AULA 00 Aula Demonstrativa

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1 AULA 00 Aula Demonstrativa Legislação Aduaneira. Contexto Histórico. A Estrutura do Regulamento Aduaneiro. O Papel Atual da Aduana. Jurisdição Aduaneira. Território Aduaneiro. Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados. Recintos Alfandegados. Alfandegamento. Administração Aduaneira. Precedência Aduaneira. Fiscalização Aduaneira. Livre Acesso. Controle Aduaneiro de Veículos. Disposições Preliminares. Prestação de Informações Pelo Transportador. Busca em Veículos. Manifesto de Carga e Conhecimento de Carga. 1. Apresentação SUMÁRIO PÁGINA Informações Sobre o Curso Análise da Disciplina Legislação Aduaneira Contexto Histórico A Estrutura do Regulamento Aduaneiro O Papel Atual da Aduana Jurisdição Aduaneira 5.1. Território Aduaneiro 5.2. Portos, Aeroportos Alfandegados e 11 Pontos de Fronteira Recintos Alfandegados Administração Aduaneira Alfandegamento Precedência Aduaneira Livre Acesso Fiscalização Aduaneira 6. Controle Aduaneiro de Veículos 6.1. Disposições Preliminares Prestação de Informações Pelo Transportador Manifesto de Carga e Conhecimento de Carga Busca em Veículos Quadro-Resumo Dica do Dia Questões Propostas 35 Gabarito 42 Questões Comentadas Página 1 de 50

2 Olá amigos! Como vão? Primeiramente, bem-vindos ao Curso de Legislação Aduaneira para o concurso ao cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. E aí? Preparados para encarar a prova de Legislação Aduaneira? Caso sim, este Curso lhe preparará mais ainda! Caso não, já está mais do que na hora de começar os estudos! A equipe do SILVIO SANDE CURSOS ON LINE PARA CONCURSOS estará ao seu lado em todos os momentos desta árdua caminhada! E, lembrem-se: só não passa no concurso aquele que desiste. Como sei que esse não é o seu caso, mãos à obra! A divisão das aulas foi feita de forma bastante criteriosa, focadas na prova e com o máximo de detalhamento possível. Nossa proposta terá o seguinte foco: a abordagem completa da matéria. No entanto, não vamos desviar dos elementos que devem nortear o aprendizado eficaz: apresentação dos temas em uma sequência didaticamente elaborada, com abordagem clara e objetiva. Nessa linha, o nosso objetivo aqui é detalhar os itens do conteúdo programático, de tal forma que você conheça profundamente a matéria e chegue à prova com bastante segurança. Com isso, estarão aptos a enfrentar a prova da mesma forma que fizeram centenas de alunos aprovados que já estudaram por nosso curso. 1. Apresentação Antes de iniciarmos os comentários sobre o nosso curso, gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Vitor Valente e sou professor do SILVIO SANDE CURSOS ON LINE PARA CONCURSOS, na disciplina Legislação Aduaneira. Engenheiro Civil de formação, graduado em 2003 pela UFBA, fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal em 2005, no qual a concorrência era dividida por Região Fiscal. Tomando posse em 2006, comecei o exercício do cargo no Serviço de Fiscalização, tendo exercido a Supervisão da Equipe de Fiscalização Aduaneira por 03 anos. Após também passar pela Equipe de Fiscalização de Tributos Internos e pela Equipe de Fiscalização Previdenciária, atualmente estou na Delegacia Regional de Julgamento DRJ. Em 2009, fiz novamente vestibular e ingressei na Faculdade de Direito/UFBA, me graduando em O interesse pelo Direito surgiu após os estudos para o concurso da Receita Federal. Foi um grande desafio conciliar trabalho, estudo, família, mas os desafios foram Página 2 de 50

3 feitos para serem vencidos! Por isso não desanimem jamais. Há muitas dificuldades no caminho de todo Concurseiro, mas são passageiras, enquanto que a sua aprovação, a sua conquista, será duradoura! Bem, feitas as apresentações iniciais, e sem mais delongas, vamos ao que interessa! 2. Informações Sobre o Curso 1. Divisão das Aulas Nosso curso será desenvolvido ao longo de 08 aulas, incluindo esta aula demonstrativa. O curso terá por base o último edital para o concurso de AFRFB, realizado em Contudo, quando da publicação do próximo Edital, os novos pontos serão acrescentados às nossas aulas, assim como serão suprimidos aqueles pontos que não forem mais cobrados, não se preocupem! Importante salientar que a numeração dos tópicos é única para todo o curso, ou seja, se na aula inicial o último tópico foi o de número 6, a aula seguinte já começa pelo tópico 7, e assim por diante, uniformizando o curso. Optamos por seguir o conteúdo programático da matéria na sequência apresentada pelo edital, contudo, poderá haver uma ou outra alteração da ordem dos itens no decorrer do curso, de forma a permitir uma ordenação mais didática da matéria, para que você possa ir avançando no estudo em uma sequência lógica e objetiva, de acordo com o cronograma abaixo: AULA 00 Apresentação. Informações Sobre o Curso. Análise da Disciplina. Legislação Aduaneira. Contexto Histórico. A Estrutura do Regulamento Aduaneiro. O Papel Atual da Aduana. Jurisdição Aduaneira. Território Aduaneiro. Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados. Recintos Alfandegados. Alfandegamento. Administração Aduaneira. Precedência Aduaneira. Fiscalização Aduaneira. Livre Acesso. Controle Aduaneiro de Veículos. Disposições Preliminares. Prestação de Informações Pelo Transportador. Busca em Veículos. Manifesto de Carga e Conhecimento de Carga. AULA 01 05/02/2018 Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior. Regramento Constitucional e Legislação Específica. Produtos, Bens e Mercadorias. Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e Desnacionalizados. Imposto de Importação (II). Sujeitos Ativo e Passivo. Incidência. Fato Gerador. Base de Cálculo. Alíquotas. Tributação de Mercadorias não Identificadas. Regime de Tributação Simplificada. Regime de Tributação Especial. Regime de Tributação Unificada. Pagamento, Restituição e Compensação. Isenções e Página 3 de 50

4 Reduções do Imposto de Importação. Imunidades do Imposto de Importação e Controle exercido pela RFB. Reimportação. Similaridade. AULA 02 19/02/2018 AULA 03 05/03/2018 Imposto de Exportação (IE). Sujeitos Ativo e Passivo. Incidência. Fato Gerador. Base de Cálculo. Alíquotas. Pagamento. Incentivos Fiscais na Exportação. Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado à Importação. Sujeitos Ativo e Passivo. Incidência e Fato Gerador. Base de Cálculo e Alíquotas. Isenções. Imunidades. Suspensão do Pagamento do Imposto. Contribuição para o PIS/PASEP Importação e COFINS Importação. Sujeitos Ativo e Passivo. Incidência e Fato Gerador. Base de Cálculo e Alíquotas. Isenções. Suspensão do Pagamento e Redução de Alíquotas (Programas Específicos e seu Regramento). Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) vinculado à Importação. Sujeitos Ativo e Passivo. Fato Gerador. Alíquotas. Isenções e Imunidades. Pagamento do Imposto e Controle pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e Taxa Mercante. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE Combustíveis/Importação. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros. Despacho Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação. Disposições Gerais. Modalidades. Documentos que os Instruem. Casos Especiais de Importação e de Exportação Previstos na Legislação. Espécies de Declaração de Importação e de Declaração de Exportação. Declaração de Importação. Conferência e Desembaraço na Importação e na Exportação. Cancelamento da Declaração de Importação e da Declaração de Exportação. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a Importação. AULA 04 19/03/2018 Regimes Aduaneiros Especiais e Regimes Aduaneiros Aplicados em Áreas Especiais. Disposições Gerais e Específicas de cada Regime e de cada Área (PARTE I). AULA 05 02/04/2018 Regimes Aduaneiros Especiais e Regimes Aduaneiros Aplicados em Áreas Especiais. Disposições Gerais e Específicas de cada Regime e de cada Área (PARTE II). Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no MERCOSUL. Mercadoria Abandonada. Avaria, Extravio e Acréscimo de Mercadorias. Responsabilidade Fiscal pelo Extravio. Termo de Responsabilidade. AULA 06 16/04/2018 Infrações e Penalidades previstas na Legislação Aduaneira. Pena de Perdimento. Natureza Jurídica. Hipóteses de Aplicação. Limites. Processo/Procedimento de Página 4 de 50

5 Perdimento. Processo de Aplicação de Penalidades pelo Transporte Rodoviário de Mercadoria Sujeita a Pena de Perdimento. Aplicação de Multas na Importação e na Exportação. AULA 07 30/04/2018 Intervenientes nas Operações de Comércio Exterior. Sanções Administrativas a que estão sujeitos os Intervenientes nas Operações de Comércio Exterior e o Processo de sua Aplicação. Representação Fiscal para Fins Penais. Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro. Destinação de Mercadorias. Subfaturamento e Retenção de Mercadorias. Valoração Aduaneira. Legislação Aduaneira aplicável ao MERCOSUL. Internalização da Legislação Aduaneira Aplicável ao MERCOSUL. Disposições Constitucionais Relativas à Administração e Controle sobre Comércio Exterior. Contrabando, Descaminho e Princípio da Insignificância. SISCOSERV e SISCOMEX. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. Metodologia Utilizada O desenvolvimento da teoria será intercalado com questões comentadas à medida que os temas forem sendo apresentados, de modo a unir a teoria e a prática de prova, fazendo com que você tenha uma visão completa do assunto. Isso ajuda muito na preparação, pois o estudo somente da teoria pode se tornar cansativo, com muitos detalhes e termos técnicos que acabam por confundir o aluno. Nesse sentido, ao final de cada tópico haverão questões comentadas, relacionadas ao assunto abordado, informando em quais concursos já foram cobradas. E, sempre que possível, narrarei fatos correlatos ao assunto, referentes à época em que estava na Aduana. As questões propostas serão de múltipla escolha, estilo ESAF, retiradas de provas anteriores; pois, como a maioria deve saber e quem não sabe, saberá agora a ESAF repete algumas questões já cobradas em outros concursos, ou seja, aprenda o passado para se dar bem no futuro. Haverá também questões elaboradas pelo professor, com o objetivo de simular questões de prova. Ao final de cada aula, haverá um Quadro-Resumo, abordando os principais tópicos, para melhor fixação, a Dica do Dia, e também questões propostas, com o gabarito ao final, para vocês treinarem! Por último, as questões comentadas, as quais servirão como revisão do assunto. Sugestão: leia toda a aula apresentada, após isso, volte e leia os pontos que teve mais dúvida ou que não entendeu direito. Em seguida, dê uma olhada no quadro-resumo e parta para a resolução das questões! Confira seu desempenho pelo gabarito, e, caso este não seja satisfatório (o que não vai acontecer, tenho certeza!), faça Página 5 de 50

6 novamente as questões que teve mais dificuldades para resolver, por fim, dê uma olhada nas questões comentadas. Esse mecanismo é um excelente fixador de conhecimento! 3. Legislação Aplicável Por se tratar de uma matéria denominada Legislação Aduaneira, a base do nosso estudo será a própria legislação. Utilizaremos o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009). Por isso, é recomendado que você o tenha sempre que for acompanhar as aulas, de preferência impresso, pois podem ser feitas anotações e destaques para consultas posteriores. Você pode acessálo e imprimi-lo no seguinte link: Aliás, o site Portal da Legislação, mantido pelo Governo Federal, é excelente para pesquisar as diversas legislações utilizados durante os estudos para o Concurso, pois é de fácil navegação. Fica aí a Dica! Um ponto importante, relativamente à Legislação Aduaneira, é que o Regulamento Aduaneiro/2002 (Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002) foi revogado pelo Regulamento Aduaneiro/2009 (Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009); assim, as questões que versem sobre o RA anterior, nos pontos em que forem divergentes do RA atual, serão adaptadas. 4. Suporte Por fim, informamos que nosso estudo não se limita à apresentação das aulas ao longo do curso. É mais do que natural que você tenha dúvidas, mas elas não podem permanecer até o dia da prova, não é mesmo? Então, estaremos sempre à disposição para responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula. Não deixe a dúvida contigo, ela deve ser eliminada o quanto antes! Principalmente se versar sobre resolução de questões. Sua aprovação é o nosso maior objetivo! Conte conosco! Nada será mais gratificante para nós do que recebermos um trazendo a notícia da sua aprovação. 3. Análise da Disciplina A ESAF vem aumentando, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, a cobrança das questões envolvendo Legislação Aduaneira, conforme verificamos na tabela abaixo. Vale ressaltar que os concursos realizados antes de 2005 eram divididos por áreas de Página 6 de 50

7 conhecimento, assim, só fazia a prova referente a Comércio Internacional/Legislação Aduaneira o candidato inscrito na prova de Aduana. Atualmente, o conhecimento aduaneiro é exigido de todos! Isso sem falar no surgimento das questões discursivas, a partir do concurso de QUESTÕES OBJETIVAS PESO - - AFRF AFRF AFRF AFRFB AFRFB AFRFB CONCURSO AFRF PONTUAÇÃO MÁXIMA - as provas eram específicas, divididas por área: Aduana, Auditoria, Tributação e Julgamento, etc. somente questões de Comércio Internacional e Direito Internacional Público. somente 02 questões relacionadas diretamente com a Legislação Aduaneira. aparecimento de questões referentes a Legislação Aduaneira, inclusive com 01 questão discursiva. questões com grau de dificuldade maior, e novamente aparece uma questão discursiva. Diante de uma matéria com conteúdo tão extenso o RA tem cerca de 800 artigos sem falar em outros diplomas legais correlatos ao assunto, a banca tem um leque enorme de informações para elaborar as questões. Porém, asseguramos que se tudo correr dentro da normalidade, ou seja, se a banca não cometer absurdos, nosso curso permite você fazer, no mínimo, 80% da prova com muita tranquilidade, basta estudar atento e acompanhar todos os detalhes das aulas. Vamos estudar com afinco, galera! Não adianta arrebentar em outras disciplinas e ficar devendo 01 ou 02 questões de Legislação Aduaneira, por se tratar de uma matéria bem específica, aquele que dominá-la já sai na frente, garantido pontos preciosos na pontuação final do certame! Assim, visto todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos começar nossos estudos com uma pequena introdução a Legislação Aduaneira, de maneira a contextualizar o objeto do nosso estudo e formar a base para um conhecimento sólido, até por que, em uma prova discursiva (segunda fase), devemos mostrar conhecimento sobre o que escrevemos, seguindo uma linha de raciocínio coesa, que busque a máxima pontuação na questão, não é verdade? Grande abraço! Vitor Valente Página 7 de 50

8 4. Legislação Aduaneira 4.1. Contexto Histórico A palavra aduana deriva de ad-dwana, vocábulo de origem árabe que designava um registro ou escritório. A palavra alfândega também advém do árabe al-funduq e significava estalagem, hospedaria. Na Antiguidade, os mercadores eram obrigados a dirigir-se a uma espécie de estalagem oficial, na qual recebiam, além de descanso e alimentos, a visita de um coletor de impostos. Os tributos aduaneiros são considerados a primeira forma de cobrança de impostos, tendo sua origem estimada em anos antes de Cristo, na cidade de Atenas. Importante frisar que, ao contrário do que se pensa, tais impostos eram cobrados inicialmente sobre a utilização de meios de transportes (ex: pontes, estradas), e não sobre a mercadoria propriamente dita, sendo uma espécie de pedágio. No Brasil, pode-se afirmar que a Aduana começou a ser utilizada como um mecanismo repressivo de combate ao contrabando, havendo disposições quanto a isso tanto nas Ordenações Afonsinas1, quanto nas Ordenações Manuelinas2 e também nas Ordenações Filipinas3. Com a Proclamação da República, e após consolidações e atualizações, em 13 de abril de 1894 nasce, talvez, o diploma aduaneiro denominado Nova Consolidação das Leis das Alfândegas e Mesas de Rendas NCLAMR, o qual vigeu até a edição do Decreto-Lei nº 37/66 (Lei Aduaneira). Tal Decreto-Lei, apesar de substancialmente alterado pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 1º de setembro de 1988, ainda continua em vigor e, é considerado por muitos, o principal ato normativo aduaneiro vigente. Em 1985, foram consolidadas e regulamentadas as disposições legais aduaneiras através do Decreto nº , de 5 de março de 1985 (Regulamento Aduaneiro/85). Em 27 de dezembro de 2002, já sob a vigência da Constituição Federal de 1988, o Decreto nº 4.543, regulamentando a legislação aduaneira, tornou-se um grande avanço para o estudo do Direito Aduaneiro ao consolidar em um mesmo diploma legal dispositivos tratados em mais de uma centena de leis e decretos, e também acordos internacionais pactuados pelo Brasil. 1As Ordenações eram um coletânea de leis portuguesas também aplicadas no Brasil. As Ordenações Afonsinas vigeram entre As Ordenações Manuelinas vigeram entre As Ordenações Filipinas vigeram entre Página 8 de 50

9 Assim, como Constituição Decreto-Lei consolidados vida! veremos nos tópicos seguintes, dispositivos contidos na Federal de 1988, no Código Tributário Nacional, no nº 37/66, dentre outros diplomas legais, foram em um único lugar, o que irá facilitar e muito a nossa Atualmente, está em vigor, como já dito, o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, o famoso Regulamento Aduaneiro/2009 (muito influenciado, diga-se de passagem, pelo avanço nas funções dos órgãos aduaneiros, tema tratado no item 4.3), o qual será objeto dos nossos estudos! Contudo, a legislação aduaneira ainda encontra previsão em outros diplomas legais, tais como decretos e leis, assim como em instruções normativas expedidas pela Receita Federal do Brasil, e também na Constituição Federal de 1988 (lembrem-se: competência privativa da União para legislar sobre comércio exterior; CF, artigo 22-VIII). Alguns desses dispositivos serão citados no decorrer do curso, de maneira a melhor compreender as disposições do RA/2009, bem como auxiliar na resolução de questões A Estrutura do Regulamento Aduaneiro O Regulamento Aduaneiro/2009 é estruturado em 08 (oito) livros: o Livro I Da Jurisdição Aduaneira e do Controle Aduaneiro de Veículos: artigos 1º a 68; (conteúdo abordado na Aula Demonstrativa) o Livro II Dos Impostos de Importação e de Exportação: artigos 69 a 236; (conteúdo abordado nas Aulas 01 e 02) o Livro III Dos Demais Impostos, e das Taxas e Contribuições, Devidos na Importação: artigos 237 a 306; (conteúdo abordado na Aula 02) o Livro IV Dos Regimes Aduaneiros Especiais e dos Aplicados em Áreas Especiais: artigos 307 a 541; (conteúdo abordado na Aula 04) o Livro V Do Controle Aduaneiro de Mercadorias: artigos 542 a 672; (conteúdo abordado na Aula 03) o Livro VI Das Infrações e das Penalidades: artigos 673 a 743; (conteúdo abordado nas Aulas 05 e 06) o Livro VII Do Crédito Tributário, do Processo Fiscal e do Controle Administrativo Específico: artigos 744 a 815; (conteúdo abordado nas Aulas 05 e 06) o Livro VII Das Disposições Finais e Transitórias: artigo O Papel da Aduana Embora no início o principal papel desempenhado pela Aduana fosse exercer uma função eminentemente arrecadatória, com o passar do tempo, e devido ao aumento do fluxo das relações comerciais pelo mundo, impulsionado pelo fenômeno da Globalização, o caráter Página 9 de 50

10 regulatório dos tributos relacionados ao comércio exterior se fez presente, haja vista estar intrinsecamente relacionado muito mais à regulação da política econômica de um país do que propriamente ao ingresso de recursos nos cofres públicos. Neste sentido, uma política regulatória, além de ser um mecanismo que proporciona um impulso para o desenvolvimento da nação, serve também como um ponto de equilíbrio das condições de competitividade entre a mercadoria nacional e a importada, no intuito de aumentar o comércio com outras nações, mas sem prejudicar a indústria local. Atualmente, em um panorama no qual o protecionismo tarifário encontra-se em declínio, devido ao surgimento, em um primeiro momento, dos grandes blocos regionais (exemplo: União Europeia, Mercosul), e o consequente aumento do número de tratados e acordos comerciais, a função regulatória da Aduana teve sua importância substancialmente reduzida. Neste cenário, com a acirrada competitividade imposta pelo progressivo aumento do comércio mundial, os órgãos aduaneiros de cada país ganham uma nova função: facilitadores do comércio internacional, adaptando-se às demandas exigidas pelas empresas importadoras e exportadoras, aprendendo, em parte, os processos de tecnológicos e logísticos destas, assim como intensificando a qualificação e especialização de seus agentes, impondo, desta maneira, uma maior agilidade aos trâmites aduaneiros. Por outro lado, o aumento do comércio mundial trouxe malefícios às nações, principalmente no que diz respeito à proliferação de organizações criminosas (exemplo: crimes relacionados à biopirataria e à lavagem de dinheiro) e de agentes terroristas. Neste sentido, os agentes aduaneiros devem ter atenção redobrada na inspeção e verificação de mercadorias e meios de transportes, no intuito de impedir a circulação de itens proibidos, tais como, armas, artefatos nucleares, entorpecentes, dentre outros. Equilíbrio entre facilitação e segurança, este é o Papel Atual da Aduana! Esse binômio será muito importante para entendermos o Regulamento Aduaneiro e resolvermos questões, pois o poder da Aduana será ditado pela facilitação do comércio internacional (através de mecanismos de controle cada vez mais ágeis e seguros; como exemplo, podemos citar a constante modernização do SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior, a ser estudado na Aula 06) e pelo dever de segurança (através de procedimentos que inibam a prática de ilícitos, ex: efetiva conferência do manifesto e do conhecimento de carga, busca em veículos, itens a serem tratados nessa aula inicial). Página 10 de 50

11 5. Jurisdição Aduaneira E aí? Prontos para encarar os mais de 800 artigos do RA? Quem respondeu não, acertou! Não será necessário ler todos. Nosso Curso irá seguir exatamente o disposto no Edital, ou seja, abordaremos somente os itens necessários, aqueles de maior relevância. E, nos comentários de cada questão, estará sempre presente o artigo do RA/2009 utilizado para a sua resolução. Comecemos, do início. Jurisdição Aduaneira... é o poder atribuído à autoridade aduaneira para estabelecer as normas aduaneiras aplicáveis, exercer o controle aduaneiro e a tributação sobre as operações de comércio exterior, bem como fiscalizar o seu real cumprimento. No Brasil, a jurisdição estende-se por todo o território aduaneiro, abrangendo a zona primária e a zona secundária, sendo este poder exercido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio de suas unidades administrativas. O RA dispõe sobre a Jurisdição Aduaneira nos seus artigos 2º a 25. A distribuição jurisdicional entre as unidades, bem como a estrutura interna dos serviços aduaneiros, é atualmente regulada pela Portaria do Ministério da Fazenda nº 203, de 14 de maio de 2012, a qual aprovou o Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Tal poder regulatório, encontra-se disposto previsto no artigo 25 do RA: Art. 25. A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras serão reguladas em ato do Ministro de Estado da Fazenda. Mas peraí! Território Aduaneiro, Zona Primária, Zona Secundária, o que significa isso? Bem, o RA dispõe expressamente sobre tais definições em seus artigos 2º e 3, os quais serão temas do próximo tópico! 5.1. Território Aduaneiro O território aduaneiro é o espaço físico de um Estado onde os seus órgãos aduaneiros atuam, aplicando a legislação aduaneira e controlando as operações de comércio exterior (importação e exportação). Segundo o artigo 2º do RA: Art. 2º. O território aduaneiro compreende todo o território nacional. Página 11 de 50

12 Seguindo com as definições, o artigo 3º diz que: Art. 3º. A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange: I a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e II a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. Território Aduaneiro = território nacional (terrestre + aquático + aéreo); Zona Primária = área aquática (portos alfandegadoscontínua ou descontínua) + área terrestre (portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados-contínua ou descontínua); Zona Secundária = território aduaneiro zona primária. Tranquilo? Vamos em frente! Analisando o 1º do artigo 3º, nos deparamos com a previsão de que para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no artigo 534, constituem zona primária. Indo pesquisar lá no artigo 534, encontramos a definição do que é uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE): caracterizam-se como áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior. Uma leitura desatenta nos levaria ao erro de achar que as ZPE s seriam uma exceção à regra do caput do artigo 3º, sendo consideradas, portanto, como zona primária. Contudo, o 1º afirma que somente para feito de controle aduaneiro são consideradas como zona primária, mas na sua essência continua sendo uma zona secundária. Isso já foi cobrado em prova, atentos! Os parágrafos seguintes do mesmo artigo nos trazem que a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta a administração do local a ser alfandegado ( 2º), a autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por obstáculos que impeçam o acesso Página 12 de 50

13 indiscriminado de veículos, pessoas ou animais ( 3º) e a autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em serviço ( 4º). Os dois últimos parágrafos estão relacionados a questões de segurança e soberania nacional, nos remetendo a um dos objetivos atuais das Aduanas, lembram? Já o 5º merece um pouco mais de nossa atenção. Ele trata de uma espécie de aumento do território aduaneiro brasileiro, estendido às Áreas de Controle Integrado (ACI) localizadas em fronteiras com Estados-Partes do Mercosul, por força do previsto no Decreto nº 1.280, de 14 de outubro de 1994, que promulgou o Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Comércio no 5 (Acordo de Recife) e no Decreto nº 3.761, 5 de março de 2001, que dispõe sobre a execução do Segundo Protocolo Adicional ao referido Acordo. Nestas áreas específicas, na medida do possível, são realizados procedimentos administrativos e operacionais de forma sequencial e simultânea pelos funcionários dos Estados-Partes, pertencentes aos distintos órgãos aduaneiros que intervenientes, abrangendo também órgãos responsáveis pela migração, vigilância sanitária, transportes, dentre outros. Por fim, o artigo 4º nos traz a previsão da criação das Zonas de Vigilância Aduaneira (ZVA): Art. 4º. O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem estabelecidas. Outra medida de segurança, que visa o estabelecimento de controle sobre a entrada ou saída clandestina de mercadorias do território aduaneiro, as ZVA s não se confundem com as zonas primárias, são conceitos distintos, estando localizadas nas zonas secundárias Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados Este item trata do procedimento de alfandegamento dos portos, aeroportos e pontos de fronteiras, os quais servirão como base para a demarcação da zona primária. Tais áreas poderão ser alfandegadas com restrições, seja quanto a veículos, seja quanto a mercadorias, sua natureza ou destinação. Art. 5º. Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro: Página 13 de 50

14 I estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados; II ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; e III embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. Art. 6º. O alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de fronteira será precedido da respectiva habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte. Art. 7º. O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os termos, limites e condições para sua execução. O alfandegamento somente se tornará eficaz quando forem definidas as condições de estruturação e instalação dos órgãos e serviços aduaneiros, bem como a definição da execução e prestação dos serviços de infraestrutura, indispensáveis à movimentação, guarda e conservação dos bens, enfim, desde que garantida a segurança e a integridade das mercadorias e/ou produtos ali depositados. Art. 8º. Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Constituem exceção à regra acima a importação e a exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras estabelecidas pela RFB. Nesse sentido, foi editada a Instrução Normativa SRF nº 116, de 31 de dezembro de 2001, a qual estabelece procedimentos para o despacho aduaneiro de importação de gás natural por meio de duto Recintos Alfandegados O alfandegamento de recintos em zona secundária tem por objetivo a interiorização dos serviços aduaneiros, ou seja, busca-se agilizar as operações relativas ao comércio exterior, tanto de importação quanto de exportação, ao mesmo tempo em que consegue desafogar a zona primária, já muito demandada por esses serviços. Desta maneira, tenta-se diminuir os gargalos existentes nos portos, aeroportos e pontos de fronteira, dando uma maior agilidade às operações efetuados em solo nacional, contribuindo também para aumentar a competitividade das nossas empresas. Página 14 de 50

15 Seu regramento está contido no artigo 9º do RA: Art. 9. Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: I mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial; II bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; III remessas postais internacionais. único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas francas. Um produto do fenômeno da interiorização, citada no início deste item, são os denominados portos secos, antigamente denominados de Estações Aduaneiras de Fronteira (EAF) e de Estações Aduaneiros Interior (EADI). Sua previsão legal encontra-se no artigo 11 do RA: Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. 1º Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados. 2º Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais. Como dito no 1º, os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados; a contrario sensu, somente podem ser instalados em zona secundária, ou na zona primária, desde que referente aos pontos de fronteira alfandegados. Já o artigo 12 do RA sujeita as operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro realizadas em porto seco, assim como a prestação dos serviços conexos a estas, ao regime de concessão4 ou permissão5; nos portos secos, a execução 4Espécie de delegação de atividades administrativas às pessoas privadas. Efetiva-se mediante contrato precedido de licitação, na modalidade concorrência, tendo como concessionário uma pessoa jurídica ou um consórcio de empresas, por prazo certo e longo. 5Outra espécie de delegação. Ocorre mediante licitação segundo a modalidade própria de acordo com cada caso, através de contrato de adesão de natureza precária. Tem como permissionário pessoa física ou pessoa jurídica, excluída a participação de consórcio. Página 15 de 50

16 das operações e a prestação dos serviços serão efetivadas mediante o regime de permissão, salvo quando os serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel pertencente à União, caso em que será adotado o regime de concessão precedida da execução de obra pública ( único) Alfandegamento Este item encontra-se estritamente relacionado aos itens 5.2 e 5.3. Então vamos à sua definição, prevista no artigo 2º da Portaria RFB nº 3.518, de 30 de setembro de 2011: entende-se por alfandegamento a autorização, por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), para estacionamento ou trânsito de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados, embarque, desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados, movimentação, armazenagem e submissão a despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bens de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintos onde tais atividades ocorram sob controle aduaneiro. O caput do artigo 13 do RA estabelece os requisitos para a sua efetivação, tanto para os recintos localizados na zona primária quanto aqueles localizados na zona secundária, e os parágrafos dos artigos fazem menção sobre a abrangência do alfandegamento (totalidade ou parte das áreas dos portos e aeroportos) e sobre a possibilidade de alfandegar-se silos ou tanques, para armazenamento de produtos a granel, localizados em áreas contíguas a porto organizado ou instalações portuárias, ligados a estes por tubulações, esteiras rolantes ou similares, instaladas em caráter permanente ( 4 ): Art. 13. O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poderá ser efetivado: I depois de atendidas as condições de instalação do órgão de fiscalização aduaneira e de infraestrutura indispensável à segurança fiscal; II se atestada a regularidade fiscal do interessado; III se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; e IV se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria sob sua guarda Administração Aduaneira Os órgãos aduaneiros, para que possam regular o fluxo de bens e serviços frutos das relações abrangidas pelo comércio exterior, devem ser dotados de instrumentos de controle que assegurem o fiel cumprimento da legislação aduaneira. Página 16 de 50

17 A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 237, emana que a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. Tal comando foi reproduzido no artigo 15 do RA: Art. 15. O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro. No inciso seu artigo 144, 1º, inciso II, a Carta Magna, apesar de incumbir à Polícia Federal a prevenção e a repressão ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, ao contrabando e ao descaminho, assegura a competência fazendária, para que esta atue no âmbito das suas atribuições. O poder de polícia6 conferido à Aduana é empregado materialmente através de ações preventivas (exemplo: ingresso no território nacional de pessoas, veículos e mercadorias somente por locais autorizados) e repressivas (exemplo: apreensão de mercadorias contrabandeadas), as quais são dotadas do atributo da auto-executoriedade7, o que garante uma maior agilidade no controle aduaneiro Precedência Aduaneira O artigo 37, inciso XVIII, da Constituição Federal de 1988 determina que a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. Tal previsão já tinha guarida no artigo 35 do Decreto-Lei nº 37/1966: em tudo o que interessar à fiscalização aduaneira, na zona primária, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exercem suas atribuições. Vejamos agora o que diz o artigo 17 do RA: Art. 17. Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele 6Faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. É também utilizado com um mecanismo de frenagem para conter os abusos do direito individual. 7É a possibilidade efetiva que a Administração Pública tem de proceder ao exercício imediato de seus atos, sem necessidade de recorrer, previamente, ao Poder Judiciário. Página 17 de 50

18 destinados, a administração aduaneira tem precedência sobre os demais órgãos que ali exerçam suas atribuições. 1º A precedência de que trata o caput implica: I a obrigação, por parte dos demais órgãos, de prestar auxílio imediato, sempre que requisitado pela administração aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessárias à ação fiscal; e II a competência da administração aduaneira, sem prejuízo das atribuições de outros órgãos, para disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias nos locais referidos no caput, no que interessar à Fazenda Nacional. 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente à zona de vigilância aduaneira, devendo os demais órgãos prestar à administração aduaneira a colaboração que for solicitada. Assim, podemos verificar a competência da autoridade aduaneira, sem prejuízo das atribuições de outros órgãos, no que diz respeito a disciplina de entrada, permanência, movimentação e saída de pessoas, veículos e mercadorias no que concerne à zona primária e à zona de vigilância aduaneira. Tal procedência, como citado no inciso I, implica na obrigação por parte das demais autoridades, em especial as forças policiais, de prestar auxílio imediato, sempre que requisitado. Ao chegarmos de uma viagem internacional, e depois de passarmos pelo controle de imigração realizado pela Polícia Federal, somos direcionados, após as compras no Free Shop (é claro!!!), ao controle aduaneiro de bagagem, exercido por servidores da RFB. Notem que cada órgão atua na sua área de competência, mas de maneira conjunta, garantindo a segurança do território nacional Fiscalização Aduaneira Segundo o disposto no artigo 16 do RA, a fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta (aquela exercida presencialmente em tempo integral), em horários determinados (presencial e nos horários em que é autorizado o funcionamento do local, recinto), ou eventual (quando ocorre segundo a necessidade e conveniência do órgão aduaneiro), nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. Já o 1º deste mesmo artigo nos diz que a administração aduaneira determinará os horários e as condições de realização dos serviços aduaneiros nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. O caput do artigo 18 do RA, dispõe que o importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos Página 18 de 50

19 relativos às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos, e em seu 5º aumenta o rol daqueles obrigados, incluindo também o despachante aduaneiro, o transportador, o agente de carga, o depositário e os demais intervenientes em operação de comércio exterior. O artigo 19 do RA prevê expressamente que as pessoas físicas e as pessoas jurídicas também estão sujeitas à fiscalização aduaneira, devendo exibir aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, sempre que exigidos por estes, todas as mercadorias, livros contábeis e fiscais, assim como todos os documentos, inclusive aqueles mantidos em meio magnético ou digital, que forem julgados necessários à fiscalização, sendo obrigados também a franquear os seus estabelecimentos, depósitos, dependências, veículos, cofres e outros móveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite os estabelecimentos estiverem funcionando. O Código Tributário Nacional CTN, por sua vez, em seu artigo 195, estabelece que, para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis de efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Tal dispositivo foi reproduzido pelo artigo 21 do RA: Art. 21. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis de efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Outra garantia da fiscalização aduaneira disposta no CTN (artigo 197), e reproduzida também pelo RA (artigo 22) diz respeito à obrigação que possuem tabeliães, escrivães, e demais serventuários de ofício, bancos, casas bancárias, caixas econômicas, e demais instituições financeiras, empresas de administração de bens, corretores, leiloeiros, despachantes oficiais, inventariantes, síndicos, comissários, liquidatários, assim como quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, de, através de intimação escrita, prestarem à autoridade fiscal todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. A ressalva refere-se à prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, como por exemplo, o advogado em relação às informações relativas a Página 19 de 50

20 seu cliente. Quando estava na equipe aduaneira, realizei fiscalizações envolvendo drawback, espécie de benefício fiscal concedido, sobre o qual falaremos ainda neste curso. Ao chegarmos à empresa, nos identificávamos como Auditores Fiscais, solicitávamos a apresentação dos livros e documentos correlatos com a ação fiscal, mediante termo próprio, e, caso necessário, acompanhávamos o processo produtivo da empresa. Em geral, nunca enfrentamos problemas quanto a ingressar em estabelecimentos sob fiscalização, sempre tratamos e fomos tratados de maneira cordial e respeitosa. Mas a tranquilidade não impera sempre, principalmente quando realizávamos apreensões de mercadorias falsificadas... Mas isso conversaremos na Aula 05, quando tratarmos da pena de perdimento Livre Acesso O artigo 24 do RA assegura à autoridade aduaneira livre acesso a quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ou não, e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. No seu único dispõe ainda que a autoridade aduaneira pode requisitar papéis, livros e outros documentos, ou o apoio de força pública federal, estadual ou municipal, quando necessário. Finalizado este tópico, recomendo que leiam com atenção os artigos 2º a 25 para melhor fixação! Vamos ver como isso já foi cobrado em provas? 01. (TTN/1997) A zona primária aduaneira compreende: a) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados, incluindo o espaço aéreo correspondente, a área terrestre ocupada pelos portos alfandegados e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados. b) a área terrestre e aquática ocupada pelos portos alfandegados, as ilhas fluviais ou lacustres de domínio da União, a área interna dos aeroportos alfandegados e a faixa de fronteira demarcada pela União. c) a área terrestre ou aquática ocupada pelos portos alfandegados, a área descontínua ocupada pelas ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados. d) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados. Página 20 de 50

21 e) as faixas internas e externas ocupadas pelos portos e aeroportos alfandegados, terrestres ou aquáticas, os armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portos e aeroportos e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados desde que situada na faixa de fronteira. Comentários A resposta a essa questão está no artigo 3º do RA. Para nos auxiliar a responde-la, vamos utilizar a definição de zona primária disposta no quadro constante do item 3.1: Zona Primária = área aquática (portos alfandegados-contínua ou descontínua) + área terrestre (portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados-contínua ou descontínua). Alternativa A: não cita a área aquática. Incorreta. Alternativa B: cita a as ilhas fluviais ou lacustres de domínio da União, os quais encontram previsão na CF/88 (artigo 20). Incorreta. Alternativa C: cita novamente ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, em desacordo com o artigo 3º do RA. Incorreta. Alternativa D: artigo 3º do RA. Correta. Alternativa E: cita armazéns alfandegados situados na hinterlândia; somente a título de curiosidade hinterlândia significa um território contíguo ao mar ou a um rio. Incorreta. Gabarito: D 02. (TRF/2002.2) A jurisdição dos serviços aduaneiros, exercida atualmente, compreende: a) os portos, os aeroportos e os pontos de fronteira. b) a zona primária e a zona secundária. c) a Zona Franca de Manaus, as Zonas de Processamento de Exportações e o restante do território nacional. d) os enclaves e os exclaves aduaneiros. e) os recintos alfandegados situados nas zonas de vigilância aduaneira. Comentários Outra questão cobrando o artigo 3º do RA. Pra quem resolveu a questão anterior, essa é moleza! A título de complemento, os enclaves aduaneiros são áreas em território estrangeiro nas quais se permite a aplicação da legislação aduaneira nacional; já os exclaves aduaneiros são áreas no território nacional onde é permitida a aplicação da legislação aduana. Gabarito: B Página 21 de 50

22 03. (TRF/ ADAPTADA) Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na faixa de fronteira terrestre é proibida a presença ou circulação de mercadorias, animais e veículos em viagem internacional. Comentários Segundo o artigo 4º do RA, a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem estabelecidas. Ou seja, não há uma proibição pura e simples, mas uma sujeição maior ao controle aduaneiro. Gabarito: F 04. (TRF/2002.1) Identifique a razão que leva o legislador aduaneiro a "alfandegar" determinados portos, aeroportos ou pontos da fronteira terrestre, fixando os locais servidos por repartições aduaneiras onde possam: a) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. b) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de descarga e pesagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. c) estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. d) estacionar ou transitar veículos destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, ou passagem de mercadorias destinados ao exterior; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. e) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior. Comentários Questão decoreba! Descreve em cada item o disposto no artigo 5º do RA/2009 (citado no item 3.2), com algumas modificações sutis. Alternativa A: artigo 5º do RA. Correta. Alternativa B: cita uma operação de pesagem de mercadorias, não prevista no artigo 5º. Incorreta. Alternativa C: não cita os veículos destinados ao exterior. Incorreta. Página 22 de 50

23 Alternativa D: não cita os veículos procedentes do exterior. Incorreta. Alternativa E: não cita os viajantes embarcados, nem os destinados ao exterior. Incorreta. Gabarito: A 05. (TRF/ ADAPTADA) As operações de despacho aduaneiro nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados a título permanente serão efetuados nos horários, locais e condições determinados pela autoridade aduaneira. Comentários Esta previsão consta do 1º do artigo 16 do RA. Gabarito: V 06. (AFRF/2002.1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal de 1988, artigo 237). Com base no enunciado acima, assinale a opção correta. a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando as operações de comércio exterior sejam definidas como essenciais aos interesses fazendários nacionais. b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais. c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais. d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens saídos do país, tendo em vista serem as exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais. e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus compromissos internacionais. Comentários Um pouco de Constitucional meu povo! Como citado no item 3.5, o artigo 237 da CF/88 prevê que a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. Gabarito: B Página 23 de 50

24 6. Controle Aduaneiro de Veículos Os artigos 26 a 68 do RA dispõem sobre o controle aduaneiro de veículos. Tal poder, concedido às autoridades aduaneiras, decorre diretamente da Constituição Federal, como vimos no tópico anterior Disposições Preliminares Segundo o artigo 26 do RA, a entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados somente poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado. Já no seu 1º, vemos que o controle aduaneiro será exercido desde o ingresso do veículo no território aduaneiro até a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive bagagens de viajantes. Contudo, a RFB pode autorizar a entrada ou a saída de veículos por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, desde que: haja motivo justificado e que não haja prejuízo ao controle aduaneiro Os artigos 27 e 28 do RA trazem algumas proibições ao condutor do veículo procedente do exterior ou a ele destinado, tais como: estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusive transbordo, fora de local habilitado; trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas reguladoras do transporte internacional correspondente à sua espécie; desviar o veículo conduzido da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado; colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro. Excetuam-se dessa última proibição os veículos de guerra, pertencentes às repartições públicas em serviço, autorizados, que que estejam prestando ou recebendo socorro. O artigo 29 do RA traz nova vedação, novamente relacionada a necessidade da adoção de procedimentos de segurança, com o intuito de evitar que pessoas ou mercadorias entrem ou saiam do território brasileiro sem a devida verificação, exercida através do controle aduaneiro: Art. 29. O ingresso em veículo procedente do exterior ou a ele destinado será permitido somente aos tripulantes e passageiros, às pessoas em serviço, devidamente identificadas, e às pessoas expressamente autorizadas pela autoridade aduaneira. Quando conveniente aos interesses da Fazenda Nacional, poderá ser determinado, pela autoridade aduaneira, o acompanhamento fiscal de veículo pelo território aduaneiro (RA, artigo 30). Página 24 de 50

25 A autoridade aduaneira, de acordo com o artigo 42 do Decreto-Lei nº 37/1966, reproduzido pelo artigo 65 do RA, tem ainda poder para impedir a saída, da zona primária, de qualquer veículo que não haja satisfeito às exigências legais ou regulamentares, e vedar o acesso, a locais ou recintos alfandegados, de veículos cuja permanência possa ser considerada inconveniente aos interesses da Fazenda Nacional. Aqui, peço licença para contar um caso que é quase uma lenda no âmbito da RFB. Uma senhora todos os dias cruzava a fronteira do Brasil com um país vizinho, voltando no mesmo dia, sempre pedalando uma bicicleta. Com o passar do tempo, os agentes aduaneiros desconfiaram e, certo dia, pararam a senhora, revistandoa, juntamente com seus pertences, tanto na ida quanto na volta, mas nada encontraram. E os dias passavam, e a senhora ia e vinha de bicicleta... Até que um agente recém-chegado teve a ideia de desmontar e revistar todas as partes da bicicleta, inclusive passando-as pelo aparelho de raio-x. Inconformado por não ter encontrado nada, o agente aduaneiro fala: -Todos os dias a senhora atravessa a fronteira e volta, e nunca ninguém encontrou nada de suspeito. Eu desisto! A senhora venceu! Mas, pelo amor de Deus, me fala o que realmente a senhora contrabandeia? E a senhora responde: -Bicicletas, meu filho! Todo dia ela levava uma bicicleta velha e trazia uma nova... Ou seja, galera, quando passarem no concurso, olho vivo! A criatividade não tem limites! 6.2. Prestação de Informações Pelo Transportador De maneira a agilizar os serviços aduaneiros, e seguindo uma tendência mundial, o transportador que opera no comércio exterior é obrigado a prestar previamente as informações necessárias, de preferência eletronicamente e com certa antecedência, de maneira a proporcionar o eficaz controle aduaneiro da operação. Tal antecipação das informações, contribuindo para a eficiência do procedimento, proporciona a consecução de outro importante papel da Aduana, como já visto anteriormente, o de facilitadora do comércio internacional. Assim, de acordo com o artigo 31 do RA, o transportador, o agente de carga (pessoa que, representando importador ou exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide ou desconsolide8 cargas e preste serviços conexos) e o operador portuário, prestarão à RFB as informações, no prazo e na forma 8Desconsolidar significa retirar de um armazém ou depósito mercadorias ou produtos em pequenas quantidades. Página 25 de 50

26 estabelecidos, relativas às cargas transportadas/operações executadas, bem assim sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. O 1º faz importante observação: ao prestar as informações, o transportador, se for o caso, comunicará a existência, no veículo, de mercadorias ou de pequenos volumes de fácil extravio. Somente após a prestação das informações sobre o veículo transportador e as cargas transportadas é será emitido pela RFB o chamado Termo de Entrada, autorizando, assim, a movimentação da carga, sendo expressamente proibido qualquer operação de carga ou descarga, em embarcações, enquanto não forem prestadas as informações pelo transportador ou agente de carga (artigo 32 do RA). Segundo ao artigo 33 do RA, as empresas de transporte internacional que operem em linha regular, por via aérea ou marítima, também deverão prestar as informações sobre tripulantes e passageiros, na forma e no prazo determinados pela RFB. Tudo beleza até agora? Vamos então tratar de um tem bem interessante: a Busca em Veículos! 6.3. Busca em Veículos A busca em veículos é um dos principais instrumentos de controle aduaneiro, especialmente como tarefa desempenhadas pelas equipes de vigilância e repressão. Vemos a toda hora nos noticiários apreensões de armas, drogas e mercadorias contrabandeadas9, realizadas pela Polícia Federal e Receita Federal através de inspeções veiculares, muitas vezes com o auxílio de cães treinados. Tais mercadorias geralmente ingressam no país através de fundos falsos, acondicionados em bancos do veículo, dentro de câmaras de pneus, enfim, as formas e artifícios empregados pelos criminosos é infinita! Daí a importância de investimento no treinamento de pessoal e na aquisição de equipamentos cada vez mais modernos, no intuito de municiar os órgãos aduaneiros no combate aos diversos tipos de ilícitos. O artigo 34 do RA atesta que a busca em qualquer veículo será precedida de comunicação verbal, ou por escrito, ao responsável por aquele, sendo realizada pela autoridade aduaneira com o objetivo de prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, 9Contrabando é o ingresso no território nacional de bem ou mercadoria proibida; Descaminho é o ingresso de bem ou mercadoria permitida, mas sem a devida documentação que comprove a quitação das obrigações tributárias; Contrafação é a violação a direito de propriedade intelectual ou industrial, como uma marca, por exemplo, traduzindo-se no famoso produto pirata. Página 26 de 50

27 inclusive em momento anterior à prestação das informações pelo transportador. Da leitura do artigo 35, em conjunto com o 1º do artigo 31 e o 1º do artigo 37, temos uma nova medida de controle, qual seja, a colocação de lacres nos compartimentos que contenham mercadorias ou pequenos volumes de fácil extravio, ou aquelas incluídas em listas de sobressalentes e/ou provisões de bordo, não necessárias aos respectivos fins durante a permanência do veículo transportador na zona primária. E, caso haja indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira poderá determinar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificação (artigo 36 do RA), lavrando-se o respectivo termo, podendo, caso se confirme as suas hipóteses de ocorrência, ser aplicada a Pena de Perdimento, a qual será objeto do nosso estudo na Aula Manifesto de Carga e Conhecimento de Carga De inícios, faz-se necessário estabelecer a distinção entre manifesto de carga e conhecimento de carga, pois é comum a confusão entre os conceitos. Enquanto o manifesto é um documento típico do veículo transportador (contendo a relação dos conhecimentos de carga nele embarcados), o conhecimento é um documento vinculado à própria mercadoria (trazendo suas características, comprovando a sua posse ou propriedade artigo 554 do RA, e obrigando o transportador a entregá-la no lugar de destino). Ou seja, o manifesto está relacionado ao veículo e o conhecimento à(s) mercadoria(s), podendo um mesmo manifesto conter vários conhecimentos. O conhecimento de carga, constituindo um título de crédito em circulação, é emitido por empresas de transporte terrestre (CTRC Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas), marítimo (BL Bill of Lading) ou aéreo (AWB Airway Bill), havendo também a possibilidade do transporte multimodal, na qual utilizam-se várias mais de uma modalidade de transporte. Dito isso, vamos aos artigos do RA! Os artigos 41 e 42 tratam, respectivamente, do manifesto de carga e do conhecimento de carga, dispondo que: Art. 41. A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada em manifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente. Art. 42. O responsável pelo veículo apresentará à autoridade aduaneira, na forma e no momento estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, o manifesto de carga, Página 27 de 50

28 com cópia dos conhecimentos correspondentes (conhecimentos de carga), e a lista de sobressalentes e provisões de bordo. 1º Se for o caso, o responsável pelo veículo apresentará, em complemento aos documentos a que se refere o caput, relação das unidades de carga vazias existentes a bordo, declaração de acréscimo de volume ou mercadoria em relação ao manifesto e outras declarações ou documentos de seu interesse. 2º O conhecimento de carga deverá identificar a unidade de carga em que a mercadoria por ele amparada esteja contida. O veículo deve trazer, para cada ponto de descarga no território aduaneiro, tantos manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga, sendo que, a não-apresentação de manifesto ou documento equivalente, em relação a qualquer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga (RA, artigo 43). Ou seja, o transportador que recaia nessa hipótese fica sujeito a eventuais sanções administrativas. O artigo 44 do RA define o conteúdo do manifesto de carga: a identificação do veículo e sua nacionalidade; o local de embarque e o de destino das cargas; o número de cada conhecimento; a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dos volumes; a natureza das mercadorias; o consignatário de cada partida; a data do seu encerramento; o nome e a assinatura do responsável pelo veículo. E aqui, aproveitamos logo para citar o artigo 49, o qual veda a criação de ressalvas que visem excluir a responsabilidade do transportador por faltas ou acréscimos, no que tange aos efeitos fiscais. O artigo 45 descreve a hipótese de ocorrência de um manifesto complementar, enquanto que o artigo 46 descreve os procedimentos a serem seguidos pelo emitente caso haja necessidade de correção no conhecimento de carga, a qual será feita por meio de uma Carta de Correção, a ser apresentada até 30 dias após a formalização da entrada do veículo transportador da mercadoria cujo conhecimento se pretende corrigir. No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá o conhecimento, podendo a correção do manifesto ser feita de ofício (RA, artigo 47). Se houver um conhecimento de carga regularmente emitido que não faça parte do respectivo manifesto, tal omissão poderá ser sanada com a apresentação da mercadoria sob declaração escrita do responsável pelo veículo transportador, e desde que o faça antes do conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira (RA, artigo 48). Por fim os artigos 50, 51, 52 e 53 do RA tratam respectivamente da obrigatoriedade da assinatura do emitente nos casos de alterações no manifesto, poder da RFB de estabelecer normas sobre a tradução do manifesto e outras declarações para o vernáculo nacional, competência da autoridade aduaneira do novo destino de autorizar a Página 28 de 50

29 descarga de mercadoria em local diverso daquele indicado no manifesto (devendo comunicar o fato ao órgão aduaneiro onde se realizaria incialmente a descarga), submissão do manifesto à conferência final para apuração da responsabilidade por eventuais diferenças quanto à falta ou ao acréscimo de mercadoria (Lembram do artigo 49? Pois é, na apuração de eventuais aumentos ou diminuições das mercadorias, ou mesmo ocorrendo uma troca de produtos, em relação àquelas anteriormente constantes do manifesto, o transportador também poderá ser responsabilizado). Finalizado mais um tópico, sugiro a leitura dos artigos 26 a 68 do RA, dando uma maior ênfase àqueles artigos abordados em cada item, pois são os mais cobrados pela ESAF. E agora, vamos às questões comentadas! 01. (AFTN/1996) A descrição, a propriedade, o valor, a origem e o destino de uma mercadoria exportada e a condições relativas ao seu transporte e à entrega ao destinatário são atestados através da (do): a) Certificado de Origem. b) Conhecimento de Embarque. c) Declaração de Importação. d) Manifesto de Carga. e) Fatura Comercial. Comentários Segundo o que vimos no item 4.4, qual o documento que é vinculado à mercadoria, trazendo suas características, comprovando a sua posse ou propriedade, e obrigando o transportador a entregá-la no lugar de destino? O conhecimento de carga! Mas em que assertiva ele está? Calma pessoal, segundo o Manual para Transportadores e Consignatários, o conhecimento de carga é também denominado conhecimento de frete, conhecimento de embarque ou conhecimento de transporte. Gabarito: B 02. (TTN/1997) A omissão de volume em manifesto de carga, desde que tal volume conste no conhecimento emitido regularmente: Página 29 de 50

30 a) poderá ser suprida por carta de correção dirigida pelo emitente do conhecimento à autoridade aduaneira do local da descarga para fim de correção do manifesto. b) poderá ser relevada se for devidamente averbada ou ressalvada pelo responsável pelo veículo, no próprio manifesto de carga, por exigência da autoridade aduaneira. c) poderá ser suprida se o volume for incluído em manifesto de carga complementar emitido antes da chegada do veículo no local da descarga. d) é irrelevante, pois a existência do conhecimento para efeito do controle aduaneiro do veículo e da carga a bordo supre a omissão em qualquer circunstância. e) poderá ser suprida se apresentada a mercadoria sob declaração escrita do responsável pelo veículo e anteriormente ao conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira. Comentários Aplicação direta do artigo 48 do RA, abordado no final do item 4.4. Gabarito: E 03. (TTN/1998) Em ato de busca em veículo procedente do exterior e havendo indícios de falsa declaração de conteúdo em volume ou unidade de carga manifestados, a autoridade aduaneira: a) poderá determinar a descarga do volume ou unidade de carga para a devida verificação, lavrando-se termo de ocorrência. b) determinará a retenção do veículo até a confirmação das suspeitas. c) suspenderá a execução das operações de descarga do veículo até a realização da vistoria aduaneira. d) procederá, de imediato à apreensão dos mesmos. e) lavrará termo circunstanciado que será anexado ao manifesto de carga para a competente ação fiscal por ocasião da conferência final do manifesto. Comentários Mais uma aplicação direta, desta vez, a do artigo 36 do RA. Gabarito: A 04. (TTN/1998) A não-apresentação de manifesto de carga ou de documento equivalente em relação a qualquer ponto de escala no exterior: a) impedirá a Alfândega de liberar o veículo para as operações de carga, descarga ou transbordo até a sua efetiva regularização. b) obstará a saída do veículo transportador, salvo se o agente do veículo no local da descarga se responsabilizar por quaisquer débitos que vierem a ser apurados. c) será objeto de apuração de responsabilidade por eventuais diferenças quanto a falta ou acréscimo de mercadoria por ocasião da conferência final dos manifestos relativos a toda a carga descarregada do veículo transportador. d) será objeto de penalidade por embaraço à fiscalização. e) será considerada declaração negativa de carga, sujeitando-se o responsável pelo veículo aos efeitos daí decorrentes. Página 30 de 50

31 Comentários Tomara que a prova venha assim, só com questões diretas! A resposta está contida no único do artigo 43 do RA. Gabarito: E 05. (TRF/2000) No despacho aduaneiro para consumo, no regime comum de importação, cumulativamente, a prova de posse ou propriedade de mercadoria, seu peso bruto, despesas atinentes ao transporte e especificação dos volumes relacionam-se à (ao): a) declaração de importação. b) conhecimento de carga. c) fatura comercial. d) manifesto de carga. e) certificado de origem de carga. Comentários Apesar de falar em despacho aduaneiro e em regime comum de importação, conceitos que veremos nas aulas seguintes, esta questão é quase igual à questão 01, a resposta é a mesma letra! Os comentários feitos naquela questão servem para esta também. Gabarito: B 06. (TRF/ ADAPTADA) A busca aduaneira, para prevenir ou reprimir a ocorrência de extravio ou de acréscimos de volumes ou de mercadorias, deve ser precedida da lavratura do termo de entrada do veículo e da comunicação ao responsável, que poderá ser verbal. Comentários Segundo o 1º do artigo 34 do RA, a busca em veículos ser precedida de comunicação, verbal ou por escrito, ao responsável pelo veículo, não fazendo menção a lavratura de qualquer termo. Gabarito: F 07. (TRF/2003) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta. () Pode ser autorizada, justificadamente, por ato conjunto da SRF e do Ministério dos Transportes, a entrada de veículos procedentes do exterior por local não alfandegado. Página 31 de 50

32 () As operações de carga de veículo procedente do exterior somente podem ser executadas depois de formalizada sua entrada no País. () Podem ser colocados na proximidade de veículo destinado ao exterior os veículos de repartição pública, de guerra ou destinados à prestação de socorro. () Os veículos que transportem chefes de Estado e os veículos militares não estão sujeitos ao controle aduaneiro. () O veículo garantirá os débitos fiscais decorrentes de multas aplicadas pelas autoridades aduaneiras ao seu condutor ou ao transportador. a) F, V, F, F, V. b) F, F, V, F, F. c) V, F, V, F, F. d) V, V, F, V, F. e) F, F, V, V, V. Comentários Questão bem complicada. Vamos por partes! Alternativa 01: Quem autoriza é o titular da unidade aduaneira jurisdicionante, de acordo com o artigo 26 do RA. Incorreta. Alternativa 02: Tal informação está disposta no artigo 32 do RA. Note que respondendo apenas essas duas assertivas você já consegue acertar a questão! Mas como estamos com tempo, vamos à análise das outras assertivas. Correta. Alternativa 03: Os veículos de repartição pública, segundo o inciso II do único do artigo 28, para excetuarem-se da proibição prevista no caput, devem estar em serviço, fato que não é mencionado. Incorreta. Alternativa 04: Não há essa previsão legal. Incorreta. Alternativa 05: De acordo com o artigo 64 do RA. Correta. Gabarito: A Página 32 de 50

33 Legislação Aduaneira Jurisdição Aduaneira Parte 1 (Artigos 2º a 14) 1º Estágio: função meramente arrecadatória; 2º Estágio: com o desenvolvimento da economia e do comércio internacional, causados pela globalização, houve um crescente aumento na complexidade das operações comerciais; neste sentido, a Aduana assumiu um papel regulatório, passando a atuar também como um mecanismo da política econômica; 3º Estágio: adoção de medidas de facilitação comercial, sem, contudo, descuidar da segurança (ex: combate ao terrorismo, biopirataria, crime organizado internacional, principalmente no que se refere aos crimes de narcotráfico e de lavagem de dinheiro). A Jurisdição Aduaneira estende-se por todo o território aduaneiro; Território Aduaneiro = território nacional (terrestre + aquático + aéreo); Zona Primária = área aquática (portos alfandegados-contínua ou descontínua) + área terrestre (portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados-contínua ou descontínua), Zona Secundária = território aduaneiro zona primária; Zona de Processamento de Exportação (ZPE): áreas de livre comércio internacional, somente para feito de controle aduaneiro são consideradas como zona primária, mas na sua essência continua sendo uma zona secundária; Áreas de Controle Integrado (ACI): localizadas em fronteiras com Estados-Partes do Mercosul, espécie de extensão do território aduaneiro; Zonas de Vigilância Aduaneira (ZVA): exigências fiscais, proibições e restrições a circulação/permanência de mercadorias, veículos, pessoas, animais; Alfandegamento: autorização, por parte da RFB, para estacionamento ou trânsito de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados, embarque, desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados, movimentação, armazenagem e submissão a despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bens de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintos onde tais atividades ocorram sob controle aduaneiro; Recintos Alfandegados: declarados pela autoridade aduaneira, na zona primária ou secundária, autoriza, sob controle aduaneiro, a movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias/bagagem de viajantes procedentes/destinadas ao/do exterior, inclui também as remessas postais internacionais; Portos Secos: recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro; Administração Aduaneira: compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses nacionais, em todo o território aduaneiro. Página 33 de 50

34 Jurisdição Aduaneira Parte 2 (Artigos 15 a 25) Controle Aduaneiro de Veículos (Artigos 26 a 68) Precedência Aduaneira: a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; Fiscalização Aduaneira: poder de exigir dos intervenientes no comércio exterior a apresentação de mercadorias, livros contábeis e fiscais relativos às operações de que realizarem, assim como outros documentos que julgar necessários, sendo vedadas quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de exame ou da obrigação de apresentação das mercadorias/livros/documentos; inclui também a exigência da apresentação, por parte daqueles indicados no artigo 197 do CTN, de todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, com as ressalvas legais; Livre Acesso: a quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ou não, e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, podendo requisitar o apoio de forças policiais quando julgar necessário. Controle Aduaneiro de Veículos: ocorrerá desde o ingresso do veículo no território aduaneiro até a sua efetiva saída, sendo estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive bagagens de viajantes; proibições ao condutor (artigos 27 e 28); Prestação de Informações Pelo Transportador: o transportador, o agente de carga (pessoa que, representando importador ou exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide/desconsolide cargas e preste serviços conexos) e o operador portuário, prestarão à RFB as informações, no prazo e na forma estabelecidos, relativas às cargas transportadas/ operações executadas, bem assim sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado; Busca em Veículos: a busca em qualquer veículo será precedida de comunicação verbal/escrita, ao responsável por aquele, sendo realizada pela autoridade aduaneira com o objetivo de prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação das informações pelo transportador; Manifesto de Carga/Conhecimento de Carga: o manifesto está relacionado ao veículo e o conhecimento de carga à(s) mercadoria(s), podendo um mesmo manifesto conter vários conhecimentos; conteúdo do manifesto de carga (artigo 44); carta de correção (artigo 46); divergência manifesto x conhecimento: prevalece o conhecimento, podendo a correção do manifesto ser feita de ofício. Cada questão possui 05 assertivas; caso não saiba de bate-pronto qual a resposta correta, elimine as que são incorretas, isso aumenta suas chances de acerto, inclusive se tiver que chutar. Página 34 de 50

35 Questão 01. (TTN/1997) A zona primária aduaneira compreende: a) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados, incluindo o espaço aéreo correspondente, a área terrestre ocupada pelos portos alfandegados e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados. b) a área terrestre e aquática ocupada pelos portos alfandegados, as ilhas fluviais ou lacustres de domínio da União, a área interna dos aeroportos alfandegados e a faixa de fronteira demarcada pela União. c) a área terrestre ou aquática ocupada pelos portos alfandegados, a área descontínua ocupada pelas ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados. d) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados. e) as faixas internas e externas ocupadas pelos portos e aeroportos alfandegados, terrestres ou aquáticas, os armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portos e aeroportos e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados desde que situada na faixa de fronteira. Questão 02. (TRF/2002.2) A jurisdição dos serviços aduaneiros, exercida atualmente, compreende: a) os portos, os aeroportos e os pontos de fronteira. b) a zona primária e a zona secundária. c) a Zona Franca de Manaus, as Zonas de Processamento de Exportações e o restante do território nacional. d) os enclaves e os exclaves aduaneiros. e) os recintos alfandegados situados nas zonas de vigilância aduaneira. Questão 03. (TRF/2002.1) Identifique a razão que leva o legislador aduaneiro a "alfandegar" determinados portos, aeroportos ou pontos da fronteira terrestre, fixando os locais servidos por repartições aduaneiras onde possam: a) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. b) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de descarga e pesagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. c) estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. d) estacionar ou transitar veículos destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, ou passagem de mercadorias destinados ao exterior; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. Página 35 de 50

36 e) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior. Questão 04. (AFRF/2002.1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal de 1988, artigo 237). Com base no enunciado acima, assinale a opção correta. a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando as operações de comércio exterior sejam definidas como essenciais aos interesses fazendários nacionais. b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais. c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais. d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens saídos do país, tendo em vista serem as exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais. e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus compromissos internacionais. Questão 05. (AFTN/1996) A descrição, a propriedade, o valor, a origem e o destino de uma mercadoria exportada e a condições relativas ao seu transporte e à entrega ao destinatário são atestados através da (do): a) Certificado de Origem. b) Conhecimento de Embarque. c) Declaração de Importação. d) Manifesto de Carga. e) Fatura Comercial. Questão 06. (TTN/1997) A omissão de volume em manifesto de carga, desde que tal volume conste no conhecimento emitido regularmente: a) poderá ser suprida por carta de correção dirigida pelo emitente do conhecimento à autoridade aduaneira do local da descarga para fim de correção do manifesto. b) poderá ser relevada se for devidamente averbada ou ressalvada pelo responsável pelo veículo, no próprio manifesto de carga, por exigência da autoridade aduaneira. c) poderá ser suprida se o volume for incluído em manifesto de carga complementar emitido antes da chegada do veículo no local da descarga. d) é irrelevante, pois a existência do conhecimento para efeito do controle aduaneiro do veículo e da carga a bordo supre a omissão em qualquer circunstância. e) poderá ser suprida se apresentada a mercadoria sob declaração escrita do responsável pelo veículo e anteriormente ao conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira. Página 36 de 50

37 Questão 07. (TTN/1998) Em ato de busca em veículo procedente do exterior e havendo indícios de falsa declaração de conteúdo em volume ou unidade de carga manifestados, a autoridade aduaneira: a) poderá determinar a descarga do volume ou unidade de carga para a devida verificação, lavrando-se termo de ocorrência. b) determinará a retenção do veículo até a confirmação das suspeitas. c) suspenderá a execução das operações de descarga do veículo até a realização da vistoria aduaneira. d) procederá, de imediato à apreensão dos mesmos. e) lavrará termo circunstanciado que será anexado ao manifesto de carga para a competente ação fiscal por ocasião da conferência final do manifesto. Questão 08. (TTN/1998) A não-apresentação de manifesto de carga ou de documento equivalente em relação a qualquer ponto de escala no exterior: a) impedirá a Alfândega de liberar o veículo para as operações de carga, descarga ou transbordo até a sua efetiva regularização. b) obstará a saída do veículo transportador, salvo se o agente do veículo no local da descarga se responsabilizar por quaisquer débitos que vierem a ser apurados. c) será objeto de apuração de responsabilidade por eventuais diferenças quanto a falta ou acréscimo de mercadoria por ocasião da conferência final dos manifestos relativos a toda a carga descarregada do veículo transportador. d) será objeto de penalidade por embaraço à fiscalização. e) será considerada declaração negativa de carga, sujeitando-se o responsável pelo veículo aos efeitos daí decorrentes. Questão 09. (TRF/2000) No despacho aduaneiro para consumo, no regime comum de importação, cumulativamente, a prova de posse ou propriedade de mercadoria, seu peso bruto, despesas atinentes ao transporte e especificação dos volumes relacionam-se à (ao): a) declaração de importação. b) conhecimento de carga. c) fatura comercial. d) manifesto de carga. e) certificado de origem de carga. Questão 10. (TRF/2003) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta. () Pode ser autorizada, justificadamente, por ato conjunto da SRF e do Ministério dos Transportes, a entrada de veículos procedentes do exterior por local não alfandegado. () As operações de carga de veículo procedente do exterior somente podem ser executadas depois de formalizada sua entrada no País. () Podem ser colocados na proximidade de veículo destinado ao exterior os veículos de repartição pública, de guerra ou destinados à prestação de socorro. () Os veículos que transportem chefes de Estado e os veículos militares não estão sujeitos ao controle aduaneiro. Página 37 de 50

38 () O veículo garantirá os débitos fiscais decorrentes de multas aplicadas pelas autoridades aduaneiras ao seu condutor ou ao transportador. a) F, V, F, F, V. b) F, F, V, F, F. c) V, F, V, F, F. d) V, V, F, V, F. e) F, F, V, V, V. Questão 11. (ATRFB/2012) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, é incorreto afirmar que: a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional. b) compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade do Estado atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada. c) com exceção da importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. d) portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. e) a fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. Questão 12. (ATRFB/2012) Sobre controle aduaneiro de veículos, é incorreto afirmar que: a) a entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados não poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado. b) o agente de carga, assim considerada qualquer pessoa que, em nome do importador ou do exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide ou desconsolide cargas e preste serviços conexos, e o operador portuário, também devem prestar as informações sobre as operações que executem e respectivas cargas. c) o conhecimento de carga original, ou documento de efeito equivalente, constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. d) a mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada em manifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente. O manifesto de carga conterá a identificação do veículo e sua nacionalidade; o local de embarque e o de destino das cargas; o número de cada conhecimento; a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dos volumes; a natureza das mercadorias; o consignatário de cada partida; a data do seu encerramento; e o nome e a assinatura do responsável pelo veículo. e) no caso de divergência entre o manifesto de carga e o conhecimento de carga, prevalecerá o conhecimento de carga, podendo a correção do manifesto ser feita de ofício. Questão 13. (AFRFB/2012) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, é incorreto afirmar que: a) o recolhimento da multa de que trata o caput do art. 38 da Lei n , de 20 de dezembro de 2010, não garante o direito à operação regular do local ou recinto Página 38 de 50

39 alfandegado nem prejudica a aplicação das sanções estabelecidas no art. 37 da referida Lei e de outras penalidades cabíveis ou a representação fiscal para fins penais, quando for o caso. b) a Jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do MERCOSUL com o Brasil. c) poderão ser demarcadas, na orla marítima e na faixa de fronteira, Zonas de Vigilância Aduaneira. d) os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados. e) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n , de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária. Questão 14. (AFRFB/2014) Sobre Jurisdição Aduaneira e Controle Aduaneiro de Veículos, é correto afirmar: a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as Áreas de Livre Comércio, sujeitas à legislação específica. b) somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. c) compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais. d) relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior, o volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casos de extravio ou avaria, dado o estado já verificado dos volumes, os quais não poderão permanecer no recinto alfandegado. e) o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. A autoridade aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias para prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampla defesa e ao contraditório, as buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior à apresentação das referidas informações pelo transportador. Questão 15. (INÉDITA) Qual da prerrogativa inerente ao exercício da atividade de fiscalização aduaneira também encontram previsão na Constituição Federal (artigo 37)? E qual encontra previsão no Código Tributário Nacional (artigo 195)? a) Precedência e Livre Acesso. b) Precedência e Busca em Veículos. c) Exame de Mercadorias e Livre Acesso. d) Precedência e Exame de Mercadorias. Página 39 de 50

40 e) Livre Acesso e Busca em Veículos. Questão 16. (INÉDITA) A fiscalização aduaneira ser, em horários, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e. a) poderá, sazonal, determinados, zonas de vigilância aduaneira. b) poderá, ininterrupta, determinados, recintos alfandegados. c) deverá, ininterrupta, determináveis, zona primária. d) poderá, ininterrupta, determináveis, recintos alfandegados. e) deverá, sazonal, determinados, zona secundaria. Questão 17. (INÉDITA) Como se denomina o local constituído pela área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; pela área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e pela área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados? a) Zona de Vigilância Aduaneira. b) Zona de Processamento de Exportação. c) Zona Primária. d) Zona Secundária. e) Zona Franca de Manaus. Questão 18. (INÉDITA) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso: a) quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ou não, e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. b) somente à zona primária. c) quaisquer dependências do porto e às embarcações atracadas, e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. d) quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ou não, e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior. e) às zonas de vigilância aduaneira e às áreas de controle integrado. Questão 19. (INÉDITA) Caso você, no exercício do cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, na atividade de busca em veículos, se depare com uma situação na qual há um volume aparentando indícios de falsa declaração de conteúdo, poderá: a) dar voz de prisão ao condutor e pena de perdimento ao veículo. b) proceder a apreensão do volume para fins de aplicação da pena de perdimento. c) apreender o veículo até a chegada de força policial. d) lavrar um termo e liberar o veículo. e) determinar a descarga do volume para a devida verificação, lavrando-se termo. Questão 20. (INÉDITA) José, transportador de carga, verifica que o seu manifesto está incompleto, não contemplando dois volumes transportados. Nesse caso, para que não fique sujeito a qualquer tipo de sanção ele deverá: a) comunicar o fato a autoridade aduaneira. Página 40 de 50

41 b) apresentar a mercadoria acompanhada de declaração escrita, após comunicar o fato à autoridade aduaneira. c) apresentar a mercadoria acompanhada de declaração escrita, antes do conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira. d) esconder a mercadoria em algum compartimento do veículo. e) não praticar qualquer ato. Questão 21. (TRF/ ADAPTADA) Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na faixa de fronteira terrestre é proibida a presença ou circulação de mercadorias, animais e veículos em viagem internacional. Questão 22. (TRF/ ADAPTADA) As operações de despacho aduaneiro nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados a título permanente serão efetuados nos horários, locais e condições determinados pela autoridade aduaneira. Questão 23. (TRF/ ADAPTADA) A busca aduaneira, para prevenir ou reprimir a ocorrência de extravio ou de acréscimos de volumes ou de mercadorias, deve ser precedida da lavratura do termo de entrada do veículo e da comunicação ao responsável, que poderá ser verbal. Página 41 de 50

42 D B A B Gabarito B B E A E B A A E B D B C A E C F V F Página 42 de 50

43 Bem pessoal, vamos agora aos comentários das questões 11 a 20. As questões 01 a 10 e 21 a 23 já foram comentadas durante as aulas. Questão 11. (ATRFB/2012) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, é incorreto afirmar que: a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional. b) compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade do Estado atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada. c) com exceção da importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. d) portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. e) a fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. Comentários Alternativa A: é o que nos diz o artigo 2º do RA. Correta. Alternativa B: o 3º do artigo 4º do RA faz menção a totalidade do Município atravessado pela linha de demarcação, e não o Estado. Incorreta. Alternativa C: este item faz menção ao artigo 8º do RA (ver item 5.2). Correta. Alternativa D: aplicação direta do caput do artigo 11 do RA. Correta. Alternativa E: nova aplicação direta, desta vez do artigo 16 do RA. Correta. Gabarito: B Página 43 de 50

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