POEMAS AVULSOS. Gonzaga Filho Página 1

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3 Gonzaga Filho POEMAS AVULSOS Primeira Edição Guamaré RN 2016 Gonzaga Filho Página 3

4 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Gonzaga Filho Poemas Avulsos / Gonzaga Filho. - São Paulo : PerSe, ISBN Poesia brasileira I. Título CDD Índices para catálogo sistemático: 1. Poesia : Literatura brasileira Gonzaga Filho Página 4

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7 Viver uma vida onde o sonho e realidade se confundem, é penetrar em um mundo abstrato, onde a policromia é dominante... Gonzaga Filho Página 7

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9 NOTA DO AUTOR Em uma noite de lua cheia, o poeta sentiu que o seu coração estava dilacerado, que o coração que ele amava havia se desprendido do seu. E sob lágrimas ele escreveu seus POEMAS AVULSOS e os jogou ao vento para que eles pudessem encontrar o colo da mulher amada. O vento que antes era apenas uma brisa amena e fria transformou-se em um ciclone e fez com que todos aqueles poemas fossem espalhados e encontrassem muitos corações que como o dele sangrava pela dor da perda do amor. E de forma incansável, o poeta continua a sua saga fazendo versos para a mulher amada e tentando amenizar a dor que tanto arde em seu peito. Que viva a poesia... Que viva os poemas avulsos... Que viva os poetas apaixonados... E que para sempre viva o amor. Gonzaga Filho Gonzaga Filho Página 9

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11 SOU SOMENTE O QUE SOU Não. Não desejo ser algo que os outros desejam que eu seja... Não. Não posso ser infeliz, para poder fazer a felicidade de outras pessoas... Não. Não posso ficar triste. Não posso chorar, enquanto todos sorriem... Não. Não posso e nem devo procurar a minha felicidade em outra pessoa, pois ela está presa dentro do meu ser mais profundo... Eu amo a liberdade... Eu amo cerveja gelada... Eu amo a noite... Sou um notívago... Amo arte, poesia e cultura popular... Amo a vida, amo viver... Amo a boa música... Amo o mar e o barulho das ondas... Amo o meu Rio Aratuá... Não serei o que pretendem que eu seja. Sou apenas o que sou... Meu nome é Arte... Sou a tela e o Pincel... Sou o Ômega e o Alfa... Sou o Lápis e o Papel... Eu sou água, fogo, terra e ar... Eu sou um pássaro a voar... Eu sou da vida o amor... Eu sou tristeza, alegria e solidão... Eu sou tudo, sou nada, Sou apenas ilusão... Gonzaga Filho Página 11

12 NA CAMPA FRIA JAZ O AMOR São tantas as vidas Dentro da minha vida Que minha própria vida Já não tem mais vida E como uma alma desvalida Vivo de forma desmedida Tendo no peito uma ferida Causada por uma alma querida Querida em meu coração Que em vida me colocou no chão Sofrendo como um pobre cão A dor de uma grande paixão É uma vida de tormento Já não tenho mais sentimento Minha vida é sofrimento Sou um velho cão sarnento Já sofro pela minha idade Vivo a vagar pela cidade É grande a minha ansiedade Em busca da sonhada felicidade Tenho no peito o temor Vivo um intenso pavor Já não sinto mais a dor Pois na campa fria jaz o amor Gonzaga Filho Página 12

13 SEU NOME É VIDA Em um lindo cenário Uma bela obra de Jesus Era como o brilho do relicário O pôr do sol em Salina da Cruz Ouvindo o canto de um canário Toda essa cena me seduz Com seus cabelos encaracolados E o seu sorriso tão bonito Meus desejos incontrolados De amar o que antes era um mito Fez-me ficar paralisado E ao lindo anjo eu felicito Era assim um belo anjo Que surgiu em meu caminhar Com sua pose de arcanjo Fez meu coração se alegrar Hoje alegria até esbanjo Ao saber que sou capaz de amar No crepúsculo estonteante Da minha querida Guamaré Foi de forma radiante Que surgiu o amor Um anjo em forma de mulher De uma beleza pura e brilhante Fez-me retomar a minha fé Gonzaga Filho Página 13

14 Quanto tempo não pulsava o meu coração De uma forma tão vibrante Pondo fim a minha solidão Mesmo tendo-a tão distante Faz me lembrar da velha canção Amiga, amada, amante Anjo meigo de grande esplendor Pôs na minha vida a claridade Não sinto medo e nem temor Sinto que és a minha felicidade Como desejo o teu amor Te amar é minha maior ansiedade Juntos continuaremos a caminhar Continuaremos com a nossa lida Ficarei ao teu lado a sonhar Com você minha querida Sei que para sempre irei adorar Meu belo anjo A quem eu chamo de Vida Gonzaga Filho Página 14

15 UM ARCO ÍRIS COR DE CHUMBO O arco íris perdeu a cor Tudo de repente ficou triste Não sei se por falta de amor Algo que ninguém resiste Hoje somente existe uma dor A antiga paixão já não existe Nuvens plúmbeas decoram o firmamento Sobre o horizonte da paixão Em seus olhos vejo o sofrimento Que dói forte em meu coração Tento por tudo acabar com o tormento Que transforma em dor a sua paixão Precisas para a vida ressurgir Viver o hoje e a realidade Aprender voltar a sorrir Esquecer essa fatalidade Faça o seu jardim florir Não viva uma vida de dualidade O sol que nos aquecia sumiu O azul do céu desapareceu O castelo que construímos ruiu Eu não sei o que aconteceu Se aquela vida que para nós sorriu Agora de forma estranha entristeceu Gonzaga Filho Página 15