Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

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1 LEGALE

2 Aplicação da Pena

3 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

4 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 1ª Fase É aplicada a pena base, observando-se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP

5 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 2ª Fase São aplicadas as agravantes e atenuantes genéricas (art. 61 e ss do CP)

6 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 3ª Fase São aplicadas as causas de aumento e diminuição de pena.

7 Critério Trifásico de Aplicação da Pena ATENÇÃO A reincidência poderá figurar tanto na primeira quanto na segunda fase, mas nunca nas duas ao mesmo tempo

8 Critério Trifásico de Aplicação da Pena ATENÇÃO A primeira e a segunda fase estão limitadas pela pena em abstrato, não podendo ficar abaixo do mínimo e nem acima do máximo. A terceira fase poderá ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo

9 Circunstâncias judiciais São circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal:

10 Circunstâncias judiciais Culpabilidade

11 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes

12 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social

13 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social Personalidade do agente

14 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social Personalidade do agente Motivos, circunstâncias e consequências do crime

15 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social Personalidade do agente Motivos, circunstâncias e consequências do crime Comportamento da vítima

16 Circunstâncias agravantes I - a reincidência;

17 Circunstâncias agravantes I - a reincidência; II - ter o agente cometido o crime: - a) por motivo fútil ou torpe;

18 Circunstâncias agravantes I - a reincidência; II - ter o agente cometido o crime: - a) por motivo fútil ou torpe; - b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;

19 Circunstâncias agravantes - c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

20 Circunstâncias agravantes - d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;

21 Circunstâncias agravantes - e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

22 Circunstâncias agravantes - e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; - f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica;

23 Circunstâncias agravantes - g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;

24 Circunstâncias agravantes - g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; - h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;

25 Circunstâncias agravantes - i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;

26 Circunstâncias agravantes - i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; - j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;

27 Circunstâncias agravantes - i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; - j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; - l) em estado de embriaguez preordenada.

28 Circunstâncias agravantes A pena ainda será agravada no caso de concurso de pessoas se o agente:

29 Circunstâncias agravantes A pena ainda será agravada no caso de concurso de pessoas se o agente: - I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;

30 Circunstâncias agravantes A pena ainda será agravada no caso de concurso de pessoas se o agente: - I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; - II - coage ou induz outrem à execução material do crime;

31 Circunstâncias agravantes III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou nãopunível em virtude de condição ou qualidade pessoal;

32 Circunstâncias agravantes III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou nãopunível em virtude de condição ou qualidade pessoal; IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. fim

33 Circunstâncias atenuantes São circunstâncias que sempre atenuam a pena:

34 Circunstâncias atenuantes I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;

35 Circunstâncias atenuantes I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; II - o desconhecimento da lei;

36 Circunstâncias atenuantes III - ter o agente:

37 Circunstâncias atenuantes III - ter o agente: - a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

38 Circunstâncias atenuantes III - ter o agente: - a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; - b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;

39 Circunstâncias atenuantes - c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;

40 Circunstâncias atenuantes - c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; - d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

41 Circunstâncias atenuantes - e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.

42 Circunstâncias atenuantes OBS: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei (atenuante inominada) fim

43 Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência

44 Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes Exemplo de aplicação de pena: Condenação por roubo majorado: art. 157, 2º, inc. I do CP

45 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 1ª Fase É aplicada a pena base, observando-se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP A pena é de 4 a 10 anos Exemplo 1 4 anos Exemplo 2 6 anos

46 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 2ª Fase São aplicadas as agravantes e atenuantes genéricas (art. 61 e ss do CP) Exemplo 1 4 anos para 4 anos (vítima idosa (h) e embriaguez preordenada (l) ) (menoridade (I) e confissão (III-d)) Exemplo 2 6 anos para 7 anos (vítima idosa (h) e embriaguez preordenada (l) ) (confissão (III-d))

47 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 3ª Fase São aplicadas as causas de aumento e diminuição de pena. Exemplo 1 4 anos para 5 anos e 4 meses + 1/3 (emprego de arma) Exemplo 2 6 anos para 9 anos e 4 meses + 1/3 (emprego de arma)

48 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmulas sobre aplicação da pena:

49 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 444 É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a penabase.

50 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 443 O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

51 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 442 É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.

52 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 440 Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. fim

53 Reincidência

54 Reincidência Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior

55 Reincidência EXEMPLO:

56 Reincidência Fatos: 1990 Condenação: 1995 Trânsito: 1998 Início da pena: 2000 Fim da pena: 2005 Fatos: 1992 Fatos: 1996 Fatos: 1999 Fatos: 2001 Fatos: 2006 Fatos: 2011 Furto Outros crimes

57 Reincidência Atenção: Se no momento da sentença do segundo crime, o réu já tiver sido condenado com trânsito em julgado por crime anterior, terá maus antecedentes Exemplo:

58 Reincidência Fatos: 1990 Condenação: 1995 Trânsito: 1998 Início da pena: 2000 Fim da pena: 2005 Fatos: 1994 (primário) Condenação: 1999 (maus antecedentes) Furto Outro crime

59 Reincidência Para efeito de reincidência:

60 Reincidência Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;

61 Reincidência II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos fim

62 Concurso de Crimes

63 Concurso de Crimes Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime

64 Concurso de Crimes Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime ou seja, concurso de crimes é a soma de 2 ou mais crimes

65 Concurso de Crimes A importância de se definir o concurso de crimes está no critério de aplicação da pena, que poderá ser:

66 Concurso de Crimes A importância de se definir o concurso de crimes está no critério de aplicação da pena, que poderá ser: Cúmulo Material

67 Concurso de Crimes A importância de se definir o concurso de crimes está no critério de aplicação da pena, que poderá ser: Cúmulo Material Exasperação

68 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes:

69 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes: - concurso material

70 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes: - concurso material - concurso formal

71 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes: - concurso material - concurso formal - crime continuado

72 Concurso de Crimes Material Concurso Material (real) art. 69 do CP

73 Concurso de Crimes Material Concurso Material (real) art. 69 do CP Se dá quando o agente através de duas ou mais ações ou omissões der causa a dois ou mais resultados dentro de um único contexto.

74 Concurso de Crimes Material Concurso Material (real) art. 69 do CP Se dá quando o agente através de duas ou mais ações ou omissões der causa a dois ou mais resultados dentro de um único contexto. As penas deverão ser somadas.

75 Concurso de Crimes Formal Concurso Formal (ideal) art. 70 do CP

76 Concurso de Crimes Formal Concurso Formal (ideal) art. 70 do CP Se dá quando o agente através de uma única ação ou omissão der causa a mais de um resultado

77 Concurso de Crimes Formal O concurso formal poderá ser:

78 Concurso de Crimes Formal Perfeito: Quando o agente não quiser mais de um resultado (quer 1 ou nenhum)

79 Concurso de Crimes Formal Perfeito: Quando o agente não quiser mais de um resultado (quer 1 ou nenhum) Nesse caso, a pena será aplicada da seguinte maneira: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até a metade.

80 Concurso de Crimes Formal Imperfeito: Quando o agente quiser mais de um resultado ou assumir o risco de produzir mais de um resultado

81 Concurso de Crimes Formal Imperfeito: Quando o agente quiser mais de um resultado ou assumir o risco de produzir mais de um resultado Nesse caso, as penas serão somadas

82 Concurso de Crimes Crime Continuado Crime continuado (concurso específico) art. 71 do CP

83 Concurso de Crimes Crime Continuado Crime continuado (concurso específico) art. 71 do CP São crimes autônomos, praticados em contextos diferentes, mas que se ligam por serem muito semelhantes (um crime é continuação do outro)

84 Concurso de Crimes Crime Continuado Para caracterizar o crime continuado são necessários 4 requisitos (cumulativos):

85 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie

86 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária)

87 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária) que os crimes sejam praticados na mesma região geográfica e

88 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária) que os crimes sejam praticados na mesma região geográfica e que os crimes sejam praticados sempre da mesma forma (mesmo modus operandi)

89 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma:

90 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até 2/3.

91 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até 2/3. se o crime tiver violência ou grave ameaça deverá ser aplicada a pena do crime mais grave aumentada o triplo.

92 Concurso de Crimes ATENÇÃO As penas de multa (não interessa o concurso) deverão ser sempre somadas.

93 Concurso de Crimes ATENÇÃO As penas de multa (não interessa o concurso) deverão ser sempre somadas. Se a soma das penas for melhor do que a utilização das regras do concurso formal perfeito e do crime continuado as penas deverão ser somadas (concurso material benéfico)

94 crimes contra a pessoa Vida

95 crimes contra a pessoa - Vida São crimes contra a vida: homicídio participação em suicídio infanticídio aborto

96 crimes contra a pessoa - Vida Homicídio

97 crimes contra a pessoa - Vida Homicídio: é a eliminação da vida extrauterina

98 crimes contra a pessoa - Vida Quando se inicia a vida extra-uterina?

99 crimes contra a pessoa - Vida Rompimento da bolsa (saco amniótico) RT 729/571 RJDTACRIM 34/390

100 crimes contra a pessoa - Vida Quando termina a vida extra-uterina?

101 crimes contra a pessoa - Vida Morte encefálica

102 crimes contra a pessoa - Vida OBS) a lei 9434/97 (Doação de órgãos) prevê no seu art. 3 :

103 crimes contra a pessoa - Vida Art. 3 A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina

104 crimes contra a pessoa - Vida Há várias modalidades de homicídio: - simples - privilegiado - qualificado - culposo - culposo majorado - doloso majorado

105 crimes contra a pessoa - Vida O homicídio é um crime hediondo?

106 crimes contra a pessoa - Vida Quando foi criada a lei 8.072/90 não. O homicídio só se torna hediondo com a alteração procedida pela lei 8.930/94

107 crimes contra a pessoa - Vida O homicídio será hediondo quando: - qualificado - simples como prática de grupo de extermínio

108 crimes contra a pessoa - Vida Quem é a vítima do homicídio?

109 crimes contra a pessoa - Vida Qualquer pessoa, entretanto...

110 crimes contra a pessoa - Vida Quando o homicídio culposo for de trânsito (na direção de veículo automotor) a regra a ser aplicada é do art. 302 da lei 9503/97 (pena de detenção de 2 a 4 anos e suspensão ou proibição de obter a permissão ou habilitação)

111 crimes contra a pessoa - Vida Quando o homicídio doloso for contra: - Presidente da República - Presidente do Senado - Presidente da Câmara dos Deputados - Presidente do Supremo Tribunal Federal...

112 crimes contra a pessoa - Vida Trata-se de crime contra a segurança nacional (Lei 7170/83 art. 29 pena de reclusão de 15 a 30 anos) (crime político)

113 crimes contra a pessoa - Vida Pode o homicídio ser crime militar (Art. 205 do Decreto-Lei 1.001/69)

114 crimes contra a pessoa - Vida Pode, ainda, o homicídio ser crime de genocídio (Art. 1 da Lei 2.889/56)

115 crimes contra a pessoa - Vida Homicídio Privilegiado (traz uma redução de pena de 1/6 a 1/3) ocorre quando o agente pratica o homicídio doloso por: - violenta emoção - relevante valor social - relevante valor moral

116 crimes contra a pessoa - Vida O homicídio privilegiado não poderá ser tese na primeira fase do Júri (pronúncia), somente sendo explorado em plenário

117 crimes contra a pessoa - Vida Homicídio doloso será qualificado quando o agente agir:

118 crimes contra a pessoa - Vida - por mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe

119 crimes contra a pessoa - Vida - por motivo fútil

120 crimes contra a pessoa - Vida - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum

121 crimes contra a pessoa - Vida - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido

122 crimes contra a pessoa - Vida - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime

123 crimes contra a pessoa - Vida - Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher)

124 crimes contra a pessoa - Vida - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição

125 crimes contra a pessoa - Vida (art As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica) (art I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares)

126 crimes contra a pessoa - Vida OBS: a pena para o homicídio simples é de reclusão de 6 a 20 anos. Já a pena para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos

127 crimes contra a pessoa - Vida OBS: a pena para o homicídio culposo é de detenção de 1 a 3 anos

128 crimes contra a pessoa - Vida Essa pena será aumentada de um terço, se: - o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; - se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato ou foge para evitar prisão em flagrante

129 crimes contra a pessoa - Vida No homicídio doloso, se a vítima for menor de 14 anos ou maior de 60 anos a pena será aumentada em 1/3 (causa de aumento de pena)

130 crimes contra a pessoa - Vida No homicídio doloso, a pena será aumentada em 1/3 até a metade (cusa de aumento de pena) se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

131 crimes contra a pessoa - Vida A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima

132 crimes contra a pessoa - Vida No homicídio culposo poderá ser aplicado perdão judicial, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária

133 crimes contra a pessoa - Vida Participação em suicídio

134 crimes contra a pessoa - Vida Participação em suicídio - o suicídio em si não é crime. Porém, por se tratar de direito humano, é indisponível (não há o direito de morrer)

135 crimes contra a pessoa - Vida Ocorrência: - se dá quando o agente contribui com o suicídio alheio

136 crimes contra a pessoa - Vida Há três formas de contribuição para o suicídio alheio: - auxílio - induzimento - instigação

137 crimes contra a pessoa - Vida Porém, o agente só será punido se o suicida efetivamente morrer ou sobreviver com lesões graves ou gravíssimas

138 crimes contra a pessoa - Vida O sujeito passivo do crime é o suicida (pessoa determinada)

139 crimes contra a pessoa - Vida Se o agente contribui com o suicídio de: - menor de 14 anos - doente mental (não importa a idade) - quem não pode oferecer resistência (não importa a idade)

140 crimes contra a pessoa - Vida Será caso de HOMICÍDIO (dada a presunção de violência)

141 crimes contra a pessoa - Vida A pena para a participação em suicídio será: - reclusão de 2 a 6 anos (em regra) - reclusão de 1 a 3 anos (se a vítima sobreviver com lesões graves ou gravíssimas)

142 crimes contra a pessoa - Vida A pena será dobrada se o crime é praticado por motivo egoístico ou se a vítima é menor (de 18 anos e maior que 14 anos) ou tem por qualquer forma diminuída (não incapacitada) a capacidade de resistência

143 crimes contra a pessoa - Vida Casos especiais: - pacto de morte - roleta russa

144 crimes contra a pessoa - Vida Infanticídio

145 crimes contra a pessoa - Vida Ocorrerá o infanticídio quando a mãe mata o nascente ou o neonato por estar em estado puerperal

146 crimes contra a pessoa - Vida Ensina Almeida Jr (Lições de Medicina Legal):

147 crimes contra a pessoa - Vida Puerpério (de puer e parere) é o período que vai da dequitação (isto é, do deslocamento ou expulsão da placenta) à volta do organismo materno às condições pré-gravídicas. Sua duração é, pois, de seis a oito semanas em que a mulher se conserva no leito

148 crimes contra a pessoa - Vida Nele se incluem os casos em que a mulher, mentalmente sã, mas abalada pela dor física do fenômeno obstétrico, fatigada, enervada, sacudida pela emoção, vem sofrer um colapso do senso moral, uma liberação de impulsos maldosos, chegando por isso a matar o próprio filho

149 crimes contra a pessoa - Vida Ressalte-se que não há alienação mental, nem semialienação (há frieza de cálculo, crueldade, ausência de apego emocional ao filho)

150 crimes contra a pessoa - Vida A princípio, se a mãe mata o nascente ou o neonato presume-se o estado puerperal. Poderá a acusação, no entanto, provar (caberá a prova a acusação) de que a mãe não estava em estado puerperal

151 crimes contra a pessoa - Vida O autor do infanticídio é a mãe (crime próprio).

152 crimes contra a pessoa - Vida Se alguém em conjunto com a mãe praticar o verbo matar responderá pelo homicídio

153 crimes contra a pessoa - Vida Se alguém ajudar a construir o crime sem praticar o verbo matar responderá por infanticídio (as condições de caráter pessoal não se comunicam, salvo se forem elementares do crime)

154 crimes contra a pessoa - Vida A pena será de detenção de 2 a 6 anos

155 crimes contra a pessoa - Vida Crítica principal acerca desse delito: - bastaria o homicídio com pena reduzida

156 crimes contra a pessoa - Vida Aborto

157 crimes contra a pessoa - Vida Aborto é a eliminação da vida uterina

158 crimes contra a pessoa - Vida A três modalidades de Aborto, com penas autônomas:

159 crimes contra a pessoa - Vida Art. 124 aborto praticado pela gestante ou com seu consentimento (pena de detenção de 1 a 3 anos)

160 crimes contra a pessoa - Vida Art. 125 aborto provocado por terceiro, sem o consentimento da gestante (pena de reclusão de 3 a 10 anos)

161 crimes contra a pessoa - Vida Art. 126 provocar aborto com o consentimento da gestante (pena de reclusão de 1 a 4 anos) - nesse caso, a pena será de reclusão de 3 a 10 anos se a gestante não é maior de 14 anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência

162 crimes contra a pessoa - Vida Vale lembrar, que no caso do aborto provocado por terceiro (com ou sem o consentimento da gestante) a pena será: - aumentada de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios para provocá-lo, a gestante sofrer lesão grave ou gravíssima - duplicada se ocorrer a morte (pelos fatos supra expostos)

163 crimes contra a pessoa - Vida Não são punidos os abortos natural Acidental culposo

164 crimes contra a pessoa - Vida necessário (ou terapêutico) (gravidez de risco)

165 crimes contra a pessoa - Vida sentimental ou humanitário (gravidez resultante de estupro)

166 crimes contra a pessoa - Vida OBS: no âmbito do SUS, a Portaria n , de 1º/09/2005 do Ministério da Saúde disciplina o procedimento para justificação e autorização para a interrupção da gravidez

167 crimes contra a pessoa - Vida autorizado (no caso de inviabilidade o Juiz deve autorizar o aborto)

168 crimes contra a pessoa - Vida Anencefalia (independe de autorização)

169 crimes contra a pessoa - Vida Atenção: aborto eugênico (ou eugenésico) é crime

170 Lesões corporais

171 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal as lesões corporais não atacam a vida da pessoa e sim a sua integridade corporal. É por isso que as lesões corporais seguidas de morte não são julgadas pelo Júri.

172 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal As lesões podem ser leves, graves, gravíssimas, culposas, seguidas de morte e agravadas, mas se a lesão for culposa NÃO TERÁ GRADUAÇÃO (SERÁ SIMPLESMENTE CULPOSA)

173 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal As lesões leves e culposas dependem de representação (art. 88 da Lei 9.099/95)

174 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Entretanto o STF decidiu que as lesões leves na lei Mara da Penha são de ação pública incondicionada

175 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Diferenças entre lesão leve e grave:

176 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal A lesão leve não impede a vítima de exercer suas ocupações habituais por mais de 30 dias OBS: duas exceções

177 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Diferenças entre lesão grave e gravíssima:

178 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Lesão grave: Resulta incapacidade para ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias (necessita de exame complementar) Resulta em perigo de vida Resulta em debilidade permanente de membro, sentido ou função Resulta em aceleração do parto

179 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal (pena de reclusão de 1 a 5 anos)

180 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Lesão gravíssima: Resulta em incapacidade permanente para o trabalho Resulta em enfermidade incurável Resulta em perda ou inutilização de membro, sentido ou função Resulta em deformidade permanente Resulta em aborto

181 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal (pena de reclusão de 2 a 8 anos)

182 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal A lesão corporal seguida de morte (crime preterdoloso) tem pena de reclusão de 4 a 12 anos)

183 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Lesão corporal privilegiada: Diminuição de pena de um sexto a um terço por: - violenta emoção - relevante valor social - relevante valor moral

184 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Cabe perdão judicial para a lesão corporal culposa

185 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Essa pena será aumentada de um terço, se: - o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; - se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato ou foge para evitar prisão em flagrante

186 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal A pena será aumentada de um terço até a metade, se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança ou grupo de extermínio (Lei /12)

187 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa lesões corporais Na lesão corporal, se a vítima for menor de 14 anos ou maior de 60 anos a pena será aumentada em 1/3 (causa de aumento de pena)

188 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Atenção: a Lei Maria da Penha (Lei /06) protege a mulher da violência doméstica

189 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Entretanto, se o homem for agredido por violência doméstica estará protegido pelo 9 do art. 129 do CP (Lesão Corporal oriunda de violência doméstica)

190 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Nesse caso, a pena será: De detenção de 3 meses a 3 anos; A prevista para a lesão corporal grave, gravíssima ou seguida de morte com aumento de um terço

191 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal No caso de violência doméstica, a pena será aumentada em um terço se a vítima é portadora de deficiência

192 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços

193 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal (art As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica) (art I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares)

194 PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal A lei /15 que inseriu o parágrafo 12º ao artigo 129 do Código Penal (regra das lesões a policiais e parentes) também modificou a Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) para inserir a lesão gravíssima e a seguida de morte a essas vítimas no rol de crimes hediondos

195 Rixa Rixa

196 Rixa Rixa Participar de rixa, salvo para separar os contendores

197 Rixa Trata-se de uma briga generalizada, uma contenda entre três ou mais pessoas com vias de fato recíprocas Foi criada para evitar a dificuldade da prova de quem causou lesões num tumulto generalizado

198 Rixa Pena: detenção (de 15 dias a 2 meses, ou multa) No entanto: - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave ou gravíssima (rixa qualificada), aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção (de 6 meses a 2 anos) somada a pena do crime mais grave

199 Rixa Atenção: na rixa qualificada há responsabilidade objetiva

200 CRIMES CONTRA A HONRA

201 Honra Calúnia Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime Atenção: caluniar é imputar a prática de fato (conduta)

202 Honra Pena: detenção (de 6 meses a 2 anos, e multa) OBS: receberá a mesma pena quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga

203 Honra OBS: É punível a calúnia contra os mortos.

204 Honra Exceção da verdade Admite-se a prova da verdade, salvo: - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; - se o fato é imputado contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível

205 Honra Difamação Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação Atenção: difamar é imputar a prática de um fato

206 Honra Pena: detenção (de 3 meses a 1 ano, e multa)

207 Honra Exceção da verdade A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções

208 Honra Injúria Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro Atenção: Injuriar não é imputar a prática de um fato

209 Honra Pena: detenção (de 1 a 6 meses, ou multa)

210 Honra Perdão Judicial: É cabível: - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria

211 Honra - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato (violência real), que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena: detenção, (de 3 meses a 1 ano, e multa), além da pena correspondente à violência.

212 Honra Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência (injúria racista): Pena: reclusão (de 1 a 3 anos e multa)

213 Honra Disposições comuns aos crimes de calúnia, difamação e injúria As penas aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

214 Honra - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; - contra funcionário público, em razão de suas funções; - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria (pois ai a pena já é diferenciada)

215 Honra OBS: Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro

216 Honra Exclusão do crime Não constituem injúria ou difamação punível:

217 Honra - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.

218 Honra Quem der publicidade à ofensa irrogada em juízo ou ao parecer desfavorável do funcionário público responderá pela injúria

219 Honra Retratação Extingue-se a punibilidade (art. 107, VI do CP) se o querelado, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa (Lei /15)

220 Honra Os crimes contra a honra têm rito próprio (arts. 519 e seguintes do CPP) (inclusive para a difamação, em que a lei não faz menção Além do rito especial, se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa

221 Honra Ação Penal Nos crimes contra a honra a ação penal em regra é privada

222 Honra Será pública condicionada a requisição do Ministro da Justiça, no caso do crime ser contra contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro Será pública condicionada a representação do ofendido se o crime for contra funcionário público no exercício da função ou no caso da injúria racista Será pública incondicionada se na injúria real, da violência resulta lesão corporal

223 CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL

224 Liberdade Individual liberdade pessoal Constrangimento ilegal Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda Trata-se de crime notadamente subsidiário

225 Liberdade Individual liberdade pessoal Pena: detenção (de 3 meses a 1 ano, ou multa) OBS: - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas. - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência

226 Liberdade Individual liberdade pessoal Não caracteriza crime: - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; - a coação exercida para impedir suicídio.

227 Liberdade Individual liberdade pessoal Ameaça Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave

228 Liberdade Individual liberdade pessoal Pena: detenção (de 1 a 6 meses, ou multa)

229 Liberdade Individual liberdade pessoal OBS: Conflito aparente de normas para com coação no curso do processo (Art. 344 do CP) Ameaça é crime notadamente subsidiário Ação Penal: Pública condicionada a representação

230 Liberdade Individual liberdade pessoal Seqüestro e cárcere privado Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado

231 Liberdade Individual liberdade pessoal OBS: - no seqüestro a privação da liberdade é maior do que no cárcere privado - conflito aparente de normas com extorsão mediante sequestro

232 Liberdade Individual liberdade pessoal Pena: reclusão (de 1 a 3 anos) Contudo: a pena será de reclusão (de 2 a 5 anos):

233 Liberdade Individual liberdade pessoal - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias. - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; - se o crime é praticado com fins libidinosos.

234 Liberdade Individual liberdade pessoal - Se resulta à vítima, em razão de maustratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral a pena será de reclusão (de 2 a 8 anos)

235 Liberdade Individual liberdade pessoal Redução a condição análoga à de escravo Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto

236 Liberdade Individual liberdade pessoal Pena: reclusão (de 2 a 8 anos, e multa, além da pena correspondente à violência)

237 Liberdade Individual liberdade pessoal Receberá a mesma pena quem: - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.

238 Liberdade Individual liberdade pessoal A pena é aumentada pela metade, se o crime é cometido: - contra criança ou adolescente; - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem

239 Liberdade Individual liberdade pessoal Tráfico de Pessoas (acrescido pela lei /16) (revogados os artigos 231 e 231-A do CP) Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:

240 Liberdade Individual liberdade pessoal I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; IV - adoção ilegal; ou V - exploração sexual. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

241 Liberdade Individual liberdade pessoal * A pena é aumentada de um terço até a metade se: I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; (segue)

242 Liberdade Individual liberdade pessoal III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 2 o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.

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