DIREITO PENAL PIETRO PONTO 1: CRIMES CONTRA A PESSOA PONTO 2: CRIMES CONTRA A VIDA PONTO 3: HOMICÍDIO E DESDOBRAMENTOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO PENAL PIETRO PONTO 1: CRIMES CONTRA A PESSOA PONTO 2: CRIMES CONTRA A VIDA PONTO 3: HOMICÍDIO E DESDOBRAMENTOS"

Transcrição

1 1 PONTO 1: CRIMES CONTRA A PESSOA PONTO 2: CRIMES CONTRA A VIDA PONTO 3: HOMICÍDIO E DESDOBRAMENTOS CRIMES CONTRA A PESSOA - CRIMES CONTRA A VIDA Momento em que cessa a vida humana: 1ª corrente clássica a vida humana cessa com a falência de todos os órgãos, essa era a corrente mais seguida. Atualmente, não é a que se segue. 2ª corrente a vida humana cessa no momento em que ocorre a parada respiratória. 3ª corrente vida humana cessa com a parada cardíaca (não adotada). 4ª corrente (QUE É A ACEITA NO MUNDO JURÍDICO) a lei de transplantes de órgãos, art. 3º 1 da lei 9434/97 estabelece que para a retirada de todos os órgãos, tecidos e partes do corpo humano, é imprescindível que haja a morte atestada por dois médicos e que esses médicos atestem a chamada morte encefálica. O legislador acabou produzindo um conceito legal de morte no Brasil sendo que esse é o momento da cessação da vida humana. O legislador tutela a vida intra e extrauterina, sendo que o momento, marco divisor, entre uma e outra é o parto. Durante o parto o legislador já tutela a vida extrauterina. Tanto é verdade que, nesse momento já se pratica o crime de infanticídio. ART CP HOMICÍDIO pode se apresentar na forma simples, privilegiada, qualificada, culposa ou majorada. 1 Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina. 1º Os prontuários médicos, contendo os resultados ou os laudos dos exames referentes aos diagnósticos de morte encefálica e cópias dos documentos de que tratam os arts. 2º, parágrafo único; 4º e seus parágrafos; 5º; 7º; 9º, 2º, 4º, 6º e 8º, e 10, quando couber, e detalhando os atos cirúrgicos relativos aos transplantes e enxertos, serão mantidos nos arquivos das instituições referidas no art. 2º por um período mínimo de cinco anos. 2º Às instituições referidas no art. 2º enviarão anualmente um relatório contendo os nomes dos pacientes receptores ao órgão gestor estadual do Sistema único de Saúde. 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica. 2 Art 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Homicídio qualificado 2 Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Homicídio culposo 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)

2 2 _ CULPOSO: ART. 121, 3º, CP (1 A 3 ANOS) ART CTB (2 A 4 ANOS). O crime de homicídio culposo do código penal comporta o benefício da suspensão condicional do processo, na medida em que a pena mínima é de um ano, conforme art da lei 9099/95. Como os crimes são culposos tem-se que são tipos penais de exceção, pois os crimes são, via de regra, dolosos. São crimes matérias, pois dependem de um resultado naturalístico. Além disso, por serem crimes culposos não admitem participação. Somente coautoria. Art. 29, 2º 5 do CP (ver aula 01 de concurso de pessoas teoria unitária sobre quem é autor e quem é partícipe). Por se tratar de crime culposo não se admite tentativa, salvo quando se tratar da figura da culpa imprópria, que ao contrário do preterdoloso, mas de regra não cabe tentativa. Pena - detenção, de um a três anos. Aumento de pena 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº , de 2003) 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de ) 3 Art Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente: I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. 4 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. 5 Art Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )

3 PERDÃO JUDICIAL ART. 121, 5º CP tanto o homicídio culposo do CP como o homicídio do CTB podem receber o tratamento dado pelo art. 121, 5º do CP, ou seja, a sentença concessiva do perdão judicial. 1ª corrente adotada pelo STF a sentença concessiva do perdão judicial possui natureza jurídica condenatória, remanescendo efeitos secundários da condenação, como por exemplo, maus antecedentes. (para concurso adotar a 2ª corrente Súm STJ art CP sentença autofágica, o juiz condena, depois extingue a punibilidade pelo perdão judicial). MP não pode deixar de oferecer denúncia porque antevê um perdão judicial. O único momento do perdão judicial é na sentença. Art. 67, inc. II 8 CPP. Perdão judicial para crime culposo. HOMICÍDIO SIMPLES ART. 121, CAPUT, CP - DOLOSO MOTIVO? Sempre há, ou ele privilegia ou piora. Art. 121, 4º CP MAJORANTES DO CRIME DE HOMICÍDIO: na terceira fase da aplicação da pena. Hipóteses: a) art º, primeira parte, CP majorantes que se aplicam ao homicídio culposo do CP, não ao do CTB: 1) quando o agente foge para evitar prisão em flagrante. Parte da doutrina entende que essa majorante é inconstitucional porque ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. 2) quando o fato decorrer da inobservância de regra técnica, profissão, arte ou ofício. Há uma corrente que entende que essa majorante se confundi com a imperícia, havendo bis in idem. No entanto, há uma segunda corrente que sustenta que a majorante somente poderá incidir quando o agente for perito, ou seja, tiver o conhecimento da regra e não utilizá-la. Aquele que não tem conhecimento específico para utilizá-la não possui habilidade para tal. Ex: clínico geral fazendo cirurgia e dá algo errado, aplicando-se a majorante. A 2ª corrente é majoritária. 3) não prestar socorro à vítima quando possível fazê-la. 4) não procurar reduzir as consequências do seu ato. Ex: não prestar o socorro imediato e não reduzir as consequências do ato significa não prestar o socorro mediato. Essas majorantes se aplicam também a lesão corporal culposa. Art. 129, 7º 9 CP. MAJORANTES APLICÁVEIS AOS CRIMES DE HOMICÍDIO DOLOSO: pena aumentada de 1/3 se a vítima é menor de 14 anos ou maior de 60 anos. O agente deve ter conhecimento direto ou deve no sentido de dolo direto ou eventual, conhecer a idade da vítima. 3 6 SÚM A SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO JUDICIAL E DECLARATORIA DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, NÃO SUBSISTINDO QUALQUER EFEITO CONDENATORIO. 7 Art A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 8 Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; 9 Art Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, 4º. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)

4 4 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DO HOMICÍDIO: trata-se de um crime comum, no sentido de que não se exige qualquer condição especial do sujeito ativo, portanto, admite tanto coautoria como participação, crime comum, ao contrário dos crimes próprios em que se exige uma qualidade especial do sujeito ativo, mas que também admitem coautoria e participação (crimes funcionais na elementar funcionário público), diferentemente ainda, dos crimes de mão própria que se exige a pessoal e indeclinável realização da figura ativa. Trata-se de um crime material, já que a consumação exige um resultado no mundo naturalístico, diferentemente do crime formal, em que também se prevê conduta e resultado, mas a consumação se dá com a mera conduta. E que é diferente também dos crimes de mera conduta em que o tipo somente prevê conduta, sem qualquer resultado no mundo naturalístico. Ex: invasão de domicílio, desobediência. O homicídio é crime material sendo possível tentativa. Por crime material que a doutrina entende que se a tentativa não fere é branca e se fere é cruenta. Cuidar desclassificação própria quanto à negativa do dolo. Trata-se de crime unissubjetivo, porque somente basta uma pessoa para praticar que é conceito que se contrapõe ao plurissubjetivo (rixa, quadrilha, bando). Trata-se de um crime plurissubsistente, uma vez que, a sua execução pode ser fracionada em vários atos, diferentemente dos crimes unissubsistentes em que a conduta não pode ser fracionada em diversos atos, como exemplo, a injúria verbal. Não cabendo tentativa no crime unissubsistente. Trata-se de um crime instantâneo, porque a consumação ocorre num único momento ao contrário do permanente em que a consumação se protrai no tempo. É um crime simples, porque ofende um único bem jurídico, diferente do complexo (latrocínio). Por eliminação, o homicídio será simples quando não for privilegiado ou qualificado. Homicídio simples é considerado crime comum na maior parte dos casos, salvo quando praticado em grupo de extermínio. Alguns doutrinadores dizem que o homicídio quando praticado em situação de grupo de extermínio deveria sempre ser qualificado pelo motivo torpe. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO ART. 121, 1º, CP _ MINORANTE relevante valor moral ou social mediante justa provocação da vítima. Trata-se de causa de diminuição de pena aplicável na terceira fase do sistema trifásico, em que a sanção é reduzida entre 1/6 e 1/3. Embora a lei mencione a palavra poderá ela deve ser lida como deverá, desde que reconhecida pelos jurados em respeito a sua soberania. O privilegio sempre está diretamente ligado aos motivos e, por esta razão são compatíveis com as qualificadoras de caráter objetivo. Relevante valor social significa um valor que diz respeito ao interesse da comunidade, devendo ser avaliado pelo homem médio. Relevante valor moral exemplo do próprio homicida. Ex: estupro da filha e o pai mata o estuprador. O domínio de violenta emoção, logo após justa provocação da vítima. Influência de violenta emoção ATENUA**** O motivo da prática do crime é a injusta provocação da vítima, que desencadeou a injusta provocação. O agir da vítima pode ser doloso ou culposo, dirigido ao homicida ou a terceira pessoa, ou a um objeto. É imprescindível que exista o requisito temporal a partir do momento em que o agente tenha conhecimento do fato.

5 A injusta provocação da vítima deve ser avaliada objetivamente, não bastando a individual interpretação do homicida. Art. 65, inc. III, e 10, CP. As privilegiadoras são compatíveis com as qualificadoras de caráter objetivo. O homicídio privilegiado qualificado por ausência de previsão legal não é considerado crime hediondo. As privilegiadoras devem ser quesitadas antes das qualificadoras conforme súmula nº do STF. HOMICÍDIO QUALIFICADO: sempre é hediondo. Art. 121, 2º, CP. (pena de 12 a 30 anos). A qualificadora, isoladamente considerada, é uma elementar, pois jamais será utilizada dentro do sistema trifásico, sob pena de bis in idem. Quando sobram qualificadoras vai para agravantes ou não podendo vai para circunstâncias judiciais do art CP. Inc. I, 2º, CP MOTIVO TORPE é o motivo repugnante, ignóbil que demonstra maldade de espírito, insensibilidade moral. A lei penal utiliza as expressões paga, recompensa ou outro motivo torpe. Isso significa que o motivo torpe deve seguir a linha daquilo que foi descrito pela lei, tendo o legislador se utilizado da chamada analogia intra legem ou interpretação analógica. Conforme dito, os outros motivos torpes devem guardar semelhança com a paga e a promessa de recompensa. Importante destacar que não se trata de uma analogia pura, simplesmente para punir o agente, o que é vedado em direito penal. No caso em tela, trata-se de um tipo penal aberto, havendo uma interpretação normativa de valor. Paga significa o crime mercenário ao passo que recompensa significa a obtenção de qualquer outra vantagem. Ex: matar para receber herança, seguro, matar por vaidade etc. Vingança nem sempre qualifica pelo motivo torpe. Depende do motivo da vingança. Ciúme não é motivo torpe, nem repugnante. COMUNICABILIDADE OU NÃO DA PAGA AO MANDANTE o executor é aquele que age pelo motivo da paga ou pela recompensa. O mandante não está agindo por esse motivo. Por essa razão, discuti-se se essa qualificadora abrange a figura do mandante (que é coautor e não partícipe). 1ª posição entende que a paga ou a promessa de recompensa não se comunica ao mandante, exatamente porque a paga ou a promessa se trata de motivo. (não é usual); 2ª posição STJ/STF - a paga ou promessa de recompensa comunicam-se ao mandante e executor. Na assertiva da questão inclusive esse pagamento foi tratado como elementar Art São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) III - ter o agente:(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 11 SÚM É ABSOLUTA A NULIDADE DO JULGAMENTO PELO JÚRI, QUANDO OS QUESITOS DA DEFESA NÃO PRECEDEM AOS DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES. 12 Art O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )

6 6 II MOTIVO FÚTIL pequeno, desproporcional, irrelevante. Ex: matou porque brigou no trânsito. Matou porque arranharam o carro. Ex: filha que mata pai. Ciúme qualifica o crime pelo motivo fútil? Não. É reprovável, mas não é torpe nem fútil. III MEIOS DE MATAR: trata-se da primeira qualificadora de caráter objetivo e o legislador também se utilizou de um tipo aberto, descrevendo modos similares que possam causar algum tipo de perigo comum, por exemplo, meio insidioso (oculto, quando a vítima não percebe que está sendo morta). Ocorre quando o homicida se vale de um artefato escondido. O veneno poderá ser considerado meio insidioso, mas nem sempre o será, quando o homicida forçar a vítima a ingerir veneno e nesse caso será qualificado pelo meio cruel. Homicídio qualificado por meio cruel é aquele anormal de matar a vítima. É meio que causa um sofrimento exacerbado à vítima. A tortura que não pode ser confundida com o crime de tortura com resultado morte em razão do elemento subjetivo, uma vez que, na lei 9455/97 o dolo é de torturar, mas a morte é obtida a título de culpa, portanto o delito é preterdoloso. Asfixia significa a supressão da respiração por meio mecânico ou químico, ainda emprego de fogo. O uso de explosivo que não pode ser confundido com munição ou revólver ou de pistola, porque se trata de artefato fabricado para causar explosão por ondas de choque. Ex: granada ou dinamite. De que possa resultar perigo comum que não se confundem com crimes contra incolumidade pública, art CP, que é o crime de incêndio que é culposo. É imprescindível que para a existência dessa qualificadora haja uma probabilidade de que se cause o perigo comum a um número indeterminado de pessoas. IV RECURSO QUE TORNOU IMPOSSÍVEL OU DIFICULTOU A DEFESA DO OFENDIDO: traição, emboscada ou outro recurso. O que é homicídio pré-ordenado (pensado)? Sim. Pluralidade de pessoas por si só qualifica dificultando a defesa da vítima? Não. Obs: a qualificadora do inciso IV diz respeito a forma de ataque, de agir do homicida. Significa a forma de abordagem, que é sempre surpreendente/surpresa para a vítima. 13 Art Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. Aumento de pena 1º - As penas aumentam-se de um terço: I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio; II - se o incêndio é: a) em casa habitada ou destinada a habitação; b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura; c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; d) em estação ferroviária ou aeródromo; e) em estaleiro, fábrica ou oficina; f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. Incêndio culposo 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos.

Direito Penal. Homicídio

Direito Penal. Homicídio Direito Penal Homicídio Homicídio Eliminação da vida humana extrauterina (bem jurídico tutelado); Se intrauterina: aborto (arts. 124-126 do CP); Vida intrauterina: entre a nidação e o início do parto;

Leia mais

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães Art. 159 "Aquele que por ação ou omissão voluntária ou involuntária, negligência, ou imprudência violar direito ou

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV Direito Penal Teoria da Pena Parte IV Da Aplicação da Pena Disciplina Legal - Título V da Parte Geral do CP / Da Aplicação da Pena (arts. 59 a 76); - critério trifásico (reforma da Parte Geral do CP em

Leia mais

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas privativas de liberdade. Prof.ª Maria Cristina Cálculo da pena Art. 68 A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código, em seguida serão consideradas as circunstâncias

Leia mais

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Pena-Base Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal PENA-BASE TÍTULO V Das Penas CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO III DA APLICAÇÃO DA PENA Fixação da

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 4. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 4. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 4 Prof. Rodrigo Mesquita Art. 8º As penas restritivas de direito são: I - prestação de serviços à comunidade;

Leia mais

CRIMES CONTRA A PESSOA VIDA

CRIMES CONTRA A PESSOA VIDA LEGALE CRIMES CONTRA A PESSOA VIDA São crimes contra a vida: homicídio participação em suicídio infanticídio aborto HOMICÍDIO homicídio É a eliminação da vida extra-uterina homicídio É crime hediondo?

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 3 Prof. Gisela Esposel - Da representação. - Artigo

Leia mais

AULA 2 16/02/11 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA

AULA 2 16/02/11 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA AULA 2 16/02/11 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 1 O TÍTULO I DOS CRIMES CONTRA À PESSOA Causa espécies estranheza o fato de o legislador haver nominado o Título I de Dos crimes contra a pessoa. Ora, senão,

Leia mais

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: LEGALE Aplicação da Pena Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação da Pena

Leia mais

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: LEGALE Aplicação da Pena Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação da Pena

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 5ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 5ª ª- DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 5ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 CRIMES CONTRA a pessoa HOMICÍDIO QUALIFICADO 2 Se o homicídio é cometido: cometido: I - mediante paga

Leia mais

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança.

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança. Legislação Especial Wallace França EXERCÍCIOS Lei dos Crimes hediondos Art. 1 o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código

Leia mais

Pena de Multa. A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual?

Pena de Multa. A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual? LEGALE Pena de Multa Pena de Multa A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual? Pena de Multa O réu tem dez dias para pagar a multa espontaneamente no juízo criminal mesmo (não

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte V

Direito Penal. Teoria da Pena Parte V Direito Penal Teoria da Pena Parte V Da Aplicação da Pena - Atenuantes Art. 65 do CP: São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior

Leia mais

PONTO 1: Crimes contra a pessoa introdução PONTO 2: Conceito de morte PONTO 3: Homicídio Culposo PONTO 4: Homicídio Doloso

PONTO 1: Crimes contra a pessoa introdução PONTO 2: Conceito de morte PONTO 3: Homicídio Culposo PONTO 4: Homicídio Doloso 1 PONTO 1: Crimes contra a pessoa introdução PONTO 2: Conceito de morte PONTO 3: Homicídio Culposo PONTO 4: Homicídio Doloso 1. Crimes contra a pessoa introdução: Artigos 121 ao 126, CP. O art. 124, CP

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 3ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Teoria do crime Definições importantes: TIPO SUBJETIVO: Compreende o dolo, os elementos subjetivos do injusto e a culpa

Leia mais

Ponto 11 do plano de ensino. Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica.

Ponto 11 do plano de ensino. Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica. Ponto 11 do plano de ensino Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica. natureza Comparação da suspensão condicional da pena e da suspensão condicional do processo do artigo 89 da Lei 9.099/95.

Leia mais

26/08/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal Iv

26/08/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal Iv DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 7ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal Iv 2 1 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Aplicação da pena (arts. 59 ao 76, CP) Material de Apoio Fixação da pena (art. 59, CP) O art. 59, CP, determina que o juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade

Leia mais

Direito Penal. Roubo e Extorsão

Direito Penal. Roubo e Extorsão Direito Penal Roubo e Extorsão Roubo Impróprio Art. 157, 1, do CP Na mesma pena (do caput - reclusão de 4 a 8 anos, e multa) incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE REMIÇÃO Penas Privativas de Liberdade Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei 12.433/11)

Leia mais

STJ SUMÁRIO. APRESENTAÇAO À 2.' EDlÇAo... APRESENTAÇAO À I." EDlÇAo...

STJ SUMÁRIO. APRESENTAÇAO À 2.' EDlÇAo... APRESENTAÇAO À I. EDlÇAo... STJ00071445 SUMÁRIO APRESENTAÇAO À 2.' EDlÇAo.............................. 9 APRESENTAÇAO À I." EDlÇAo......... 1. Princípios de direito penal......... 25 l.1 Conceito, alcance e relevãncia dos princípios...

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VII

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VII Direito Penal Teoria da Pena Parte VII 1 - Conceito. - Instrumento alternativo de sanção penal, que objetiva a suspensão da execução da pena privativa de liberdade, mediante compromisso prestado pelo condenado

Leia mais

Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema:

Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema: Turma e Ano: Juizado Especiais Criminais (2016) Matéria / Aula: Juizados Especiais Criminais 03 Professora: Elisa Pittaro Monitor: Gabriel Desterro e Silva Pereira Aula 03 Continuação: Juizados Especiais

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 41, DE 2013

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 41, DE 2013 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 41, DE 2013 O CONGRESSO NACIONAL decreta: Altera o art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e o art. 1º da Lei nº 8.072, de

Leia mais

Aula nº 07. Direito Penal (Parte Especial) Perdão Judicial no Homicídio, Induzimento ao Suicício

Aula nº 07. Direito Penal (Parte Especial) Perdão Judicial no Homicídio, Induzimento ao Suicício Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Aula: Direito Penal (Parte Especial) - 07 Professor(a): Marcelo Uzeda Monitor(a): Marianna Dutra de M. F. Peregrino Aula nº 07 Direito Penal (Parte Especial) Perdão

Leia mais

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO.

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: REVISÃO PONTO 2: a) CRIME CONTINUADO PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME CONTINUADO ART. 71 CP 1 é aquele no qual o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois

Leia mais

ATUALIZAÇÃO Atualização

ATUALIZAÇÃO Atualização ATUALIZAÇÃO 2015-2016 Atualização Atualização Legislação Administratica e correlata Página 12 Tópico ultra-atividade. Continuar a frase, na terceira linha, dizendo:..., porque mais benéfica ao agente.

Leia mais

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções.

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções. 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Pena Privativa de Liberdade PONTO 2: Princípio da Individualização da Pena PONTO 3: Individualização Judicial São três: a) Reclusão b) Detenção c) Prisão Simples

Leia mais

Crimes Contra a Família

Crimes Contra a Família LEGALE Crimes Contra a Família O Código Penal protege a família trazendo condutas incriminadoras dos artigos 236 a 249 Bigamia Contrair alguém, sendo casado, novo casamento Pena - reclusão, de dois a seis

Leia mais

Polícia Civil Legislação Penal Especial Liana Ximenes

Polícia Civil Legislação Penal Especial Liana Ximenes Polícia Civil Legislação Penal Especial Liana Ximenes Crimes de Trânsito- Lei 9503/97 Arts. 291-301 do CTB - Parte Geral Arts.302-312 do CTB Crimes em espécie Parte Geral Art. 291. Aos crimes cometidos

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO PENAL PROF. ALEXANDRE SALIM

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO PENAL PROF. ALEXANDRE SALIM XXII EXAME DE ORDEM DIREITO PENAL PROF. ALEXANDRE SALIM Atualização legislativa (Lei 13.344/2016) TRÁFICO DE PESSOAS Revogação dos arts. 231 e 231-A do CP Criação do art. 149-A do CP Alteração do art.

Leia mais

PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal

PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal LEGALE Lesões corporais as lesões corporais não atacam a vida da pessoa e sim a sua integridade corporal. É por isso que as lesões corporais seguidas de morte não são julgadas pelo Júri. As lesões podem

Leia mais

Circunstâncias agravantes (Brasil) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Circunstâncias agravantes (Brasil) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Page 1 of 6 Circunstâncias agravantes (Brasil) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Circunstâncias agravantes da pena são fatores taxativamente previtos em lei que aumentam a pena, calculada na 2ª

Leia mais

LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO Crimes de Trânsito Dos Crimes em Espécie Prof. Denis Brasileiro Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão

Leia mais

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Crimes de Trânsito Liana Ximenes

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Crimes de Trânsito Liana Ximenes Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Crimes de Trânsito Liana Ximenes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Arts. 291-301 do CTB - Parte Geral

Leia mais

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Concurso de crimes Espécies: Concurso material artigo 69 do CP; Concurso formal artigo 70 do CP; Continuidade delitiva artigo 71 do CP Concurso de crimes Espécies:

Leia mais

1. Aplicação da Pena: 3ª Fase de aplicação da pena Pena Definitiva: - Majorantes/minorantes causas de aumento ou de diminuição da pena.

1. Aplicação da Pena: 3ª Fase de aplicação da pena Pena Definitiva: - Majorantes/minorantes causas de aumento ou de diminuição da pena. 1 PONTO 1: Aplicação da Pena PONTO 2: Aplicação da pena de multa PONTO 3: Fixação do Regime inicial de cumprimento de pena PONTO 4: Penas restritivas de direito 1. Aplicação da Pena: Sistema trifásico

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Altera os Arts. 173, 174, 175, 191, 202, 203, 292, 302, 303, 306 e 308 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas

Leia mais

PONTO a): PENA BASE E PENA PROVISÓRIA PONTO b): PENA DEFINITIVA

PONTO a): PENA BASE E PENA PROVISÓRIA PONTO b): PENA DEFINITIVA 1 DIREITO PENAL PONTO 1: APLICAÇÃO DA PENA PONTO a): PENA BASE E PENA PROVISÓRIA PONTO b): PENA DEFINITIVA CÁLCULO DA PENA BASE _ Quando todas as circunstâncias do art. 59 CP 1 forem favoráveis ao réu,

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 8. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 8. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 8 Professor: Rodrigo J. Capobianco LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1. LEP - Estrutura A LEP Lei das Execuções Penais é estruturada da seguinte forma:

Leia mais

Direito Penal. Lesão Corporal

Direito Penal. Lesão Corporal Direito Penal Lesão Corporal Lesão Corporal Art. 129 do CP Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão Corporal Noção Geral: todo e qualquer dano

Leia mais

Aplicação da Pena. (continuação)

Aplicação da Pena. (continuação) LEGALE Aplicação da Pena (continuação) Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação

Leia mais

S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA arts. 77 a 82 do CP e 156 e s. da LEP. Deriva do verbo surseoir (suspender). Quer dizer suspensão. Expressão já utilizada pelo CP/1940. Conceitos: É o ato pelo

Leia mais

Sumário. Língua Portuguesa...15

Sumário. Língua Portuguesa...15 Língua Portuguesa...15 1. Interpretação e Compreensão de Texto... 19 2. Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto... 25 3. Formação de Palavras... 32 4. Morfologia - Emprego das Classes de Palavras...

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts.

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. 77 ao 82, CP) Conceito A suspensão condicional da pena, também conhecida por sursis, pode ser conceituada como a suspensão parcial da execução da pena privativa

Leia mais

Suspensão Condicional da Pena. Aula 5

Suspensão Condicional da Pena. Aula 5 Suspensão Condicional da Pena Aula 5 SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Conceito Instituto importado do direito francês consistente na possibilidade de o juiz liberar o condenado do cumprimento da pena privativa

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes

Direito Penal. Concurso de Crimes Direito Penal Concurso de Crimes Distinções Preliminares Concurso de crimes ou delitos X Concurso de pessoas ou agentes X Concurso de normas ou conflito aparente de normas penais - Concurso de crimes ou

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL

LIVRAMENTO CONDICIONAL LIVRAMENTO CONDICIONAL Arts. 83 a 90 do CP e 131 e s. da LEP. Consagrado no CP de 1890, mas com efetiva aplicação pelo Decreto 16.665 de 1924. É mais uma tentativa de diminuir os efeitos negativos da prisão.

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento Sumaríssimo Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Infrações penais de menor potencial ofensivo

Leia mais

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO ASPECTOS CRIMINAIS. Prof. Rodrigo Capobianco

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO ASPECTOS CRIMINAIS. Prof. Rodrigo Capobianco SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO ASPECTOS CRIMINAIS Prof. Rodrigo Capobianco CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO Devemos considerar que o Código de Trânsito Brasileiro (Lei

Leia mais

Responsabilidade Civil e Criminal de Envolvidos nos Projetos, Execuções e Manutenções das Instalações de Detecção, Prevenção e Combate a Incêndio

Responsabilidade Civil e Criminal de Envolvidos nos Projetos, Execuções e Manutenções das Instalações de Detecção, Prevenção e Combate a Incêndio Responsabilidade Civil e Criminal de Envolvidos nos Projetos, Execuções e Manutenções das Instalações de Detecção, Prevenção e Combate a Incêndio 3º Fórum Nacional de Detecção, Prevenção e Combate a Incêndio

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

Aula nº 54. Liberdade Provisória (continuação)

Aula nº 54. Liberdade Provisória (continuação) Curso/Disciplina: Direito Processual Penal Aula: Liberdade Provisória - 54 Professor(a): Marcelo Machado Monitor(a): Adriana Vasconcellos Pereira Aula nº 54 Liberdade Provisória (continuação) O valor da

Leia mais

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Extraterritorialidade Art. 2º. A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. Tentativa

Leia mais

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira. Concurso de Pessoas

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira. Concurso de Pessoas Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Concurso de Pessoas Art. 29 CP - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade Conceito: Configura-se

Leia mais

JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9.099/ 95)

JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9.099/ 95) JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9.099/ 95) 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL Art. 98, CF/88 - A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,

Leia mais

Direito Penal. Crimes no Código de Trânsito Brasileiro. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Crimes no Código de Trânsito Brasileiro. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Crimes no Código de Trânsito Brasileiro Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CRIMES NO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

Leia mais

Direito Penal. Art. 130 e Seguintes

Direito Penal. Art. 130 e Seguintes Direito Penal Art. 130 e Seguintes Artigos 130 e 131 Perigo de Contágio Venéreo (Art. 130) e Perigo de Contágio de Moléstia Grave (Art. 131) - Crimes de perigo individual (e não de perigo comum); - A consumação

Leia mais

Capítulo I INTRODUÇÃO Capítulo II O DIREITO PENAL DO TRÂNSITO E A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE NOSSA LEGISLAÇÃO NESSE TEMA... 25

Capítulo I INTRODUÇÃO Capítulo II O DIREITO PENAL DO TRÂNSITO E A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE NOSSA LEGISLAÇÃO NESSE TEMA... 25 SUMÁRIO Capítulo I INTRODUÇÃO... 19 ANTES E DEPOIS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO (LEI FEDERAL N. 9.503/97): AS DRÁSTICAS CIFRAS DE MORTES POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO BRASIL... 19 Capítulo II O DIREITO PENAL DO

Leia mais

11 a a a 28

11 a a a 28 Tabela de Correspondência de Questões: PROVA PROVA PROVA A B C 11 a 16 35 a 40 23 a 28 Olá queridos alunos prolaborianos, Fiquei muito feliz ao ver a prova do CFSD. O nível de dificuldade está de acordo

Leia mais

DIREITO PENAL. 1. Roubo art. 157, CP:

DIREITO PENAL. 1. Roubo art. 157, CP: 1 PONTO 1: Roubo PONTO 2: Extorsão PONTO 3: Apropriação Indébita Previdenciária 1. Roubo art. 157, CP: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência

Leia mais

Aula nº. 05 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO

Aula nº. 05 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO Curso/Disciplina: DIREITO PENAL (PARTE GERAL) MODULO TEORIA DA PENA Aula: SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO AULA 05 Professor(a): CLÁUDIA BARROS Monitor(a): PAULA

Leia mais

LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990)

LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990) LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/1990) Art. 5º XLIII CF - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas

Leia mais

Legislação Penal Código de Trânsito Organizações Criminosas

Legislação Penal Código de Trânsito Organizações Criminosas Direito Penal Legislação Penal Código de Trânsito Organizações Criminosas Código de Trânsito Lei n. 9.503/97 CTB traz diversos dispositivos, na grande maioria, de natureza extrapenal. Regulamenta o trânsito,

Leia mais

Ponto 9 do plano de ensino

Ponto 9 do plano de ensino Ponto 9 do plano de ensino Concurso formal e material de crimes. Vedação ao concurso formal mais gravoso. Desígnios autônomos. Crime continuado: requisitos. Erro na execução. Resultado diverso do pretendido.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Da dosimetria da pena Marcelo Augusto Paiva Pereira Como citar este comentário: PEREIRA, Marcelo Augusto Paiva. Da dosimetria da pena. Disponível em http://www.iuspedia.com.br01

Leia mais

Das Penas Parte IV. Aula 4

Das Penas Parte IV. Aula 4 Das Penas Parte IV Aula 4 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Art 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade [...] Conceito Elas perfazem uma espécie de pena,

Leia mais

Capítulo I INTRODUÇÃO Capítulo II O DIREITO PENAL DO TRÂNSITO E A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE NOSSA LEGISLAÇÃO NESSE TEMA... 31

Capítulo I INTRODUÇÃO Capítulo II O DIREITO PENAL DO TRÂNSITO E A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE NOSSA LEGISLAÇÃO NESSE TEMA... 31 Capítulo I INTRODUÇÃO... 21 ANTES E DEPOIS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO (LEI FEDERAL N. 9.503/97): AS DRÁSTICAS CIFRAS DE MORTES POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NO BRASIL... 21 Capítulo II O DIREITO PENAL DO TRÂNSITO

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CAPÍTULO IV DO CÓDIGO PENAL

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CAPÍTULO IV DO CÓDIGO PENAL SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CAPÍTULO IV DO CÓDIGO PENAL Marlon Ricardo Lima Chaves CONCEITUAÇÃO: penal. Suspensão condicional da pena é mais conhecido como SURSIS O termo sursis é uma palavra francesa

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV Direito Penal Teoria da Pena Parte IV Da Aplicação da Pena Disciplina Legal - Título V da Parte Geral do CP / Da Aplicação da Pena (arts. 59 a 76); - Critério trifásico (reforma da Parte Geral do CP em

Leia mais

DICAS E EXERCÍCIOS LEI 9.503/97 - CRIMES DE TRÂNSITO (ART. 291 AO 312 DO CTB) PCGO-2016 PROF: PAULO SÉRGIO

DICAS E EXERCÍCIOS LEI 9.503/97 - CRIMES DE TRÂNSITO (ART. 291 AO 312 DO CTB) PCGO-2016 PROF: PAULO SÉRGIO DICAS E EXERCÍCIOS LEI 9.503/97 - CRIMES DE TRÂNSITO (ART. 291 AO 312 DO CTB) PCGO-2016 PROF: PAULO SÉRGIO QUESTÃO 01 (PROVA PRF 2008 CESPE/UNB) De acordo com o CTB e acerca das ações penais por crimes

Leia mais

Livramento condicional

Livramento condicional Livramento condicional CONDICIONAL ART. 83 E SEGUINTES DO CP CONCEITO CARACTERÍSTICAS ANTECIPADA LIBERDADE CONDICIONAL PRECÁRIA NATUREZA JURÍDICA DIREITO SUBJETIVO DO APENADO - NÃO SE PODE NEGAR A LIBERDADE

Leia mais

Direito Penal. Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro

Direito Penal. Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro Direito Penal Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro Sequestro Relâmpago Art. 158, 3, CP: Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção

Leia mais

Direito Penal. Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. de natureza grave

Leia mais

16/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

16/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 12ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais,

Leia mais

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes Lei de Tortura Liana Ximenes 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Lei de Tortura -A Lei não define o que é Tortura, mas explicita o que constitui tortura. -Equiparação

Leia mais

Tema: CRIMES DE TRÂNSITO. Gabarito Comentado

Tema: CRIMES DE TRÂNSITO. Gabarito Comentado 30/04/19 Tema: CRIMES DE TRÂNSITO Gabarito Comentado 1 - RESPOSTA: ERRADA. Entrega de direção de veículo automotor a pessoa não habilitada é crime de perigo abstrato. Súmula 575-STJ : Constitui crime a

Leia mais

26/08/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal Iv

26/08/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal Iv DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 6ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal Iv 2 1 E DA EXTORSÃO Art. 157 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave

Leia mais

1. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 2) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA UMA DAS AÇÕES 3) LIAME SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES

1. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 2) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA UMA DAS AÇÕES 3) LIAME SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Requisitos do Concurso de Pessoas PONTO 2: Autoria PONTO 3: Autoria Mediata ou Indireta PONTO 4: Formas de Concurso de Pessoas PONTO 5: Punibilidade no Concurso de Pessoas PONTO

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 6ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 6ª ª- DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 6ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal Iv 2 HOMICÍDIO QUALIFICADO 2 Se o homicídio é cometido: cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa,

Leia mais

26/08/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV

26/08/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 6ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 1 1 - Roubo impróprio 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência

Leia mais

DIREITO PENALIII Homicídio Profa. Cláudia

DIREITO PENALIII Homicídio Profa. Cláudia DIREITO PENALIII Homicídio Profa. Cláudia Excluindo o homicídio culposo, todos os crimes contra a vida são dolosos e, portanto, são julgados pelo Tribunal do Júri. 1. HOMICÍDIO - ARTIGO 121 DO CÓDIGO PENAL

Leia mais

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE DO CP Pena privativa de liberdade Art. 33 CP Reclusão CP Detenção CP Prisão Simples Dec. Lei 3688/41 Sanções penais Penas Art. 32

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 5. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 5. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 5 Prof. Rodrigo Mesquita art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo

Leia mais

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 11ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 Art 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a

Leia mais

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL Prof. Hélio Ramos DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Sedução - Art. 217: REVOGADO lei 11.106/2005. Estupro de vulnerável

Leia mais

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE - JF TRF2/TRF 2/2013 A respeito de aspectos diversos relacionados às penas, assinale a opção correta. a) No concurso formal perfeito,

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL E ANALOGIA PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES. É a atividade do intérprete de extrair da lei o seu significado e alcance.

INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL E ANALOGIA PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES. É a atividade do intérprete de extrair da lei o seu significado e alcance. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL E ANALOGIA PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Introdução É a atividade do intérprete de extrair da lei o seu significado e alcance. A natureza jurídica da intepretação é a busca

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 9ª fase Período 2007-2016 1) CESPE Juiz Estadual TJ/PI - 2012 Em relação ao concurso de pessoas, assinale a opção correta. a) Segundo a jurisprudência

Leia mais

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de drogas Lei 11.343/2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar

Leia mais

Direito Penal PARTE ESPECIAL ESQUEMA I Prof. Raphael (Rá)

Direito Penal PARTE ESPECIAL ESQUEMA I Prof. Raphael (Rá) Direito Penal PARTE ESPECIAL ESQUEMA I Prof. Raphael (Rá) 1 CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A PESSOA Dos Crimes contra a Vida Fundamento constitucional Direito supraestatal, inerente a todos os homens e aceito

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Profa. Luanna Tomaz INTRODUÇÃO Origem: Surge na França em 1884. Medida judicial que determina o sobrestamento da pena, preenchidos determinados requisitos. Natureza Jurídica:

Leia mais

SUMÁRIO 1. PRINCÍPIOS DE DIREITO PENAL

SUMÁRIO 1. PRINCÍPIOS DE DIREITO PENAL SUMÁRIO 1. PRINCÍPIOS DE DIREITO PENAL 1.1 Conceito, alcance e relevância dos princípios 1.2 Princípios regentes: dignidade da pessoa humana e devido processo legal 1.2.1 Jurisprudência 1.3 Princípios

Leia mais

DIREITO PENAL PIETRO PONTO 1: CRIMES CONTRA A PESSOA PONTO 2: HOMÍCIDIO (CONTINUAÇÃO), MODOS OU FORMAS DE MATAR. PONTO 3: INFANTICÍDIO DIREITO PENAL

DIREITO PENAL PIETRO PONTO 1: CRIMES CONTRA A PESSOA PONTO 2: HOMÍCIDIO (CONTINUAÇÃO), MODOS OU FORMAS DE MATAR. PONTO 3: INFANTICÍDIO DIREITO PENAL 1 DIREITO PENAL DIREITO PENAL PONTO 1: CRIMES CONTRA A PESSOA PONTO 2: HOMÍCIDIO (CONTINUAÇÃO), MODOS OU FORMAS DE MATAR. PONTO 3: INFANTICÍDIO Art. 121, 2º, inc. IV CP 1 MODOS OU FORMAS DE MATAR: 1º -

Leia mais

CEM. Magistratura Estadual 10ª fase. Direito Penal

CEM. Magistratura Estadual 10ª fase. Direito Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 10ª fase Período 2006-2016 1) VUNESP Juiz Estadual - TJ/RJ - 2011 Caio, reincidente em crime de estupro, também é reincidente em crime de roubo. Diante

Leia mais

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL PRINCÍPIOS Legalidade: Somente a lei, elaborada na forma que a Constituição permite, pode determinar o que é crime e indicar a pena cabível. Taxatividade: As leis que definem

Leia mais

Aula 28 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (PARTE I).

Aula 28 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (PARTE I). Curso/Disciplina: Noções de Direito Penal Aula: Noções de Direito Penal - 28 Professor : Leonardo Galardo Monitor : Virgilio Frederich Aula 28 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (PARTE I). 1. Crimes de furto e

Leia mais