KANT EXCERTO B 137 CRÍTICA DA RAZÃO PURA. Harry Edmar Schulz. Janeiro de 2013

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2 KANT EXCERTO B 137 PARÁGRAFO 17 (Dedução transcendental dos conceitos puros do entendimento - Seção segunda: da dedução dos conceitos puros do entendimento) CRÍTICA DA RAZÃO PURA Harry Edmar Schulz Janeiro de

3 Nota Explicativa O presente estudo foi conduzido no contexto didático da disciplina de História da Filosofia Moderna 3 do curso de Filosofia ministrado na UFSCar, no segundo semestre de 2012 e início do primeiro semestre de Trata-se não de uma leitura de uma obra de Kant (nesse caso, a Crítica da Razão Pura), mas de um excerto, um pequeno trecho, que engloba muitos conceitos entrelaçados. O trecho escolhido foi o excerto B-137 do parágrafo 17 da segunda edição da Crítica da Razão Pura. Houve inicialmente dúvida se esse estudo poderia ser inserido nos textos gerados para o projeto Humanização como ferramenta de aumento de interesse nas exatas, porque um excerto tão diminuto não permitiria inferir sobre as ferramentas explicativas adotadas pelo autor (Kant) em sua obra. A decisão de sua inserção nos textos mencionados se deve à característica observada nessa obra de Kant, que é a definição de muitos termos, formas de análise, classificações originais, as quais passam a acompanhar os argumentos e mostram uma necessidade de leitura completa. Nesse sentido, essa necessidade de uma leitura completa, foi entendida (interpretada) como uma estratégia didática. O parágrafo anterior mostra, então, que Kant deve ser lido do início ao fim, e não do meio para as extremidades, uma vez que sua obra não possui capítulos independentes. Frisa-se que o presente exemplo de leitura é essencialmente de um iniciante. Nem os termos de Kant, 2

4 nem a abrangência de sua obra é conhecida por este leitor. Assim, a observação constantemente frisada nos estudos anteriores vinculados ao projeto Humanização como ferramenta de aumento de interesse nas exatas é aqui ainda mais importante: eventuais conclusões apenas são válidas no contexto da busca de estratégias didáticas. Não se pode extrapolar para além dessas fronteiras restritas. Tratando-se de um texto gerado já em um ambiente que permite a sua manutenção, procurou-se efetuar leituras na versão original (alemão) para melhor entender os termos do jargão técnico formado em função da filosofia kantiana. Isto está refletido neste breve estudo. Menciona-se esta característica porque o mesmo não pode ser feito com os textos gregos antigos (alguns já constantes deste projeto), que, dada a sua história tortuosa, podem conter contribuições de diferentes fontes. Para comparações ou comentários, por favor entrar em contato com o presente autor, através de heschulz@sc.usp.br, ou harry.schulz@pq.cnpq.br. Harry Edmar Schulz São Carlos, 28 de Janeiro de 2013 Projeto: Humanização como ferramenta de de aumento de interesse nas exatas 3

5 Sumário 1 Introdução ao estudo: o excerto como objeto:...(5) 2 O parágrafo 17 no entorno anterior ao excerto B 137:...(11) 3 O excerto B 137 como leitura:...(16) 4 - O parágrafo 17 no entorno posterior ao excerto B 137:...(21) 5 Notas finais:...(24) 6 Bibliografia consultada:...(25) 4

6 Objeto de Estudo: Excerto B 137 do Parágrafo 17 da Crítica da razão Pura 1 Introdução ao estudo: o excerto como objeto: O primeiro passo seguido neste trabalho foi buscar o texto original, procurando verificar se há algum sentido implícito no uso das palavras adotadas pelo autor na língua original. Note-se que esse exercício é revestido de uma significação mais exata (se assim se pode dizer) em uma leitura mais ampla, talvez da obra como um todo, acompanhando o desenvolvimento das idéias do autor na sua língua mãe. Entretanto, como as próprias palavras em língua portuguesa admitem diferentes sentidos, manteve-se o jargão técnico já sedimentado nos textos em geral, procurando-se entender o seu significado com base no texto original, dessa forma não se baseando apenas naquela versão dada por uma tradução. O procedimento mencionado foi seguido porque o presente relator não é proficiente neste jargão técnico, sendo interessante observar qual o sentido dado às palavras, por comparação, para o melhor entendimento do excerto da obra lida. Tem-se, então, no original: Verstand ist, allgemein zu reden, das Vermögen der Erkenntnisse. Diese bestehen in der bestimmten 5

7 Beziehung gegebener Vorstellungen auf ein Object. Object aber ist das, in dessen Begriff das Mannigfaltige einer gegebenen Anschauung vereinigt ist. Nun erfordert aber alle Vereinigung der Vorstellungen Einheit des Bewußtseins in der Synthesis derselben. Folglich ist die Einheit des Bewußtseins dasjenige, was allein die Beziehung der Vorstellungen auf einen Gegenstand, mithin ihre objective Gültigkeit, folglich daß sie Erkenntnisse werden, ausmacht, und worauf folglich selbst die Möglichkeit des Verstandes beruht. Considerando a versão em Português da Calouste Gulbenkian, tem-se, em B137, na página 162 de 694 (pdf): O entendimento, falando em geral, é a faculdade dos conhecimentos. Estes consistem na relação determinada de representações dadas a um objeto. O objeto, porém, é aquilo em cujo conceito está reunido o diverso de uma intuição dada. Mas toda a reunião das representações exige a unidade da consciência na respectiva síntese. Por conseqüência, a unidade de consciência é o que por si só constitui a relação das representações a um objeto, a sua validade objetiva portanto, aquilo que as converte em conhecimentos, e sobre ela assenta, conseqüentemente, a própria possibilidade do entendimento. Embora o texto possa parecer elementar para aquele experiente na leitura de Kant, isto não ocorre com o presente relator. Termos como intuição, conhecimento, 6

8 necessitam de um trânsito maior pela área para serem devidamente absorvidos. A tradução própria foi feita adotando várias possiblidades implícitas para as palavras do excerto lido, mas buscando manter o jargão e avançando na compreensão do mesmo. Note-se que as possibilidades implícitas não são traduções, mas apenas direcionam o conjunto de idéias para formar o conceito vinculado à palavra portuguesa (uma necessidade do presente relator). Entendimento 6 é, falando em geral, a faculdade dos conhecimentos 1. Estes consistem na relação particular de representações 2 dadas a um objeto. Mas o objeto é aquilo, em cujo conceito o múltiplo de uma intuição 3 dada está unificado 4. Entretanto, então, toda a unificação das representações 2 implica 5 a unidade da consciência na síntese dessas representações. Consequentemente, a unidade da consciência é aquilo que, sozinha, estabelece a relação das representações 2 sobre um objeto, em conjunto com a sua validade objetiva, por conseguinte (estabelece) que se tornem conhecimentos 1, e sobre o que consequentemente repousa a própria possibilidade do entendimento 6. 1 reconhecimentos, descobertas 4 unido 2 hipóteses 5 exige, impõe 3 observação, visão 6 razão 7

9 A tradução aqui oferecida em itálico reflete a busca da compreensão em adotando, como frisado, o jargão já sedimentado na área. Os superíndices apenas indicam os locais de reflexão mais pausada, onde a leitura da língua original foi efetuada abrangendo-se o entorno (mais parágrafos) da mesma obra. Como mencionado, as possibilidades implícitas desses superíndices não são traduções. O excerto B137 está inserido no parágrafo 17, que inicia com o título muito enaltecedor para o princípio da unidade sintética da apercepção, informando o leitor de que se trata do princípio supremo de todo o uso do entendimento. Isto, evidentemente, deve antes ser aceito como afirmação, para então poder ser entendido no contexto da obra, com sua leitura. Uma não-aceitação está fora de questão sem esse esforço de entendimento. Após esse título, Kant retoma a possibilidade da intuição, dizendo, também de forma enaltecedora, segundo a tradução da Calouste Gulbenkian, que o princípio supremo de toda a possibilidade de intuição (relativamente à sensibilidade) é que todo o diverso da intuição está submetido às condições formais do espaço e do tempo (Kant usa o passado, na tradução elaborado como o pretérito imperfeito do indicativo era associado ao pretérito imperfeito do subjuntivo estivesse vou entender como uma menção não temporal, mas figurativa, correspondendo a uma anterioridade no seu livro portanto representando de fato um presente). Nesse caso, as representações do diverso nos são dadas. 8

10 Na mesma linha (ou, seguindo o mesmo estilo), enaltecendo suas afirmações, o princípio supremo de toda a possibilidade de intuição (agora relativamente ao entendimento e não mais à sensibilidade) é que todo o diverso da intuição está submetido às condições da unidade sintética originária da apercepção (tradução da Calouste Gulbenkian). Nesse caso, as representações do diverso têm de poder ser ligadas numa consciência. O texto na língua original é Der oberste Grundsatz der Möglichkeit aller Anschauung in Beziehung auf die Sinnlichkeit war laut der transscendentalen Ästhetik: daß alles Mannigfaltige derselben unter den formalen Bedingungen des Raums und der Zeit stehe. Der oberste Grundsatz eben derselben in Beziehung auf den Verstand ist: daß alles Mannigfaltige der Anschauung unter Bedingungen der ursprünglich =synthetischen Einheit der Apperception stehe. Unter dem ersteren stehen alle mannigfaltige Vorstellungen der Anschauung, so fern sie uns gegeben werden, unter dem zweiten, so fern sie in einem Bewußtsein müssen verbunden werden können; denn ohne das kann nichts dadurch gedacht oder erkannt werden, weil die gegebene Vorstellungen den Actus der Apperception: Ich denke, nicht gemein haben und dadurch nicht in einem Selbstbewußtsein zusammengefaßt sein würden. Note-se que se grifou a palavra derselben, onde ela aparece referindo-se a algo e novamente ao mesmo algo. Na tradução da Calouste Gulbenkian, entretanto, o primeiro derselben é substituído por intuição, enquanto 9

11 que o segundo eben derselben (enfatizando que se trata do mesmo) é substituído pela possibilidade (de intuição). O mesmo procedimento é seguido na versão da Martin Claret. Sem dúvida uma leitura mais detalhada da estética transcendental é necessária, para localizar (como iniciante) se é melhor usar o termo intuição ou possibilidade de intuição. Kant, entretanto, expressou que estava tratando de uma mesma coisa (dersleben, eben derselben). Os textos da Calouste Gulbenkian e da Martin Claret estarão evidentemente alinhados ao sentido de Kant se intuição e possibilidade de intuição estiverem corretamente interpretados. A tradução da série Os Pensadores, de 1996, utiliza apenas o conceito de intuição na primeira substituição de derselben, não inserindo a palavra possibilidade na segunda substituição e, ao invés disso, utilizando a tradução literal da mesma (no lugar de eben derselben). O texto em inglês publicado na série Great books of the western world, da Enciclpaedia Britannica, trás essencialmente a mesma versão da Calouste Gulbenkian e da Martin Claret (ou seja, não usando os termos de Kant traduzidos, mas os conceitos considerados como àqueles aos quais Kant se referiu). Nessa primeira abordagem, na falta de uma referência mais detalhada acerca dos termos alemães, utilizei, portanto, as indicações da literatura citada como aquilo que Kant pretendeu expressar com derselben, eben derselben. Talvez se deva comentar que essas questões etimológicas ou gramaticais vinculadas a traduções não são relevantes em si, mas tornam-se relevantes no contexto de um iniciante que visa inserir-se no contexto global da obra. 10

12 O sentido dado a uma sequência de idéias pode sofrer interferências, que dificultam o entendimento da mensagem original do autor. Sem dúvida o entendimento geral que emana da obra como um todo é aquilo que é mais importante no contato inicial com o autor (não há sentido em dissecar uma obra sem saber antes do que ela trata). No caso particular do presente estudo estabeleceu-se a leitura de um excerto como objetivo, e, nesse caso, o correto entendimento desse excerto assume os ares (momentâneos e efêmeros) de obra toda. Sob essas condições, perturbações de interpretação, sem ter havido o trânsito completo no contexto mais global, podem conduzir a desvios nas conclusões (pelo fato de se vincularem a um excerto, mas isso é plenamente compreensível no construir da compreensão da obra). As correções apenas serão possíveis, portanto, na continuidade da leitura. Adicionalmente, vale ilustrar que tal busca de um sentido mais claro de um excerto no contexto da obra é possível porque o texto original existe, sem correções, sem inserções de terceiros; o que não ocorre, por exemplo, em textos gregos antigos. 2 O parágrafo 17 no entorno anterior ao excerto B 137: Considerando os comentários referentes às traduções, a sequência adotada permite que se esquematize as idéias de Kant, nessas primeiras linhas do parágrafo 17, de forma binária, especular, possibilitando vislumbrar uma estrutura simétrica em sua construção (vide figura 1). 11

13 Figura 1: Início do parágrafo 17, na retomada da possibilidade da intuição. O lado esquerdo da figura mostra a via da sensibilidade, e o lado direito mostra a via do conhecimento. Nota-se a simetria da estrutura de Kant, utilizando conceitos basais na espinha dorsal de sua estrutura e inserindo simetricamente as condições para atingir a possibilidade de intuição pelas duas vias. 12

14 Antes de atingir o texto de B 137, o parágrafo 17 justifica a sequência de afirmações feitas, da seguinte maneira: denn ohne das kann nichts dadurch gedacht oder erkannt werden, weil die gegebene Vorstellungen den Actus der Apperception: Ich denke, nicht gemein haben und dadurch nicht in einem Selbstbewußtsein zusammengefaßt sein würden. Em termos muito incisivos, Kant afirma porque sem isso nada pode, por isso, ser pensado ou reconhecido, porque as representações dadas nada têm em comum com o ato de apercepção: eu penso e, por isso, não estariam resumidas (reunidas) em uma autoconsciência. Esta afirmação dá uma importância maior à estrutura mostrada na figura 1. Na visão de Kant, sem isso nada pode ser pensado...e (as representações) não estariam reunidas em uma autoconsciência, o que faz com que a estrutura represente a própria possibilidade da autoconsciência. Dessa maneira, a visão dual, ou binária, da figura 1 passa a representar essa possibilidade do uno da autoconsciência (se assim pode ser expresso), como mostrado mais explicitamente na figura 2. Em outros termos, Kant estabeleceu a estrutura binária dada na figura 1, mas essa estrutura é, ela própria, a descrição da possibilidade de entendimento, ou melhor, da autoconsciência. De forma una, a possibilidade da autoconsciência é apresentada como decorrente das representações e do eu penso. A figura 2 apenas acrescenta o termo autoconsciência na estrutura já mostrada, tornando, como mencionado, mais explicita essa reunião descrita por Kant neste parágrafo. 13

15 Figura 2: O binário das vias descritas para a possibilidade de intuição formando o uno da possibilidade da autoconsciência. 14

16 Mas há o excerto B137 na continuidade do parágrafo 17. E este excerto introduz o objeto na discussão, colocando-o no centro de sua (Kant) concepção de conhecimento, porque, segundo este excerto, os conhecimentos consistem na relação particular de representações dadas a um objeto. Em suma, os conhecimentos consistem nas relações que as representações mantém com o objeto. O parágrafo 17, na visão desse iniciante, se adensa em conceitos que precisam de um trabalho de concatenação talvez mais experiente do que aquele aqui possível. Inicialmente o eu penso foi apontado acompanhando a via do conhecimento (lado direito das figura 1 e 2, no ato da apercepção) para posteriormente ser apresentado algo que não consta no esquema inicial, mas que se coloca centralmente na argumentação (o objeto). Esse procedimento deriva, de fato, da presença absoluta do eu penso na proposta de Kant. Explicitamente, o parágrafo 16 impõe: O eu penso tem que poder acompanhar todas as minhas representações (Das: Ich denke, muß alle meine Vorstellungen begleiten können), ou seja, nada ocorre sem a presença natural do eu penso. Ao se comentar algo acerca de representações, já está implícito que o eu penso a acompanha. Assim, ao mencionar den Actus der Apperception: Ich denke, Kant não está enfatizando, mas apenas comentando de passagem o eu penso na sua explicação da possibilidade de autoconsciência. Não é, portanto, uma mudança de direcionamento que ocorre no parágrafo 17, mas houve apenas a preparação para a inserção do objeto na discussão, 15

17 utilizando idéias já devidamente sedimentadas (idealmente, porque esse iniciante precisou de bem mais tempo do que essas linhas permitem inferir para se convencer dos conceitos envolvidos). 3 O excerto B 137 como leitura: O conjunto de conceitos existentes no excerto B 137 está grifado abaixo: Entendimento é, falando em geral, a faculdade dos conhecimentos. Estes consistem na relação particular de representações dadas a um objeto. Mas o objeto é aquilo, em cujo conceito o múltiplo de uma intuição dada está unificado. Entretanto, então, toda a unificação das representações implica a unidade da consciência na síntese dessas representações. Consequentemente, a unidade da consciência é aquilo que, sozinha, estabelece a relação das representações sobre um objeto, em conjunto com a sua validade objetiva, por conseguinte (estabelece) que se tornem conhecimentos, e sobre o que consequentemente repousa a própria possibilidade do entendimento. Os conceitos estão grifados em vermelho, e o conceito de entendimento, com o qual começa e finda o parágrafo, está ainda destacado em amarelo. A figura 3 mostra o esquema de dependências sucessivas apontadas por Kant envolvendo esses conceitos, unindo-as todas finalmente sob a designação de unidade da consciência. É possível acompanhar a série de concatenações, a menos do elemento estranho (colocado como um quadrilátero em 16

18 um conjunto de círculos), que é a validade objetiva. Se se trata de algo que é acrescido à síntese das representações, há a necessidade de uma definição. Se, entretanto, é algo que descreve a própria síntese das representações, passa a ser definida por ela (um sinônimo, por assim dizer). Este iniciante interpreta o parágrafo considerando válida a segunda opção, de forma que não há a necessidade da busca de uma definição para a validade objetiva, por estar inserida (definida) no parágrafo. Em sendo assim, a interrogação da figura 3 não representa um problema. Apenas foi colocada ali para mostrar que tal termo foi motivo de atenção e questionamento. O fato é que as concatenações do raciocínio confluem para o objeto, tornando-se ele importante na discussão acerca do entendimento. O excerto B 137 estabelece, por conseguinte, o segundo passo na sequência que gera as figuras 1, 2 e 3. O estabelecimento de uma autoconsciência, seguido do estabelecimento de uma unidade de consciência, a primeira possuindo em seu interior o ato de apercepção e a segunda possuindo em seu interior o objeto, parece conduzir a uma consubstanciação da proposta de conexão entre a apercepção e o objeto, ou, se se utilizar os outros termos apontados na unidade de consciência, a conexão entre a apercepção e a representação do objeto. (Permito-me o uso do termo conexão na forma usual de tratamento, não pretendendo qualquer identificação com termos eventualmente utilizados pelo próprio Kant. Novamente, trata-se de uma explicação em construção por um iniciante). 17

19 Figura 3: Confluência da argumentação de Kant acerca do conhecimento no objeto, exprimindo a relação de representações e o múltiplo da intuição concentradas no objeto como a unidade da consciência, que possibilita o entendimento, fechando com isso o círculo de seu argumento. 18

20 O entendimento, portanto, na visão de Kant, depende (seguindo a teia de conexões das figuras 1, 2 e 3), do objeto. É uma transposição simples, em termos semânticos, que, entretanto, necessita saber o que vem a ser o objeto. No próprio excerto B 137 ele aparece na região de convergência da relação particular de representações e da multiplicidade da intuição unida. Ou seja, os termos particular e unida, ou unificação, caracterizam a concentração no objeto (o objeto), que se individualiza (particular, unido). A este iniciante, esta individualização através da convergência de argumentos unificadores cria uma necessidade de não enxergar o objeto como tal, mas sempre a partir dessas condições de sua própria existência. No discurso do conhecimento, essas condições de existência (ou o reconhecimento constante dessas condições de existência) induzem a se interpretar que elas estabelecem a possibilidade do conhecimento, expressa na retroalimentação da figura 3. Em uma extrapolação talvez ainda não suficientemente embasada (considerando a leitura apenas desse excerto e de seu entorno), o objeto é o resultado de uma operação mental (expresso de forma simples, congregando todo o conjunto de termos e conceitos já expressos nas figuras aqui apresentadas), a qual estabelece o conhecimento. Dito dessa forma, o discurso parece primário ou óbvio, mas note-se que a operação mental é constante (um ato perene), estando sempre presente para estabelecer a possibilidade de conhecimento (o que, de forma intuitiva, é um estado permanente da razão, ou do ser que a possui). 19

21 No contexto dessa constância, dessa condição de imutabilidade das condições que se estabelecem para o conhecimento, justifica-se o estabelecimento de uma estrutura que permita entender como o próprio conhecimento se estabelece. E, nesse caso, voltamos ao conjunto de conceitos elaborados por Kant. O entendimento é algo que é possível a partir do objeto, mas desse objeto que é uma região de convergência de relações, de múltiplos, seguindo operações de síntese e de unificação. Esse objeto, então, é uma aparição no contexto da própria unidade da consciência. Sem tentar buscar novas vertentes, mas buscando apoio em leituras paralelas efetuadas no contexto do curso de Filosofia, seria um objeto lógico, que lembra um pouco um objeto do mundo com o qual Wittgenstein se envolve em seu Tratactus. Dessa maneira, o conhecimento se estabelece na sequência de um ato de apercepção, um ato do eu penso, que se relaciona logicamente ao objeto. Se esta é uma forma possível de interpretação de Kant, apenas a leitura do texto em seu todo poderá dizer. O excerto B 137, por envolver uma grande gama de conceitos encadeados, permite muitas inferências, não necessariamente plausíveis no contexto global da obra. Exprimindo talvez de uma forma um pouco menos objetiva em relação ao objeto, pode-se talvez dizer que a experiência do objeto (em lugar do termo aparição usado no parágrafo precedente) é construída de forma complexa, ou, em outras palavras, a razão ela própria constrói a experiência do objeto a partir de um múltiplo 20

22 (intuições, representações), procedimento que, visto dessa forma, possibilita o conhecimento, ou o entendimento. 4 O parágrafo 17 no entorno posterior ao excerto B 137: O parágrafo 17 constitui-se, de fato, de vários parágrafos em um texto longo. No processo de litura deste parágrafo, ao se buscar uma compreensão maior do excerto B 137, a leitura do texto posterior conduz à descrição do conhecimento da linha. Nesse exemplo, Kant diz que para conhecer a linha precisa antes traçá-la. Essa ação estaria efetuando ou permitindo efetuar uma ligação sintética entre o múltiplo dado (?), sendo a unidade desta ação ao mesmo tempo a unidade da consciência e aquilo que permite reconhecer o objeto. Esta sequência de idéias fez-me voltar a uma questão colocada em sala de aula, quando este iniciante buscou estabelecer uma relação entre conhecimento e ação, entre perceber e ser percebido. Em sala de aula o relator mencionou que, ao sair da sala, estaria caminhando sobre um passeio construído segundo o conhecimento de terceiros e iria entrar em seu carro, produzido por conhecimentos de terceiros. Suas ações o poriam em marcha e estaria interagindo com o ambiente do carro, conduzindo este ambiente sobre um ambiente maior, agindo e reagindo, fazendo com que algo aconteça e evitando outros acontecimentos. Ou seja, o conhecimento, a apercepção, estariam dependentes das ações. Em adição, comentou este 21

23 relator que a observação (termo aqui usado para resumir o conjunto de conceitos de aparição, percepção, intuição, representação, unificação, etc.) não produz o conhecimento por si só, mas atos criativos que permitem, a partir da observação, generalizar e, a partir da generalização, prever ou reagir. Essa participação da razão na geração do ambiente observável foi designado brevemente de situação ativa da razão, sugerindo que Kant (e eventualmente outros) se fixavam unicamente na situação passiva da razão. Os comentários em sala de aula levaram ao posicionamento de que nossas ações seriam, para Kant, fenômenos. Na sequência, não seria isto que se colocaria na discussão do conjunto de parágrafos iniciais da Dedução Transcendental dos Conceitos Puros do Entendimento. Entretanto, Kant usa o fato de que uma linha deve antes ser traçada, para então ser reconhecida. Ou seja, há a ação mencionada em sala. Sem haver uma preocupação mais primal que esboce o conhecimento como algo também fundamentado na ação, na participação da razão na geração do ambiente observável, sendo esse ambiente aquilo que o uso comum designa de realidade, o exemplo de Kant gera um desconforto imediato: traçar uma linha para ser reconhecida exigiria conhece-la antes, sem a experiência (portanto sinteticamente, o que estaria de acordo com Kant), mas que sabemos ser impossível (pais sabem que não se consegue fazer um bebê traçar uma linha antes da idade propícia, na qual ele já interagiu com o meio, aprendeu com ele, e pode partir então para a ação, 22

24 finalmente reproduzindo e gerando coisas nesse meio). Se para reconhecer a linha é preciso uma ação anterior de produção dessa linha pelo eu que pensa, ou concomitante, há algum nó conceitual que necessita uma leitura mais abrangente do texto original, ou uma explicação à parte do mesmo texto. Isto pode ser levado mais adiante, por exemplo considerando que o eu também deva ser tratado como objeto. Nesse caso, a definição do que seria o eu é necessária, uma vez que ele próprio passa a ser uma relação particular de representações (em si próprio? nesse caso o eu antecede ou segue o eu?) e o conceito no qual o múltiplo de uma intuição dada está unificado. Para abreviar essa digressão, pode-se talvez dizer que o objeto como resultado das operações mentais (novamente, é uma abreviação do conjunto de termos utilizados por Kant) coloca o eu como resultado de operações de si próprio, se ele for um eu penso, ou seja, uma razão. Nesse caso, o volume de informações que tratam desse possível nó conceitual não está contido (segundo a interpretação deste leitor, neste momento) no excerto B 137. Momentaneamente, pode-se ter a impressão de que o eu seja impossível, ou de que seja eterno, ou outras conclusões que levem a extremos. Assim sendo, considerando os limites propostos para este texto, o presente conjunto de pensamentos finda neste parágrafo. Entretanto, as interessantíssimas questões que despontam da leitura de Kant suscitam a continuidade dos estudos e a busca de interpretações mais completas de 23

25 suas idéias. Mesmo no tocante à busca de estratégias didáticas, esse tipo de texto (Crítica da Razão Pura) deve ser lido buscando a sequência das definições apresentadas pelo autor. Isso não implica que o leitor se convencerá dos argumentos, mas terá segurança acerca dos conceitos envolvidos. 5 Notas finais: O que se apresenta neste texto é uma tentativa de absorção de alguma estratégia didática a partir de um excerto de uma obra maior e complexa. Observou-se que textos que inserem uma grande gama de definições, pontos de vista, procedimentos, os quais são posteriormente utilizados como conhecidos, necessitam de uma leitura completa. Assim, em termos de estratégia didática, se se busca em algum campo do conhecimento fornecer idéias completas, ou seja, o desenvolvimento completo de uma interpretação física ou de um equacionamento fundamentado em princípios apresentados de forma original, convém colocar o texto com um encadeamento forte, de maneira que uma visita intermediária (leitura esporádica de alguma parte) mostre a necessidade de busca das informações anteriormente definidas. O texto de Kant escolhido para essa visita intermediária, ou seja, o excerto B 137 do parágrafo 17, aponta claramente para a necessidade de uma leitura mais 24

26 abrangente, de modo que aquele que busca a mensagem expressa no texto de fato possa apreender as principais idéias do autor (não se trata de concordar com elas, mas de apreendê-las). Os comentários feitos mostram essa necessidade. A manutenção desse estudo no contexto do projeto, então, visa mostrar esse tipo de texto. 6 Bibliografia consultada: Kant, I. (1787), Kritik der reinen Vernunft, Zweite, hin und wieder verbesserte Auflage, Bonn, Korpora (2012) Kant, I. (1978), The Critique of Pure Reason, 22 a impressão, Encyclopaedia Britannica. Kant, I. (2009), Crítica da Razão Pura, Tradução do Francês (1971) Critique de la raison pure, Editora Martin Claret Ltda., São Paulo, S.P. Kant, I. (1996), Crítica da Razão Pura, Tradução do alemão (1930, 1956, 1968) Kritik der reinen Vernunft, Série: Os Pensadores, Editora Nova Cultural Ltda., São Paulo, S.P. Kant, I. (2001), Crítica da Razão Pura, 5ª Edição, Tradução do alemão, Kritik der reinen Vernunft, Fundação Calouste Gulbenkian., Lisboa, Portugal. 25

27 Imagem da capa: O retrato de Kant foi trabalhado de forma a se reconhecer o filósofo, mas sabendo não se tratar do retrato original. Esse procedimento foi seguido porque o presente iniciante fixou-se em um aspecto do texto, que é de Kant, mas buscando um objetivo próprio, e não aquele de Kant. Ou seja, o objetivo não é o objetivo original de Kant. 26

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