CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA

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1 CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA POLÍCIA FEDERAL 2012 AGENTE/ESCRIVÃO PROF. EMERSON CASTELO BRANCO DISCIPLINA: DIREITO PENAL 8. CRIMES CONTRA A PESSOA 8. CRIMES CONTRA A VIDA 8.1 Homicídio Art. 121 Matar alguém: Pena reclusão, de seis a vinte anos. Características O objeto jurídico é a vida humana extrauterina. Já o objeto material é a corpo da pessoa que sofre a ação da conduta delitiva. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum), enquanto o passivo é a pessoa que tem sua vida destruída. Admite a forma dolosa e a forma culposa. O crime se consuma com a efetiva destruição da vida (cessação da atividade cerebral da pessoa). Admite a forma tentada. Homicídio privilegiado Art. 121, 1.º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Homicídio qualificado (art. 121, 2.º) 1. Motivo torpe (inciso I mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe). 2. Motivo fútil (inciso II por motivo fútil). É o motivo sem importância, absolutamente banal 3. Meio cruel ou meio que cause perigo comum (inciso III com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso

2 ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum). 4. Modo de execução que dificulta ou torna impossível a defesa (inciso IV à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido). 5. Por conexão teleológica ou consequencial (inciso V para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime). Homicídio culposo Art. 121, 3.º Se o homicídio é culposo: Pena detenção, de um a três anos. Ocorre quando o agente, agindo com negligência, imprudência ou imperícia, produz um resultado não querido, mas previsível, de tal modo que podia, com a devida atenção, ser evitado. Se existiu previsão por parte do agente e, ainda assim o mesmo agiu, haverá homicídio doloso. Aplicação de perdão judicial (art. 121, 5.º). Se as consequências da infração atingiram o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 8.2 Induzimento, auxílio ou instigação ao suicídio Art. 122 Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Parágrafo único. A pena é duplicada: I se o crime é praticado por motivo egoístico; II se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. Objeto jurídico é a proteção à vida humana extrauterina, enquanto o objeto material é o corpo da pessoa que se autodestrói. Qualquer pessoa pode praticá-lo (crime comum). Qualquer pessoa pode ser vítima. O elemento subjetivo do tipo é o dolo. Não se admite o crime na forma culposa. A conduta consiste em induzir, instigar ou auxiliar alguém a destruir a própria vida, ocasionando morte ou lesão corporal de natureza grave. 8.3 Infanticídio

3 Art. 123 Matar, sob a influência de estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena detenção, de dois a seis anos. O objeto jurídico é a vida humana do recém-nascido (neonato). Já o objeto material é o corpo do neonato. O sujeito ativo é a mãe em estado puerperal (crime próprio), enquanto o sujeito passivo é o neonato. Elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade de matar o próprio filho. Não existe infanticídio culposo. O crime se consuma com a efetiva destruição da vida do recémnascido (neonato). Admite a forma tentada. 8.4 Aborto Crime de autoaborto Art. 124 Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena detenção, de um a três anos. O objeto jurídico é a vida humana intrauterina, enquanto o objetivo material é um embrião ou feto. O sujeito ativo é a gestante (crime próprio), enquanto o sujeito passivo é o feto, ou seja, o produto da concepção. Elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade de provocar aborto em si mesma ou de consentir que terceira pessoa lhe provoque. Não existe hipótese de aborto culposo. Consuma-se o aborto com a morte do feto. Admite-se a forma tentada. Divide-se em duas situações: a) provocar aborto em si mesma (autoaborto); b) dar consentindo para que outrem realize o aborto. Crime de aborto provocado sem o consentimento da gestante Art. 125 Provocar aborto sem o consentimento da gestante. Pena reclusão, de três a dez anos. Neste tipo penal, pune-se o aborto realizado sem o consentimento da gestante. Sujeito passivo: gestante e feto. Crime de aborto provocado com o consentimento da gestante Art. 126 Provocar aborto com o consentimento da gestante. Pena reclusão, de um a quatro anos. Parágrafo único Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

4 Ocorre quando terceiro realiza o procedimento abortivo, com o consentimento da gestante (ex.: médico). Aborto na forma qualificada (art. 127) Art. 127 As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevêm a morte. O aborto qualificado é crime preterdoloso. A conduta dolosa do agente se direciona exclusivamente para causar o aborto (dolo no antecedente); porém, sobrevém um resultado lesão corporal de natureza grave ou morte, não querido e não previsto (culpa no consequente). Aborto legal (art. 128) São duas as espécies de aborto legal: 1.ª Aborto necessário 2.ª Aborto sentimental 8.5 DAS LESÕES CORPORAIS Art. 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. Pena detenção, de 3 meses a 1 ano. O objeto jurídico protegido é a incolumidade da pessoa em sua integridade física e psíquica, enquanto o objeto material é o corpo da pessoa. O sujeito ativo e o sujeito passivo podem ser qualquer pessoa. O elemento subjetivo é o dolo e a culpa. A consumação ocorre com a efetiva ofensa à integridade física ou corporal da vítima. É possível a forma tentada. Lesão corporal grave 1.º Se resulta: I incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias; Atividade habitual é qualquer ocupação rotineira, do dia-a-dia da vítima, como andar, trabalhar, praticar esportes etc. A lei não se refere apenas à incapacidade para o trabalho e, por isso, crianças e aposentados também podem ser sujeito passivo.

5 II perigo de vida; Perigo de vida é a possibilidade grave e imediata de morte. III debilidade permanente de membro, sentido ou função; Debilidade consiste no enfraquecimento da capacidade funcional. Para que caracterize esta hipótese de lesão grave é necessário que a recuperação seja incerta. IV aceleração do parto: Só é aplicável quando o feto nasce com vida, pois, quando ocorre aborto, o agente responde por lesão gravíssima. Lesão corporal gravíssima 2.º Se resulta: I incapacidade permanente para o trabalho. A incapacidade para o trabalho não pode ser temporária. Permanente significa duradoura, sem previsão de cessação. II enfermidade incurável. É a doença que gera efeitos patológicos permanentes. O termo incurável deve levar em consideração a medicina existente no momento. III perda ou inutilização de membro, sentido ou função. A perda é a destruição do membro. Na inutilização, o membro continua existindo, mas perde completamente a sua capacidade. IV deformidade permanente. É o dano estético suficiente para causar humilhação, vexame. Leia-se o termo permanente como irreparável com o passar do tempo. V aborto. Ocorre na hipótese em que o agente quer apenas lesionar a gestante, mas termina por culpa provocando o aborto nesta (figura preterdolosa); caso contrário, se fosse doloso, haveria crime autônomo de aborto. Lesão corporal seguida de morte 3.º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: Pena reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

6 Trata-se do denominado crime preterdoloso, em que o agente quer apenas lesionar a vítima (dolo no antecedente) e acaba provocando sua morte de forma não intencional, mas culposa (culpa no consequente). Lesão corporal privilegiada ( 4.º) As causas de privilégio do crime de lesão corporal são idênticas às do crime de homicídio: a) relevante valor moral; b) relevante valor social; c) violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima. Substituição da pena ( 5.º) Se as lesões corporais forem leves, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço, ou substituí-la por multa, nas seguintes hipóteses: a) Relevante valor social, ou relevante valor moral, ou violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima (inciso I); b) se as lesões são recíprocas (inciso II). Lesão corporal culposa ( 6.º) Se a lesão é culposa, a pena será de detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano. Causa de aumento de pena O 7.º, do art. 129, do Código Penal, estabelece que a pena da lesão culposa será aumentada em um terço quando o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, quando foge para evitar a prisão em flagrante, quando não procura diminuir as consequências de seu ato e, por fim, quando o crime resulta da inobservância de regra técnica de arte, profissão ou ofício. Perdão judicial O 8.º, do art. 129, do Código Penal, estabelece que se aplique à lesão culposa o instituto do perdão judicial, quando as consequências do crime tiverem atingido o agente de forma tão grave que a imposição da pena se torne desnecessária. Exemplo: mãe, por desatenção (forma de negligência), provoca lesão corporal em seu filho. Violência doméstica Com a nova redação, o legislador criou uma forma qualificada do crime de lesão corporal dolosa leve, quando esta for praticada contra ascendente,

7 descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido; ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. Já o 10.º estabelece aumento de pena para as lesões de natureza qualificada pelo resultado lesão corporal grave, gravíssima e seguida de morte, quando existir violência doméstica. A Lei Maria da Penha acrescentou ainda ao art. 129 o 11.º, assim disposto: Na hipótese do 9.º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. 8.6 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE Perigo de contágio venéreo Art. 130 Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: Pena detenção, de 3 (três) meses a 1(um) ano, ou multa. 1.º Se a intenção do agente é transmitir a moléstia, a pena é mais grave: Pena reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 2.º Somente se procede mediante representação. O bem jurídico protegido é a saúde da vítima. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, enquanto o sujeito passivo é a pessoa com quem o agente pratica o ato sexual. O elemento subjetivo do tipo é o dolo (direto ou eventual), isto é, a vontade de manter a relação sexual, expondo a saúde da pessoa a perigo. A consumação ocorre no momento da prática do ato sexual, ainda que a vítima não seja contaminada. A tentativa é possível. Perigo de contágio de moléstia grave Art. 131 Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio: Pena reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Objeto jurídico: saúde da pessoa humana. Sujeito ativo: qualquer pessoa. Sujeito passivo: qualquer pessoa, desde que ainda não contaminada. O elemento subjetivo do tipo é o dolo, caracterizando a vontade do agente

8 de transmitir a moléstia. A consumação ocorre no momento da prática do ato, independentemente da efetiva transmissão da doença (crime formal). É possível a tentativa (conatus). Perigo para a vida ou saúde de outrem Art. 132 Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente: Pena detenção, de 3 (três) meses a 1(um) ano, se o fato não constitui crime mais grave. Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. O objeto jurídico protegido é a vida e a saúde da pessoa humana. Sujeito ativo e sujeito passivo: qualquer pessoa. O elemento subjetivo é o dolo de perigo em relação a pessoa(s) determinada(s). Consuma-se no momento da prática do ato que resulta em perigo concreto. A tentativa é possível. Abandono de incapaz Art. 133 Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. 1.º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena reclusão, de um a cinco anos. 2.º Se resulta a morte: Pena reclusão, de quatro a doze anos. Aumento de pena 3.º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: I se o abandono ocorre em lugar ermo; II se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. III se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos. Objetividade jurídica: a segurança e a saúde do incapaz. Sujeito ativo é a pessoa que tem o dever de cuidado, vigilância, guarda ou autoridade (crime próprio), enquanto o sujeito passivo é o incapaz (ex.: menor de idade, doente mental). O elemento subjetivo é o dolo de abandonar o incapaz. Não se admite a forma culposa.

9 O crime se consuma com o abandono do incapaz em situação de perigo, independentemente da produção de um dano. A tentativa é possível. Exposição ou abandono de recém-nascido Art. 134 Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena detenção, de um a três anos. 2.º Se resulta a morte: Pena detenção, de dois a seis anos. Objeto jurídico: saúde e segurança do recém-nascido. O sujeito ativo é a mãe ou o pai, para ocultar gravidez adulterina (crime próprio). O sujeito passivo é o recém-nascido. O elemento subjetivo é o dolo de abandonar. Neste delito, o legislador estabeleceu um especial fim de agir: para ocultar desonra própria. Tratase do dolo específico (ou elemento subjetivo do injusto). Essa honra referese à boa aparência social da pessoa. Omissão de socorro Art. 135 Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparado ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. Pena detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Objeto jurídico: o dever de solidariedade para a proteção da vida e da saúde, que deve existir entre as pessoas. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que deixa de prestar socorro (crime comum), enquanto o sujeito passivo é a pessoa inválida, ou ferida, ao desamparo, ou em grave e iminente perigo, ou ainda a criança abandonada ou perdida. O elemento subjetivo é o dolo, direto ou eventual. Não existe forma culposa. A consumação ocorre no momento da omissão. É inadmissível a forma tentada, pois se trata de crime omissivo puro (ou próprio). Maus tratos Art. 136 Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua

10 autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina. Pena detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena reclusão, de um a quatro anos. 2.º Se resulta a morte: Pena reclusão, de quatro a doze anos. 3.º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. Objeto jurídico é a vida ou a saúde da pessoa. O sujeito ativo deve ser pessoa que possui a guarda, vigilância ou autoridade em relação à vítima (crime próprio). O sujeito passivo deve ser pessoa sob a guarda, ou autoridade, ou vigilância (ex.: pais e filhos, tutor e tutelado, curador e curatelado, enfermeiro e paciente). O elemento subjetivo é o dolo, direto ou eventual. Não existe forma culposa. 8.7 CRIME DE RIXA Art. 137 Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. Parágrafo único Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. Objeto jurídico é a incolumidade pessoal. É crime de concurso necessário, isto é, sua caracterização exige a participação de, no mínimo, três pessoas, denominados rixosos. O elemento subjetivo é o dolo. Não se admite a forma culposa. A consumação ocorre com a efetiva troca de agressões. A tentativa é possível. Rixa é a luta desordenada entre contendores. Todos lutam entre si, de tal forma que é impossível estabelecer quem iniciou a agressão. Agridem-se mutuamente, num grande tumulto, perturbando a ordem e a convivência pacífica. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos (parágrafo único, art. 137). 8.8 CRIMES CONTRA A HONRA Calúnia (art. 138)

11 Art. 138 Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 1.º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 2.º É punível a calúnia contra os mortos. Exceção da verdade 3.º Admite-se a prova da verdade, salvo: I se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; II se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n.º I do art. 141; III se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. Objeto jurídico: honra objetiva. Consiste na afirmação em relação a alguém de um fato criminoso sabidamente falso. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum) que faça a afirmação de um fato criminoso falso em relação a alguém. Sujeito passivo é a pessoa que sofre a ofensa. O elemento subjetivo é o dolo, direto ou eventual. Não admite a forma culposa. O crime de calúnia se consuma no momento em que terceiro toma conhecimento, justamente por atingir a honra objetiva. Dessa forma, não importa saber quando a vítima tomou conhecimento da ofensa. Quanto à forma tentada, somente a admite quando a ação for realizada por escrito. Difamação (art. 139) Art. 139 Difamar alguém, imputando-ihe fato ofensivo a sua reputação: Pena detenção, de três meses a um ano, e multa. Exceção da verdade Parágrafo único A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Objeto jurídico: honra objetiva. A difamação consiste na afirmação de um fato determinado ofensivo à reputação de alguém (ex.: dizer que alguém sempre trabalha sob o efeito de álcool). O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum) que faça a afirmação de um fato ofensivo à reputação de alguém. Sujeito passivo é a pessoa que sofre a ofensa. O elemento subjetivo é o dolo, direto ou eventual. Não admite a forma culposa.

12 Assim como no delito de calúnia, o crime se consuma no momento em que terceira pessoa toma conhecimento da afirmação. Injúria (art. 140) Art. 140 Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena detenção, de um a seis meses, ou multa. 1.º O juiz pode deixar de aplicar a pena: I quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 2.º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 3.º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena reclusão de um a três anos e multa. Objeto jurídico: honra subjetiva. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum) que profira uma ofensa a dignidade ou o decoro de alguém. Sujeito passivo é a pessoa que sofre a ofensa. O elemento subjetivo é o dolo, direto ou eventual. Não admite a forma culposa. Consiste numa mera ofensa (xingamento) contra a dignidade (ex.: mau caráter, ladrão, canalha) ou o decoro (ex.: burro, ignorante, feio), isto é, palavra, termo ou expressão ofensiva, de baixo calão, contra a autoestima de uma pessoa. A injúria se consuma no momento em que a vítima toma conhecimento da imputação, enquanto a calúnia e a difamação se consumam quando terceiro toma conhecimento. Somente admite a forma tentada se for por escrito. O 1.º, do art. 140, do CP, prevê hipótese de aplicação de perdão judicial. O juiz pode deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria (inciso I); ou no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria (inciso II). No 2.º, do art. 140, do CP, encontra-se o delito de injúria real. Consiste na injúria cometida com violência ou com vias de fato, considerados como meios aviltantes. A pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. O dolo do agente é de ofender a honra subjetiva da pessoa por meio de violência ou de vias de fato. A Lei /2003 criou uma nova figura penal: Injúria qualificada (art. 140, 3.º). É a conduta do agente que comete o crime de injúria se utilizando de elementos referentes a raça, cor; etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Nesse caso, a pena será qualificada de reclusão, de um a três anos e multa.

13 Das disposições comuns aos crimes contra a honra Art. 141 As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II contra funcionário público, em razão de suas funções; III na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria; IV contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. Parágrafo único. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. Art. 142 Não constituem injúria ou difamação punível: I a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; II a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; III o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever de oficio. Parágrafo único. Nos casos dos n.º I e II, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. 8.9 CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL Constrangimento ilegal Art. 146 Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena detenção, de três meses a um ano, ou multa. Aumento de pena 1.º As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas. 2.º Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. 3.º Não se compreendem na disposição deste artigo: I a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; II a coação exercida para impedir suicídio. Objeto jurídico: A liberdade individual das pessoas. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum).

14 O sujeito passivo é a pessoa que sofre o constrangimento. O elemento subjetivo é o dolo. Não se admite a forma culposa. O crime se consuma no instante em que a vítima se comporta como não queria. A forma tentada é possível. Ameaça Art. 147 Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-ihe mal injusto e grave: Pena detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único Somente se procede mediante representação. Objeto jurídico: A liberdade individual das pessoas, especificamente aquela relacionada à paz e à tranquilidade. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum). O sujeito passivo deve ser pessoa determinada e capaz de entender o teor da ameaça. O elemento subjetivo é o dolo. Não se admite a forma culposa. O crime se consuma no momento em que a vítima toma conhecimento do teor da ameaça, independentemente de ser ou não intimidada (crime formal). A forma tentada é possível se a ameaça for por escrito. Sequestro e cárcere privado Art. 148 Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: Pena reclusão, de um a três anos. 1.º A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: I se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; II se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; III se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias. IV se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; V se o crime é praticado com fins libidinosos. 2.º Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena reclusão, de dois a oito anos. Objeto jurídico: A liberdade individual de locomoção (ir e vir). O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum). O sujeito passivo é a pessoa privada de liberdade. O elemento subjetivo é o dolo. Não existe a forma culposa. O crime se consuma com a privação da liberdade por tempo juridicamente relevante. Como se trata de crime permanente, o momento consumativo se prolonga no tempo, durando enquanto persistir a privação de liberdade. Por

15 ser crime material, a tentativa é possível. Será qualificado (pena de reclusão de dois a cinco anos) nas seguintes hipóteses legais previstas no 1.º. As duas últimas hipóteses previstas (incisos IV e V) foram acrescentadas pela Lei n.º /2005. Haverá ainda a forma qualificada se resulta à vítima, em razão de maustratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral ( 2.º). Nessa hipótese, a pena será de 2 (dois) a 8 (oito) anos. Redução à condição análoga à de escravo Art. 149 Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: Pena reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 1.º Nas mesmas penas incorre quem: I cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 2.º A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: I contra criança ou adolescente; II por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. Objeto jurídico: Liberdade individual. Denominado delito de plágio (plagium). O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum). Sujeito passivo é o trabalhador. O elemento subjetivo é o dolo. Não admite a forma culposa. O crime se consuma no momento em que a vítima é submetida a alguma das situações descritas na norma penal. Trata-se de crime permanente. A tentativa é possível Violação de domicílio Art. 150 Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena detenção, de um a três meses, ou multa. 1.º Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: Pena detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.

16 2.º Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder. 3.º Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: I durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência; II a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser. 4.º A expressão casa compreende: I qualquer compartimento habitado; II aposento ocupado de habitação coletiva; III compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. 5.º Não se compreendem na expressão casa : I hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior; II taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. Objeto jurídico: A garantia da inviolabilidade domiciliar. Consiste na conduta de entrar ou permanecer em casa alheia sem a autorização de quem de direito. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum). O sujeito passivo é o morador, seja proprietário, possuidor ou detentor, isto é, pessoa a quem cabe proibir a entrada ou permanência de alguém na casa. O elemento subjetivo é o dolo de apenas entrar ou permanecer em casa alheia, sem outra finalidade. O 4.º do dispositivo é uma norma penal complementar, definidora para efeitos penais do termo casa : I qualquer compartimento habitado (ex.: apartamentos, casas residenciais em geral, isoladas ou em condomínio); II aposento ocupado de habitação coletiva (ex.: quarto de pousada, hotel, motel); III- compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce sua profissão ou atividade (ex.: escritório, consultório). Todas as dependências da casa, como jardim, garagem, quintal, estão abrangidas pelo conceito de casa. Excluem-se do termo casa : I hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta e sem aposento ocupado; II taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero ( 5.º).

CRIMES CONTRA A PESSOA

CRIMES CONTRA A PESSOA LEGALE CRIMES CONTRA A PESSOA Honra (continuação) Honra Injúria Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro Atenção: Injuriar não é imputar a prática de um fato Honra Pena: detenção (de 1 a

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