que apresentam aloimunização com presença de múltiplos aloanticorpos). Desidrogenase láctica maior que duas vezes e três vezes o valor superior de normalidade para crianças e adolescentes e adultos, respectivamente. Situação especial Crianças com menos de 3 anos de idade com pelo menos um dos seguintes fatores: dactilite (antes do primeiro ano de vida). concentração de Hb persistentemente menor que 7 g/dl. contagem de leucócitos maior que 20 x 10 9 /L Critérios de exclusão Não deverão ser incluídos neste Protocolo de Tratamento pacientes com: Hipersensibilidade à HU. Presença de pelo menos um dos seguintes ítens relacionados à disfunção da medula óssea: neutrófilos < 2.5 x 10 9 /L, plaquetas < 95 x 10 9 /L, concentração de Hb < 4,5 g/dl ou contagem de reticulócitos < 95 x 10 9 /L. Gestação (não há estudos adequados em humanos e há evidência de teratogênese em animais). Infecção pelo HIV. Tratamento Esquema de administração A HU está disponível em cápsulas de gel sólido contendo 500 mg do princípio ativo. Recomenda-se dose inicial de 15 mg/kg/dia, uma única vez ao dia, e monitoramento da contagem do número de leucócitos e plaquetas (hemograma completo) a cada duas semanas. Deve-se considerar o peso real ou ideal, o que for menor. Para crianças, recomenda-se dissolver a cápsula de 500 mg de HU em água destilada, obtendo a concentração de 50 mg/ml, o que facilita a administração da dose correta por kilograma de peso. 33 Desde que as contagens celulares estejam dentro dos valores considerados aceitáveis, ou seja, leucócitos 2.5 x 10 9 /L, plaquetas 95 x 10 9 /L, concentração de Hb > 5,3 g/dl, ou reticulócitos 95 x 10 9 /L, se a concentração de Hb for menor que 9 g/dl; esta dose inicial pode ser aumentada de 5 mg/kg/dia a cada 8 a 12 semanas. O objetivo é alcançar a dose máxima tolerada (DMT), isto é, a maior dose capaz de promover melhora mais proeminente possível do curso clínico

4 Cançado RD et al Rev. Bras. Hematol. Hemoter. e laboratorial da doença sem a ocorrência de toxicidade hematológica, hepática (definida por aumento de duas vezes o valor referencial máximo das transaminases), renal (elevação da ureia e creatinina) ou gastrointestinal. A DMT não deve ser superior a 35 mg/kg/dia Uma vez detectada toxicidade hematológica, ou seja, leucócitos < 2.0 x 10 9 /L, plaquetas < 80 x 10 9 /L, concentração de Hb menor que 4,5 g/dl, ou reticulócitos < 80 x 10 9 /L com Hb menor que 9 g/dl, isto é, contagem de reticulócitos corrigida para o valor de Hb; a HU deve ser descontinuada até a recuperação hematológica e, a seguir, reiniciada com dose 2,5 mg/kg menor que a dose que o paciente estava utilizando quando apresentou a intercorrência, seguindo os mesmos critérios de controle até a dose máxima tolerada para cada específico paciente, que pode ser de 20, 25 ou 35 mg/kg/ dia. Duração do tratamento O tratamento deve ser de, pelo menos, dois anos e mantido por tempo indeterminado de acordo com a resposta laboratorial e evolução clínica do paciente, exceto no período gestacional e puerperal. É importante lembrar que cerca de 25% dos pacientes não apresentam melhora com HU e, portanto, nestes casos esse tratamento deve ser descontinuado. Benefícios esperados Diminuição dos episódios de dor, que podem até mesmo desaparecer; aumento da produção de Hb fetal; aumento, mesmo que discreto, da concentração total da Hb; diminuição dos episódios de síndrome torácica aguda, do número de hospitalizações, do número de transfusões sanguíneas; regressão ou estabilização de danos em órgãos ou tecidos (baço, rins, cérebro, coração, pulmões), melhora do bem-estar e da qualidade de vida e maior sobrevida. Aumento da Hb fetal e macrocitose são parâmetros laboratoriais úteis na análise de aderência do paciente ao tratamento. Monitorização laboratorial Realizar antes de iniciar o tratamento: Hemograma com contagem de plaquetas. Contagem de reticulócitos. Eletroforese de Hb com dosagem de Hb fetal. Sorologias: hepatite B e C e HIV. Determinação do tempo de protrombina (TP) e dosagem de transaminases (AST, ALT), fosfatase alcalina, gama-gt. Determinação do clearance de creatinina. Dosagem de ureia, creatinina, sódio, potássio e ácido úrico. Dosagem de bilirrubina. Dosagem de desidrogenase láctica. Dosagem de ferritina. Teste de gravidez em mulheres (ß-HCG sérico). Devem ser reiterados os riscos em caso de gravidez e as orientações para o uso de métodos contraceptivos durante todo o tratamento. Hemograma completo e contagem de plaquetas a cada duas semanas até obtenção da dose máxima tolerada. Com relação aos demais exames, estes deverão ser realizados mensalmente nos quatro primeiros meses, a cada três meses nos doze meses subsequentes e a cada três a seis meses nos anos subsequentes, ou de acordo com a necessidade de cada paciente. Cuidados e precauções, situações especiais Devido aos possíveis efeitos adversos da droga, a relação entre risco e o benefício deve ser cuidadosamente avaliada nos seguintes casos: Amamentação: sabe-se que o fármaco é excretado pelo leite. Não há estudos suficientes para determinar seus efeitos sobre o lactente. Seu uso deve ser evitado ou descontinuado durante a amamentação. Uricosúria: o uso de HU pode aumentar os níveis séricos de ácido úrico. Em pacientes com níveis basais acima do limite normal, estes valores devem ser monitorados mensalmente. Ácido fólico: o uso de HU produz macrocitose, dificultando o reconhecimento da deficiência de ácido fólico. Desta forma, é recomendado o emprego profilático concomitante de 5 mg/dia de ácido fólico, três vezes por semana. Úlcera isquêmica é um possível efeito adverso do uso crônico de HU. Pacientes com história prévia ou atual de úlcera isquêmica, não há contraindicação formal do uso de HU; entretanto, no aparecimento de úlcera isquêmica em pacientes sem história anterior desta complicação, a suspensão da HU deve ser considerada. 34 Interações medicamentosas: não há estudos adequados sobre interação entre HU e outros medicamentos. Portanto, o uso concomitante de outros fármacos, principalmente os que também possam produzir depressão da medula óssea, deve ser cuidadosamente monitorizado. Em pacientes com sorologia positiva para HIV, o uso de HU aumenta o risco de neuropatia periférica, pancreatite e insuficiência hepática, principalmente quando associados a antirretrovirais, como didanosina e estavudina. Portanto, nestes casos, a HU deverá ser suspensa e o seu uso contraindicado. Pessoas com sorologia positiva para hepatite B e C poderão fazer uso de HU desde que monitorados mensalmente com provas de função hepática. Insuficiência renal: embora poucos estudos avaliaram o uso de HU em pacientes com insuficiência renal, recomenda-se o ajuste de dose conforme o valor de depuração da creatinina: ml/min, administrar 50% da dose; <10 ml/min, administrar 20% da dose. É recomendável a avaliação em conjunto com o nefrologista. Pacientes em

5 Rev. Bras. Hematol. Hemoter. Cançado RD et al hemodiálise devem receber HU após o procedimento. É recomendável a avaliação em conjunto com o nefrologista. Não há dados para orientação do ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. Efeitos adversos relacionados ao uso de HU É importante observar o aparecimento de possíveis efeitos adversos, tais como: Neurológico: letargia, cefaleia, tonturas, desorientação e alucinações (raras). Gastrintestinal: estomatite, anorexia, náuseas, vômitos, diarreia e constipação. Dermatológico: erupção máculo-papular, eritema facial e periférico, alopecia, hiperpigmentação da pele e das unhas, pele seca, ulceração da pele ou agravamento de úlcera já existente. Renal: elevação dos níveis séricos de ureia e creatinina. Hepático: elevação das aminotransferases (ALT, AST). Reprodutivo: oligospermia, azoospermia. Mielotoxicidade. Efeito teratogênico (confirmado apenas em animais). Hiperesplenismo (em crianças). Outros: edema, febre, calafrios, mal-estar, astenia. Qualquer efeito adverso (incluindo alteração laboratorial) deve ser valorizado. No caso de EA de intensidade leve, HU pode ser mantida desde que o paciente seja reavaliado regularmente pelo especialista. Na vigência de EA moderado ou grave, a administração de HU deve ser suspensa até seu desaparecimento ou normalização laboratorial. A possível reintrodução de HU dependerá do EA e esta conduta deverá ser tomada conjuntamente entre médico e paciente, e individualizada caso a caso. Causas de falha do tratamento com HU má aderência ao tratamento. reserva medular inadequada ou insuficiente. fatores genéticos associados que possam interferir na resposta à HU (farmacogenômica). Centros de referência Conforme já definido na Portaria GM/MS nº 822, 35 de 06 de junho de 2001, os serviços de referência em triagem neonatal são os responsáveis pela realização da triagem de hemoglobinopatias de todo recém-nascido no território brasileiro. Todos os demais terão exame de eletroforese de hemoglobina, disponibilizado nas unidades de atenção básica de saúde. O tratamento e acompanhamento dos pacientes com DF deverão ser realizados pelos serviços de referência, que podem ser os hemocentros ou outro centro de atendimento (universitário, hospitalar) que ofereça assistência especializada e integral, e promova prevenção, diagnóstico e tratamento ambulatorial multidisciplinar, assim como tratamento hospitalar, incluindo serviço de emergência, unidade de terapia intensiva e realização de cirurgias eletivas. Consentimento informado É obrigatório que o paciente e/ou seu responsável legal estejam cientes dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso da HU preconizado neste Protocolo. Para tanto, o consentimento de participação do protocolo deverá ser formalizado por meio da assinatura de Termo de Consentimento Informado. Abstract Hydroxyurea (HU) is an important major advance in the treatment of sickle cell disease (SCD). Strong evidence supports the effectiveness of HU in adults; severe painful episodes, hospitalizations, number of blood transfusions, and acute chest syndrome are reduced. Although the evidence of its effectiveness in the treatment of children is not as strong, the emerging data is encouraging. Current data on the risks of both short- and longterm HU therapy in adults are acceptable when compared to the risks of untreated SCD. In this article, we present a detailed review of the main aspects of the efficacy, effectiveness, toxicity, and barriers to the use of HU for SCD and propose a clinical protocol and therapeutic guidelines for the use of HU in patients with SCD. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. Key words: Sickle cell disease; hydroxyurea; clinical protocol; therapeutic guidelines. Referências Bibliográficas 1. Zago MA. Considerações gerais sobre as doenças falciformes. In: Manual de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Falciformes (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, org.), 2002; pp. 9-11, Brasília: Ministério da Saúde. 2. Cançado RD, Jesus JA. A doença falciforme no Brasil. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2007;29(3): Zago MA, Pinto ACS. Fisiopatologia das doenças falciformes: da mutação genética à insuficência de múltiplos órgãos. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2007;29(3): Platt OS, Brambilla DJ, Rosse WF, Milner PF, Castro O, Steinberg MH, et al. Mortality in sickle cell disease. Life expectancy and risk factors for early death. N Engl J Med. 1994;330(23): Vichinsky E, Hurst D, Earles A, Kleman K, Lubin B. Newborn screening for sickle cell disease: effect on mortality. Pediatrics. 1988;81(6): Dressler WFC and Sterin R. Uber den Hydroxylharnstoff. Jusutus Liebigs Ann Chem Pharm 1869;150: ;342(25): Stevens MR. Hydroxyurea: an overview. J Biol Regul Homeost Agents. 1999;13(3): Charache S, Terrin ML, Moore RD, Dover GJ, Barton FB, Eckert SV, et al. Effect of hydroxyurea on the frequency of painful crises in sickle cell anemia. Investigators of the Multicenter Study of Hydroxyurea in Sickle Cell Anemia. N Engl J Med. 1995; 332 (20):

6 Cançado RD et al Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 9. Steinberg MH, Barton F, Castro O, Pegelow CH, Ballas SK, Kutlar A, et al. Effect of hydroxyurea on mortality and morbidity in adult sickle cell anemia: risks and benefits up to 9 years of treatment. JAMA. 2003;289(13): Ballas SK, Barton FB, Waclawiw MA, Swerdlow P, Eckman JR, Pegelow CH, et al. Hydroxyurea and sickle cell anemia: effect on quality of life. Health Qual Life Outcomes. 2006;4: Krakoff IH, Brown NC, Reichard P. Inhibition of ribonucleoside diphosphate reductase by hydroxyurea. Cancer Res. 1968; 28(8): Figueiredo MS. Agentes indutores da síntese de hemoglobina fetal. Rev bras hematol hemoter, 2007; 29(3): Covas DT, de Lucena Angulo I, Vianna Bonini Palma P, Zago MA. Effects of hydroxyurea on the membrane of erythrocytes and platelets in sickle cell anemia. Haematologica. 2004;89 (3): Vicari P, Barretto de Mello A, Figueiredo MS. Effects of hydroxyurea in a population of Brazilian patients with sickle cell anemia. Am J Hematol. 2005;78(3): Canalli AA, Costa FF, Saad ST, Conran N. Granulocytic adhesive interactions and their role in sickle cell vaso-occlusion. Hematology. 2005;10(5): Canalli AA, Franco-Penteado CF, Saad ST, Conran N, Costa FF. Increased adhesive properties of neutrophils in sickle cell disease may be reversed by pharmacological nitric oxide donation. Haematologica. 2008;93(4): Zimmerman SA, Schultz WH, Davis JS, Pickens CV, Mortier NA, Howard TA, et al. Sustained long-term hematologic efficacy of hydroxyurea at maximum tolerated dose in children with sickle cell disease. Blood. 2004;103(6): Zimmerman SA, Schultz WH, Burgett S, Mortier NA, Ware RE. Hydroxyurea therapy lowers transcranial Doppler flow velocities in children with sickle cell anemia. Blood. 2007;110(3): Ferster A, Tahriri P, Vermylen C, Sturbois G, Corazza F, Fondu P, et al. Five years of experience with hydroxyurea in children and young adults with sickle cell disease. Blood. 2001;97 (11): de Montalembert M, Brousse V, Elie C, Bernaudin F, Shi J, Landais P; French Study Group on Sickle Cell Disease. Long-term hydroxyurea treatment in children with sickle cell disease: tolerance and clinical outcomes. Haematologica. 2006;91(1): Lanaro C, Franco-Penteado CF, Albuqueque DM, Saad ST, Conran N, Costa FF. Altered levels of cytokines and inflammatory mediators in plasma and leukocytes of sickle cell anemia patients and effects of hydroxyurea therapy. J Leukoc Biol. 2009;85 (2): Hankins JS, Ware RE, Rogers ZR, Wynn LW, Lane PA, Scott JP, et al. Long-term hydroxyurea therapy for infants with sickle cell anemia: the HUSOFT extension study. Blood. 2005; 106 (7): Hankins JS, Helton KJ, McCarville MB, Li CS, Wang WC, Ware RE. Preservation of spleen and brain function in children with sickle cell anemia treated with hydroxyurea. Pediatr Blood Cancer. 2008;50(2): Gulbis B, Haberman D, Dufour D, Christophe C, Vermylen C, Kagambega F, et al. Hydroxyurea for sickle cell disease in children and for prevention of cerebrovascular events: the Belgian experience. Blood. 2005;105(7): ClinicalTrials.gov Web site. Silent Cerebral Infarct Multi-Center Clinical Trial. http: // NCT Accessed January 20, ClinicalTrials.gov Web site. Stroke With Transfusions Changing to Hydroxyurea 26. Mueller BU. When should hydroxyurea be used for children with sickle cell disease? Pediatrics. 2008;122(6): Kinney TR, Helms RW, O'Branski EE, Ohene-Frempong K, Wang W, Daeschner C, et al. Safety of hydroxyurea in children with sickle cell anemia: results of the HUG-KIDS study, a phase I/II trial. Pediatric Hydroxyurea Group. Blood. 1999;94(5): (SWiTCH). Accessed January 20, Brawley OW, Cornelius LJ, Edwards LR, Gamble VN, Green BL, Inturrisi C, et al. National Institutes of Health Consensus Development Conference statement: hydroxyurea treatment for sickle cell disease. Ann Intern Med. 2008;148(12): consensus.nih.gov/aboutcdp.htm. 30. Lanzkron S, Strouse JJ, Wilson R, Beach MC, Haywood C, Park H, et al. Systematic review: Hydroxyurea for the treatment of adults with sickle cell disease. Ann Intern Med. 2008;148(12): Strouse JJ, Lanzkron S, Beach MC, Haywood C, Park H, Witkop C, et al. Hydroxyurea for sickle cell disease: a systematic review for efficacy and toxicity in children. Pediatrics. 2008;122(6): Portaria no 872 do Ministério da Saúde, de 6 de novembro de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Doença Falciforme - Hidroxiureia. 33. Bomediano VH, Pinheiro VRP, Anjos AC, et al. Protocolo prospectivo para uso de hidroxiureia em crianças com doença falciforme. Centro Integrado de Pesquisas Oncológicas na Infância (CIPOI), Unicamp, Chaine B, Neonato MG, Girot R, Aractingi S. Cutaneous adverse reactions to hydroxyurea in patients with sickle cell disease. Arch Dermatol. 2001;137(4): Portaria GM/MS nº 822, de 06 de junho de Art. 1º Instituir, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Triagem Neonatal / PNTN. Avaliação: Editor e dois revisores externos Conflito de interesse: sem conflito de interesse Recebido: 24/03/2009 Aceito após modificações: 01/07/2009

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 57 HIDROXIUREIA PARA CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 57 HIDROXIUREIA PARA CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME HIDROXIUREIA PARA CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME Demandante: Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados - Departamento de Atenção Especializada/Secretaria de Atenção à Saúde DAE/SAS/MS Apresentação Algumas

Leia mais

Casuística e Métodos

Casuística e Métodos Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(3):189-194 Artigo / Article Hidroxiuréia em pacientes com síndromes falciformes acompanhados no Hospital Hemope, Recife-PE Hydroxyurea in sickle cell disease patients

Leia mais

PRÓS E CONTRAS NO USO DA HIDROXIURÉIA NO TRATAMENTO DA ANEMIA FALCIFORME

PRÓS E CONTRAS NO USO DA HIDROXIURÉIA NO TRATAMENTO DA ANEMIA FALCIFORME PRÓS E CONTRAS NO USO DA HIDROXIURÉIA NO TRATAMENTO DA ANEMIA FALCIFORME Amanda Grangeiro Martins de Souza biomédica e aluna do curso de Pós- Graduação Lato-Sensu da Academia de Ciência e Tecnologia e

Leia mais

O que fazemos de melhor?

O que fazemos de melhor? O que fazemos de melhor? Ana Carolina de Jesus Vieira Enfermeira Chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina Ribeirão Preto/SP NOSSA FILOSOFIA Serviço

Leia mais

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DOENÇA FALCIFORME SAÚDE

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DOENÇA FALCIFORME SAÚDE INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DOENÇA FALCIFORME SAÚDE DOENÇA FALCIFORME A inclusão da Triagem Neonatal para Doença Falciforme no Programa Nacional de Triagem Neonatal é uma iniciativa

Leia mais

HEMOCENTRO RP PROCEDIMENTO OPERACIONAL AMBULATÓRIO DE HEMOGLOBINOPATIA

HEMOCENTRO RP PROCEDIMENTO OPERACIONAL AMBULATÓRIO DE HEMOGLOBINOPATIA P.: 1/5 1. OBJETIVO Padronizar o atendimento de enfermagem para os clientes do ambulatório de hemoglobinopatia. 2. APLICAÇÃO Na verificação dos seguintes parâmetros clínicos: peso, estatura, pressão arterial,

Leia mais

Bandeira FMGC et al Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(3):

Bandeira FMGC et al Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(3): Bandeira FMGC et al Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(3):189-194 Artigo / Article Hidroxiuréia em pacientes com síndromes falciformes acompanhados no Hospital Hemope, Recife-PE Hydroxyurea in sickle

Leia mais

ENFERMAGEM. DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM. DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos Composição do Sangue: Doenças Hematológicas Plasma = parte liquida; 55% sangue; é constituído por 90% de água, sais minerais, proteínas

Leia mais

Doença Falciforme. Sandra Mara Teodosio médica

Doença Falciforme. Sandra Mara Teodosio médica apresentam Sandra Mara Teodosio médica O que é doença falciforme? A Doença Falciforme (DF) é uma das doenças hereditárias mais comuns em nosso país, sendo predominante entre os afrodescendentes. No Brasil,

Leia mais

HEMOCENTRO RP PROCEDIMENTO OPERACIONAL

HEMOCENTRO RP PROCEDIMENTO OPERACIONAL P. 1/5 1. OBJETIVO Realizar o atendimento médico-ambulatorial hematológico e hemoterápico de pacientes portadores de Doença Falciforme. 2. APLICAÇÃO Nos ambulatórios transfusional e de anemias hereditárias

Leia mais

FISIOPATOLOGIA Fatores independentes relacionados à velocidade de polimerização:

FISIOPATOLOGIA Fatores independentes relacionados à velocidade de polimerização: FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA Fatores independentes relacionados à velocidade de polimerização: Concentração intracelular de HbS Presença ou ausência de HbF Grau de desoxigenação

Leia mais

Guia Prático para o Manejo dos Efeitos Adversos de PegIntron

Guia Prático para o Manejo dos Efeitos Adversos de PegIntron Guia Prático para o Manejo dos Efeitos Adversos de PegIntron Practical Guidelines of Toxicity Management Rafael Schmerling Hospital São José Beneficência Portuguesa de São Paulo Peg-Interferon Primário

Leia mais

ORGANIZADOR. Página 1 de 9

ORGANIZADOR. Página 1 de 9 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 0 TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (R) / 0 PROVA DISCURSIVA Página de 9 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 0 TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (R) / 0 PROVA DISCURSIVA HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA ) Homem

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE CONSULTA PÚBLICA Nº 3, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2009

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE CONSULTA PÚBLICA Nº 3, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2009 Diário Oficial Imprensa Nacional.Nº 215 11/11/09 p.46 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA - DF CONSULTA PÚBLICA Nº 3, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2009 O Secretário

Leia mais

A Estenose Intracraniana na Doença das Células Falciformes

A Estenose Intracraniana na Doença das Células Falciformes A Estenose Intracraniana na Doença das Células Falciformes Gil Nunes 1, Manuel Manita 1, Rita Silva 2, Susana Ferreira 1, Maria Fortunata 1, José Ribeiro 1, João Alcântara 1 1 Laboratório de Neurossonologia

Leia mais

Anemia Falciforme. Anemia Falciforme. Wilson Marques da Rosa Filho

Anemia Falciforme. Anemia Falciforme. Wilson Marques da Rosa Filho Anemia Falciforme Wilson Marques da Rosa Filho 1 Anemia Falciforme 2ª edição: setembro de 2016 Anemia Falciforme / Wilson Marques da Rosa Filho São Paulo: Perse Publique-se, 2016. 217 p. 21 cm. 1. Genética

Leia mais

HIDROXIUREIA NA DREPANOCITOSE EM ADULTOS e CRIANÇAS. Aderson Araújo Hemope- Recife Brasil

HIDROXIUREIA NA DREPANOCITOSE EM ADULTOS e CRIANÇAS. Aderson Araújo Hemope- Recife Brasil HIDROXIUREIA NA DREPANOCITOSE EM ADULTOS e CRIANÇAS Aderson Araújo Hemope- Recife Brasil Polimerização da HbS Polimerização em condições de hipóxia Eritrócitos densos desidratados Papel central nas manifestações

Leia mais

B-PLATIN CARBOPLATINA. Apresentação: Caixa contendo 01 frasco-ampola com 150 mg de carboplatina. USO ADULTO.

B-PLATIN CARBOPLATINA. Apresentação: Caixa contendo 01 frasco-ampola com 150 mg de carboplatina. USO ADULTO. B-PLATIN CARBOPLATINA Apresentação: Caixa contendo 01 frasco-ampola com 150 mg de carboplatina. USO ADULTO. Cada frasco-ampola de carboplatina 150 mg contém: Carboplatina150 mg Excipiente q.s.p. 1 frasco-ampola

Leia mais

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 55, DE 29 DE JANEIRO DE 2010

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 55, DE 29 DE JANEIRO DE 2010 Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 55, DE 29 DE JANEIRO DE 2010 O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições, Considerando a necessidade de se melhorar os parâmetros

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DOS EVENTOS AGUDOS DE UM CLIENTE COM DOENÇA FALCIFORME

CARACTERIZAÇÃO DOS EVENTOS AGUDOS DE UM CLIENTE COM DOENÇA FALCIFORME CARACTERIZAÇÃO DOS EVENTOS AGUDOS DE UM CLIENTE COM DOENÇA FALCIFORME RESUMO Olinda Maria Rodrigues de Araujo* Maria Lúcia Ivo** Eliny Aparecida Vargas Machado Salazar*** Ieda Maria Gonçalves Pacce Bispo****

Leia mais

Hidroxiureia (Hidroxicarbamida) na Doença de Células Falciformes

Hidroxiureia (Hidroxicarbamida) na Doença de Células Falciformes ARTIGO ORIGINAL COCHRANE / ORIGINAL CORNER ARTICLE Hidroxiureia (Hidroxicarbamida) na Doença de Células Falciformes Hydroxyurea (Hydroxycarbamide) for Sickle Cell Disease Rute Baeta Baptista 1,2, Raquel

Leia mais

ANEMIA FALCIFORME: DA ETIOLOGIA À CURA

ANEMIA FALCIFORME: DA ETIOLOGIA À CURA II Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao ISSN 2318-8014 ANEMIA FALCIFORME: DA ETIOLOGIA À CURA Mirela Feistauer a, Aline de Souza Nora b, Tiago Capellati

Leia mais

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES AVANÇADAS Maio de 2013 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Conteúdo Definições atualmente utilizadas Diagnóstico Tratamento

Leia mais

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS DA REDE DE SAÚDE PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA SOBRE DOENÇA FALCIFORME SILVA, Patrícia Camila Souza¹; RODRIGUES Ana Áurea A.O.²; CARVALHO Evanilda Souza de Santana³

Leia mais

Uma das doenças genéticas mais comuns no mundo. Compreende várias hemoglobinopatias (SS, SC, SD, Sβ + e Sβ 0 -talassemia) em que predomina a Hb S

Uma das doenças genéticas mais comuns no mundo. Compreende várias hemoglobinopatias (SS, SC, SD, Sβ + e Sβ 0 -talassemia) em que predomina a Hb S Uma das doenças genéticas mais comuns no mundo Compreende várias hemoglobinopatias (SS, SC, SD, Sβ + e Sβ 0 -talassemia) em que predomina a Hb S Autossômica recessiva Defeitos na estrutura da Hb Fonte:

Leia mais

Patrícia Santos Resende Cardoso 2012

Patrícia Santos Resende Cardoso 2012 Patrícia Santos Resende Cardoso 2012 Estudo de seguimento de coorte mista: Retrospectivo de DEZ/2007 a AGO/2009 Prospectivo de SET/2009 a NOV/ 2011 População estudada: gestantes com DF Referenciadas: Hemominas,

Leia mais

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal Dr. Rodrigo Brandão Dr. Rafael Ximenes Unidade de Emergência Referenciada (PSM) HCFMUSP Nome e Sinonímia

Leia mais

Ministério da Saúde PORTARIA Nº 473, DE 26 DE ABRIL DE 2013

Ministério da Saúde PORTARIA Nº 473, DE 26 DE ABRIL DE 2013 ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 473, DE 26 DE ABRIL DE 2013 Estabelece protocolo de uso do Doppler

Leia mais

DREPANOCITOSE EM DEBATE AVC E DOENÇA CEREBROVASCULAR PREVENÇÃO

DREPANOCITOSE EM DEBATE AVC E DOENÇA CEREBROVASCULAR PREVENÇÃO DREPANOCITOSE EM DEBATE AVC E DOENÇA CEREBROVASCULAR PREVENÇÃO Rita Lopes da Silva Serviço de Neurologia Hospital Dona Estefânia, CHLC Lisboa, 18 Junho 2011 INCIDÊNCIA AVC é a principal causa de morte

Leia mais

SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO GABARITO

SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO GABARITO SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO PROGRAMA:. PRÉ-REQUISITO: Hematologia e Hemoterapia. GABARITO QUESTÃO A B C D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Comissão de Residência Médica

Leia mais

PALAVRAS CHAVE: anemia falciforme, hemoglobina S, hemoglobinopatia, triagem neonatal, anemia.

PALAVRAS CHAVE: anemia falciforme, hemoglobina S, hemoglobinopatia, triagem neonatal, anemia. Anemia falciforme: um problema de saúde pública, o papel da triagem neonatal no diagnóstico e o acompanhamento terapêutico Sickle cell disease: a problem of public health, the role of neonatal screening

Leia mais

Prevenção primária de AVC em crianças com doença falciforme no Hemocentro de Belo Horizonte

Prevenção primária de AVC em crianças com doença falciforme no Hemocentro de Belo Horizonte Prevenção primária de AVC em crianças com doença falciforme no Hemocentro de Belo Horizonte NOGUEIRA FL, DUARTE FOC, BELISÁRIO AR, SILVA CM, VIANA MB Frederico Lisboa Nogueira Acadêmico Medicina FM/UFMG

Leia mais

Reação Hiperhemolítica em gestante com doença falciforme. Maria Tereza Taroni Marques de Moraes Patrícia R. S. Cardoso Vanessa Maria Fenelon da Costa

Reação Hiperhemolítica em gestante com doença falciforme. Maria Tereza Taroni Marques de Moraes Patrícia R. S. Cardoso Vanessa Maria Fenelon da Costa Reação Hiperhemolítica em gestante com doença falciforme Maria Tereza Taroni Marques de Moraes Patrícia R. S. Cardoso Vanessa Maria Fenelon da Costa 1 PCCB 25 anos, diagnóstico de Anemia Falciforme Eletroforese:

Leia mais

Atividade Farmocológica Hidroxiuréia em Pacientes com Anemia Falciforme. Hydroxyurea Pharmacological Activity in Patients with Falciform Anemia

Atividade Farmocológica Hidroxiuréia em Pacientes com Anemia Falciforme. Hydroxyurea Pharmacological Activity in Patients with Falciform Anemia www4.fsanet.com.br/revista Revista Saúde em Foco, Teresina, v. 4, n. 2, art. 6, p. 104-117, jun./dez.2017 ISSN Eletrônico: 2358-7946 http://dx.doi.org/10.12819/rsf.2017.5.2.6 Atividade Farmocológica Hidroxiuréia

Leia mais

Departamento de Pediatria JOURNAL CLUB SHOP

Departamento de Pediatria JOURNAL CLUB SHOP Departamento de Pediatria JOURNAL CLUB SHOP Dinicha Panchá, Residente em Pediatria Tutora: Dra Faizana Amod 03 de Abril de 2019 HIDROXIUREA PARA CRIANÇAS COM ANEMIA FALCIFORME NA ÁFRICA SUB-SAHARIANA Sumário:

Leia mais

APRESENTAÇÕES CITOSTAL (lomustina) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas nas concentrações de 10mg e 40mg em frascos com 5 cápsulas.

APRESENTAÇÕES CITOSTAL (lomustina) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas nas concentrações de 10mg e 40mg em frascos com 5 cápsulas. APRESENTAÇÕES CITOSTAL (lomustina) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas nas concentrações de 10mg e 40mg em frascos com 5 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO COMPOSIÇÃO Cada cápsula contém

Leia mais

COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA

COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA REGISTO DE MONITORIZAÇÃO Défice de Lipase Ácida Lisossomal (todos os doentes, excepto doença de Wolman ) (Preencher com letra legível)

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Doença de Kawasaki Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? A DK é uma doença de diagnóstico clínico ou de cabeceira. Isto significa

Leia mais

Mortalidade por doença falciforme no Brasil: estudo retrospectivo ( )

Mortalidade por doença falciforme no Brasil: estudo retrospectivo ( ) Mortalidade por doença falciforme no Brasil: estudo retrospectivo (1996 2016) Márcio Gleidson Ribeiro Dias¹ ¹Biomédico no Laboratório do Hospital Escola Samaritano de Mineiros-GO, Pós-graduando em Hematologia

Leia mais

Aulas e discussão dos casos.

Aulas e discussão dos casos. Aulas e discussão dos casos http://hematofmusp.weebly.com Hematologia Clínica Objetivos do curso Sintomas e Sinais Clínicos História e Exame Físico O que não está funcionando no Sistema Raciocínio Clínico

Leia mais

TÍTULO: ANEMIA FALCIFORME: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, O PAPEL DA TRIAGEM NEONATAL NO DIAGNÓSTICO E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO

TÍTULO: ANEMIA FALCIFORME: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, O PAPEL DA TRIAGEM NEONATAL NO DIAGNÓSTICO E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ANEMIA FALCIFORME: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, O PAPEL DA TRIAGEM NEONATAL NO DIAGNÓSTICO

Leia mais

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome Grupo Indiano de Nefrologia Pediátrica, Academia Indiana de Pediatria o Indian Pediatrics 2001; 38: 975-986 986 http://www.indianpediatrics.net/sept2001/sept-975

Leia mais

Art. 1º Publicar proposta de Norma para Estudo da Toxicidade e da Eficácia de Produtos Fitoterápicos (Anexos I e II)

Art. 1º Publicar proposta de Norma para Estudo da Toxicidade e da Eficácia de Produtos Fitoterápicos (Anexos I e II) Portaria nº 116/MS/SNVS, de 8 de agosto de 1996 DOU DE 12/08/96 O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto na Portaria nº 6,

Leia mais

ANEMIA DE CÉLULAS FALCIFORMES tratamento da dor

ANEMIA DE CÉLULAS FALCIFORMES tratamento da dor ANEMIA DE CÉLULAS FALCIFORMES tratamento da dor M Fátima Ferreira Serviço de Hematologia Clínica Hospital São João, EPE Porto Bunn H. N Engl J Med 1997;337:762-769 Hebbel R. N Engl J Med 2000;342:1910-1912

Leia mais

DISCURSIVA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO PEDIATRIA MED. ADOLESCENTE NEONATOLOGIA CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA

DISCURSIVA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO PEDIATRIA MED. ADOLESCENTE NEONATOLOGIA CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO DISCURSIVA PEDIATRIA MED. ADOLESCENTE NEONATOLOGIA CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA ATIVIDADE DATA LOCAL Divulgação

Leia mais

Cada ml de solução injectável contém 50 mg de Cloroquina difosfato. - Tratamento de malária (infecções moderadas e complicadas).

Cada ml de solução injectável contém 50 mg de Cloroquina difosfato. - Tratamento de malária (infecções moderadas e complicadas). FOLHETO INFORMATIVO CLOROQUINA LABESFAL 50 mg/ml Solução Injectável Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. - Caso tenha dúvidas,

Leia mais

SUCRALFATO. Indicações. Lesões da mucosa do trato gastrointestinal. Doenças ácido-pépticas;

SUCRALFATO. Indicações. Lesões da mucosa do trato gastrointestinal. Doenças ácido-pépticas; SUCRALFATO Descrição Sucralfato é destinado ao tratamento da úlcera duodenal, úlcera gástrica e gastrite crônica. Sucralfato tem efeito citoprotetor devido à sua característica polianiônica. O sucralfato

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária PAINEL TEMÁTICO: Parasitoses em cordeiros desmamados

Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária PAINEL TEMÁTICO: Parasitoses em cordeiros desmamados Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária PAINEL TEMÁTICO: Parasitoses em cordeiros desmamados Pelotas, abril de 2017. Doutorando Med. Vet. Lucas Balinhas Acadêmica

Leia mais

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença Falciforme

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença Falciforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Hidroxiuréia Portaria SAS/MS nº 872, de 06 de novembro de 2002. 1. INTRODUÇÃO A doença falciforme é uma das mais freqüentes doenças genéticas no Brasil 1. Caracteriza-se

Leia mais

Adis del Carmen Cogle Médica Imunohematologista 8 Novembro 2017

Adis del Carmen Cogle Médica Imunohematologista 8 Novembro 2017 Adis del Carmen Cogle Médica Imunohematologista 8 Novembro 2017 SINDROME TORÁCICA AGUDA Segunda causa de internação, resultando em considerável morbidade e mortalidade. A incidência varia de 15 a 43%,

Leia mais

CIMETIDINE. Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica

CIMETIDINE. Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica CIMETIDINE Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica Descrição A cimetidine é indicada para o alívio sintomático, prevenção e tratamento através da redução

Leia mais

GABARITO RESIDÊNCIA MÉDICA R1-2017

GABARITO RESIDÊNCIA MÉDICA R1-2017 RESIDÊNCIA MÉDICA R1-2017 1 D 21 D 41 C 61 A 81 B 2 A 22 A 42 A 62 A 82 C 3 B 23 B 43 C 63 C 83 A 4 B 24 C 44 D 64 D 84 B 5 C 25 A 45 B 65 A 85 C 6 C 26 D 46 C 66 A 86 D 7 B 27 C 47 A 67 C 87 D 8 C 28

Leia mais

HYDREA (hidroxiureia) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas de 500mg em frascos com 100 cápsulas.

HYDREA (hidroxiureia) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas de 500mg em frascos com 100 cápsulas. APRESENTAÇÃO HYDREA (hidroxiureia) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas de 500mg em frascos com 100 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO COMPOSIÇÃO Cada cápsula de HYDREA contém 500 mg de hidroxiureia.

Leia mais

Luiz Antonio Vane Prof. Titular do Depto de Anestesiologia da F.M. Botucatu - UNESP

Luiz Antonio Vane Prof. Titular do Depto de Anestesiologia da F.M. Botucatu - UNESP Luiz Antonio Vane Prof. Titular do Depto de Anestesiologia da F.M. Botucatu - UNESP Depto. de Anestesia HC da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Transfusão de Hemácias Até 1982 Hematócrito > 30%

Leia mais

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA PEDIÁTRICA

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA PEDIÁTRICA PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA PEDIÁTRICA 1. JUSTIFICATIVA A solicitação do credenciamento do segundo ano na área de atuação em Hematologia e Hemoterapia

Leia mais

METREXATO. Blau Farmacêutica S.A. Comprimido 2,5 mg. Blau Farmacêutica S/A.

METREXATO. Blau Farmacêutica S.A. Comprimido 2,5 mg. Blau Farmacêutica S/A. METREXATO Comprimido 2,5 mg MODELO DE BULA PACIENTE RDC 47/09 Metrexato metotrexato de sódio APRESENTAÇÃO Comprimido 2,5 mg. Embalagem contendo 24 comprimidos. VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Leia mais

Questionário - Proficiência Clínica

Questionário - Proficiência Clínica Tema Elaborador ANEMIA FALCIFORME E TALASSEMIAS ASPECTOS GERAIS Irene Biasoli, Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da UFRJ, Serviço de Hematologia do HUCFF da UFRJ, Rio de Janeiro. Caso Clínico

Leia mais

67 Rev. Latino-Am. Enfermagem jan.-fev. 2015;23(1):67-73

67 Rev. Latino-Am. Enfermagem jan.-fev. 2015;23(1):67-73 67 Rev. Latino-Am. Enfermagem jan.-fev. 2015;23(1):67-73 DOI: 10.1590/0104-1169.3385.2526 Artigo Original Sobrevida e mortalidade em usuários e não usuários de hidroxiureia com doença falciforme Olinda

Leia mais

Imagem da Semana: Ressonância magnética (RM)

Imagem da Semana: Ressonância magnética (RM) Imagem da Semana: Ressonância magnética (RM) Imagem 01. Ressonância magnética de encéfalo, ponderada em Difusão, corte axial. Imagem 02. Angiorressonância de encéfalo, técnica 3D-TOF sem contraste, em

Leia mais

Vanessa Maria Fenelon da Costa 2012

Vanessa Maria Fenelon da Costa 2012 Vanessa Maria Fenelon da Costa 2012 Estudo prospectivo de coorte Janeiro de 2009 a Agosto de 2011 Gestantes atendidas na Maternidade Henrique Horta do HOB e na Maternidade Otto Cirne do Hospital das Clínicas

Leia mais

Perjeta HER. (pertuzumabe + trastuzumabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.

Perjeta HER. (pertuzumabe + trastuzumabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Perjeta HER (pertuzumabe + trastuzumabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 420 mg/14 ml + Pó liofilizado para solução injetável 440 mg Perjeta HER pertuzumabe

Leia mais

TALASSEMIAS ALFA NA POPULAÇÃO EM DEMANDA DO LABORATÓRIO MONTE AZUL NA CIDADE DE MONTE AZUL-SP

TALASSEMIAS ALFA NA POPULAÇÃO EM DEMANDA DO LABORATÓRIO MONTE AZUL NA CIDADE DE MONTE AZUL-SP TALASSEMIAS ALFA NA POPULAÇÃO EM DEMANDA DO LABORATÓRIO MONTE AZUL NA CIDADE DE MONTE AZUL-SP Rafael Rodas Lemo e Cibele Felício Ribeiro A Hemoglobina H (Hb H) é uma hemoglobina composta por tetrâmeros

Leia mais

O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública

O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTO Coordenador dos Grupos de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de

Leia mais

PROEX PENTOXIFILINA PROEX PENTOXIFILINA

PROEX PENTOXIFILINA PROEX PENTOXIFILINA Uso Veterinário Terapia Vascular FÓRMULA: Cada comprimido revestido de contém: Pentoxifilina...50,0 mg Excipiente q.s.p...40,0 mg Cada comprimido revestido de 00 MG contém: Pentoxifilina...00,0 mg Excipiente

Leia mais

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA FAULDACAR dacarbazina MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA APRESENTAÇÃO Pó liófilo injetável com 200 mg de dacarbazina. Embalagem contendo 1 frasco-ampola. USO EXCLUSIVO INTRAVENOSO

Leia mais

FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT. Impresso Especial DR/SPM. Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte CORREIOS. pág.

FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT. Impresso Especial DR/SPM. Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte CORREIOS. pág. FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT Impresso Especial 9912273897 - DR/SPM Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte CORREIOS pág. 03 P Nos processos inflamatórios crônicos 1

Leia mais

Prevenção. Prevenção primária. Prevenção secundária. Prevenção terciária. pré-concepcional. pré-natal. pós-natal

Prevenção. Prevenção primária. Prevenção secundária. Prevenção terciária. pré-concepcional. pré-natal. pós-natal TRIAGEM NEONATAL Prevenção Prevenção primária pré-concepcional Prevenção secundária pré-natal Prevenção terciária pós-natal OBJETIVOS DA TRIAGEM NEONATAL Modificar a história natural de doenças progressivamente

Leia mais

CADA VIDA CONTA. Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização:

CADA VIDA CONTA. Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização: CADA VIDA CONTA Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização: MORTALIDADE MATERNA - BRASIL Boletim MS, Jan. 2012, Brasil DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS NA GESTAÇÃO PRÉ ECLÂMPSIA (PE) HIPERTENSÃO GESTACIONAL

Leia mais

HYDREA (hidroxiureia) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas de 500mg em frascos com 100 cápsulas.

HYDREA (hidroxiureia) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas de 500mg em frascos com 100 cápsulas. APRESENTAÇÃO HYDREA (hidroxiureia) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas de 500mg em frascos com 100 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO COMPOSIÇÃO Cada cápsula de HYDREA contém 500 mg de hidroxiureia.

Leia mais

Trombocitopenia induzida pela heparina

Trombocitopenia induzida pela heparina Trombocitopenia induzida pela heparina Novembro 2012 ULSM Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Distinguir Terapêutica curta duração: Profilática Emergência Heparina via parentérica Heparinas baixo peso molecular

Leia mais

DIACEREINA. Anti-inflamatório

DIACEREINA. Anti-inflamatório DIACEREINA Anti-inflamatório Descrição A Diacereína é um derivado da antraquinona que inibe a síntese da interleucina 1, a síntese de proteases e a produção de radicais livres de oxigênio, todos implicados

Leia mais

Anastrozol. Antineoplásico câncer da mama. Anastrozol não possui atividade progestogênica, androgênica ou estrogênica.

Anastrozol. Antineoplásico câncer da mama. Anastrozol não possui atividade progestogênica, androgênica ou estrogênica. Anastrozol Antineoplásico câncer da mama DCB: 00755 CAS: 120511-73-1 Fórmula molecular: C 17 H 19 N 5 Nome químico: 2-[3-(1-cyano-1-metil-etil)- 5-(1H-1,2,4-triazol-1-ylmethyl)fenil]- 2-metilpropanenitrile

Leia mais

Doença dos Eritrócitos

Doença dos Eritrócitos Doença dos Eritrócitos Os Reticulócitos Introdução... 2 Avaliação de Anemia com Presença e Ausência de Reticulocitose... 5 1 OS RETICULÓCITOS Introdução As anemias podem ser resultantes de falhas na produção

Leia mais

Farmacoterapia aplicada em grupos alvo. Profa. Fernanda Datti

Farmacoterapia aplicada em grupos alvo. Profa. Fernanda Datti armacoterapia aplicada em grupos alvo Profa. ernanda Datti atores associados com variação na resposta farmacológica Idade Gravidez Doença Idade Recém-nascidos: menos de 1 mês Bebês: 1 mês a 1 ano. Crianças:

Leia mais

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8 Definição Episódio de disfunção neurológica, geralmente focal, de instalação súbita ou rápida evolução, causada por infarto em território

Leia mais

DOENÇA FALCIFORME POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME

DOENÇA FALCIFORME POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO HOSPITALAR E DE URGÊNCIA COORDENAÇÃO GERAL DE SANGUE E HEMODERIVADOS DOENÇA FALCIFORME POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À

Leia mais

BULA PARA O PACIENTE MEGESTAT (acetato de megestrol) comprimidos

BULA PARA O PACIENTE MEGESTAT (acetato de megestrol) comprimidos BULA PARA O PACIENTE MEGESTAT (acetato de megestrol) comprimidos MEGESTAT acetato de megestrol Uso oral APRESENTAÇÃO MEGESTAT 160mg comprimidos é apresentado em frasco com 30 comprimidos sulcados. USO

Leia mais

HIDROXIUREIA: USO E ACESSO

HIDROXIUREIA: USO E ACESSO MINISTÉRIO DA SAÚDE HIDROXIUREIA: USO E ACESSO 1ª edição 1ª reimpressão Brasília DF 2014 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência HIDROXIUREIA:

Leia mais

Grupo I-3-Medicamentos anti-infecciosos, antivíricos

Grupo I-3-Medicamentos anti-infecciosos, antivíricos FOLHETO INFORMATIVO Nome do Medicamento Aciclovir Actavis mg comprimidos Aciclovir Actavis 400 mg comprimidos Composição Qualitativa e Quantitativa Cada comprimido contém: Aciclovir... ou 400 mg Forma

Leia mais

FEXODANE Cloridrato de fexofenadina

FEXODANE Cloridrato de fexofenadina FEXODANE Cloridrato de fexofenadina Apresentações 120 mg: caixa contendo 10 comprimidos revestidos. 180 mg: caixa contendo 10 comprimidos revestidos. 60 mg: caixas contendo 10 ou 20 cápsulas. Comprimidos

Leia mais

Perfil Hepático FÍGADO. Indicações. Alguns termos importantes

Perfil Hepático FÍGADO. Indicações. Alguns termos importantes FÍGADO Perfil Hepático glândula do corpo quadrante superior direito do abdômen Funções do FígadoF Receber os nutrientes absorvidos no intestino transformar a estrutura química de medicamentos e outras

Leia mais

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA FAULDACAR dacarbazina MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA APRESENTAÇÃO Pó liófilo injetável com 200 mg de dacarbazina. Embalagem contendo 1 frasco-ampola. USO INTRAVENOSO USO ADULTO

Leia mais

Questionário - Proficiência Clínica

Questionário - Proficiência Clínica Tema HEMOGLOBINOPATIAS Elaboradora(s) Questão 1 Claudia Bonini. Graduação em Ciências Biológicas e Ensino de Primeiro Grau pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1982 e 1983), Mestrado

Leia mais

[ERLICHIOSE CANINA]

[ERLICHIOSE CANINA] [ERLICHIOSE CANINA] 2 Erlichiose Canina A Erlichiose Canina é uma hemoparasitose causada pela bactéria Erlichia sp. Essa bactéria parasita, geralmente, os glóbulos brancos (neste caso, Erlichia canis)

Leia mais

DISCIPLINA DE HEMATOLOGIA HEMATÓCRITO

DISCIPLINA DE HEMATOLOGIA HEMATÓCRITO DISCIPLINA DE HEMATOLOGIA HEMATÓCRITO Profª.: Aline Félix HEMATÓCRITO Indica a porcentagem do volume de glóbulos vermelhos presente em uma certa quantidade de sangue. Faz parte de um exame chamado de Hemograma

Leia mais

Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção Básica

Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção Básica Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção Básica of.dr.rui Fernando Pilotto partamento de Genética Universidade Federal do Paraná ofessor Associado IV Mestre e Doutor em Genética ritiba, 08

Leia mais

Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional Infantil

Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional Infantil Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional Infantil Adriana Servilha Gandolfo Nutricionista Mestre em Ciências pelo Departamento de Pediatria da USP Supervisora Unidades de Internação Serviço de Nutrição

Leia mais

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA INTRODUÇÃO Pacientes em tratamento imunossupressor com inibidores de calcineurina estão sob risco elevado de desenvolvimento de lesão, tanto aguda quanto crônica. A manifestação da injuria renal pode se

Leia mais

ÁCIDO TRANEXÂMICO. Blau Farmacêutica S.A. Solução Injetável 50 mg/ml. Blau Farmacêutica S/A.

ÁCIDO TRANEXÂMICO. Blau Farmacêutica S.A. Solução Injetável 50 mg/ml. Blau Farmacêutica S/A. ÁCIDO TRANEXÂMICO Solução Injetável 50 mg/ml MODELO DE BULA PACIENTE RDC 47/09 ácido tranexâmico Medicamento Genérico Lei n 9.787, de 1999 APRESENTAÇÕES Solução injetável 50 mg/ml. Embalagens com 5 ou

Leia mais

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico. Hidroclorotiazida Diurético - tiazídico Índice 1. Definição 2. Indicação 3. Posologia 4. Contraindicação 5. Interação medicamentosa 1. Definição A Hidroclorotiazida age diretamente sobre os rins atuando

Leia mais

Dacarb (dacarbazina)

Dacarb (dacarbazina) Dacarb (dacarbazina) Bula para paciente Pó liófilo injetável 200 mg Dacarb (dacarbazina) Pó liófilo injetável FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES: Embalagem com 10 frascos-ampola contendo 200 mg de dacarbazina.

Leia mais

ESPECIALIZAÇÃO EM HEMATOLOGIA E BANCO DE SANGUE. Aulas Teóricas: On Line Práticas: Presenciais

ESPECIALIZAÇÃO EM HEMATOLOGIA E BANCO DE SANGUE. Aulas Teóricas: On Line Práticas: Presenciais ESPECIALIZAÇÃO EM HEMATOLOGIA E BANCO DE SANGUE Aulas Teóricas: On Line Práticas: Presenciais Início: 21/05/2016 Término: 23/09/2017 PROGRAMAÇÃO DO CURSO 1ª AULA PRESENÇA OBRIGATÓRIA (P) 21 e 22 de maio

Leia mais

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco - HEMOPE PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA Versão 00/2015 ELABORAÇÃO Dra. Renata Lygia Vieira Vasconcelos

Leia mais

Fármacos classificados na categoria X (xis) do FDA são contraindicados. Afirmativa correta. São fármacos de alto risco para o feto.

Fármacos classificados na categoria X (xis) do FDA são contraindicados. Afirmativa correta. São fármacos de alto risco para o feto. 1. Assinale a afirmativa incorreta: O uso de ieca para tratamento da hipertensão na gestante não apresenta riscos ao feto. Afirmativa incorreta. Os ieca são fármacos desaconselhados no tratamento da hipertensão

Leia mais

Carboplatina Sandoz 10mg/ml Concentrado para solução para perfusão Carboplatina

Carboplatina Sandoz 10mg/ml Concentrado para solução para perfusão Carboplatina Folheto informativo: informação para o utilizador Carboplatina Sandoz 10mg/ml Concentrado para solução para perfusão Carboplatina Leia com atenção todo este folheto antes de utilizar este medicamento,

Leia mais

DOBEVEN. Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula Gelatinosa Dura 500mg

DOBEVEN. Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula Gelatinosa Dura 500mg DOBEVEN Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula Gelatinosa Dura 500mg DOBEVEN dobesilato de cálcio APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. USO

Leia mais