ACONTECE ONDE O PIB AGRONEGÓCIO

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1 AGRONEGÓCIO Capitalizado: em Pato Branco, Oradi Caldato ONDE O PIB ACONTECE COM PRODUÇÃO FARTA, CRÉDITO DE SOBRA E PRODUTORES CAPITALIZADOS, O AGRONEGÓCIO VOLTA A SER O GRANDE INDUTOR DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA NA REGIÃO SUL DO PAÍS. RESTA SABER ATÉ QUANDO

2 O Maya Diaz {Naira Hofmeister} O radi Caldato costuma dizer que é um produtor médio. Nos arredores de Pato Branco, sudoeste do Paraná, ele intercala plantações de soja, milho, trigo e feijão em uma área de aproximadamente 300 hectares. A produtividade é alta. Só de soja, ele e os demais produtores da região colhem cerca de 3,9 toneladas por hectare nos Estados Unidos, maior produtor do mundo, o rendimento geralmente fica em 2,9 toneladas por hectare. Um punhado de fatores explica a diferença. Aqui a gente trabalha muito com rotação de cultura e plantio direto. A terra tem um alto teor de matéria orgânica e o produtor é qualificado. Tudo isso ajuda, explica Oradi, que preside o Sindicato Rural de Pato Branco e uma associação que congrega os demais sindicatos de produtores do sudoeste do Paraná. A sorte também conta a favor de Pato Branco. Na safra, uma seca arrasou a produção de grãos em grande parte do sul do país. No norte do Paraná, uma das áreas mais afetadas, as lavouras de soja renderam não mais do que 800 quilos por hectare uma quebra de até 70%. Pato Branco, porém, passou relativamente bem pelas intempéries. Nas terras de Oradi, as perdas foram de 28%, um índice até aceitável diante do desastre que se abateu nas outras regiões. Nem mesmo o faturamento encolheu. Ao contrário: com menos oferta disponível, o preço da soja na região subiu de R$ 40 para cerca de R$ 70 a saca uma alta de 75%. Produtor nenhum deseja perder o que produz. Mas o fato é que essa subida no preço compensou (com folga) o que perdemos na lavoura, constata Oradi. Capitalizados, os produtores do sudoeste do Paraná se preparam para colher uma safra recorde na temporada 2013/2014. Estão investindo em semen- tes, defensivos e tecnologias agrícolas. Os bancos também ampliaram as linhas de crédito para custeio e aquisição de máquinas. Oradi até se deu o privilégio de dispensá-las: há tempos, prefere usar recursos próprios para adiantar a compra de fertilizantes e renovar a frota de máquinas, o que lhe rende descontos vantajosos. O resultado é uma expectativa de colheita farta. Oradi espera obter até 4,2 toneladas de soja por hectare até o final de março. Saltos semelhantes devem acontecer em todas as outras culturas, especialmente na de feijão, que é altamente rentável uma saca de 50 quilos chega a ser três vezes mais cara do que uma saca de 60 quilos de soja. Faculdade de Medicina Histórias como a de Oradi estão trazendo um novo alento à economia do sul do país. Nos três Estados, a fartura do campo empolga os produtores e começa a fazer girar as engrenagens das indústrias, do comércio e dos serviços. A própria Pato Branco sente os efeitos positivos. Com cerca de 80 mil habitantes, a cidade desfruta de pleno emprego e do terceiro melhor índice de desenvolvimento humano do Paraná. As oportunidades não se restringem ao campo. Pato Branco também é sede de um parque tecnológico com 75 empresas que, somadas, faturam cerca de R$ 500 milhões por ano e empregam mais de 6 mil pessoas. Tem quatro universidades uma delas, a Fadep, em breve oferecerá um curso de Medicina, reivindicação antiga na região e conta com um próspero mercado imobiliário. Que fica ainda mais pujante em tempos de supersafra. A gente vê o produtor investindo na cidade, comprando apartamento, imóveis. Quem tem terra não a vende por nada, porque está ganhando dinheiro, destaca Oradi. Hoje, o agronegócio gera 35 milhões de empregos e responde diretamente por pelo menos um quarto do PIB brasileiro. 53 AMANHÃ Agosto 2013

3 SUSTENTABILIDADE AGRONEGÓCIO É o setor mais importante da economia nacional, acredita o economista José Américo, vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). O otimismo não se deve apenas aos volumes que vêm sendo colhidos na safra, foram 185 milhões de toneladas, um crescimento de 11,4% sobre a anterior. Deve-se, também, aos excelentes resultados de produtividade, que se traduzem em mais dinheiro gerado no mesmo pedaço de terra. Na média nacional, o total colhido por hectare cresceu 6,4%. Na região sul, o salto foi bem mais expressivo: alta de 21,4% sobre a safra. O destaque foi o Rio Grande do Sul, cujo aproveitamento foi 28% maior. Todas as áreas tiveram uma renda superior aos anos anteriores e isso levou o Estado ter um crescimento aproximado de 20% no seu PIB agropecuário em relação a 2011, avaliou Luiz Fernando Mainardi, secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, durante o balanço dos Planos Safra Estadual 2011/12 e 2012/13. O entusiasmo se repete nos outros dois Estados do sul. No Paraná, os índices de produtividade são motivo de orgulho para Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Faep). Nos últimos 20 anos, diz ele, o rendimento das lavouras paranaenses cresceu três vezes mais que a média nacional. Já em Santa Catarina, o presidente da Faesc, Enori Barbieri, diz que este é o melhor ano de todos os tempos para o setor. A atividade remunerou muito bem os produtores em razão da boa safra, com poucas localizações de estiagem. Ao contrário do que acontece com a indústria, o agronegócio está gerando emprego, conta ele. O clima foi um grande aliado na última safra (). Choveu quando era necessário e os períodos de seca vieram no momento mais oportuno a hora de colher. Mas a atual pujança da região sul não se deve apenas às conveniências meteorológicas. Quando não há estresse hídrico, a produtividade no sul é maior que no centro-oeste porque o solo é muito melhor. O do Cerrado demanda altos investimentos para a sua correção, observa Milton Rego, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) entidade que também agrega os fabricantes de tratores e máquinas agrícolas. Já o secretário de Política Agrícola do Ministério Tadeu Vilani/Agência RBS Agosto 2013 AMANHÃ 54

4 da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, destaca o investimento dos produtores do sul em tecnologia. A aquisição de fertilizantes mais potentes e sua correta aplicação se refletem no enorme avanço da produtividade, sublinha. Até agora, o aumento na oferta não acarretou uma redução nos preços de venda dos grãos de maneira geral, o produtor está sendo bem remunerado pela produção. O levantamento de preços da Emater/RS, por exemplo, mostra que, em julho de 2013, oito dos 11 produtos acompanhados foram comercializados com valores acima da média dos últimos cinco anos. Isso porque a demanda internacional continua aquecida e alguns grandes produtores, como os Estados Unidos, estão colhendo menos. O consumo atual de alimentos é maior que a produção mundial e os estoques estão caindo. A população só aumenta ao redor do globo, assim como o seu poder aquisitivo. Por isso o valor dos alimentos dobrou nos últimos dez anos e ainda vai subir muito mais, projeta Antônio Sartori, diretor da Corretora Brasoja. Onda sojista Os produtores e empresários brasileiros concordam que a soja é a grande oportunidade do agronegócio no momento. No Brasil, a área plantada com a oleaginosa aumentou de 25 para 27,7 milhões de hectares o suficiente para elevar a produção em 22,7%, chegando a 81,5 milhões de toneladas. E a perspectiva é de que a área plantada e principalmente a produção continuem crescendo a passos largos. Até o final deste ano, a China deve importar 59 milhões de toneladas de soja. No ano que vem, serão mais 69 milhões de toneladas. Em dez anos, as projeções são de que os chineses estejam importando mais de 102 milhões de toneladas. A maior expansão da cultura deverá se dar em áreas com potencial produtivo no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A Diego Vara/Agência RBS região centro-oeste, que vinha liderando o crescimento das lavouras na última década, deve perder ímpeto devido à superinflação dos preços da terra. Não por acaso, a Bahia foi escolhida como sede de um novo investimento da SLC Agrícola. Em julho, a companhia anunciou a criação de uma joint venture com a japonesa Mitsui para explorar o cultivo de algodão e soja no município de São Desidério. Ao todo, o empreendimento deverá gerir cerca de 21 mil hectares de plantações. Mas o sul não fica de fora da bonança. Neste ano, a corrida pela soja rompeu um paradigma histórico e levou ao fim da primeira safra do milho. Agora, durante os meses em que plantam o milho, os agricultores semeiam variedades precoces de soja. O produtor é ousado, percebe os movimentos do mercado e resolve assumir o risco. Essa troca de culturas é um risco tremendo, mas, com os preços favoráveis, é muito razoável que ela ocorra, aposta Francisco Olavo de Sousa, gerente de avaliação de safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No Rio Grande do Sul, a soja vem conquistando antigas áreas de plantio de arroz e de pasto, especialmente na chamada metade sul do Estado região que não aparece entre as recomendadas para o plantio de soja, conforme o zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura. É uma opção preocupante na opinião de muitos agrônomos. Há um risco porque o solo e o clima da metade sul são marginais para essa cultura, revela Dulphe Pinheiro Machado, gerente técnico da Emater/RS. Além disso, são áreas de Pampa, onde começa a se estabelecer um monocultivo, complementa. A coordenadora do Núcleo de Agronegócio da ESPM, Maria Flávia Tavares, critica a onda sojista do agricultor. Não por razões ecológicas, econômicas ou de apego à tradição e sim, pela falta de um planejamento consistente. Segundo ela, o produtor brasileiro se orienta muito pelo preço de mercado. Se uma cultura não está vendendo bem, ele vai para outra sem pensar no longo prazo. É necessário 55 AMANHÃ Agosto 2013

5 SUSTENTABILIDADE AGRONEGÓCIO um planejamento estratégico. Se todo mundo está plantando soja, vai aumentar a oferta e o preço vai cair, pondera. Maria Flávia lembra que, no Brasil, o Plano Safra é lançado anualmente em outros países, o intervalo é mais longo, de quatro ou cinco anos. Isso, na visão dela, contribui A RETOMADA DO CAMPO O PLANTIO VOLTA A CRESCER... 17,8 2008/ ,5 2009/ ,7 2010/ ,0 18,5... A PRODUTIVIDADE AUMENTA... PARANÁ 3,4 Variação: 18,1% BRASIL 3,3 4,0 3,5 REGIÃO SUL SANTA CATARINA 4,2 4,8 Variação: 6,4% Variação: 17,9% 50,9 Variação: 14,8% Variação: 28,6% REGIÃO SUL 3,2 para perpetuar no Brasil a cultura da falta de planejamento. Falta uma política de governo que oriente, sustenta. O Ministério da Agricultura, porém, trata o assunto como uma questão de mercado. Lembra que possui políticas de incentivo à manutenção das culturas tra- 3,9 BRASIL 53,2 Variação: 4,6% RIO GRANDE DO SUL 2,7 3,5 Juntos, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentam os maiores crescimentos nos índices de produtividade média na safra de grãos. Em parte, o salto se explica pela estiagem de. dicionais e cita como exemplo a irrigação em zonas de feijão e milho. O governo está fazendo a sua parte, contemporiza Neri Geller. Intempéries logísticas Outro fator que atenua os efeitos positivos da boa onda do agronegócio é a precariedade da infraestrutura. No Brasil, os produtores ainda utilizam pouco ferrovias e hidrovias. Dependem, quase sempre, das estradas para transportar a produção até os compradores. E isso, é claro, eleva custos e reduz a competitividade do setor como um todo. Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), um contêiner de grãos custa em média US$ para chegar a um porto brasileiro. Nos países que concorrem com o Brasil, o custo médio é de US$ 690. Em um momento de supersafra, essas carências ficam ainda mais evidentes. Neri Geller, do Ministério da Agricultura, admite que o setor emperra quando a produção cresce na última safra, por exemplo, o salto foi de 160 milhões para 184 milhões de toneladas. O investimento em infraestrutura não acompanhou esse avanço, pondera. Felizmente, no sul do país, a situação é atenuada por um diferencial estratégico: a proximidade entre o campo e os portos de embarque. Segundo Carlos Sperotto, presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), a região conta com um bom aparato portuário. As estradas que levam até os portos são insuficientes, mas ainda são melhores do que as encontradas em outras regiões do país. Está cheio de caminhão vindo do centro-oeste descarregar no porto de Rio Grande, relata Sperotto. O panorama é semelhante no Paraná. A cada colheita, uma imensa fila de caminhões se forma no acostamento da BR-227, a rodovia que leva ao Porto de Paranaguá. Em 2011, ela se estendeu por 30 quilômetros, marca considerada aceitável Agosto 2013 AMANHÃ 56

6 para os padrões de Paranaguá que, no início da década passada, registrava congestionamentos de até 100 quilômetros. Neste ano, com a adoção de um sistema conhecido como Carga Online, que organiza o recebimento de granéis nos terminais, o porto conseguiu finalmente acabar com as filas. E isso que a safra foi recorde. Até maio, Paranaguá exportou 9 milhões de toneladas de grãos entre soja, farelo de soja, milho e açúcar. O volume é 12% superior ao registrado no mesmo período de O problema é a falta de alternativas logísticas. Segundo Meneguette, da Faep, o produtor que opta por outros modais logísticos arca com custos maiores do que nas... E A SAFRA É RECORDE PARANÁ 31,4 53,3 2008/ ,3 Variação: 18,8% REGIÃO SUL 63,4 2009/ ,7 2010/ ,8 ** 71,9 SANTA CATARINA 5,5 BRASIL Variação: 11,4% Fontes: Levantamentos de safra da Conab publicados em julho/2013, julho/2012, julho/2011 e julho/2010. *Inclui, além de soja, milho, arroz e trigo, as culturas de algodão, amendoim (1ª e 2ª safras), aveia, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), girassol, mamona, sorgo e triticale. **Crise da seca no Rio Grande do Sul 6,3 Variação: 15,0% rodovias. A razão é simples: falta ferrovia para dar conta da demanda. É um absurdo, denuncia Meneguette. Agora, o governo federal está prometendo uma nova ferrovia que vem do Mato Grosso do Sul até Paranaguá. Vamos esperar, pondera. Ponto para Santa Catarina, que oferece cinco portos para o escoamento da produção algo inigualável no país. O sistema é tão bom que vem sendo utilizado não só para exportar, mas, também, para importar grãos. Pelas estimativas da Faesc, o Estado recebe cerca de 2 milhões de toneladas de milho por ano. O insumo é essencial para os criadores de frangos e suínos que abastecem as indústrias locais do setor de alimentos. Santa Catarina só não é mais RIO GRANDE DO SUL 20,9 28,2 Variação: 35,3% competitiva porque também sofre com a falta de alternativas logísticas para quem quer sair das estradas. Precisamos de uma ferrovia em Santa Catarina. Transportar de caminhão é muito caro, lamenta Enori Barbieri, presidente da Faesc. Gargalo no armazém Há, ainda, outro problema que afeta o agronegócio nos três Estados do sul tanto quanto na maior parte das regiões produtoras do Brasil: a falta de estrutura de armazenagem. Hoje, são poucos os produtores que conseguem formar estoques para decidir qual é o melhor momento de vender. O inadmissível é o produtor fazer do caminhão o seu equipamento de armazenagem, enfrentando longas filas nos portos brasileiros. Precisamos de um plano de armazenagem aliado à infraestrutura para que tenhamos toda a logística da cadeia agrícola integrada, sugere Felipe Maciel, gerente de marketing da Kepler Weber, companhia especializada na construção de silos e outras soluções de armazenagem. Segundo a Abag, os produtores brasileiros têm condições de estocar somente 15% de tudo que produzem. Um índice irrisório. Na Argentina, para se ter uma ideia, a capacidade oscila entre 35% e 45% da produção. Na Austrália, chega a 35% e, nos Estados Unidos entre 55% e 60%. Para tirar o atraso, o Brasil teria de investir pelo menos R$ 16 bilhões em estruturas de armazenamento. O ideal é ter uma vez e meia o tamanho da produção, mas nós não temos sequer meia vez. O produtor é obrigado a vender justamente quando o mercado está ofertante, lamenta Milton Rego, da Anfavea. O Plano Safra 2013/2014 traz um capítulo específico para enfrentar essa questão. Serão R$ 25 bilhões disponíveis a produtores, cerealistas e cooperativas nos próximos cinco anos para financiar a construção de armazéns privados, com prazo de pagamento em 15 anos e juros de 3,5% ao ano. Para agricultores do Pronaf, os empréstimos são feitos com juros ainda menores, de 2% 57 AMANHÃ Agosto 2013

7 SUSTENTABILIDADE AGRONEGÓCIO O Brasil e a maldição das commodities A boa notícia: o agronegócio pode salvar o PIB brasileiro em A má: o entusiasmo com o setor deve agravar a desindustrialização das exportações do Brasil ou primarização, como preferem os especialistas. Os efeitos são indigestos. Um país excessivamente dependente da produção e exportação de commodities de baixo crescimento econômico. As ameaças se tornam ainda mais graves no atual cenário econômico, que traz fatores como a revisão dos índices de crescimento da China e as recentes restrições alfandegárias impostas pelo governo de Cristina Kirchner, na Argentina, aos industrializados brasileiros. Nesse cenário, os especialistas do setor recomendam cautela. É preciso aproveitar o bom momento do campo, mas sem esquecer das ameaças inerentes à primarização da economia. Antônio Sartori, diretor da Corretora Brasoja, é pragmático: para ele, o Brasil não deveria sequer exportar soja. Em vez disso, tínhamos de exportar farelo de soja. Ou frango, que se alimenta desse farelo. Ou melhor: deveríamos exportar nuggets!, aponta ele. A industrialização do campo geraria mais empregos e renda. Ajudaria a frear o êxodo rural e, além de tudo, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A maior arrecadação das prefeituras é com os repasses do ICMS. Mas 90% do retorno desse imposto depende do agronegócio, diz Paulo Ziulkoski, presidente da entidade. Essa característica expõe os municípios a um cenário de baixa arrecadação já que os produtos agrícolas são, produzo batata doce e o meu vizinho, automóveis. Nesse caso, eu preciso vender 2 mil caixas de batata doce para Mas a visão do empresário é antagônica: o excesso de tributação faz com que seja mais vantajoso exportar soja in natura a processar o produto domesticamente. É uma distorção. Na exportação do grão puro não incide a Contribuição Social Rural (Funrural). Mas, quando a indústria adquire o produto no Brasil, precisa recolher Amaral, gerente de economia da Associação Brasileira de Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove). Enrique Castro-Mendivil/Reuters Outro entrave é a demora da União em devolver os ressarcidos ao exportador. Os custos de produção de aves e suínos no Brasil são crescentes e já se igualam aos dos norte-americanos, reclama Mário Lanznaster, presidente da Aurora Alimentos, de Chapecó (SC). Os principais gastos são com o milho e farelo de soja para alimentação, além que a demanda brasileira por alimentos processados está crescendo o que, em tese, deveria ampliar as oportunidades para companhias como a Aurora, cujos produtos são derivados da soja. Hoje, muita gente consome o grão na forma de proteína ou salgadinhos. Isso sem esquecer do óleo de cozinha, margarinas e até produtos da indústria química, como tintas e vernizes, destaca Amaral, da Abiove. Há também o biodiesel, que utiliza o óleo de soja como matéria-prima. Atualmente, as usinas operam com apenas metade de sua capacidade total, na expectativa de que o governo federal acate ainda neste ano a sugestão de aumentar a mistura obrigatória do biodiesel no diesel convencional dos atuais 5% para 7%. O biocombustível reduz as emissões de gases de efeito estufa em mais de 70%. Está comprovado que traria grandes benefícios sociais, ambientais e econômicos ao país, observa Amaral. Além de tudo, a indústria do biodiesel está fortemente ligada à agricultura familiar e, portanto, seria atrativa nos Estados do sul, onde a maioria das propriedades é de pequenos e médios produtores. Agosto 2013 AMANHÃ 58

8 SUSTENTABILIDADE AGRONEGÓCIO Divulgação ao ano. É fantástico, são juros negativos!, entusiasma-se Francisco Olavo de Souza, gerente de avaliação de safras da Conab. Serão investidos, ainda, R$ 350 milhões na construção de novos armazéns públicos e outros R$ 150 milhões na reforma e modernização de silos já existentes. Ao todo, o Plano Safra 2013/2014 oferecerá R$ 136 bilhões agronegócio brasileiro sete vezes mais do que o anunciado dez temporadas atrás. Para o médio produtor, serão R$ 13,2 bilhões e, para os agricultores do Pronaf, R$ 21 bilhões. Não tem faltado crédito nem para os agricultores familiares nem para a lavoura empresarial. Tanto que o setor não contrata todo o crédito disponível, diz o ministro Pepe Vargas. Segundo ele, a expectativa é de que, neste ano, os produtores contratem até 98% do dinheiro disponibilizado. A presidente Dilma já avisou que, se o agricultor contratar tudo, liberaremos mais, garante. A enxurrada de dinheiro traz diversos desdobramentos. O mais evidente aparece no setor de tratores e máquinas agrícolas. O diagnóstico dos especialistas é que a frota brasileira envelheceu nos últimos dez anos e, agora, vai ser renovada. Houve quebra de safra em 2005 e depois veio a valorização do real. Só a partir de 2010 é que o mercado começou a se recuperar, contextualiza Milton Rego, da Anfavea. No Paraná, a New Holland é uma das empresas que pretendem aproveitar essa tendência. A companhia já testa, no país, a CR9090, intitulada a maior colheitadeira do mundo, com capacidade de 12,5 mil litros de grãos. Estamos avaliando a sua compatibilidade com a cultura e com as condições de produção brasileiras. É uma máquina europeia e é preciso tropicalizar um pouco, adaptar às necessidades do agricultor local, revela Luiz Feijó, diretor comercial da New Holland no Brasil. Segundo ele, a expectativa da marca para este ano é elevar as vendas de tratores em 33% e as de colheitadeiras, em 50%. Mas os efeitos chegam também a setores que não estão diretamente ligados ao campo como o de comunicação. Eduardo Smith, vice-presidente de jornais, rádios e meio digital do Grupo RBS, garante que a empresa está se beneficiando dos bons ventos que sopram do campo. Nas regiões produtoras do interior do Rio Grande do Sul, a gente já percebe uma melhora na economia, o que deve se refletir positivamente nos nossos resultados deste ano, conta ele. Essa melhora será um dos indutores de crescimento da empresa que espera fechar o ano com um avanço de até 7% nas vendas. Há uma série de incertezas no horizonte. Mas a safra está sendo tão expressiva que pode compensar esses problemas, diz Smith. Se depender da expectativa dos produtores, compensará com folgas. Agosto 2013 AMANHÃ 60

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