Doenças Pulmonares intersticiais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Doenças Pulmonares intersticiais"

Transcrição

1 Doenças Pulmonares intersticiais I N T E R S T I C I A L L U N G D I S E A S E S C H A P T E R H A R R I S O N S P R I N C I P L E S O F I N T E R N A L M E D I C I N E, 1 9 T H E D I T I O N J O Ã O B R E D A

2 Informação = pergunta de exames anteriores = mudanças relativamente à 18ª edição = erros/detalhes/incongruências do texto Abreviaturas Tx Tratamento Dx - Diagnóstico Px Prognóstico SBV Sobrevida CC Cardiopatia congénita DPI = Doenças pulmonares intersticiais AN = anormal N = normal É essencial (e muito mais produtivo para todos) a leitura integral do capítulo previamente à aula

3 DEFINIÇÃO - representam um grande número de distúrbios que acometem: - o parênquima pulmonar alvéolos, epitélio alveolar, endotélio capilar e espaços entre essas estruturas, bem como - os tecidos perivasculares e - linfáticos - distúrbios heterogéneos - com frequência, morbidade e mortalidade consideráveis, não havendo consenso quanto ao melhor tratamento para a maioria deles - Principais queixas: Dispneia esforço + tosse seca ( DPOC) - Opacidades intersticiais no Rx Tórax

4 Difícil classificar mais de 200 doenças!! Distúrbio primário Parte significativa de um processo multiorgânico (ex. DTC) Método útil para classificar: separar em 2 grupos de acordo com a histopatologia subjacente Inflamação e fibrose predominantes Reacção granulomatosa predominante na área intersticial ou vascular Cada grupo pode ser subdividido de acordo com conhecimento ou não da causa

5 Para cada DPI, pode haver uma fase aguda e, em geral, também há uma fase crónica. (!) Raramente, algumas são recorrentes com intervalos de doença subclínica. ~DPOC (atingimento contínuo e progressivo) ASMA

6 Asbesto Fumo Gases Pneumonia aspiração Radiação Fármacos (ATB, amiodarona, ouro) QT Alveolite Inflamação intersticial Fibrose Causa conhecida Causa desconhecida Sequela SARA (ao fim de 3S sem recuperar = fibrose) Relacionadas com o tabagismo PID Bronquiolite respiratória Granulomatose de células de Langerhans

7 Alveolite Inflamação intersticial Fibrose *Idiopathic lymphocytic interstitial pneumonia Rare and ill-defined entities Idiopathic pleuroparenchymal fibroelastosis Acute fibrinous and organizing pneumonia Bronchiolocentric patterns of interstitial pneumonia Causa conhecida Causa desconhecida Pneumonia intersticial idiopática (acrescentadas *) DTC Sínd Hemorrágicos PAP Distúrbios linfocíticos Pneum Eo LAM Amiloidose Hereditárias Hepáticas/GI (DC, CU, CBP, Hep crón activa) GvHD

8 Causa conhecida Pneumonite de Hipersensibilidade (poeiras orgânicas) Poeiras inorgânicas: berílio, sílica Granulomatose Causa desconhecida Sarcoidose Vasculite Granulomatosa Granulomatose com poliangeíte (Wegener) Granulomatose eosinofílica com poliangeíte (Churg-Strauss) Granulomatose Broncocêntrica Granulomatose linfomatóide

9 CAUSAS MAIS COMUNS DE DPI: 1) Etilogia desconhecida -Sarcoidose - Fibrose pulmonar idiopática (FPI) - Fibrose pulmonar associada às doenças do tecido conjuntivo 2) Etiologia conhecida - exposições ocupacionais e ambientais, especialmente a inalação de poeiras inorgânicas, orgânicas, gases e fumos

10 DIAGNÓSTICO: TECIDUAL (BIÓPSIA) - habitualmente por Bx pulmonar toracoscópica - (mais a frente no capítulo) 1ªL: 4 a 8 amostras por Bx pulmonar transbrônquica por fibra ópt. - FPI Bx cirúrgica (porque lesões são subpleurais periféricas) TCAR (TC alta resolução): pode eliminar a necessidade de Bx em muitos casos (ex. FPI). ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR MÉDICO CLÍNICO, RADIOLOGISTA E PATOLOGISTA

11 1º) DPI no geral 2º) Cada DPI por si

12 1º) DPI no geral 2º) Cada DPI por si

13 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

14 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

15 DPI - patogenia DPI são distúrbios não malignos e não infecciosos. Existem múltiplos agentes desencadeantes de uma lesão mas respostas imunopatogénicas do tecido pulmonar são limitadas e os mecanismos de reparação têm características comuns

16 - Células inflamatórias organizadas em Doenças granulomas Pulmonares no parênquima pulmonar Intersticiais Doença pulmonar GRANULOMATOSA DPI - patogenia podem evoluir para fibrose (!!) Muitos doentes permanecem livres de comprometimento grave da função pulmonar ou, quando sintomáticos melhoram após tratamento DD +++ entre Sarcoidose e PH Inflamação e FIBROSE Agressão inicial lesão da superfície epitelial, que causa inflamação nos espaços aéreos e paredes alveolares Se se tornar crónica inflamação estendese para espaços adjacentes, causando mais tarde fibrose intersticial Desenvolvimento de fibrose (= cicatrizes irreversíveis) das paredes alveolares, vias resp ou vasculatura é o resultado mais temido em todos esses distúrbios Porquê? Porque é muitas vezes progressivo e acarreta transtornos significativos da função ventilatória e da troca gasosa Padrões histopatológicos importantes: - Pneumonia intersticial usual (UIP) - Pneumonia intersticial inespecífica (PII) - bronquiolite respiratória/pneumonia intersticial descamativa - pneumonia em organização - lesão alveolar difusa (aguda ou em organização) - pneumonia intersticial linfocítica (LIP)

17

18 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

19 DPI - Anamnese DURAÇÃO DA DOENÇA Aguda Subaguda (S a M) Crónica (M a A) Episódicas Incomum Pode ocorrer em todas as DPI, mas +++ (grupo) Maioria das DPI Incomum

20 DPI - Anamnese IDADE Maioria dos doentes com: - sarcoidose - DPI associada a DTC - HCLP - LAM - formas hereditárias de DPI Entre 20 e 40 anos Maioria dos doentes com FPI tem mais de 60 anos.

21 DPI - Anamnese GÉNERO AR Pneumoconioses Histiocitose de células de Langerhans PAP FPI Granulomatose linfomatóide LAM exclusivamente em mulheres antes da menopausa Esclerose tuberosa (ET) S. Hermansky-Pudlak PII (idiopática) ++ nunca fumadoras DTC mais comum em mulheres (!!) EXCEPÇÃO: AR +++ homens

22 DPI - Anamnese HISTÓRIA FAMILIAR Padrão AD ET e Neurofibromatose Padrão AR Hermansky-Pudlak Cluster familiar Sarcoidose FIBROSE PULMONAR FAMILIAR está associada a mutações nos genes da proteína C do surfactante, da proteína A2 do surfactante, da transcriptase reversa da telomerase (TERT), do componente RNA da temolerase (TERC) e do promotor de um gene da mucina (MUC5B). Vários padrões de pneum. intersticial: PII, PID, UIP. FR: idade avançada, sexo masculino, tabagismo.

23 DPI - Anamnese HISTÓRIA TABAGISMO 66 a 75% dos doentes com FPI têm história de tabagismo Doentes com as seguintes doenças quase sempre são fumadores actuais ou antigos: - Pneumonia intersticial descamativa (PID) exclusivamente em fumadores - Bronquiolite respiratória - HCLP - S. Goodpasture - Proteinose alveolar pulmonar

24 DPI - Anamnese HISTÓRIA OCUPACIONAL E AMBIENTAL Na PH os sintomas respiratórios, febre, calafrios, Rx tórax AN, com frequência estão temporalmente relacionados com um hobbie ou local de trabalho OUTRA HISTÓRIA PREGRESSA IMPORTANTE Infecções parasitárias podem causar eosinofilia pulmonar imp hist de viagens (Ex. Eosinofilia tropical +++ filaríase) História dos factores de risco para HIV deve ser levantada em todos os doentes com DPI porque vários processos podem ocorrer no momento da apresentação inicial ou durante a evolução clínica (ex. pneum. organização, PIA, Pneum. Linfocítica, Hemorragia alveolar difusa)

25 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

26 DPI Sinais e sintomas Dispneia - queixa comum e proeminente nos doentes com DPI - alguns doentes, podem ter doença pulmonar parenquimatosa nos exames imagem tórax sem dispneia significativa, em particular no início da evolução da doença Sarcoidose* Silicose* Histiocitose (HCLP)* PH* Pneumonia Lipóide Linfagite carcinomatóide * Opacidades nodulares (superestimação CAP. 256) Sibilância - manifestação INcomum Pneum. Eo crónica Churg-Strauss Bronquiolite respiratória Sarcoidose

27 DPI Sinais e sintomas Dor torácica clinicamente significativa - INcomum na maioria das DPI - desconforto subesternal Sarcoidose Pneumotórax espontâneo!! - HCLP 25% - LAM 50% -ET - Neurofibromatose AD Hemoptise franca e expectoração hemoptóica - raramente são manifestações à apresentação, mas pode ocorrer Sínd. Hemorrágicos alveolares difusos LAM ET Vasculite granulomatosa Histiocitose (HCLP, raramente) Fadiga e perda ponderal - Comuns em todas as DPI

28 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

29 DPI Exame físico (!!) Achados inespecíficos Taquipneia e fervores crepitantes bibasilares no final da inspiração são comuns na maioria das formas de DPI associadas a inflamação e pode haver fervores na ausência de AN no Rx tórax Roncos agudos no final da inspiração (chiado inspiratório) bronquiolite Exame cardíaco costuma ser N, excepto nos estadios intermediários ou avançados da doença, quando surgem achados de HT pulmonar e cor pulmonale Cianose e baqueteamento digital ocorrem em algs doentes com doença avançada

30 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

31 DPI Exame laboratorial Ac anti-nucleares Ac anti-imunoglobulina (FR) LDH aumentada - Identificados em alguns doentes, mesmo na ausência de doença do tecido conjuntivo clara - Achado inespecífico comum ECA aumentada - Comum nas DPIs, especialmente Sarcoidose Precipitinas séricas Ac anti-citoplasma neutrofílico ou anti-membrana basal ECG Ecocardiograma - Confirmam exposição quando se suspeita de PH, embora não sejam diagnósticas do processo - Úteis caso se suspeite de vasculite - Geralmente é N, a menos que haja HTpulmonar (desvio do eixo para a dta, hipertrofia do VD, aumento ou hipertrofia da AD) - Também revela dilatação e/ou hipertrofia do VD na presença de HT pulmonar

32 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

33 DPI Exame radiológico do tórax RX TÓRAX Na maioria dos casos inespecífico e não permite diagnóstico específico. +++ padrão reticular bibasilar Pode haver padrão nodular ou misto de enchimento alveolar e aumento da trama reticular Subgrupo de DPI exibe opacidades nodulares pulmonares com predilecção pelas zonas pulmonares superiores Sarcoidose Silicose Histiocitose PH crónica Beriliose AR (forma nodular necrobiótica) Espondilite anquilosante

34 DPI Exame radiológico do tórax Rx tórax correlaciona-se fracamente com estadio clínico ou histopatológico da doença Achado radiográfico favo de mel correlaciona-se com achados patológicos de espaços císticos pequenos e fibrose progressiva se presente = MAU progn TC ALTA RESOLUÇÃO Superior ao Rx simples de tórax para detecção precoce e confirmação de suspeita de DPI Além disso - permite melhor avaliação da extensão e distribuição da doença, sendo especialmente útil na investigação de doentes com Rx tórax normal - uma doença coexistente muitas vezes é mais bem reconhecida na TCAR (adenopatia mediastinal, carcinoma, enfisema, )

35 DPI Exame radiológico do tórax TC ALTA RESOLUÇÃO No contexto clínico apropriado, pode ser suficientemente típica para eliminar a necessidade de biópsia pulmonar nas seguintes doenças: 1) FPI ( à frente confirmação histológica essencial) 2) Sarcoidose 3) PH ( aspectos característicos, não patognomónicos ) 4) Asbestose 5) Carcinoma linfangítico 6) HCLP Qd biópsia pulmonar é necessária, TCAR ajuda a determinar a área mais apropriada para a colheita de amostras.

36 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

37 DPI provas de função pulmonar A) ESPIROMETRIA E VOLUMES PULMONARES Medição da função pulmonar é importante na avaliação da extensão do acometimento pulmonar em doentes com DPI Maioria: defeito restritivo -Diminuição de CPT, CRF e VR - FEV 1 e CVF reduzidos (devido a CPT reduzida) - razão FEV1/CVF normal ou aumentada (!) Volumes pulmonares diminuem à medida que rigidez pulmonar se agrava com progressão da doença Comum na ET e LAM Alguns: limitação obstrutiva Incomum na Sarcoidose e PH Estudos de função pulmonar têm-se mostrado de valor prognóstico em doentes com pneumonias intersticiais idiopáticas, particularmente na FPI ou PII

38 DPI provas de função pulmonar B) CAPACIDADE DE DIFUSÃO Diminuição da DLCO é achado comum, mas inespecífico na maioria das DPI ++ por desigualdade V/Q mas tb em parte por apagamento das unidades alveolo-capilares Intensidade de redução da DLCO NÃO se correlaciona com estadio da doença C) GASIMETRIA ARTERIAL Gases sanguíneos podem ser normais ou revelar hipoxémia e alcalose respiratória Tensão arterial de O2 normal (ou sat por oximetria) em repouso não exclui hipoxémia significativa durante exercício ou sono Retenção de CO2 é rara e geralmente manifestação de doença terminal

39 Rx PFP DLCO correlação pobre valor Px FPI e PII não se correlaciona

40 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

41 DPI prova de esforço cardiopulmonar Como nem sempre há hipoxémia em repouso e uma hipoxémia grave induzida pelo exercício pode passar despercebida é útil realizar uma prova de esforço com medição da gasometria arterial para detectar AN da troca gasosa Avaliação seriada da troca gasosa em repouso e em exercício é um excelente método para acompanhar a actividade da doença e a resposta ao tratamento, +++ doentes com FPI Teste da caminhada de 6 minutos é cada vez mais utilizado para obter avaliação global da capacidade submáxima de exercício em doentes com DPI distância da caminhada nível de dessaturação de O2 tendem a correlacionar-se com a função pulmonar basal do doente.

42 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

43 DPI broncoscopia Em certas doenças, a análise celular do líquido de LBA pode ser proveitosa na redução das possibilidades do DD entre os vários tipos de DPI (quadro 315.2) SARCOIDOSE Linfocitose (CD4/CD8 > 3,5) PNEUM. HIPERSENSIBILIDADE Linfocitose (>50%) (CD4/CD8 <) POC Macrófagos espumosos, CD4/CD8 < DOENÇA PULM. EO Eo >25% HEMORRAGIA ALVEOLAR DIFUSA LESÃO ALVEOLAR DIFUSA/LESÃO POR FÁRMACO Macrófagos com hemossiderina, GVs Pneumócitos hiperpásicos atípicos tipo II PAP Macrófagos espumosos, material intra-alveolar PAS + PNEUMONIA LIPÓIDE HISTIOCITOSE DE LANGERHANS DOENÇA PULMONAR POR ASBESTO Macrófagos com gordura Aumento de células CD1 +, grânulos de Birbeck Corpos ferruginosos BERILIOSE Teste de transformação do linfócito para berílio + LIPOIDOSE Macrófagos com lipopigmento específico

44 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10)Exame celular e tecidular 11) Terapêutica

45 DPI Exame celular e tecidular Biópsia pulmonar é o método mais eficaz para confirmar o diagnóstico e avaliar a actividade da doença VIP Pode identificar um processo mais tratável do que se suspeitava (PH crónica, POC, bronquiolite obliterante, sarcoidose) Deve-se obter biópsia antes de instituir tratamento Broncoscopia de fibra óptica com múltiplas biópsias pulmonares transbrônquicas (4 a 8 amostras de biópsia) muitas vezes é o procedimento de escolha inicial Se diagn específico não for definido pela biópsia transbrônquica, será indicada uma biópsia pulmonar cirúrgica por videotoracoscopia ou toracotomia a céu aberto (em geral biópsias de 2 lobos)

46 DPI Exame celular e tecidular Biópsia pulmonar é o método mais eficaz para confirmar o diagnóstico e avaliar a actividade da doença VIP CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS - doença cardiovascular grave - padrão em favo de mel ou outras evidências radiográficas de doença difusa terminal - disfunção pulmonar grave - outros grandes riscos cirúrgicos, sobretudo em idosos.

47 DPI no geral 1) Patogenia 2) Anamnese 3) Sintomas e sinais respiratórios 4) Exame físico 5) Exame laboratorial 6) Exame radiológico do tórax 7) Provas de função pulmonar 8) Prova de esforço cardiopulmonar 9) Broncoscopia 10) Exame celular e tecidular 11)Terapêutica

48 DPI Terapêutica Objectivos da terapêutica: remoção permanente do agente ofensivo, quando conhecido identificação precoce e supressão vigorosa do processo inflamatório agudo e crónico reduzindo lesão pulmonar adicional (!!) Terapêutica não reverte a fibrose (!!) Progressão é comum e insidiosa Hipoxémia (PaO2 < 55 mmhg) em repouso ou com exercício deve ser tratada com O2 suplementar Se cor pulmonale, tratamento pode ser necessário com a evolução da doença Reabilitaçao pulmonar mostrou melhorar a qualidade de vida destes doentes

49 DPI Terapêutica Terapêutica farmacológica Glicocorticóides - são a base do tratamento para a inflamação na DPI - taxa de sucesso é baixa - não existem evidências directas de que os esteróides melhorem a sobrevida - dose ideal e duração apropriada são desconhecidas - recomendados se DPI sintomática Ciclofosfamida, Azatioprina e Micofenolato Mofetil - com ou sem GC, têm sido usadas com sucesso variável para a FPI, vasculites e outras DPI - resposta demora 8 a 12 S para ocorrer!! - se fracassarem ou não forem tolerados > metotrexato, ciclosporina (mas papel destes ainda não determinado) Muitos dos casos de DPI são crónicos e irreversíveis, podendo o transplante ser considerado

50 1º) DPI no geral 2º) Cada DPI por si

51 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

52 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

53 1) FPI Doenças Pulmonares Intersticiais É a forma mais comum de pneumonia intersticial idiopática resposta nitidamente precária ao tratamento e mau prognóstico Microaspiração crónica secundária a refluxo GE pode ter um papel na fisiopatologia (!!!) >60A; 66 a 75% hist tabagismo, ++ homem - FPI - PID - Bronq resp - HCLP - SGP - PAP

54 1) FPI Doenças Pulmonares Intersticiais Clínica Exame objectivo - dispneia de esforço, tosse não produtiva e fervores inspiratórios, com ou sem baqueteamento digital TCAR 1. opacidades reticulares subpleurais, predominantemente basilares e irregulares 2. bronquiectasias por tracção 3. favo de mel

55 1) FPI Doenças Pulmonares Intersticiais Clínica TCAR PENSAR NUM DD ALTERNATIVO SE: Vidro fosco Opacidades nodulares Predomínio superior/médio Linfadenopatia hilar/mediastínica Provas de função pulmonar padrão restritivo DLCO reduzida hipoxémia arterial exacerbada ou suscitada pelo exercício

56 1) FPI Histologia Doenças Pulmonares Intersticiais Um padrão de UIP na TCAR é altamente preditivo da presença de UIP na biópsia cirúrgica. Confirmação da presença do padrão de UIP ao exame histológico é essencial para estabelecer este diagnóstico ( A TCAR pode ser suficientemente típica para eliminar necessidade de biópsia na FPI ) Biópsias transbrônquicas não ajudam a definir o diagnóstico de UIP biópsia cirúrgica geralmente é necessária Marca histólogica e o principal critério diagnóstico de UIP é aparência heterogéna com áreas alternadas de pulmão normal: há favo de mel!! Alterações histológicas afectam o parênquima periférico subpleural mais intensamente

57 1) FPI Histologia Doenças Pulmonares Intersticiais O grau de proliferação dos fibroblastos prediz a evolução da doença. Padrão fibrótico com algumas características semelhantes a UIP pode ser encontrado no estadio crónico de diversos distúrbios específicos (pneumoconioses, lesão por radiação, doenças pulmonares induzidas por fármacos, aspiração crónica, sarcoidose, PH crónica ) - outras características histopatológicas estão presentes permitindo assim a separação das lesões - consequentemente, usa-se o termo UIP para os doentes em que a lesão é idiopática e não está associada a outro distúrbio

58 1) FPI Doenças Pulmonares Intersticiais Histologia (Clínica ) Doentes com FPI podem apresentar deterioração aguda secundária a IC e isquémia são comuns em doentes com FPI, sendo responsáveis por 1/3 das mortes. Infecções Embolia pulmonar Pneumotórax insuficiência cardíaca Normalmente, tb apresentam uma fase acelerada de rápido declínio clínico = exacerbações agudas da FPI - mau prognóstico - agravamento da dispneia entre alguns dias e 4 semanas -agravamento da hipóxia - opacidades em vidro fosco e/ou consolidação num fundo com padrão de UIP - padrão histopatológico de comprometimento alveolar difuso num fundo de UIP - ausência de pneumonia infecciosa, insuficiência cardíaca e sépsis - taxa de exacerbações agudas: entre 10 e 57%

59 1) FPI Doenças Pulmonares Intersticiais Terapêutica Doentes não tratados revelam progressão contínua e alta taxa de mortalidade. Não há tratamento eficaz. A talidomida parece melhorar a tosse. Doentes com FPI e enfisema são mais propensos a necessitar de OLD e a desenvolver HTP, e têm um prognóstico pior do que doentes sem enfisema. Tratamento para refluxo GE pode ser benéfica. Esquema prednisona + azatioprina + N-acetilcisteína ou varfarina (em doentes sem outras indicações para anticoagulação) mostrou aumento do risco de hospitalização e morte.

60 1) FPI Terapêutica Doenças Pulmonares Intersticiais Nenhuma terapêutica é eficaz no tratamento das exacerbações agudas da FPI Ventilação mecânica em geral é necessária, mas não é bem-sucedida Taxa de mortalidade hospitalar até 75% Os doentes que sobrevivem às exacerbações agudas comummente sofrem recorrência que normalmente leva à morte. Os doentes devem ser referenciados cedo para transplante de pulmão pela incapacidade de prever a progressão da doença (isto é, as exacerbações agudas).

61 1) FPI Doenças Pulmonares Intersticiais - A mais comum das pneumonias intersticiais idiopáticas - > 60A, 66 a 75% hist tabagismo, ++ homem - Sintomas = DPI - Provas função pulmonar = DPI (++ restritivo, diminuição DLCO) - Embora diga atrás que TCAR pode excluir nec de biópsia essencial padrão de UIP para diagnóstico grande característica é heterogeneidade Esquema prednisona + azatioprina + N-acetilcisteína ou varfarina (em doentes sem outras indicações para anticoagulação) mostrou aumento do risco de hospitalização e morte. - Há padrão em favo de mel - Tem mau prognóstico - Pode haver exacerbações agudas (sem nh factor desencadeante) = mau prognóstico

62 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

63 2) PII Doenças Pulmonares Intersticiais Muitos casos ocorrem no contexto de um distúrbio subjacente como 1. doença do tecido conjuntivo 2. DPI induzida por fármacos 3. PH crónica PII idiopática - Processo restritivo subagudo, com apresentação semelhante à FPI - Mas idade menos avançada mais comum em mulheres que nunca tenham fumado - em muitos casos associado a doença febril - Características altamente sugestivas de doença auto-imune e preenchem os critérios para DTC indiferenciada.

64 2) PII Doenças Pulmonares Intersticiais TCAR - opacidades subpleurais bilaterais em vidro fosco - perda de volume dos lobos inferiores - favo de mel é incomum Histologia - principal característica é uniformidade - menor heterogeneidade temporal e espacial do que na UIP e o favo de mel é pouco observado ou ausente - variante celular é rara TERAPÊUTICA - maioria tem bom prognóstico mortalidade aos 5A < 15% - melhora com GC s, geralmente em combinação com azatioprina ou micofenolato mof

65 2) PII Doenças Pulmonares Intersticiais Apresentação semelhante à FPI, mas - idade menos avançada - mulheres não fumadoras - muitos casos associada a febre - TCAR com vidro fosco e favos de mel incomum - grande característica histológica é uniformidade (menor heterogeneidade temporal e espacial do que FPI) - bom prognóstico - melhora com GC s, geralmente associados a azatioprina e micofenolato mofetil = Opacidades subpleurais na TCAR

66 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

67 3) PIA/ S. Hamman-Rich

68 3) PIA/ S. Hamman-Rich Rx tórax: opacificação difusa e bilateral dos espaços aéreos TCAR: áreas simétricas, bilaterais e irregulares de atenuação em vidro fosco (++ subpleural) Diagnóstico requer a presença de SARA idiopática e confirmação da lesão alveolar difusa em organização biópsia pulmonar é essencial para diagnóstico TERAPÊUTICA Medidas de apoio Não está claro se GC s são eficazes Ventilação mecânica necessária frequentemente

69 3) PIA/ S. Hamman-Rich A PIA - Tem mais de 40 anos - Tem nome de homem mau fulminante, mau prognóstico - Nome raro - Pessoa enevoada vidro fosco - Requer a SARA idiopática - Histologia: dano alveolar difuso

70 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

71 4) POC Doenças Pulmonares Intersticiais É uma síndrome clínica de etiologia desconhecida Clínica Início geralmente na 5ª/6ª década de vida Apresentação pode ser como uma doença semelhante à gripe EO: costuma revelar fervores inspiratórios Função pulmonar costuma estar comprometida, sendo os achados mais comuns defeito restritivo e hipoxémia arteriais

72 4) POC Doenças Pulmonares Intersticiais Rx Opacidades alveolares bilaterais, irregulares/difusas, recorrentes e migratórias Volumes pulmonares normais TCAR Áreas de condensação do espaço aéreo Opacidades nodulares pequenas VIDRO FOSCO alterações ++ na periferia do pulmão e zona pulmonar inferior BIÓPSIA Tecido de granulação dentro das VR

73 4) POC Doenças Pulmonares Intersticiais TERAPÊUTICA GC s recuperação clínica em 66% dos doentes Alguns seguem evolução rapidamente progressiva com desfecho fatal, apesar dos GC s Focos de pneumonia em organização: -reacção inespecífica à lesão pulmonar encontrada ao lado de outros processos patológicos -componente de outros distúrbios pulmonares primários (criptococose, linfoma, ) > reavaliar com cuidado qualquer doente com essa lesão histopatológica para excluir tais possibilidades

74 4) POC Doenças Pulmonares Intersticiais É uma Pneumonia que se está a organizar - ainda só se apresenta como gripe - como pneumonia que é fervores inspiratórios - volumes pulmonares ainda normais - ++ periferia do pulmão e zonas pulmonares inferiores - 5ª/6ª década - 66% recupera com GC s

75 DPI no geral 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

76 5) DPI associada ao tabagismo 5.1) Pneumonia intersticial descamativa 5.2) DPI associada a bronquiolite respiratória 5.3) Histiocitose de células de Langerhans pulmonares (HCLP) -FPI - PID - Bronq resp - HCLP - SGP - PAP

77 5) DPI associada ao tabagismo 5.1) Pneumonia intersticial descamativa 5.2) DPI associada a bronquiolite respiratória 5.3) Histiocitose de células de Langerhans pulmonares (HCLP) -FPI - PID - Bronq resp - HCLP - SGP - PAP

78 5.1) PID Doenças Pulmonares Intersticiais Rara 4ª e 5ª décadas Exclusivamente em fumadores Dispneia e tosse (=fumadores) A marca histológica é a acumulação extensa, difusa e uniforme de Mos nos espaços intra-alveolares, com fibrose intersticial mínima. Mos contêm pigmento dourado, castanho ou preto (fumo tabaco) Espessamento leve paredes alveolares por fibrose e escassa infiltração céls inflamatórias Abandono do tabagismo GC Melhor Px SBV 10A 70%

79 5) DPI associada ao tabagismo 5.1) Pneumonia intersticial descamativa 5.2) DPI associada a bronquiolite respiratória 5.3) Histiocitose de células de Langerhans pulmonares (HCLP) -FPI - PID - Bronq resp - HCLP - SGP - PAP

80 5.2) DPI associada a bronquiolite respiratória Acredita-se que seja subgrupo da PID Acumulação de Mos nos alvéolos peri-brônquicos Apresentação típica de DPI (dispneia+tosse) Fervores inspiratórios TCAR Histologia Parênquima pulmonar pode Espessamento parede brônquica revelar enfisema associado ao tabaco ) Nódulos centrilobulares VIDRO FOSCO Enfisema com aprisionamento Air trapping Existem caracteristicas na TC de fumadores assintomáticos e idosos assintomáticos que não representam necessariamente doença clinicam/ relevante Parece desaparecer, na maioria dos doentes, após o abandono do tabaco

81 5) DPI associada ao tabagismo 5.1) Pneumonia intersticial descamativa 5.2) DPI associada a bronquiolite respiratória 5.3) Histiocitose de células de Langerhans pulmonares (HCLP) -FPI - PID - Bronq resp - HCLP - SGP - PAP

82 5.3) HCLP Histiocitose/Granulomatose de células de Langerhans pulmonares Doença pulmonar difusa rara Afecta ++ homens, entre 20 e 40 anos de idade Associada ao tabagismo Clínica Varia de assintomática a rapidamente progressiva Clínica mais comum: tosse, dispneia, dor torácica, perda ponderal e febre Pneumotórax em 25% dos casos Hemoptises e diabetes insípida são manifestações raras Pneumotórax espontâneo!! - HCLP 25% - LAM 50% -ET - Neurofibromatose AD

83 5.3) HCLP ECD Rx (varia de acordo com o estadio da doença) Nódulos pouco nítidos/estrelados Opacidades reticulares/nodulares Quistos bizarros superiores Preservação volume e  costofrénicos Característico TCAR Nódulos Quistos paredes finas Dx VIP BIÓPSIA Lesões esclerosadas nodulares com células Langerhans (+região central bronquíolo com parênquima pulmonar normal) Infiltrados celulares mistos

84 5.3) HCLP AN MAIS FREQUENTE DA FUNÇÃO PULMONAR = redução acentuada da DLCO embora possam ocorrer graus variáveis de doença restritiva, limitação do fluxo aéreo e diminuição da capacidade de exercício TERAPÊUTICA Abandono do tabagismo é a base do tratamento melhoria clínica em 33% dos doentes Maioria tem doença persistente ou progressiva!! Morte por insuficiência resp em cerca de 10% dos doentes

85 5.3) HCLP - Homens - 20 a 40 anos - Associada ao tabaco base do tratamento é abandono, mas só 33% tem resposta clínica maioria doença persistente ou progressiva - Pneumotórax em 25% dos doentes - TCAR com nódulos e quistos de paredes finas (zonas superiores!!) é praticamente diagnóstica - nódulos região central bronquíolo - Redução DLCO = AN função + freq

86 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

87 6) DPI associadas a doenças do tecido conjuntivo Achados físicos sugestivos de doença do tecido conjuntivo devem ser pesquisados em todos os doentes com DPI DPI associadas a doenças do tec conjuntivo podem ser difíceis de excluir pq manifestações pulmonares às vezes precedem as manifestações sistémicas mais típicas em meses ou anos Forma de acometimento pulmonar mais comum: PII Mas determinação exacta da natureza do acometimento pulmonar na maioria dos casos é difícil Na maioria, à excepção da esclerose sistémica progressiva, o tratamento inicial recomendado inclui GC orais frequentemente com um imunossupressor (ciclofosfamida oral/iv ou azatioprina oral) ou micofenolato mofetil.

88 2) PII Doenças Pulmonares Intersticiais Muitos casos ocorrem no contexto de um distúrbio subjacente como 1. doença do tecido conjuntivo 2. DPI induzida por fármacos 3. PH crónica PII idiopática - Processo restritivo subagudo, com apresentação semelhante à FPI - Mas idade menos avançada mais comum em mulheres que nunca tenham fumado - em muitos casos associado a doença febril - Características altamente sugestivas de doença auto-imune e preenchem os critérios para DTC indiferenciada.

89 Esclerose sistémica progressiva Artrite reumatóide - Evidências de DPI: clínicas 50% doentes patológicas 75% doentes -Alterações testes função pulmonar antes de evidência clínica ou radiográfica de doença pulmonar -TCAR: ~PII idiopática predominância de vidro fosco ou de padrão reticular -Histologia: PII na maioria (~75%); padrão PIU é raro (<10%) padrão PIU neste contexto de ESP tem -Tratamento melhor prognóstico do que a FPI ~PII idiopática o + usado: GC + imunossupressor (mas sem dados de eficácia e aumento do risco de crise renal com os GC) +++ Homens Manifestações pulmonares: -Pleuresia com ou sem derrame - DPI em até 20% dos casos - nódulos necrobióticos - S. Caplan (pneumoconiose reumatóide) - Obstrução VRS (AR cricoaritnoideia) - pneumonia organizada Histologia: padrão PII e PIU Tratamento: GC orais 1-3 meses Anti- TNFα risco desenvolver doença pulmonar rápida e ocasionalm/ fatal

90 LES Doença pulmonar é uma complicação comum do LES: -Pleuresia com ou sem derrame é a manif pulm mais comum -DPI crónica e progressiva é incomum (<10%) - Pneumonite aguda com capilarite (hemorragia alveolar) é incomum Histologia: padrões + comuns incluem PII, PIU, LIP e ocasionalm/ pneumonia organização e amiloidose Polio e dermatomiosite - DPI em 10% dos doentes - opacidades reticulares ou nodulares, ++ bases pulmonares (padrão PII) - DPI é mais comum no subgrupo de doentes com AC anti-jo-1 Síndrome de Sjogren Histologia: PII predomina em relação a PIU, pneumonia organização ou outros Tratamento: o + usado: GC orais na doença fulminante metilprednisolona IV alta dose 3-5 dias Ressecamento generalizado e ausência de secreções nas vias respiratórias causam os principais problemas de rouquidão, tosse e bronquite Histologia: PII fibrótico é o mais comum. Associada a: Linfoma, pseudolinfoma, Pneumonite intersticial linfocítica Tratamento com GC com algum sucesso clínico

91 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

92 7) DPI induzida por fármacos Muitas classes de fármacos têm o potencial de induzir DPI difusa Manifestação mais comum: dispneia de esforço e tosse não produtiva Na maioria dos casos patogenia é desconhecida É provável: combinação de efeitos tóxicos directos do fármaco (ou seu metabolito) e eventos inflamatórios e imunológicos indirectos Início da doença abrupto e fulminante ou insidioso (estendendo-se por S a M) - Fármaco pode ter sido usado ANOS antes de uma reacção (ex: amiodarona) - Doença pode ocorrer S ou A APÓS SUSPENSÃO do agente (ex: carmustina) Extensão e intensidade da doença em geral estão relacionadas com a dose Histologia: padrões de lesão são muito variáveis e dependem do agente Tratamento: suspender fármaco + medidas apoio

93 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

94 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

95 9) PAP Doenças Pulmonares Intersticiais Embora não seja estritamente uma DPI, a PAP assemelha-se a esse distúrbio sendo, por isso, a ele associada. MECANISMO DA DOENÇA? Acs anti GM CSF (IgG) Defeito Mos remoção do surfactante lipoproteínas nos espaços aéreos distais PAS + - É uma doença auto-imune - há pouca ou nenhuma inflamação pulmonar e a arquitectura pulmonar subjacente está preservada

96 9) PAP Doenças Pulmonares Intersticiais > 90% RARA em adultos

97 9) PAP Doenças Pulmonares Intersticiais Idade de apresentação típica é dos 30 aos 50 anos Homens mais afectados Clínica geralmente insidiosa e manifesta-se por dispneia de esforço progressiva, fadiga, perda ponderal e febre baixa Tosse improdutiva é comum, mas às vezes ocorre expectoração de material gelatinoso particulado

98 9) PAP Doenças Pulmonares Intersticiais LAB Policitémia Hipergamaglobulinémia (doença mediada por Acs) LDH Proteínas A e D do surfactante pulmonar séricas Rx Opacidades alveolares bilaterais, simétricas (centrais nos campos intermédio e inferior) PADRÃO ASA DE MORCEGO TCAR VIDRO FOSCO Espessamento intralobular e dos septos

99 9) PAP Doenças Pulmonares Intersticiais Na ausência de qualquer causa secundária conhecida para PAP, um título sérico de anti-gm-csf elevado é altamente específico e sensível para o diagnóstico de PAP. Os níveis de anticorpos anti-gm-csf no lavado bronco-alveolar correlacionam-se melhor com a gravidade da PAP do que os níveis séricos. TERAPÊUTICA LAVADOS PULMONARES TOTAIS POR TUBO ET DE DUPLO LÚMEN = alívio a doentes com dispneia ou hipoxémia progressiva, podendo também ser benéficos a longo prazo

100 9) PAP Doenças Pulmonares Intersticiais - é a do morcego! Acs anti GM CSF (IgG) Defeito Mos remoção do surfactante lipoproteínas nos espaços aéreos distais PAS + -há 3 tipos - homens, 30 a 50 A - às x tosse com material gelatinoso particulado - Rx com asas de morcego - lavado pulmonar total alívio e benefício a longo prazo

101 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

102 10) LAM Doenças Pulmonares Intersticiais Rara Mulheres antes da menopausa Enfisema Pneumotórax recorrente Derrame pleural quiloso Brancos afectados com frequência bem maior do que outros grupos raciais Agrava durante gravidez e melhora após ooforectomia L (linf) A (angio) M (mio) - derrame pleural quiloso - quiloperitoneu, quilopericárdio, quilúria, - hemoptise - proliferação de músculo liso

103 10) LAM Doenças Pulmonares Intersticiais EXAME PATOLÓGICO: proliferação de músculo liso intersticial pulmonar atípico formação de quistos Pneumotórax espontâneo!! Clínica Comum à apresentação: dispneia, tosse e dor torácica Hemoptise pode levar ao óbito - HCLP 25% - LAM 50% -ET - Neurofibromatose AD Pneumotórax espontâneo em 50% dos doentes (pode ser bilateral e exigir pleurodese) QUILO: Quilotórax, quiloperitoneu, quilúria e quilopericárdio Meningioma e angiomiolipomas renais (achados típicos de ET) são comuns em doentes com LAM

104 10) LAM Doenças Pulmonares Intersticiais Provas de função pulmonar: em geral padrão obstrutivo (ET e LAM) ou obstrutivo-restritivo misto TCAR: quistos de paredes finas circundados por pulmão normal, sem predomínio zonal (HCLP nodulos e quistos nas zonas superiores) TERAPÊUTICA NENHUMA TEM BENEFÍCIO COMPROVADO Progressão é comum, com sobrevida mediana de 8 a 10 A após diagnóstico Sirolimus após 12 meses estabiliza função pulmonar, sintomas e qualidade vida Progesterona e análogos hormona LH foram utilizados Ooforectomia já não é recomendada Fármacos com estrogénio devem ser descontinuados Transplante de pulmão é a ÚNICA esperança

105 10) LAM Doenças Pulmonares Intersticiais - Mulheres antes da menopausa - 50% pneumotórax L (linf) A (angio) M (mio) - derrame pleural quiloso - quiloperitoneu, quilopericárdio, quilúria, - hemoptise - proliferação de músculo liso - Padrão obstrutivo - Quistos de paredes finas sem predomínio zonal

106 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

107 11) DPI com hemorragia alveolar difusa Hemorragia para o interior dos espaços alveolares (rotura memb. alv-cap.) Pode haver: Capilarite pulmonar - Infiltrado neutrofílico nos septos alveolares que pode provocar necrose dessas estruturas extravasamento dos GV s Necrose fibrinóide do interstício (com GVs no interstício) Hemorragia leve, sem inflamação das estruturas alveolares

108 11) DPI com hemorragia alveolar difusa Clínica Início muitas vezes abrupto, com tosse, febre e dispneia À apresentação inicial pode existir dificuldade respiratória que exige ventilação mecânica Embora seja esperada, NÃO há hemoptise na apresentação inicial em 33% dos casos Em doentes sem hemoptise, diagnóstico sugerido por:. opacidades alveolares recentes. nível de Hb decrescente. líquido de LBA hemorrágico Contagem elevada de leucócitos e Ht decrescente são frequentes Pode haver evidência de comprometimento da função renal, causado por GN necrosante segmentar focal, em geral com formação de crescentes.

109 11) DPI com hemorragia alveolar difusa ECD Rx tórax inespecífica e mostra mais frequentemente novas opacidades alveolares irregulares ou difusas Episódios recorrentes fibrose pulmonar!! opacidades intersticiais DLCO pode se encontrar aumentada (devido à Hb no espaço alveolar) Técnicas de imunofluorescência: - ausência de imunocomplexos (pauciimune) granulomatose de Wegener, poliiangite microscópica, GN pauciimune, capilarite pulmonar isolada - padrão granuloso: DTC (++LES) - depósito linear típico: S. Goodpasture - depósito granuloso com IgA: púrpura de Henoch-Shonlein

110 Rx PFP DLCO correlação pobre valor Px FPI e PII não se correlaciona

111 11) DPI com hemorragia alveolar difusa Tratamento Base do tratamento da HAD associada a vasculite sistémica, DTC, S. Goodpasture e capilarite pulmonar isolada é a metilprednisolona ev até 5 dias depois redução gradual da dose e depois manutenção com oral Importante início imediato do tratamento, sobretudo se disfunção renal, porque assim maior probabilidade de preservar função renal Decisão de instituir outra terapêutica imunosupressora depende da intensidade da doença na situação aguda

112 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

113 DPI - Anamnese HISTÓRIA FAMILIAR Padrão AD Padrão AR ET e Neurofibromatose Hermansky-Pudlak (p.2169) Facomatoses Esclerose tuberosa Neurofibromatose Doença de Nieman- Pick Doença de Gaucher Cluster familiar Sarcoidose FIBROSE PULMONAR FAMILIAR está associada a mutações nos genes da proteína C do surfactante, da proteína A2 do surfactante, da transcriptase reversa da telomerase (TERT), do componente RNA da temolerase (TERC) e do promotor de um gene da mucina (MUC5B). Vários padrões de pneum. intersticial: PII, PID, UIP. FR: idade avançada, sexo masculino, tabagismo.

114 Cada DPI 1) Fibrose pulmonar idiopática (FPI) 2) Pneumonia intersticial inespecífica (PII) 3) Pneumonia intersticial aguda (PIA) = S. Hamman-Rich 4) Pneumonia em organização criptogénica 5) DPI associada ao tabagismo 6) DPI associada a doenças do tec conjuntivo 7) DPI induzida por fármacos 8) Pneumonia eosinofílica 9) Proteinose alveolar pulmonar (PAP) 10) Linfangioliomiomatose pulmonar (LAM) 11) Síndromes de DPI com hemorragia alveolar difusa 12) Distúrbios hereditários associados a DPI 13) DPI com resposta granulomatosa no tec pulmonar ou em estruturas vasculares

115 Causa conhecida Pneumonite de Hipersensibilidade (poeiras orgânicas) Poeiras inorgânicas: berílio, sílica Granulomatose Causa desconhecida Sarcoidose Vasculite Granulomatosa Granulomatose com poliangeíte (Wegener) Granulomatose eosinofílica com poliangeíte (Churg-Strauss) Granulomatose Broncocêntrica Granulomatose linfomatóide

116 12) DPI com resposta granulomatosa a) Vasculite granulomatosa Angiite pulmonar (inflamação e necrose dos vasos) + formação de granulomas Pulmões quase sempre envolvidos, mas qq órgão pode estar envolvido b) Distúrbios linfocitários Infiltração de linfócitos e plasmócitos no parênquima pulmonar Benignos ou linfomas de baixo grau Pneumonite intersticial linfocitária: rara, ocorre em adultos, alguns com d. imune e disproteinémia Granulomatose linfomatóide: linfoma de células T angiocentrico, maligno; afecta qq órgão, mas ++ pulmão(>90%), pele e SNC ++homens anos, embora possa afectar qqr idade; ++ países ocidentais Curso clínico varia: desde remissão sem tratamento a morte dentro de 2 anos

Aula 13 Patologia Intersticial Idiopática

Aula 13 Patologia Intersticial Idiopática Aula 13 Patologia Intersticial Idiopática DOENÇAS DIFUSAS DO PARÊNQUIMA PULMONAR ENQUADRAMENTO INFLAMAÇÃO? FIBROSE Citocinas, Quimiocinas Factores fibrogénicos, rad oxidantes Enzimas proteolíticas,...

Leia mais

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori ROTEIRO Pneumonia intersticial com achados autoimunes: revisão Ana Paula Sartori Doença Pulmonar Intersticial Consensos/Classificação

Leia mais

Estudo das lesões fundamentais observadas à TCAR através de casos clínicos

Estudo das lesões fundamentais observadas à TCAR através de casos clínicos Estudo das lesões fundamentais observadas à TCAR através de casos clínicos Dante Luiz Escuissato Achados da TCAR nas doenças pulmonares: Redução da transparência pulmonar: Nódulos: centrolobulares, perilinfáticos

Leia mais

Doenças pulmonares intersticiais

Doenças pulmonares intersticiais Doenças pulmonares intersticiais Distúrbios Restritivos/Difusionais FISIOTERAPIA - FMRPUSP Paulo Evora Fibrose pulmonar idiopática Sarcoidose As doenças pulmonares intersticiais (DIP) constituem um grupo

Leia mais

Pneumonias Intersticiais O que o radiologista precisa saber

Pneumonias Intersticiais O que o radiologista precisa saber Pneumonias Intersticiais O que o radiologista precisa saber Bruno Hochhegger MD, PhD brunohochhegger@gmail.com Professor de Radiologia da UFCSPA e PUCRS Coordenador Medico doa Imagem HSL-PUCRS e CIM-INSCER

Leia mais

- TC Tórax - - Terminologia descritiva - - Lesões elementares / padrões fundamentais - Dr. Mauro Edelstein R3 Gustavo Jardim Dalle Grave

- TC Tórax - - Terminologia descritiva - - Lesões elementares / padrões fundamentais - Dr. Mauro Edelstein R3 Gustavo Jardim Dalle Grave - TC Tórax - - Lesões elementares / padrões fundamentais - - Terminologia descritiva - Dr. Mauro Edelstein R3 Gustavo Jardim Dalle Grave Abril 2012 Bolha Área focal hipodensa com paredes bem definidas

Leia mais

16/04/2015. Doenças Intersticiais Pulmonares Classificação. Doenças Intersticiais Pulmonares Classificação

16/04/2015. Doenças Intersticiais Pulmonares Classificação. Doenças Intersticiais Pulmonares Classificação Classificação das Pneumonias Intersticiais Idiopáticas Prof. Dr. Carlos Carvalho Grupo de DIP 33 anos InCor HOSPITALDAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADEDE SÃO PAULO Doenças Intersticiais Pulmonares

Leia mais

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. João Luiz V Ribeiro Introdução Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar Coexistência Mesma síndrome funcional Hábito do tabagismo como principal fator etiopatogênico

Leia mais

04/06/2012. vias de condução aérea. brônquios/bronquíolos. vias de trocas gasosas. ductos alveolares/alvéolos

04/06/2012. vias de condução aérea. brônquios/bronquíolos. vias de trocas gasosas. ductos alveolares/alvéolos Departamento de Patologia Pulmonar XIII Curso Nacional de Atualização em Pneumologia - 2012 Patologia Pulmonar Métodos diagnósticos Rimarcs G. Ferreira Professor Adjunto do Departamento de Patologia UNIFESP-EPM

Leia mais

09/07/ Tromboembolismo Pulmonar Agudo. - Tromboembolismo Pulmonar Crônico. - Hipertensão Arterial Pulmonar

09/07/ Tromboembolismo Pulmonar Agudo. - Tromboembolismo Pulmonar Crônico. - Hipertensão Arterial Pulmonar - Tromboembolismo Pulmonar Agudo - Tromboembolismo Pulmonar Crônico - Hipertensão Arterial Pulmonar A escolha dos métodos diagnósticos dependem: Probabilidade clínica para o TEP/HAP Disponibilidade dos

Leia mais

02/06/2010. Derrame Pleural. Sarcoidose

02/06/2010. Derrame Pleural. Sarcoidose Doenças Restritivas São aquelas nas quais a expansão do pulmão é restringida por causa de alterações no parênquima pulmonar ou por causa de doenças da pleura, da parede torácica ou do aparelho neuromuscular

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como

Leia mais

Patologia pulmonar. Doenças intersticiais. Alunos 5º semestre. Prof. Jane Maria Ulbrich. Prof. Adjunta do Departamento de Patologia Famed/Ufrgs

Patologia pulmonar. Doenças intersticiais. Alunos 5º semestre. Prof. Jane Maria Ulbrich. Prof. Adjunta do Departamento de Patologia Famed/Ufrgs Doenças intersticiais Alunos 5º semestre Prof. Jane Maria Ulbrich Prof. Adjunta do Departamento de Patologia Famed/Ufrgs Material utilizado em sala de aula com alunos Doenças intersticiais Doenças Ocupacionais

Leia mais

Plano de aula. Aspectos Técnicos. Novos conceitos em Pneumonias Intersticiais 16/04/2015

Plano de aula. Aspectos Técnicos. Novos conceitos em Pneumonias Intersticiais 16/04/2015 Novos conceitos em Pneumonias Intersticiais Bruno Hochhegger MD, PhD brunohochhegger@gmail.com Professor de Radiologia da UFCSPA e PUC/RS Doutor em Pneumologia pela UFRGS Pós doutor em Radiologia pela

Leia mais

Pneumonias - Seminário. Caso 1

Pneumonias - Seminário. Caso 1 Pneumonias - Seminário Caso 1 Doente do género masculino, de 68 anos, com quadro de infecção das vias aéreas superiores. Posteriormente desenvolve tosse e expectoração purulenta, febre alta, resistente

Leia mais

Nódulos pulmonares múltiplos-causas. Metástases pulmonares. Doenças pulmonares multinodulares-bases

Nódulos pulmonares múltiplos-causas. Metástases pulmonares. Doenças pulmonares multinodulares-bases Nódulos pulmonares múltiplos-causas Neoplasias -Metástases -CBA -Linfoma Doenças granulomatosas -Infecciosas Tuberculose Micoses -Não infecciosas Sarcoidose/Beriliose Silicose/PTC Pn hipersensibilidade

Leia mais

9 de Novembro de Professor Ewerton. TC de alta resolução dos pulmões

9 de Novembro de Professor Ewerton. TC de alta resolução dos pulmões 9 de Novembro de 2007. Professor Ewerton. TC de alta resolução dos pulmões TCAR É um método valioso na avaliação das doenças pulmonares difusas sendo mais sensível e específico que as radiografias do tórax.

Leia mais

Vasculites Pulmonares Diagnóstico Diferencial Histológico

Vasculites Pulmonares Diagnóstico Diferencial Histológico XV Curso Nacional de Atualização em Pneumologia 2014 Vasculites Pulmonares Diagnóstico Diferencial Histológico Rimarcs G. Ferreira Departamento de Patologia EPM/UNIFESP Departamento de Patologia Pulmonar

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS Bruno Guedes Baldi Grupo de Doenças Intersticiais Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP XII CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA-

Leia mais

Complicações pulmonares após transplante de células tronco hematopoéticas

Complicações pulmonares após transplante de células tronco hematopoéticas Complicações pulmonares após transplante de células tronco hematopoéticas Dados Gerais Complicações pulmonares após transplante de células tronco hematopoéticas Complicações pulmonares ocorrem em 40 a

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DEFINIÇÃO SINDROME CARACTERIZADA PELA OBSTRUÇÃO CRÔNICA DIFUSA DAS VIAS AÉREAS INFERIORES, DE CARÁTER IRREVERSIVEL, COM DESTRUÇÃO PROGRESSIVA

Leia mais

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC Desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo ( parte não reversível) É progressiva Associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão, a partículas

Leia mais

Dr. Domenico Capone Prof. Associado de Pneumologia da Faculdade de Ciências Médicas do Estado do Rio de Janeiro-UERJ Médico Radiologista do Serviço

Dr. Domenico Capone Prof. Associado de Pneumologia da Faculdade de Ciências Médicas do Estado do Rio de Janeiro-UERJ Médico Radiologista do Serviço imagem NAS DOENÇAS DAS PEQUENAS VIAS AÉREAS (Bronquiolites) Dr. Domenico Capone Prof. Associado de Pneumologia da Faculdade de Ciências Médicas do Estado do Rio de Janeiro-UERJ Médico Radiologista do Serviço

Leia mais

DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior

DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DEFINIÇÃO Dispnéia é definida como uma percepção anormalmente desconfortável da respiração Não consigo puxar ar suficiente, O ar não vai até lá embaixo, Estou sufocando,

Leia mais

16/04/2013. IDENTIFICAÇÃO: Masculino,negro,59 anos,pedreiro,natural de Itu-SP. QP: Dispneia aos esforços e tosse seca há 4 anos. HPMA: (mahler 6).

16/04/2013. IDENTIFICAÇÃO: Masculino,negro,59 anos,pedreiro,natural de Itu-SP. QP: Dispneia aos esforços e tosse seca há 4 anos. HPMA: (mahler 6). Andréa Gimenez Pós-graduanda em Doenças Pulmonares Intersticiais UNIFESP - SP IDENTIFICAÇÃO: Masculino,negro,59 anos,pedreiro,natural de Itu-SP. QP: Dispneia aos esforços e tosse seca há 4 anos. HPMA:

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível

Leia mais

Pneumonias de hipersensibilidade (Alveolite alérgica extrinseca)

Pneumonias de hipersensibilidade (Alveolite alérgica extrinseca) Pneumonias de hipersensibilidade (Alveolite alérgica extrinseca) LUIZ OTAVIO R. S. GOMES MÉDICO PNEUMOLOGISTA HOSPITAL DO PULMÃO BLUMENAU SC FURB - BLUMENAU Pneumonia de hipersensibilidade (alveolite alérgica

Leia mais

ÁREA/SUB-ÁREA DO TERMO (BR): Medicina saúde pública pneumopatias

ÁREA/SUB-ÁREA DO TERMO (BR): Medicina saúde pública pneumopatias GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO Ficha de Coleta atualizada em junho de 2012 Foco: português/variantes/ficha =verbete/definições em coleta FICHA NÚMERO: ( ) TERMO REALITER (x) TERMO NOVO

Leia mais

Radiografia e Tomografia Computadorizada

Radiografia e Tomografia Computadorizada Radiografia e Tomografia Computadorizada Análise das Imagens Imagem 1: Radiografia simples de tórax, incidência posteroanterior. Infiltrado micronodular difuso, bilateral, simétrico, predominantemente

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS Objetivos da aula Rever aspectos da prova de função pulmonar (PFP) Identificar principais parâmetros da PFP usados em Pneumologia Ocupacional Fornecer subsídios para a discussão

Leia mais

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Hospital São Lucas SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA José Antônio de Figueiredo Pinto DEFINIÇÃO Lesão arredondada, menor que 3.0 cm

Leia mais

Pneumonias intersticiais idiopáticas

Pneumonias intersticiais idiopáticas Pneumonias intersticiais idiopáticas Abordagem Diagnóstica* DOLORES MONIZ** * Tema apresentado numa mesa redonda no IX Encontro Internacional de Pneumologistas SPP/NEUMOSUR ** Assistente Hospitalar Graduada

Leia mais

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre CASO CLÍNICO ASMA Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre Dispnéia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto 2 despertares noturnos/semana por asma Diversas internações

Leia mais

É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um

É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um BRONQUIECTASIA DEFINIÇÃO É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um ou mais brônquios. A condição geralmente se associa à

Leia mais

Vasculite sistémica primária juvenil rara

Vasculite sistémica primária juvenil rara www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Vasculite sistémica primária juvenil rara Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Quais são os tipos de vasculite? Como é a vasculite classificada?

Leia mais

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS A DPOC se caracteriza por alterações progressivas da função pulmonar, resultando em obstrução ao fluxo aéreo. É constituída pelo enfisema, bronquite e asma. ENFISEMA É uma doença

Leia mais

Semiologia das alterações parenquimatosas

Semiologia das alterações parenquimatosas Semiologia das alterações parenquimatosas Classificação das opacidades pulmonares O sinal de silhueta Alterações do espaço aéreo A consolidação pulmonar Redução do componente aéreo O colapso pulmonar Aumento

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Clínica Médica e Cirúrgica I INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA João Adriano de Barros Disciplina de Pneumologia Universidade Federal do Paraná Objetivos da Aula... Importância da IRA devido a sua alta mortalidade

Leia mais

Raio X Simples do Tórax

Raio X Simples do Tórax Raio X Simples do Tórax Imagens de hipertransparência Prof Denise Duprat Neves Prof Ricardo Marques Dias 2 Como classificar Hipertransparência Anulares Em forma de anel com halo hipotransparente Cavidade,

Leia mais

Envelhecimento do Sistema Respiratório

Envelhecimento do Sistema Respiratório Envelhecimento do Sistema Respiratório Introdução Alterações decorrentes do envelhecimento afetam desde os mecanismos de controle até as estruturas pulmonares e extrapulmonares que interferem no processo

Leia mais

IMPLICAÇÕESCLÍNICAS DO DIAGNÓSTICOTARDIO DA FIBROSECÍSTICA NOADULTO. Dra. Mariane Canan Centro de Fibrose Cística em Adultos Complexo HC/UFPR

IMPLICAÇÕESCLÍNICAS DO DIAGNÓSTICOTARDIO DA FIBROSECÍSTICA NOADULTO. Dra. Mariane Canan Centro de Fibrose Cística em Adultos Complexo HC/UFPR IMPLICAÇÕESCLÍNICAS DO DIAGNÓSTICOTARDIO DA FIBROSECÍSTICA NOADULTO Dra. Mariane Canan Centro de Fibrose Cística em Adultos Complexo HC/UFPR FIBROSE CÍSTICA Gene CFTR 1989 > 2000 mutações identificadas

Leia mais

Glomerulonefrites Secundárias

Glomerulonefrites Secundárias Doenças sistêmicas nfecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa doenças reumáticas, gota, mieloma, amiloidose, neoplasias SDA hepatite viral shistossomose Doenças Reumáticas Lupus eritematoso

Leia mais

Padrão acinar Gustavo de Souza Portes Meirelles 1. 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP. 1 Terminologia

Padrão acinar Gustavo de Souza Portes Meirelles 1. 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP. 1 Terminologia Padrão acinar Gustavo de Souza Portes Meirelles 1 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP 1 Terminologia Em alterações comprometendo o ácino (conjunto de alvéolos, sacos alveolares,

Leia mais

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho! Nenê assim rapidamente leva trombada Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho! Nenê assim rapidamente leva trombada Nefrítica Nefrótica Assintomática GN rapidamente progressiva Trombótica

Leia mais

TOUR RADIOLÓGICO: NÓDULOS PULMONARES

TOUR RADIOLÓGICO: NÓDULOS PULMONARES TOUR RADIOLÓGICO: NÓDULOS PULMONARES Gustavo Meirelles gmeirelles@gmail.com CONFLITOS DE INTERESSE Coordenador Médico do Grupo Fleury Sócio-fundador e CEO da DICOM Grid Brasil Consultor médico da Eternit

Leia mais

DOENÇA A PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

DOENÇA A PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA unesp Curso Semiologia 3 ano 2008 C L ÍN IC A M É D IC A DOENÇA A PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Daniella de Rezende Duarte Disciplina de Clínica Médica Faculdade de Medicina de Botucatu INCIDÊNCIA DPOC 15,8%

Leia mais

16/04/2013. Caso Clínico. História. História. Feminina, 32 anos, faxineira. Natural de Foz do Iguaçu

16/04/2013. Caso Clínico. História. História. Feminina, 32 anos, faxineira. Natural de Foz do Iguaçu Disciplina de Pneumologia - InCor HC FMUSP Caso Clínico Carolina Salim G. Freitas Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares Divisão de Pneumologia - InCor Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Leia mais

Sistema respiratório. Funções. Anatomia do sistema respiratório. Brônquios, bronquíolos e alvéolos. Promover troca de gases circulantes: Vocalização

Sistema respiratório. Funções. Anatomia do sistema respiratório. Brônquios, bronquíolos e alvéolos. Promover troca de gases circulantes: Vocalização Funções Sistema respiratório Promover troca de gases circulantes: suprir oxigênio e remover o dióxido de carbono Vocalização Anatomia do sistema respiratório Nariz Faringe Laringe Traquéia Brônquios Pulmões

Leia mais

Pneumonite por Droga: Abordagem Prática. João G. Pantoja

Pneumonite por Droga: Abordagem Prática. João G. Pantoja : Abordagem Prática João G. Pantoja Conflito de interesse: nenhum Geral Quimioterápicos Imunológicos Fluxograma Geral Efeitos adversos causados por drogas são diversos: - Alérgico / hipersensibilidade

Leia mais

ÁREA/SUB-ÁREA DO TERMO (BR): Medicina saúde pública pneumopatias

ÁREA/SUB-ÁREA DO TERMO (BR): Medicina saúde pública pneumopatias GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO Ficha de Coleta atualizada em junho de 2012 Foco: português/variantes/ficha =verbete/definições em coleta FICHA NÚMERO: ( ) TERMO REALITER (x) TERMO NOVO

Leia mais

SILICOSE E DISPNEIA TARDIA ACENTUADA SEM HIPOXEMIA. Masculino, 29 anos, branco, natural e procedente de Nova Campina, SP

SILICOSE E DISPNEIA TARDIA ACENTUADA SEM HIPOXEMIA. Masculino, 29 anos, branco, natural e procedente de Nova Campina, SP SILICOSE E DISPNEIA TARDIA ACENTUADA SEM HIPOXEMIA Mauri Monteiro Rodrigues Médico assistente Hospital do Servidor Público Estadual DAR Doenças do Aparelho Respiratório Masculino, 29 anos, branco, natural

Leia mais

Direcção-Geral da Saúde

Direcção-Geral da Saúde Assunto: Para: Orientação Técnica sobre Exacerbações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) Todos os Médicos Nº: 34/DSCS DATA: 19/11/08 Contacto na DGS: Direcção de Serviços de Cuidados de Saúde

Leia mais

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Sistema Respiratório e Exercício Programação Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Volumes e Capacidades Pulmonares ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE Asma BIE DPOC Aula Prática (Peak Flow) Profa.

Leia mais

Cistos e cavidades pulmonares

Cistos e cavidades pulmonares Cistos e cavidades pulmonares Gustavo de Souza Portes Meirelles 1 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP 1 Definições Cistos e cavidades são condições em que há aumento da transparência

Leia mais

Com elevada freqüência coexistem no mesmo paciente, com predomínio de uma ou de outra.

Com elevada freqüência coexistem no mesmo paciente, com predomínio de uma ou de outra. DPOC DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Mecanismo de obstrução das vias aéreas Mecanismo de obstrução das vias aéreas DPOC Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar C l d f üê i i i Com elevada freqüência

Leia mais

Padrão intersticial. Gustavo de Souza Portes Meirelles 1. 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP.

Padrão intersticial. Gustavo de Souza Portes Meirelles 1. 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP. Padrão intersticial Gustavo de Souza Portes Meirelles 1 1 Doutor em Radiologia pela Escola Paulista de Medicina UNIFESP 1 Definição O interstício é uma rede de tecido conectivo que dá suporte aos pulmões

Leia mais

Como ler Espirometrias

Como ler Espirometrias Como ler Espirometrias J. Chaves Caminha Professor Auxiliar de Pneumologia do ICBAS Consultor de Medicina Intensiva do SCI do CHP Responsável pelo Laboratório de Fisiopatologia do CHP e do RIME Estudos

Leia mais

Biofísica da Respiração

Biofísica da Respiração Biofísica da Respiração Estrutura e função do aparelho respiratório Mecânica da respiração Trocas gasosas Biofísica Medicina Veterinária FCAV/UNESP/Jaboticabal Funções do aparelho respiratório Respiração:

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Extremamente comuns. Caracterizadas por resistência aumentada ao fluxo de ar nas vias aéreas. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA ENFISEMA

Leia mais

16/04/2013 CASO CLÍNICO. Masculino, 35 anos, não fumante. Masculino, 35 anos, não fumante. Exame físico: Exame oftalmológico: sem anormalidades.

16/04/2013 CASO CLÍNICO. Masculino, 35 anos, não fumante. Masculino, 35 anos, não fumante. Exame físico: Exame oftalmológico: sem anormalidades. CASO CLÍNICO Maria Raquel Soares Pneumologista IAMSPE HSPE - SP Pós-graduanda em Doenças Pulmonares Intersticiais UNIFESP - SP Masculino, 35 anos, não fumante o Estudante de odontologia o 1997 pneumonia

Leia mais

GRANULOMATOSES PULMONARES

GRANULOMATOSES PULMONARES GRANULOMATOSES PULMONARES Rimarcs G. Ferreira Departamento de Patologia (UNIFESP-EPM) Departamento de Patologia Pulmonar (SBPT) rimarcs.ferreira@unifesp.br agregados circunscritos nodulares de células

Leia mais

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória 1. Anatomia e fisiologia do sistema cardiorrespiratório Egan. 1 ed. São Paulo: Manole, 2000. (Seção 3, caps.7 e 8) WEST, J.B. Fisiologia respiratória

Leia mais

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Angélica Ferreira do Amaral Anna Gessyka Bernardo Monteiro Iraneide Araújo Silva Irismar Barros Maria Lúcia Lopes de Lima Tiago dos Santos Nascimento 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária. (Nefropatia por IgA [Doença de Berger])

Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária. (Nefropatia por IgA [Doença de Berger]) Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária (Nefropatia por IgA [Doença de Berger])

Leia mais

Atlas de Imagens do Tórax

Atlas de Imagens do Tórax Patricia Kritek John J. Reilly, Jr. Este atlas de imagens do tórax é uma coleção de interessantes radiografias e tomografias computadorizadas do tórax. As leituras dos filmes têm como objetivo ser ilustrativas

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Insuficiência Cardíaca: - é uma síndrome clínica na qual existe uma anormalidade na estrutura ou na função cardíaca,

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS Leonardo Oliveira Moura Dissecção da Aorta Emergência aórtica mais comum Pode ser aguda ou crônica, quando os sintomas duram mais que 2 semanas Cerca de 75%

Leia mais

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS CONCURSO PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SÃO PAULO/SP Departamento de Patologia, 1º andar, sala 1154 20 e 21 de MAIO DE 2016 GABARITO PROVA TEÓRICA

Leia mais

Glomerulonefrite pós infecciosa

Glomerulonefrite pós infecciosa Glomerulonefrite pós infecciosa Residentes: Liliany Pinhel Repizo Roberto Sávio Silva Santos Nefrologia HCFMUSP Epidemiologia Cerca de 470.000 casos por ano no mundo, 97% em países em desenvolvimento.

Leia mais

ANEXO III ALTERAÇÕES AO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO E FOLHETO INFORMATIVO

ANEXO III ALTERAÇÕES AO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO E FOLHETO INFORMATIVO ANEXO III ALTERAÇÕES AO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO E FOLHETO INFORMATIVO 43 ALTERAÇÕES A SEREM INCLUÍDAS NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO PARA MEDICAMENTOS

Leia mais

DOENÇAS INTERSTICIAIS RELACIONADAS COM

DOENÇAS INTERSTICIAIS RELACIONADAS COM FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA TRABALHO FINAL DO 6º ANO MÉDICO COM VISTA À ATRIBUIÇÃO DO GRAU DE MESTRE NO ÂMBITO DO CICLO DE ESTUDOS DE MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FILIPA ANDREIA

Leia mais

MODELO DE INTERPRETAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS DOENÇAS INTERSTICIAIS CRÔNICAS*

MODELO DE INTERPRETAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS DOENÇAS INTERSTICIAIS CRÔNICAS* Ensaio Iconográfico Silva CIS, Müller NL MODELO DE INTERPRETÇÃO D TOMOGRFI COMPUTDORIZD DE LT RESOLUÇÃO NO DIGNÓSTICO DIFERENCIL DS DOENÇS INTERSTICIIS CRÔNICS* C. Isabela S. Silva 1, Nestor L. Müller

Leia mais

História Clínica. 56 anos, sexo masculino, pedreiro

História Clínica. 56 anos, sexo masculino, pedreiro História Clínica História Clínica 56 anos, sexo masculino, pedreiro Queixas: Caso Clínico Leticia Kawano Dourado Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares Divisão de Pneumologia - InCor Faculdade de Medicina

Leia mais

16/04/2013 CASO. CVF=2,54 L (68%) VEF1=2,23 L (75%) VEF1/CVF=87% SpO2=99% rep/91% Ex

16/04/2013 CASO. CVF=2,54 L (68%) VEF1=2,23 L (75%) VEF1/CVF=87% SpO2=99% rep/91% Ex Fem, ex-fumante (adolescência), 52ª, dona de empresa de construção, natural e procedente de Aracaju Asma na infância, com remissão na adolescência Hipertensa, em uso de losartana Sinusite há 5 meses Dispnéia

Leia mais

J00-J99 CAPÍTULO X : Doenças do aparelho respiratório J00-J06 Infecções agudas do trato respiratório superior J09-J19 Influenza (gripe) e pneumonia J20-J22 Doenças respiratórias agudas das vias aéreas

Leia mais

Complementação de Reumatologia

Complementação de Reumatologia - GESEP I-Poliartrites com Repercussões Sistêmicas Complementação de Reumatologia A. R. S. de Sjögren E. S. P. (Esclerodermia) L. E. S. D. M. T. C. (Doença Mista do Tec. Conjuntivo) Vasculites Polidérmatomiosite

Leia mais

Outras funções: Manutenção do ph plasmático. Produção e metabolização de substâncias vasoativas. Fonação/Olfação. Defesa contra agentes agressores

Outras funções: Manutenção do ph plasmático. Produção e metabolização de substâncias vasoativas. Fonação/Olfação. Defesa contra agentes agressores Fisiologia Respiratória Organização do sistema respiratório O SISTEMA RESPIRATÓRIO FUNÇÃO BÁSICA: TROCAS GASOSAS Suprir o organismo com O 2 e dele remover CO 2 Outras funções: Manutenção do ph plasmático

Leia mais

UNIVERSIDADEE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADEE DE SÃO PAULO Pneumoni ite Actínica Prof. Dr. Carlos R. R. Carvalho HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADEE DE SÃO PAULO Lesão Pulmonar Induzida pela Radiação Primeira descrição: Bergonie e Teiss sier

Leia mais

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade Definição O diagnóstico baseia-se na presença de sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: tosse e um mais dos seguintes sintomas expectoração, falta

Leia mais

CAUSAS DE PERICARDITE AGUDA

CAUSAS DE PERICARDITE AGUDA Doenças do pericárdio apresentações pericardite aguda efusão pericárdica tamponamento cardíaco pericardite constritiva CAUSAS DE PERICARDITE AGUDA idiopática infecção viral (coxsackie, echovirus, outros)

Leia mais

CASO CLÍNICO. Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC

CASO CLÍNICO. Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC CASO CLÍNICO Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC Identificação: FCT, masculino, 53 anos, natural e procedente de São Paulo. QP: Febre e perda de peso HDA: Paciente, há dois anos, apresentou quadro

Leia mais

Fisiologia Respiratória

Fisiologia Respiratória Fisiologia Respiratória Via Aérea Alta Faringe Orofaringe Nasofaringe Laringofaringe Via aérea Baixa Traquéia Brônquios Bronquíolos Alvéolos pulmonares Via Aérea Baixa A traquéia se bifurca dando origem

Leia mais

FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA

FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA Objetivos desta aula Discutir a abordagem da criança com dispneia na

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia e TC. Imagem 01. Radiografia simples do tórax em incidência póstero-anterior.

Imagem da Semana: Radiografia e TC. Imagem 01. Radiografia simples do tórax em incidência póstero-anterior. Imagem da Semana: Radiografia e TC Imagem 01. Radiografia simples do tórax em incidência póstero-anterior. Imagem 02: Radiografia simples do tórax em perfil direito. Imagem 03: Tomografia computadorizada

Leia mais

Edema OBJECTIVOS. Definir edema. Compreender os principais mecanismos de formação do edema. Compreender a abordagem clínica do edema

Edema OBJECTIVOS. Definir edema. Compreender os principais mecanismos de formação do edema. Compreender a abordagem clínica do edema OBJECTIVOS Definir edema Compreender os principais mecanismos de formação do edema Compreender a abordagem clínica do edema É um sinal que aparece em inúmeras doenças, e que se manifesta como um aumento

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS Profª. Tatiane da Silva Campos - Consideradas por muitos profissionais da área da saúde como pouco expressivas. - Porém, são altamente prevalentes na população e algumas como

Leia mais

Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda Grave (SARS)

Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda Grave (SARS) Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda Grave (SARS) Dra. Patrizia Allegro Abril 2003 Definição Enfermidade recentemente descrita ( 1 caso confirmado em 2003) como doença respiratória aguda, com quadro

Leia mais

Programa Oficial Preliminar

Programa Oficial Preliminar Programa Oficial Preliminar 18/02/2019 14/08/2019 - Quarta-feira AUDITÓRIO 1 CURSO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 08:00-09:30 - Módulo 1 - Radiografia de tórax 08:00-08:20 - Revisitando os principais sinais

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR. Autor: Zandira Fernandes Data:

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR. Autor: Zandira Fernandes Data: TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Autor: Zandira Fernandes Data: 8-11-2017 DEFINIÇÃO Oclusão embólica do sistema arterial pulmonar. A maioria dos casos resulta da oclusão trombótica e, portanto, a condição é frequentemente

Leia mais

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC 2012 4 de Maio Sexta-feira Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC Agostinho Marques Definição de DPOC GOLD 2011 A DPOC, uma doença prevenível e tratável, é caracterizada por limitação persistente

Leia mais

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares Dra. Roberta M. Lima Sobral Principais Síndromes em Nefrologia Síndromes glomerulares : Síndrome Nefrítica Síndrome Nefrótica Síndromes tubulares Hipertensão

Leia mais

30/07/2013. Pablo Rydz P. Santana. HP compreende uma variedade de condições que levam a uma elevada pressão arterial pulmonar.

30/07/2013. Pablo Rydz P. Santana. HP compreende uma variedade de condições que levam a uma elevada pressão arterial pulmonar. Pablo Rydz P. Santana HP compreende uma variedade de condições que levam a uma elevada pressão arterial pulmonar. Édefinidacomo PAPm> 25 mmhg em repouso. O termo HAP é restrito aos pacientes com resistência

Leia mais

Artrite Idiopática Juvenil

Artrite Idiopática Juvenil www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite Idiopática Juvenil Versão de 2016 2. DIFERENTES TIPOS DE AIJ 2.1 Existem tipos diferentes da doença? Existem várias formas de AIJ. Distinguem-se principalmente

Leia mais

Derrames Pleurais DR. RAFAEL PANOSSO CADORE

Derrames Pleurais DR. RAFAEL PANOSSO CADORE Derrames Pleurais DR. RAFAEL PANOSSO CADORE Definição! É qualquer aumento patológico do volume de líquido no espaço pleural decorrente de doença pleuropulmonar.! Fisiologia do Líquido pleural! Cada espaço

Leia mais

Novo texto da informação do medicamento Extratos das recomendações do PRAC relativamente aos sinais

Novo texto da informação do medicamento Extratos das recomendações do PRAC relativamente aos sinais 25 January 2018 EMA/PRAC/35596/2018 Pharmacovigilance Risk Assessment Committee (PRAC) Novo texto da informação do medicamento Extratos das recomendações do PRAC relativamente aos Adotado na reunião do

Leia mais

Profª. Thais de A. Almeida

Profª. Thais de A. Almeida Profª. Thais de A. Almeida Acometimento inflamatório crônico do TGI Mulheres > homens Pacientes jovens (20-30 anos) Doença de Crohn Retocolite Ulcerativa Causa idiopática: Fatores genéticos; Resposta imunológica

Leia mais

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues ASMA FACIMED Curso de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Medicina de Família e Comunidade 5º Período Objetivos Ao final desta aula o aluno

Leia mais

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros Semiologia do aparelho osteoarticular Professor Ivan da Costa Barros IMPORTÂNCIA CLÍNICA 10% das consultas médicas Mais de 100 doenças Complicações não articulares Geralmente auto limitado 1 em 5 americanos

Leia mais