COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO CONSELHO, AO PARLAMENTO EUROPEU, AO COMITÉ DAS REGIÕES E AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL

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1 COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS Bruxelas, COM(98) 718 final COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO CONSELHO, AO PARLAMENTO EUROPEU, AO COMITÉ DAS REGIÕES E AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL COMO ENCORAJAR A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS EUROPEIAS FACE À MUNDIALIZAÇÃO Embora os serviços da Comissão envidem todos os esforços no sentido de evitar eventuais erros ou omissões, os documentos divulgados não comprometem a Comissão e apenas a versão publicada no Jornal Oficial das Comunidades Europeias faz fé.

2 COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO COMO ENCORAJAR A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS EUROPEIAS FACE À MUNDIALIZAÇÃO ÍNDICE INTRODUÇÃO... 4 I. TENDÊNCIAS : O FENÓMENO DA MUNDIALIZAÇÃO... 5 I.1. OS ELEMENTOS MOTORES DA MUNDIALIZAÇÃO... 6 I.2. OS NOVOS FACTORES-CHAVE DA COMPETITIVIDADE... 7 O ambiente multilateral: um novo quadro institucional... 7 Indústrias do conhecimento: o novo desafio... 8 Internet, comércio electrónico: novos meios de comunicação, novas práticas... 8 Investigação e desenvolvimento tecnológico: um ciclo mais rápido... 9 Pequenas e médias empresas: novos actores mundiais... 9 Emprego e qualidade da vida Desenvolvimento sustentável e duradouro II. POSIÇÃO DAS EMPRESAS EUROPEIAS FACE À MUNDIALIZAÇÃO: ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO II.1. COMPETITIVIDADE: A NECESSIDADE DE NOVAS DEFINIÇÕES II.2. UM POSICIONAMENTO MAIS TRADICIONAL QUE "INOVADOR" NO PLANO INDUSTRIAL Uma indústria europeia concorrencial mas insuficientemente especializada Uma utilização modesta das tecnologias da informação A mundialização tardia dos serviços às empresas II.3. IDENTIDADE CULTURAL E SECTOR AUDIOVISUAL - UM DESAFIO E UMA OPORTUNIDADE II.4. POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA: ESFORÇOS INSUFICIENTES E ORGANIZAÇÃO PERFECTÍVEL Um nível e um aumento inferior dos recursos Uma política fragmentada e pouco coordenada Exploração pouco eficaz dos resultados da investigação II.5. UM SISTEMA POUCO EFICAZ NO DOMÍNIO DAS PATENTES E DO COMÉRCIO DE LICENÇAS II.6. ALIANÇAS, FUSÕES E AQUISIÇÕES NOS DOMÍNIOS DE PONTA: UMA CERTA INIBIÇÃO As fusões e as aquisições As associações de investigação II.7. A EUROPA NÃO VALORIZA SUFICIENTEMENTE O RISCO III. ORIENTAÇÕES PARA UMA NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL III.1. PROMOVER A COMPETITIVIDADE NUMA PERSPECTIVA MUNDIAL Adaptar os sistemas de aquisição de competências e encorajar o espírito empreendedor Aperfeiçoar o sistema de "investigação - exploração dos resultados" Facilitar o assumir do risco Reorientar as ajudas públicas às empresas para o investimento incorpóreo Valorizar os recursos humanos Aumentar a mobilidade das pessoas

3 III.2. PROMOVER O ACESSO DAS EMPRESAS AO MERCADO MUNDIAL Continuar a valorizar as vantagens concorrenciais do Mercado Interno Assegurar uma concorrência eficaz que permita assumir o carácter mundial e inovador dos mercados Prosseguir os esforços positivos de liberalização do sector público III.3. PROMOVER O CONSENSO E CONDIÇÕES EQUITATIVAS A NÍVEL MUNDIAL Promover a criação de um quadro concorrencial mundial Controlar a aplicação das normas Defender as posições europeias: reforçar a vigilância, preparar as negociações, trabalhar em conjunto Estabelecer uma estreita coordenação a nível mundial Responsabilizar os industriais Promover os interesses dos consumidores e dos utilizadores CONCLUSÕES ANEXO RESUMO

4 INTRODUÇÃO Em vésperas do 3º milénio, a Europa encontra-se, com todas as suas forças e fraquezas, com o seu mercado, as suas tradições e os seus valores, confrontada com uma aceleração da mundialização da economia. Este desafio exige não só uma adaptação das empresas mas também uma resposta política. No clima de incerteza criada pelas recentes movimentações da economia mundial, o pólo de estabilidade económica e de crescimento não inflacionista que é a União ilustra os benefícios da dinâmica da construção europeia. A experiência adquirida, os esforços realizados na construção do Mercado interno e a criação do euro constituem outras tantas vantagens. A mundialização representa, para a Europa, mais uma oportunidade que uma ameaça. Longe de constituir a causa do desemprego na Europa, é uma potencial fonte de criação de emprego. Existe uma estreita relação entre o desenvolvimento das trocas mundiais, o crescimento económico e o emprego: grande parte da prosperidade da União depende actualmente do comércio e do investimento internacional. No entanto, para conseguir tirar o melhor partido da mundialização e defender o melhor possível os interesses dos seus cidadãos e da economia europeia, a União deverá adaptar-se sem demora à nova situação e dotar-se das melhores ferramentas para a sua exploração. É óbvio, contudo, que este processo de mundialização implica fases de ajustamento que poderão causar inquietação ou mesmo acarretar alguns riscos, por exemplo em termos sociais e ambientais. Por essa razão, a protecção dos valores europeus deve constituir, em paralelo com essa adaptação, tanto um objectivo como uma vantagem para abordar em boas condições o fenómeno da mundialização. Por outro lado, o desenvolvimento sustentável e duradouro passa, no caso da Europa, pela criação simultânea de condições económicas e sociais que permitam preservar o ambiente, aumentar a competitividade e contribuir para a criação de empregos. A competitividade das empresas também diz respeito aos cidadãos: tem implicações para o seu emprego actual e futuro, para as suas condições de trabalho e protecção social e para os impactos ambientais, questões de grande importância para todos os cidadãos; depende das suas competências, criatividade, capacidade de assumir riscos e inovar e do seu espírito empreendedor. A Europa dotou-se de uma política industrial cujo objectivo é aumentar a competitividade das empresas numa economia aberta, concorrencial e que contribua para reforçar a prioridade dada à política de emprego. As exigências da mundialização, juntamente com as preocupações dos cidadãos europeus, obrigam a que se coloquem questões sobre a pertinência dessa política e sobre as formas de reforçar a capacidade de estimular a inovação e o espírito empreendedor na Europa. A presente comunicação é um documento de reflexão que descreve os principais desafios com que a União europeia terá de se confrontar para tirar partido da mundialização. Dá indicações sobre as pistas a explorar pela União e sobre os instrumentos a criar e identifica as prioridades para a acção futura. Essas orientações integram-se na política geral da União, de reforço do crescimento e da criação de emprego, no âmbito do processo de reforma da economia, das directrizes para o emprego e das grandes orientações de política económica. 4

5 I. TENDÊNCIAS : O FENÓMENO DA MUNDIALIZAÇÃO Fenómeno já antigo, a mundialização conheceu uma aceleração a seguir à 2ª Guerra Mundial, em três fases sucessivas: Internacionalização do comércio (que tem vindo a crescer mais rapidamente do que a produção desde os anos 50); Internacionalização dos fluxos de capitais (que aumentaram muito mais rapidamente do que o comércio desde os anos 80); Mais recentemente, mundialização dos fluxos de informação (que, por sua vez, crescem muito mais rapidamente do que o comércio ou os fluxos de capitais). A mundialização tornou-se um elemento fundamental de desenvolvimento para o conjunto das economias industrializadas e emergentes, bem como para a maioria das empresas dos sectores produtivos ou dos serviços. Desde 1950, o crescimento do comércio mundial de mercadorias tem excedido todos os anos o crescimento da produção mundial de mercadorias (6,3% em média anual, contra 4% para a produção). Entre 1985 e 1997, os fluxos de investimentos directos no estrangeiro dos países da OCDE foram multiplicados por sete, passando de aproximadamente milhões de dólares para milhões de dólares. Os pagamentos transfronteiras (honorários, taxas...) quadruplicaram desde 1983, ultrapassando actualmente os milhões de dólares. A abertura dos mercados mundiais à concorrência é uma realidade diária para as empresas europeias, uma tendência histórica para a evolução da sociedade e das mentalidades, um factor de reflexão e um incentivo aos poderes públicos para que adaptem a regulamentação governamental. Caracterizada pela intensificação dos fluxos transfronteiras, a mundialização implica ainda uma profunda transformação das estruturas, da organização e da natureza do comércio internacional. Quase todos os sectores industriais atravessam profundas transformações das suas estruturas. Estes fenómenos são particularmente marcantes nos sectores que utilizam, cada vez mais, as tecnologias de ponta, como a indústria automóvel, farmacêutica e das telecomunicações. O impacto da mundialização toca igualmente os sectores produtivos mais tradicionais, como a indústria têxtil, que são objecto de tensões recorrentes a nível internacional. Um dos principais aspectos da mundialização é a importância crescente dos serviços em relação aos produtos manufacturados e, mais recentemente, a emergência de uma nova forma de economia baseada na "ligação em redes". 5

6 Figura 1 : Valor acrescentado e emprego em 1995, discriminados por grandes sectores: comparação União Estados Unidos 100% 80% % % 20% % Fonte: COM UE, 1998 UE EUA UE EUA PNB custos dos factores Emprego total Agricultura Indústria Serviços comerc. Serviços públicos A General Electric (2ª maior empresa mundial em termos de valor mobiliário, com milhões de USD) obtém actualmente 60% dos seus lucros graças aos serviços e, nomeadamente, aos serviços financeiros prestados pela GE Capital. Outra empresa do grupo, a GE Information Services (com um volume de negócios de 700 milhões de USD em 1997) gera a melhor margem operacional do grupo (23%). Em 1996, as indústrias de alta tecnologia representaram 6,1% do PIB americano, 3,85% dos quais nos serviços e 2,27% no sector produtivo. I.1. OS ELEMENTOS MOTORES DA MUNDIALIZAÇÃO Quatro tipos de elementos motores alimentam o fenómeno de mundialização: tecnológicos, empresariais, financeiros e institucionais. A evolução tecnológica contribui para a mundialização. O desenvolvimento da sociedade da informação desempenha aqui um papel fundamental, pela criação de redes digitais mundiais que ligam entre si uma enorme quantidade de operadores. Assim, contribui para a criação de uma nova economia global, baseada nas redes e nos factores incorpóreos. O desenvolvimento das multinacionais consolidou a mundialização das trocas comerciais. Para aumentar a sua competitividade, as empresas integraram a dimensão internacional na sua organização e estratégia, "externalizando" algumas das suas actividades, descentralizando a sua produção e promovendo a difusão dos seus produtos em numerosos mercados para obter economias de escala. Prova disso é a segmentação das operações em actividades distintas, realizadas em diferentes locais e países, e o grande número de associações, sob a forma de fusões, aquisições ou alianças estratégicas, que se observam hoje em dia. Nos sectores comerciais e nas indústrias de alta tecnologia, nomeadamente, estão actualmente a surgir novas formas de colaboração entre empresas internacionais, dando lugar por exemplo a acordos de licenças e de investigação ou à prestação de serviços destinados a garantir uma melhor transferência das tecnologias. 6

7 Em 1998, o número de empresas multinacionais era superior a , que controlavam mais de sucursais no mundo inteiro. Em 1994, essas empresas foram responsáveis por cerca de um terço da produção mundial, e as suas trocas internas representaram aproximadamente um terço do comércio mundial. Em 1997, a quantidade total de bens e de serviços produzidos pelas multinacionais nos mercados locais atingiu de milhões de USD, ou seja, mais do que o volume total do comércio internacional a nível mundial. Com o seu volume e liquidez, os mercados financeiros internacionais contribuem igualmente para a mundialização, facilitando a multiplicação de fusões e aquisições transfronteiras. O carácter instantâneo e a volatilidade dos fluxos financeiros afectam directamente a gestão das empresas e das economias nacionais, como se pode verificar pelas turbulências monetárias e financeiras na Ásia, na Rússia e noutros países de economia emergente. Nesse contexto, a chegada do euro criou um pólo de estabilidade monetária que contribuirá para o crescimento e o emprego no Mercado Único. O euro será, além disso, uma ferramenta com a qual a UE poderá contribuir para uma maior estabilidade do sistema monetário internacional. Estas tendências económicas e financeiras foram tornadas possíveis graças a factores institucionais, nomeadamente a liberalização e abertura dos mercados, bem como o desmantelamento das tarifas aduaneiras (40% em 1948, 4% em 1997) no âmbito do GATT. Os sucessivos acordos de liberalização no contexto da OMC deram uma contribuição significativa para o crescimento económico e para o melhoramento do nível de vida, criando novas oportunidades de emprego, por exemplo no sector das telecomunicações. I.2. OS NOVOS FACTORES-CHAVE DA COMPETITIVIDADE No novo ambiente dos mercados liberalizados e das redes abertas, as empresas europeias são directamente confrontadas com a concorrência, que transcende as fronteiras sectoriais e geográficas. Os factores de competitividade evoluem: a qualidade, a rapidez, a personalização, a imagem dos produtos e os serviços pós-venda impõem-se sobre os factores de competitividade tradicionais. Estes novos dados exigem frequentemente investimentos incorpóreos, nomeadamente em organização, recursos humanos ou investigação. O ambiente multilateral: um novo quadro institucional A criação de novas estruturas e de processos multilaterais de regulação do comércio mundial está a substituir gradualmente o tradicional controlo a nível nacional ou regional. Em si mesma, a mundialização não afecta a soberania jurídica, mas reduz a margem de manobra unilateral e a sua eficácia para os governos nacionais. Por outro lado, aumenta as possibilidades de acção da União no plano multilateral. Assim, a política comercial está actualmente a abordar questões como as barreiras não tarifárias, nomeadamente no âmbito da Organização Mundial do Comércio. Paralelamente ao Mercado Interno da União, assiste-se gradualmente à integração regional das trocas comerciais, com o surgimento dos acordos NAFTA, MERCOSUR, ASEAN ou APEC. A criação da OMC é representativa dessa evolução. Os Estados que são Partes no acordo negoceiam acordos multilaterais, nos quais aceitam determinadas obrigações. Esse tipo de regulamentação internacional tende a substituir as formas nacionais de acção ou de intervenção, tornando assim urgente a definição de prioridades e de ideias inovadoras para gerir o 7

8 ambiente multilateral e para garantir a adopção de regras equilibradas em matéria de concorrência no plano internacional (level playing field). Diversos acordos prepararam uma maior abertura dos mercados mundiais, entre os quais se poderão referir os acordos da OMC relativos aos serviços e às telecomunicações, o acordo sobre tecnologias da informação, os acordos de reconhecimento mútuo ou ainda os acordos TRIPS, relativos aos direitos da propriedade intelectual. O exemplo da aplicação do acordo de 1997 sobre as telecomunicações veio mostrar, no entanto, que continua a ser necessária uma intensa vigilância para verificar e garantir a total aplicação dos compromissos multilaterais assumidos pelos parceiros comerciais da Europa. Indústrias do conhecimento: o novo desafio As indústrias baseadas no conhecimento e, nomeadamente, as indústrias que se baseiam fundamentalmente na posse de direitos de autor ou de know how (p.ex.: indústrias do lazer, software, serviços às empresas) estão a ultrapassar os sectores mais tradicionais em termos de crescimento, de capitalização e de capacidade de exportação. Nesses domínios, os investimentos estão concentrados nos países industrializados; os principais concorrentes da Europa não são as economias em desenvolvimento, com baixos custos de mão-de-obra, mas sim os parceiros comerciais que dispõem das tecnologias mais avançadas. Já em competição para a obtenção de recursos financeiros, as empresas e países competem também pelos recursos intelectuais: actualmente, o valor de uma empresa está mais relacionado com o seu potencial intelectual e com a qualidade da sua organização do que com os seus activos tradicionais. As medidas específicas adoptadas pelos governos (p.ex.: aumento dos contingentes de vistos "alta tecnologia", que permite aos estrangeiros qualificados residir e trabalhar nos Estados Unidos) e os incentivos económicos oferecidos pela indústria (nomeadamente sob a forma de opções de aquisição) são utilizados para atrair e conservar as competências provenientes da Europa ou dos países em desenvolvimento. Com base numa permanente evolução dos conhecimentos, a economia global cria necessidades em competências técnicas mas também em termos de capacidade de adaptação à diversidade cultural, a que os sistemas existentes de ensino e de formação devem corresponder. Internet, comércio electrónico: novos meios de comunicação, novas práticas Tendo em conta que a noção de distância se tornou caduca, o acesso aos mercados mundiais de que as empresas da União beneficiam tem como contrapartida um acesso semelhante dos nossos concorrentes aos mercados europeus. Os sítios da World Wide Web utilizados para comercializar bens e serviços podem ser visitados para comparação e análise dos preços e da estratégia das empresas; as informações sobre os salários praticados, por sua vez, também circulam mais rapidamente. O comércio electrónico actua como um catalisador, sinónimo de grande transparência dos mercados e de uma concorrência imediata a nível mundial; representa um factor essencial de mutação e de incentivo da concorrência, nomeadamente para sectores tradicionais como as indústrias 8

9 com grande intensidade de mão-de-obra. Favorece a difusão de produtos e serviços variados, que valorizam a diversidade do tecido produtivo e o know how europeu. Para as PME, os nichos de mercado, que eram os seus alvos tradicionais, podem agora ser explorados a nível global: as novas empresas inovadoras e as PME podem aceder aos mercados mundiais e adquirir dimensão internacional imediatamente a partir da sua criação. Ao mesmo tempo, o comércio electrónico faz surgir actividades inteiramente novas, nomeadamente no domínio dos serviços de mediação (p.ex.: empresas de logística, serviços de certificação e autenticação, agências de qualificação para a concessão de crédito). Em 1996, a Internet foi responsável pela criação de 1,1 milhões de novos empregos no mundo, dos quais nos Estados Unidos. Investigação e desenvolvimento tecnológico: um ciclo mais rápido A investigação é cada vez mais realizada a nível global: as empresas americanas, por exemplo, investem anualmente mais de milhões de dólares em investigação e desenvolvimento fora dos Estados Unidos. Além disso, embora ainda se lhe faça referência, nomeadamente pela Organização Mundial do Comércio, o modelo sequencial clássico da investigação (investigação fundamental pré-concorrencial investigação na indústria actividades de desenvolvimento pré-concorrencial) deverá ser objecto de reflexão tendo em conta a futura evolução neste domínio. Tal como acontece na biotecnologia, alguns produtos, por vezes imprevistos, podem resultar directamente de trabalhos de investigação fundamental. Além disso, as novas técnicas de comunicação aceleraram significativamente a divulgação dos conhecimentos; durante a realização dos projectos, há uma permanente troca de informações entre os diferentes participantes (universidades, laboratórios, industriais, utilizadores). A organização das empresas em geral e a sua gestão tecnológica nomeadamente também se alteram sob a pressão dessa interactividade crescente dos domínios de investigação: as empresas, que já não conseguem abranger com os seus próprios meios todos os domínios de investigação e de inovação, cooperam cada vez mais entre si, por vezes através de alianças estratégicas ou de empresas comuns, com a participação das universidades e dos centros de investigação públicos e privados. Pequenas e médias empresas: novos actores mundiais A criação de redes digitais veio diminuir o custo da entrada nos mercados mundiais. Nos Estados Unidos, a economia digital baseia-se numa massa crítica de PME e de novas empresas inovadoras ligadas em rede. Ajudadas pela facilidade de acesso aos capitais, independentemente da etapa de desenvolvimento em que se encontrem, essas empresas são capazes de passar muito rapidamente do simples conceito à posição de empresas líderes a nível mundial no seu domínio de trabalho. Embora existam três vezes mais PME na Europa que nos Estados Unidos (15 milhões contra 5) a Europa está atrasada neste processo. O que está em causa é a criação de emprego: nos Estados Unidos, dois terços dos novos empregos criados durante os últimos 4 anos respeitam a empresas de alta tecnologia, das quais metade são PME; na Europa, 50% 9

10 dos novos empregos foram criados por 4% de PME com grande potencial de crescimento. Emprego e qualidade da vida A conjugação das novas tecnologias e da mundialização dos mercados aumenta as vantagens comparativas das economias industrializadas que se especializaram em produtos que implicam um elevado grau de conhecimentos e de competências organizativas. Isto implica um importante aumento dos investimentos em investigação e em educação e das despesas das empresas em serviços, actividades caracterizadas por custos salariais muito elevados. Ao contrário das ideias recebidas, se a adaptação às novas condições de competitividade for conduzida de forma activa, deverá acabar por traduzir-se numa diminuição da taxa de desemprego. Foi isso, de resto, que se verificou ao longo dos últimos anos nos Estados Unidos. As empresas de alta tecnologia foram responsáveis por 40% do crescimento americano nos últimos dois anos. As Orientações para o Emprego, de 1999, tal como o recente relatório da Comissão sobre as oportunidades de emprego na sociedade da informação, identificaram o potencial desses sectores em termos de crescimento e emprego na União e salientaram a necessidade de uma acção concertada para optimizar esse potencial. Além disso, o rápido nascimento de novas tecnologias, ao criar a necessidade de novas habilitações, provoca a escassez temporária ou local de determinadas habilitações. Essas necessidades não satisfeitas coexistem com um desemprego elevado noutras zonas. Desenvolvimento sustentável e duradouro O conceito de "eco-eficiência" significa ter em conta o objectivo de produzir mais a partir de menos e, por conseguinte, de aumentar a produtividade dos recursos naturais e de diminuir os custos. O conceito de "inovação ecológica", por outro lado, procura a sensibilização das empresas para uma maior protecção do ambiente no fabrico dos respectivos produtos e ao longo de todo o seu ciclo de vida. Além disso, não se pode esquecer que a capacidade das empresas europeias para antecipar normas ambiciosas em matéria ambiental constitui uma vantagem nos mercados mundiais, tanto no que respeita aos produtos acabados como às tecnologias "limpas" assim desenvolvidas. Esse factor poderá igualmente contribuir para conservar ou mesmo para atrair uma mão-de-obra qualificada para a Europa. As diversas políticas associadas a esses objectivos são conduzidas de forma coerente em toda a Europa; reforçam-se mutuamente e deverão assim permitir oferecer aos consumidores os produtos que desejam, aos cidadãos as condições de vida a que aspiram e às empresas os meios necessários para o aumento da sua competitividade. 10

11 II. POSIÇÃO DAS EMPRESAS EUROPEIAS FACE À MUNDIALIZAÇÃO: ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO Face à mundialização, a competitividade das empresas europeias continua a ser bastante elevada e está mesmo em progressão em determinados domínios. Esta constatação deve, no entanto, ser encarada com alguma prudência, dado que a especialização da actual indústria europeia apresenta algumas fraquezas, nomeadamente no que respeita às indústrias de alta tecnologia. As empresas europeias, por outro lado, utilizam menos e de forma mais limitada os instrumentos de promoção da inovação (investigação, patentes, capital de risco, alianças estratégicas). A organização e as regras de funcionamento desses instrumentos a nível europeu terão de continuar a ser melhoradas. II.1. COMPETITIVIDADE: A NECESSIDADE DE NOVAS DEFINIÇÕES A aceleração da mundialização, a rápida emergência de novas formas de concorrência e o desaparecimento das tradicionais fronteiras entre sectores industriais impõem uma revisão do conceito de competitividade. Uma vez que as empresas segmentam a "cadeia de valor" dos seus produtos e serviços por diversos mercados completamente distintos, deixam de ser pertinentes os critérios tradicionais de separação em função dos diferentes sectores industriais: a competitividade já não se mede para cada sector, mas antes para cada actividade e para cada mercado. Igualmente difícil de medir é a competitividade a nível nacional ou regional: com o aumento dos investimentos cruzados transfronteiras, a descentralização das operações, as rápidas mudanças de propriedade e o advento do teletrabalho, a identidade geográfica torna-se cada vez mais difusa. Finalmente, caberá aqui notar que as posições concorrenciais baseadas num domínio avançado das tecnologias ou num know how intelectual importante, embora capazes de gerar rapidamente valor acrescentado, são também muito mais voláteis. II.2. UM POSICIONAMENTO MAIS TRADICIONAL QUE "INOVADOR" NO PLANO INDUSTRIAL Uma indústria europeia concorrencial mas insuficientemente especializada Em termos gerais, as empresas do sector produtivo da União Europeia têm continuado a apresentar bons resultados nos mercados de exportação, demonstrando um elevado grau de competitividade num ambiente que é cada vez mais mundial (ver Relatório sobre a Competitividade, de 1998). As suas partes de mercado mantiveram-se estáveis ao longo da década de 90, com cerca de 27% do mercado mundial, enquanto que os Estados Unidos e o Japão viram diminuir as respectivas partes nesses mesmos mercados. Simultaneamente, o excedente comercial da União Europeia mais do que quadruplicou, atingindo milhões de ecus em 1996, ou seja, 2% do PIB europeu. Esse excedente resulta do comércio da Europa com os países que não os Estados Unidos e o Japão. Em relação a estes dois países, a balança comercial europeia encontra-se, respectivamente, bastante equilibrada e em défice marcado. Com excepção dos Estados Unidos e do Japão, a União Europeia beneficia de condições comerciais vantajosas, que lhe permitem obter preços mais elevados pelas suas exportações do que os que tem de pagar pelas 11

12 importações. Esse facto resulta de uma especialização europeia em produtos de valor acrescentado relativamente elevado. Em causa estão, por um lado, produtos tradicionais para os quais a Europa utiliza o seu know how tecnológico, a sua riqueza cultural e a competência da sua mão-de-obra para se especializar em produtos de alto de gama e de qualidade elevada (p.ex.: têxteis, vestuário, mobiliário, produtos desportivos, turismo cultural ou artesanato) e, por outro em produtos tecnicamente sofisticados e sujeitos a uma procura intensa (p.ex.: máquinas-ferramentas, veículos a motor e indústria química). Estes três últimos sectores geram, por si sós, um excedente comercial superior ao excedente total da União Europeia. Em contrapartida, a União Europeia mostra-se menos capaz e, portanto, pouco especializada nos segmentos de mercado de crescimento mais rápido, que se caracterizam por um progresso tecnológico acelerado, como por exemplo toda a indústria das tecnologias da informação. O mesmo acontece nos segmentos de mercado onde há rápidas alterações do gosto dos consumidores, que exigem uma forte diferenciação dos produtos e estratégias agressivas de marketing (nomeadamente através da publicidade). Comparada com os Estados Unidos, a União Europeia só dispõe, portanto, de partes de mercado relativamente modestas nas indústrias que utilizam intensivamente a investigação e a publicidade. Entre 1995 e 1996, a indústria das tecnologias da informação e da electrónica acrescentou empregos à economia americana. Actualmente, 2 milhões de empregos derivam da indústria do software, com mais de empresas. Os empregos nessas indústrias apresentam salários superiores em 73% à média dos salários do sector privado nos Estados Unidos. As empresas de alta tecnologia "produzem" crescimento e arrastam consigo os restantes sectores da economia. Ora, em diversos domínios inovadores e de muito grande valor acrescentado, a indústria europeia não se encontra na linha da frente. 12

13 Figura 2 : Saldos comerciais da UE por produtos de alta tecnologia, Milhares de milhões de ecus Armas, munições -6 Telecomunicações Ins.cient. med. Ener.nucl.etc. Máquinas Electrónica Electron. de cons. Computadores Prod. Químicos Aeroespacial Fonte: Eurostat Uma utilização modesta das tecnologias da informação No que respeita à utilização das tecnologias da informação, os mercados da União Europeia e dos Estados Unidos são hoje caracterizados por um crescimento elevado, mas partindo de níveis muito diferentes. A importância económica destas tecnologias, a sua difusão nos diferentes sectores e a parte de investimento que representam para as empresas são mais elevados nos Estados Unidos do que na Europa. Figura 3 : Aumento da utilização das tecnologias da informação e das comunicações Fonte: EITO, 1998 "! Estados Unidos Algumas empresas europeias utilizam estas tecnologias de forma excelente. Em média, no entanto, investem menos do que as suas homólogas americanas ou japonesas em equipamentos e infra-estruturas, desde há muitos anos. Além disso, a utilização das tecnologias continua em muitos casos a ser tradicional (p.ex.: tratamento de texto, automatização das cadeias de produção), numa fase em que essas tecnologias já progrediram ao ponto de se tornarem numa ferramenta comercial e de decisão. 13

14 Figure 4 : Relação entre o número de ligações à Internet e o respectivo custo de utilização 120 EL Relação entre o número de ligações à Internet e o respectivo custo 100 Custo da ligação à Interne i t t E IRL A NL UK D 40 I B F DK USA SE 20 FIN Canada Penetração da Internet (%) Fonte: Cálculos da Comissão a partir de dados da OCDE e da NUA Ltd O efeito combinado do "problema informático do ano 2000", do lançamento do euro e do arranque em força do comércio electrónico deverá, contudo, permitir que as empresas europeias modernizem os seus sistemas e possam rivalizar com os Estados Unidos. A mundialização tardia dos serviços às empresas São vários os domínios em que a Europa não desenvolveu um "espírito de serviços", sendo raras as empresas europeias que ocupam uma posição de liderança mundial nesse sector. Este atraso reflecte as diferentes tradições na organização do processo produtivo: muitas vezes, só muito recentemente as empresas europeias descobriram as vantagens de delegar certas funções de serviço. Essa situação resulta igualmente da relativa fragmentação e da abertura tardia à concorrência de determinadas actividades que eram geridas pelos poderes públicos, podendo citar-se como exemplos os serviços ligados aos transportes, às telecomunicações e aos correios. Em resumo, uma das vantagens das empresas americanas em relação às suas congéneres europeias reside na sua superioridade no domínio dos serviços às empresas, nomeadamente na logística, consultoria empresarial e jurídica, auditoria. Em relação ao sector específico dos serviços financeiros, comparações recentes mostram que a produtividade do capital na Europa é inferior em aproximadamente 30% à dos Estados Unidos. Além disso, o emprego nos sectores de serviços na União Europeia apresenta um nível significativamente inferior ao dos Estados Unidos. A acção destinada a explorar o potencial de emprego do sector dos serviços constituirá, portanto, um elemento importante de qualquer estratégia europeia para o emprego. II.3. IDENTIDADE CULTURAL E SECTOR AUDIOVISUAL - UM DESAFIO E UMA OPORTUNIDADE É evidente que o sector audiovisual europeu tem dificuldade em tirar partido do grande potencial de criação de emprego associado ao advento das novas tecnologias e à mundialização dos mercados. Em domínios como o desenvolvimento informático ou a venda/distribuição de produtos audiovisuais, a Europa encontra-se numa posição desfavorável (aumento da parte de mercado 14

15 dos filmes americanos de 56% para 78% em 10 anos, contra uma diminuição da parte europeia de 19% para 10%). Por conseguinte, a Europa deverá criar condições para uma maior competitividade da sua indústria de produção audiovisual e para afirmar a sua presença nos mercados de programas, em permanente expansão. Existe actualmente um importante debate a nível mundial sobre o reconhecimento da especificidade do sector audiovisual e sobre a aplicação do princípio da excepção cultural nas negociações internacionais sobre o comércio e as trocas. A diversidade das culturas e das línguas europeias não é um obstáculo à evolução deste sector, mas poderá originar de um verdadeiro "valor acrescentado europeu", ao garantir uma grande diversidade de programas, da qual o consumidor poderá extrair o que melhor corresponda às suas expectativas. II.4. POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA: ESFORÇOS INSUFICIENTES E ORGANIZAÇÃO PERFECTÍVEL Em cada uma das regiões da Tríade UE, EUA e Japão, existe a consciência de que uma política de investigação e de desenvolvimento tecnológico eficaz é indispensável para desenvolver o potencial concorrencial das empresas. A Europa encontra-se em posição desfavorável em relação aos seus principais concorrentes em três aspectos: Um nível e um aumento inferior dos recursos O Japão e sobretudo os Estados Unidos investem mais em valor absoluto do que os europeus, há já várias décadas. Figura 5 : Nível das despesas em IDT na Tríade, ,50% 3,00% Fonte: 2º relatório europeu sobre indicadores C&T, 1997, CE 2,78% (1) 2,50% 2,55% 2,00% 1,85% 1,50% 1,00% 0,50% 0,00% (1) : Dados 1995 UE EUA Japão Os Estados Unidos consagram à investigação um volume de recursos muito superior à Europa (em 1997, milhões de ecus contra milhões de ecus na União) ou ao Japão, sendo uma parte importante desses recursos dedicada ao desenvolvimento de produtos e a determinadas indústrias de elevado rendimento (p.ex.: aeronáutica e informática). Em 1997, as despesas públicas orçamentadas para a I&D aumentaram 6,8% no Japão e 2,8% nos Estados Unidos; em contraste, reduziram-se aproximadamente 1% na União europeia. 15

16 Figura 6: Aumento das despesas em IDT na Tríade 8,00 7,00 6,84 6,00 5,00 % 4,00 3,00 2,00 2,81 1,00 0,00-1,00-2,00-1,03 UE EUA Japão Fontes: EUROSTAT (NEWCRONOS), OCDE (MSTI-98-2) Uma política fragmentada e pouco coordenada Enquanto a política japonesa é centralizada e funciona de acordo com um plano ("Plano de Base para a Ciência e a Tecnologia", adoptado em 1996) e os Estados Unidos dispõem de um sistema de Agências, largamente autónomas mas determinadas a promover a competitividade americana, o sistema de investigação europeu é partilhado entre os Estados-Membros (que dispõem dos recursos básicos) e a Comunidade. As políticas e a organização da investigação variam consideravelmente com os Estados-Membros e existem grandes duplicações de esforços entre os programas nacionais. Exploração pouco eficaz dos resultados da investigação Na América, a maioria dos programas de investigação é executada ao abrigo de contratos públicos de fornecimento. As universidades e os laboratórios federais beneficiam, por sua parte, de uma grande flexibilidade para o estabelecimento de associações com a indústria. O Governo japonês incentiva igualmente a cooperação entre as empresas japonesas no domínio da I&D, através do estabelecimento de consórcios de vocação tecnológica. 16

17 Figura 7: Percentagem das despesas em I&D das empresas comerciais financiadas pelo Governo 35,00% 30,00% 31,60% Fonte: 2º relatório europeu sobre indicadores C&T, 1997, CE 25,00% 25,60% 20,00% 19,50% 16,40% 15,00% 14,50% 10,00% 9,60% 5,00% 1,90% 1,30% 1,60% (1) 0,00% (1) Dados de UE Estados Unido Japão Na Europa, os organismos nacionais de investigação não utilizam os mercados públicos para promover certas indústrias de alta tecnologia: assim, dado que os governos europeus continuam a manter a sua própria política de defesa e de aquisições, nenhuma instituição está em condições de desempenhar um papel comparável ao do Ministério da Defesa dos Estados Unidos. Com algumas excepções (como o Instituto Fraunhofer, na Alemanha) as associações entre instituições de investigação e universidades públicas, por um lado, e a indústria, por outro, continuam a ser muito menos desenvolvidas na Europa do que nos Estados Unidos e no Japão. II.5. UM SISTEMA POUCO EFICAZ NO DOMÍNIO DAS PATENTES E DO COMÉRCIO DE LICENÇAS Para uma empresa que opera num mundo aberto, os direitos de propriedade intelectual (patentes, marcas, licenças) são instrumentos que permitem proteger e valorizar os resultados dos seus trabalhos de investigação e da sua criatividade, negociar cooperações tecnológicas numa posição favorável ou mesmo garantir o domínio do mercado. O desequilíbrio entre os Estados Unidos e a Europa, quer em termos de número de patentes quer de direitos recebidos, está a acentuar-se, nomeadamente nos sectores de maior intensidade da investigação, nomeadamente as tecnologias da informação, os produtos farmacêuticos e a biotecnologia. 17

18 Entre 1985 e 1995, a parte europeia das patentes concedidas aos Estados Unidos passou de 21% para 16%; durante o mesmo período, a parte das patentes americanas concedidas a inventores americanos manteve-se estável, com cerca de 55%. Entre 1985 e 1995, os depósitos de patentes americanas no Gabinete Europeu de Patentes aumentaram de 27% para 34%, enquanto que a parte europeia diminuiu de 50% para 44%. A "reconquista tecnológica" americana pode igualmente ser observada na evolução do número total de patentes: entre 1985 e 1995: aumento de para para as empresas europeias nos Estados Unidos; aumento de para para as empresas americanas na Europa. Os Estados Unidos são exportadores líquidos no domínio da propriedade intelectual: os pagamentos e honorários recebidos de empresas estrangeiras foram, em média, três vezes superiores aos pagos pelas empresas americanas a empresas estrangeiras para terem acesso à sua tecnologia. Figura 8 : Direitos e taxas americanos generados pelo comércio de processos industriais entre empresas não associadas em 1995 (em dólares) receitas pagamentos Fonte: Indicadores CT 98, US-NSF Todos os países União Europeia Japão As PME americanas beneficiam de um sistema de patentes rápido e barato; a legislação federal incentiva as universidades a comercializar os seus esforços de investigação, autorizando-as a conceder licenças sobre as suas invenções e a constituir associações com a indústria com base na propriedade intelectual. Há, no entanto, custos elevados de manutenção destes direitos, em virtude da tradição processual e das dificuldades encontradas, por vezes, para comprovar o critério "first to invent", que é específico do sistema americano. Na Europa, o custo elevado e a complexidade dos procedimentos para obter uma protecção válida em todo o Mercado Interno dissuadem algumas PME e universidades de entrar nessa via. 18

19 II.6. ALIANÇAS, FUSÕES E AQUISIÇÕES NOS DOMÍNIOS DE PONTA: UMA CERTA INIBIÇÃO Confrontadas com a crescente complexidade dos sistemas tecnológicos, com a diminuição dos ciclos de vida dos produtos de alta tecnologia e com o custo exponencial da sua concepção e desenvolvimento, as empresas são levadas a celebrar alianças para ter acesso a know how complementar, dividir os riscos e alargar as suas redes de distribuição no plano regional e mundial. Essas operações são igualmente utilizadas como forma de criação rápida de valor face ao mercado. As fusões e as aquisições As fusões e as aquisições nas diferentes indústrias tecnológicas, a nível mundial, aumentaram 25% em Os compradores americanos estão na origem de dois terços dessas transacções, essencialmente concretizadas na troca de títulos. Em 1993, o Secretário de Estado da Defesa dos EUA convidou as principais empresas americanas do sector da defesa a agrupar-se. No plano jurídico, a simplificação da instrução dos processos de fusão e das aquisições permitiu que se concretizassem várias consolidações importantes em sectores industriais já de si oligopolistas. No plano financeiro, o governo subvencionou as fusões, assumindo uma parte importante (até 50%, em certos casos) dos custos associados às reestruturações. Actualmente, existe um desequilíbrio marcado entre as empresas americanas e europeias: as vendas de "material de defesa" das principais empresas americanas, Lockheed Martin e Boeing, são três vezes superiores às da principal empresa europeia, a British Aerospace; a balança comercial das vendas de equipamentos de defesa entre europeus e americanos é desfavorável à Europa num factor de 1 para 6. As associações de investigação As associações de investigação à escala mundial aumentaram à taxa média anual de cerca de 11% entre 1980 e 1994, nomeadamente nos domínios das tecnologias da informação, da biotecnologia e dos novos materiais. Os acordos de I&D sem participação no capital constituem, desde meados da década de 80, a principal forma de cooperação industrial em matéria de investigação à escala mundial. As empresas americanas concluem entre si quase 5 vezes mais alianças tecnológicas que as empresas europeias, que têm, geralmente, uma estratégia mais defensiva que agressiva face à concorrência mundial. 19

20 Figura 9: Os 10 primeiros países em número de alianças tecnológicas nacionais de 1988 a Número de alianças (escala log.) US JP CA UK D C N F AU R U 10 SG Legenda : US: Estados Unidos JP : Japão CA : Canadá UK : Reino Unido D : Alemanha CN : China F : França AU : Austrália RU : Rússia SG : Singapura Fontes : 2º Relatório sobre os indicadores C&T 1997: Comissão Europeia Esta fraqueza reflecte em parte as dificuldades que se podem colocar na Europa para a criação de projectos comuns de investigação ou para formar alianças em domínios de alta tecnologia. II.7. A EUROPA NÃO VALORIZA SUFICIENTEMENTE O RISCO A Europa tem poucos empresários. Isto deve-se a razões de carácter económico, mas também culturais, sociais, históricas e jurídicas. O documento da Comissão sobre o capital de risco identificou as principais, como a falta de uma cultura empresarial nas escolas, universidades e outras instituições de formação, uma sanção excessiva do "fracasso", o medo de perder o "controlo" de uma empresa, a pouca importância dada à gestão das empresas e, finalmente, uma atitude pouco entusiasta quanto ao risco e à opção de compra de acções (stock options). Nos últimos vinte anos, a economia americana desenvolveu instrumentos financeiros ad hoc facilitando o acesso ao capital para as novas empresas de alta tecnologia, que contribuíram para a criação de vários milhões de empregos. Os investimentos totais realizados pelos fundos de capital de risco europeus em 1997 ascenderam a milhões de ecus, nível comparável ao alcançado nos Estados Unidos, onde os fundos de capital de risco investiram um total de 20

21 milhões de ecus. No entanto, até agora as somas investidas em alta tecnologia têm sido mínimas. Tecnologias da informação: Só em Silicon Valley, 11 novas empresas são criadas em cada semana, e de 5 em 5 dias uma nova empresa é cotizada em Bolsa; 300 empresas de capital de risco investem anualmente a milhões de USD em novos empreendimentos. Entre 1981 e 1990, o valor da indústria dos computadores pessoais passou de 0 para milhões de USD, tendo 70% das empresas sido apoiadas por capitais de risco. A Compaq, a Cisco, a Sun, a Oracle e a Apple têm menos de 20 anos e nasceram com a ajuda do capital de risco. Biotecnologia: esta indústria repousa em pequenas empresas inovadoras e dinâmicas, associando à investigação fundamental, nas universidades, uma capacidade de exploração imediata dos resultados da investigação (aproximadamente empresas nos Estados Unidos, cerca de na Europa). Estas novas empresas são parceiros fundamentais na estratégia de inovação das grandes empresas, nomeadamente das multinacionais farmacêuticas. Entre os factores desfavoráveis para as novas empresas europeias está a dificuldade de acesso a capitais de risco e ao financiamento para os seus trabalhos de I&D (2 000 milhões de USD investidos na Europa, contra milhões de USD nos Estados Unidos, com lucros de, respectivamente, e milhões de USD). A Europa tem vindo a aplicar, nos últimos anos, medidas correctivas com o objectivo de desenvolver os mercados de capital de risco, mas os seus frutos só irão surgir a médio prazo. O desempenho europeu continua a ser insuficiente em três planos: As empresas que ainda se encontram nas primeiras fases do seu desenvolvimento só receberam 7,4% dos investimentos totais dos fundos europeus de capital de risco, contra 34% nos Estados Unidos. As novas empresas americanas têm acesso a diversos modos de financiamento (capital de lançamento, capital de risco, business angels, associações estratégicas) adaptados às diferentes fases do seu desenvolvimento, o que lhes permite crescer mais rapidamente do que as suas congéneres europeias e chegar mais rapidamente a posições fortes no mercado mundial. A disponibilidade de um volume suficiente de projectos realmente inovadores, susceptíveis de gerar valor rapidamente, nem sempre está assegurada. Na Europa, os contratantes têm maior dificuldade de acesso aos mercados, que são mais fragmentados e com menos liquidez: em 1997, o NASDAQ reuniu 7 vezes mais capital do que o EASDAQ, o NM e o AIM em conjunto (o NASDAQ foi criado em 1970, os seus equivalentes europeus 25 anos depois). No entanto, começa a surgir uma tendência positiva para o agrupamento ou a coordenação. III. ORIENTAÇÕES PARA UMA NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL A análise das tendências mundiais e das posições europeias mostra como é pertinente adaptar a política industrial, nomeadamente para generalizar a cultura empresarial e o interesse no risco e para estimular o surgimento de empresas inovadoras capazes e desejosas de conquistar o mercado mundial. Nesta perspectiva, todos os agentes económicos, sociais e institucionais deverão realizar um importante e urgente esforço de adaptação. A ligação em rede dessas entidades, favorecida pelas tecnologias da informação, é de grande vantagem para o reforço das sinergias e para o aumento da competitividade do tecido económico e social da União, melhorando sobretudo a troca de 21

22 informações e as associações e promovendo as redes transeuropeias. Para fomentar a adesão desses agentes a este movimento, deve ser dedicada especial atenção à negociação a nível internacional de condições equitativas, que respeitem o modelo económico e social europeu. III.1. PROMOVER A COMPETITIVIDADE NUMA PERSPECTIVA MUNDIAL Para melhorar a situação das empresas, deve ser colocada a tónica nos investimentos incorpóreos e no espírito empreendedor, com as seguintes prioridades: Adaptar os sistemas de aquisição de competências e encorajar o espírito empreendedor A distinção entre educação e formação tem vindo a diluir-se; entre o ensino e o mercado do trabalho estão a surgir novas formas de transição. Esta evolução exige a adaptação do papel dos organismos públicos de ensino e das empresas e o aumento da sua colaboração mútua. De entre as competências e os mecanismos necessários para abordar a mundialização nas melhores condições, será necessário: Revalorizar as competências tecnológicas e assegurar a formação permanente dos indivíduos ao longo de toda a sua vida profissional; esse processo passa pelo estabelecimento de grelhas de tipos e níveis de competência que permitam a criação de sistemas de acreditação para a formação escolar e universitária de base e para as formações complementares e contínuas (na Europa faltam actualmente profissionais de informática e telecomunicações, e prevê-se que esse número aumente para em 2002 se não for aplicada nenhuma medida correctiva); Reforçar o conhecimento e utilização das tecnologias da sociedade da informação. Concretamente, deverão ser continuadas as iniciativas que visam a introdução das tecnologias da informação e a utilização da Internet nas escolas da Europa; Aprender a trabalhar em grupos virtuais, se necessário à distância, com maior autonomia, faculdade criativa e empenhamento por parte do indivíduo e com uma abordagem menos hierárquica por parte das organizações; Aproximar os estudantes da cultura empresarial. O contacto com empresários de sucesso e o seu exemplo influenciam as atitudes culturais e estimulam o gosto pelo risco entre os jovens que acabaram a sua formação. É necessário incentivar na Europa iniciativas do tipo "escolas de empresariado", como nos Estados Unidos; Desenvolver redes que associem a indústria e as universidades, de forma a aumentar a capacidade das empresas para absorver a transferência de tecnologia, redes nas quais as PME inovadoras de alta tecnologia poderão trabalhar em associação com o capital de risco e com as universidades. Diversos "pólos empresariais", como por exemplo a zona empresarial de Cambridge, onde empresas de alta tecnologia empregam mais de pessoas, já obtiveram resultados assinaláveis. 22

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