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1 DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 3ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1
2 Teoria do crime Definições importantes: TIPO SUBJETIVO: Compreende o dolo, os elementos subjetivos do injusto e a culpa em sentido estrito. Vontade do agente; Elementos Específicos Núcleo do Tipo Verbo que descreve a ação; Sujeito ativo Aquele que pode praticar a conduta; Sujeito Passivo Aquele que pode SOFRE a conduta; Objeto material Objeto que recai a ação do crime
3 Teoria do crime Consumação e tipo penal: O crime se consuma então quando estiver presentes nele todos os elementos de sua definição art. 14 CP; Crimes materiais: exigem resultado no mundo exterior homicídio; Crimes formais: a consumação se dá com a conduta e não com o resultado Falsidade ideológica Crimes de mera conduta: não existe resultado omissão de socorro Crimes permanentes: a consumação se protai no tempo Sequestro; Crimes habituais: reiteração dos atos exercício ilegal da medicina;
4 Teoria do crime Consumação: conduta reúne todos os elementos e torna-se perfeita Tentativa: a consumação não se concretiza por vontade alheia ao agente Parte geral normas penais permissivas; Parte especial normas penais incriminadoras; Artigos revogados adultério Artigos tacitamente revogados - violência arbitrária.
5 CRIMES CONTRA a pessoa CRIMES CONTRA AS PESSOAS DOS CRIMES CONTRA A VIDA Artigos 121 a 128 DA RIXA Artigo 137 DAS LESÕES CORPORAIS Artigo 129 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE Artigos 130 a 136 DOS CRIMES CONTRA A HONRA Artigos 138 a 145 DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL Artigos 146 a 154
6 CRIMES CONTRA a pessoa CRIMES CONTRA AS PESSOAS O direito existe por causa do homem O centro do universo jurídico é o ser humano O objeto mais relevante da tutela penal deve ser a vida CF: Direito a vida art. 5 caput não é absoluto!!; Pena de morte Art. 5 XLVII;
7 CRIMES CONTRA AS PESSOAS Homicídio simples Art121.Mataralguem: Pena-reclusão,deseisavinteanos. Caso de diminuição de pena 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de umsextoaumterço.
8 CRIMES CONTRA AS PESSOAS Homicídio qualificado 2 Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivofutil; III - com emprego de veneno,fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena-reclusão,dedozeatrintaanos.
9 CRIMES CONTRA AS PESSOAS Homicídio culposo 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)Pena-detenção,deumatrêsanos. Aumento de pena 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
10 História: O homicídio era considerado crime público 753 (a.c) A Lei das XII tábuas (450 a.c) Na Alemanha o réu era entregue à família da vítima, para o exercício da vingança; Durante a idade média o homicídio era penalizado com a pena de morte; O código Criminal do império de 1830 disciplinava o homicídio no título II, considerava alguns agravantes, pena de morte, de galés, de trabalho forçado etc.
11 Conceito: a morte de uma pessoa causada por outra pessoa; A destruição do homem injustamente cometido por outro homem Carrara; A eliminação da vida humana extrauterina praticado por outrem Euclides C. da Silveira; A supressão da vida de um ser humana, causada por outro ser humano. Latim = Homicidium Homo(homem) + Caedere(matar); A história do homicídio se confunde com a história do Direito Penal;
12 Conceito: toda pessoa tem o direito de que respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido por lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém deve ser privado da vida arbitrariamente. art. 4 do pacto de São José da Costa Rica. A vida é um bem indisponível, portanto o consentimento do ofendido jamais refleti na caracterização do injusto Juarez Tavares. Para que ocorra o homicídio não é necessário que se trate de vida viável. Xifópagos: há duplo homicídio em concurso material ou formal imperfeito(desígnios autônomos)?? - dolo direto de 1 grau e dolo direto de 2 grau(as conseqüências eram conhecidas). E quanto são autores?? Como penalizar??
13 Objeto Jurídico (bem protegido) : a vida Objeto material (onde recai a conduta) : a pessoa Dolo genérico não exige qualquer finalidade especial, bastando a vontade de matar (animus necandi) Crime de ação livre meios mecânicos, químicos, morais, direto ou indireto, por ação ou por omissão (art. 13, 2º) Crime Material Crime instantâneo de efeitos permanentes
14 Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: qualquer ser humano com vida ação nuclear matar Consumação se concretiza com a morte da vítima Elemento subjetivo dolo genérico Crime instantâneo de efeitos permanentes
15 Crime comum: não necessita sujeito específico; Crime material: exige o resultado naturalístico; Forma livre pode ser concretizado de qualquer forma Comissivo implica em uma ação * ou comissivo por omissão; Dano (efetiva lesão), unissubjetivo (praticado por um agente), progressivo (contém a lesão corporal), plurissubsistente e admite tentativa
16 A consumação do homicídio se dá com a morte da vítima - a morte encefálica. O exame de corpo de delito pode verificar a cessação da vida, cessação das funções vitais do ser humano coração, pulmão e cérebro. Diferença entre homicídio e lesão corporal e dada apenas pelo elemento subjetivo Um disparo, quando a arma ainda tinha mais munições decide-se pelo desistência voluntária, respondendo o agente por lesão corporal e não por tentativa de homicídio.
17 Conceito: Morte: Lei nº 5.479/68(remoção e transplante de órgãos)preconizava que o óbito se dava na ausência de atividade cerebral, comprovada pelo traçado absolutamente linear do eletroencefalograma, e ausência de batimentos cardíacos por mais de cinco minutos Lei 9.434/97, posicionou-se se diferentemente da lei 5.479/68, ao adotar como conceito, o de morte cerebral ou encefálica, para autorizar a retirada, post mortem, de tecidos, partes e órgãos do corpo humano destinados a transplante ou tratamento.
18 Conceito: VIDA: Extrauterina: após a saída do útero, após o parto; A partir do início do processo respiratório autônomo do organismo do ser que nasceu; Exame pertinente será a Docimasias respiratórias; Exceção recém-nascido apnético;
19 Conceito: Morte: Um tiro em alguém com morte encefálica é homicídio? não em consonância com a lei de órgãos e tecidos; Teoria dos Resultados Tardios?? Vítima esfaqueada, morre posteriormente no hospital incendiado;
20 Teoria dos Resultados Tardios?? E o réu condenado por tentativa de homicídio, uma vez que a vítima encontra-se em coma, e logo depois do trânsito em julgado a vítima vem a falecer por resultado direto da lesão sofrida???? 1 Responde por homicídio consumado, não havendo o impedimento da coisa julgada e resolvendo-sese a questão das penas, se caso, pelo instituto da detração. E a prescrição??? prazo prazo extintivo da pretensão punitiva começa a correr da data da produção do resultado
21 Teoria dos Resultados Tardios?? 1.º) A vítima sofre uma lesão que lhe acarreta dano físico permanente, como a amputação de uma perna. Tempos depois, por causa do defeito físico, não consegue fugir de um incêndio, vindo a falecer 1 Responde por lesão corporal, pois não podemos vislumbrar a imputação objetiva, entre a conduta e o resultado, embora exista uma causalidade material; Existe causa externa superveniente
22 Teoria dos Resultados Tardios?? uma pessoa, sabendo ser portadora de AIDS, mantém relações sexuais com outra, silenciando a respeito da doença. A vítima contrai o mal e vem a morrer doze anos depois 1 Responde por homicídio consumado - efeito, mesmo que tardio, decorre direta e exclusivamente dos danos fisiológicos iniciais;
23 HOMICÍDIO SIMPLES Pena: De 6 a 20 anos É um tipo meramente descritivo e não traz nenhum elemento normativo, sem circunstâncias especiais; Hediondo Lei de Homicídio simples quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente. Não existe um crime de extermínio que não seja por si só qualificado. TJSP O motivo torpe é inerente à ação do justiceiro.
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