Faculdade de Alta Floresta - FAF
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- Júlia Caiado Campelo
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1 A CONTRIBUIÇÃO DOS PAIS NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS QUE APRESENTAM BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR Eliete Maria dos Santos 1 Roselene Nardi 2 De acordo com FUNAYAMA (2005, p. 79/90), desde o século passado, sabendo que as dificuldades de aprendizagem e de comportamento vêm crescendo assustadoramente nas escolas, muitos pesquisadores têm direcionado as suas pesquisas para este tema, enfocando a importância da família na aprendizagem escolar. Os resultados obtidos deixam claro que a família tem uma influência muito grande no desempenho escolar dos filhos, podendo intervir no sentido de motivar os alunos para freqüentarem a escola, bem como auxiliá-los no desenvolvimento de suas competências e habilidades, através de um relacionamento amigável com os colegas e professores. Os pais precisam estar envolvidos com os filhos e com a escola, tendo o conhecimento das dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas crianças, para poder ajudá-las, visando um desenvolvimento global, onde esteja incluída e educação escolar, a social e a educação intelectual do aluno. SMITH; STRICK (2001, p. 17) também nos dizem ser extremamente importante que o pai de crianças com dificuldades de aprendizagem se alie a escola, para que possam trabalhar um plano de desenvolvimento apropriado, voltado para estes alunos, no intuito de garantir as necessidades educacionais de seus filhos. FUNAYAMA (2005, p ) nos diz que existem pais que infantilizam a criança e o problema, não se preocupando com as dificuldades dos filhos. Acreditando que com o passar dos anos o problema se resolverá automaticamente, e só procuram ajuda especializada, quando a situação se agrava devido ao comportamento desses alunos e o nível de conhecimento e 1. Formada em Pedagogia com pós graduação em Educação Especial. 2. Formada em Normal Superior com pós graduação em Psicopedagogia.
2 aprendizagem dos mesmos se apresentarem num nível muito abaixo do esperado, e podendo ser obrigados a repetir o ano letivo. Os pais precisam se conscientizar, que se a criança tem dificuldades para realizar suas tarefas, precisando da ajuda ou da confirmação de outras pessoas, e se junto a isso apresentar algum problema de relacionamento com os colegas, é necessário que procurem ajuda, para que sejam analisados os motivos que levam a este comportamento e assim evitar futuros problemas educacionais dos filhos. As crianças que apresentam este quadro deverão ser tratadas, tanto pelos pais como pelos profissionais da educação, com métodos e avaliações diferenciadas e alternativas. As autoras SMITH; STRICK (2001, p. 36) ainda nos dizem que as crianças com dificuldades de aprendizagem, podem ser brilhantes, criativas e talentosas em outras áreas, mas em nossa sociedade, onde se valoriza muito o desempenho escolar, estas crianças sentem-se fracassadas, freqüentemente se comparando com as crianças que apresentam um melhor desenvolvimento cognitivo, criando assim um bloqueio cada vez mais acentuado no seu processo de aprendizagem. Paralelo a sociedade, que busca cada vez mais o êxito profissional e a competência a qualquer custo, a escola também segue esta concepção. Aqueles que não conseguem responder às exigências da instituição podem sofrer com um problema de aprendizagem. A busca incansável e imediata pela perfeição leva à rotulação daqueles que não se encaixam nos parâmetros impostos. TIBA, (2002, p.183) nos diz que se houver uma parceria entre família e escola, se as duas partes falarem a mesma linguagem e apresentarem valores semelhantes a criança aprenderá sem grandes conflitos. È importante ressaltar que o papel que a família representa na educação da criança é fator primordial na formação da auto-estima, e conseqüentemente na aprendizagem do educando, oportunizando-lhes o crescimento como sujeitos capazes de auxiliar na construção de uma sociedade livre e democrática. Quando a família não demonstra interesse nos filhos e na sua vida escolar, a
3 criança não consegue progredir nos estudos, portanto, as crianças aprendem a comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida por meio de imitação, da experimentação e da invenção. (TIBA, 1996, p.15). Os problemas sociais da atualidade e a desestrutura familiar dos alunos, impede a presença ativa dos pais na escola, aumentando assim o índice de indisciplina, dificuldades educacionais e conseqüentemente a isso, a evasão escolar, problemas que poderiam ser amenizados se a família interagisse mais na vida escolar dos filhos. Comete-se um erro grave quando se pensa que a aprendizagem começa na idade escolar, a verdade é que antes de entrar na escola, a criança já desenvolve hipóteses e tem certo conhecimento sobre o mundo. Sabemos que a influência familiar é fator determinante e decisivo na aprendizagem dos alunos. Os pais ausentes, que nunca se interessam pelo dia-a-dia dos filhos, tanto no âmbito escolar como social, expõe estas crianças a conviverem com sentimentos de desvalorização e carência afetiva, gerando desconfiança, insegurança, improdutividade e desinteresse, e automática e inconscientemente deixando marcas profundas nestes alunos, que futuramente terão sérios obstáculos para aquisição da aprendizagem escolar. A responsabilidade que a sociedade coloca na escola vem desencadeando a inversão de valores, uma vez que muitos pais pensam que a educação familiar é uma continuidade da educação escolar, quando na verdade é justamente o contrário, ou seja, a educação escolar que é um complemento da educação adquirida na família.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FUNAYAMA, Carolina Araújo Rodrigues. Problemas de Aprendizagem: Enfoque Multidisciplinar. Campinas, SP: Editora Alínea, 122 p. 2ª edição SMITH, Corine; STRICK, Lisa. Dificuldades De Aprendizagem de A a Z. Um guia completo para pais e educadores. Porto Alegre, RS: Artmed, TIBA, Içami. Quem Ama Educa! São Paulo: Editora Gente, 2002.
5 Conselho Editorial Profa. Dra. Rosmar Tobias Ma. Marilaine de Castro Pereira Marques Profa. Talula Andresa Rezek Varela Prof. Ms. Ademilso Sampaio Oliveira
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