Desafios para a Gestão Educacional 2016

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2 Desafios para a Gestão Educacional 2016

3 Matrículas Graduação Censo Educação Superior 2014 (Público + Privado Presencial + EAD) Total de Matrículas (Público e Privado) Presencial EAD Público (25,1%) Privado (74,9%)

4 5 Fonte: Hoper Educação com dados MEC/Inep.

5 6 Fonte: Hoper Educação com dados MEC/Inep.

6 7 Considerações Iniciais Mercado Educacional Brasileiro Educação Superior

7 8 Considerações Iniciais Mercado Educacional Brasileiro Educação Superior

8 Educação Superior Brasil Tamanho IES Privadas Pequeno porte: até matrículas Médio porte: de a matrículas Grande porte: acima de matrículas Quantidade de IES por porte do Setor Privado Presencial - Brasil CAGR ( ) Grande ,22% % de crescimento 5,68% 1,08% 3,19% 2,06% 15,15% Médio ,47% % de crescimento 14,11% 13,44% 8,53% -0,44% 4,82% Pequeno ,09% % de crescimento -1,60% -1,40% 1,93% -2,22% -2,62% Quantidade de IES por porte do Setor Privado EaD - Brasil CAGR ( ) Grande ,73% % de crescimento 18,75% 15,79% 13,64% 5,26% 10,00% Médio ,78% % de crescimento -36,36% 28,57% 11,11% -20,00% -25,00% Pequeno ,18% % de crescimento 25,81% -7,69% 11,11% 32,50% 20,75% 9

9 Evolução do Número IES Privadas por Porte ( ) Tamanho das IES privadas Deixaram de constar no MEC¹ Deixaram de constar no MEC¹ Deixaram de constar no MEC¹ Total IES BR 2014/2013 Menos de 500 alunos ,4% 501 a alunos ,8% a alunos ,2% a alunos ,2% a alunos ,2% Acima de ,9% Total ,1% Deixaram de constar no MEC¹ (A) ,5% Deixaram de existir (%) 1,8% 3,5% 3,5% Novas IES (B) ,0% Novas IES (%) 2,6% 1,5% 1,5% Saldo (A - B)

10 Média de alunos por Polos no EaD Por marca Número de Polos, matrículas e ingressos EaD privado por IES N IES Matrículas Market Share Ingressantes Sale Share Número de Polos Privados¹ Média de Matrículas por Polo 1 UNOPAR ,9% ,1% UNIDERP ,5% ,6% UNINTER ,1% ,8% UNIP ,0% ,4% UNIASSELVI ,7% ,2% UNESA ,7% ,1% UNISEB ,6% ,3% UNICESUMAR ,2% ,4% UNIMES ,7% ,8% UNIUBE ,6% ,8% Total 10 maiores IES ,0% ,6% Total Brasil ,0% ,0% : Polos privados com matrículas. 64% do mercado concentrado em 5 Marcas. 11

11 12 Consolidadores: 223 Instituições Média de alunos Demais Instituições: Instituições Média de alunos

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13 "¹Valores corrigidos pelo IPCA.²O valor de cada ano se refere à mediana das mensalidades de todos os cursos de graduação presencial de todas as IES do país. *Resultados preliminares da pesquisa de preço Brasil para o ano de Fonte: Estudos de Mercado Hoper Educação

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15 Tendências

16 TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DO ENSINO SUPERIOR NO ÂMBITO DOS: NEGÓCIOS E DA COMPETIVIDADE 1. Participação crescente de grandes grupos internacionais no ensino superior através de aquisições e megafusões. 2. Formação de parcerias/consórcios entre IES, formando grandes redes de ensino, com compartilhamento de serviços. 3. Formação de holdings a partir da fusão de diversas IES pequenas e médias. 4. Flexibilização e diversificação de produtos e serviços pelas IES. 5. Parcerias e alianças estratégicas entre IES ou redes de IES com empresas especializadas em vender e transmitir cursos, bem como com empresas desenvolvedoras de conteúdo e atividades. 6. Criação de fontes alternativas de receitas além das mensalidades. 7. Oferta de produtos e serviços educacionais para as distintas faixas etárias. 8. Fim do vestibular no setor privado. 17

17 TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DO ENSINO SUPERIOR NO ÂMBITO DOS: NEGÓCIOS E DA COMPETIVIDADE 1. Expansão mundial do ensino superior privado. 2. Expansão da função reguladora do Estado. 3. Aumento do financiamento estudantil público e privado. 4. Educação individualizada (cada aluno poderá projetar seu próprio programa de curso, selecionando professores e disciplinas em escala global). 5. Concorrência não convencional: influência crescente da educação não formal e novas formas de aprendizagem. 6. Surgimento de um modelo híbrido de educação, mesclando atividades presenciais com atividades mediadas por tecnologia. 18

18 Cenário Desafiador 2016 a 2018 O Setor de Educação Superior privado no Brasil experimentou crescimento expressivo no número de alunos nos últimos anos, crescimento esse muito impulsionado por iniciativas governamentais como o Fundo de Financiamento Estudantil FIES que viabilizou, através de juros subsidiados, o estudo de muitos jovens que até então não tinham oportunidade de cursar uma faculdade. Muitos empresários da área de Educação viram o FIES como oportunidade para catalisar o crescimento de suas instituições, pois os benefícios tanto para as Instituições, quanto para o estudante, eram extremamente interessantes. Instituição mais conservadoras, tentaram resistir e restringiram a quantidade de alunos FIES, preservando sua operação e limitando a peso do governo na receita do negócio. Porém, até as conservadoras tiveram que flexibilizar ao verem seus alunos migrarem para instituições que dispunham de farta disponibilidade de crédito FIES. 19

19 FIES - Nível de exposição

20 FIES Nível de risco Alunos Matriculados na Graduação Presencial Privada - Por tipo de contrato CAGR Potencialmente pagante ,6% FIES ,6% Total ,4% Quantidade de alunos potencialmente pagantes vem caindo nos últimos 3 anos, registrando um CAGR (Taxa de crescimento anual composta) de -2,6%. Em contrapartida alunos vinculados ao FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), apresentam crescimento acentuado com um CAGR de 87,6%, sustentando o crescimento total de alunos na Graduação Presencial de 8,4% de CAGR no mesmo período. 21

21 Tendências

22 Comportamento Financeiro dos Grandes Grupos Benchmark de instituições isoladas com e sem fins lucrativos: Mesmo bem geridas, podem enfrentar severos problemas de fluxo de caixa no atual cenário. Terão a operação vulnerável, dependendo da quantidade de alunos atrelados ao programa de financiamento (FIES) e repasses de recursos oriundos do governo federal. 23

23 Nível de Exposição ao FIES Nível de Exposição ao FIES Por Grupo Consolidador e Demais instituições Matrículas na Graduação Grupo Consolidador Presencial Alunos FIES Exposição Kroton/Anhanguera % 55% Unip % 34% Estácio % 50% Laureate % 19% Uninove % 19% Ser Educacional % 43% Anima % 47% Ilumno % 29% Unicsul % 27% Devry % 39% Grupo Tiradentes % 39% Unicesumar % 44% Demais Instituições % 27% Total % 32% 24 Considerações Iniciais Mercado Educacional Brasileiro Educação Superior Fonte: Dados Oficiais Censo MEC 2013 e 2014

24 Desafios

25 Comportamento de alunos Ingressantes (Calouros) Graduação. E E As projeções estão pautadas a um conjunto de instituições pesquisadas pela HOPER. A queda na captação de novos alunos na modalidade presencial ficou em -23% em 2015 e até o momento, Fev./2016, estamos registrando retração de -25%; logo esse impacto é severo para o número total de estudantes e consequentemente nas receitas das Instituições para os anos de 2016 a Fonte: Dados Oficiais Censo MEC 2009 a Estimativas Hoper 2015 e 2016

26 Comportamento das matrículas de alunos Graduação Perspectiva de redução de número de alunos na modalidade presencial de -15% para 2016, comparando-se com o último dado oficial de Essa redução representa impacto de aproximadamente 700 mil alunos na modalidade presencial. Perspectiva de aumento de alunos na modalidade a distância em torno de 13% a.a. 27 Fonte: Dados Oficiais Censo MEC 2009 a Estimativas Hoper 2015 a 2018.

27 Captação Novos Alunos Instituições perdendo performance na captação em 25% ao ano; Redução de aproximadamente 700 mil alunos entre 2015 e 2016; 2015 representa redução 3,4 Bilhões na receita do setor; 2016 representa redução de mais 3 Bilhões na receita do setor; Cursos na modalidade de Educação a Distância, crescendo 15% ao ano.

28 Estratégia Voltada a Gestão de Caixa. Retenção de Alunos. Transferência. 29

29 Comportamento de fluxo de alunos Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano Faculdade XPTO Total Faculdade XPTO, apresenta evasão de 48,7% no ciclo dos cursos. Tempo médio de permanência na IES é de 3,4 anos. Tempo médio Brasil: 3,25

30 Comportamento de Vagas para o FIES em 2016/1 e tendências No ano de 2015 já ocorreu redução expressiva de novos contratos FIES. Em 2014 foram 480 mil novos contratos e em 2015 pouco mais de 250 mil, redução de quase 50%. No primeiro semestre de 2016 estão sendo ofertadas 250 mil novas vagas, porém a expectativa é que sejam preenchidas somente 140 mil novos contratos. O motivo são as dificuldades estabelecidas pelas novas regras e principalmente por indisposição do mercado consumidor. Levantamentos qualitativos com alunos feitos pela HOPER revelam que um público muito expressivo tem postergado a decisão de cursar um curso superior. A boa notícia é que o público que agora está postergando os estudos retornará ao curso superior em momento econômico mais estável e favorável. O Ensino Superior Brasil está acumulando uma demanda, demanda essa potencialmente pagante para os próximos anos. 31

31 Tendências e Desafios Dentro desse cenário é preciso tomar as decisões corretas para surfar a nova onda de crescimento que ocorrerá após a passagem dessa fase mais crítica. Ainda não sabemos em que momento retomaremos a curva de crescimento na Educação Superior, mas já temos insumos o suficiente para saber que esse retomada não ocorrerá nos anos de 2016, 2017 e O desafio de mais de 60% das instituições privadas brasileiras será manterem-se vivas e operacionalmente funcionais nos próximos, pelo menos, 3 anos. Diante de tantos desafios, precisaremos continuar investindo para que a casa esteja preparada para atender a demanda que hoje está sendo represada. Só no ano de 2015 e 2016 estão deixando de ingressar quase 700 mil novos alunos na modalidade presencial. 32

32 Tendências e Desafios Muitas instituições já começaram a fazer a tarefa de casa. E não há milagre mesmo! Se não temos como ampliar receita por imposição do cenário econômico, devemos rever com muito rigor a estrutura de gastos. Dentro da estrutura de gastos, podemos adotar critérios estratégicos e isso dependerá da estrutura financeira de cada instituição. Aqui podemos dividir o gasto em três categorias: Custo - Gasto com professores e insumos para o funcionamento dos cursos. Despesas Despesas administrativas e folha de técnicos e administrativos. Investimentos Infraestrutura para o funcionamento de curso, produção de conteúdo etc. 33

33 Tendências e Desafios. É momento de focar energias na atividade fim, privilegiando os interesses do cliente o aluno. Essa postura pode ser determinante para superar o atual momento. Com limitações de novos alunos, será ainda mais comum a sedução de estudantes no processo de transferência. Logo, se o aluno não estiver feliz com a instituição, ficará mais suscetível convencê-lo a migrar para outra. Nesse momento, reestruturar gastos cortando demasiadamente custos (professores), pode afetar diretamente os interesses do estudante e consequentemente ir contra seus méritos. Importante saber que o corte de docentes chega rapidamente em sala de aula. Reestruturar gastos via corte de investimento pode ser a inviabilização da instituição a longo prazo, visto que não terá condições de atender a demanda reprimida que está sendo acumulada nesses anos. 34

34 Tendências e Desafios Gastos com despesas administrativas despontam nesse momento como sendo a alternativa mais coerente, visto que são atividades que o cliente não está disposto a pagar; logo, tudo aquilo que não é atividade fim pode ser mais suscetível a cortes de gastos. Obviamente, se uma instituição possui folha de pagamento docente comprometendo mais de 35% da receita gerada pela IES, o rigor das reduções pode ter pesos distintos e o corte de custos pode ser boa alternativa, pois existem gorduras que o cliente também não está disposto a pagar. 35

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