LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO Remuneração II
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- Glória Ângela Câmara Anjos
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1 LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO Remuneração II Professor: Dr. Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino, Advogado militante e especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor e Consultor da Revista Filantropia. 1
2 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA
3 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA Com o avento da Lei /17 (Reforma Trabalhista) e MP 808, o cenário das verbas de natureza indenizatória foi consideravelmente alterado, sendo estas: Ajuda de Custo, limitadas a cinquenta por cento da remuneração mensal, Auxílio-Alimentação, vedado o seu pagamento em dinheiro, Diárias para Viagem Prêmios PLR (contexto legal próprio)
4 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA PREVISÃO LEGAL Art º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, limitadas a cinquenta por cento da remuneração mensal, o auxílio-alimentação, vedado o seu pagamento em dinheiro, as diárias para viagem e os prêmios não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
5 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA CONCEITO DE PRÊMIO 4 o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº , de 2017)
6 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA CONCEITO DE PRÊMIO RETIFICADO PELA MP Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador, até duas vezes ao ano, em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro, a empregado, grupo de empregados ou terceiros vinculados à sua atividade econômica em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
7 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA POSSIBILIDADE DIFERENCIADA VIA NEGOCIAÇÃO COLETIVA Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo;
8 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA PLR PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS A participação nos lucros e resultados da empresa (PLR) esta prevista do Art. 7.º da Constituição Federal e é devida aos empregados anualmente após um balanço dos resultados e lucros da empresa. Na realidade é uma compensação aos empregados por terem ajudado no crescimento da empresa naquele período.
9 ELEMENTOS QUE NÃO COMPÕE O SALÁRIO NATUREZA INDENZATÓRIA Na maioria das vezes as convenções coletivas e os sindicatos fixam bases para o cálculo do PLR, pois, quando não declarado publicamente como ocorrem com os bancos (força de lei...) fica difícil chegar a um valor real. Dentro das possibilidades e prevalência do negociado em face do Legislado (Art. 611-A da CLT) está a livre negociação do PLR, através de Acordo Coletivo e Convenção Coletiva.
10 FORNECIMENTO DE PARCELAS IN NATURA FORNECIMENTO DE PARCELAS IN NATURA
11 Salário in natura. SALÁRIO IN NATURA Além da importância em pecúnia, constitui salário, para todos os fins, as parcelas que o empregador entrega ao empregado in natura, ou seja, diferente de dinheiro. A matéria é regida pelo art. 458 da CLT, assim redigido: Art Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
12 Salário in natura. RAZOABILIDADE Art º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de )
13 Salário in natura. Art (formula de composição do salário mínimo). Art Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região, zona ou subzona. Ou seja, o salário, entretanto, não pode ser pago inteiramente in natura, devendo o empregador providenciar para que pelo menos 30% do salário seja pago em dinheiro.
14 Salário in natura. A MELHOR FORMA DE SE IDENTIFICAR O SALÁRIO IN NATURA É UTILIZANDO AS PREPOSIÇÕES PARA E PELO Não é salário a parcela in natura fornecida para o trabalho. Assim, se o bem é fornecido PARA o trabalho não é salário in natura e se for fornecido PELO trabalho (ou seja, em contraprestação ao serviço recebido), então será salário in natura.
15 Parcelas in natura que não constituem salário. Parcelas in natura que não constituem salário: Art. 458, 2 o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
16 Parcelas in natura que não constituem salário. III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V seguros de vida e de acidentes pessoais; VI previdência privada; VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
17 Parcelas in natura que não constituem salário. PROPORCIONALIDADE DO SALÁRIO UTILIDADE Art º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. (Incluído pela Lei nº 8.860, de )
18 Salário in natura. Forma de Cálculo. Súmula do TST Nº 258 SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade.
19 Parcelas in natura que não constituem salário. HABITAÇÃO COLETIVA 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. (Incluído pela Lei nº 8.860, de )
20 Parcelas in natura que não constituem salário. REFORMA TRABALHISTA 5 o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do 9 o do art. 28 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de (Incluído pela Lei nº , de 2017)
21 GRATIFICAÇÃO NATALINA GRATIFICAÇÃO NATALINA
22 13º. Salário. 13º. SALÁRIO Surgiu nas relações de trabalho por força dos usos e costumes (Gratificação de Natal). Foi incorporado ao ordenamento jurídico pela Lei 4.090/62 que se refere a todos os empregados. É salário diferido, ou seja, adquire-se o direito a 1/12 do salário do empregado para cada mês trabalhado (ou fração igual ou superior a 15 dias) e o pagamento é postergado para o futuro. 22
23 13º. Salário. Deve ser pago em até duas parcelas. A primeira até 30/11 e a segunda até 20/12. É calculado pelo ano civil. A ruptura do contrato de trabalho garante o direito ao pagamento proporcional, salvo na hipótese de justa causa do empregado. 23
24 FORMAS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO FORMAS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO
25 Forma de pagamento do salário. FORMA DE PAGAMENTO DO SALÁRIO A forma de pagamento do salário é regido pelos artigos 463 à 466 a saber: Moeda Corrente Brasileira Art A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. 25
26 Forma de pagamento do salário. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. O Recibo de Pagamento Art O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. 26
27 Forma de pagamento do salário. Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de ) 27
28 Forma de pagamento do salário. Local / Data / Horário Art O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de ) 28
29 Forma de pagamento do salário. Pagamento das Comissões Art O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação. 29
30 Forma de pagamento do salário. 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. 30
31 Forma de pagamento do salário. SALÁRIO COMPLESSIVO É vedado o pagamento de salário complessivo (Súmula 91, TST), ou seja, a inclusão de várias parcelas numa mesma nomenclatura. Súmula nº 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. 31
32 SISTEMA DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO SISTEMA DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO
33 Sistemas de proteção ao salário. SISTEMA DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO O salário do empregado é protegido pelo ordenamento jurídico. São três esferas de proteção: Contra ato do empregador; Contra credores do empregador; Contra credores do empregado. 33
34 Sistemas de proteção ao salário. Continuação. Contra atos do empregador Neste caso, aplica-se o art. 462 da CLT, que assim estabelece: Art Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. 34
35 Sistemas de proteção ao salário. Continuação. Portanto, o empregador somente pode descontar do salário do empregado os adiantamentos salariais (vulgarmente conhecidos como vales ) e verbas previstas em lei (exemplo: INSS, imposto de renda, contribuição sindical, vale transporte, etc.) ou regulamentada em negociação coletiva, seja convenção coletiva ou acordo coletivo (Assistência médica, etc.). O empregador também pode descontar do salário do empregado os danos que este causar por dolo (sempre) ou por culpa (apenas se houver contratação escrita). 35
36 Sistemas de proteção ao salário. Continuação. A jurisprudência tem feito interpretação extensiva, permitindo descontos de valores não expressamente mencionadas no art. 462 da CLT. Esta jurisprudência encontra-se materializada na Súmula 342 do C. TST que passamos a analisar quanto ao seu conteúdo: 36
37 Sistemas de proteção ao salário. Continuação. Súmula Descontos salariais. Art. 462 da CLT - Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médicohospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. 37
38 Sistemas de proteção ao salário. Continuação. Contra credores do empregado: Por força de dispositivo do Código de Processo Civil os salários são impenhoráveis, salvo para pagamento de prestação alimentícia. Contra credores do empregador: Em caso de concorrência de credores, os créditos trabalhistas são privilegiados e serão pagos antes do que os demais, incluindo nestes o crédito decorrente de acidente do trabalho (que é privilegiadíssimo). 38
39 Sistemas de proteção ao salário. Continuação. TRUCK SYSTEM CLT. Art. 462, 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 39
40 Multa do Parágrafo 8.º do Art. 477 da CLT. Multa do Parágrafo 8.º do Art. 477 da CLT (Alterado Pela Reforma Trabalhista) Art Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela Lei nº , de 2017) 40
41 Multa do Parágrafo 8.º do Art. 477 da CLT. 6 o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. (Redação dada pela Lei nº , de 2017) 41
42 Multa do Parágrafo 8.º do Art. 477 da CLT. 8º - A inobservância do disposto no 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de ) 42
43 Multa do Art. 467 da CLT. Multa do Art. 467 da CLT Art Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagálas acrescidas de cinquenta por cento" 43
44 MULTIFUNCIONALIDADE MULTIFUNCIONALIDADE
45 MULTIFUNCIONALIDADE SUBSTITUIÇÃO INTERINA/PROVISÓRIA E PERMANENTE a) Interina ou provisória: Existe um momento pré-determinado para acabar. Ex: férias do titular do cargo, impossibilidade momentânea do titular b) Permanente: Não existe previsão de termino quanto a substituição. Ex: ocupação de cargo vago ou permanência após a substituição
46 MULTIFUNCIONALIDADE CLT Art Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como a volta ao cargo anterior.
47 MULTIFUNCIONALIDADE Súmula TST nº 159 I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor. Obs. Meramente eventual representa situação esporádica e pontual
48 MULTIFUNCIONALIDADE REVERSÃO A Reforma Trabalhista tratou sobre o tema: CLT, art o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. (Redação dada pela Lei nº , de 2017)
49 MULTIFUNCIONALIDADE 2 o A alteração de que trata o 1 o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. (Incluído pela Lei nº , de 2017)
50 MULTIFUNCIONALIDADE RETROCESSÃO Significa o retorno do trabalhador a um cargo inferior da carreira, anteriormente já ocupado, efetivado com intuito de penalização. É vedado o rebaixamento punitivo ou ainda retrocessão. Como já vimos o retorno ao cargo efetivo após ocupação de cargo de confiança, é autorizada pelo parágrafo primeiro e segundo do art. 468, CLT.
51 MULTIFUNCIONALIDADE DESVIO DE FUNÇÃO O desvio de função é o exercício de função diversa daquela em que foi contratado o empregado, sem as devidas alterações na CTPS e no seu salário. A consequência lógica do reconhecimento do desvio funcional é o pagamento das diferenças salariais pleiteadas, levando-se em conta a contraprestação salarial ofertada aqueles que exercem função efetivamente exercida pelo obreiro.
52 MULTIFUNCIONALIDADE À luz do princípio dispositivo, cabe às partes a iniciativa de produzir a prova de suas alegações. Tratando-se de desvio de função, contestado pelo empregador, cabe à reclamante demonstrá-lo em juízo (art. 818, I da CLT)
53 MULTIFUNCIONALIDADE ACÚMULO DE FUNÇÃO A matéria é extremamente polêmica. Salvo previsão em normas de categorias específicas (radialistas, por exemplo) ou previsão em convenção coletiva (empregados de edifícios, por exemplo), não há amparo legal para concessão de adicional por acúmulo de função.
54 MULTIFUNCIONALIDADE O art. 460 da CLT não é fundamento legal para a questão. Trata da fixação de salário pelo Juiz quando: a) O salário não foi contratado; b) não houver prova do valor contratado para o salário.
55 MULTIFUNCIONALIDADE O referido artigo não se presta à correção de salário injusto pelo Poder Judiciário porque salário é cláusula contratual. Por outro lado, há jurisprudência não pacificada que concede o adicional sob o prisma da comutatividade do contrato de trabalho. O salário contratado remunera a função contratada. Se além desta o empregado exerce outra função, deve receber remuneração por este outro trabalho.
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