Gestão Hospitalar. Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Economia Economia e Gestão da Saúde
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- Osvaldo Damásio Aldeia
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1 Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Economia Economia e Gestão da Saúde Gestão Hospitalar Franciane Silva Coutinho Residente em Gestão Hospitalar Administração residecoadm.hu@ufjf.edu.br
2 Contextualização; O Papel do Gestor Hospitalar; Ferramentas de Gestão Hospitalar.
3 Contextualização A gestão hospitalar está diretamente relacionada à história dos ambientes hospitalares (FONSECA et al., 2015) e da medicina. Os ambientes hospitalares foram inicialmente administrados por religiosos, médicos, enfermeiros ou pessoas da comunidade, considerados como instituições de caridade, onde os profissionais responsáveis pela sua administração não necessitavam de qualificações técnicas, adquirindo a prática de coordenação com as rotinas de trabalho (SEIXAS e MELO, 2004). No Brasil, a maioria dos gestores hospitalares são da área de saúde, não possuem conhecimento de atividades administrativas, e a coordenação do hospital surge a partir das experiências vividas (FONSECA et al., 2015).
4 Contextualização Para Borba (1991) não há lógica na necessidade de que o gestor em saúde seja um médico, visto que este profissional não possui conhecimentos de administração, podendo a organização de saúde correr riscos quando não gerido por um profissional qualificado. O administrador hospitalar deve possuir habilidades técnicas, buscar sempre melhorias em sua qualificação, se atualizar no campo da administração hospitalar a fim de desempenhar com eficiência seu papel nas instituições de saúde (FONSECA et al., 2015). Não basta o gestor possuir experiência e conhecimento técnico somente. Com a informatização e as novas tecnologias as informações fluem de forma rápida e os gestores precisam estar preparados e atualizados (GIL, 2011).
5 Contextualização Para Seixas e Melo (2004, p.19-20), o administrador hospitalar que deseja atuar na área precisa ter: [...] o perfeito entendimento do processo de trabalho na área da saúde, com uma visão integrada de todos os serviços, autonomia e iniciativa para decidir, apoiado nos princípios éticos, estar comprometimento com a empresa, saber trabalhar com equipe multiprofissional e estar disposto a aprender diariamente.
6 Contextualização O administrador da área da saúde deve propiciar liderança com o objetivo de facilitar a criação e o desenvolvimento de atitudes destinadas a alcançar as metas corretas. Deve motivar sua equipe, aconselhar e dar orientações sobre o ambiente e a estruturação das suas unidades e da organização (SEIXAS e MELO, 2004). Mintzberg (1997) apud Melo et al. (2015) conclui que o gestor em saúde, assim como qualquer gestor, não deve ser um planejador sistemático e reflexivo. Suas atividades são em geral executadas em ritmo intenso e fragmentadas, sendo este gestor orientado para a ação.
7 Contextualização Seixas e Melo (2004, p. 18) apresentam alguns pontos necessários a um profissional para exercer a função de diretor hospitalar: [...] saber coordenar as atividades para se atingir os objetivos; promover programas de capacitação dos profissionais para acompanhar as inovações, pois sem renovação o hospital irá declinar e morrer; promover a motivação do pessoal para trabalhar com entusiasmo. E cabe ao diretor dar o exemplo de dedicação ao serviço. O diretor deve ser um hábil negociador, de forma que os profissionais pensem no hospital como uma instituição estável que deve durar muitas gerações e que seja um multiplicador e acelerador de benefícios sociais e econômicos.
8 O Papel do Gestor Hospitalar Fonte: Adaptado de Chiavenatto, 2004.
9 O Papel do Gestor Hospitalar Papéis do Administrador Papéis Interpessoais: Representação, Liderança e Ligação; Papéis Informacionais: Monitoração, Disseminação e Porta-voz; Papéis decisórios: Solução de conflitos e Negociação. Fonte: Adaptado de Chiavenatto, 2004.
10 O Papel do Gestor Hospitalar Modelo de Gestão Fonte: Mintzberg (2010, p. 60)
11 Ferramentas de Gestão Hospitalar Dentre as ferramentas de gestão existentes, destacam-se as relacionadas ao controle da gestão e à avaliação de desempenho, que demandam o desenvolvimento de uma gestão eficiente e o monitoramento de indicadores de desempenho (GUPTILL, 2005 apud SOUZA et al., 2009, p. 17). Segundo Silva (2005) apud Souza et al. (2009) a avaliação de indicadores hospitalares contribui significativamente para a eficiência da gestão, possibilitado a associação estratégica entre recursos humanos, equipamentos e matéria-prima.
12 Ferramentas de Gestão Hospitalar A estrutura hospitalar é complexa, devendo simultaneamente incorporar avanços de conhecimentos, aptidões, instalações e equipamentos que correspondam à tecnologia médica que também lhe é necessária. Sua complexidade varia proporcionalmente ao grau de especialização e à diversidade de níveis hierárquicos que essa especialização gera dentro dessa instituição. (GONÇALVES, 1983 apud PORTAL EDUCAÇÃO, 2013)
13 Ferramentas de Gestão Hospitalar Algumas ferramentas: O Sistema de Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing ABC) destaca-se como uma das ferramentas comumente utilizadas para a gestão de custos; O 5S é uma das ferramentas do pensamento Lean que nos ajuda a criar a cultura da disciplina, identificar problemas e gerar oportunidades para melhorias; O Balanced Scorecard - BSC é uma ferramenta que busca integrar estratégias, ao comunicar-se com processos e sistemas de uma determinada organização, além de oferecer retroalimentação para todo o sistema;
14 Ferramentas de Gestão Hospitalar Algumas ferramentas: O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que se refere à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada; A Matriz SWOT ou análise FOFA é uma análise pautada no equilíbrio entre o ambiente interno e esterno de uma empresa. Forças (Strenghts) Fraquezas (Weaknesses) Oportunidades (Opportunities) Ameaças (Threats)
15 Dados Complementares Quantidade por Tipo de Estabelecimento segundo Região Tipo de Estabelecimento: HOSPITAL ESPECIALIZADO, HOSPITAL GERAL, HOSPITAL DIA Período: Jun/2017 REGIÃO HOSPITAL ESPECIALIZADO HOSPITAL GERAL HOSPITAL DIA TOAL Região Norte Região Nordeste Região Sudeste Região Sul Região Centro-Oeste Total Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES
16 Classificação dos hospitais: Porte Gestão Hospitalar Dados Complementares Pequeno porte: É o hospital que possui capacidade normal ou de operação de até 50 leitos. Médio porte: É o hospital que possui capacidade normal ou de operação de 51 a 150 leitos. Grande porte: É o hospital que possui capacidade normal ou de operação de 151 a 500 leitos. Acima de 500 leitos considera-se hospital de capacidade extra. (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2012)
17 Tipos de Estabelecimentos Posto de Saúde: Unidade destinada à prestação de assistência a uma determinada população, de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença intermitente ou não do profissional médico. Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde: Unidade para realização de atendimentos de atenção básica e integral a uma população, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou especialista nestas áreas. Podendo ou não oferecer: SADT e Pronto atendimento 24 Horas. Policlínica: Unidade de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias especialidades, incluindo ou não as especialidades básicas, podendo ainda ofertar outras especialidades não médicas. Podendo ou não oferecer: SADT e Pronto atendimento 24 Horas. Hospital Geral: Hospital destinado à prestação de atendimento nas especialidades básicas, por especialistas e/ou outras especialidades médicas. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência. Deve dispor também de SADT de média complexidade. Podendo Ter ou não SIPAC. Fonte:
18 Tipos de Estabelecimentos Hospital Especializado: Hospital destinado à prestação de assistência à saúde em uma única especialidade/área. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência e SADT. Podendo Ter ou não SIPAC Geralmente de referência regional, macro regional ou estadual. Unidade Mista: Unidade de saúde básica destinada à prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação, sob administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por médico especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/emergência e SADT básico ou de rotina. Geralmente nível hierárquico 5. Pronto Socorro Geral: Unidade destinada à prestação de assistência a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato. Podendo ter ou não internação. Pronto Socorro Especializado: Unidade destinada à prestação de assistência em uma ou mais especialidades, a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato. Fonte:
19 Tipos de Estabelecimentos Consultório Isolado : sala isolada destinada à prestação de assistência médica ou odontológica ou de outros profissionais de saúde de nível superior. Unidade Móvel Fluvial: Barco/navio equipado como unidade de saúde, contendo no mínimo um consultório médico e uma sala de curativos, podendo ter consultório odontológico. Clínica Especializada/Amb. Especializado: Clínica Especializada destinada à assistência ambulatorial em apenas uma especialidade/área da assistência. (Centro Psicossocial/Reabilitação etc..) Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia: Unidades isoladas onde são realizadas atividades que auxiliam a determinação de diagnóstico e/ou complementam o tratamento e a reabilitação do paciente. Unidade Móvel Terrestre: Veículo automotor equipado, especificamente, para prestação de atendimento ao paciente. Fonte:
20 Tipos de Estabelecimentos Unidade Móvel de Nível Pré-hospitalar na Área de Urgência e Emergência: Veículo terrestre, aéreo ou hidroviário destinado a prestar atendimento de urgência e emergência préhospitalar a paciente vítima de agravos a sua saúde.(ptms/gm 824, de 24/Jun/1999). Farmácia: Estabelecimento de saúde isolado em que é feita a dispensação de medicamentos básicos/essenciais (Programa Farmácia Popular) ou medicamentos excepcionais / alto custo previstos na Política Nacional de Assistência Farmacêutica. vigilância em Saúde (Vigilância epidemiológica e ambiental; vigilância sanitária), Regulação de Serviços de Saúde. Unidade de Vigilância em Saúde: É o estabelecimento isolado que realiza trabalho de campo a partir de casos notificados e seus contatos, tendo como objetivos: identificar fontes e modo de transmissão; grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas, orientando medidas de prevenção e controle a fim de impedir a ocorrência de novos eventos e/ou o estabelecimento de saúde isolado responsável pela execução de um conjunto de ações, capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Fonte:
21 Fonte: Gestão Hospitalar Tipos de Estabelecimentos Cooperativa: Unidade administrativa que disponibiliza seus profissionais cooperados para prestarem atendimento em estabelecimento de saúde. Centro de Parto Normal Isolado: Unidade intra-hospitalar ou isolada, especializada no atendimento da mulher no período gravídico puerperal, conforme especificações da PT/MS 985/99. Hospital /Dia- Isolado: Unidades especializadas no atendimento de curta duração com caráter intermediário entre a assistência ambulatorial e a internação. Central de Regulação de Serviços de Saúde: É a unidade responsável pela avaliação, processamento e agendamento das solicitações de atendimento, garantindo o acesso dos usuários do SUS, mediante um planejamento de referência e contra-referência. Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN- Estabelecimento de Saúde que integra o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública - SISLAB, em conformidade com normalização vigente. Secretaria de Saúde- Unidade gerencial/administrativa e/ ou que dispõe de serviços de saúde, como vigilância em Saúde (Vigilância epidemiológica e ambiental; vigilância sanitária), Regulação de Serviços de Saúde.
22 Desafios para a Gestão Segundo uma pesquisa realizada com gestores de saúde tem-se que [...] a gestão na saúde está entre os seus principais problemas, e sua transformação um desafio prioritário (p. 422). A mesma pesquisa destacou como principais fragilidades: o despreparo dos profissionais para o exercício da administração; lentidão na incorporação de novas tecnologias de informação e processos de gestão e de organização do trabalho. (LORENZETTI et al., 2014)
23 Desafios para a Gestão No setor público, os desafios encontrados foram além, apresentando como resultados: barreiras de legislação; alta rotatividade dos gestores; desmotivação dos profissionais e trabalhadores. (LORENZETTI et al., 2014)
24 Referências BORBA, Valdir Ribeiro. Administração hospitalar: princípios básicos. 3 ed. São Paulo: CEDAS, CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente e moderna da administração das organizações. Ed. Compacta. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, FONSECA, A. D. et al.. A evolução da gestão hospitalar e suas intervenções no mercado atual. 2 ed., Vol. 1, 2015, p Disponível em: < >. Acesso em: 08 ago GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, LORENZETTI, R. et al. Gestão em saúde no brasil: diálogo com gestores públicos e privados. Florianópolis, 2014 Abr-Jun; 23(2): Disponível em < Acesso em: 08 ago MELO, A. C. et al. O papel do administrador hospitalar no mundo contemporâneo. LABORO.in Faculdade Laboro, 2 ed., Vol. 1, 2015, p Disponível em: < >. Acesso em: : 08 ago MINISTÉRIO DA SAÚDE- Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil CNES. Disponível em: < Acesso em: 08 ago
25 Referências MINTZBERG, Henry. Managing: Desenvolvendo o Dia a Dia da Gestão. 1 ed. Porto Alegre: Bookman, PORTAL EDUCAÇÃO. Curso de Hotelaria Hospitalar, Disponível em: < pitalar/615 >. Acesso em: 25 abr PORTAL EDUCAÇÃO. Classificação dos Hospitais e Características de seus Serviços. Disponível em: < cas-de-seus-servicos/15665 >. Acesso em: 25 abr SEIXAS, M. A. S.; MELO, H. T. de.. Desafios do administrador hospitalar. Revista Gestão e Planejamento. Ano 5, n. 9. Salvador, jan./jun. 2004, p Disponível em: < rgb/article/download/185/188+&cd=1&hl=pt-br&ct=clnk&gl=br >. Acesso em: 08 ago SOUZA, A. A de. Et al.. Controle de gestão em organizações hospitalares. Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 16, n. 3, p , julho-setembro Disponível em: Acesso em: 08 ago
26 Obrigada!
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