METALOMECÂNICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA
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- Luzia Barreiro Silva
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1 METALOMECÂNICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA 1. Indicadores e Variáveis das Empresas A indústria metalomecânica engloba os sectores de fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento (CAE ) e de fabricação de máquinas e equipamento n.e. (CAE 9). CAE Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento A fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento (CAE ) é um importante sector da Indústria Transformadora portuguesa (I.T.), representando, em, 1% das empresas,,% do pessoal ao serviço e,1% da Formação Bruta de Capital Fixo da I.T.. Por outro lado, o peso do volume de negócios e do Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector no cômputo da I.T. era de, respectivamente, de,9% e 9%. O sector apresenta um grau de transformação (parcela da produção do sector que corresponde à efectiva criação de riqueza nova) acima do valor médio da indústria transformadora (33,% contra 7,%, dados de ). Alguns indicadores da CAE Indicadores Empresas (Nº) Pessoal ao Serviço (Nº) Volume de Negócios (milhões ) 9 3 VAB (milhões ) (milhões ) (milhões ) Peso da CAE na I.T. (%) Indicadores 1 3 Empresas 1, 17, 17, 1,3 17,9 17,9 P. Serviço, 9, 9, 9,7,1, V. Negócios,,,7,,7,9 VAB 7, 7, 7, 7,, 9,, 3,3 3,3 3, 3,7(*) 3,9(*),,,,,(*),(*) (*) Peso nas exportações totais e importações totais nacionais 1
2 Os dados relativos aos principais agregados permitem constatar um aumento da expressividade do sector no contexto da indústria transformadora, traduzida num acréscimo dos pesos do volume de negócios e do VAB do sector no volume de negócios e VAB total da I.T., que passaram de,% para,9% e de 7,% para 9%, respectivamente, entre 1 e. Apesar do crescimento do peso do VAB do sector no VAB total da I.T., o valor deste indicador é em inferior à média verificada ao nível da União Europeia a vinte e sete Estados-Membros (UE7), cujo peso ascendia, em, a 9,%. Peso do VAB da CAE no VAB da Indústria Transformadora (em ) 1 1,, 13,,9,9 7, 7, 7,,,,, ,1 9,3 9, 9, 9,,,,3,3,9 1,7 Após 3, ano em que os principais agregados económicos do sector registaram uma variação negativa, registou-se uma melhoria muito significativa dos mesmos, com excepção da componente de investimento traduzida na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que registou em uma variação negativa em torno dos %. Contudo, em e foi visível o esforço de investimento empreendido pelos empresários do sector na modernização do processo produtivo, reflectido na elevada variação do investimento, taxa de crescimento de 11,3%, em. Nesse ano a taxa de investimento
3 do sector situou-se acima da média registada para a I.T. como um todo, 3,73% contra 3,%. Trata-se de um sector constituído maioritariamente por empresas de pequena dimensão. Em cerca de 91% do total de empresas eram microempresas (menos de pessoas ao serviço), responsáveis por,7% do volume de negócios e 7% do VAB, e apenas,1% eram empresas de grande dimensão, embora responsáveis por uma fatia significativa do volume de negócios (1,1%) e do VAB (,3%). Cada empresa empregava, em média, trabalhadores, correspondendo a metade do valor médio verificado a nível da UE7. Dimensão média das empresas da CAE (em ) Peso do emprego da CAE no emprego total da Indústria Transformadora (em ) ,3 13,9 1, ,, 9,1 9, 11,7 11,1 11, 11, 11, 11,9,3,,,,, ,,9,, 3 As empresas do sector estão concentradas fundamentalmente nas zonas industrializadas do país. As regiões Norte e Centro absorvem mais de dois terços do total do pessoal ao serviço nas empresas do sector. Estrutura geográfica do Pessoal ao Serviço da CAE, em Alentejo % Algarve % Regiões Autónomas 3% Norte % Lisboa 19% Centro 3% 3
4 CAE 9 Fabricação de máquinas e equipamento n.e. A fabricação de máquinas e equipamento n.e. (CAE 9) apresenta, comparativamente com a CAE, uma menor importância relativa no cômputo da I.T., mas ainda assim não negligenciável: cerca de % do número de empresas,,7% do pessoal ao serviço,,% do volume de negócios e,1% do VAB, dados de. Em termos do peso no comércio internacional, a CAE 9 apresenta, porém, comparativamente com a CAE, um peso mais elevado, quer no cômputo das importações quer no das exportações totais nacionais,,% e 7,%, respectivamente em 7. Também este sector apresenta um grau de transformação acima do valor médio da indústria transformadora (37,% em ). Alguns indicadores da CAE 9 Indicadores Empresas (Nº) Pessoal ao Serviço (Nº) 13 V. Negócios (milhões ) VAB (milhões ) (milhões ) (milhões ) 33 3 Peso da CAE 9 na I.T., (%) Indicadore 1 3 s Empresas,,,, 9, 7, P. Serviço,,9,9,,,7 V.,3,1,1,,, Negócios VAB,7,7,,,,1,3,,,7,(*),(*), 7,9 7, 7,3,9(*),(*) (*) Peso nas exportações totais e importações totais nacionais A região Norte concentra o maior número de sociedades existentes (3,1%), seguindo-selhe as regiões Centro (3,1%), Lisboa (,%), Alentejo (,3%), Algarve (1,%) e Regiões Autónomas (,9%), dados de. Entre e assistiu-se a uma evolução positiva do Volume de Negócios, com uma taxa de crescimento de,9%, embora o VAB tenha quase estagnado (,3%). À semelhança da CAE, também os dados relativos aos principais agregados da CAE 9 permitem constatar um aumento da expressividade do sector no contexto da indústria
5 transformadora. Entre 1 e o peso do VAB do sector no VAB total da I.T. passou de,7% para,1%. De notar, contudo, que o peso do VAB da CAE 9 no cômputo do VAB da I.T. é em inferior ao valor médio verificado ao nível da UE7, que em se situava em,9%). Peso do VAB da CAE 9 no VAB da I.T. (em ) 1 1 1,3 1,9 13, 1 1,1 11,3,, 3, 3,7 3,,,1,,,3,3, 7,1,1,3,9 9, 9,9 A dimensão média das empresas do sector (número de trabalhadores por empresa) é em bastante inferior ao valor médio verificado na EU7 ( trabalhadores por empresa contra 1 ao nível da UE7). O peso do emprego da CAE 9 no emprego total da I.T. é, também, em inferior ao valor registado pela UE7 (,% contra,%, em ). Dimensão média das empresas da CAE 9 (em ) Peso do emprego da CAE 9 no emprego total da I.T. (em ) , 3,,,,,, 7 7,1 7, 7,9,3, 1, 1, 1,9 1,1,, 11,1 11,,,,9
6 . Comércio Internacional CAE Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento Entre 1 e as trocas comerciais do sector de Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento foram sempre desfavoráveis a, pese embora o acréscimo verificado nas exportações ao longo desse período, taxa de crescimento média anual de 9,%. Contudo, desde o ano de, a balança comercial passou a apresentar um saldo positivo, tendo atingido, em 7, o valor de milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 11,1%, contribuindo, assim, de forma positiva para o equilíbrio das contas externas. Balança comercial da CAE (Milhões ) Taxa de Cobertura Saldo Comercial ,% ,% ,7% ,1% ,% ,% ,1% Evolução do comércio internacional da CAE Taxa de variação em valor (CAE ) 1. 1,%,% Milhões ,%,%,%,%,%,%,% 1,%,%,% 1 3 7,%,% -,% 3 7 Taxa de Cobertura -,%
7 Nos últimos anos tem-se assistido a um crescimento contínuo do peso das exportações do sector nas exportações totais nacionais e a uma redução do peso das importações nas importações totais de. Peso da CAE no comércio internacional português 3,9%,% 3,7%,% 3,% 3,%,%,%,3%,%,% 1,% 1,%,%,% 7 Os dados do comércio internacional relativos aos principais parceiros comerciais (embora aqui esteja incluída, para além da CAE, a CAE 7 Indústrias metalúrgicas de base ), permitem constatar uma forte concentração na União Europeia, em particular em, principal mercado de destino/origem das exportações/importações do sector (9,% e 3,%, respectivamente, em 7). Ao nível das trocas extra-comunitárias destacam-se os mercados angolano e americano, que assumiam em 7 a quarta e sétima posições no ranking dos principais mercados de destino, e o chinês, que assumia nesse ano o sétimo lugar ao nível dos mercados de origem das importações. Principais parceiros comerciais (CAE 7 +CAE ), em 7 Clientes % total Fornecedores % total 9, 3, 7,,3 7,3 7,3 Angola,1 Noruega,,, 1, 3, EUA 1, China 3, 1,3 Turquia 3, Países Baixos 1, Países Baixos 3, Marrocos,7,9 7
8 CAE 9 Fabricação de máquinas e equipamento n.e. As trocas comerciais do sector têm sido desfavoráveis a. Em 7 o saldo comercial foi de cerca de 1,7 mil milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 7,%. Apesar do saldo comercial negativo, regista-se uma evolução positiva da taxa de cobertura, sentida particularmente no ano de, que aumentou cerca de nove pontos percentuais, em resultado de um crescimento muito significativo das exportações (taxa de variação de 1%), apesar do acréscimo verificado nas importações (que se cifrou nesse ano em,%). Balança comercial da CAE 9 (Milhões ) Taxa de Cobertura Saldo Comercial ,% ,9% ,7% ,% ,9% ,% ,% Evolução do comércio internacional da CAE 9 Taxa de variação em valor (CAE 9),% Milhões ,%,%,%,% 3,%,%,%,%,% 1,%,%,%,% -,% 3 7 Taxa de Cobertura -,% -1,% Nos últimos anos o sector conheceu um aumento do peso das suas exportações nas exportações totais nacionais (subiu de,% em para,% em 7). Por outro lado, o peso das importações do sector nas importações globais aumentou de,% em para 7,% em 7.
9 Peso da CAE 9 no comércio internacional português,% 7,%,%,%,9%,%,%,% 7,%,%,% 3,%,% 1,%,% 7 O comércio internacional está fortemente concentrado na União Europeia. e são os principais parceiros comerciais de, ocupando o país vizinho uma posição de liderança, quer enquanto fornecedor, quer como cliente. No seu conjunto, estes dois países são responsáveis por 3,1% do total das importações portuguesas deste sector e por,1% das exportações. Entre os principais fornecedores, destacam-se ainda, e, responsáveis por, respectivamente, 1,7%, 7,% e % das compras ao exterior, enquanto no grupo de clientes se salientam a, o e, responsáveis por, respectivamente,,3%, 3,% e 3,3% das vendas ao exterior. Fora do contexto europeu salientam-se como principais clientes os países africanos de expressão portuguesa, como Angola e Cabo Verde, bem como os Estados Unidos (que assume a ª posição como mercado de destino). Como principais fornecedores destacamse a China e África do Sul. As importações provenientes destes países têm vindo a registar um aumento assinalável, taxa de crescimento média anual entre 1 e 7 de 17,% e 9,%, respectivamente. Principais parceiros comerciais da CAE 9 (em 7) Clientes % total Fornecedores % total,,,1 17,1 Angola, 1,7,3 7, EUA,, 3, Países Baixos 3,9 3,3 3,, China,9 Países Baixos 1,, Cabo Verde 1,1 África do Sul,1 9
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