Livramento condicional
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- Marco Antônio Barata
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1 Livramento condicional CONDICIONAL ART. 83 E SEGUINTES DO CP CONCEITO CARACTERÍSTICAS ANTECIPADA LIBERDADE CONDICIONAL PRECÁRIA NATUREZA JURÍDICA DIREITO SUBJETIVO DO APENADO - NÃO SE PODE NEGAR A LIBERDADE PRECOCE ÀQUELE QUE PREENCHE OS PREVISTOS EM LEI 1
2 DIFERENÇA ENTRE SURSIS E CONDICIONAL SURSIS Não há início da execução da pena Período de prova: regra geral 2 a 4 anos Concedido na sentença ou acórdão Recurso cabível: apelação CONDICIONAL O condenado cumpre parte da pena Período de prova: tempo que resta cumprir da pena Concedido durante a execução da pena Recurso cabível: agravo em execução JUÍZO COMPETENTE PARA A CONCESSÃO DO Lei 7210/84 - Art. 66. Compete ao Juiz da execução: III - decidir sobre: e) livramento condicional; OBS: TAMBÉM CABÍVEL EM CASO DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA - Do local onde o apenado cumpre a pena CONDICIONAL ART. 83 E ART. 112 DA LEP Requisitos objetivos: - Condenação a pena privativa de liberdade - Pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos, que se corresponderem a infrações diversas, deverão ser somadas para efeitos de livramento 2
3 OBJETIVOS DO - Cumprimento de mais de 1/3 da pena ao não reincidente em crime doloso com bons antecedentes REINCIDENTE EM CRIME CULPOSO FAZ JUS? 1. SIM REGRA DO 83, I DO CP 2. NÃO, UMA VEZ QUE NÃO TERIA BONS ANTECEDENTES - NÃO REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO, MAS COM MAUS ANTECEDENTES? SILÊNCIO DA LEI OBJETIVOS DO - Cumprimento de mais da metade da pena ao reincidente em crime doloso - Cumprimento de mais de 2/3 da pena no caso de crime hediondo e equiparado, bem como tráfico de pessoas salvo se for reincidente específico OBJETIVOS DO ESPECÍFICO, SE HOUVER UM PRÁTICA DE UM CRIME PREVISTO NO 83, V E OUTRO CRIME COMUM, CALCULA-SE PRIMEIRO O COM BASE NO CRIME DO ART. 83,V 3
4 REINCIDENTE ESPECÍFICO EM CRIME DESSA NATUREZA AQUELE QUE VEM A SER REINCIDENTE EM QUALQUER DOS CRIMES PREVISTOS NO ART. 83, V (CORRENTE MAJORITÁRIA) REINCIDENTE NA PRÁTICA DO MESMO CRIME PREVISTO NO ART. 83, V SUBJETIVOS REPARAÇÃO DO DANO - EXCEÇÕES IMPOSSIBILIDADE DO CONDENADO EM REPARAR VÍTIMA NÃO ENCONTRADA SUBJETIVOS - Bom comportamento carcerário Comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional Súmula A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. - pode inviabilizar a concessão do benefício 4
5 SUBJETIVOS BOM DESEMPENHO NO TRABALHO QUE LHE FOI ATRIBUÍDO BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO APTIDÃO PARA PROVER A PRÓPRIA SUBSISTÊNCIA MEDIANTE TRABALHO HONESTO CRIMES COM VIOLÊNCIA OU AMEAÇA À PESSOA: CONSTATAÇÃO DE CONDIÇÕES PESSOAIS QUE FAÇAM PRESUMIR QUE O LIBERADO NÃO VÁ DELINQUIR RITO DO ENDEREÇAMENTO AO JUÍZO DA VEP DE ONDE O RÉU ESTIVER CUMPRINDO A PENA NÃO PRECISA SER SUBSCRITO POR ADVOGADO ART. 712 DO CPP Art O livramento condicional poderá ser concedido mediante requerimento do sentenciado, de seu cônjuge ou de parente em linha reta, ou por proposta do diretor do estabelecimento penal, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário. OITIVA PRÉVIA DO MP SOB PENA DE NULIDADE RITO DO MARCAÇÃO DE AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA Art A cerimônia do livramento condicional será realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do Conselho Penitenciário, no estabelecimento onde está sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte: I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais condenados, pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou membro por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz; II - a autoridade administrativa chamará a atenção do liberando para as condições impostas na sentença de livramento; III - o liberando declarará se aceita as condições. 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever. 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da execução. 5
6 CONDIÇÕES ROL TAXATIVO ART º DA LEP Art Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento. 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes: a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste. CONDIÇÕES JUDICIAIS ROL EXEMPLIFICATIVO 2 Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes: a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção; b) recolher-se à habitação em hora fixada; c) não freqüentar determinados lugares. CONDIÇÕES LEGAIS INDIRETAS É A AUSÊNCIA DE CAUSAS DE REVOGAÇÃO DO 6
7 REVOGAÇÃO DO CONDICIONAL REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA - Condenação por sentença transitada em julgado por crime cometido na vigência do benefício - Condenação por sentença transitada em julgado por crime anterior EFEITOS DA REVOGAÇÃO CRIME COMETIDO DURANTE A VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO Art No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que esteve solto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento. EFEITOS DA REVOGAÇÃO CRIME COMETIDO NA VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO NÃO SE COMPUTA NA PENA O TEMPO EM QUE ESTEVE SOLTO O LIBERADO NÃO SE CONCEDE EM RELAÇÃO À MESMA PENA, NOVO NÃO SE PODE SOMAR O RESTANTE DA PENA COMINADA AO CRIME À NOVA PENA, PARA FINS DE CONCESSÃO DE NOVO 7
8 CRIME COMETIDO ANTES DA VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO EFEITOS DA REVOGAÇÃO Art Se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do tempo das 2 (duas) penas. EFEITOS DA REVOGAÇÃO CRIME COMETIDO ANTES DA VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO COMPUTA-SE COMO CUMPRIMENTO DE PENA O TEMPO EM QUE O CONDENADO ESTEVE SOLTO ADMITE-SE A SOMA DAS DUAS PENAS PARA CONCESSÃO DE NOVO CALCULA-SE O NOVO COM BASE NO QUE DISPÕE O ART. 83 REVOGAÇÃO FACULTATIVA - Descumprimento de qualquer obrigação imposta na sentença - Condenação por crime ou contravenção a pena que não seja privativa de liberdade 8
9 SUSPENSÃO DO Art Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogação, entretanto, ficará dependendo da decisão final. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA NÃO SERÁ POSSÍVEL QUE O MAGISTRADO VENHA A DECLARAR A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ENQUANTO NÃO TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA QUE TENHA CONDENADO O RÉU PELA PRÁTICA DE CRIME COMETIDO NA VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO EXTINÇÃO DA PENA Art Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) SENTENÇA DECLARATORIA 9
10 Súmula 617 STJ A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimento da pena. 10
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