AVALIAÇÃO Exame. Componente Curricular: Redação Ano: Turma: 17A Professor (a): Josiane Brandt Competências:
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1 AVALIAÇÃO Exame Data: / /2017. Componente Curricular: Redação Ano: Turma: 17A Professor (a): Josiane Brandt Competências: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa. Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando contextos mediante a natureza, função e organização, estrutura de manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção. Aluno (a): Habilidades: - Reconhecer as funções dos tipos de textos; - Ler e interpretar um conto; - Reconhecer as características de um conto; - Compreender o contexto de uso da linguagem formal e informal; - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão; - Inferir uma informação implícita em um texto; - Localizar informações explícitas em um texto; - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. Nota do (a) Aluno (a): Valor máximo desta Avaliação: 10,0 pontos Observações: Para realização da prova o aluno demonstrará a construção das habilidades de compreensão, comparação e associação através das respostas às questões. Considerar-se-á também para a avaliação, a contextualização e a correção da expressão escrita, através das respostas. Não poderá haver rasuras nas questões. Deverá estar à caneta azul ou preta. Boa Avaliação! Leia o texto abaixo para responder à questão 1. Tava com um cara que carimba postais Que por descuido abriu uma carta que voltou Levou um susto que lhe abriu a boca Esse recado veio pra mim, não pro senhor. Recebo crack, colante, dinheiro parco embrulhado Em papel carbono e barbante, até cabelo cortado Retrato de 3 x 4 pra batizado distante Mas isso aqui meu senhor, é uma carta de amor Levo o mundo e não vou lá Mas esse cara tem a língua solta A minha carta ele musicou Tava em casa, a vitamina pronta Ouvi no rádio a minha carta de amor Pontuação da prova: 5,0 Questões (0,25 cada) 5,0 Redação E.C.T. Dizendo eu caso contente, papel passado, presente Desembrulhado, vestido, eu volto logo me espera Não brigue nunca comigo, eu quero ver nossos filhos O professor me ensinou a fazer uma carta de amor Leve o mundo que eu vou já... Cássia Eller Questão 1 - No verso Tava com um cara que carimba postais o termo destacado apresenta linguagem: a) coloquial. b) formal. c) jornalística.
2 d) literária. Faça a leitura da canção para responder as questões de 2 a 6. Vaca Estrela e Boi Fubá Fagner e Luiz Gonzaga Seu doutor me dê licença pra minha história contar. Hoje eu tô na terra estranha, é bem triste o meu penar Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar Eu tinha cavalo bom e gostava de campear. E todo dia aboiava na porteira do curral. Eu sou filho do Nordeste, não nego meu natura/mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar, Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá Quando era de tardezinha eu começava a aboiar Aquela seca medonha fez tudo se atrapalhar, / Não nasceu capim no campo para o gado sustentar O sertão esturricou, fez os açude secar Morreu minha Vaca Estrela, já acabou meu Boi Fubá/Perdi tudo quanto tinha, nunca mais pude aboiar Hoje nas terra do sul, longe do torrão natá Quando eu vejo em minha frente uma boiada passar, As água corre dos olho, começo logo a chorá Lembro a minha Vaca Estrela e o meu lindo Boi Fubá Com saudade do Nordeste, dá vontade de aboiar Questão 2 - Leia o verso: Seu doutor me dê licença pra minha história contar... Quem conta uma história para Seu doutor? Questão 3 - Observe os seguintes versos: Hoje eu tô na terra estranha, é bem triste o meu penar/mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar... Qual é essa terra estranha que o eu lírico diz estar vivendo? E
3 qual provavelmente é esse lugar em que ele foi feliz? Faça a descrição analisando elementos contidos na letra da música? Questão 4 - O que aconteceu com a Vaca Estrela, com o Boi Fubá e com o nordestino após a seca medonha? Questão 5 - Esse poema do Patativa do Assaré foi musicalizado em 1965 por Luiz Gonzaga e o mesmo retrata a vida sofrida dos retirantes do nordeste brasileiro que saem do seu local de origem devido a seca e migram para as cidades grandes em busca de melhoria de vida. Essa realidade mudou nos dias atuais? Comente. Questão 6 - Faça a correção das palavras escritas na linguagem informal para a linguagem formal. Questão 7 Leia os textos e responda. (Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) (Texto 2) O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)
4 a) O que é um texto literário? b) O que é um texto não literário? c) Classifique os textos 1 e 2 em LITERÁRIO e NÃO LITERÁRIO. Questão 8 Leia os textos abaixo e decida entre Descritivo, Narrativo e Dissertativo. Leia e responda. A Menina dos Fósforos Fazia um frio terrível, nevava e começava a escurecer. Era a última noite do ano, a noite de anobom. No frio e na escuridão, andava, pela rua, uma garotinha pobre, descalça, de cabeça descoberta. Ao sair de casa tinha chinelos nos pés. Mas os chinelos eram grandes demais, sua mãe os havia usado antes, e, de tão grandes que eram, a menina os perdera ao atravessar a rua correndo, no momento em que dois
5 carros passavam a toda velocidade. Não conseguira encontrar um dos chinelos, e o outro, um rapaz levara, dizendo que o usaria como berço quando tivesse filhos. Lá ia, pois, a menina, com os pezinhos nus, arroxeados de frio. Trazia num velho avental certa porção de fósforos e segurava um pacotinho deles na mão. O dia inteirinho ninguém lhe comprara um só palito de fósforo, ninguém lhe dera um níquel. Sofrendo frio e fome, a pobrezinha, andando pela rua, parecia apavorada. Os flocos de neve caíam-lhe sobre os longos cabelos louros, que formavam graciosos cachos em torno da nuca mas a menina estava longe de pensar em cabelos bonitos. Todas as janelas estavam iluminadas, e chegava até a rua um aroma delicioso de ganso assado, pois era a noite de ano-novo. Nisso, sim, ela pensava. Por fim ela encolheu-se num canto, entre duas casas: uma delas avançava mais sobre a rua que a outra. Sentou-se, encolheu as perninhas, mas continuava a sentir frio. Não tendo vendido um único fósforo, não possuindo um único níquel, não ousava ir para casa, onde o pai bateria nela. Além disso, também fazia frio na casa onde moravam uma casa sem forro, com o telhado cheio de fendas, por onde o vento sibilava, apesar de haverem tapado muitas delas com palha e trapos. Suas mãozinhas estavam enregeladas. Um pequenino fósforo lhes faria bem. Pudesse ela, com os dedos duros, puxar um fósforo do pacotinho, riscá-lo contra a parede e aquecer os dedos! Conseguiu-o, afinal; tirou um e riscou-o. Como o fósforo ardeu e crepitou! A chama clara e quente parecia uma velinha, quando a envolveu com a mão. Era uma luz estranha. A garotinha imaginou estar sentada em frente a uma grande lareira de ferro, com adornos e um tambor de latão polido. O fogo crepitava alegremente, e aquecia tanto... Que beleza! A pequena já ia estendendo os pés, para aquecê-los também... quando a chama se apagou e a lareira desapareceu. Ela estava sentada na rua, com um pedacinho de fósforo na mão. Riscou novo fósforo, que ardeu, claro, brilhante. Onde o clarão incidiu, a parede tornou-se transparente como um véu. Ela viu então o interior de uma casa, onde estava posta uma mesa, com toalha muito alva e fina porcelana. O ganso assado fumegava, recheado de ameixas e maçãs, e, o que foi ainda mais extraordinário, de repente o ganso pulou da travessa e saiu cambaleando pela sala, com o garfo e a faca espetados nas costas. Veio vindo assim até ao pé da menina pobre. Aí o fósforo se apagou, e só se via a parede, grossa e fria. Ela acendeu outro fósforo. Viu-se sentada sob os ramos da mais linda árvore de Natal. Era ainda maior e mais enfeitada que a árvore que ela vira através da porta envidraçada, na sala do rico negociante, no Natal passado. Milhares de velas ardiam nos ramos verdes, e figuras coloridas, como as que adornam as vitrinas das lojas, a fitavam. A pequena estendeu as mãos para o alto mas nisto o fósforo se apagou. As velas de Natal foram subindo, cada vez mais, e ela viu que eram estrelas cintilantes. Uma delas caiu, traçando um longo risco de fogo no céu. Deve ter morrido alguém disse a pequena. A velha avó, única pessoa que lhe quisera bem, mas que já estava morta, costumava dizer: Quando uma estrela cai, sobe aos céus uma alma. A menina tornou a riscar um fósforo contra a parede. No clarão produzido em volta, ela viu, radiante e iluminada, a velha avó, meiga e bondosa. Vovó! Gritou a pequena. Leva-me contigo! Sei que não mais estarás aí quando o fósforo se apagar. Desaparecerás, como a boa lareira, o delicioso ganso assado e a grande, linda árvore de Natal! Riscou às pressas o resto dos fósforos que havia no pacotinho, para ter a avó ali a seu lado e retêla. O clarão dos fósforos tornou-se mais intenso que a luz do dia. Nunca a avó fora tão grande e bela. Ergueu a menina nos braços e as duas voaram, felizes, para as alturas, onde não havia frio nem fome, nem apreensões, voaram para junto de Deus. Quando raiou a manhã, muito fria, encontraram, ali no cantinho, entre as duas casas, a menina com as faces coradas e um sorriso a brincar lhe nos lábios. Morrera de frio na última noite do ano velho. A aurora do ano-novo brilhava sobre o pequenino cadáver, que jazia com os fósforos nas mãos. Um maço inteiro estava queimado. Ela quis aquecer-se disseram. Ninguém sabia que maravilhas ela vira, nem imaginava o esplendor que a cercara, com a velha avó, nas alegrias do ano-novo. Contos de Andersen. Trad. Guttorm Hanssen. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Questão 9 - Quem é a personagem principal do texto? Descreva: Questão 10 - Como estava o clima na rua onde a menina trabalhava? Questão 11 - Como eram as vestes da menina?
6 Questão 12 - Faça a descrição física da menina. Questão 13 - Explique porque a menina parecia apavorada? Questão 14 - Por que a menina não quis voltar para casa? Questão 15 - Faça a descrição da moradia da menina. Questão 16 - Sentindo muito e frio a menina começa a riscar os fósforos na tentativa de se aquecer. Descreva o acontece a partir desse momento com ela? Questão 17 - Qual foi o desfecho da história. Questão 18 - Você acha que essa história só acontece nos livros ou pode acontecer na vida real? Comente. Questão 19 - Transcreva do texto 10 substantivos e 10 verbos no pretérito. Questão 20 - No trecho Milhares de velas ardiam nos ramos verdes, e figuras coloridas, como as que adornam as vitrinas das lojas, a fitavam a quem refere-se a palavra em destaque? PROPOSTA DE REDAÇÃO O conto é um gênero do discurso narrativo. Sua configuração material é pouco extensa. Essa característica de síntese exige um número reduzido de personagens, esquema temporal e espacial econômicos e um número limitado de ações. O narrador constrói o ponto de vista a partir do qual a historia será contada. O enredo estabelece um único conflito. No desenvolvimento do texto, o conflito poderá ou não ser solucionado. Com base na estrutura do gênero conto, mencionada acima, escreva uma continuação para o seguinte conto de Érico Veríssimo: O NAVIO DAS SOMBRAS É noite escura e o cais está deserto. Ivo ergue a gola de seu casaco. Sente muito frio, e o silêncio enorme e hostil enche-o de um vago medo. Vai viajar. Mas é estranho Os minutos passam. Ivo olha. Sim, agora vê com mais clareza a silhueta do grande barco. A grande Viagem! O seu sonho vai se realizar. Ficarão para trás todas as suas angústias. É uma libertação. Devia estar alegre, sacudir os braços, correr, gritar. Mas uma opressão estranha o paralisa. Que é isto? Onde
7 estão os outros passageiros? Onde se meteu a tripulação? É inquietante este silêncio noturno. E pavorosa esta sombra glacial que envolve tudo. Ivo quer lançar ao ar uma palavra. Pronuncia bem alto seu próprio nome. O som morre sem eco. O silêncio persiste. Então ele começa a sentir um mal-estar que nem a si mesmo consegue explicar. LEGENDA DE CORREÇÃO: 0,5 Criatividade e imaginação: 1,0 Erros ortográficos (+ de 3): 1,0 Coerência: 1,0 Coesão (conjunções, preposições, artigos adequados.): 1,0 Escrita de acordo com o gênero proposto (CONTO): 0,5 Outros (rasura, legibilidade, parágrafos): TOTAL:
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