ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES MAIO 2014 SEGURADOR 2013 / 2014 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR

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1 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES MAIO 2014 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR

2 APS / Associação Portuguesa de Seguradores Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa Portugal T F apseguradores@apseguradores.pt Conceção e paginação /Zincodesign Impressão e acabamentos /Ondagrafe Depósito Legal nº /283097/08 Nº de exemplares /500 MAIO 2014 SOBRE A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES A APS é uma Associação de empregadores fundada em 1982, sem fins lucrativos, que reúne companhias de seguros e resseguros que operam no mercado nacional, independentemente da sua natureza jurídica ou da sua nacionalidade. O conjunto das Associadas da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados. Para mais informações visite

3 Panorama DO MERCADO SEGURADOR

4 04 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

5 ÍNDICE 05 CARTA DE PRINCÍPIOS DAS ASSOCIADAS /06 EDITORIAL / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS /09 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE EM 2013 E PERSPETIVAS PARA 2014 /10 SEGUROS E SOCIEDADE /20 RECURSOS HUMANOS /26 COMUNICAÇÃO E IMAGEM /31 COMUNICAÇÃO /32 LITERACIA FINANCEIRA /33 IMAGEM DO SETOR /34 ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO /37 SOLVÊNCIA II /38 LEI-QUADRO DAS ENTIDADES REGULADORAS /43 DESENVOLVIMENTOS OPERATIVOS /45 FATURAÇÃO HOSPITALAR ÀS SEGURADORAS /46 COSSEGURNET /48 FNM-NSA (FICHEIRO NACIONAL DE MATRÍCULAS NÚMERO SEGURNET AUTOMÓVEL) /49 PORTAL DE ESTATÍSTICAS SEGURDATA /51 COMBATE À FRAUDE NOS SEGUROS /52 POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS /55 PLANOS DE POUPANÇA REFORMA /57 SEGUROS UNIT-LINKED /61 FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO E MECANISMO EQUIVALENTE /63 SEGUROS DE ACIDENTES DE TRABALHO /64 SEGUROS DE DADORES DE SANGUE /67 ACOMPANHAMENTO DE GRANDES INCAPACITADOS /68 REGISTO CENTRAL DE SEGUROS COM BENEFICIÁRIOS EM CASO DE MORTE /69 SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES /71 RISCO DE INUNDAÇÕES - PROJETO CIRAC /72 SEGUROS PATRIMONIAIS /75 SEGUROS AGRÍCOLAS E AQUÍCOLA /76 SEGUROS DE AUTOMÓVEL /78 SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL /82 FORMAÇÃO /85 OFERTA DE FORMAÇÃO /86 FORMAÇÃO DA ACADEMIA EM NÚMEROS /90

6 06 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE CARTA DE PRINCÍPIOS DAS ASSOCIADAS As seguradoras associadas da APS aprovaram, em Assembleia Geral, uma Carta de Princípios das Empresas de Seguros. Este documento de referência tem o intuito de formalizar e divulgar valores, princípios de atuação e normas deontológicas que enquadrem o relacionamento das empresas de seguros com os vários sujeitos com os quais interagem; fomentar a harmonização das normas internas e dos padrões de referência das associadas, orientadoras da sua atuação e contribuir para o desenvolvimento de culturas empresariais que, dentro da diversidade própria de cada uma, induzam o respeito quotidiano pelos valores e princípios adotados bem como o aperfeiçoamento contínuo das regras de governo societário, visando a permanente melhoria das práticas das empresas e do mercado. A Carta está dividida em 10 artigos que versam diversos aspetos da dinâmica das seguradoras e do seu relacionamento com todos os seus stakeholders: / Missão. / Papel dos Acionistas e Política de Remunerações. / Estrutura Organizativa das Empresas. / Gestão dos Riscos. / Mercado e as Regras de Concorrência. / Marketing e Publicidade. / Deveres de Informação e de Esclarecimento. / Reclamações e Meios Alternativos de Resolução de Conflitos. / Proteção de Dados Pessoais e Segredo Profissional. / Combate à Fraude, ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo.

7 ÍNDICE CARTA DE PRINCÍPIOS EDITORIAL 07 EDITORIAL De acordo com as previsões nos próximos anos, Portugal vai aproximar-se do crescimento da Zona Euro. O banco central aponta para uma recuperação gradual da atividade económica, avançando com taxas de crescimento de 1,4% em 2015 e 1,7% em A revisão em alta é explicada por um desempenho mais robusto da procura interna, tanto no consumo privado como público, mas também do investimento. As exportações e as importações também deverão continuar a expandir-se. em primeira linha, o Solvência II, apelam a que setor saiba enfrentar com a devida visão estratégica as alterações estruturais que se avizinham e acabam, pois, por representar oportunidades para o negócio se afirmar, assumindo-se, neste novo enquadramento, como mais competitivo em produtos, inovação e circuitos de comercialização. Existe assim, já hoje, um vasto conjunto de seguros disponíveis no mercado e uma oferta com diversidade de soluções inovadoras e sustentáveis com flexibilidade para responder adequadamente às necessidades concretas dos clientes e que se acomodam perfeitamente com as mudanças regulamentares que se perspetivam. A recuperação da atividade económica deverá assim ser suportada por uma aceleração da procura interna privada e pela manutenção de um crescimento robusto das exportações. Por outro lado, os constrangimentos do estado social, motivados na sua grande parte pelas dificuldades de financiamento à economia e pela dinâmica demográfica, sugerem uma nova abordagem e apontam para uma tendência crescente de maior responsabilização de cada um de nós no sentido de planear a vida e o futuro, e garantindo condições que nos permitam viver em pleno as diversas fases da vida. Todos nos vimos hoje confrontados com um novo paradigma, em que o rendimento disponível das famílias é muitas vezes menor e a necessidade de constituir poupança é cada vez maior. Simultaneamente, é expectável que se continue a verificar uma cada vez menor capacidade do Estado em atuar nos grandes riscos da sociedade, tais como sismos, inundações e outros riscos ambientais. Na inversa, não será de estranhar uma menor intervenção do Estado em áreas tradicionalmente no âmbito da sua atuação. Estão, pois, reunidas todas as condições para o setor segurador desenvolver o seu modelo de intervenção, encontrando soluções e produtos específicos que possam materializar uma maior responsabilização do setor privado, aproveitando, simultaneamente, o contexto da recuperação macroeconómica que parece estar lançado. Acresce que a evolução que o setor atravessou na última década foi profunda, nomeadamente ao nível da utilização de novas tecnologias, o que permite respostas eficazes em tempo útil indo ao encontro das necessidades e expetativas dos consumidores de seguros. Se comparado com as estruturas produtivas portuguesas, o negócio segurador apresenta um conjunto de indicadores claramente mais favoráveis que outros setores de atividade dentro do sistema financeiro e, mesmo, da restante parte dos setores de serviços e indústria. Tem hoje em dia de uma reputação sólida e é percecionado cada vez mais como uma atividade que honra os compromissos assumidos. Simultaneamente, assiste-se ao emergir de uma nova forma de liderança. Os gestores de topo têm evoluído para uma abordagem mais ambiciosa, que não se concentra apenas no retorno imediato dos seus investimentos mas em gerar resultados em três frentes: criar valor a longo prazo; potenciar os recursos humanos dentro das organizações que dirigem; e produzir benefícios significativos para a comunidade em geral. Por todas estas razões, os portugueses podem contar com o dinamismo do setor segurador para ajudar a superar as dificuldades da economia e assumir os seus deveres e compromissos, desenhando soluções para um futuro melhor para o nosso país. Esta envolvente de natureza económica, as pressões das finanças públicas (acentuadas pelo programa de ajustamento) e as mudanças regulamentares de que se destaca, Pedro Seixas Vale Presidente do Conselho de Direção Associação Portuguesa de Seguradores

8 08 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

9 ÍNDICE / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS

10 10 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE EM 2013 E PERSPETIVAS PARA 2014 / PERSPETIVA GLOBAL Apesar de alguns indícios de recuperação, Portugal viveu ainda em crise macroeconómica durante o ano de 2013 e no período dos três últimos anos acumulou uma contração real do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem dos 6%. Esta conjuntura e todo o processo de ajustamento da economia que lhe está associado, teve evidentes reflexos na atividade empresarial e significativas repercussões sociais, a que o setor segurador, naturalmente, não ficou imune. Em 2013 a produção de seguro direto apresentou valores muito próximos dos observados em 2006 e cerca de 20% abaixo dos montantes registados em 2010, ano que antecedeu o agudizar da crise da dívida soberana europeia. Ainda assim, e apesar do contexto macroeconómico, após dois anos em que a quebra acumulada da produção de seguro direto atingiu quase um terço dos prémios, o ano de 2013 registou um crescimento significativo do seu volume (+20%). Por outro lado, em termos globais e do ponto de vista puramente económico, 2013 não foi também um ano negativo para o setor. Pelo contrário, foi um exercício em que se assistiu a

11 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 11 DO Ponto de vista puramente económico, 2013 não foi um ano negativo para o setor. Pelo contrário, foi um exercício em que se assistiu a um novo crescimento dos seus resultados líquidos. um novo crescimento dos seus resultados líquidos (+28%), ascendendo estes a quase 700 milhões de euros. No entanto, apesar deste panorama geral, o perfil evolutivo da atividade é substancialmente diferente entre o segmento Vida e o segmento Não Vida. necessidades de liquidez das instituições bancárias e a consequente diminuição da sua agressividade comercial na captação de fundos, o segmento Vida registou uma significativa expansão da produção (+33,5%), fundamentalmente sustentada em seguros de poupança, nomeadamente produtos PPR. Por um lado, temos o segmento Vida que, por força de um conjunto de circunstâncias favoráveis, se assumiu como o principal motor da evolução positiva registada em 2013 pelo setor segurador português. Num contexto de quebra progressiva da confiança no setor bancário, combinada com uma relativa redução das A conjunção desta expansão dos prémios com uma contenção igualmente significativa dos vencimentos e resgates, contribuiu para o crescimento do volume de responsabilidades com contratos Vida. Mas outro fator que influenciou decisivamente, quer esta evolução das responsabilidades, quer os próprios resultados do ramo, foi a boa performance dos mercados financeiros observada em / GRANDES AGREGADOS /11 +13/12 Nº de Companhias ,0% -2,5% Nº de Empregados ,6% -0,4% Nº de Mediadores ,0% -1,1% Ativo Líquido ,5% 0,8% Ativos de Investimento ,4% 0,4% Capitais Próprios (S.Líq.) ,2% -2,5% Prémios de Seguro Direto ,5% 20,1% Ramo Vida ,1% 33,5% Ramos Não Vida ,5% -3,2% Resultados do Exercício ,7% 28,1% Conta Técnica Vida (65) ,3% 13,5% Conta Técnica Não Vida ,1% -76,9% Conta Não Técnica 7 (302) (173) -4154,9% -42,5% Capitais Próprios / Ativo Líquido 6,4% 9,4% 9,1% 3,0 p.p. -0,3 p.p. Resultados / Capitais Próprios 0,3% 10,4% 13,7% 10,2 p.p. 3,3 p.p. U: Milhões de euros Fontes: APS - Associação Portuguesa de Seguradores ISP - Instituto de Seguros de Portugal BdP - Banco de Portugal INE - Instituto Nacional de Estatística

12 12 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE A conjunção desta expansão dos prémios com uma contenção significativa dos vencimentos e resgates, contribuiu para o crescimento do volume de responsabilidades com contratos Vida. Com as obrigações a pesarem perto de 73% dos ativos afetos a responsabilidades Vida, a evolução dos mercados de dívida é particularmente relevante para este segmento. E, neste âmbito, destacou-se uma nova descida da taxa média de juro implícita da dívida pública portuguesa, taxa essa que, no final de 2013 e para o prazo de 10 anos, se quedou pelos 6,0%, ou seja, menos 130 basis points do que a observada no final de 2012 (e 710 basis points abaixo do pico registado em dezembro de 2011), cenário que favoreceu a valorização desta importante componente da carteira de ativos do ramo. Por fim, ainda no segmento Vida, duas novas operações extraordinárias de cedência de carteira de seguros de risco contribuíram também significativamente para o resultado global da conta técnica Vida que, em 2013, ascendeu a 842 milhões (+13,5% que em 2012). especial impacto nos seguros de Multirriscos. Tudo conjugado, o resultado da conta técnica Não Vida caiu para valores muito próximos de zero. Em paralelo com a evolução económico-financeira do país e da atividade, o setor continua a acompanhar, com preocupação, uma intensa produção legislativa, quer a nível nacional, quer a nível europeu, por vezes precipitada pelas preocupações emergentes da crise financeira ou pelas dificuldades orçamentais do Estado e das famílias. Algumas destas iniciativas podem comprometer objetivos estratégicos de longo prazo, conflituam com outras normas existentes, revelam lacunas ou inconsistências dificilmente sanáveis ou, ainda, ignoram qualquer ponderação entre os custos e benefícios que delas se podem esperar. Já no segmento Não Vida, o quadro evolutivo de 2012 transitou para 2013 praticamente sem alterações. Mais sensível a variáveis macroeconómicas e sujeito a fortes pressões concorrenciais, este segmento viu a seu volume de produção cair mais de 3%, confirmando uma tendência, apenas interrompida em 2010, que vem sendo observada desde Por outro lado, a sinistralidade não registou também melhorias significativas, muito por efeito dos eventos climáticos extremos ocorridos durante o ano, com Sensível a variáveis macroeconómicas e sujeito a fortes pressões concorrenciais, o segmento Não Vida viu o seu volume de produção cair mais de 3%.

13 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 13

14 14 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE A apetência dos aforradores individuais pelos produtos de poupança das seguradoras comprova a especial atratividade do seu modelo de remuneração em conjunturas mais voláteis. / PRODUÇÃO No ano de 2013 assistiu-se a uma inversão da tendência descendente que foi observada nos dois anos anteriores, com um crescimento muito significativo do volume total de prémios e contribuições. Por outro lado, este tipo de produto oferece também, em simultâneo, uma participação significativa nos resultados, envolvendo diretamente os aforradores em potenciais valorizações das carteiras. Sem surpresa, foram exatamente os produtos com estas características que ditaram grande parte da expansão do ramo Vida em No conjunto dos ramos Vida e Não Vida, o setor segurador alcançou, pela sua atividade em Portugal, um volume de receita de prémios da ordem dos 13,1 mil milhões de euros, cerca de 20% acima do valor de 2012, fruto de uma expansão do ramo Vida quase inteiramente determinada pelo acréscimo da procura dos seus produtos de poupança. Esta apetência dos aforradores individuais pelos produtos de poupança das seguradoras vem comprovar a especial atratividade do seu modelo de remuneração em conjunturas mais voláteis. Assim, a produção do ramo Vida cresceu 33,5% para cerca de 9,2 mil milhões de euros. Só em PPR o setor segurador captou perto de milhões de euros de novas contribuições, mais de 38% acima do montante de 2012, destacando-se dentro destes produtos a evolução dos não ligados a fundos de investimento, que registaram um crescimento acima dos 40% (1.501 milhões em 2013, contra milhões em 2012). Já para o segmento Não Vida, 2013 foi um ano de contenção (-3,2%), com quedas do volume de prémios na maior parte dos ramos. Na realidade, a larga maioria dos produtos de poupança comercializados pelas seguradoras oferecem garantias de capital e rendimento aos investidores, o que é um elemento de segurança obviamente valorizado nestes contextos. Efetivamente, a conjuntura macroeconómica adversa condiciona a procura de importantes seguros Não Vida, e tem tido como reflexo suplementar uma maior pressão concorrencial do lado da oferta, com impacto nos preços. / PRODUÇÃO VIDA E NÃO VIDA /11 +13/12 TOTAL PRODUÇÃO ,5% 20,1% TOTAL VIDA ,1% 33,5% Seguros de Vida ,5% 51,7% Seguros ligados a Fundos Investimento ,7% -1,3% Operações de Capitalização % -97,0% TOTAL NÃO VIDA ,5% -3,2% Acidentes e Doença ,5% -2,4% Acidentes de Trabalho ,6% -8,0% Doença ,2% 3,2% Incêndio e Outros Danos ,2% -0,9% Automóvel ,4% -5,8% Transportes, RC Geral e Diversos ,2% -0,2% U: Milhões de euros Fonte: Mapas ISP (Valores Provisórios)

15 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 15 Particularmente acentuada foi a queda em Acidentes de Trabalho (-8,0%), onde a conjuntura macroeconómica tem um particular peso por via dos impactos ao nível da massa segurável. No entanto, a intensa pressão concorrencial sentida nos últimos exercícios continuou também a condicionar as tarifas e os prémios médios desta modalidade durante o ano de Preocupante é também o quadro evolutivo do ramo Automóvel, o maior do segmento Não Vida, que em 2013 registou, pelo terceiro ano consecutivo, uma quebra no volume da produção (-5,8%), mais acentuada na sua modalidade de Veículos Terrestres (-9,4%) do que na modalidade de sua Responsabilidade Civil (-4,2%). Enquanto a quebra de produção na primeira modalidade (Veículos Terrestres, onde se incluem os prémios correspondentes a seguros de danos próprios) pode continuar a ser justificada pela necessidade de redução de custos sentida pelas famílias e empresas, admite-se que a quebra sentida na segunda modalidade (que abrange os prémios da cobertura de Responsabilidade Civil Automóvel) corresponda essencialmente a uma redução do prémio médio, também potenciada pela pressão concorrencial existente neste ramo. limitações do sistema público de saúde e a acrescida confiança dos cidadãos no setor segurador, continuam a ser fatores que favorecem o desenvolvimento deste ramo. Também pela positiva, destaque-se ainda o comportamento do ramo Diversos, que no seu conjunto registou novo crescimento da produção (+4,0%), evidenciando-se, em particular, a expansão dos seguros de Perdas Pecuniárias Diversas (+18,8%) e a evolução também muito positiva dos seguros de Caução (+4,6%). Por outro lado, e ainda em Diversos, os seguros de crédito registaram um novo crescimento, embora mais moderado (+0,5%), evolução que não deve ser dissociada do dinamismo que continua a ser observado nas exportações nacionais. Por fim, de notar que os dados relativos aos primeiros meses de 2014 reforçam o quadro evolutivo observado em De acordo com os elementos referentes ao primeiro trimestre de 2014, a expansão do ramo Vida continua a um ritmo acelerado (superior a 25%) e o volume de produção dos ramos Não Vida continua a sofrer uma contração, embora menos intensa (com um decréscimo global da ordem dos 2%). Negativa foi também a evolução do ramo Incêndio e Outros Danos (-0,9%), acentuando a inversão de tendência de crescimento que vinha a ser registada até Ainda assim, e embora com um ligeiro abrandamento, os seguros de Riscos Múltiplos continuaram a ver a sua produção aumentar (+0,9%), por força da performance das modalidades Riscos Múltiplos Indústria (+6,1%) e Riscos Múltiplos Habitação (+1,5%). Tendo em conta a atual situação económica e a relativa estagnação do mercado imobiliário, é uma evolução que parece demonstrar uma crescente sensibilidade, quer por parte das empresas, quer por parte dos consumidores individuais, para a gestão dos riscos e para a proteção em tempos de incerteza, para o que poderá ter contribuído a severidade e frequência de fenómenos da natureza extremos nos anos mais recentes. Em contraste com a tendência geral observada em Não Vida, os seguros de Saúde (ramo Doença) mantiveram uma evolução positiva em 2013 (3,2%) que, tendo em conta o contexto de dificuldade que famílias e empresas atravessam, parece revelar a qualidade dos serviços prestados pelas seguradoras neste domínio e a perceção de valor que os cidadãos atribuem a este seguro. De um modo geral, a comodidade e celeridade que os seguros proporcionam no acesso aos cuidados de saúde, o custo relativamente acessível destes produtos, as crescentes Particularmente acentuada foi a queda em Acidentes de Trabalho (-8,0%), onde a conjuntura macroeconómica tem um particular peso por via dos impactos ao nível da massa segurável.

16 16 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE Para além de impulsionados pela recuperação dos mercados de capitais, em especial a do segmento da dívida, os resultados de Vida foram fortemente influenciados por duas operações extraordinárias de cedência de carteira. / RESULTADOS Os dados recolhidos pela APS com informação sobre as contas provisórias do setor segurador para 2013 apontam para um resultado agregado próximo dos 690 milhões de euros, acima do valor de 2012 (cerca de 540 milhões). A evolução deste indicador é justificada, não só por uma evolução favorável dos resultados técnicos Vida (+100 milhões de euros), mas também por uma significativa melhoria dos resultados Não Técnicos (+130 milhões de euros). Pela negativa, o destaque vai mesmo para a modalidade Acidentes de Trabalho, deficitária pelo terceiro ano consecutivo (-83 milhões de euros) e com um desequilíbrio económico correspondente a quase 20% dos prémios. Também deficitário, o ramo Incêndio e Outros Danos foi penalizado pelo impacto invulgarmente elevado do temporal de janeiro (que custou perto de 100 milhões de euros às seguradoras), mas também por saldos negativos de diversos outros subramos ou modalidades, o mais saliente dos quais o dos seguros Agrícolas (superior a 1 milhão de euros). Para além de impulsionados pela recuperação dos mercados de capitais, em especial a do segmento da dívida, os resultados de Vida foram fortemente influenciados por duas operações extraordinárias de cedência de carteira que, em termos líquidos, contribuíram em cerca de 180 milhões de euros para este resultado (este valor fica, ainda assim, aquém do impacto líquido registado em 2012 em operações de idêntica natureza, da ordem dos 240 milhões de euros). Já o segmento Não Vida sofreu uma forte contração do seu resultado, penalizado pelos custos do temporal de janeiro, pelo desequilíbrio económico do ramo Acidentes de Trabalho e pelas condições de exploração igualmente adversas de outros ramos ou modalidades de menor dimensão. O saldo do segmento Não Vida caiu cerca de 75% para pouco mais de 20 milhões de euros, o que representa apenas 0,7% dos prémios. Já no ramo Automóvel, o saldo permaneceu positivo, embora com uma redução de cerca de 10% face a 2012 (para 90 milhões de euros). De notar que, apesar desta deterioração do resultado técnico Não Vida, o valor do rácio combinado global deste segmento, calculado sobre prémios adquiridos e líquido de resseguro, registou um ligeiro decréscimo (- 0,4 p.p.). Ainda assim, este indicador manteve-se acima dos 100%, mais concretamente em torno dos 104%. Quanto aos resultados Não Técnicos, observou-se, em particular, uma evolução positiva dos resultados com investimentos não afetos a responsabilidades técnicas e dos impostos diferidos registados em ganhos e perdas.

17 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 17 RLE< <=RLE< <=rle< <=rLE< <=RLE< <=RLE< <=RLE<25 1RLE>= / distribuição DO NÚMERO DE SEGURADORAS POR CLASSE DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO U: Milhões de euros Fonte: Mapas ISP (Valores Provisórios) / /

18 18 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE Esta variação do valor total do balanço pode ser fundamentalmente atribuída à evolução muito positiva registada no ramo Vida. / BALANÇO E SOLVÊNCIA Em dezembro de 2013, o ativo líquido agregado do setor segurador ascendeu a perto de 55,7 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 0,8% (+465 milhões de euros) face ao período homólogo de Em contrapartida, o passivo e o capital próprio registaram, em 2013, uma evolução de +1,2% (+596 milhões de euros) e de -2,5% (-131 milhões de euros), respetivamente. Esta variação positiva do valor total do balanço pode ser, mais uma vez, fundamentalmente atribuída à evolução muito positiva registada no ramo Vida, não só fruto do crescimento da sua produção (+33,5% em 2013), mas também da boa performance observada nos mercados financeiros. Efetivamente, as responsabilidades técnicas Vida (que englobam Provisões Técnicas e Passivos Financeiros) cresceram perto de mil milhões de euros, ou seja, cerca de 2,4% quando comparadas com os valores registados em final de Esta evolução não foi, contudo, integralmente acompanhada do lado do ativo, onde os investimentos e disponibilidades (Caixa e Depósitos à ordem) evoluíram apenas 0,4%, fruto de alguns movimentos de recomposição dos capitais próprios e dos restantes passivos observados durante o ano de Apesar do decréscimo observado ao nível dos capitais próprios, em dezembro de 2013 estes eram ainda superiores a 5 mil milhões de euros e o rácio de solvência agregado do setor ascendia a 218%, o que significa que os capitais disponíveis para cobrir os requisitos de capital são mais de duas vezes os exigidos legalmente, colocando as seguradoras portuguesas numa posição muito confortável para fazer face às exigências adicionais do futuro regime de Solvência II (regime que, de acordo com o atual calendário, deverá entrar em vigor em 2016). Ainda assim, estes números representam um decréscimo de cerca de 25 p.p. face ao valor observado para o mesmo rácio em junho de 2013 (244%) e um decréscimo de 15 p.p. quando comparado com o valor registado em finais de 2012 (233%). O último semestre de 2013 veio, assim, quebrar uma tendência de crescimento deste indicador que se sentia, de forma ininterrupta, desde finais de Num contexto em que os requisitos de capital evoluíram positivamente mas de forma moderada (+2%), esta evolução em termos homólogos é integralmente justificada por uma redução dos elementos elegíveis de capital em cerca de 400 milhões de euros (-5% quando comparado com 2012), influenciada pelos já mencionados movimentos de recomposição dos capitais próprios. Analisando os dados desagregados por tipo de companhia, verificamos que são as companhias Mistas que, durante o ano de 2013, apresentaram uma maior variação no rácio de solvência, onde este sofreu uma quebra para os 201% (-29 p.p face aos 230% registados em dezembro de 2012). Quanto às companhias Vida, foi também registado um decréscimo no valor do seu rácio de solvência que, no final do período em análise, se situava nos 210% (-18 p.p. quando comparado com o valor de 223% observado no final do período homólogo de 2012). Em sentido inverso continuou a evoluir o rácio de solvência das empresas que exploram exclusivamente ramos Não Vida que, em dezembro de 2013, registava um valor de 264% (contra os 250% observados no final de 2012). Em dezembro de 2013 o nível dos capitais próprios era superior a 5 mil milhões de euros e o rácio de solvência agregado do setor ascendia a 218%.

19 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 19 / RÁCIO DE SOLVÊNCIA Fonte: Mapas ISP (Solvência_ES) % % % % %

20 020 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE SEGUROS E A SOCIEDADE / Importância do setor e devolução à sociedade O forte crescimento da produção de seguro direto gerou uma evolução positiva no indicador que mede a penetração do setor na economia (rácio de prémios sobre Produto Interno Bruto) de cerca de 1,3 p.p., situando-se este, em finais de 2013, nos 7,9%. Como seria de esperar, esta evolução é integralmente justificada pelo acréscimo observado na penetração do ramo Vida (5,6%, em 2013, contra 4,2%, em 2012). Uma outra evidência da presença e importância da atividade seguradora para a economia é o papel assumido pelo setor segurador enquanto investidor institucional. No final de 2013, o volume total da carteira de investimentos do No final de 2013, o volume total da carteira de investimentos do setor ascendia a quase 53 mil milhões de euros (perto de 32% do PIB) o que coloca, mais uma vez, o setor segurador no topo dos investidores institucionais em Portugal. setor ascendia a quase 53 mil milhões de euros (perto de 32% do PIB) o que coloca, mais uma vez, o setor segurador no topo dos investidores institucionais em Portugal. No entanto, mais do que a dimensão do negócio, a atividade seguradora destaca-se das demais atividades económicas pela sua forte intervenção em áreas de evidente interesse social, como são a proteção de pessoas e bens e a gestão das poupanças dos aforradores. A isto acresce ainda o relevante papel desempenhado pelo setor na promoção do desenvolvimento económico, em particular através de financiamentos de médio e longo prazo ao Estado e do setor empresarial privado.

21 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 21 Efetivamente, as volumosas responsabilidades que o setor segurador é obrigado a provisionar por força das normas prudenciais a que está sujeito, conjuntamente com as características intrínsecas das responsabilidades assumidas e as estratégias de investimento adotadas, fazem com que o setor segurador invista mais de 36,8 mil milhões de euros (69,5% da carteira de ativos) em títulos de dívida (pública e privada, 28,8% e 35,0% do total da carteira, respetivamente) dando assim um contributo decisivo para o financiamento e estabilidade da nossa economia. A título de exemplo, estima-se que, em finais de 2013, só em dívida pública portuguesa estariam em carteira nas seguradoras quase 10 mil milhões de euros em títulos. Graças a uma gestão cuidada e eficiente da sua carteira de investimentos e dos resultados por ela gerados o setor segurador tem a capacidade de devolver anualmente à sociedade a totalidade - ou até mesmo mais - do volume de prémios que recebe dos tomadores de seguros. Assim, se acrescermos ao valor dos prémios emitidos o montante correspondente ao imposto do selo das apólices e a carga parafiscal associada aos prémios de seguro, chegamos à conclusão que o custo total suportado pelos tomadores com contratos de seguro no mercado Português, ascendeu, em 2013, a cerca de 13,6 mil milhões de euros. Uma parte substancial destes prémios - 11,8 mil milhões de euros - foi, desde logo, devolvida aos segurados e outros beneficiários através: / De pagamentos de indemnizações, nomeadamente sob a forma de pagamentos imediatos de custos com a saúde, de indemnizações por morte, para recuperação de património e outras compensações por danos materiais e corporais. / Da constituição de provisões para pagamentos futuros relacionados com as eventualidades acima referidas. / INDICADORES /11 +13/12 Ativos de Investimento / PIB 30,9% 31,9% 31,9% 1,0 p.p. 0,0 p.p. Prémios S.D. / PIB 6,8% 6,6% 7,9% -0,2 p.p. 1,3 p.p. Ramo Vida 4,4% 4,2% 5,6% -0,2 p.p. 1,4 p.p. Ramos Não Vida 2,4% 2,4% 2,3% 0,0 p.p. -0,1 p.p. Prémios S.D. / Nº Habitantes (Euros) ,8% 21,5% Ramo Vida ,4% 35,0% Ramos Não Vida ,8% -2,1% Fonte: APS, BdP, INE / CARTEIRA DOS INVESTIDORES INSTITUCIONAIS (%) 2012 (%) 2013 (%) FIM - Fundos de invest. mobiliário e merc. monet ,3% 12,2% 13,4% FII - Fundos de investimento imobiliário ,0% 13,4% 13,3% Fundos de Pensões ,0% 14,9% 15,7% Empresas de seguro ,7% 59,5% 57,6% TOTAL % 100% 100% U: Milhões de euros Fonte: APS. BdP. INE. APFIPP e CMVM. / COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA TIPO ATIVO /11 +13/11 Ações 2,5% 2,2% 2,6% -12,1% 19,8% Depósitos (Bancos) 10,7% 12,2% 12,1% 14,3% -0,5% Derivados 0,5% 0,7% 0,5% 38,1% -23,0% Imóveis 2,0% 1,8% 1,7% -6,9% -9,0% Obrigações 71,0% 71,3% 69,5% 0,3% -2,4% Outros Ativos 0,1% 0,0% 1,3% -143,8% -4089,6% Produtos Estruturados 4,7% 3,4% 2,5% -26,7% -26,3% Unidades de Participação 8,6% 8,4% 9,7% -1,8% 14,6% TOTAL 100% 100.0% 100.0% Fonte: Mapas ISP (Investimentos_ES)

22 22 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE / Da constituição e reforço de responsabilidades associadas às poupanças de longo prazo dos portugueses. Adicionalmente, e ignorando, quer o IVA suportado com bens e serviços, incluindo na reparação de sinistros, quer o IRS retido nos rendimentos das poupanças e nos salários dos empregos, o setor entregou ao Estado ou a instituições sob a sua tutela (como, por exemplo, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Instituto Nacional de Emergência Médica, o Fundo de Garantia Automóvel e o Fundo de Acidentes de Trabalho) um valor ligeiramente abaixo dos 800 milhões de euros correspondente a impostos sobre o rendimento, taxas parafiscais a cargo das seguradoras e impostos e taxas parafiscais a cargo do segurado. Por outro lado, em custos com os cerca de 11 mil empregados e comissões pagas aos mais de 24 mil mediadores de seguros, foram ainda despendidos mais 1,1 mil milhões de euros, que são a base ou um importante suporte do rendimento desta parte da população portuguesa. Por fim, aos acionistas foram alocados cerca de 700 milhões de euros correspondentes aos resultados gerados pela atividade e como forma de remuneração do capital investido. Em conclusão, no seu conjunto, o setor segurador acabou por devolver à sociedade cerca de 14,4 mil milhões de euros em 2013, ou seja, um valor superior à verba global que recebeu dos tomadores de seguros como prémios e respetiva carga fiscal e parafiscal. Graças a uma gestão cuidada e eficiente da sua carteira de investimentos e dos resultados por ela gerados o setor segurador tem a capacidade de devolver anualmente à sociedade a totalidade - ou até mesmo mais - do volume de prémios que recebe dos tomadores de seguros. / ESTRUTURA DA CARTEIRA DE OBRIGAÇÕES EM ,82% Dívida ao Estado / Entidades Privadas 50,42% / Dívida Estado 39,82% / Papel Comercial 3,24% / Outras 4,80% / Dívida Mun./Reg 1,59% / Obg. Conv. em Ações 0,13% - Obr. C/Warr. Conv. Ac. 0,0% 1,59% 0,13% 50,42% Entidades Privadas 3,24% 4,80% 0,0%

23 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 23 13,6 Mil milhões de Euros PRÉMIOS RECEBIDOS DOS TOMADORES 0,5 1,59% 3,9 NÃO VIDA / PRÉMIOS RECEBIDOS DOS TOMADORES U: Mil milhões de Euros / Não Vida 3,9 / Impostos e taxas 0,5 / Vida 9,2 9,2 VIDA / DEVOLUÇÃO À SOCIEDADE 0,7 0,5 0,8 0,6 U: Mil milhões de Euros / Custos com sinistros e Provisões Não Vida 2,8 / Custos com sinistros e Provisões Vida 9,1 / Valores imputados aos Acionistas 0,7 / Custos com pessoal 0,5 / Impostos e taxas 0,8 / Comissões a mediadores 0,6 9,1 Custos com sinistros e Provisões VIDA 2,8 Custos com sinistros e Provisões NÃO VIDA 14,4 DEVOLUÇÃO À SOCIEDADE Mil milhões de Euros

24 24 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE 3% Estima-se que setor segurador seja responsável por cerca de 3% do total da receita fiscal nacional (impostos diretos e indiretos) e de 10% da receita do IRC. 10%

25 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 25 / CARGA FISCAL E PARAFISCAL Igualmente relevantes para as finanças públicas nacionais são os impostos suportados pelo setor segurador ou arrecadados através da sua atividade. Considerando apenas o imposto do selo das apólices (suportado pelos tomadores), o IRC suportado pelas seguradoras e as diversas taxas parafiscais a cargo de tomadores e seguradoras, a receita fiscal e parafiscal gerada por esta atividade ascendeu, em 2013, a cerca de 771 milhões de euros. Este montante é equivalente a 7,0% do total da produção de seguro direto, ou a 19,1% se considerados apenas os prémios Não Vida, sobre os quais incide a maior parte desta carga. Destaque-se também que, com uma taxa efetiva na ordem dos 28,5%, o valor do imposto sobre o rendimento suportado pelas empresas de seguros situou-se em valores mui- to próximos daqueles que decorreriam da aplicação das suas taxas máximas - IRC (25%), derrama municipal (1,5%) e derrama estadual (5%). No entanto, ainda em sede de imposto sobre o rendimento, nunca é demais referir que, face à volatilidade observada na taxa efetiva nos últimos anos e tendo em conta a intensidade dos ciclos económicos na atividade seguradora, só mesmo uma análise temporal alargada pode produzir uma taxa efetiva de IRC (e derrama) coerente, nomeadamente anulando o efeito do reporte de prejuízos fiscais acumulados em anos economicamente deficitários. Para finalizar, referir apenas que face aos números aqui apresentados, e embora não se conheçam ainda os valores agregados da receita fiscal nacional dos últimos anos, estima-se que setor segurador seja responsável por cerca de 3% do total da receita fiscal nacional (impostos diretos e indiretos) e de 10% da receita do IRC. A receita fiscal e parafiscal gerada por esta atividade ascendeu, em 2013, a cerca de 771 milhões de euros. / CARGA FISCAL E PARAFISCAL (e) +12/11 +13/12 A CARGO DOS TOMADORES Selo da Apólice ,2% -3,2% Fundo de Garantia Automóvel ,8% -6,2% Fundo de Acidentes de Trabalho ,4% -3,0% Serviço Nac. de Bombeiros e Prot. Civil ,7% -1,8% Instituto Nacional de Emergência Médica ,0% -4,3% Sub-Total ,4% -3,3% A CARGO DAS SEGURADORAS Certificado RC (apólices de Automóvel) ,1% 0,4% Instituto de Seguros de Portugal ,8% 8,3% Fundo de Acidentes de Trabalho ,9% 3,9% IRC e Derrama ,9% 3,0% Sub-Total ,7% 3,3% TOTAL ,8% -0,8% RÁCIOS Taxa IRC (IRC e Derrama/Result. bruto do ex.) 324,8% 30,5% 28,5% -294,3 p.p. -2,0 p.p. Carga Fiscal e Parafiscal / Prémios s.d. 3,9% 6,6% 7,0% 2,8 p.p. 0,4 p.p. Tomadores de seguros 3,0% 4,1% 4,3% 1,1 p.p. 0,1 p.p. Seguradoras 0,8% 2,5% 2,8% 1,7 p.p. 0,3 p.p. Carga Fiscal e Paraf. / Prémios s.d. N.V 15,1% 18,7% 19,1% 3.6 p.p. 0,5 p.p. Nota: Estes valores são estimativas da APS, exceto os do FAT (total) e FGA, retirados dos seus relatórios. Não incluem os montantes correspondentes ao IRC, IVA ou IRS retido. (e) Valores totalmente estimados pela APS U: Milhões de euros

26 26 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE RECURSOS HUMANOS De acordo com os últimos dados compilados pela APS sobre o pessoal da atividade seguradora, referentes a final de 2012, o número de trabalhadores do setor segurador ascendia a (11.188, se adicionarmos os 151 estagiários reportados). Há um equilíbrio relativo entre o número de trabalhadores do género masculino (51,1% do total) e do género feminino (48,9%). Por outro lado, no que respeita à estrutura etária dos trabalhadores, existe, naturalmente, uma maior prevalência das classes etárias situadas no pico da vida ativa, representando as classes entre os 28 e os 54 anos quase 85% do total de ativos. Dentro deste intervalo, sobressai a dos 37 aos 45 anos que, com mais de 37% do total dos ativos, é a maior das apresentadas no estudo, não sendo, portanto, surpreendente que a idade média dos trabalhadores se situe exatamente neste escalão (42,6 anos). / ESTRUTURA DE TRABALHADORES POR SEXO E IDADE Intervalo de Idade Sexo Feminino 2012 Sexo Masculino 2012 TOTAL ,9% 1,3% 3,2% ,5% 10,1% 23,7% ,0% 17,3% 36,2% ,4% 14,5% 24,9% ,9% 7,7% 11,6% ,1% 0,3% 0,4% Total 48,9% 51,1% 100% Fonte: Mapa APS (Pessoal da Atividade Seguradora)

27 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS 27 / AMOSTRA Vida Não Vida Mista 99,6% 95,5% 86,1% / DISTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES POR DISTRITO Vida Não Vida Mista TOTAL % Angra do Heroísmo ,2% Aveiro ,7% Beja ,4% Braga ,2% Bragança ,3% Castelo Branco ,5% Coimbra ,6% Évora ,1% Faro ,5% Funchal ,6% Guarda ,5% Horta ,1% Leiria ,6% Lisboa ,0% Ponta Delgada ,0% Portalegre ,4% Porto ,8% Santarém ,3% Setúbal ,6% Viana do Castelo ,6% Vila Real ,8% Viseu ,2% TOTAL % Fontes: Mapa APS Nota: Dados extrapolados para 100% do mercado de acordo com o tipo de companhia. Há um equilíbrio relativo entre o número de trabalhadores do género masculino (51,1% do total) e do género feminino (48,9%). Um outro indicador a realçar é a antiguidade média no setor, que atinge os 16,5 anos, o que significa que grande parte da vida ativa dos atuais trabalhadores foi desenvolvida dentro da atividade seguradora, talvez por virtude da especificidade técnica que lhe está associada. No entanto, este dado conjugado com a antiguidade média na empresa (14,8 anos), sugere também de uma forte capacidade de retenção de talentos por parte do setor e um elevado grau de satisfação dos trabalhadores relativamente às condições e oportunidades oferecidas pelo setor. Relativamente à distribuição geográfica dos trabalhadores, os dados revelam uma elevada concentração nos distritos de Lisboa (68,0%) e do Porto (12,8%) que, em conjunto, empregam quase 81% do pessoal da atividade. Em terceiro lugar, mas a uma larga distância, encontra-se o distrito de Braga (2,2%), logo seguido por Aveiro (1,7%) e Coimbra, Leiria e Setúbal (cada um deles com 1,6%). Ou seja, a faixa litoral entre Setúbal e Braga emprega cerca de 90% dos ativos do setor. Digno de registo é também o baixo peso relativo dos colaboradores de companhias que exploram exclusivamente o ramo Vida (menos de 750), quando comparado com o dos trabalhadores das companhias Não Vida (cerca de 4.800) e mistas (perto de 5.500). O facto do número de colaboradores das companhias Vida representar apenas 6,8% do total dos trabalhadores no ativo poderá parecer surpreendente, particularmente se tivermos em consideração que o volume de produção destas companhias representou, em 2012, mais de 33% do total da produção de seguro direto do mercado português. No entanto, esta realidade reflete a estrutura tipicamente mais leve das companhias Vida, em particular das ligadas a grupos financeiros, que beneficiam de sinergias criadas dentro do seu

28 28 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE próprio grupo, nomeadamente em termos de distribuição e serviços administrativos puros. De uma análise à estrutura dos quadros de pessoal por categoria observa-se uma clara preponderância da categoria Especialista Operacional, com quase 48% do total de trabalhadores, seguida da categoria Técnico, com cerca de 21%, e da categoria Coordenador Operacional, com perto de 16% do total. Estas 3 categorias representam, portanto, 85% do total de ativos. Em termos salariais, o valor do ordenado efetivo médio mensal situava-se nos no final de 2012, valor que compara muito favoravelmente com a remuneração média registada para o total das Atividades financeiras e de seguros (que, de acordo a informação do GEE/MEE & PORDATA, Quadro Remuneração base média mensal dos trabalhadores por conta de outrem: total e por setor de atividade económica - Portugal, correspondia a em 2011). Ainda neste âmbito, sublinhe-se que apenas 4,3% dos trabalhadores apresentavam salários abaixo dos 1.000, sendo muito pouco expressivo (0,4%) o número de trabalhadores com salários inferiores a 700. Por outro lado, diminuto é também o número de ativos com contratos a termo (5,3% do total), sendo estes trabalhadores aqueles que, naturalmente, apresentam ordenados efetivos mensais mais baixos (1.247, em termos médios). Uma nota final para destacar o dinamismo registado em 2012 na movimentação de pessoal, com perto de 200 admissões e pouco mais de 100 rescisões, factos não despiciendos no contexto económico que o país atravessa. Em termos salariais, o valor do ordenado efetivo médio mensal situava-se nos no final de 2012, valor que compara muito favoravelmente com a remuneração média registada para o total das Atividades financeiras e de seguros.

29 ÍNDICE 01 / O SETOR SEGURADOR EM GRANDES NÚMEROS euros / ORDENADO BASE MÉDIO VS ORDENADO EFETIVO MÉDIO EM 2012 POR CATEGORIA U: Euros Fonte: Mapas APS (Pessoal da Atividade Seguradora) Nota: Os dados referentes à média do ordenado efetivo são de periodicidade mensal e incluem ordenado base, os suplementos e margem livre / Ordenado Base Médio / Ordenado Efetivo Médio euros euros euros euros euros euros euros Diretor GESTOR TÉCNICO euros GESTOR COMERCIAL euros GESTOR OPERACIONAL euros euros TÉCNICO TOTAL euros euros COORDENADOR OPERACIONAL ESPECIALISTA OPERACIONAL euros euros 876 euros ASSISTENTE OPERACIONAL euros euros GERAL AUXILIAR 791 euros

30 30 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

31 ÍNDICE / COMUNICAÇÃO E IMAGEM

32 32 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE COMUNICAÇÃO / COMUNICAÇÃO SOCIAL O setor reforçou a sua interação com a Comunicação Social divulgando dados estatísticos europeus referentes a 2011, com especial destaque para o volume de indemnizações pagas pelas seguradoras europeias num valor global de 930 mil milhões de euros. Estes números demonstram a enorme importância do setor segurador na economia europeia, o seu papel como grande investidor de longo prazo e como empregador de dimensão significativa, o que o torna vital para a estabilidade e o crescimento deste mercado. O relacionamento com a Comunicação Social está sempre muito interligado com o ritmo dos acontecimentos. Mereceu assim especial destaque a divulgação de informação sobre os sinistros e custos decorrentes do temporal de 18 e 19 de janeiro que, dadas as condições atmosféricas extremas, tiveram um grande impacto na atividade seguradora. Ao longo do ano foram sendo notícia os indicadores agregados do setor segurador, com enfoque nos resultados e no balanço, bem como a evolução dos produtos de capitalização das seguradoras e as rentabilidades comparadas com as de outros instrumentos de poupança individual. Foram ainda difundidos comunicados sobre o envolvi- mento do setor nas áreas da Literacia Financeira e da Prevenção Rodoviária. / eventos APS A Associação assinalou o seu 31º aniversário, sob a égide Portugal Seguro, tendo organizado duas conferências que contaram com cerca de 220 participantes. A conferência intitulada A Proteção das Vitimas de Acidentes, composta por três painéis: / A Proteção das Vítimas de Acidentes de Trabalho e de Automóvel: Cem Anos de História. / Ações para Melhorar a Proteção e Acompanhamento das Vítimas de Acidentes. / Propostas de Ação Legislativas para a Atualização do Sistema de Proteção às Vítimas. Serviu também como momento de apresentação de um estudo promovido pela APS, intitulado Modelo de Intervenção e Acompanhamento das Pessoas Acidentadas com Alteração Grave na Funcionalidade, um trabalho exploratório de caraterização das práticas atuais no que se refere ao acompanhamento das pessoas acidentadas que estão nestas condições. A segunda conferência, reuniu um conjunto alargado de personalidades, para debater o tema Por Onde Vai a Europa, através de dois painéis: / Que Futuro para o Euro? / Que Futuro para a União Europeia? Comunicados de imprensa 2013 / Companhias de Seguros no terreno para regularizarem danos do temporal / Insurance Europe publica os dados estatísticos detalhados de 2011 / Mau tempo gerou sinistros com custos superiores a 23 milhões de euros / Ascende já a 45 milhões de euros o custo do temporal para as seguradoras / Ascende já a 83 milhões de euros o custo do temporal para as seguradoras / Seguros regressam aos ganhos em 2012 / Produção de seguro direto cresceu 6% no primeiro trimestre de 2013 / Resultados do setor no primeiro semestre / Seguradoras recuperam crescimento na poupança e lideram rentabilidade nos últimos 5 anos / APS apresenta projeto de Literacia Financeira / Seguradoras apoiam campanha de segurança rodoviária 2014 / Seguradoras aprovam Carta de Princípios / Setor Segurador cria emprego e remunera acima da média / Produção seguradora cresce 20% em 2013 / Resultados positivos reforçam contributo do Setor Segurador à Sociedade

33 ÍNDICE 02 / COMUNICAÇÃO E IMAGEM 33 LITERACIA FINANCEIRA Foi lançado oficialmente o projeto de literacia financeira Seguros e Cidadania. Este projeto desenvolve-se em duas vertentes: / Coleção de Livros, desenvolvida pelas escritoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães destinada a um público entre os 8 e os 10 anos. Pretende-se, com estas publicações, sensibilizar as crianças para a importância do seguro, como forma de antecipar, minorar ou compensar as situações de risco a que os seres humanos sempre se encontram sujeitos bem como proporcionar às escolas e às famílias um instrumento adequado à compreensão do valor social do seguro e da sua importância para os indivíduos e para os grupos. Cidadania - Com vista a potenciar a difusão massiva deste projeto, foram ainda criadas duas páginas nas redes sociais Facebook e Twitter, que têm vindo a ser atualizadas sistematicamente. Para envolver as seguradoras e outros destinatários desta ação, foram realizadas duas sessões de apresentação: uma especialmente dirigida às seguradoras e outra à Rede de Bibliotecas Escolares, ao Conselho Nacional de Supervisores Financeiros/Plano Nacional de Formação Financeiras e à Comunicação Social. / Coleção de Jogos, criando um Ecossistema Interativo de Jogos Sérios, desenvolvido em parceria com o C.I.T.I. - Centro de Investigação para Tecnologias Interativas, da Universidade Nova. Esta coleção destina-se a um público entre os 5 e os 13 anos, e está segmentada por três faixas etárias com 6 temas cada, o que significa 18 jogos, no total com o mesmo objetivo de levar os jovens a perceber os conceitos de seguro enquanto jogam. Os jogos estão disponíveis para as diferentes plataformas: web e mobile - smartphones e tablets, sejam ios (iphone e ipad) como Android, podendo ser obtidos através da Google Play e da Apple Store, para além da versão web, que poderá ser obtida fazendo download direto da área Seguros e Foram enviados para as Bibliotecas Escolares vários exemplares do 1º livro cujo título é O Risco Espreita, Mais Vale Jogar pelo Seguro, bem como fichas de orientação pedagógica para a respetiva leitura. Os materiais disponibilizados mereceram uma reação muito positiva por parte da Comunidade Escolar. No dia 31 de outubro, Dia da Poupança, o setor marcou presença num evento na Escola Filipa de Vilhena, no Porto, tendo apresentado estes novos instrumentos aos jovens e professores presentes. Foi lançado oficialmente o projeto de literacia financeira Seguros e Cidadania.

34 34 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE IMAGEM DO SETOR Portugal viveu o ano de 2013 mergulhado numa crise macroeconómica sem precedentes recentes e de inevitáveis repercussões sociais. Se era já, por si, um contexto difícil para a atividade empresarial em geral, mais difícil ficou ainda para o setor segurador. Nestas circunstâncias é de assinalar com grande satisfação, sobretudo numa conjuntura tão adversa para os setores da área financeira, os resultados atingidos no que se refere ao índice de satisfação dos clientes de seguros, vendo assim reconhecidos pelos próprios consumidores os esforços e os progressos desta atividade. Sendo a sua imagem uma das grandes preocupações do setor, são progressos que não podem deixar de se valorizar adequadamente e que devem continuar a nortear a atuação dos seguradores em Portugal. Milhões de pessoas confiam já hoje ao setor segurador os seus bens, as suas poupanças e o seu futuro. Para obter mais informação sobre a imagem do setor, foi elaborado um Diagnóstico de Reputação, baseado na avaliação das notícias da comunicação social e na perceção desses conteúdos por parte da opinião pública. O projeto assentou num estudo sobre o conteúdo das notícias publicadas e numa sondagem de opinião pública. A análise de media teve por base todos os conteúdos sobre o setor segurador veiculados no último ano, observando parâmetros como: favorabilidade mediática; protagonismo e posicionamento nos media; pro-atividade e espontaneidade; área de intervenção; mensagens transmitidas; drivers de reputação. A segunda componente deste processo foi um estudo de opinião sobre o setor segurador em Portugal, baseado numa sondagem realizada à população portuguesa residente nas cidades de Lisboa e Porto, com uma amostra de 500 unidades estatísticas. O estudo de imagem permitiu concluir que o índice de reputação médio é favorável ao setor segurador e que, em geral, a informação transmitida pelos media influencia favoravelmente a opinião pública. No que diz respeito à reputação dos Produtos e Serviços, verifica-se que: / Índice de reputação é favorável nos produtos vida, saúde, automóvel, multirriscos habitação e acidentes. / Os produtos financeiros ficam abaixo da média dos restantes produtos em termos de reputação. / No segmento automóvel a reputação é mais favorável na opinião pública que nos media, sendo de notar que, quem já sofreu acidentes acaba por ter uma opinião mais favorável sobre o seguro automóvel e sobre o serviço prestado. Assim, as principais conclusões que se podem retirar deste estudo são: / O índice de reputação médio é favorável ao setor segurador. / O setor ainda não é reconhecido como ator importante a nível da gestão de poupanças (a maioria dos inquiridos não investiria as suas poupanças no setor segurador). / Os produtos financeiros das seguradoras são pouco abordados pelos media que, no entanto, lhes atribuem reputação positiva. / Regista-se um índice de reputação favorável nos produtos não vida. 5,00 3,00 3,44% 3,37% 3,40% 3,76% 3,55% 3,66% 2,67% 3,71% 3,19% 3,70% 3,60% 3,65% 3,07% 3,21% 3,14% 4,28% 3,36% 3,82% 1,00 VIDA SAÚDE AUTOMÓVEL MULTIRISCOS HABITAÇÃO PRODUTOS FINANCEIROS ACIDENTES U: Fonte: / Opinião dos media / Opinião dos clientes / índice de reputação médio

35 ÍNDICE 02 / COMUNICAÇÃO E IMAGEM 35 O estudo de imagem permitiu concluir que o índice de reputação médio é favorável ao setor segurador e que, em geral, a informação transmitida pelos media influencia favoravelmente a opinião pública. 3,43% OPINIÃO DOS MEDIA 3,29% ÍNDICE DE REPUTAÇÃO MÉDIO 3,43% OPINIÃO DOS CLIENTES

36 36 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

37 ÍNDICE / ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO

38 38 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE SOLVÊNCIA II / Processo legislativo e calendário Em novembro de 2013 foi finalmente alcançado um acordo entre os três órgãos europeus com poderes legislativos (Comissão, Conselho e Parlamento) relativamente ao projeto de diretiva OMNIBUS II acontecimento que foi, sem dúvida, um passo determinante no caminho da implementação definitiva de um projeto que foi formalmente lançado pela Comissão Europeia em maio de 2001: o projeto Solvência II. Depois de sucessivos adiamentos, não parecem subsistir, neste momento, grandes dúvidas que este novo regime prudencial para o setor segurador europeu - solvência II - entrará em vigor, de uma forma ou de outra, no dia 1 de janeiro de No entanto, não são ainda totalmente conhecidos os contornos finais do regime Solvência II uma vez que o acordo alcançado em novembro abrange apenas a diretiva de princípios (Framework Directive) e existem ainda muitas matérias que carecem de regulamentação mais detalhada. Neste contexto, espera-se que, quer a nível comunitário, quer a nível nacional, os anos de 2014 e 2015 sejam férteis em desenvolvimentos legislativos/regulamentares que poderão ter impactos significativos na aplicação prática do futuro regime prudencial. O Processo Legislativo Comunitário Em termos gerais, conforme definido no tratado de Lisboa, a diretiva de princípios (Framework Directive) é apenas o primeiro nível de legislação comunitária (ver quadro) existindo ainda outros 3 níveis de regulamentação, todos eles com objetivos específicos. Para finalizar todo este processo, a cargo da Comissão Europeia fica depois a monitorização da efetiva implementação

39 ÍNDICE 03 / ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO 39 Depois de sucessivos adiamentos, não parecem subsistir, neste momento, grandes dúvidas que este novo regime prudencial para o setor segurador europeu - solvência II - entrará em vigor, de uma forma ou de outra, no dia 1 de janeiro de da legislação comunitária em cada um dos estados membros (Nível 4 de regulamentação). No caso do projeto Solvência II, a diretiva de princípios foi já publicada em 2009 (diretiva 2009/138/EU, de 25 de novembro, ou, simplesmente, diretiva Solvência II) tendo sofrido algumas alterações, em particular, por força de 2 adiamentos da sua data de entrada em vigor. a dar um tratamento mais adequado das garantias de longo prazo: / Quais os prémios futuros a considerar no cálculo das provisões técnicas (Contract Boundaries). / Calibração das cargas de capital para os diferentes riscos e subriscos. / Critérios de classificação dos elementos de capital nos diferentes níveis de qualidade (tiers). Na sequência da aprovação final da diretiva OMNIBUS II, a diretiva Solvência II sofrerá novas alterações, desta vez bastante mais profundas relacionadas com: / A adaptação da diretiva à nova arquitetura legislativa introduzida pelo tratado de Lisboa (2009). / A adaptação da diretiva às novas medidas na área da supervisão financeira a nível comunitário (2010), em particular, aquelas relacionadas com os poderes atribuídos à nova Autoridade Europeia para o setor dos Seguros e dos Fundos de Pensões (EIOPA). / Outras disposições relevantes para o regime solvência II como a introdução de medidas transitórias e medidas destinadas a dar um tratamento mais adequado das garantias de longo prazo associadas a contratos de seguro. Assim que as disposições previstas na OMNIBUS II entrem em vigor, a Comissão Europeia deverá apresentar as suas propostas para atos delegados (delegated acts) que incorporarão disposições mais detalhadas no que respeita a, aproximadamente, quatro dezenas de áreas relevantes da diretiva Solvência II. Alguns exemplos de matérias a serem abordadas em atos delegados são os seguintes: / Métodos de cálculo e calibração das medidas destinadas De acordo com o calendário atualmente previsto, depois de um processo de consulta a ocorrer durante 2014, espera-se que os atos delegados sejam aprovados e publicados em jornal oficial das comunidades até meados de fevereiro de As normas técnicas (technical standards) são o nível seguinte de regulamentação comunitária. Estas normas deverão apenas abordar matérias que são puramente técnicas e, como tal, não deverão incorporar quaisquer decisões estratégicas ou opções políticas. A responsabilidade pela sua adoção é da Comissão Europeia com base em propostas apresentadas pela EIOPA. A informação mínima a ser reportada para efeitos de supervisão, incluindo os respetivos modelos de reporte (reporting templates), é um exemplo daquilo que deverá ser definido através de normas técnicas. No entanto, basta analisar o programa de trabalhos da EIOPA para 2014 para ter uma ideia do número e da relevância das matérias a serem abordadas neste nível de regulamentação. De acordo com o planeamento recentemente divulgado pela EIOPA, espera-se que as normas técnicas venham a ser

40 40 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE espera-se que os atos delegados sejam aprovados e publicado em jornal oficial das comunidades até meados de fevereiro de colocadas em consulta e publicadas de forma progressiva ao longo de 2014 e A última vaga de normas técnicas deverá estar concluída apenas em novembro de Por fim, a EIOPA poderá emitir orientações (guidelines) dirigidas aos supervisores e/ou às empresas de seguros. Estas orientações não são, por si só, vinculativas em termos legais mas as companhias ou supervisores que não as sigam terão de explicar as razões para tal posição. Entre as matérias (potencialmente) abrangidas por orientações da EIOPA, as mais relevantes ou, pelo menos, mais mediáticas serão as associadas à aprovação e validação de modelos internos e ao processo de autoavaliação do risco e da solvência (também conhecido por ORSA). Face ao exposto, estima-se um calendário extremamente apertado para o processo legislativo remanescente do projeto Solvência II. O quadro seguinte apresenta o calendário tentativo de todo o processo legislativo até à data da sua entrada em vigor, elaborado com base nas informações mais recentes. O Processo Legislativo Nacional A nível nacional, o processo de transposição da diretiva Solvência II passa, necessariamente, pela substituição, ou substancial reformulação, do atual Regime Jurídico de Acesso e Exercício à Atividade Seguradora (Decreto-Lei 94-B/98). De acordo com o calendário divulgado pelo ISP, o processo de transposição da diretiva Solvência II (incorporando já as alterações introduzidas pela diretiva OMNIBUS II ) deverá estar concluído em meados de A confirmar-se este calendário, Portugal cumprirá, com larga margem, o prazo de transposição definido na atual redação da Diretiva Solvência II (31 de março de 2015). Espera-se que, uma vez concluído este processo, o ISP esteja munido de todas as ferramentas legais necessárias à implementação integral do novo regime e à definição de um regime transitório para o período que mediará entre a aprovação deste pacote legislativo e a entrada em vigor do Solvência II (1 de janeiro de 2016), com particular destaque para uma habilitação legal para transpor as orientações emanadas pela EIOPA (por exemplo, as relacionadas com a fase de preparação do Solvência II). / Calendário tentativo para o processo legislativo remanescente no âmbito do projeto Solvência II Quadro 1 março 2014 Votação da proposta de diretiva OMNIBUS II no Parlamento Europeu abril 2014 Aprovação formal da OMNIBUS II pelo Conselho Europeu maio 2014 Publicação da OMNIBUS II em Jornal Oficial das Comunidades julho 2014 Comissão envia ao Parlamento Europeu e Conselho a sua proposta de atos delegados outubro 2014 EIOPA envia à Comissão a primeira vaga de propostas de normas técnicas dezembro 2014 Primeira vaga de normas técnicas é adotada e publicada fevereiro 2015 Adoção e publicação do texto final dos atos delegados 31 março 2015 Data Limite para a transposição das diretivas Solvência II / OMNIBUS II para o direito interno de cada estado membro junho 2015 EIOPA envia à Comissão a segunda vaga de propostas de normas técnicas agosto 2015 Segunda vaga de normas técnicas é adotada e publicada setembro 2015 EIOPA envia à Comissão a terceira vaga de propostas de normas técnicas novembro 2015 Terceira vaga de normas técnicas é adotada e publicada 01 janeiro 2016 Entrada em vigor do Solvência II Fonte: Insurance Europe e EIOPA

41 ÍNDICE 03 / ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO 41 / Fase de preparação (2014 e 2015) Reconhecendo a importância de uma preparação atempada, e mesmo sem o processo legislativo inteiramente concluído, a EIOPA publicou, em outubro de 2013, um conjunto de orientações (Guidelines), dirigidas aos reguladores e supervisores nacionais, onde são definidos os procedimentos a adotar numa fase transitória (2014 e 2015) que conduzirá à aplicação integral da Diretiva Solvência II. Estas orientações abrangem as seguintes áreas: / Sistema de Governação. / Autoavaliação prospetiva dos riscos (baseada nos princípios do ORSA). / Pré-aplicação dos modelos internos. / Submissão da informação para as autoridades de supervisão nacionais. Com estas orientações a EIOPA pretende, de forma harmonizada a nível comunitário, aumentar o grau de preparação de companhias e supervisores relativamente ao futuro regime Solvência II. Com estas orientações a EIOPA pretende, de forma harmonizada a nível comunitário, aumentar o grau de preparação de companhias e supervisores relativamente ao futuro regime Solvência II, tendo ficado a cargo das autoridades nacionais definir a melhor forma de incorporar as orientações no enquadramento legislativo e regulamentar de cada Estado membro. Em Portugal, embora subsistam algumas limitações formais à sua transposição integral, o ISP já assumiu a sua intenção de seguir escrupulosamente estas orientações, podendo até estender a sua aplicação à totalidade das empresas por si supervisionadas. Na realidade, e independentemente dos aspetos formais e operacionais, é do interesse do setor efetuar uma preparação atempada para a entrada em vigor do novo regime prudencial. Afinal, e apesar dos passos já dados tendentes a uma aproximação do quadro regulamentar ao futuro regime, os menos de dois anos que restam para a entrada em vigor do Solvência II não deixam de ser exigentes para as alterações estruturais necessárias ao nível dos sistemas de gestão e de informação. No entanto, mais do que o mero cumprimento de qualquer requisito regulamentar que venha a ser imposto, o que é verdadeiramente relevante nesta fase é a adaptação das organizações (seguradoras, mas também reguladores e supervisores) no sentido de embeberem cada vez mais na sua cultura e nos seus processos de decisão os princípios de gestão de riscos com bases económicas que são inerentes ao projeto Solvência II.

42 42 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

43 ÍNDICE 03 / ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO 43 LEI-QUADRO DAS ENTIDADES REGULADORAS Em meados de 2013 foi publicada a Lei-quadro das entidades reguladoras (Lei nº 67/2013, de 28 de agosto), consagrando um regime jurídico estruturante aplicável à generalidade destes organismos, com princípios gerais ou requisitos concretos de independência, modelos de governo, gestão administrativa e financeira e transparência e prestação de contas. O diploma procede à definição das entidades reguladoras e da sua natureza de entidades administrativas independentes, incluindo, naturalmente, as do setor financeiro, mas deixando à margem o Banco de Portugal que, como Banco Central da República e membro do Eurosistema, se rege de legislação própria. Já o ISP, enquanto regulador e supervisor do setor segurador nacional, e a CMVM, também responsável pela supervisão de uma componente da atividade seguradora, não deixaram de ser enquadrados nesta legislação transversal e de ser afetados por alguns dos seus requisitos. Independentemente de virtudes e defeitos que se podem atribuir a esta Lei-quadro das entidades reguladoras, fica a sensação de que se justificaria uma reflexão mais estruturada e profunda sobre as competências e atribuições destas entidades, nomeadamente equacionando as vantagens e inconvenientes da concentração de poderes - de regulação, de regulamentação, de supervisão, de fiscalização e de sanção - que mantiveram. Fica a sensação de que se justificaria uma reflexão mais estruturada e profunda sobre as competências e atribuições destas entidades, nomeadamente equacionando as vantagens e inconvenientes da concentração de poderes que mantiveram.

44 44 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

45 ÍNDICE / DESENVOLVIMENTOS OPERATIVOS

46 46 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE FATURAÇÃO HOSPITALAR ÀS SEGURADORAS O Sistema de Faturação Hospitalar às Seguradoras, criado para agilizar e disciplinar o relacionamento prévio à faturação, entre hospitais e seguradoras, assenta numa aplicação informática que resultou de um trabalho conjunto entre a APS e a SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Tendo entrado em produção em março de 2012, foi a publicação do Despacho nº 15264/2012 que determinou que o sistema FHS - Faturação Hospitalar às Seguradoras fosse adotado por todos os estabelecimentos e serviços do SNS, até 31 de dezembro de 2012, que se assistiu a uma evolução significativa do sistema o qual, em finais de 2013, integrava 44 hospitais e 24 seguradoras, com processos, dos quais pré-validados. O prazo médio de aceitação dos processos pelas seguradoras ronda os 4 dias úteis, resolvendo-se 67% dos processos em 2 dias e 88% em 5 dias. Mesmo naqueles processos em que ainda há que aferir responsabilidades (36% dos casos), esse prazo médio é de cerca de 11 dias. No final do ano de 2013 já tinham sido tramitadas no sistema faturas pró-forma, estando no estado aceites (98%) e dessas, já pagas: (71%). A gestão conjunta deste projeto, levada a cabo pela ACSS Administração Central dos Sistemas de Saúde e a APS, tem vindo a equacionar algumas evoluções possíveis, tais como a extensão do processo ao Fundo de Garantia Automóvel, a abertura do sistema aos hospitais privados, ou a criação de uma Central de Pagamentos das Seguradoras aos Hospitais, para faturas registadas no FHS, o que permitirá agilizar ainda mais o processo existente. O Sistema de Faturação Hospitalar às Seguradoras, criado para agilizar e disciplinar o relacionamento prévio à faturação, entre hospitais e seguradoras, assenta numa aplicação informática que resultou de um trabalho conjunto entre a APS e a SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

47 ÍNDICE 04 / DESENVOLVIMENTOS OPERATIVOS 47 66% Trabalho PROCESSOS PRÉ VALIDADOS POR TIPO DE ACIDENTE / Trabalho % / Viação % / Escolar % / Pessoal % / Desportivo % / Em branco 659 1% / Doméstico 377 1% 1% 1% 2% 2% 4% 24% Viação

48 48 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE Cossegurnet é um sistema que permite regular as interações entre todas as cosseguradoras, registando as suas ações, garantindo uma comunicação atempada e eficaz a todos os participantes. COSSEGURNET O sistema Cossegurnet, que se iniciou em janeiro de 2012, tem vindo a integrar os ramos de forma gradual tendo, neste momento, cosseguros dos ramos Responsabilidade Civil Geral, Transportes, Patrimoniais e Acidentes Pessoais. Cossegurnet é um sistema que permite regular as interações entre todas as cosseguradoras, registando as suas ações, garantindo uma comunicação atempada e eficaz a todos os participantes. e permitindo ainda, através da compensação financeira mensal, regular os fluxos financeiros entre as várias intervenientes em contratos de cosseguro. No final de 2013 o sistema contava com mais de contratos de seguro tramitados, e com sinistros. Entretanto o módulo que faz a gestão da Câmara de Compensação entre seguradoras gerou mais de movimentos financeiros, aos quais corresponde um valor de perto de 20 milhões de euros. A evolução do sistema passará agora pela integração dos cosseguros de automóvel e acidentes de trabalho, previstas para 2014/2015.

49 ÍNDICE 04 / DESENVOLVIMENTOS OPERATIVOS 49 UM DOS PRINCIPAIS OBJETIVOS É criar condições que permitam, num futuro próximo, avançar no sentido da eliminação da emissão sistemática daquele certificado para todos os veículos seguros. FNM - NSA (FICHEIRO NACIONAL DE MATRÍCULAS - NÚMERO SEGURNET AUTOMÓVEL) A evolução do Ficheiro Nacional de Matrículas com a introdução do NSA Nº Segurnet Automóvel, foi sem dúvida um projeto estruturante e ambicioso a nível da autorregulação não só pela sua dimensão como, também, pela necessidade de envolver a adesão de todo o mercado. A origem desta iniciativa decorreu de uma reflexão sobre os problemas associados à emissão da Carta Verde, e um dos seus principais objetivos é o de criar condições que permitam, num futuro próximo, avançar no sentido da eliminação da emissão sistemática daquele certificado para todos os veículos seguros, restringindo essa emissão apenas aos casos em que o veículo se desloca para fora do espaço geográfico do sistema de carta verde. Para além disso, e tendo em conta que o sistema assenta num registo imediato de todo e qualquer seguro automóvel, ele permitirá o controlo da existência de seguro em tempo real, nomeadamente pelas forças policiais. O sistema permite assim, o controlo de todo o ciclo de vida de um Seguro Automóvel, desde o seu pedido provisório por parte de um mediador até à emissão, renovação e anulação da apólice, o que contribui para uma maior credibilização e fiabilidade, e facilitará a tarefa de fiscalização da obrigação de segurar. No final de 2013 integravam o sistema 22 seguradoras, representativas da quase totalidade do mercado automóvel, sendo que, após o carregamento das carteiras, o sistema contava com cerca de 7 milhões de NSA Nº Segurnet automóvel.

50 50 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

51 ÍNDICE 04 / DESENVOLVIMENTOS OPERATIVOS 51 Os objetivos estratégicos da APS passam por reforçar o seu papel nesta área, consolidando e potenciando o portal Segurdata como veículo privilegiado de partilha de informação estatística com as Associadas e outros parceiros. PORTAL DE ESTATÍSTICAS SEGURDATA As Estatísticas e Informação de Gestão são uma área que se tem vindo a desenvolver de forma sustentada. O seu reconhecido interesse para as Associadas, seus parceiros e público em geral, a posição única que a APS ocupa no mercado e os resultados apresentados, têm fomentado a imprescindível cooperação setorial nesta matéria. Um exemplo claro desta cooperação acrescida foi o lançamento em 2013 de um conjunto de novos relatórios com Indicadores de Gestão Trimestrais sobre os principais ramos Não Vida - Automóvel, Acidentes de Trabalho, Multirriscos e Saúde proporcionando ao mercado um acompanhamento mais sistemático da evolução de um conjunto de variáveis e indicadores relevantes. Para 2014, os objetivos estratégicos da APS passam por reforçar o seu papel nesta área, consolidando e potenciando o portal Segurdata como veículo privilegiado de partilha de informação estatística com as Associadas e outros parceiros. Neste âmbito, tem vindo a ser desenvolvida progressivamente uma versão em Inglês do portal e da documentação estatística produzida regularmente pela APS, dando resposta à crescente procura de informação por parte de parceiros internacionais (como, por exemplo, resseguradores e corretores de resseguro) e facilitando a consulta e comunicação de informação de mercado às Associadas incorporadas em grupos multinacionais. Adicionalmente, com o intuito de tornar a informação estatística produzida pela APS mais acessível aos utilizadores finais, foi criada também uma versão simplificada do Segurdata especificamente direcionada a dispositivos móveis, versão que entrou em produção em Por fim, e ainda neste âmbito, pretende-se continuar a inovar e a desenvolver Estatísticas e Informação de Gestão que permitam aprofundar do conhecimento sobre o mercado segurador português, não só na sua vertente técnica, mas também noutras vertentes particularmente relevantes. Entre os projetos que merecerão especial atenção da APS durante 2014 encontram-se o lançamento de um Estudo Técnico Automóvel, a reformulação do Estudo da mortalidade registada em produtos Vida (no âmbito do Observatório de Riscos Biométrico da APS) e a consolidação da Estatística sobre processos em Contencioso.

52 52 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE COMBATE À FRAUDE NOS SEGUROS A fraude aos seguros não é um fenómeno recente. Acontece todos os dias e em qualquer local e, como é de esperar, o setor fica mais exposto à prática de fraudes em períodos de crise económica como a que atravessamos. É necessário estar consciente que a fraude pode estar presente em todos os tipos de atos e ser praticada por todo o tipo de agentes no processo, obrigando os seguradores a criar e adotar procedimentos que visem controlar as possíveis tentativas de fraude ou utilização abusiva dos seguros. O setor segurador português está bastante empenhado na prevenção e combate à fraude, tendo definido e implementado politicas anti-fraude, de acordo com o previsto na Norma nº 10/2009-R do Instituto de Seguros de Portugal, a qual define o conceito de fraude, aponta os conteúdos mínimos dessa política, prevendo ainda a adoção de mecanismos de cooperação entre as empresas de seguros, bem como a criação de áreas específicas nos seguradores dedicados a esta matéria. A relevância deste fenómeno tem tido uma expressão crescente na comunicação social, que tem exposto e denunciado diversos casos de fraude, nomeadamente no ramo Automóvel. É neste ramo, talvez por ser um seguro obrigatório e de massa, que são mais conhecidas e comunicadas pelas autoridades policias situações de fraude aos seguros. Em Portugal a relação entre os seguradores e as autoridades policiais tem demonstrado uma evolução muito positiva. No sentido de estreitar esta relação, foi realizado um ciclo de workshops que juntou as autoridades policiais e as seguradoras. Os ensinamentos retirados destas iniciativas foram fundamentais para uma reflexão sobre a cooperação e disponibilidade do mercado segurador junto das forças policiais na forma como abordar a temática da prevenção e combate à fraude aos seguros. Com vista a um mais cabal conhecimento do peso da «Fraude aos Seguros», durante o ano de 2013 foi desenvolvido um modelo de reporte estatístico, que pretende recolher dados relativos ao número de sinistros e ao montante para sinistros suspeitos, sinistros averiguados e sinistros com fraude registada para um conjunto de ramos. O relatório final, a divulgar em 2014, deverá integrar um conjunto de indicadores que permitirão avaliar a quantificação da fraude para esses ramos. A fraude aos seguros não é um fenómeno recente. Acontece todos os dias e em qualquer local e, como é de esperar, o setor fica mais exposto à prática de fraudes em períodos de crise económica como a que atravessamos.

53 ÍNDICE 04 / DESENVOLVIMENTOS OPERATIVOS 53

54 54 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

55 ÍNDICE / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS

56 56 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

57 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 57 PLANOS DE POUPANÇA REFORMA / EVOLUÇÃO Depois de um período de retração, as poupanças acumuladas em produtos de seguros entraram novamente em fase de crescimento, ascendendo a mais de 40 mil milhões euros. Os PPR, talvez os mais populares produtos de poupança individual para a reforma, acompanharam inteiramente esta dinâmica, tendo já recuperado um sólido crescimento do volume de novas contribuições e de montantes investidos. Relativamente às contribuições anuais, o seu crescimento atingiu quase 38% em 2013, ascendendo a mais de milhões de euros. E tudo indica que 2014 venha a consolidar ainda esta tendência, já que os dois primeiros meses do ano revelam um crescimento destas contribuições superior a 70% em relação às do período homólogo do ano anterior. No final de 2013, os portugueses tinham então investidos quase 12,2 mil milhões de euros em PPR, um montante também ele em crescimento face a 2012 e largamente associado a contratos com garantias de capital e de rendimento. Os PPR, talvez os mais populares produtos de poupança individual para a reforma, acompanharam inteiramente esta dinâmica, tendo já recuperado um sólido crescimento do volume de novas contribuições e de montantes investidos.

58 58 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE As seguradoras foram as gestoras de poupança que obtiveram a melhor rentabilidade de longo prazo para os seus aforradores. / Rentabilidade comparada dos produtos de poupança com performance negativa, os fundos mais expostos ao segmento acionista do mercado de capitais. A recuperação do volume de poupanças sob responsabilidade das seguradoras vem, no fundo, premiar o modelo de remuneração dos seus produtos e a sua capacidade de gestão de investimentos a longo prazo, nomeadamente quando o aforro se destina a complementar os rendimentos na idade da reforma. Uma análise comparativa das rentabilidades das principais categorias de produtos de poupança individual atesta exatamente a superior performance de longo prazo dos produtos das seguradoras. Com um horizonte temporal a 5 anos, entre 2008 e 2012, período que incorpora uma significativa volatilidade dos mercados, os seguros PPR não ligados a fundos de investimento ascendem ao topo do quadro comparativo das rentabilidades dos produtos de poupança individual (com 3,3%), seguidos dos seguros ligados a fundos de investimento (com 3,1%) e dos depósitos a prazo. Com esta amplitude temporal, já equiparada a um longo prazo, metade das categorias de produtos analisados apresentam mesmo taxas de rentabilidade inferiores à inflação, ficando na cauda, e Note-se que esta análise incorpora já os efeitos da recuperação dos mercados em 2012, que projetou especialmente a rentabilidade de produtos mais expostos à oscilação das cotações, ou seja, com maior componente de risco. Baseada em diferentes períodos e diferentes condições de mercado, a análise revela a adequação do modelo de remuneração dos seguros PPR - com as suas componentes de garantia de capital, garantia de rendimento e participação nos resultados - sobretudo quando se vivem períodos de acentuada turbulência financeira e o objetivo é realmente o aforro para equilíbrio do rendimento na idade da reforma. Revela também que, de um modo geral, As seguradoras foram as gestoras de poupança que obtiveram a melhor rentabilidade de longo prazo para os seus aforradores, seguidas dos bancos, do Estado e das entidades gestoras de fundos de investimento e de pensões. Porque, na sua maioria, os produtos financeiros geridos pelas seguradoras são configurados para poupanças de longo prazo, enquanto outros visam essencialmente poupanças de curto prazo. / TAXAS DE RENTABILIDADE PPR - Seguros Não Ligados a FI SEGUROS LIGADOS A FI DepÓSITOS A PRAZO - NOVAS OPERAÇÕES Depósitos a Prazo até 2 anos 3,3% 3,1% 3,0% 2,8% Depósitos a Prazo mais de 2 anos 2,5% PPR - SEGUROS LIGADOS A FI CERTIFICADOS DE AFORRO 2,2% 2,2% FIM OBRIGAÇÕES 2,0% Fundos de Pensões abertos 1,0% FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO RESPONSABILIDADE À VISTA FPA LIGADOS A FI - OUTROS FPA Ligados a FI - PPR FIM OUTROS Fim POUPANÇA Fim AÇÕES -6,9% 3,0% -1,6% -1,9% -0,5% 0,4% 0,1% 1,9% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% Nota sobre metodologia: as rentabilidades apresentadas não são rigorosamente comparáveis. Entre os fatores que inviabilizam uma comparabilidade perfeita estão o método de apuramento das taxas médias, a fiscalidade aplicável e as comissões cobradas. / Bancos / Estado / Seguradores / SGFI / SGFP / Inflação

59 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 59 / Reembolsos para prestações de crédito à habitação Após a publicação da Lei nº 57/2012, de 9 de novembro, que legitimou o reembolso de PPR para pagamento de prestações de crédito à aquisição de habitação própria e permanente, e da Portaria nº 432-D/2012, de 31 de dezembro, que regulamentou as respetivas condições, muitas dúvidas de interpretação e muitas questões de operacionalização foram sendo suscitadas pelas entidades gestoras. Não causaram, por isso, surpresa as dificuldades práticas de aplicação do regime que começaram a revelar-se logo a partir de janeiro de 2013 e que originaram queixas à Assembleia da República e à comunicação social, dirigidas sobretudo às entidades bancárias, incapazes de responder convenientemente aos pedidos recebidos. Os problemas de interpretação da Lei acabaram por motivar a apresentação de um novo projeto de Lei por parte dos próprios partidos com assento na Assembleia da República, subscrito por todos eles. Embora sem resolver cabalmente os problemas de origem deste regime, e introduzindo até algumas novas incoerências, as consequentes Lei nº 44/2013, de 3 de julho, e Portaria n.º 341/2013, de 22 de novembro, vieram, pelo menos, ajudar a clarificar algumas dúvidas fundamentais, nomeadamente a de que os reembolsos de PPR só poderiam ser solicitados para pagamento de prestações vencidas e de cada prestação vincenda à medida e na data em que se vão vencendo, assim como contemplaram uma ficha para reporte Elementos mínimos a incluir na declaração a emitir pela instituição de crédito, que pode ajudar a balizar o âmbito dos reembolsos. Em todo este processo, o setor segurador, através da APS, não deixou de reiterar aquilo que é sua posição original e estrutural em relação a toda esta iniciativa legislativa, a de que é legítima e compreensível a preocupação de fundo que a motivou, mas que só as famílias em reconhecidas dificuldades económicas deveriam poder aceder aos seus PPR para pagamento de prestações de crédito à aquisição de habitação, como aliás estaria verdadeiramente no espírito do legislador. De acordo com a informação disponível, admite-se que em 2013 terão sido efetuados perto de 20 mil reembolsos de PPR abrigo desta legislação, com um valor global da ordem dos 8 milhões de euros. só as famílias em reconhecidas dificuldades económicas deveriam poder aceder aos seus PPR para pagamento de prestações de crédito à aquisição de habitação, como aliás estaria verdadeiramente no espírito do legislador.

60 60 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE A preocupação foi garantir, pelo menos, um correto enquadramento dos unit linked neste quadro regulamentar e uma agilização dos procedimentos administrativos associados à produção e validação dos documentos informativos do produto e dos materiais publicitários.

61 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 61 SEGUROS UNIT-LINKED / Regulamentação sobre Produtos Financeiros Complexos O enquadramento dos seguros unit-linked no regime dos Produtos Financeiros Complexos (PFC) tem sido alvo de preocupação por parte do setor segurador, adensada em 2013 por duas circunstâncias. A primeira foi a entrada em vigor (a 1 de janeiro de 2013) do Regulamento da CMVM sobre Deveres Informativos Relativos a Produtos Financeiros Complexos e Comercialização de Operações e Seguros Ligados a Fundos de Investimento. Em geral, a qualificação incondicional dos seguros unit linked como PFC tem merecido uma posição fortemente crítica do setor segurador, sobretudo pela forma discriminatória como são tratados estes produtos face a outros de complexidade absolutamente equivalente. Contudo, a partir do momento em que foi publicado o referido Regulamento (em novembro de 2012), a preocupação foi garantir, pelo menos, um correto enquadramento dos unit linked neste quadro regulamentar e uma agilização dos procedimentos administrativos associados à produção e validação dos documentos informativos do produto e dos materiais publicitários. Dos encontros mantidos em 2013 e 2014 com a CMVM resultaram esclarecimentos relativamente satisfatórios quanto a três grandes preocupações do setor, a saber: / Determinação da classe de risco (e sua cor) atribuível aos produtos. / Processo de avaliação e publicação do IFI (Informações Fundamentais ao Investidor) pela CMVM. / Articulação entre a CMVM e o ISP quanto à regulação da conduta de mercado neste domínio. Assim como se registaram progressos significativos no que respeita ao processo de validação pela CMVM dos documentos informativos e materiais publicitários, nomeadamente uma redução substancial dos respetivos prazos médios, ainda que com algumas exceções. A segunda das referidas circunstâncias foram as diligências da CMVM no sentido de promover protocolos bilaterais com as entidades bancárias sobre a comercialização destes produtos, o que viria a acontecer mais recentemente. Considerando que o canal bancário tem uma importância estratégica na distribuição dos produtos financeiros das seguradoras e que estes protocolos envolvem, nomeadamente, a inibição da comercialização a clientes de retalho de determinados PFC, foi com natural apreensão que o setor segurador acompanhou este processo. No entanto, estando apenas em causa produtos tidos como excessivamente complexos, com um perfil muito pouco comum nos seguros unit linked, a perceção é que estes protocolos não terão impacto significativo sobre a capacidade de escoamento destes produtos.

62 62 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE este Mecanismo Equivalente, que é, pois, uma solução alternativa a que o empregador pode recorrer, foi destinado a ser gerido exclusivamente por instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de Portugal.

63 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 63 FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO E MECANISMO EQUIVALENTE A criação de um Fundo de Compensação do Trabalho, visando assegurar aos empregados o efetivo recebimento de compensações devidas em caso de cessação do contrato de trabalho, era uma medida política há muito anunciada (pelo menos desde 2011) e que foi objeto de regulação em De acordo com o seu regime jurídico, estabelecido pela Lei nº 70/2013, de 30 de agosto, o Fundo de Compensação do Trabalho é um fundo autónomo de capitalização visando garantir o pagamento até metade do valor da compensação devida, sendo de adesão individual e obrigatória pelo empregador. Em alternativa, no entanto, este pode optar por aderir a um Mecanismo Equivalente concedendo ao trabalhador uma garantia idêntica à que resultaria do Fundo de Compensação do Trabalho. Igualmente regulado pelo referido diploma, este Mecanismo Equivalente, que é, pois, uma solução alternativa a que o empregador pode recorrer, foi destinado a ser gerido exclusivamente por instituições sujeitas à supervisão do BdP e do ISP, entre as quais as seguradoras, que têm neste campo uma ampla e reconhecida experiência. Peça fundamental para a sua efetiva operacionalização, o Regulamento de Gestão do Fundo de Compensação do Trabalho (bem como o do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho) foi publicado pouco tempo depois, devendo servir de base à esperada regulamentação do Mecanismo Equivalente. A preparação desta última regulamentação, envolvendo o BdP e o ISP, terá sido então encetada, mas o certo é que a sua publicação não ocorreu até ao final do primeiro trimestre de 2014.

64 64 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE A primeira lei portuguesa de acidentes de trabalho foi publicada no dia 24 de julho de 1913, tendo cumprido um século em SEGUROS DE ACIDENTES DE TRABALHO / Centenário da Lei de Acidentes de Trabalho A primeira lei portuguesa de acidentes de trabalho foi publicada no dia 24 de julho de 1913, tendo cumprido um século em A Lei nº 83, de 24 de julho de 1913, estabeleceu pela primeira vez em Portugal um regime jurídico especial para a reparação dos acidentes de trabalho, na época também frequentemente designados por desastres no trabalho. Em 1913 a responsabilidade do Estado e das empresas pelos desastres no trabalho podia ser, facultativamente e na terminologia então utilizada, passada para as companhias de seguro autorizadas. Em 1919, reconhecendo-se que a experiência deu as melhores e proveitosas lições para orientarem o novo campo de ação da sua esfera social, o seguro contra desastres no trabalho passou a ser obrigatório (Decreto 5.637, de 10 de maio de 1919). A obrigatoriedade de seguro de Acidentes de Trabalho manteve-se até hoje, ininterruptamente, pelo que as seguradoras acumularam uma vasta experiência na sua gestão. Esta efeméride foi também uma excelente oportunidade para se refletir sobre o regime atual, com a noção de que o seu equilíbrio estrutural é absolutamente vital para a exploração destes seguros, onde se assumem responsabilidades de grande relevância social e de muito longo prazo. E desta reflexão, fundamentada no direito comparado e nos regimes de outras eventualidades da Segurança Social (como o regime da proteção social da doença), resultaram preocupações que o setor segurador entende deverem ser endereçadas, com especial incidência nas seguintes matérias: Indemnizações diárias por incapacidades temporárias. Reparação de incapacidades permanentes e remição de pensões. Revisão das incapacidades permanentes. Limites dos custos de intermediação. Competências e funções do Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT). Procedimento optativo por procedimento simplificado de tramitação de sinistro. Regime de majoração automático das incapacidades permanentes dos incapacitados com 50 anos, ou idade superior. Simplificação/agilização de comunicações sobre remunerações e sobre sinistros. A ideia principal que subjaz as estas preocupações é promover, por mais um século, a gestão do seguro de acidentes de trabalho pelo setor segurador. / ATUALIZAÇÃO DE PENSÕES No final do primeiro semestre de 2013, o setor segurador foi surpreendido por um projeto de portaria referente à atualização anual das pensões por incapacidade permanente e por morte resultantes de acidentes de trabalho, prevendo para 2013 uma atualização de 2,9%. Argumentando que a solução legal de atualização destas pensões, baseada na evolução do PIB e na inflação, não foi pensada para os casos em que os referenciais apresentam valores negativos (como era o caso), e que o contexto vigente de redução de salários e pensões gerais e de crise das empresas também não aconselhava uma atualização positiva das pensões de acidentes de trabalho, o setor segurador reagiu de forma muito crítica a esta proposta legislativa. Não obstante, foi mesmo assim confrontado, não só com a publicação da Portaria nº 338/2013, de 21 de novembro, que atualizou as pensões de acidentes de trabalho em 2,9%, com efeitos a 1 de janeiro de 2013, mas também, no último dia do ano, da Portaria nº 378-C/2013, de 31 de dezembro, a estabelecer nova atualização destas pensões, agora em 0,4%, com efeitos a 1 de janeiro de E deste modo, em claro contraciclo com as restantes políticas de segurança social, se oneraram novamente as responsabilidades do Fundo de Acidentes de Trabalho, já de si penalizadas pelas dificuldades do tecido empresarial português, com as suas falências e os incumprimentos que gera na contratação deste seguro obrigatório.

65 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 65 Deste modo, em claro contraciclo com as restantes políticas de segurança social, se oneraram novamente as responsabilidades do Fundo de Acidentes de Trabalho, já de si penalizadas pelas dificuldades do tecido empresarial português.

66 66 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

67 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 67 SEGURO DE DADORES DE SANGUE Estabelecendo o Estatuto do Dador de Sangue, aprovado pela Lei nº 37/2012, de 27 de agosto, que o dador ou candidato a dador de sangue tem direito a um seguro, a respetiva regulamentação, publicada pelo Decreto-Lei nº 83/2013, de 24 de junho, depois de uma reflexão técnica aprofundada, num trabalho conjunto do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e do setor segurador, veio especificar que as entidades que efetuem atos que tenham por objeto a dádiva e colheita de sangue devem contratar e manter em vigor um seguro de Responsabilidade Civil e um seguro de Acidentes Pessoais. A título de responsabilidade civil, o dador de sangue tem direito a ser indemnizado, independentemente de culpa do segurado, pelos danos decorrentes da dádiva de sangue ou resultantes de complicações da dádiva, imediatas ou tardias, devendo o capital seguro corresponder, no mínimo, a 200 mil por anuidade, independentemente do número de sinistros ocorridos e do número de lesados envolvidos. A título de acidentes pessoais, o dador de sangue ou candidato a dador têm ainda direito a ser indemnizados pelos danos resultantes de acidentes ocorridos no local de colheita, ainda que não efetivem a dádiva de sangue e pelos danos resultantes de acidentes que sofram no trajeto do, e para o local de colheita, desde que tenham sido expressamente convocados para a dádiva de sangue, pelo serviço competente. Ficaram criadas as condições para assegurar uma adequada proteção dos dadores de sangue, reconhecendo-se, assim, a relevância para a sociedade desta sua dádiva voluntária e não remunerada, bem como a capacidade da atividade seguradora para garantir essa mesma proteção. Ficaram criadas as condições para assegurar uma adequada proteção dos dadores de sangue, reconhecendo-se, assim, a relevância para a sociedade desta sua dádiva voluntária e não remunerada, bem como a capacidade da atividade seguradora para garantir essa mesma proteção.

68 68 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE ACOMPANHAMENTO DE GRANDES INCAPACITADOS Uma iniciativa em que o setor se empenhou fortemente em 2013 foi estudar em que medida podem as seguradoras participar ativamente na reintegração profissional, familiar e social de sinistrados portadores de grandes incapacidades. Considerando o envolvimento e a responsabilidade que as seguradoras têm na matéria, considerou-se que seria dever deste setor procurar soluções que aperfeiçoassem o modelo de intervenção e acompanhamento das pessoas vítimas de acidentes abrangidas pela cobertura de seguro. Para tal, foi promovida a constituição de um grupo de trabalho com responsáveis do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, do Centro de Reabilitação Profissional de Gaia e do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro-Rovisco Pais, os quais se juntaram ao Presidente da Comissão Técnica Automóvel e Acidentes e ao Coordenador da Comissão de Acompanhamento Acidentes da própria APS. O relatório final deste grupo de trabalho foi publicado e divulgado no 2º semestre de Intitula-se Modelo de Intervenção e Acompanhamento das Pessoas com Alteração Grave na Funcionalidade, e prevê: / A proposta de um novo modelo de intervenção e acompanhamento das pessoas acidentadas com alteração grave na funcionalidade. / A divulgação de códigos e recomendações de boas práticas dos principais agentes intervenientes nesta realidade, seguradoras, serviços de reabilitação e médicos. / E a proposta de constituição de um Observatório da Sinistralidade Grave e do Acompanhamento das suas Vítimas, para seguir esta nova abordagem. O Código de Boas Práticas das Seguradoras foi entretanto subscrito por diversas seguradoras. Em 2014 a iniciativa deverá evoluir com a criação (em moldes a definir) do Observatório da Sinistralidade Grave, que será um meio para acompanhar a implementação do Código de Boas Práticas das Seguradoras, assim como o cumprimento das recomendações de boas práticas aplicáveis aos outros agentes. Boas práticas relativas aos serviços de reabilitação e de reintegração, que constituem um fulcral contributo para a qualidade do acompanhamento das pessoas acidentadas e para a concretização dos objetivos subjacentes ao modelo de intervenção preconizado. E boas práticas relativas à própria intervenção médica, onde se realçam três preocupações essenciais: a preparação da alta clínica; o anúncio à pessoa acidentada e sua família quanto às consequências definitivas do dano sofrido; e a formação especializada dos peritos médicos. O setor deve procurar soluções que aperfeiçoassem o modelo de intervenção e acompanhamento das pessoas vítimas de acidentes abrangidas pela cobertura de seguro.

69 ÍNDICE 05 / POUPANÇA E SEGUROS DE PESSOAS 69 Ao fim de quase seis anos, foi finalmente publicada, em 2013, uma alteração substancial à legislação vigente sobre este registo central, em moldes que satisfizeram, genericamente, o setor segurador. REGISTO CENTRAL DE SEGUROS COM BENEFICIÁRIOS EM CASO DE MORTE A criação de um registo central de contratos de seguros e operações de capitalização com beneficiários em caso de morte, visando facilitar a sua pesquisa aos potenciais interessados, foi originalmente legislada em 2007 (no Decreto-Lei nº 384/2007, de 19 de novembro), mas desde logo se constatou a desproporção, e mesmo a inexequibilidade, dos requisitos impostos aos operadores. Daí que o setor segurador se tenha então empenhado em corrigir o regime desenhado, pugnando por uma racionalização dos elementos e procedimentos exigidos, sem comprometer o objetivo central deste mecanismo. Ao fim de quase seis anos, foi finalmente publicada, em 2013, uma alteração substancial à legislação vigente sobre este registo central (através do Decreto-Lei nº 112/2013, de 6 de agosto), em moldes que satisfizeram, genericamente, o setor segurador já que, sem prejudicar os legítimos direitos dos segurados e beneficiários destes contratos, se instituiu uma solução consideravelmente mais racional do ponto de vista administrativo e, em última análise, menos penalizadora para os próprios clientes. Muito sucintamente, esta nova solução passa por contemplar neste registo central a identificação do segurado, do segurador e do contrato de seguro. A identificação dos beneficiários é remetida para uma abordagem subsequente dos potenciais interessados com as seguradoras onde tiver sido confirmada a existência de contrato em nome da pessoa segura ou subscritor em causa. Na sequência da publicação deste diploma, foi também ajustada em consonância a regulamentação do ISP relativa a este registo (com a Norma Regulamentar nº 7/2013-R, de 24 de outubro, e a atualização da correspondente Instrução informática), com o que ficaram criadas as condições de base para o seu funcionamento.

70 70 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

71 ÍNDICE / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES

72 72 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE O CIRAC irá decerto constituir uma fonte de informação de referência na análise do risco de cheias de Portugal Continental, esperando-se saber exponenciar a utilidade desta ferramenta para, conjuntamente, contribuir para um futuro melhor e mais sustentável para as gerações vindouras. RISCO DE INUNDAÇÕES PROJETO CIRAC A APS e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) desenvolveram um projeto de inegável interesse para o setor segurador e para a sociedade portuguesa, denominado Cartas de Inundações e de Risco em Cenários de Alterações Climáticas (CIRAC), que, ao fim de 3 anos, chegou à fase de conclusão e divulgação pública no primeiro semestre de O CIRAC irá decerto constituir uma fonte de informação de referência na análise do risco de cheias de Portugal Continental, esperando-se saber exponenciar a utilidade desta ferramenta para, conjuntamente, contribuir para um futuro melhor e mais sustentável para as gerações vindouras. Objetivo e âmbito O Projeto CIRAC teve por objetivo avaliar o risco de inundação e a vulnerabilidade em Portugal Continental nas condições presentes e futuras, de acordo com vários cenários de alterações climáticas, tentando utilizar uma metodologia compatível com os objetivos da Diretiva 2007/60/CE, de 23 de outubro de 2007, transposta para o direito interno português pelo Decreto-Lei 115/2010, de 22 de outubro. Esta Diretiva estabelece um quadro para a avaliação e gestão dos riscos de inundações que os Estados Membros devem seguir, assumindo relevo a necessidade de elaboração de cartas de zonas inundáveis e de cartas de riscos de inundações, indicativas das potenciais consequências prejudiciais associadas a diferentes cenários de inundações. Durante os três últimos anos, foram convidadas para participar e avaliar os resultados do projeto CIRAC diversas entidades ligadas ao mercado segurador, aos responsáveis governamentais pelo ambiente, à proteção civil e às autarquias. Metodologia e resultados O projeto seguiu duas linhas de abordagem: A primeira consistiu numa perspetiva qualitativa de avaliação da vulnerabilidade ao risco de inundação, à escala nacional, enquanto a segunda se traduziu numa análise de risco de alta resolução, com vista a determinar os potenciais impactos e danos em quatro zonas específicas. / Avaliação à escala nacional Para permitir cumprir o objetivo de cartografar a vulnerabilidade de Portugal Continental às inundações foi primeiramente necessário definir o próprio conceito de vulnerabilidade, tendo-se optado por a representar pela equação: Vulnerabilidade = Exposição + Suscetibilidade Física + Precipitação + Suscetibilidade Social, em que: / A Exposição representa os bens localizados nas zonas onde as inundações podem ocorrer. / Suscetibilidade Física é uma característica de cada área, resultante da configuração natural do terreno e da sua ocupação (o que determina a sua propensão para ser inundado). / Precipitação é dada pela distribuição geográfica do valor médio anual da chuva. / A Suscetibilidade Social mede a capacidade das comunidades/sociedades para lidarem com o risco. Sendo assim, com base na informação recolhida, relativas aos quatro componentes da equação, foi possível elaborar três índices de vulnerabilidade às inundações, mais concretamente: / Índice Básico de Vulnerabilidade (combina a Exposição com a Suscetibilidade Física). / Índice de Vulnerabilidade (Exposição, Suscetibilidade Física e Suscetibilidade Social). / Índice Combinado de Vulnerabilidade (Exposição, Suscetibilidade Física e Precipitação).

73 ÍNDICE 06 / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES 73 / Avaliação à escala LOCAL Relativamente à cartografia de alta resolução do risco de inundação, partiu-se da clássica definição do Risco como sendo o produto da probabilidade de ocorrência de um fenómeno com determinada magnitude pelas consequências desse fenómeno. Neste caso, a probabilidade foi obtida através dos períodos de retorno de precipitação ou dos caudais das diferentes áreas a estudar. Uma vez determinadas as classes em que se subdividem estes índices, foi possível produzir as correspondentes três cartas de vulnerabilidade para o continente português, cada uma delas mais ou menos adequada, conforme o âmbito profissional ou o objetivo de quem as pretender consultar. De referir que os resultados dos índices de vulnerabilidade foram validados pelos dados recolhidos pela APS junto das seguradoras suas associadas, sobre a distribuição geográfica, os capitais e a sinistralidade das apólices que garantiram o risco de inundações na última década. Nesse sentido, foram determinados os impactos em quatro áreas, selecionadas de acordo com o grande número de inundações registadas, correspondendo a / Lisboa (Bacia da Baixa). / Algés (Baixa). / Coimbra (Baixa e zona sul da cidade). / Porto/Gaia (zona ribeirinha do rio Douro). Foram avaliados tanto a estrutura dos edifícios como os seus conteúdos, tendo sido considerados vários cenários socioeconómicos, em conjugação com projeções baseadas em modelos climáticos que apontam para significativas alterações na frequência e intensidade da precipitação em Portugal Continental no século XXI. O projeto seguiu duas linhas de abordagem: A primeira consistiu numa perspetiva qualitativa de avaliação da vulnerabilidade ao risco de inundação, à escala nacional, enquanto a segunda se traduziu numa análise de risco de alta resolução, com vista a determinar os potenciais impactos e danos em quatro zonas específicas.

74 74 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE De particular severidade foi o temporal que ocorreu no início de janeiro, entre os dias 4 e 7 que, de acordo com as informações reunidas, tinha gerado, cerca de 10 dias depois, mais de sinistros, com um custo total superior a 11,5 milhões de euros.

75 ÍNDICE 06 / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES 75 SEGUROS PATRIMONIAIS / Eventos extremos Depois do violento temporal que afetou o país em janeiro de 2013, naquele que foi um dos mais gravosos eventos jamais geridos pelo setor segurador português (causando perto de 50 mil sinistros e mais de 100 milhões de euros de indemnizações), o ano de 2014 começou de forma igualmente preocupante em matéria de condições climáticas. De facto, os três primeiros meses de 2014 foram de grande instabilidade e severidade climática no território nacional, gerando danos patrimoniais de natureza diversa, boa parte dos quais cobertos por contratos de seguro. De particular severidade foi o temporal que ocorreu no início de janeiro, entre os dias 4 e 7 que, de acordo com as informações reunidas, tinha gerado, cerca de 10 dias depois, mais de sinistros, com um custo total superior a 11,5 milhões de euros. Deste total, perto de 4 milhões eram referentes a seguros de multirriscos habitação, outros 4 milhões aos de multirriscos comércio e indústria e 3,2 milhões a coberturas de fenómenos da natureza do ramo Automóvel. Uma vez mais, e como se demonstrou no passado, o setor segurador soube responder a todos estes desafios de uma forma pronta e diligente, assumindo todas as suas responsabilidades na reparação dos sinistros e cumprindo assim o seu dever para com os clientes e a sociedade em geral. Note-se, no entanto, que alguns eventos ocorridos neste período, afetando a orla costeira, tiveram origem na ação do mar, que é um risco vulgarmente não coberto nas apólices de seguro. / DADOS EXTRAPOLADOS PARA A GLOBALIDADE DO MERCDO Ramo / Modalidade Número de Sinistros participados Indemnizações pagas e provisões constituídas Indemnização e previsão média Quota da amostra Incêndio e Outros Danos: ,5% Habitação Comércio e Indústria Engenharia Automóvel: ,2% Danos Próprios (fenómenos da natureza) Ocupantes Embarcações marítimas, lacustres e fluviais ,9% TOTAL U: Euros

76 76 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE Esta seria uma oportunidade única para criar um sistema de seguro de colheitas estruturalmente equilibrado e devidamente adequado à técnica seguradora. SEGUROS AGRÍCOLAS E AQUÍCOLA / Novos sistemas de seguros de colheitas Com a anunciada extinção do sistema de seguro de colheitas que vigorou em Portugal Continental desde meados da década de 90 - o Sistema Integrado de Proteção contra as Aleatoriedade Climáticas (SIPAC) - começou a ser preparado em 2013 o modelo que o substituirá transitoriamente em 2014, em princípio em bases consistentes com o que resultará finalmente do regime que vier a ser aprovado no âmbito da nova PAC (pós 2013). Estando bem diagnosticados os problemas que vinham condicionando progressivamente o SIPAC, e com toda a experiência entretanto acumulada, esta seria uma oportunidade única para criar um sistema de seguro de colheitas estruturalmente equilibrado e devidamente adequado à técnica seguradora, promovendo um envolvimento mais substancial do setor segurador e do setor agrícola nacionais. No entanto, o modelo que foi sendo desenhado pelo Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) não pondera devidamente as preocupações estruturais que o setor segurador oportunamente identificou, não se vislumbrando assim grande possibilidade de mobilização ativa das seguradoras para a exploração deste seguro. Nomeadamente, não pondera adequadamente a importância de rever princípios e regras em matérias que funcionavam de forma manifestamente ineficiente e insatisfatória no SIPAC, tais como: / Governance do sistema: onde se impõe um maior envolvimento do setor segurador. / Pagamento da bonificação: que deveria passar pela opção do apoio direto ao agricultor. / Definição das tarifas de referência: que deveria ter regras prévias estabelecidas.

77 ÍNDICE 06 / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES 77 / Conceito de tarifas máximas: não sendo aceitável qualquer limitação administrativa das tarifas comerciais. / Condições de contratação: devendo a regulação específica cingir-se às caraterísticas que influenciam o âmbito da cobertura bonificada. / Resseguro: onde é necessário promover o envolvimento dos resseguradores privados face à inevitável extinção do suporte público. A Portaria nº 65/2014, de 12 de março, que acabou por regulamentar o sistema de seguro de colheitas do continente para 2014, concebeu-o ainda como uma reforma do SIPAC (e não a sua substituição) e uma solução transitória para esta campanha, impondo alterações significativas de critérios técnicos, mas deixando adiada uma resposta estrutural a estas (e outras) preocupações, também elas estruturais. A campanha de 2014 ficou, entretanto, prejudicada pelo calendário deste processo legislativo e da produção das normas regulamentares e administrativas de suporte. Para além da publicação tardia da referida Portaria, já de si posterior à tradicional data de início das campanhas de muitas culturas cobertas, um mês depois estavam ainda por publicar as tarifas de referência, a apólice uniforme e os procedimentos administrativos para a interação com o IFAP, elementos imprescindíveis para as seguradoras encetarem os seus processos negociais com os produtores, tanto mais que muitos dos novos critérios técnicos introduzidos carecem de uma adequada avaliação e, até, de um adequado entendimento. O setor segurador espera que o futuro sistema de seguro de colheitas seja agora desenhado de uma forma mais atempada, equilibrada e genuinamente participada. Importa, no entanto, reconhecer o empenho da Secretaria de Estado da Agricultura na resolução do problema da dívida acumulada às seguradoras proveniente de campanhas passadas do SIPAC que, embora longe de o resolver totalmente, envolveu um esforço financeiro considerável por parte do Estado. O setor segurador espera que o futuro sistema de seguro de colheitas seja agora desenhado de uma forma mais atempada, equilibrada e genuinamente participada.

78 78 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE SEGUROS DE AUTOMÓVEL / Concursos públicos / Seguro do condutor Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), mais de 25 mil condutores são anualmente vítimas de acidente de viação, seja com ferimentos, seja com a própria morte. A Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. (ESPAP) deu início à preparação de um concurso público para a celebração de um novo Acordo-Quadro para a prestação do serviço de seguro automóvel para os veículos da Administração Pública. Segundo a experiência passada, os concursos públicos com vista à celebração deste tipo de Acordos-Quadro não têm tido uma grande adesão por parte das seguradoras. Os processos são complexos e as seguradoras são confrontadas com um grande número de entraves, o que condiciona a sua participação. Tendo presente esta experiência e subjacente, por conseguinte, uma preocupação de simplificação do processo aquisitivo, o ESPAP resolveu lançar previamente uma consulta pública com o objetivo de partilhar as linhas gerais do Concurso Público e envolver os interessados no processo de preparação do referido acordo, estimulando a apresentação de sugestões e comentários ao respetivo documento de base. Apesar da troca de impressões com a ESPAP, das sugestões apresentadas e do esclarecimento de alguns aspetos considerados essenciais, o facto é que, no concurso público para a celebração do acordo quadro para a prestação do serviço de seguro automóvel, lançado em 31 de outubro de 2013, se verificou que Persistem ainda condições que limitam substancialmente a participação das seguradoras neste tipo de iniciativas. Porque o acidente ocorreu sem o envolvimento de qualquer outro veículo ou porque foram eles próprios responsáveis pela sua produção, muitos destes condutores ficam naturalmente excluídos da proteção do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, não recebendo o necessário suporte indemnizatório para fazer face aos danos corporais que sofrem, por vezes de repercussões gravíssimas. Até agora esta lacuna tem vindo a ser preenchida com a contratação de seguros facultativos para os danos do condutor (sob a designação de seguros de ocupantes ou seguros de pessoas transportadas ), mas que têm normalmente limites de capital insuficientes para responder satisfatoriamente às situações mais delicadas, além de que, por serem facultativos, estão ainda longe de abranger a totalidade dos veículos seguros. A preocupação com a proteção destas vítimas e das suas famílias levou o mercado segurador a refletir sobre a possibilidade de ser criado um novo seguro do condutor de natureza indemnizatória. O objetivo é garantir uma reparação dos danos pessoais sofridos pelo condutor em condições equiparáveis, ainda que não absolutamente idênticas, às previstas no regime jurídico do Seguro de Responsabilidade Civil Automóvel (Decreto-Lei nº 291/2007, de 21 de agosto) e na correspondente Portaria que define os padrões indemnizatórios dos danos corporais para as propostas razoáveis a apresentar aos beneficiários (Portaria nº 377/2008, de 26 de Maio). Mais de 25 mil condutores são anualmente vítimas de acidente de viação, seja com ferimentos, seja com a própria morte. Quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista económico, uma alargada implantação desta cobertura dos automobilistas - que é mesmo obrigatória noutros mercados europeus, como a Finlândia ou a Suécia - teria virtualidades que merecem ser ponderadas: / Sobretudo em situações de morte e de elevada incapacidade permanente, com perda de rendimentos, esta adequada e ampla proteção das vítimas e das suas famílias mitigará repercussões sociais potencialmente muito gravosas, não só imediatas, como de longo prazo.

79 ÍNDICE 06 / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES 79 / A imputação às seguradoras da responsabilidade pela reparação destes danos corporais transferirá o respetivo custo da órbita do Serviço Nacional de Saúde para o setor segurador, como acontece já hoje com os danos sofridos pelos passageiros ou condutores não responsáveis pelo acidente, incluindo quando utilizados recursos daquele serviço público. / A proteção dos condutores em patamares equivalentes tenderá reduzir a litigância judicial quanto à responsabilidade pelo acidente, aliviando também este tipo de custos às vítimas e seus familiares, bem como ao próprio Estado. Em resultado desta reflexão, e mesmo não estando consagrada a contratação obrigatória desta cobertura, ela começou já a ser disponibilizada ao mercado por alguns seguradores. Muitos destes condutores ficam naturalmente excluídos da proteção do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, não recebendo o necessário suporte indemnizatório para fazer face aos danos corporais que sofrem.

80 80 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE motivos de especial atenção no âmbito deste recém aprovado Código da Estrada: as novas regras sobre a circulação de velocípedes e circulação nas rotundas e sobre a utilização de telemóvel durante a condução. a introdução de novos conceitos.

81 ÍNDICE 06 / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES 81 em matéria rodoviária, nas quais se enquadra o documento do Auto de Ocorrência. Há já muito tempo que as seguradoras pretendem encontrar uma forma eficaz de aceder aos autos de ocorrência, de forma célere e controlada. / Contactos com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) Os prazos de regularização dos processos automóvel são hoje de tal forma apertados que as seguradoras precisam de instruir os seus processos com a maior celeridade. Um dos maiores problemas que se coloca é o do acesso aos autos de ocorrência, não só pelo tempo de decorre entre o acidente e a disponibilização dos mesmos, mas também pelas suas regras de levantamento e dos custos envolvidos. Há já muito tempo que as seguradoras pretendem encontrar uma forma eficaz de aceder aos autos de ocorrência, de forma célere e controlada, tendo os primeiros contactos sido efetuados ao nível do Ministério da Administração Interna, para garantir que o processo seria transversal a todas as forças policiais. Nesse âmbito, a ANSR pretende: facilitar a colaboração das entidades envolvidas; simplificar e agilizar o registo de acidentes; desmaterializar e centralizar a informação base; melhorar o controlo do processo e a qualidade da informação associada; facilitar o acesso à informação por parte das entidades competentes/interessadas (nomeadamente as seguradoras); melhorar a disponibilidade e qualidade das estatísticas de acidentes e simplificar o controlo do acesso à informação e contabilização dos respetivos custos. Em 2013, a ANSR criou um Grupo de Trabalho com vista à criação de um Portal dos Acidentes, no qual o setor tem tido uma participação ativa. Para prossecução desse objetivo é necessário, antes do mais, a normalização das participações (autos de ocorrência), disponibilização online, com a correspondente desmaterialização e integração dos documentos conexos. Este mecanismo permitiria também a produção automática de estatísticas e a sua disponibilização na internet, uma correta gestão do acesso à informação, um controlo e registo dos acessos de acordo com o papel de cada entidade e um mais fácil controlo das custas de acesso à informação, nomeadamente por parte das seguradoras. Entretanto e face à entrada em vigor, no dia 1 de janeiro de 2014, da Lei nº 72/2013, de 3 de setembro, que procede à alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio, o setor segurador, preocupado com os impactos decorrentes das inúmeras alterações ao regime existente [do Código da Estrada] e dos novos conceitos introduzidos, manteve também, neste domínio, contactos com a ANSR. Para o setor segurador e, possivelmente, para todos os utilizadores da estrada, são motivos de especial atenção no âmbito deste recém aprovado Código da Estrada: / As novas regras sobre a circulação de velocípedes e circulação nas rotundas e sobre a utilização de telemóvel durante a condução. Entretanto, este processo tem vindo a ser debatido com a Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR), dado que tem como atribuições, entre outras: Elaborar e monitorizar o plano nacional de segurança rodoviária, bem como os documentos estruturantes relacionados com a segurança rodoviária e Uniformizar e coordenar a ação fiscalizadora das demais entidades intervenientes / A introdução de novos conceitos, como o do utilizador vulnerável (que engloba velocípedes e peões, dando particular ênfase às crianças, idosos, grávidas e pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência) e o de zona de coexistência (entendida como zona da via pública especialmente concebida para utilização partilhada por peões e veículos, onde vigoram regras especiais de trânsito).

82 82 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

83 ÍNDICE 06 / SEGUROS DE DANOS E RESPONSABILIDADES 83 SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL A quantidade e diversidade de seguros obrigatórios de Responsabilidade Civil que consta da legislação portuguesa, mas não tem resposta no mercado, bem como o elevado número de seguros não regulamentados ou cuja regulamentação é deficitária, são motivos de preocupação do setor segurador e justificam uma reflexão detalhada. Na realidade, a celebração destes contratos de seguro pelas companhias está, à partida, fortemente condicionada pelo desrespeito que muitos dos seus diplomas legais revelam em relação às especificidades da atividade seguradora, ou mesmo pela ausência de regulamentação. Acresce que algumas das exigências do ISP no registo dos seguros obrigatórios suscitam também divergência no setor, dificultando adicionalmente a sua atividade neste segmento de mercado. Consciente da necessidade de serem garantidas condições adequadas para a exploração dos seguros obrigatórios de responsabilidade civil, o setor segurador desencadeou já uma reflexão técnica sobre um conjunto de pressupostos e conceitos que devem, desde logo, ser tidos em consideração no respetivo processo legislativo e regulamentar. Nomeadamente, e para salvaguardar o devido enquadramento e fundamento de um seguro obrigatório, deverão ser tidos em consideração aspetos como: / A qualificação, o justificativo para a criação legal e o modo de constituição. / O âmbito, delimitação e cobertura. / O processo de regulamentação. A reflexão em curso deverá conduzir à elaboração de um guia de boas práticas a ter em consideração no processo legislativo e regulamentar destes seguros, guia esse que servirá de referência no relacionamento com as entidades oficiais. A celebração destes contratos de seguro pelas companhias está, à partida, fortemente condicionada pelo desrespeito que muitos dos seus diplomas legais revelam em relação às especificidades da atividade seguradora, ou mesmo pela ausência de regulamentação.

84 84 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE

85 ÍNDICE / FORMAÇÃO

86 86 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE Em nenhum momento desta fase conjuntural do ciclo económico, a APS deixou de acreditar e apostar no desenvolvimento das competências do setor segurador e em nenhum momento deixou de acreditar e apostar na importância da formação profissional para esse fim. Com grande satisfação, e como grande sinal de maturidade do setor, se regista, por isso, um acréscimo da oferta e um acréscimo da procura de formação da Academia Portuguesa de Seguros em OFERTA DE FORMAÇÃO Apesar da crise económica e financeira, apesar da contenção da massa segurável, apesar do agravamento das condições de exploração de algumas linhas de negócio, o setor segurador não deixou de evoluir nestes anos recentes e não deixará de evoluir, não pode deixar de evoluir, nos anos que se avizinham. São desenvolvimentos legislativos e normativos que é preciso acomodar. São progressos tecnológicos e operacionais que não podem parar. São melhorias de níveis de serviço que se devem consolidar. São inovações da oferta que devem ser estimuladas. São os objetivos comerciais que exigem novos esforços e novas estratégias. Em nenhum momento desta fase conjuntural do ciclo económico, a APS deixou de acreditar e apostar no desenvolvimento das competências do setor segurador e em nenhum momento deixou de acreditar e apostar na importância da formação profissional para esse fim. Com grande satisfação, e como grande sinal de maturidade do setor, se regista, por isso, um acréscimo da oferta e um acréscimo da procura de formação da Academia Portuguesa de Seguros em 2013, que se refletiu, nomeadamente, num significativo crescimento do seu volume efetivo de formação, quer em relação a 2012, quer em relação a Como não poderia deixar de ser, a aposta da Academia para 2014 passa por consolidar este percurso. Passa por continuar a aproximar a oferta de formação às evoluções do mercado, sejam elas de contexto externo, sejam determinadas pelo próprio setor. Passa por apostar em formações qualificadas em áreas de interesse prioritário. E passa por procurar novas áreas e novos mercados para consolidar a sua presença. Como habitualmente, a APS vai procurar manter, em 2014, uma oferta de Formação Presencial abrangente, combinando ações de curta e de média duração, programas em áreas técnicas e em áreas comportamentais e formatos interempresas e intraempresa. Sem prejuízo, pela sua importância e atualidade, serão temas de especial enfoque no esforço de formação no próximo ano o Solvência II, o seguro Automóvel (sobretudo se o seu regime jurídico vier a sofrer alteração) e a inovação e desenvolvimento de produtos. Outro objetivo será dinamizar a formação de peritos averiguadores, tentando recuperar programas já antes delineados, com vista à certificação daqueles. Na medida das oportunidades, a APS tentará ainda consolidar o relacionamento com entidades externas neste domínio da formação. Nomeadamente, procurará aprofundar e dinamizar projetos já estruturados com entidades de mercados da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com algumas das quais há já uma relação de afinidade. No que respeita à Formação a Distância (e-learning e b-learning), a APS mantém a sua estratégia de oferta de

87 ÍNDICE 07 / FORMAÇÃO 87 cursos de elevada qualidade aos seus Associados, continuando a proceder com regularidade a melhoramentos tecnológicos e processuais, de modo a conservar e aumentar o sucesso que tem vindo a obter junto dos Associados. Neste sentido de melhoria continua, a APS tem igualmente previsto para o próximo ano um conjunto de atualizações dos cursos em formato e-learning, de modo a continuar a disponibilizar conteúdos pedagógicos com as mais recentes alterações legislativas e técnicas. Ainda no que diz respeito à formação em e-learning, permanece a aposta na oferta de serviços de alojamento, com recurso à disponibilização de subdomínios na plataforma da APS, e consultoria para customização e conceção de conteúdos online, assim como na promoção e comercialização da oferta e-learning com base em novas estratégias potenciando uma oferta à medida. Fruto des- ta aposta, iniciou-se já um projeto de formação de um conjunto alargado de colaboradores do setor segurador, através da conceção de percursos formativos personalizados, articulando as bases técnicas com os produtos comercializados. Ao nível da Qualidade, mantem-se a atualização do dossiê de Certificação DGERT para a formação presencial e a distância, com adequação aos novos requisitos decorrentes da entrada em vigor do Sistema de Certificação das Entidades Formadores e o levantamento de requisitos da Norma NP 4512 e preparação do processo para obtenção da respetiva Certificação. / OFERTA FORMATIVA ÁREA CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Enquadramento CIAS - Curso de Iniciação à Atividade Seguradora Curso Geral de Seguros (e-learning/b-learning) Poupança e literacia financeira nos seguros RAMOS DE SEGUROS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Vida Acidentes Saúde Patrimoniais Seminário Inovação e Desenvolvimento de Produtos Enquadramento e Produtos do Ramo Vida Ciclo de formação Produtos de Risco e Rendas Seguros do Ramo Vida Produtos de Poupança Indicadores de Gestão do Ramo Vida Workshop Evoluções legislativas comunitárias Gestão Técnica do Ramo Vida (e-learning/b-learning) Mecanismo equivalente do Fundo de Compensação do Trabalho Seminário Longevidade Modelação e Gestão dos Riscos de Mortalidade e de Tábuas de Mortalidade Contemporânea Longevidade no Ramo Vida e Fundos de Pensões Tábuas de Mortalidade Prospectivas Mortalidade Estocástica: Aplicações Atuariais e Cobertura Risco Longevidade Tarifação no ramo Vida com utilização de modelos preditivos Seminário Desafios do Seguro de Acidentes de Trabalho Regime de Acidentes de Trabalho. O F.A.T. Gestão de Sinistros em Acidentes de Trabalho Ciclo de formação Provisionamento das Pensões e da Assistência Vitalícia Seguros de Acidentes de Trabalho Contencioso e Jurisprudência Custas processuais em acidentes de trabalho Prevenção e Segurança no Trabalho Acidentes Pessoais - subscrição e regularização de sinistros Regimes de Acidentes de Trabalho Curso intensivo de Seguros de Acidentes de Trabalho Regularização de sinistros Gestão Técnica do Ramo Acidentes de Trabalho (e-learning/b-learning) Seminário Doenças graves Ciclo de formação Subscrição e tarifação de riscos Seguros de Saúde Gestão de sinistros Gestão de redes médicas Seguros Agrícolas Seguros de Multirriscos Seguros de obras e montagens Seguros de Engenharia Avaria de máquinas Perdas de Exploração Risco de Inundação - Análise e Avaliação Introdução à Análise e Gestão de Riscos Industriais

88 88 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE / OFERTA FORMATIVA RAMOS DE SEGUROS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Seminário Balanço e perspetivas para o regime do seguro automóvel O Contrato de Seguro Automóvel, sua Subscrição e Tarifação Reparação de danos materiais no regime do seguro automóvel Automóvel Ciclo de formação Reparação de danos corporais no regime do seguro automóvel Seguros de Automóvel Avaliação médica do dano corporal Combate à fraude no seguro automóvel Inovações na tecnologia automóvel Convenção de Regularização de Sinistros - CRS Mercadorias Transportadas Curso Avançado de Seguros de Transporte Marítimo Cascos Transportes Gestão de Sinistros nos Seguros de Transportes Jornadas de Seguros de Transportes Responsabilidade Civil Ciclo de formação Seguros de Responsabilidade Civil Geral Seminário Seguros obrigatórios de RC Geral Enquadramento do Ramo RC Geral e Seguros Obrigatórios Responsabilidade Civil Exploração / Produtos Responsabilidade Civil Profissional - Profissões Jurídicas e Financeiras Responsabilidade Civil Profissional - RC Médica Responsabilidade Civil Profissional - RC D&O Responsabilidade Civil dos Funcionários e Agentes do Estado Responsabilidade Ambiental Responsabilidade Civil Geral - Casos práticos Outros Ramos Seguros de Assistência Seguros de Caução Seguros de Crédito Seguros de Protecção Jurídica RAMOS DE SEGUROS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Contrato de Seguro e Atividade Seguradora: enquadramento jurídico-legal Enquadramento jurídico Elaborar um contrato de seguro Solvência II Ciclo de formação Solvência II Seminário SOLVÊNCIA II QUO VADIS? Introdução ao Solvência II Posição financeira e performance companhias de seguros: IFRS vs Solvência II Solvência II e a gestão de investimentos Solvência II no negócio não vida: requisitos prudenciais e impactos na tarifação Solvência II no negócio vida: requisitos prudenciais e impactos na tarifação Impactos do Solvência II no resseguro e mitigação de riscos Gestão de capital em ambiente Solvência II Governance, planeamento e controlo de gestão em ambiente Solvência II Solvência II e os sistemas de informação Solvência II e a estratégia comercial das seguradoras Compliance e Auditoria Compliance e Auditoria Interna no Setor Segurador Combate ao Branqueamento de Capitais FATCA Ciber Crime e ciber Fraude no setor segurador Fraude e auditoria interna em empresas de seguros Como despistar fraudes nos sinistros Como despistar fraudes e inverdades através da voz e das microexpressões Técnicas de Interrogatório Análise das Demonstrações Financeiras das Seguradoras Contabilização de Contratos de Seguro e de Instrumentos Financeiros IFRS 4, IFRS 9 e IAS 39 Tributação em IRS Tributação em IRC Aspetos Fiscais do Contrato de Seguro Contabilidade e Fiscalidade e da Atividade Seguradora A parafiscalidade no setor segurador: aspetos materiais e procedimentais O Código Contributivo da SS e implicações nos seguros e atividade seguradora IVA e Imposto de Selo Reporte Fiscal do IRC Reforma do IRC: Impactos para o setor segurador Contabilidade Técnica de Seguros-Plano de Contas para Empresas de Seguros (e-learning/b-learning) Planeamento e Controlo para empresas de Seguros Controlo e Planeamento Tableaux de Bord e Balanced Scorecard - Instrumentos de Controlo de Gestão ALM - Asset Liability Management Investimentos Mercados e Instrumentos Financeiros Avaliação de Opções Implícitas em Contratos de Seguro Avaliação e gestão de riscos com instrumentos de taxas de juro Atuariado Construção de tarifas Estatística e Atuariado para Não Atuários - Ramo Vida Estatística e Atuariado para Não Atuários - Ramos Não Vida Resseguro Fundamentos do Resseguro

89 ÍNDICE 07 / FORMAÇÃO 89 / OFERTA FORMATIVA COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Análise de dados com recurso ao software R - Nível I Cálculo Atuarial Vida e Não Vida com recurso ao software R - Nível II Programação e análise de dados nos seguros Introdução à Estatística e Análise de Mercado Estatística aplicada avançada com ferramentas visual basic Excel aplicado ao tratamento de informação. Bases de dados Programação em visual basic aplicada a seguros e finanças COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Atendimento Telefónico Atendimento de Qualidade Gestão Pro-activa no Atendimento Dificil Uma venda não acontece por acaso. E nos seguros? Técnicas de negociação Comercial, Marketing e Distribuição Plano de Marketing para Seguradoras Gestão de Produtos na Atividade Seguradora Gestão de Clientes: por Database Marketing e Customer Relationship Management (CRM) Marketing research Métricas de Marketing - Indicadores de Gestão para o Marketing Canais de Distribuição e Desempenho em Seguros Aprender a falar em público Competências interculturais Comunicar com pessoas difíceis - cliente externo e interno Desenvolvimento Pessoal e Profissional Gestão de conflitos Gerir os conflitos mantendo as equipas motivadas Inteligência emocional Gerir o tempo com eficácia Gestão do Tempo e Resistência ao Stress Seja duro com o stress Agilizar a Gestão do Tempo através do Outlook Gestão de Oportunidades em situação de Crise Gestão REDUZIR CUSTOS - Aumentar a rentabilidade, envolvendo as pessoas Gestão estratégica e sua influência na gestão de equipas Gestão Estratégica de equipas O papel do processo negocial no desenvolvimento de equipas Liderança e Coaching Gestão integrada de pessoas Liderança em tempos difíceis Liderar e motivar os colaboradores em tempos difíceis Workshop Personal/Executive Coaching Recursos Humanos no setor Segurador - Quadro Legal e Regulamentar Recursos Humanos e Formação Scorecards para Avaliação de Recursos Humanos Formação de Formadores em Literacia Financeira aplicada aos seguros * Gestão de requisitos de negócio no setor segurador Gestão Prática de um Projeto de Seguros Gestão de projetos CMMI - Capability Maturity Model Integration do SEI Implementação e Gestão de um Project Management Office (PMO) Gestão de Projetos - Metodologia PMI - PMBOK Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade NP EN ISO 9001:2000 Auditorias internas da qualidade Tratamento de reclamações no setor segurador Qualidade e Segurança 1. Gerir os reclamantes Gestão de reclamações nos sinistros 2. O tratamento escrito das reclamações Segurança e Saúde no Trabalho para Representante do Empregador RAMOS DE SEGUROS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Cursos de Qualificação de Mediadores Curso de Qualificação de Agentes, Corretores de Seguros, Mediadores Resseguros (e-learning) Curso de Qualificação de Mediadores de Seguros Ligados (e-learning) Curso de Qualificação de Peritos-Averiguadores - Ramo Automóvel Curso de Qualificação de Peritos-Averiguadores - Ramo Acidentes Qualificação de Peritos-Averiguadores Curso de Qualificação de Peritos-Averiguadores - Ramos Patrimoniais Curso de Qualificação de Peritos-Averiguadores - Responsabilidade Ambiental RAMOS DE SEGUROS CURSO MÓDULO AUTÓNOMO Formação e-learning e b-learning Agentes, Corretores de Seguros ou Mediadores de Resseguros Mediadores de Seguros Ligados Curso Geral de Seguros Gestão Técnica do Ramo Acidentes de Trabalho Gestão Técnica do Ramo Vida Contabilidade Técnica de Seguros-Plano de Contas para Empresas de Seguros

90 90 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES ÍNDICE FORMAÇÃO DA ACADEMIA EM NÚMEROS Em 2013, a Academia Portuguesa de Seguros ministrou formação a formandos que participaram em 206 ações de formação organizadas em formato presencial e a distância. No âmbito da formação presencial, foram organizadas 57 ações de formação dos Ramos de Seguros, Outras Áreas Técnicas, Competências Transversais e Cursos de Especialização, em que participaram 885 formandos. A oferta formativa dos Ramos de Seguros predominou no decorrer do ano com um total de 384 inscritos. Quanto à formação a distância, realizaram-se 149 ações de formação que foram frequentadas por eformandos. A oferta disponível neste formato foi alargada no decorrer do ano com o lançamento do Curso Gestão Técnica do Ramo Acidentes de Trabalho, tendo os Cursos para Qualificação de Mediadores mantido a prevalência de anos anteriores com inscritos.

91 ÍNDICE 07 / FORMAÇÃO FORMANDOS 206 AÇÕES DE FORMAÇÃO 21% Formação presencial / NÚMERO DE FORMANDOS POR MODALIDADE FORMATIVA / Formação à distância / Formação presencial % Formação à distância 28% Formação presencial / NÚMERO DE ações de formação POR MODALIDADE FORMATIVA / Formação à distância 149 / Formação presencial 57 72% Formação à distância

92 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR

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