FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO CURSO DE DIREITO CLAYTON DE SOUZA PINTO

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1 FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO CURSO DE DIREITO CLAYTON DE SOUZA PINTO DO CONTRATO DE DOAÇÃO E AS NULIDADES EM DOAÇÕES FEITAS PARA INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS Porto Velho - RO 2014

2 CLAYTON DE SOUZA PINTO DO CONTRATO DE DOAÇÃO E AS NULIDADES EM DOAÇÕES FEITAS PARA INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade Interamericana de Porto Velho, como requisito avaliativo para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientadora: Professora Especialista Carina Gassen Martins Clemes. Porto Velho - RO 2014

3 CLAYTON DE SOUZA PINTO DO CONTRATO DE DOAÇÃO E AS NULIDADES EM DOAÇÕES FEITAS PARA INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade Interamericana de Porto Velho, como requisito avaliativo para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientadora: Professora Especialista Carina Gassen Martins Clemes. Porto Velho, de de Banca Examinadora Profª. Especialista Carina Clemes. Orientadora Prof. Convidado 1 Prof. Convidado 2

4 AGRADECIMENTO Para alcançar grandes objetivos precisamos de muita dedicação, sabedoria e orientação. Partindo desse princípio quero agradecer a Deus que sempre me conduziu pelos melhores caminhos, fazendo com que chegasse aonde cheguei, não distante estendo meus sinceros agradecimentos a Professora Especialista Carina Clemes, que com sua sapiência e dedicação me orientou durante toda esta jornada, e na oportunidade consigno a lídima consideração que tenho pela minha esposa Fabíola Costa Vasconcelos que sempre procurou entender e me apoiar nos momentos mais turbulentos da minha vida.

5 RESUMO O presente trabalho é um estudo direcionado para o contrato de doação, com ênfase nas causas que geram nulidades. Analisamos sua evolução histórica, conceito, características, modalidades, requisitos, causas de nulidades nos negócios jurídicos, limitações para doações, os vícios formais e sociais e as nulidades nas doações feitas para as instituições religiosas. Nesta pesquisa científica empregamos o método dedutivo. Para fundamentação deste trabalho utilizamos de consultas bibliográficas, legislações e jurisprudenciais. Por fim concluímos que apesar das igrejas realizarem um papel social, fazendo às vezes do estado, existe líderes religiosos que extrapolam os limites e cometem atos que lesam seus fiéis, causando dano patrimonial e moral. Palavras chaves: Contrato; Nulidades; Doações; Igreja.

6 ABSTRACT The present work is a study directed to the donation agreement, with emphasis on the causes that generate nullities. Analyze its historical evolution, concept, characteristics, methods, requirements, causes of nullity in legal transactions, limitations on donations, and formal social vices and nothings in donations to religious institutions. These scientific researches employ the deductive method. Rationale for use of this work of literature, legislation and case consultations. Finally we conclude that despite the churches perform a social role, sometimes making the state, there are leaders who go beyond the limits and commit acts that harm their faithful, causing property and moral damage. Key words: Contract; nullities; Donations; Church.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DO CONTRATO DE DOAÇÃO DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SUA NATUREZA JURÍDICA E CONCEITO DAS CARACTERÍSTICAS DA DOAÇÃO DA DOAÇÃO E SUAS MODALIDADES Doação Pura e Simples Doação Onerosa Doação Remuneratória Doação Condicional Doação a Termo Doação Conjuntiva DOS REQUISITOS DA DOAÇÃO Dos requisitos subjetivos Dos requisitos objetivos Dos requisitos formais CAUSAS DE NULIDADES NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS GENERALIDADES DAS DOAÇÕES E SUAS CONSEQUENCIA DAS VEDAÇÕES NO CONTRATO DE DOAÇÃO DA INCAPACIDADE DO DOADOR DA DOAÇÃO ENTRE CÔNJUGES DA DOAÇÃO DO CÔNJUGE ADÚLTERO PARA DE SEU CÚMPLICE DA DOAÇÃO DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE DA DOAÇÃO UNIVERSAL DA DOAÇÃO INOFICIOSA DA DOAÇÃO DE BENS ALHEIOS E DE BENS FUTUROS... 37

8 4.9 DA ACEITAÇÃO DA INOBSERVÂNCIA NA FORMA PRESCRITA EM LEI DOS VÍCIOS NOS CONTRATOS DE DOAÇÃO VÍCIOS DE CONSENTIMENTO DOS VÍCIOS SOCIAIS DA DOAÇÃO PARA INTITUIÇÃO RELIGIOSA DAS NULIDADES DO REMÉDIO JURÍDICO: AÇÃO DE ANULAÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 56

9 8 1 INTRODUÇÃO Esta pesquisa se dirige para o estudo dos contratos de doação, com foco nas nulidades das oferendas feitas para instituição religiosa, observando a forma legal, doutrinária e decisões dos tribunais. Analisaremos de forma minuciosa as doações feitas por motivação religiosa, onde não se leva em consideração a vontade própria, e sim o impulso da fé e a coação moral. A doação é um negócio jurídico de grande relevo e quando realizado sem a vontade do doador e nula de pleno direito. O objetivo é analisar a forma lesiva utilizada para auferir doações dentro das instituições religiosas, é demonstrar as formas ilegais que são utilizadas para obter benefícios, mediantes promessas e argumentações abstratas, oferecendo o improvável e garantindo o desconhecido. Frisar principalmente as doações feitas durante algumas cerimônias, onde se prega promessas imateriais, que encontram escopo somente na fé, a qual ao analisar sobre um olhar mais critico, pode-se concluir que em muitos atos tem-se como verdadeiro ideal dilapidar o patrimônio do seguidor. Para alcançar os escopos desta pesquisa, dividimos em seis seções. Na primeira tratamos do contrato de doação em geral, sua evolução histórica, conceito e natureza jurídica, características do contrato de doação e modalidades de doação, na segunda abordamos de forma genérica as nulidades dos negócios jurídicos, na terceira elencamos as doações e sua consequências, na quarta falamos dos vícios e na quinta trouxemos as doações para as instituições religiosas e concluímos com a ação de anulação, considerando como o remédio jurídico aplicável no caso de alegar a nulidade. Para atingir o objetivo do presente trabalho foi utilizado o método dedutivo, tendo em vista que foi construído sobre o pretexto do processamento lógico de doutrinadores do meio civilista, e pesquisas nos mais variados tribunais para dar embasamento a esta obra. Elencamos alguns casos que já foram julgado e reconhecido a coação moral e psicológica por parte de líderes religiosos, gerando dano moral e material ao fiel. A decisão foi pela condenação das instituições a reembolsar valores doados bem como realizar pagamentos a título de indenização moral.

10 9 Na constituição deste trabalho foram utilizadas consultas bibliográficas, jurisprudenciais e legais, onde trouxemos entendimentos doutrinários, texto de legislações pertinentes, como também julgados que provam as formas em que houve desconformidade com a legislação, ferindo direitos e causando danos, esses abrolhados por líderes de instituições religiosas que fomentam a idéia de que é dando que se recebe e impondo a coação moral. A Constituição Federal de 1988 dispõe, em seu artigo 5º, inciso VI, que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias. Como se observa, o constituinte prestigiou a plena separação entre Estado e Igreja, tornando o Brasil um Estado não confessional, de modo que se garante e se respeita a liberdade de consciência e a igualdade entre cidadãos em matéria religiosa. Essa laicidade do Estado brasileiro está reforçada na Carta Magna no artigo 19, inciso I que veda aos entes federativos estabelecer tratamento discriminatório entre as diversas igrejas ou criar embaraços ao seu funcionamento. Deste modo garantindo a inviolabilidade de consciência e de crença. Assim se reconhece a importância da Igreja no estado democrático de direito, afinal as mesmas fazem um grande e importante papel social, seja ele de forma preventiva, repressiva ou ressocializando membros da sociedade, e fazendo às vezes do estado. Não queremos afrontar as instituições religiosas, nem tampouco generalizálas, somente iremos mostrar casos já julgados com reconhecimento de nulidade nas doações. Concluímos que apesar da necessidade da religião no dia a dia da sociedade existem líderes religiosos abusando de seu poder de persuasão para dilapidar o patrimônio de seus seguidores, aproveitando geralmente da fragilidade emocional e espiritual da pessoa, gerando dessa forma a nulidade dos atos, conforme demonstrado.

11 10 2 DO CONTRATO DE DOAÇÃO 2.1 DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA O contrato de doação é filho do direito romano, ressaltando que no princípio não era reconhecido no negócio jurídico, igualmente inúmeras regras que galgam por um longo período até serem acatadas. O Código de Napoleão a exemplo do direito romano reconhecia o contrato de doação como um mero instrumento para aquisição de propriedade. A doação era aceita unicamente como um ato unilateral, e não se considerava como um contrato. Posteriormente o Código Alemão reconheceu o contrato de doação como uma forma de negócio jurídico, porém não transferia a propriedade, seguido até hoje pelo ordenamento jurídico brasileiro. A liberdade existente no contrato de doação é tão acentuada que já houve a tentativa e sustentação de alguns juristas em sua inaplicabilidade no conceito de contrato. Tendo como fundamento e argumentação que a parte beneficiária não despontava de vontade contraposta, entendendo assim ser simplesmente um ato de natureza unilateral. No entanto ganha o entendimento que assegura para a doação uma natureza contratual, entendimento este assegurado em todas as legislações contemporâneas. Vale ressaltar que na doação prevalece a intenção de beneficiar o donatário, o que se diferencia do contrato de compra e venda, onde as partes são animadas por interesses diferentes. Nesta modalidade o interesse do doador prevalece convergente com a vontade do donatário. No ordenamento civil brasileiro os contratos estão presentes no direito das obrigações, no direito de empresa, no direito das coisas, no direito de família e no direito das sucessões, é uma figura jurídica que supera o campo do direito civil, sendo de forma expressiva a quantidade de contratos de direito público celebrado. Para Maria Helena Diniz contrato é: Acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesse entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial p. 39.

12 11 Seguindo este entendimento podemos afirmar que na doação não pode ser diferente no tocante ao acordo de vontades, ou seja, na doação a vontade deve ser expressa de forma espontânea, e jamais sobre qualquer influencia. 2.2 DA SUA NATUREZA JURÍDICA E CONCEITO Contrato de doação é um ato típico ou nominado, não se discutindo se doação é um contrato ou não, devido à prevalência dos doutrinadores que considera com tal devido suas características impostas. Tendo como elemento da doação a transferência de bens ou vantagens do patrimônio de um para outro. O Código Civil de 2002, no caput de seu artigo 538 considera doação como: Art Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Podemos definir doação como um negócio jurídico, realizada entre duas partes, ativa e passiva, onde a primeira transfere seus bens para o patrimônio da segunda, animado pelo propósito de beneficência. A natureza jurídica é contratual e depende da vontade das partes, tendo como principais características a gratuidade, a unilateralidade, consensual e em geral solene. O legislador assegurou alguns requisitos para a aceitação das doações nos artigos 539 e 1.748, II, ambos do diploma civil brasileiro: Art O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. Art Compete também ao tutor, com autorização do juiz: II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos; As doações onerosas dependem de aceitação, pode por parte do donatário não haver interesse em receber certa doação, como bem define o artigo 539 do Código Civil, ora supracitado. Pode o doador fixar prazo para o donatário declarar a aceitação ou não. Tendo o donatário ciência do prazo e se mantendo inerte, entender-se-á como aceito, desde que a doação não esteja sujeita a encargos. A aceitação não se restringe somente ao donatário, compete também ao tutor, desde que com autorização do judiciário, conforme observado no dispositivo supracitado, permitindo neste mesmo modo as doações com encargos.

13 DAS CARACTERÍSTICAS DA DOAÇÃO A doação é em regra um contrato peculiarmente gratuito, pois traz benefícios apenas para uma das partes, caracterizada pela intenção de doar. No caso de estar presente uma contrapartida por parte do favorecido, tal não deve ser de molde a constituir contraprestação, a definição de unilateral vem do sentido de criar obrigação somente ao doador, mesmo o fato de ter encargos não desvirtue a unilateralidade. As principais características do contrato de doação é a forma unilateral, gratuita, consensual e formal. Unilateral, porque gera obrigação somente para o doador, apesar de depender da declaração de vontade das partes, porem somente uma assume obrigação perante o outro, sendo um lado ativo e do outro passivo. Para o entendimento predominante da doutrina até mesmo as doações com encargo (ao donatário), o contrato não deixa de ser unilateral devido entender que o donatário continua sendo o único beneficiário, desde que o encargo não se constitua em nenhuma contraprestação obrigacional da sua parte. Gratuita, quando só agrega valor ao patrimônio do donatário, sem que este se obrigue a retribuir em desfavor ao doador. Para tanto adverte Diniz que, embora possa parecer oneroso se o doador impuser um encargo ao donatário no ato de efetuar a generosidade, ficando claro que mesmo assim a liberalidade sobreviverá. (DINIZ, 2011, p. 253). Consensual, se da através da conjunção das vontades do doador e do donatário, em oposição aos contratos reais que implicam a entrega da coisa por uma das partes à outra. A doação se concretiza pela tradição do bem. Neste certame bem analisa Pablo Stolze Gagliano quando relembra: Vale lembrar, entretanto, que, em osso sistema, se o contrato versar sobre imóvel que suplante o teto de 30 salários mínimos, considera-s indispensável a lavratura do ato em escritura pública (ou seja, a solenidade da forma), sob pena de nulidade absoluta. p Para fundamentar a lição do doutrinador, transcrevemos o art. 108 do diploma Código Civil: Art. 108 Não dispondo a lei em contrario, a escritura pública e essencial à validade dos negócios jurídicos que visem a constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

14 13 Formal, por não basta somente o acordo de vontades, depende de escritura pública ou instrumento particular, como rege o art. 541 CC/2002, sendo exceção o parágrafo único do mesmo dispositivo, que prevê para doações de bens móveis com pequeno valor, a forma verbal como se observa a seguir: Art A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. Conforme observado no dispositivo transcrito observa que a concretização da doação não se dá com a realização do contrato e sim é necessário fazer uma escritura pública. A propriedade do bem se transmite pela tradição, se móvel, ou pela transcrição, se imóvel. O instrumento particular denominado contrato é apenas um titulo. É permitida a doação de forma verbal quando se tratar de doação de bens móveis e de pequeno valor, conforme previsto no parágrafo único do artigo supracitado, concretizado pela tradição. 2.4 DA DOAÇÃO E SUAS MODALIDADES O contrato de doação é uma modalidade entre pessoas não mortas, inter vivos, ou seja, devera ser celebrado somente entre pessoa vivas, não sendo utilizado para doação de patrimônio atrelado ao fim da vida. Neste sentido é vedada a doação causa mortis, cujo contrato só produziria efeito após a morte do doador. Para realizar um desejo de doação pós morte o legislador reservou como meio legal o testamento. As doações admitidas no direito brasileiro se dividem em pura ou simples, onerosa, remuneratória, condicional, a termo e conjuntiva Doação Pura e Simples Trata-se de uma doação feita por mera liberalidade, em que o doador não impõe restrição, encargo, termo, enfim sem modificação para a sua constituição, não impõe limitação presente ou futura ao donatário ao donatário, feita com total liberdade, sem ônus, nem subordina sua eficácia a uma condição. A doação não deixa de ser pura quando se apõem as cláusulas de inalienabilidade,

15 14 impenhorabilidade, e incomunicabilidade. Nada impede também que esses vínculos sejam cancelados pelo próprio doador, com acordo dos interessados. (Diniz 2011, p. 267), cita o exemplo, doação de um objeto a B porque é caridoso, um grande cientista, estudiosos etc., portanto, por escopo homenageá-lo pelos seus méritos no campo social, científico ou cultural Doação Onerosa É aquela doação a qual o doador faz imposições, incumbência em seu beneficio ou de terceiro ao donatário, este dever imposto pode também ser a favor da coletividade. Ex: O doador faz a doação de um terreno para a municipalidade construir uma casa de apoio, com a finalidade de abrigar pacientes de outros municípios que fazem tratamento em hospitais especializados da referida localidade. Geralmente o doador estipula um prazo para o donatário executar o encargo previsto na doação. Com a não previsão deste prazo é necessário para a revogação do ato, que o donatário seja constituído em mora por inadimplemento, exceto se o encargo é em beneficio próprio. Como observado o modo pode ser estabelecido em face do próprio doador, quando se transfere um bem ao donatário para que esse venha a solver uma obrigação do primeiro. Em beneficio de terceiro quando está atrelado a cumprir uma obrigação perante a um terceiro sujeito. Em prol de interesse geral se dá quando a doação é feita para atender a coletividade de forma pública. Nesta ultima, quando o doador vier a falecer dentro do prazo estipulado para a realização da modal, passa o Ministério Publico ter legitimidade para exigir a execução, conforme prevê o art. 553 do diploma Civil. A doação feita com reserva de usufruto não se qualifica como onerosa, pois se enquadra na modalidade de pura e simples, podendo mesmo antes ter sido onerosa, quando previa clausula ilícita ou impossível tornando assim nula a clausula porem mantendo a doação e transformando em pura e simples Doação Remuneratória Refere-se à doação feita em recompensa de serviços prestados ou alguma outra vantagem recebida, que nem sempre é feita por total liberalidade e sim por

16 15 uma necessidade moral, cujo pagamento não pode ser exigido pelo donatário. Ex: A doação de uma obra de arte a um médico que realizou um procedimento cirúrgico que o salvando a vida, e não cobrou nada. É um exemplo clássico de reconhecer um feito, e retribuir com algo valioso em forma de doação. As doações remuneratórias vão muito alem do exemplificado, pois se refere a uma forma de retribuir um apoio, que pode ser psicológico, religioso, empregatício dentre outros. Frisa que a contraprestação pelos serviços ou vantagens prestados ao doador não podem ser exigidos legalmente pelo donatário, uma vez que este não é credor daquele, ou seja, não se trata de uma obrigação com exigibilidade jurídica. Uma vez realizada uma doação remuneratória não se pode reaver o valor despendido e tampouco se pode revogá-la por ingratidão do donatário, conforme demonstra o artigo 564, I do Código Civil, in verbis: Art Não se revogam por ingratidão: I - as doações puramente remuneratórias; Como se pode observar o exposto no dispositivo legal, uma vez feita à doação, não é passiva de revogação, pois se entende que a ação do donatário já foi feita, trata-se de uma recompensa, portanto não tem um difere um pacto Doação Condicional Modalidade de doação que se reprime a uma condição, seja ela suspensiva ou resolutiva, e está atrelada a um evento futuro e incerto, dependente ao apetrecho de condição que se caracteriza pela ocorrência de tempo. O artigo 546 do diploma civil traz o exemplo de uma coação condicional: Art A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar. A doação feita em contemplação de casamento futuro fica condicionada ao ato, pois não tendo o mesmo não contempla a doação. Na condição suspensiva enquanto não for praticada, não haverá aquisição nem exercício de direitos pelo donatário. Este somente passará a ter direitos sobre o objeto da doação após a realização da condição. Durante o prazo que depende do evento futuro o contrato fica em estado de latência.

17 16 No caso da condição resolutiva, os efeitos do ato nascem de forma imediata, e morrem com o cumprimento da condição imposta, ao contrario da modalidade suspensiva, que se concretiza no momento da honra. Esta modalidade depende de um evento ou de uma circunstância incerta. No exemplo acima fica acondiciona ao a um evento futuro, seja este o casamento com determinada pessoa, cuja eficácia se submete a posterior a ocorrência das núpcias. Só poderá o donatário, tão somente, requerer ao juízo medidas acautelatórias para a preservação do objeto da doação, para assegurar seu direito futuro. O escopo desta medida seria uma forma de garantir a incolumidade do bem contra um receio de perda ou deterioração. Não sendo cumprida a condição os objetos do contrato retornam ao patrimônio do doador, voltam a integrar como antes do negócio jurídico. Gerando a liberalidade para o mesmo realizar novas doações inclusive em formas diferentes Doação a Termo Esta modalidade de doação é identificada quando existe a previsão de termo, que pode ser inicial ou final. O doador impõe limites por período de tempo, ou seja, faz uma doação por determinado período, vencendo o lapso temporal prevista na doação, termina os efeitos do ato, retornando ao doador. Para ilustrar e facilitar o entendimento vale trazer o seguinte exemplo: João faz a doação de uma casa para Pedro, estipulando um período de uso determinado, findando esse tempo extingue os direitos de Pedro, e João pode retomar o bem para fazer nova doação ou qualquer outro negócio jurídico Doação Conjuntiva Considera por doação conjuntiva, aquela feita para múltiplos beneficiários, não havendo cláusula estipulando alíquotas diferentes, a regra é que seja feita a repartição por igual quantia entre os favorecidos, salvo se houver declaração em contrário como reza o artigo 551 do Código Civil em vigência, in fine: Art Salvo declaração em contrario, a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuída entre elas por igual.

18 17 Conforme observado no dispositivo transcrito, se no contrato de doação não estiver estipulado cotas para cada donatário, procedera de forma igualitária atendendo o previsto na legislação. Garante (Diniz, 2011, p. 270), que se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo, não passando, portanto, aos herdeiros. Na observação feita pela douta doutrinadora supracitada e conforme parágrafo único do citado artigo, quando o objeto da doação ter como beneficiários cônjuges, no caso de morte de um, passará o outro a ter direito na totalidade da doação, sem prejuízos, ou seja, os herdeiros não serão sucessores neste caso. 2.5 DOS REQUISITOS DA DOAÇÃO A doação é um negócio jurídico que para sua validade é imperativo que se respeite alguns requisitos essenciais para que produzir efeitos junto ao ordenamento jurídico, bem como atender sua finalidade social. Para melhor entender cada um, estudaremos de forma sintetizada os requisitos subjetivos, os objetivos e os formais. O certame da doação tem como lógica a diminuição em um patrimônio e aumento correspondente em outro. Este aumento se dá tanto pela aquisição de propriedade ou direito real limitado, cessão de créditos ou qualquer outra vantagem. A diminuição do patrimônio do doador é uma das características da doação, desde que siga a vontade e a liberalidade, ou seja, o doador deve ter em sua vontade principal a de aumentar o patrimônio do favorecido. Faltando esse propósito o contrato deve ser descaracterizado como doação. A particularidade da doação é o ânimo ou o propósito de beneficiar patrimonialmente o destinatário da pretensão do doador Dos requisitos subjetivos Este requisito estabelece as condições de capacidade ativa e passiva das partes para doar e receber doações. O Código Civil em seu artigo 104, inciso I requer para a validade do negócio jurídico agente capaz: Art A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz;

19 18 A capacidade para doar pode estar ausente em razão de uma situação especial do doador ou por força do direito de família. Dentre as limitações trataremos sobre algumas que geram a impossibilidade e trazem a incapacidade para doar, ou seja, geram uma limitação para algumas pessoas dispor de seu patrimônio através da doação. Os absolutamente ou relativamente incapazes, em regra não poderão realizar doações nem mesmo através de representantes legais. Para fundamentar esta afirmação transcrevemos o Art , II, do diploma Civil. Art Ainda com a autorização judicial, não pode o autor, sob pena de nulidade: II dispor dos bens do menor a título gratuito. Como observado, o tutor não pode dispor dos bens do menor, mesmo sobre sua vontade do tutelado, sob pena de nulidade. Os pais do menor não podem realizar doação quando estiverem atuando como mero administradores dos bens do administrado. O exercício do poder familiar na administração dos bens dos filhos menores não é o suficiente para gerar capacidade para dispor do patrimônio do menor. Aos cônjuges é vedado fazer doação, exceto a remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação, sem a devida vênia do outro, tendo como exceção quando casados sob o regime de separação absoluta, conforme prevê o artigo 1.647, inciso I, II, III e IV do Código Civil: Art Ressalvado o disposto no art , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. O cônjuge adúltero não pode fazer doação para a pessoa com que tem relação extraconjugal, se realizada a mesmo é passiva de nulidade conforme prevê o artigo 550 do Código Civil in fine: Art A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos de dissolvida a sociedade conjugal. A doação feita para o cúmplice de uma relação extraconjugal pode ser anulada inclusive pelos herdeiros necessários em um prazo de até dois anos após o rompimento do casamento.

20 19 Os consortes são impedidos de realizar doação entre si, se o regime matrimonial for à da comunhão universal, pois neste regime os bens se comunicam, ou seja, se confundem, tendo em vista que com a opção deste regime os patrimônios passam a ser de ambos de forma igualitária. Se outro for o regime, e não havendo disposições em contrario, nada obsta, importando em adiantamento do que lhes cabe no quinhão da herança, pois se trata de herdeiros necessários. Se o regime for de separação obrigatória de bens, a doação não poderá acontecer, tendo em vista que neste regime durante a sucessão o cônjuge não concorre com os descendentes do falecido, da mesma forma acontece no da separação da comunhão parcial, se não houver bens particulares. O mandatário do doador não poderá nomear donatário opcional, pois só será permitido realizar doação desde que o doador nomeie, no instrumento, o donatário, ou de ao procurador a faculdade de eleger um entre os que o indicar. O falido ou insolvente não poderão realizar doações, devido não estar na administração de seus bens, bem como se realizarem tais atos estaria lesando seus credores, podendo os mesmo requerer a nulidade do feito através de uma ação pauliana, sem a necessidade de comprovar conluio entre o doador e o donatário. No tocante a capacidade passiva, ou seja, aptidão para receber doação, não há impedimento no caso de doação pura e simples diante do caráter benéfico do ato. O artigo 543 do Código Civil prevê que os absolutamente incapazes podem receber doações puras, in fine: Art Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura. Com relação aos nascituros e pessoas jurídicas, é necessária a intervenção de seus representantes legais, conforme assegura o artigo 542 do mesmo diploma: Art A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. Também é valida a doação realizada para contemplação de casamento futuro e referente aos descendentes do futuro casal. Art A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.

21 20 Portanto, é possível esta doação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar, com as condições imposta pelo doador Dos requisitos objetivos Para atender este requisito, os objetos da doação devem ser bens móveis, imóveis, corpóreos ou incorpóreos, presentes ou futuros, direitos reais, vantagens patrimoniais de qualquer espécie. Vale salientar que a respeito dos requisitos objetivos da doação, a legislação civil estabelece regras, tais como proibição da doação a título universal, conforme traz o artigo 548 e 549 do Civil, in fine: Art É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador. Art Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento. A doação será nula, mesmo que o donatário se encarregue de manter a subsistência do doador enquanto viver. Já a doação com reserva de usufruto é uma condição de validade na doação universal, que neste sentido visa proteger a pessoa e a dignidade do doador. O usufruto é intransferível neste caso, morto o titular se extingue a obrigação. É vedada a doação que o doador dispõe de todos os bens, não deixando uma reserva legal, a qual é necessária para a sua subsistência, seja ela renda pecuniária, ou qualquer outra renda advinda de pensão, salário, direito autoral e dentre outras. Esta vedação é necessária para garantir ao doador o mínimo de dignidade durante sua vida. A doação inoficiosa é aquela que excede o limite que o doador que o doador poderia dispor, portanto vedada por lei, portanto nula a parte que for superior a prevista na legislação. No caso de existir herdeiros necessários o doador só pode dispor da metade do patrimônio, ou seja, a parte que dele é de direito. Civil: Para fundamentar este parágrafo, transcrevemos o artigo do Código Art Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legitima.

22 21 Diante do exposto, não pairam duvidas com relação à nulidade do excedente da parte em que o doador deveria preservar, pois se trata de legitimo direito dos herdeiros necessários. Se por motivo da doação o doador se tronar insolvente, poderá os credores anular o ato, salvo se o donatário assumir a obrigação perante os mesmos, conforme prevista no artigo 360, II, do diploma Civil: Art Dá-se a novação: II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; Passando neste caso a ter uma novação subjetiva, ou seja, quem recebe a doação assume os ônus pendentes adquiridos pelo doador Dos requisitos formais As doações em regra devem realizadas através de um contrato solene, com formas que deve ser observada, sob pena de nulidade no contrato. que aduz: No intuito de melhor observar transcrevemos o artigo 541 do diploma civil Art A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. A legislação é taxativamente rigorosa no artigo supracitado, que prevê para a realização da doação a forma em escritura pública ou instrumento particular. No parágrafo único do mesmo dispositivo prevê a possibilidade de doação verbal, quando esteja versando sobre bens móveis e de pequeno valor, como se não bastasse transcrevemos o mesmo: Art Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. Para realização de doação de bens imóveis cujo valor exceda o previsto em lei, é necessária a escritura pública, assegurando dessa forma os consentimentos das partes, a não atenção da previsão legal pode tornar em nulidade absoluta a doação, portanto assim prevê o artigo 108 caput do Código Civil: Art Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência,

23 22 modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. A regra é escritura pública para os negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renuncia de direitos reais, quando a valor for superior a trinta salários mínimos, ou seja, se não houver lei dispondo em específico a regra deve ser observada conforme dispositivo supracitado. 3 CAUSAS DE NULIDADES NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 3.1 GENERALIDADES As nulidades nos negócios jurídicos surgem em inúmeras conjunturas. O Código Civil brasileiro elenca algumas situações que caracterizam nulidade do ato, dentre elas podemos citar os negócios jurídicos feito por pessoa absolutamente incapaz, quanto o objeto do negocio for ilícito, impossível ou indeterminável, quando não observar a forma prescrita em lei, quando tiver como finalidade fraudar a lei, ou até mesmo quando a lei declarar nulo. Para ilustrar esta afirmação transcrevemos o art. 166 e seus incisos do Código Civil em vigência: Art É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. Observa-se que por inobservância o ato pode sofrer nulidades, que acarretam o defeito do negócio, podendo ser estes eivados de má fé ou por simples falta de conhecimento, levando em consideração que para realizar um negócio os agentes não necessitam de possuir conhecimento jurídico. Os contratos possuem liberdade no ato da sua celebração, porem a manifestação de vontade é a principal característica de validade dos negócios jurídicos. A declaração enganosa de vontade leva a nulidade do feito, ou seja, a forma simulada não gera efeito de validade, como se observa nos dispositivos transcritos do diploma civil:

24 23 Art É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 2 o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. A previsão de nulidade do negócio jurídico simulado vem no caput do artigo transcrito, mas ressalva que o ato simulado subsistirá, se na forma for válido, bem como na sua substância. No inciso I do mesmo artigo, se refere à pessoa diferente da verdadeira. A simulação é a manifestação de vontade enganosa, de modo a produzir efeitos inteiramente diferentes daqueles desejados, quando na verdade essa manifestação de vontade é para satisfazer e intenção de outrem, que em regra tem por finalidade lesar o patrimônio e burlar a legislação. Como visto o 2º do dispositivo acima, garante aos terceiros de boa fé que seus diretos sejam resguardados, não sofrendo prejuízos inerentes a os atos realizados durante o negócio jurídico simulado. As nulidades previstas nos artigos supracitados podem ser alegadas por qualquer interessado ou por um membro Parquet quando lhe couber intervir. Os defeitos ou vícios que podem tornar anulável os contratos estão configurados nos art. 171 do Código Civil em aplicação: Art Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Por relativamente incapaz que se refere o inciso I, entende-se aquele agente nas situações expressas nos artigo 4º do Código Civil, in verbis: Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Os atos realizados pelos ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido, são considerados viciado, passando assim o contrato ser anulável.

25 24 O erro ou ignorância pode ser substancial ou acidental, sendo que para o primeiro o que interessa é a natureza do negócio, ao objeto principal da manifestação de vontade, ou uma das qualidades a ele essenciais. Se o vicio for por este motivo o ato é anulável. É possível que o erro também seja acidental, no caso em que em seu conjunto, referir a dados secundários no contrato. Já neste caso não se anula o ato em um todo, somente na parte afetada. No erro substancial, o bem é totalmente diferente do esperado, ou seja, se aguardava que uma peça verdadeira, quando na verdade era uma réplica. No erro acidental, vamos ilustrar com uma situação diferente, a exemplo de uma pessoa que contrata uma serralheria para confeccionar um portão e no mesmo contrato exige a instalação, bem como a pintura em cor verde, e ao chegar para receber o objeto do contrato observa que está pintado de vermelho. Nesse caso houve um erro acidental, que pode ser sanado com a pintura contratada. Pra ilustrar e fundamentar este tema transcrevemos os artigos 138, 139 e 144 do Código Civil brasileiro: Art São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. Art O erro é substancial quando: I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. Art O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. O legislador trouxe no texto da lei as situações que configuram vícios nos negócios jurídicos, quando o erro pode ser reparado, resolvendo assim o defeito e tornando valido o ato, e até onde este defeito pode atingir a relação do contrato, bem como a possibilidade de sanar erro. O dolo é configurado quando uma das partes age de maneira premeditada, usando a malícia ou a astúcia para convencer a outra a agir de forma que venha lhe trazer certo favorecimento ou vantagem. Com isso a vontade pode ser manifestada de maneira equivocada, pois se a parte não fosse induzida, não teria consentido com o ato.

26 25 São anuláveis os negócios jurídicos por dolo, quando este for sua causa. O dolo acidental só obriga a satisfação de perdas e danos, é só se caracteriza como tal quando o negócio seria realizado por outro modo. Assim prevê os artigos 145 e 146 do Código Civil: Art São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. Art O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. Pode ocorrer conduta dolosa por omissão de uma das partes, bem como pode ser anulado o negocio jurídico quando o dolo é de terceiro, podendo ele responder perdas e danos, na situação do dolo cometido pelo representante legal, o mesmo só responde civilmente até a importância do proveito que teve, e será solidária quando a conduta dolosa for do representante convencional. Quando ambas as partes agiram com dolo, não poderão alegar nulidade, pois agiram por igual na conduta lesiva. Neste certame, vale observarmos os dispositivos legais que tratam diretamente do assunto em questão. Art Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. Art Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. Art O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. Art Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. O dolo é um fator que gera nulidade nos negócios, podendo não só gerar nulidades bem como trazer ao responsável pela ilicitude a obrigação de reparar os danos causados pela conduta dolosa. A coação é configurada pela intimidação produzida pelo agente em face da outra parte, trazendo ameaça contra a própria pessoa, a família ou até mesmo seus bens. A figura da coação pode ser física quanto pode ser moral, ambas são capazes de viciar a vontade.

27 26 Para que seja considerada coação pelo ordenamento jurídico, a ação deve por em risco iminente de sofrer o dano o próprio coagido, sua família ou seus bens. Para apreciar a coação o magistrado deve levar em consideração o caso concreto que se observa idade, sexo e temperamento da pessoa que possivelmente tenha sofrido a conduta coercitiva, sendo legais as coações previstas no exercício normal de um direito. O negócio não deixará de existir se a coação foi feita por um terceiro, e a parte que teve proveito não tinha conhecimento, porem o praticante da conduta responderá por perdas e danos a quem houver causado. Para analisar melhor sobre a coação, transcrevemos os dispositivos legais do Código Civil brasileiro, que elencam estas condutas, aplicando as devidas sanções. Art A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação. Art No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. Art Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial. Art Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos. Art Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. Já o estado de perigo é descrito no artigo 156 do diploma, Civil que assim define quem é considerado estar em estado de perigo: Art Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. Encontra-se em estado de perigo, aquele que no dever de salvar a vida de uma pessoa de sua família, assume uma obrigação excessivamente onerosa, deixando se levar pelo fator de um bem maior que é a vida. Se o ato for feito para salvar a vida de pessoa estranha a família, deve o magistrado analisar quais as circunstâncias que levaram o autor a realizar tal feito. A lesão ao negócio jurídico ocorre quando uma pessoa sob necessidade ou ate mesmo inexperiência, se sujeita a obrigação desproporcional ao seu potencia.

28 27 Esta desproporcionalização deve ser apreciada conforme valores vigentes a época da celebração do ato. Não será determinada a nulidade nas hipóteses em que for oferecido suplemento suficiente ou a parte beneficiada acordar com a diminuição do beneficio. Neste sentido a art. 157 do Código Civil assim dispõe: Art Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 1 o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 2 o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Para concluirmos os principais defeitos dos negócios jurídicos, trataremos agora da fraude contra credores, que tem como escopo se desfazer de um patrimônio que já não mais lhe pertence, por motivos de insolvência. São varias as situações que podem levar a anulabilidade dos atos feitos com a intenção de fraudar os credores. Para melhor ilustrar o tema, transcrevemos os artigos 158, 159, 163 e 165, todos do diploma Civil em vigência: Art Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. 1 o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. 2 o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. Art Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. Art Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. Art Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada. Atua de forma fraudulenta, aquele que procede com transmissão gratuita de bens ou conceder perdão de dividas, já se encontrando insolvente, e agindo dessa forma abre porta para os credores pedirem nulidade dos atos praticados. São anuláveis os contratos onerosos feito pelo devedor insolvente. Se o comprador dos bens do insolvente ainda não houver pagado a quantia ao mesmo,

29 28 poderá ser obrigado a depositar em juízo, sendo os interessados todos devidamente citados. 4 DAS DOAÇÕES E SUAS CONSEQUÊNCIAS Através do contrato de doação se transfere patrimônio de um para outrem, e como já vimos é a maneira de consolidar a doação, contendo ali obrigações inerentes a vontade do doador. que: A previsão legal para doação ficou a cargo do artigo 538 do Código Civil Art Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Com a clareza solar do dispositivo legal, considera a doação uma relação jurídica, pela qual uma pessoa transfere vantagens ou patrimônio de uma pessoa para outrem, sem ter qualquer incentivo, somente a liberalidade, deixando assim o patrimônio do doador a menor e aumentando o do donatário. O dispositivo legal acaba insinuando que, através do contrato de doação se transfere bens ou vantagens. Sendo que na verdade o dispositivo supracitado depende de uma interpretação sistêmica, devido o direito brasileiro considerar como forma de transferência para bens móveis a tradição e para bens imóveis o registro em cartório específico. O contrato de doação é um instrumento pelo qual uma das partes se obriga a transferir gratuitamente um bem de sua propriedade para o patrimônio de outrem, não sendo por si só suficiente para concretizar a doação. Para ter validade a doação deve se seguir a risca o previsto na legislação, pois não é diferente dos demais negócios jurídicos a presença de fatores que levam a nulidades dos atos, na doação ainda mais, pois geralmente é uma relação gratuita, não gerando ônus a parte beneficiada. Sendo assim, geram grandes manobras para concretizarem a doação, diante disso, muitas vezes as doações são conseguidas sob promessas abstratas e impossíveis, gerando assim uma lesão ao patrimônio e a pessoa do doador. A principal característica do contrato de doação é a liberdade perante a manifestação de vontade, deve ser respeitada a verdadeira intenção do doador, não deve ter nenhuma interferência que possa influenciar seu desejo, deve seguir o ditame respeitando os limites impostos pela lei brasileira. As nulidades presentes

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