Tratado nos artigos a a do d o CP C. P
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- Alana Diegues Graça
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1 AÇÃO PENAL
2 Tratado nos artigos 100 a 106 do CP.
3 Conceito: Direito de exigir do Estado a aplicação da norma penal ao infrator. É o ius puniendi do Estado.
4 CLASSIFICAÇÃO Conhecimento Cautelar Execução
5 Art. 100: A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
6 Condições Possibilidade jurídica do pedido Legitimidade ad causam Interesse processual Justa causa
7 Possibilidade jurídica do pedido Os fatos narrados na denúncia ou queixa devem encontrar equivalência num dos tipos penais, independente de prova de sua efetiva ocorrência.
8 Legitimidade ad causam Só pode estar no polo ativo aquele que tem titularidade para a ação penal e no polo passivo o responsável pelo crime.
9 Interesse Processual Trata-se da utilidade e necessidade da atuação do Poder Judiciário.
10 Se o juiz verificar, por exemplo, a existência de qualquer hipótese de extinção da punibilidade, a ação pena não terá nenhuma utilidade.
11 E para que se possa aplicar uma pena ao infrator é necessária a ação penal, conforme disposição constitucional. (art. 5º, LIV, CR/88)
12 Deve-se observar, ainda, a adequação entre o meio empregado pelo titular e o resultado pretendido, qual seja, a condenação.
13 JUSTA CAUSA Trata-se da existência de um mínimo de prova capaz de ensejar um processo. A sua ausência pode ser invocada, inclusive, para trancamento da ação em sede de Habeas corpus.
14 Condições de Procedibilidade São condições específicas determinadas pela lei para que se possa propor a ação.
15 Exemplos: Representação do ofendido Requisição do Ministro da Justiça A entrada do agente no Brasil quando o crime é praticado no exterior.
16 A ausência de uma das condições da ação conduz à rejeição da denúncia, conforme disposição do art.395 do CPP, com as alterações trazidas pela Lei /08.
17 AÇÃO PENAL PÚBLICA
18 Titular: Ministério Público (art. 129, I, da CR/88) Dominus litis Início: Denúncia
19 Art. 100, 1º: A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
20 Ação Penal Pública Incondicionada É proposta a denúncia pelo RMP, independente da manifestação do ofendido. Basta a prova da materialidade e indícios suficinetes de autoria.
21 Ação Penal Pública Condicionada Só pode ser oferecida a denúncia se o ofendido apresentar a representação ou houver requisição do Ministro da Justiça.
22 Exemplos: - Crime de ameaça somente se procede mediante representação. (art. 147, parágrafo único do CP)
23 - Crime contra a honra do Presidente ou chefe de governo estrangeiro se procede mediante requisição do Ministro da Justiça. (art. 145, parágrafo único do CP)
24 Dispõe o art. 102 do CP: A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia. A requisição do Ministro da Justiça é sempre irretratável, mas a representação do ofendido pode ser retratada até a denúncia.
25 Crime complexo Art Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele,
26 desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
27 Princípios Oficialidade A ação penal é proposta por órgão público e oficial, pois o direito de punir é do Estado.
28 Obrigatoriedade Uma vez presentes os requisitos, o RMP não tem discricionariedade, pois deverá obrigatoriamente propor a ação penal pública.
29 Indivisibilidade Oferecida a denúncia contra um autor, esta deve englobar todos os coautores e partícipes.
30 Indisponibilidade Uma vez proposta a ação penal, o Ministério Público não poderá desistir, assim como de eventual recurso interposto. Mas há a possibilidade de sursis, conforme art. 89 da Lei 9099/95.
31 Intrascendência A ação não pode ser proposta contra os descendentes do autor da infração.
32 Oficiosidade Os órgão devem agir de ofício, exceto no caso de ação penal pública condicionada a representação ou requisição.
33 AÇÃO PENAL PRIVADA
34 Titular: Ofendido ou quem o represente Início: Queixa-crime
35 Prazo: 6 meses Contados da data que o ofendido toma conhecimento da autoria do delito
36 Art Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses,
37 contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
38 Princípios Oportunidade O ofendido não é obrigado a propor a ação penal. Uma vez proposta, pode renunciar tácita ou expressamente, mas aproveita a todos os réus.
39 Disponibilidade Pode o ofendido desistir da ação ou de eventual recurso interposto.
40 Indivisibilidade A queixa-crime contra um dos autores obriga processar todos. O Ministério Público atuará como fiscal da lei nestes casos, podendo, inclusive, aditar a inicial. (art. 46, 2º CPP)
41 Intranscendência A queixa-crime somente poderá ser proposta contra o autor do crime e não seus sucessores.
42 Espécies Ação Penal Exclusivamente Privada Ação Penal Privada personalíssima Ação Penal privada subsidiária da Pública
43 Ação Exclusivamente Privada Se o ofendido falecer, a titularidade será do CADI : cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (art. 31 do CPP)
44 Ação Privada Personalíssima Por ser personalíssima, os sucessores não terão titularidade para propor a ação penal em caso de falecimento do ofendido. (Art. 236 do CP Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento)
45 Art. 236 do CP: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior
46 Parágrafo único A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
47 Ação Privada Subsidiária Art. 100, 3º: A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
48 Prazo: 6 meses contados do termo final do prazo para o oferecimento da denúncia.
49 Obs: só é admitida em caso de inércia e não de pedido de arquivamento ou diligências.
50 Art O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.
51 Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime.
52 Art O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.
53 Art O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;
54 III - se o querelado o recusa, não produz efeito. 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação.
55 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória.
56 Crimes contra a Dignidade Sexual (Modificações da Lei /09)
57 Antigo art. 225 do CP Regra: Ação Penal Privada Vítima pobre: Ação Penal Condicionada a Representação Abuso de Pátrio Poder: Ação Penal Pública Incondicionada
58 Atual art. 225 do CP Regra: Ação Penal Pública Condicionada a Representação Menor de 18 anos ou vulnerável: Ação Penal Pública Incondicionada
59 Agora, nos crimes sexuais, só é possível ação privada de forma subsidiária, ou seja, em caso de inércia do Ministério Público.
60 Ação Penal no Crime de Lesão Corporal praticada contra mulher
61 O Código Penal trata da lesão corporal no art. 129 do CP. Regra: Ação Penal Pública Incondicionada.
62 Com o advento da Lei 9.099/95, a lesão leve passou a ser tratada de forma diferente. Menor potencial ofensivo: Ação Penal Pública Condicionada a Representação do Ofendido.
63 Art. 88 da Lei 9.099/95: Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
64 A Lei /06, por sua vez, ao tratar da violência doméstica e familiar contra a mulher, prevê no art. 41, a inaplicabilidade da Lei dos Juizados Especiais.
65 No entanto, apesar de o STJ já ter se manifestado neste sentido (HC DF, Rel. Min. Jane Silva, j. 12/08/08), o entendimento foi modificado como se verifica no julgamento do HC /MS, em 03/02/09.
66 O entendimento novo advém da análise do art. 16 da Lei Maria da Penha que dispõe acerca da possibilidade de renúncia à representação em audiência designada especialmente para esta finalidade.
67 OBS: art. 147 do CP crime de ameaça, pena de detenção de 1 a 6 meses, com ação penal pública condicionada a representação.
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