AULA 1 09/02/11 AULA INTRODUTÓRIA

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1 AULA 1 09/02/11 AULA INTRODUTÓRIA 1 O DIREITO PENAL A aplicação do Direito Penal fundamenta-se na proteção da dignidade humana posto encontrarse nesta o princípio basilar da edificação de toda a matéria legislativa criminal. O Direito Penal objetiva amparar os bens jurídicos essenciais. Os bens jurídicos de segunda grandeza recebem a tutela de outros ramos do direito, menos invasivos. O Direito Penal coercitivo é aquele a ser aplicado em última instância, quando todos os demais ramos já se revelaram frustros. É o remédio mais amargo, mais gravoso. É a sanção à conduta inadequada sanção que baliza bens e interesses essenciais: pena privativa de liberdade (o Estado restringe o ir e o vir), pena de multa (Estado avança sobre o patrimônio lícito). Dose indevida, situação empiorada. Exemplificando, comenta-se a família célula mater da sociedade. Bigamia pede por imediato socorro: o auxílio vem do Direito Civil que determinará qual dos casamentos é nulo. Mas a preservação da família é tão relevante que o Direito Penal oferece um reforço à tutela. 2 O CÓDIGO PENAL 2.1 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA Durante o período colonial e primórdio do Império, o Brasil estava sob o julgo direto das ordenações portuguesas, tais como as manuelinas, as afonsinas e as filipinas. No tocante ao Direito Penal, a parte geral e A especial embaralhavam-se.

2 2 DIREITO PENAL Em 1830, o Código Penal do Império apresentou-nos uma importante inovação: parte geral e parte especial estavam decididamente separadas. A divisão sobredita seria preservada em todos os diplomas subseqüentes até os dias atuais. Em 1940 código vigente o legislador optou por dividir a parte especial do Código Penal em onze títulos. Os títulos foram fracionados em capítulos e alguns destes em seções. Recebem eles tipos penais que tratam de bens jurídicos essenciais e que estão dispostos em ordem de grandeza. 2.2 AS NORMAS PENAIS Na parte geral do Código Penal encontramos leis estruturantes, que viabilizam e normatizam a aplicação da parte especial do referido diploma. Na parte especial, alocam-se leis penais de duas ordens: as incriminadoras e as não incriminadoras (explicativas e permissivas). As leis penais incriminadoras preponderam em toda a parte especial e vêem compostas de duas partes: o preceito primário (descrição da conduta típica) e o preceito secundário (sanção penal). Exemplificando: art. 121 Matar alguém: 6 (seis) a 20 (vinte) anos de reclusão 1. Destaque-se que, as leis penais incriminadoras são descritivas (ex.: matar alguém), não, proibitivas (ex.: não matar alguém). Logo, existem em oposição, por exemplo, das normas de trânsito, que são fundamentalmente proibitivas (ex.: proibido estacionar). As leis penais não incriminadoras são encontradas em caráter excepcional. As explicativas esclarecem o conteúdo das normas penais incriminadoras. Exemplo: há diversos crimes perpetrados por funcionários públicos o art. 327 define o que é o funcionário público 2. 1 Código Penal do Brasil (1940): Homicídio simples Art Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 2 Ib.: Funcionário público Art Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal. 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 6.799, de 1980) 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

3 3 AULA 1 AULA INTRODUTÓRIA E, por outro lado, as permissivas são aquelas que autorizam a prática de uma conduta típica. Exemplo: o art. 128, I e II, possibilita a realização do abortamento em casos de gestação resultante de estupro ou iminente risco de vida materno A SISTEMATIZAÇÃO DA PARTE ESPECIAL Sistematizar é organizar, dispor coisas segundo determinado critério. O critério de sistematização das legislações criminais que se sucederam ao longo dos tempos variou de arco com influências diversas: política, religiosa, pessoal. Na Roma Antiga, Adriano I adotou a ordem alfabética. Na Baixa Idade Média, o crime público (ex.: sonegação de imposto) destacava-se em face do particular (ex.: homicídio). Na alta Idade Média, a Igreja Católica Apostólica Roma elevou os delitos religiosos acima dos demais. Nosso Código Penal adotou como critério a relevância do bem jurídico a objetividade jurídica segundo o entendimento social à época (1940). De lá para cá transcorridas mais de sete décadas mudanças sociais pedem por alterações estruturais no diploma em apreço. 3 Código Penal (1940): Art Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

4 4 DIREITO PENAL 2.4 O ASPÉCTO TÉCNICO DO HOMICÍDIO A parte especial do Código é inaugurada com o Título I Dos Crimes Contras as Pessoas. Este título é aberto com o Capítulo I Dos Crimes Contra a Vida. Este, por sua vez, inicia-se com o artigo 121 que trata do crime de homicídio 4 o crime rei. O caput do sobredito artigo versa sobre o homicídio simples. O parágrafo primeiro sobre a diminuição da pena, o segundo sobre o homicídio qualificado, o terceiro sobre o culposo e o quarto sobre o aumento de pena. Do segundo inclusive em diante: crime hediondo. 3 A VIDA E A MORTE 3.1 A VIDA A vida, seja ela extra-uterina ou intra-uterina, é a célula mater de todos os direitos e deveres do ser humano. O Estado desce o manto protetor da tutela penal sobre todos os seus aspectos, desde que ocorrido o fenômeno da nidação (implantação do ovo na descídua). 4 Código Penal do Brasil (1940): Homicídio simples Art Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Homicídio qualificado 2 Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Homicídio culposo 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de um a três anos. Aumento de pena 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de catorze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº , de 2003) 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de )

5 5 AULA 1 AULA INTRODUTÓRIA É exatamente nestes termos que o dispositivo intra-uterino é considerado método contraceptivo, não, meio abortivo. Igualmente, é nesta seara que se observa que ovo fora do útero fertilização in vitro não encontra amparo legislativo. Destaque-se que a vida humana extra-uterina inicia-se ao nascimento com vida. Em termos clínicos o primeiro movimento respiratório caracteriza o fenômeno. Observa-se ainda a tendência do direito em precisar marcos diversos. 3.2 A MORTE A definição de morte variou ao longo da história do homem. Nos primórdios, decretava-se alguém morto em razão da deterioração celular morreu, fedeu. Daí a origem etimológica da palavra cadáver: carne dada aos vermes. Com o passar do tempo passou-se a adotar o critério da parada respiratória que podia ser precariamente checada por meio de um espelho aproximado à face do corpo investigado. O critério revelou-se impreciso: a respiração pode cair a níveis quase imperceptíveis. Adotou-se, então, um novo critério: a interrupção da atividade cardíaca a ausência do ciclo de sístole e diástole. Igualmente, inapropriado posto que também pode esta função rebaixar-se, em razão de doença ou fármaco, a tênues níveis. Em seguida, decidiu-se fundir os critérios: interrupção das funções cardiorrespiratórias. Por fim, agregou-se a cessação das funções cerebrais de modo irreversível. Hoje, a definição legal de morte, aclara a Lei de Transplante 5, fica a cargo do Conselho Federal de Medicina. 5 Lei n (1997) Lei dos Transplantes: Art. 3 A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina. 1 Os prontuários médicos, contendo os resultados ou os laudos dos exames referentes aos diagnósticos de morte encefálica e cópias dos documentos de que tratam os arts. 2, parágrafo único; 4 e seus parágrafos; 5 ; 7 ; 9, 2, 4, 6 e 8 ; e 10, quando couber, e detalhando os atos cirúrgicos relativos aos transplantes e enxertos, serão mantidos nos arquivos das instituições referidas no art. 2 por um período mínimo de cinco anos 2 As instituições referidas no art. 2 enviarão anualmente um relatório contendo os nomes dos pacientes receptores ao órgão gestor estadual do Sistema Único de Saúde. 3 Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica.

6 6 DIREITO PENAL 4 O EXAME DE CORPO DELITO A materialidade do crime se perfaz com o exame de corpo delito. Entende-se por corpo o objeto do crime: no arrombamento, a porta (perícia); no homicídio, o cadáver (necropsia). A ausência do corpo não implica na inexistência do crime. Se não há cadáver, mas há elementos suficientes para supor a materialidade, volta-se às circunstâncias que gravitaram o crime, tal como ocorre com as testemunhas. Há elementos que permitem a formação do corpo delito indireto. Exemplo: caso Bruno e Elisa. Quanto ao exame necroscópico, apontam alguns doutrinadores que o cadáver fala: transmite todas as informações necessárias para a caracterização da morte. Exemplo: cadáver resgatado do fundo de um lago com pulmão sem água doce: já estava morto ao ser lançado na lagoa. Quanto ao tempo da morte analisa-se inicialmente a rigidez cadavérica, fenômeno que começa sempre pela base da coluna. Flexiona-se a cabeça do corpo. O grau de mobilidade encontra um correspondente numérico em escala temporal. Erros ocorrem com a mumificação e saponificação. Desmembrando o termo: tempo + morte + conhecimento. Nesta tangente, a cronotanatognose pode ser percebida como o estudo do tempo da morte. O momento da morte é especialmente interessante aos que procuram por feições criminais nela embutidas. 5 OBSERVAÇÃO Resenha (um ponto na nota): Homicídio crime rei. Editora Quartier Latin. Escolher um capítulo e elaborar resenha vinculando com legislação vigente na atualidade. Data de entrega: data da avaliação de primeiro bimestre (B1). marzagaounip@uol.com.br.

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