CAPÍTULO 7. Seja um corpo rígido C, de massa m e um elemento de massa dm num ponto qualquer deste corpo. v P
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- Bernardo Gusmão Palma
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1 63 APÍTLO 7 DINÂMIA DO MOVIMENTO PLANO DE ORPOS RÍGIDOS - TRABALHO E ENERGIA Neste capítulo será analisada a lei de Newton apresentada na fora de ua integral sobre o deslocaento. Esta fora se baseia nos conceitos de trabalho e energia cinética do corpo rígido. Aplica-se os conceitos de trabalho e de energia cinética e condições gerais e no final estuda-se o caso particular de sisteas conservativos. 7. ENERGIA INÉTIA DE M ORPO RÍGIDO Seja u corpo rígido, de assa e u eleento de assa d nu ponto qualquer deste corpo. v d r v P P igura 7. - Velocidades de u ponto qualquer e do ponto Q. sando a definição de energia cinética de ua partícula, podeos escrever a energia cinética do corpo através da integral
2 T v d (7.) 64 Se desejaros epressar esta equação e função da velocidade de u ponto P particular, escolhido coo orige de referencial, podeos relacionar as velocidades entre u ponto qualquer e o ponto P através de v vp ω r (7.) onde é a velocidade angular de. Assi, para o oviento plano v vp i vp j ωk ( i j) (7.3) ou v ( vp ) i ( vp ) j (7.4) Elevando ao quadrado (7.4) obteos v v v ( vp ) ( vp ) (7.5) Aplicando (7.5) e (7.) obteos T vp ) ( vp ) ] [( d (7.6) ou T vp d vp d vp d r d (7.7) lebrando que v v v e P P P r. sando as definições de centro de assa G de u corpo rígido, dadas por G d e G d (7.8)
3 e a definição do oento de inércia do corpo rígido e relação ao eio z que passa por P, 65 I ) P ( d r d (7.9) podeos escrever a equação (7.7) coo T vp vp G vp G I P (7.0) Esta é a equação geral que perite calcular a energia cinética do corpo rígido a partir da velocidade de u ponto P e de sua velocidade angular. Se escolheros o ponto P coincidente co o centro de assa G, a equação (7.0) toa ua fora ais siples T vg IG (7.) ua vez que neste caso G 0 e G 0. As epressões (7.0) e (7.) perite calcular a energia cinética de u corpo rígido que realiza u oviento qualquer no plano. Há dois casos de ovientos particulares que te estas epressões siplificadas alé de (7.). a zero. Logo No oviento de translação, a velocidade angular do corpo é sepre igual T (7.) v G No caso do oviento de rotação plana e torno de u eio fio z que passa por u ponto O (a velocidade v O 0 ), a equação (7.0) fica igual a T I O (7.3)
4 66 7. TRABALHO DE MA ORÇA O conceito de trabalho de ua força que atua nu corpo rígido, coo definido no apítulo 3, referente à Mecânica da partícula, está relacionado ao oviento do ponto onde está aplicada a força. onfore visto, o trabalho eleentar d realizado por ua força é dado por d dr (7.4) A igura 7. ilustra as grandezas envolvidas nesta definição. Logo dr cos ds (7.5) s s S dr igura 7. - Eleentos da definição de trabalho de ua força. Há alguas condições especiais que apresentareos a seguir. Vaos inicialente calcular o trabalho de ua força constante, cujo ódulo, direção e sentido são invariáveis durante o oviento. Aplicando a definição dada e (7.5), nua trajetória qualquer ostrada na igura 7.3, teos r, dr i j) ( d i d r, ( j) (7.6) oo a força é constante, a equação (7.6) pode ser integrada resultando
5 67,, d d (7.7) onde e. S igura Trabalho de ua força constante. Analogaente, podeos calcular o trabalho da força peso W, sendo a direção vertical, através de r, dr W j) ( d i d r, ( j) (7.8) ou Wd W ( ) W (7.9) O trabalho da força de ua ola linear aplicada nu ponto P de u corpo rígido é obtido a partir de: s d s r (7.0) O odelo linear da força de ola é dado por k (7.)
6 68 onde k é a constante elástica da ola e é a sua deforação toada a partir de sua posição não deforada, ver igura 7.4. Assi, podeos escrever s k d k( s ) (7.) =0 posição da ola não deforada igura Trabalho de ua força de ola. Há alguas forças que não realiza trabalho. orças que atua e pontos fios do corpo e forças norais ao deslocaento do ponto do corpo não realiza trabalho. Entre as forças ais usuais e aplicações de engenharia estão as reações e apoios, forças norais das reações de superfícies estacionárias sobre os corpos rígidos e forças de atrito no rolaento, quando não há escorregaento. a consideração especial deve ser feita sobre o trabalho de u binário, isto é, o trabalho de u par de forças iguais, paralelas entre si, co sentidos contrários. É fácil observar que o trabalho de u binário durante o oviento de translação qualquer de u corpo rígido é nulo, pois os deslocaentos de todos os pontos são iguais e as forças são contrárias. Assi só há trabalho no oviento de rotação. Para u binário M, o trabalho eleentar é dado por d M dr dr (7.3) Sendo o binário dado pelas forças e, onde, e sendo o oviento de rotação, no qual dr dr dr, pode-se escrever a (7.3) coo
7 69 d M dr ( ) ( dr) dr (7.4) Sendo b o braço do binário, teos que dr b d. Integrando (7.4) obté-se b M d M d (7.5) s onde M b é a intensidade do binário, isto é, seu ódulo co o sinal dado pela orientação do ângulo de rotação, confore ostra a igura 7.5. dr d dr b igura Orientações para o binário e o ângulo de rotação. Se o binário for constante de valor M, então M M (7.6) onde.
8 PRINÍPIO DO TRABALHO E ENERGIA onfore deonstrado no apítulo 3, o princípio do trabalho e energia para u sistea de partícula, e consequenteente para u corpo rígido qualquer, é dado por: T (7.7) T onde T e T são as energias cinéticas (7.) do corpo rígido nos instantes t e t, respectivaente, e é a soa dos trabalhos de todas as forças eternas aplicadas neste eso corpo. Observa-se que o trabalho resultante de forças internas atuantes nu corpo rígido é nulo ua vez que as forças internas ocorre aos pares, co esos valores do ódulo, esas direções e sentidos contrários. Os deslocaentos na direção destas forças deve ser iguais para não ocorrer deforação no corpo. Outra fora de calcular o trabalho das forças internas usa a decoposição do oviento qualquer e u oviento de translação e outro de rotação. Na translação os trabalhos das forças internas são iguais e de sinais contrários, sendo nulo o trabalho resultante. Na rotação estas forças não realiza trabalho pois os deslocaentos são perpendiculares às forças. AB = - BA B a AB B b AB AB B 3 BA BA A A 3 A a igura Decoposição de u oviento qualquer entre as posições e 3. (a) translação entre e - (b) rotação entre e 3.
9 7 7.4 PRINÍPIO DO TRABALHO E ENERGIA: SISTEMAS ONSERVATIVOS O princípio do trabalho e energia, dado e (7.7), pode ser odificado quando todas as forças atuantes nua partícula são forças conservativas. Lebrando que o trabalho total das forças conservativas pode ser dado por (7.8) V V onde V e V são, respectivaente, as energias potenciais do corpo rígido nos instantes t e t, e é a soa dos trabalhos de todas as forças conservativas aplicadas neste eso corpo. Podeos escrever o princípio (7.7), separando os trabalhos das forças conservativas e não conservativas coo T (7.9) T N Aplicando (7.8) e (7.9), obteos ou T (7.30) V V T N T (7.3) V T V N Se o sistea for conservativo, então T (7.3) V T V Esta igualdade é conhecida coo a conservação da energia ecânica. È ua fora particular do princípio do trabalho e energia para sisteas conservativos. Nestes casos a soa da energia cinética e da energia potencial é constante ao longo do tepo.
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