SEGUROS EM PORTUGAL 2016 / 2017 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES OUTUBRO 2017 SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 16/17

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1 DE SEGURADORES OUTUBRO 2017 SEGUROS EM PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 1617

2 2 DE SEGURADORES 3 ÍNDICE 4 SEGUROS EM Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa Portugal T F aps@apseguradores.pt Conceção e paginação Zincodesign Impressão e acabamentos Tuttifrutti Depósito Legal nº Nº de exemplares 250 OUTUBRO SEGUROS E A SOCIEDADE MERCADO SEGURADOR EUROPEU ESTRUTURA DO SETOR SEGUROS EM PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 1617 SOBRE A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES A APS é uma associação fundada em 1982, sem fins lucrativos, que reúne companhias de seguros e resseguros que operam no mercado nacional, independentemente da sua natureza jurídica ou da sua nacionalidade. O conjunto das Associadas da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados. ÍNDICE DIMENSÃO FINANCEIRA E RESULTADOS INVESTIMENTOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO FISCALIDADE RAMO VIDA RAMOs NÃO VIDA Para mais informações visite

3 4 DE SEGURADORES ÍNDICE 5 Em 2016 a economia portuguesa registou um crescimento do produto de 1,4% consolidando o caminho de recuperação gradual que se iniciou em Embora moderado, este crescimento registou uma forte aceleração no segundo semestre de 2016 o que sinaliza que o processo de recuperação da economia portuguesa tenderá a prosseguir nos próximos anos e, em particular, durante o ano de O crescimento da atividade económica em 2016 assentou fundamentalmente na dinâmica da procura interna e, sobretudo, das exportações. No que respeita à procura interna, destaque-se o papel assumido pelo crescimento do consumo privado, reflexo de um aumento do rendimento disponível das famílias. Este aumento do rendimento disponível foi, por sua vez, alicerçado numa melhoria das condições no mercado de trabalho, do aumento do salário mínimo e de medidas orçamentais relacionadas com a reversão de reduções remuneratórias e da sobretaxa de IRS. No entanto, note-se que o consumo privado voltou a crescer acima do rendimento disponível o que implicou uma nova redução na taxa poupança das famílias. Já no que respeita aos mercados financeiros, estes foram fortemente influenciados pela adoção de medidas não convencionais de política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) que continuaram a sustentar a trajetória descendente das taxas de rendibilidade em 2016, em particular nas obrigações de dívida pública da área do euro. Naturalmente, os impactos da evolução da conjuntura económico-financeira nacional e internacional estenderam-se também ao setor segurador. Assim, o ano de 2016 assistiu a nova quebra na produção total de seguro direto (-14,1%) que se ficou pelos 10,9 mil milhões de euros. Os ramos Não Vida, tradicionalmente mais dependentes da evolução da atividade económica e do mercado de trabalho, assistiram a uma evolução positiva ao nível da produção de seguro direto (+5,0%). No entanto, o resultado da conta técnica Não Vida não acompanhou este crescimento da produção. O resultado global do segmento Não Vida caiu de 107 milhões de euros, em 2015, para -9 milhões de euros, em ATIVO LÍQUIDO Milhões de Euros RESULTADO DO EXERCÍCIO 82 Milhões de Euros Já o ramo Vida observou mais uma forte quebra de produção de seguro direto (-23,0%), consequência direta não só da ligeira quebra da taxa de poupança das famílias sentida em 2016, mas também do clima de baixas taxas de juro. Os resultados da conta técnica Vida evoluíram igualmente de forma negativa (de +508 milhões de euros, em 2015, para +128 milhões de euros, em 2016) fruto do substancial decréscimo da componente financeira deste resultado em consequência do clima macroeconómico não propício à obtenção de elevadas rentabilidades nos investimentos realizados.

4 6 DE SEGURADORES ÍNDICE 7 73 Número de companhias NÚMERO DE EMPREGADOS prémios DE SEGURO DIRETO -14,1% RAMO VIDA -23,0% RAMO NÃO VIDA 5,0% NÚMERO de mediadores Milhões de Euros GRANDES AGREGADOS Nº de Companhias ,0% -7,6% Nº de Empregados ,0% -3,4% Nº de Mediadores ,6% -5,6% Ativo Líquido ,9% -4,8% Ativos de Investimento ,9% -6,2% Capitais Próprios (Sit. Líquida) ,9% 4,2% Prémios de Seguro Direto ,4% -14,1% Ramo Vida ,0% -23,0% Ramos Não Vida ,8% 5,0% Resultados do Exercício ,3% -76,3% Conta Técnica Vida ,6% -74,8% Conta Técnica Não Vida ,5% -108,5% Conta Não Técnica ,8% -86,2% PRODUÇÃO VIDA E NÃO VIDA TOTAL PRODUÇÃO ,4% -14,1% TOTAL VIDA ,0% -23,0% Seguros de Vida ,6% -23,2% Seguros ligados a Fundos Investimento ,9% -22,3% Operações de Capitalização ,3% -99,7% TOTAL NÃO VIDA ,8% 5,0% Acidentes e Doença ,3% 9,7% Acidentes de Trabalho ,8% 12,2% Doença ,5% 9,6% Incêndio e Outros Danos ,0% 1,6% Automóvel ,5% 3,9% Transportes, RC Geral e Diversos ,0% 0,4% U: Milhões de Euros Fonte: Mapas ASF (Valores_Provisórios_ES) Capitais Próprios Ativo Líquido 8,6% 9,1% 10,0% 0,6 p.p. 0,9 p.p. Resultados Capitais Próprios 0,2% 6,7% 1,5% 6,4 p.p. -5,1 p.p. U: Milhões de Euros Fontes: APS - Associação Portuguesa de Seguradores, ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, BdP - Banco de Portugal e INE - Instituto Nacional de Estatística.

5 8 DE SEGURADORES ÍNDICE 9 SEGUROS E A SOCIEDADE SEGUROS E a sociedade A quebra da produção de seguro direto gerou um novo decréscimo do indicador que mede a penetração do setor na economia (rácio de prémios sobre Produto Interno Bruto) de cerca de -1,2 p.p., situando-se este, em finais de 2016, nos 5,9%. Com seria de esperar, esta evolução é integralmente justificada pelo decréscimo observado na penetração do ramo Vida (3,6%, em 2016, contra 4,8%, observados em 2015) já que a penetração dos ramos Não Vida observou uma evolução positiva, ainda que marginal (+0,1 p.p.). Mesmo num contexto de quebra da produção, uma evidência adicional da presença e importância da atividade seguradora para a economia é o papel assumido pelo setor segurador enquanto investidor institucional. No final de 2016, o volume total da carteira de investimentos do setor ascendia a perto de 51 mil milhões de euros (cerca de 27% do PIB) o que coloca, mais uma vez, o setor segurador no topo dos investidores institucionais em Portugal. No entanto, mais do que a dimensão do negócio, a atividade seguradora destaca-se das demais atividades económicas pela sua forte intervenção em áreas de evidente interesse social, como são a proteção de pessoas e bens e a gestão das poupanças dos aforradores. A isto acresce ainda o relevante papel desempenhado pelo setor na promoção do desenvolvimento económico, em particular através de financiamentos de médio e longo prazo ao Estado e do setor empresarial privado. E é também graças a uma gestão cuidada e eficiente da sua carteira de investimentos e dos resultados por ela gerados que o setor segurador tem a capacidade de devolver anualmente à sociedade a totalidade ou até mesmo mais do volume de prémios que recebe dos tomadores de seguros. Assim, se acrescermos ao valor dos prémios emitidos o montante correspondente ao imposto do selo das apólices e a carga parafiscal associada aos prémios de seguro, chegamos à conclusão que o custo total suportado pelos tomadores com contratos de seguro no mercado português, ascendeu, em 2016, a cerca de 11,4 mil milhões de euros. Uma parte substancial destes prémios 9,3 mil milhões de euros foi, desde logo, devolvida aos segurados e outros beneficiários através de pagamentos de indemnizações, da constituição de provisões para pagamentos futuros relacionados com os eventos seguros e da constituição e reforço de responsabilidades associadas às poupanças de longo prazo dos portugueses. Adicionalmente, e não contabilizando, quer o IVA suportado com bens e serviços, incluindo na reparação de sinistros, quer o IRS retido nos rendimentos das poupanças e nos salários dos empregos, o setor entregou ao Estado ou a instituições sob a sua tutela (como, por exemplo, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Instituto Nacional de Emergência Médica, o Fundo de Garantia Automóvel e o Fundo de Acidentes de Trabalho) um valor ligeiramente abaixo dos 750 milhões de euros correspondente a impostos sobre o rendimento, taxas parafiscais a cargo das seguradoras e impostos e taxas parafiscais a cargo do segurado. Por outro lado, em custos com os mais de 10 mil empregados e comissões pagas aos cerca de 22 mil mediadores de seguros, foram ainda despendidos mais 1,2 mil milhões de euros, que são a base ou um importante suporte do rendimento desta parte da população portuguesa. Por fim, aos acionistas foram alocados cerca de 80 milhões de euros correspondentes aos resultados gerados pela atividade e como forma de remuneração do capital investido. Em conclusão, no seu conjunto, o setor segurador acabou por devolver à sociedade cerca de 11,4 mil milhões de euros em 2016, ou seja, um valor equivalente à verba global que recebeu dos tomadores de seguros como prémios e respetiva carga fiscal e parafiscal. INDICADORES Ativos de Investimento PIB 32,0% 30,1% 27,4% -2,0 p.p. -2,7 p.p. Prémios S.D. PIB 8,3% 7,1% 5,9% -1,3 p.p. -1,2 p.p. Ramo Vida 6,1% 4,8% 3,6% -1,3 p.p. -1,2 p.p. Ramos Não Vida 2,2% 2,2% 2,3% 0,0 p.p. 0,0 p.p. Prémios S.D. Nº Habitantes (Euros) ,0% -13,9% Ramo Vida ,6% -22,8% Ramos Não Vida ,3% 5,3% Fontes: APS, BdP e INE. CARTEIRA DOS INVESTIDORES INSTITUCIONAIS FIM - Fundos de invest. mobiliário e mercado monetário ,0% 12,6% 12,3% FII - Fundos de investimento imobiliário ,7% 11,8% 11,6% Fundos de pensões ,2% 19,1% 20,3% Empresas de seguros ,1% 56,6% 55,8% TOTAL % 100% 100% U: Milhões de Euros Fontes: APS, BdP, ASF, APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios e CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

6 10 DE SEGURADORES ÍNDICE 11 SEGUROS E A SOCIEDADE 4,2 Não Vida PRÉMIOS RECEBIDOS DOS TOMADORES U: Mil milhões de Euros Vida 6,7 Não Vida 4,2 Impostos e taxas 0,5 11,4 11,4 0,5 6,7 Vida 3,0 Custos com sinistros e Provisões - Não Vida 6,3 Custos com sinistros e Provisões - Vida 0,7 0,7 0,5 0,1% DEVOLUÇÃO À SOCIEDADE U: Mil milhões de Euros Custos com sinistros e Provisões - Vida 6,3 Custos com sinistros e Provisões - Não Vida 3,0 Comissões a mediadores 0,7 Impostos e taxas 0,7 Custos com pessoal 0,5 Valores imputados aos Acionistas 0,1 PRÉMIOS RECEBIDOS DOS TOMADORES U: Mil milhões de Euros DEVOLUÇÃO À SOCIEDADE U: Mil milhões de Euros

7 12 DE SEGURADORES ÍNDICE 13 MERCADO SEGURADOR EUROPEU MERCADO SEGURADOR EUROPEU MERCADOS DE SEGUROS NA UNIÃO EUROPEIA - PRODUÇÃO PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS ESTRUTURA (a) VIDA 2016 NÃO VIDA 2016 TOTAL 2016 Reino Unido ,7% ,2% ,5% França ,9% 85 15,5% ,5% Alemanha 95 11,7% ,1% ,9% Em 2016, o volume de prémios dos países membros da União Europeia (UE) sofreu uma quebra ligeira (-1,5%), passando para valores pouco acima dos mil milhões de USD. Este decréscimo na produção é integralmente imputado ao segmento Vida (-2,7%) já que a produção do segmento Não Vida manteve-se praticamente inalterada (+0,5%) Itália ,1% 40 7,3% ,0% Holanda 16 2,0% 64 11,7% 80 5,9% Espanha 34 4,3% 34 6,3% 69 5,1% Portugal 7 0,9% 5 0,9% 12 0,9% TOTAL UE % % % U: Mil milhões de USD Fonte: Sigma - Swiss Re (a) Dados Provisórios MERCADOS DE SEGUROS NA UNIÃO EUROPEIA - PENETRAÇÃO PRÉMIOS PER CAPITA PRÉMIOS PIB (a) VIDA 2016 NÃO VIDA 2016 TOTAL 2016 Reino Unido ,6% ,6% ,2% Com segmentos de Vida particularmente desenvolvidos, os mercados seguradores inglês e francês continuam a ser os de maior dimensão no espaço da UE, com quotas de 22,5% e de 17,5%, respetivamente. Segue-se o mercado alemão, o terceiro maior em termos globais (com uma quota de 15,9%) mas que continua a ser o maior no que respeita ao segmento Não Vida onde representa mais de 22,1% do mercado europeu. Neste ranking, Portugal continua a ocupar um lugar intermédio entre os mercados da UE tendo, no entanto, reduzido, novamente, a sua quota de 1,0%, em 2015, para 0,9%, em França ,1% ,2% ,2% Alemanha ,8% ,3% ,1% Itália ,2% 609 2,0% ,2% Holanda 965 2,1% ,3% ,4% Espanha 744 2,8% 737 2,8% ,6% Portugal 712 3,6% 449 2,3% ,9% TOTAL UE ,5% 933 2,9% ,4% U: USD Fonte: Sigma - Swiss Re (a) Dados Provisórios No mesmo sentido, assistiu-se também a um decréscimo do rácio prémios sobre PIB para o mercado português (5,9%, em 2016, contra 7,1%, em 2015) o que o acentuou ainda mais a distância face à média deste indicador para todos os países da UE (7,4%). Ainda assim, apesar desta quebra e quando comparado com grandes mercados europeus, Portugal apresenta, para este indicador, um valor muito próximo do observado na Alemanha (6,1%) e acima do observado no mercado espanhol (5,6%). 546 MERCADO SEGURADOR NA UNIÃO EUROPEIA PRODUÇÃO PENETRAÇÃO Prémios Brutos Emitidos Total Prémios Per Capita Total VIDA U: Mil milhões de USD NÃO-VIDA U: Mil milhões de USD VIDA U: USD NÃO-VIDA U: USD

8 14 DE SEGURADORES ÍNDICE 15 ESTRUTURA DO SETOR ESTRUTURA DO SETOR O ano de 2016 foi também marcado por relevantes transformações na estrutura empresarial do setor segurador português, prolongando a tendência de concentração do mercado já traçada nos anos anteriores, e em boa medida associada também ao novo contexto de exigências prudenciais da atividade seguradora (o regime Solvência II, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2016). Desde logo, a operação de compra da Açoreana pela Tranquilidade (grupo Apollo Global Management) culminou, em dezembro de 2016, com a criação de uma nova empresa de seguros, designada Seguradoras Unidas, resultante da fusão das 4 seguradoras portuguesas pertencentes ao grupo Apollo Global Management (Tranquilidade, T-Vida, Logo Seguros e Açoreana). Por outro lado, também a Finibanco Vida foi adquirida e fundida com a Real Vida (grupo Patris). Estas operações de fusão contribuíram decisivamente para a quebra do número de companhias a operar em Portugal (73, em finais de 2016, contra 79, em finais de 2015). COMPOSIÇÃO DO MERCADO 1 MUTÚAS COMPOSIÇÃO DO MERCADO Sociedades Anónimas Nacionais Estrangeiras (a) Mútuas Agências Gerais Comunitárias Não Comunitárias TOTAL Comunitárias em LPS (b) Fontes: ASF e APS (a) Detidas direta e maioritariamente por entidades estrangeiras; (b) Sedes ou sucursais de empresas sedeadas noutros Estados-membros que notificaram para o exercício em LPS em Portugal. AGÊNCIAS 30 GERAIS SOCIEADADES 42 ANÓNIMAS 73 TOTAL PRODUÇÃO TOTAL (VIDA + NÃO VIDA) Montante % Montante % Montante % Sociedades Anónimas ,2% ,2% ,9% Mútuas 8 0,1% 8 0,1% 9 0,1% Agências Gerais 824 5,8% 723 5,7% 656 6,0% TOTAL % % % U: Milhões de Euros Fonte: Mapas ASF (Valores_Provisórios_ES)

9 16 DE SEGURADORES ÍNDICE 17 DIMENSÃO FINANCEIRA E RESULTADOS DIMENSÃO FINANCEIRA E resultados Os dados de 2016 apontam para um resultado agregado, apurado por extrapolação a partir de uma amostra de 94,0%, de cerca de 82 milhões de euros, ou seja, um valor substancialmente inferior ao registado em 2015 (344 milhões de euros). Num contexto em que se observou uma evolução globalmente positiva da componente técnica do resultado (de -481 milhões de euros, em 2015, para -372 milhões de euros, em 2016), a evolução da componente financeira do resultado é, sem dúvida, a grande responsável pela variação homóloga desfavorável. A persistência de um clima macroeconómico favorável à manutenção de taxas de juro em níveis extremamente baixos continua a apresentar-se como um sério desafio à rentabilidade global da atividade seguradora e, em particular, à rentabilidade do segmento Vida que, com um maior volume de responsabilidades e de ativos afetos a estas, é mais sensível às flutuações dos mercados financeiros. Resultados Financeiros Vs Resultados Técnicos Ainda assim, a grande maioria das empresas de seguros da amostra (35 em 46) apresenta resultados positivos no exercício de 2016 e 16 empresas apresentam mesmo uma evolução positiva no valor do seu resultado líquido face ao período homólogo. Embora seja notória uma evolução homóloga desfavorável nas contas técnicas de ambos os segmentos, é na conta técnica Vida que o impacto absoluto é mais forte. De salientar, o resultado da conta Não Técnica registou uma evolução bastante favorável quando comparado com o observado no final de 2015, sobretudo por força da evolução registada ao nível das rubricas de impostos (impostos correntes e impostos diferidos). Já no que respeita ao balanço, o ativo líquido agregado do setor segurador terá atingido, em dezembro de 2016, cerca de 53,8 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de -4,8% COMPONENTE TÉCNICA COMPONENTE FINANCEIRA RESULTADO TOTAL (quase -2,7 mil milhões de euros) face ao período homólogo de Por outro lado, registou-se, novamente, um decréscimo ainda mais significativo no valor do passivo (quase -3 mil milhões de euros), passando este de mais de 51,3 mil milhões de euros, em 2015, para um valor ligeiramente abaixo dos 48,4 mil milhões de euros em finais de Esta evolução dos capitais próprios contribuiu decisivamente para o crescimento do rácio de cobertura do requisito de capital de solvência (SCR) do setor que, em final de 2016, era de 147%, registando assim um crescimento 19 p.p. face ao valor observado à data de entrada em vigor do novo regime prudencial Solvência II (1 de janeiro de 2016). Também o rácio de cobertura do requisito mínimo de capital (MCR) registou um crescimento situando-se nos 418% (era de 387% no inicio de 2016), o que significa que os capitais disponíveis para cobrir os requisitos mínimos de capital ao abrigo do novo regime prudencial eram, em dezembro de 2016, mais de quatro vezes superiores aos legalmente exigidos. 128% 147% 387% 418% Var. Absoluta Var. Absoluta Var. Absoluta Conta Técnica Vida Conta Técnica Não Vida Conta Não Técnica TOTAL U: Milhões de Euros RÁCIO DE SOLVÊNCIA (SOLVÊNCIA II) U: Percentagem Fonte: ASF Abertura ( ) ( ) COBERTURA SCR COBERTURA MCR

10 18 DE SEGURADORES ÍNDICE 19 DIMENSÃO FINANCEIRA E RESULTADOS BALANÇO DA ATIVIDADE SEGURADORA ATIVO VARIAÇÃO -4,8% ATIVO PASSIVO VARIAÇÃO -5,7% PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO VARIAÇÃO 4,2% CAPITAL PRÓPRIO U: Milhões de Euros Nota: Valores extrapolados com base em amostra. EVOLUÇÃO DOS GANHOS E PERDAS 12 TOTAL CT VIDA CT NÃO VIDA RESULTADOS NÃO TÉCNICOS U: Milhões de Euros Nota: Valores extrapolados com base em amostra

11 20 DE SEGURADORES ÍNDICE 21 INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS Em dezembro de 2016, o valor total da carteira do setor segurador rondava os 50,6 mil milhões de euros, ou seja, -6,1% face ao período homólogo de Esta variação desfavorável do valor total da carteira de investimentos pode ser, em grande medida, atribuída ao desempenho negativo que foi observado no ramo Vida durante o ano de 2016, com particular destaque para a contração da produção deste segmento (-23%). Efetivamente, as responsabilidades técnicas Vida (que englobam Provisões Técnicas e Passivos Financeiros) registaram uma quebra de quase -8,1%, o que teve, como consequência direta, uma diminuição do volume de ativos afetos às mesmas. EVOLUÇÃO DOS ATIVOS SOB GESTÃO U: Milhões de Euros Fonte: Mapas ASF (Investimentos_ES e Investimentos_PPR) Nota: Valores extrapolados com base em amostra. TOTAL Vida Não Vida Não Afetos VIDA A quebra da produção (e das responsabilidades) Vida pode justificar-se por fatores conjunturais como a manutenção das taxas de juro de longo prazo em níveis muito baixos, diminuindo assim a atratividade dos novos produtos financeiros com taxas garantidas, e a nova redução da taxa de poupança das famílias. De notar, no entanto, que o decréscimo nos valores das taxas de juro a que temos assistido nos últimos anos permite, do lado do ativo, e pelo menos para a carteira mais antiga, mitigar parcialmente os impactos da redução da produção do segmento Vida. VALOR TOTAL DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS No que respeita ao tipo de ativos em carteira, constata-se, sem surpresas, que a maior fatia dos investimentos do setor continua a ser aplicada em obrigações (70,0%). Assim, o valor total dos investimentos em obrigações ascendia, em final de 2016, a cerca de 35,4 mil milhões de euros, dos quais 21,1 mil milhões investidos em dívida pública (portuguesa e outra). 50,6 Mil Milhões de Euros NÃO-VIDA

12 22 DE SEGURADORES ÍNDICE 23 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ESTRUTURA DA CARTEIRA TOTAL Fonte: Mapas ASF (Investimentos_ES e Investimentos_PPR) Ações 7,3% Depósitos (Bancos) 8,4% Obrigações Dívida Pública 41,7% Obrigações Entidades Privadas 28,3% Obrigações (Outras) 0,0% Derivados 0,2% Imóveis 1,9% Produtos Estruturados 1,1% Unidades de Participação 10,3% Outros Ativos 0,8% 0,2% 0,0% 1,1% 1,9% 28,3% Obrigações Entidades Privadas 10,3% Unidades de Participação 0,8% 7,3% Ações 8,4% Depósitos (Bancos) 41,7% Obrigações Dívida Pública Canais de distribuição Dada a sua importância em termos de volume global de produção e as particularidades que apresenta em termos da sua estrutura de distribuição, a quebra da produção do segmento Vida observada em 2016 não poderia deixar de ter repercussões ao nível da estrutura de canais de distribuição do setor segurador como um todo. Assim, analisando conjuntamente o segmento Vida e o segmento Não Vida, o peso relativo do canal Bancos (o maior canal de distribuição em termos globais mas, tradicionalmente, com maior presença no segmento Vida) sofreu uma queda significativa em 2016, assumindo uma quota de 50,4% na estrutura de distribuição do setor, ou seja, apresentando um decréscimo de 9,3 p.p. face ao observado em finais de 2015 (59,7%). Em sentido inverso evoluiu o canal Agentes (tradicionalmente como maior presença no segmento Não Vida) que, em 2016, representou 31,2% do volume global distribuído, uma subida de mais de 4 p.p. quando comparado com o peso que assumia em 2015 (27,1%). Analisando, exclusivamente, o segmento Vida, o canal bancário continua a ser, com larga vantagem, o canal com maior peso, representando, em 2016, com cerca de 72% das vendas. Ainda assim, o peso deste canal registou um substancial decréscimo face a 2015 (quase -8 p.p.) que é integralmente justificado por uma quebra acima da do mercado no volume distribuído em Seguros de Vida Não Ligados a Fundos de Investimento (-43,4% contra os -31,2% observados para o total dos canais de distribuição neste tipo de produto). Já no que respeita ao segmento Não Vida, a distribuição dos seguros continua a assentar essencialmente no canal Agentes que em 2016 foi responsável por 53,1% das vendas, percentagem que, ainda assim, representa um ligeiro decréscimo de -0,4 p.p. face à registada em período homólogo (53,5%). Neste segmento, uma penetração do canal bancário é tradicionalmente bastante mais baixa, mas com um crescimento de forma sustentada até Em 2016, e apesar de novo aumento do volume distribuído, observou-se uma inversão da tendência de crescimento da penetração do canal bancário no segmento Não Vida por força de um crescimento das vendas (+ 4,2%) abaixo do mercado (+ 5,2%). Neste contexto, o canal Bancos passou um representar 16,7% do volume distribuído, ou seja, apresentando uma ligeira quebra (-0,2 p.p.) quando comparado com o peso observado em 2015 (16,9%).

13 24 DE SEGURADORES FISCALIDADE ÍNDICE 25 NÃO VIDA 91,6% VIDA 92,9% FISCALIDADE NÃO VIDA 7,9% VIDA 6,8% NÃO VIDA 0,5% VIDA 0,3% Igualmente relevantes para as finanças públicas nacionais são os impostos suportados pelo setor segurador ou arrecadados através da sua atividade. MEDIADORES VENDA DIRETA OUTROS Considerando apenas o imposto do selo das apólices (suportado pelos tomadores), o IRC suportado pelas seguradoras e as diversas taxas parafiscais a cargo de tomadores e seguradoras, estima-se que a receita fiscal e parafiscal gerada por esta atividade tenha ascendido, em 2016, a cerca de 742 milhões de euros. Este montante é equivalente a 6,8% do total da produção de seguro direto, ou a 18,4% se considerados apenas os prémios Não Vida, sobre os quais incide a maior parte desta carga. ESTRUTURA dos canais DE DISTRIBUIÇÃO Não Vida Vida TOTAL Mediadores 90,4% 91,6% 95,4% 92,9% 93,8% 92,4% Ligados - Tipo I 16,3% 16,6% 53,8% 55,3% 41,9% 40,3% Ligados - Tipo II 2,4% 2,4% 25,6% 18,6% 18,2% 12,3% Corretores de seguros 18,2% 19,5% 1,3% 1,7% 6,6% 8,6% Agentes 53,5% 53,1% 14,7% 17,3% 27,1% 31,2% Resseguro 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Dos quais: Bancos 16,9% 16,7% 79,7% 71,8% 59,7% 50,4% Dos quais: CTT 0,0% 0,0% 2,7% 1,9% 1,9% 1,2% Venda Direta 8,9% 7,9% 4,4% 6,8% 5,8% 7,2% Balcões 6,7% 5,9% 4,4% 6,8% 5,1% 6,5% Destaque-se também que, com uma taxa efetiva na ordem dos 33,6%, o valor do imposto sobre o rendimento suportado pelas empresas de seguros situou-se em valores muito acima daqueles que decorreriam da aplicação das suas taxas máximas - IRC (21%), derrama municipal (1,5%) e derrama estadual (7,0%). Para finalizar, referir apenas que face aos números aqui apresentados, e embora não se conheçam ainda os valores agregados da receita fiscal nacional dos últimos anos, estima-se que setor segurador (incluindo as retenções na fonte de IRS) seja responsável por cerca de 2% do total da receita fiscal nacional (impostos diretos e indiretos) e mais de 3% da receita do IRC 1. Internet 0,4% 0,5% 0,0% 0,0% 0,1% 0,2% Telefone 1,9% 1,5% 0,0% 0,0% 0,6% 0,6% Outros 0,6% 0,5% 0,2% 0,3% 0,4% 0,4% TOTAL 100% 100% 100% 100% 100% 100% Fontes: Mapas ASF (Notas_ES) e Inquérito APS 1 Rácios calculados com base na informação constante na Conta Geral do Estado de 2016 publicada pela Direção Geral do Orçamento.

14 26 DE SEGURADORES ÍNDICE 27 RAMO VIDA CARGA FISCAL E PARAFISCAL A CARGO DOS TOMADORES (e) ramo VIDA Selo da Apólice ,3% 4,4% Fundo de Garantia Automóvel ,2% 2,7% Fundo de Acidentes de Trabalho ,0% 0,0% Serviço Nac. de Bombeiros e Prot. Civil ,1% 1,8% Instituto Nacional de Emergência Médica ,6% 5,4% Sub-Total ,3% 3,8% A CARGO DAS SEGURADORAS Certificado RC (Apólices de Automóvel) ,4% 0,0% Aut. de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) ,0% 0,0% Fundo de Acidentes de Trabalho ,6% 0,0% IRC e Derrama ,0% -30,7% Sub-Total ,1% -27,4% TOTAL ,4% -7,2% RÁCIOS (e) Taxa IRC (IRC e DerramaResult. bruto do ex.) 28,4% 26,3% 33,6% -2,1 p.p. 7,3 p.p. Carga Fiscal e Parafiscal Prémios s.d. 4,7% 6,8% 6,8% 2,1 p.p. -0,1 p.p. Tomadores de seguros 3,0% 4,4% 4,9% 1,4 p.p. 0,5 p.p. Seguradoras 1,7% 2,4% 1,9% 0,7 p.p. -0,5 p.p. Carga Fiscal e Paraf. Prémios s.d. N.V 18,2% 19,2% 18,4% 1,0 p.p. -0,7 p.p. U: Milhões de Euros Nota: Estes valores são estimativas da APS, exceto os do FAT (total) e FGA, retirados dos seus relatórios. Não incluem os montantes correspondentes ao IRC, IVA ou IRS retido. (e) Valores totalmente estimados pela APS. O segmento Vida, com um decréscimo de -23,0%, foi, mais uma vez, o principal responsável pela contração da produção total do setor muito por força de nova quebra das contribuições para seguros de poupança, os mais afetados por uma conjuntura que continua a aliar as baixas taxas de juro de longo prazo a uma redução da taxa de poupança dos particulares e à entrada em vigor de um regime de solvência mais sensível aos riscos inerentes a garantias financeiras. Desde logo, o volume de produção para produtos não ligados a fundos de investimento caiu de forma significativa pelo segundo ano consecutivo (-23,2%, em 2016, e -22,6%, em 2015). Este fato é, sem dúvida, um reflexo da particular sensibilidade deste tipo de produtos ao referido contexto macroeconómico e prudencial. De notar que, embora não explícita nesta estatística, o desempenho dos produtos não ligados a fundos de investimento encontra-se influenciado pela evolução favorável observada na produção de seguros de risco que, de acordo com dados recolhidos pela APS, estima-se ter crescido cerca de +1,3% em 2016.

15 28 DE SEGURADORES ÍNDICE 29 RAMO VIDA CARTEIRA DO RAMO VIDA (a) PRODUÇÃO DE SEGURO DIRETO Variação ESTRUTURA Seguros de Rendas ,1% 39,1% 0,6% 1,3% 2,3% Rendas Vitalícias ,1% 25,2% 0,3% 0,6% 0,9% Temporários ,2% 9,7% 7,7% 9,0% 12,8% PPR ,1% -9,3% 23,9% 22,4% 26,4% Capitais Diferidos (excluindo PPR) ,6% -33,5% 67,0% 66,4% 57,4% Outros contratos de Capitais (excluindo PPR) ,0% -2,9% 0,7% 0,8% 1,1% Operações de Capitalização ,0% -100,0% 0,1% 0,0% 0,0% TOTAL GLOBAL ,0% -23,0% 100% 100% 100% CONTRATOS INDIVIDUAIS ,5% -7,3% 66,1% 62,4% 75,1% CONTRATOS DE GRUPO ,1% -49,5% 33,9% 37,6% 24,7% Amostra: 97,5% 97,4% 96,2% CAUSAS DOS CUSTOS COM SINISTROS NO RAMO VIDA (a) Montantes Pagos (b) Variação Estrutura Por vencimento ,5% -4,3% 47,2% 38,8% 39,7% Por morte ,5% -2,0% 4,0% 4,2% 4,4% Por resgates reembolsos ,0% -5,3% 45,8% 52,8% 53,4% Por rendas pagas ,7% 6,1% 0,6% 0,5% 0,6% Por transferências ,1% -65,0% 1,0% 2,6% 1,0% Por invalidez e outros complementares ,9% -13,6% 1,1% 1,0% 0,9% Por outras causas ,8% -52,4% 0,4% 0,1% 0,1% TOTAL ,1% -6,4% 100% 100% 100% Amostra: 97,5% 97,4% 96,2% U: Milhões de Euros (a) Valores retirados de Estatísticas do Ramo Vida - Elementos Técnicos da APS, referentes a uma amostra com a representatividade indicada. (b) Com exclusão dos custos de gestão de sinistros imputados. Inclui montantes pagos em Contratos de Investimento. U: Milhões de Euros (a) Valores retirados de Estatísticas do Ramo Vida - Elementos Técnicos da APS, referentes a uma amostra com a representatividade indicada. Já os seguros ligados a fundos de investimento, apesar de bem menos sensíveis ao referido contexto das taxas de juro e ao novo regime de solvência, registaram também, ao contrário do que havia sido observado em 2015, uma quebra no volume das respetivas contribuições (-22,3%). Ainda no âmbito do segmento Vida, uma nota final para os produtos PPR onde, embora com um decréscimo em volume, a quebra de produção em 2016 (-9,5%) ficou muito abaixo do observado para o segmento como um todo. Já uma análise dos montantes pagos em 2016 revela uma quebra transversal destes em praticamente todas as suas causas. Na realidade assistiu-se apenas a um aumento nas rendas pagas (+6,1%) mas que, tendo em conta o seu reduzido peso estrutural, não impediu um decréscimo global nos montantes pagos em cerca de -6,4% face a No entanto, num contexto de diminuição da produção tão acentuada, o decréscimo observado nos montantes pagos não chegou para travar a queda no volume das responsabilidades do segmento Vida. Estima-se que, em finais de 2016, o volume total (extrapolado) das responsabilidades Vida se situava em torno dos 39 mil milhões de euros o que se estima representar uma quebra de perto de 7% quando comparado com período homólogo. Por fim, face ao acima exposto, pode ser com alguma surpresa que se constata o aumento de quase 2% no número de pessoas seguras no final do exercício de No entanto, este crescimento é quase que integralmente justificado pelo aumento de pessoas seguras em seguros temporários (+10,1%) o que é consistente com o aumento da produção observada neste tipo de produtos (+9,7%).

16 30 DE SEGURADORES RAMOS NÃO VIDA ÍNDICE 31 PESSOAS SEGURAS NO RAMO VIDA (a) Número Variação Prémio Médio por pessoa segura ( ) ramos não VIDA Seguros de Rendas ,2% 4,0% Rendas Vitalícias ,8% 3,7% Temporários ,9% 10,1% PPR ,9% -5,1% Capitais Diferidos (excluindo PPR) ,0% -10,4% Outros contratos de Capitais (excluindo PPR) ,0% -8,7% Operações de Capitalização ,5% -60,8% TOTAL GLOBAL ,8% 1,9% CONTRATOS INDIVIDUAIS ,7% 2,9% CONTRATOS DE GRUPO ,4% 0,2% PROVISÕES MATEMÁTICAS E PASSIVOS FINANCEIROS DO RAMO VIDA (a) MONTANTES Variação ESTRUTURA Seguros de Rendas ,1% 13,6% 1,5% 1,7% 2,0% Rendas Vitalícias ,6% 10,3% 1,3% 1,4% 1,7% Temporários ,5% 59,8% 0,2% 0,2% 0,3% PPR ,1% 0,8% 31,7% 33,5% 36,4% Capitais Diferidos (excluindo PPR) Outros contratos de Capitais (excluindo PPR) Amostra: 97,5% 97,4% 96,2% U: Milhões de Euros (a) Valores retirados de Estatísticas do Ramo Vida - Elementos Técnicos da APS, referentes a uma amostra com a representatividade indicada ,3% -11,9% 62,4% 63,0% 59,7% ,0% -1,1% 1,4% 1,4% 1,5% Operações de Capitalização ,6% -85,6% 2,8% 0,2% 0,0% TOTAL GLOBAL ,3% -7,1% 100% 100% 100% CONTRATOS INDIVIDUAIS ,9% -5,6% 82,5% 79,5% 80,8% CONTRATOS DE GRUPO ,3% -14,8% 17,5% 20,5% 18,8% Amostra: 97,5% 97,4% 96,2% U: Milhões de Euros (a) Valores retirados de Estatísticas do Ramo Vida - Elementos Técnicos da APS, referentes a uma amostra com a representatividade indicada. A produção do segmento Não Vida continuou a crescer em 2016 a um ritmo assinalável (+5,0%), registando assim a maior taxa de crescimento anual desde 2003 e o maior crescimento em termos reais desde No entanto, este aumento da produção foi acompanhado por um crescimento mais que proporcional nos custos com sinistros e, consequentemente, por um aumento da taxa de sinistralidade global do segmento de cerca de 1,8 p.p. (76,8%, em 2016, contra os 75,0% registados em 2015) o que contribuiu para uma deterioração da componente técnica do resultado Não Vida (que passou de -149 milhões de euros, em 2015, para -160 milhões de euros, em 2016). Conjugando estas evoluções com uma queda significativa da sua componente financeira, o resultado global da conta técnica do segmento observou uma quebra absoluta de -116 milhões de euros face ao valor observado em 2015 (107 milhões de euros) passando mesmo a ser negativo (-9 milhões de euros). Aprofundando um pouco mais esta análise, observa-se a existência de comportamentos muito diferenciados entre os principais ramos e modalidades do segmento Não Vida. A modalidade Doença consolidou, em 2016, uma tendência de crescimento da produção que vinha sendo observada nos anos anteriores, mas agora com um ritmo mais elevado (+9,6%). Também positivo foi o comportamento da conta técnica desta modalidade em 2016 uma vez que os seus resultados evoluíram novamente de forma favorável atingindo um valor ligeiramente acima dos 40 milhões de euros, contribuindo assim para atenuar a quebra global do resultado da conta técnica Não Vida.

17 32 DE SEGURADORES ÍNDICE 33 RAMOS NÃO VIDA Neste âmbito, um merecido destaque vai para o comportamento da componente técnica do resultado da modalidade que, fruto da quebra de 3,5 p.p. observada no seu rácio combinado, cresceu, em 2016, +28 milhões de euros para perto dos 37 milhões de euros. Também a produção do ramo Automóvel cresceu a um ritmo assinalável (+3,9%), consolidando a sua posição como maior ramo Não Vida (com 34,4% do total da produção deste segmento). No que respeita a resultados, em 2016 assistiu-se a uma quebra absoluta de cerca de -42 milhões de euros no resultado técnico Automóvel ficando-se este por cerca de -43 milhões de euros. Embora a componente financeira tenha assumido preponderância nesta queda, a realidade é que a taxa de sinistralidade cresceu 2,2 p.p. face a 2015 o que contribuiu para a deterioração também da componente técnica do resultado do ramo. Já a modalidade Acidentes de Trabalho, depois de vários anos de contração do volume de prémios, registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento da sua produção sendo mesmo a linha de negócio com maior crescimento em 2016 (+12,2%). Apesar desta evolução ao nível dos prémios, constatamos que esta modalidade é responsável por quase metade da quebra absoluta observada em 2016 no resultado global da conta técnica Não Vida. A modalidade Acidentes de Trabalho registou um resultado técnico perto dos -132 milhões de euros, ou seja, com um decréscimo de quase -50 milhões de euros face a Esta performance negativa decorre de uma quebra simultânea, e com valores relativamente próximos, das componentes técnica (-23 milhões de euros) e financeira (-27 milhões de euros) do resultado. Ainda assim, neste âmbito, destaque-se a evolução particularmente desfavorável da taxa de sinistralidade que, em 2016, cresceu 4,1 p.p. o que contribuiu decisivamente para acentuar o desequilíbrio técnico da modalidade Acidentes de Trabalho. Por fim, no que respeita ao ramo Incêndio e Outros Danos, observou-se também uma evolução positiva mas relativamente moderada ao nível da produção (+1,6%). No entanto, a sinistralidade do ramo cresceu 3,0 p.p. contribuindo significativamente para um declínio total de cerca de -29 milhões de euros no resultado da sua conta técnica. Ainda assim, o resultado manteve-se positivo situando-se, no final de 2016, nos +49 milhões de euros. RÁCIOS COMBINADOS - SEGURO DIRETO (a) Acidentes e Doença Acidentes de Trabalho Doença Incêndio e Outros Danos Automóvel Marítimo e Transportes Aéreo Mercadorias Transportadas Responsabilidade Civil Geral Diversos Prémios Emitidos Taxa de Sinistralidade CARGA DE EXPLORAÇÃO Rácio Combinado ,9% 22,1% 112,0% ,1% 23,1% 113,1% ,7% 24,1% 115,9% ,4% 24,4% 136,8% ,3% 25,2% 133,5% ,3% 26,5% 141,8% ,8% 17,2% 94,9% ,4% 18,0% 98,4% ,2% 19,5% 99,7% ,3% 37,9% 90,2% ,3% 38,2% 87,6% ,3% 38,0% 102,2% ,5% 29,2% 106,7% ,3% 29,6% 105,0% ,3% 30,2% 100,4% ,9% 31,5% 90,5% ,8% 32,0% 155,9% ,3% 13,5% 164,8% ,5% 36,3% 69,9% ,7% 26,8% 63,5% ,7% 15,1% 31,8% ,1% 33,8% 72,9% ,7% 37,9% 82,6% ,9% 26,0% 78,9% ,0% 41,1% 83,1% ,0% 41,8% 74,8% ,8% 39,7% 80,5% ,8% 24,0% 86,8% ,2% 27,4% 84,6% ,6% 25,1% 84,7% ,8% 27,7% 104,5% TOTAL ,0% 28,7% 103,7% ,1% 29,0% 105,1% U: Milhões de Euros (a) Os rácios apresentados são calculados sobre prémios adquiridos e líquidos de resseguro.

18 PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 1617

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